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II FÓRUM TÉCNICO ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO

Os principais desafios da Norma de Desempenho (NBR 15575) na visão das


construtoras

21 de março de 2018

Eng. Maria Angelica Covelo Silva – NGI Consultoria e Desenvolvimento


O conceito de desempenho teve origem nas exigências
de segurança estrutural de produtos da indústria bélica e
aeroespacial na Segunda Guerra Mundial.

Construção civil - 1962 - 2º Congresso do CIB.

Evolução nos congressos de 1965 e 1968.

1970 - Criação da Comissão de trabalho do CIB - W60 -


“The performance concept in building”
1ª reunião em Oslo – Noruega em 1971.
ISO 6240 - “Performance Standards in Building –
contents and presentation”, London, 1980.

ISO 6241 - “Performance Standards in Building –


principles for their preparation and factors to be
considered”, London,1984.

ISO 7162 - “Performance Standards in Buildings –


contents and formats of standards for evaluation of
performance”,1992.

ISO 19208:2016
Framework for specifying performance in buildings.

This first edition of ISO 19208 cancels and replaces ISO 6240:1980, ISO
6241:1984, ISO 7162:1992, ISO 9699:1994 and ISO/PAS 22539:2007,
which have been technically revised.
No Brasil o conceito de desempenho
foi introduzido desde os anos 1980
no meio acadêmico.
A linha do tempo da NBR 15575 – Edificações habitacionais – desempenho, 2013

Em Em vigor e
Projeto
vigor exigibilidade para
FINEP- 1ª Publicação
sem projetos protocolados
CAIXA- publica versão
exigibili nas prefeituras a
ABNT ção revisada
dade partir desta data

12 de maio 19 de 19 de julho 2018


1999/2000 12 de maio de 2010 fevereiro de de 2013
de 2008 2013 Revisão
Requisitos
a) Segurança
• Desempenho estrutural
• Segurança contra incêndio
ABNT NBR 15575 • Segurança no uso e operação

b) Habitabilidade
• Estanqueidade c) Sustentabilidade
• Desempenho térmico • Durabilidade
• Desempenho acústico • Manutenabilidade
• Desempenho lumínico • Adequação
• Saúde, higiene e qualidade do ar ambiental
• Funcionalidade e acessibilidade
• Conforto tátil e antropodinâmico
1º DESAFIO - Responsabilidades no
atendimento de normas técnicas
Código de Defesa do Consumidor
Lei 8078 / de 11 de setembro de 1990
CAPÍTULO V - Das práticas comerciais
Seção IV - Das práticas abusivas
Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos e serviços
Item VIII - Colocar , no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço,
em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais
competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -
CONMETRO.
• O grau de informação e exigência deste
consumidor vem mudando radicalmente

www.chegadebarulho.com
5- Procure saber se o problema é de abuso na utilização do
imóvel vizinho ou de defeito construtivo.
É muito comum achar o vizinho que seu problema de barulho é
de mau uso da propriedade alheia, quando há defeito de
construção consistente na falta de isolamento acústico adequado
ao tipo de imóvel que utilizam.
http://100pepinos.com.br/vistoria/

Faça a vistoria no seu imóvel novo antes de receber as chaves


Chegou o tão sonhado (e suado) dia! Você vai receber sua casa ou apartamento e a
construtora te chamou pra fazer a vistoria. Prepare-se! Mais do que a emoção de ver a sua
casa nova, você deve estar atento pra possíveis problemas.
Pode ser que o que está sendo entregue seja diferente do que está no contrato. E pode ser
também que existam alguns probleminhas de construção. Fique de olho!
Você pode contratar um engenheiro ou arquiteto para te acompanhar na vistoria e fazer
todos os testes necessários. Mas também dá para fazer sozinho. Veja o que é que você
pode fazer:
Faça seu kit de vistoria
Monte um kit que vai te ajudar a verificar se tudo está em ordem. Você vai precisar de:
adesivos, balde ou mangueira, luminária e lâmpada, papel e caneta. Leve também uma
cópia do ‘memorial descritivo’ que descreve os itens que seriam entregues (tipo de piso no
banheiro, torneiras de metal, vaso sanitário branco, etc) e as marcas dos materiais que
seriam usados. Organize também um check list para não esquecer o que tem que ver na
hora. Se alguma coisa não estiver funcionando, cole uma etiqueta e anote na sua lista.
Observar, checar, testar
ABNT NBR 15575
Responsabilidades

Mas pela lei brasileira os primeiros responsáveis são a incorporadora e a


construtora solidariamente que podem levar toda a cadeia produtiva junto na
responsabilidade.
Architect Richard Rogers faces £5m legal claim over leaky houses
Taylor Wimpey takes action against architecture firm and specialist
contractors over award-winning Oxley Woods estate

Oxley Woods, near Milton Keynes, won the 2008 Manser medal for the best new
house or housing.
Tipos de normas:

•Terminologia e classificação
• Normas gerais para viabilidade e contratação.
• Projeto
• Especificação de materiais e componentes
• Desempenho do edifício e seus sistemas
construtivos
• Execução de serviços.
• Controle tecnológico.
• Uso, operação e manutenção
5 Incumbências dos intervenientes

5.1 Generalidades
As incumbências técnicas de cada um dos intervenientes encontram-se
estabelecidas em 5.2 a 5.5 e na ABNT NBR 5671.

5.2 Fornecedor de insumo, material, componente e/ou sistema


Cabe ao fornecedor de sistemas caracterizar o
desempenho de acordo com esta Norma. Convém que
fabricantes de produtos, sem normas brasileiras específicas
ou que não tenham seus produtos com o desempenho
caracterizado, forneçam resultados comprobatórios do
desempenho de seus produtos com base nesta Norma ou em
Normas específicas internacionais ou estrangeiras.
Murature divisorie Tagliafuoco
Murature realizzate con elementi in cls tagliafuoco
testati secondo Decreto Ministeriale 16.02.2007, che
prevede la classificazione in base a risultati di prove
sperimentali o di metodi analitici. Gli elementi Standard
Tagliafuoco ST/TF sono prodotti con marchio Structural
che garantisce le migliori caratteristiche necessarie per
la realizzazione di Grandi Murature.
Tutti gli elementi Standard ST sono disponibili nelle
versioni Facciavista e Intonaco.
Murature isolanti e termoacustiche

Per tutte le categorie di edifici il valore della trasmittanza termica


(U) degli elementi edilizi di separazione tra edifici o unità
immobiliari confinanti, fatto salvo il rispetto dei requisiti acustici
degli edifici, deve essere inferiore o uguale a 0,8 W/m²K nel
caso di pareti divisorie verticali e orizzontali. Il medesimo limite
deve essere rispettato per tutte le strutture opache, verticali,
orizzontali e inclinate, che delimitano verso l’ambiente esterno gli
ambienti non dotati di impianto di riscaldamento.
Mineral Products
Association (MPA)
is the trade
association for
aggregates,
asphalt, cement,
concrete,
dimension stone,
lime, mortar and
silica sand
industries.

http://www.concretecentre.com
In Development
Lignacite are continually
researching and trialling new
concepts with their concrete and
facing masonry block range
including experimenting with
colours and finishes.
We are also happy to discuss
current or future projects with
Architects and Designers.
NESTES PAÍSES A INDÚSTRIA TRABALHA COM O CONCEITO DE
SISTEMA
2º DESAFIO: COMPROVAÇÃO E RASTREABILIDADE

ABNT NBR 15575 Parte 1


6.6 Documento com os resultados da avaliação do
sistema
6.6.1 O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunir
informações que caracterizem a edificação habitacional ou sistema analisado.

6.6.2 Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, o


relatório de avaliação deve conter a solicitação para realização desses ensaios,
com explicitação dos resultados pretendidos e a metodologia a ser seguida, de
acordo com as normas referenciadas nesta Norma.

6.6.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as


informações que a caracterizem, considerando sua participação no sistema.

6.6.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de


avaliação do desempenho, baseado nos requisitos e critérios avaliados de
acordo com esta Norma.

6.6.5 O relatório deve ser elaborado pelo responsável pela avaliação e deve
atender aos requisitos estabelecidos.
28
5.3 Projetista

Os projetistas devem estabelecer a Vida Útil de Projeto (VUP) de cada sistema


que compõe esta Norma, com base na Seção 14.

Cabe ao projetista o papel de especificar materiais, produtos e processos que


atendam ao desempenho mínimo estabelecido nesta Norma com base nas
normas prescritivas e no desempenho declarado pelos fabricantes dos
produtos a serem empregados em projeto.

Quando as normas específicas de produtos não caracterizem desempenho, ou


quando não existirem normas específicas, ou quando o fabricante não publicar o
desempenho de seu produto, é recomendável ao projetista solicitar informações
ao fabricante para balizar as decisões de especificação.

Quando forem considerados valores de VUP maiores que os mínimos estabelecidos


nesta Norma, estes devem constar dos projetos e/ou memorial de cálculo.
Ministério das Cidades,
2015

Documento 1

Documento 2

O Ministério das
Cidades promoveu a
revisão das
especificações do
Programa Minha
Casa Minha Vida
para atendimento à
ABNT NBR 15575

30
Documento 3

31
SiAC PBQP-H – Janeiro de 2017

Passa a exigir evidências de atendimento à ABNT NBR 15575


TRABALHAR COM A METODOLOGIA DE DESEMPENHO É DEFINIR PARA O
EDIFÍCIO, PARA SEUS COMPONENTES E SISTEMAS:

Condições de
exposição
Exigências
de uso e operação

Conjunto de ações a que o


Requisitos dos usuários em relação empreendimento está exposto
ao comportamento do edifício; (externas e decorrentes da
necessidades decorrentes do uso e Requisitos de ocupação e uso/operação).
operação da edificação Desempenho
Grandezas quantitativas
que estabelecem
Características que os Critérios de padrões e níveis a
componentes e sistemas serem atingidos.
devem atender.
desempenho

Ensaios, simulações,
Métodos de
verificações Avaliação
analíticas.
Uso
Vedação interna de escada de emergência

Shafts
CONDIÇÕES DE
EXPOSIÇÃO

P L B 3
R o C
n F
d I
r
i
n
a

Critério de transmitância
Estado de São Paulo – térmica e capacidade térmica
Zonas 1,2, 3, 4, 5 e 6 de paredes e coberturas

NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações


Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de
interesse social - Zonas bioclimáticas
A estanqueidade da
fachada depende da
região de vento em
que se encontra a
edificação

39
As pressões na fachada
podem ser conhecidas
com precisão por meio de
ensaio específico
Exposição a
ruído externo
Subsistema Fachada (vedação vertical externa)
Condição de exposição para o
desempenho acústico: Classe II
segundo a NBR 15575 Parte 4

Condição de uso: Dormitório


Níveis de ruído permitidos na
Requisito: habitação
Critério: Nível de desempenho mínimo =
Diferença padronizada de nível ponderada, promovida
pela vedação externa
(fachada e cobertura, no caso de casas térreas e
sobrados, e somente fachada, nos edifícios
multipiso), verificada em ensaio de campo ≥ 25 dB

Método de avaliação:
12.3.1.1 Método de avaliação
Devem ser avaliados os dormitórios da unidade habitacional. Deve-
se utilizar um dos métodos de
campo de 12.2.1 para a determinação dos valores da diferença
padronizada de nível, D2m,nT,w.
As medições devem ser executadas com portas e janelas fechadas,
tais como foram entregues pela empresa construtora ou
incorporadora.
Exemplo: Simulação de desempenho acústico com o uso do software CADNA

Fonte: Apresentação Harmonia Acústica, Secovi-SP,


out. 2009.
2. DB-HR. NOVEDADES

Mapas de ruído - Espanha

Fonte: Apresentação Arq. Federico Sottomayor – Secovi-SP, maio de 2011 44


Salinidade
Chuvas e umidade
Variação de temperatura (choque térmico)
Agentes
poluentes

As chuvas ácidas transformaram, por exemplo, a superfície do mármore (CaCO3) do Parthenon,


em Atenas, em gesso (CaSO4), macio e sujeito à erosão. Fotografias das Cariátides, as ninfas
sobre as quais se apóia o templo de Erekteion, na Acrópole, mostraram que, num período de
dez anos (1955 a 1965) a chuva ácida destruiu os narizes das Cariátides e outros
detalhes de suas figuras. O mesmo fenômeno foi observado no Taj Mahal, na Índia, e
no Coliseu, em Roma.(GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação em Química, 1999)
3º DESAFIO:

TER DADOS DE DESEMPENHO DOS SISTEMAS QUE


ATUALMENTE SÃO UTILIZADOS QUANTO AOS REQUISITOS E
CRITÉRIOS DA ABNT NBR 15575.

4º DESAFIO:
TER CONHECIMENTO TÉCNICO PARA SABER INTERPRETÁ-
LOS E EMPREGÁ-LOS NOS PROJETOS E NA EXECUÇÃO DA
OBRA.
Requisitos que incidem sobre os
sistemas de vedação vertical

1. Desempenho estrutural
2. Segurança contra incêndio
3. Segurança no uso e operação
4. Estanqueidade
5. Desempenho térmico
6. Desempenho acústico
7. Durabilidade e manutenabilidade
5º DESAFIO: Requisitos que não eram parte da
cultura de projeto e construtiva e que falta
conhecimento para se tornarem naturais para
toda a cadeia produtiva (conhecimento antes
que $$$$)
PARTE 5 COBERTURAS
Mas esta situação se aplica a sobressolos ou edifícios garagem de
edifícios

25 kN
As paredes de vedação comumente
utilizadas não são suficientes

Um carro automático ficou


pendurado para o lado de fora
de um prédio após seu
condutor confundir os pedais
do freio e do acelerador. O
caso aconteceu na manhã
desta sexta-feira (14 de
agosto/2015), em Colatina 54
(ES).
Curitiba 2012 Em Curitiba, um motorista perdeu
o controle do carro que estava
tentando manobrar e simplesmente
atravessou a parede da garagem.

Blumenau 2013
Estacionamentos muito próximos às fachadas das torres
Recomendação ABECE

58
Segurança no uso e operação
SEGURANÇA NO USO E OPERAÇÃO
9.2.3 Premissas de projeto
Devem ser previstas no projeto e na
execução formas de minimizar o risco
de:
• Ferimentos ou contusões em função da
dessolidarização ou da projeção de
materiais ou componentes a partir das
coberturas e das fachadas, tanques de
lavar, pias e lavatórios, com ou sem
pedestal, e de componentes ou
equipamentos normalmente fixáveis em
paredes.
Projeto de fachada: detalhamento
de juntas, análise de
deformações/módulo de
elasticidade da argamassa,
especificação de argamassas,

fixação de calhas, molduras,


rufos etc nas coberturas e de
qualquer componente de fachada
que possa se desprender. 60
DEFINIÇÃO DA FACHADA EM FUNÇÃO DO
DESEMPENHO TÉRMICO

P L B 3
R o C
n F
d I
r
i
n
a

NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações


Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social
Zonas bioclimáticas

São Paulo = Zona bioclimática 3


CRITÉRIO SIMPLIFICADO

As fachadas devem ser compostas por materiais e


componentes que, no conjunto – vedação +
revestimentos, incluindo pintura -, atendam ao requisito
de transmitância térmica e capacidade térmica
segundo a zona bioclimática em que se encontra o
empreendimento.

62
Transmitância e
capacidade
térmica
Absortância deve ser apresentada pelo fornecedor do revestimento
(tintas, texturas, cerâmica, etc)
Alvenaria de blocos de concreto

67
• http://projeteee.mma.gov.br/
Procedimento 1 – Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e
critérios para os sistemas de vedação e coberturas, conforme ABNT NBR
15575-4 e ABNT NBR 15575-5. Para os casos em que a avaliação de
transmitância térmica e capacidade térmica, conforme os critérios e métodos
estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em
desempenho térmico insatisfatório, o projetista deve avaliar o desempenho
térmico da edificação como um todo pelo método da simulação
computacional conforme 11.2.
Para a realização das simulações computacionais recomenda-se o emprego do
programa EnergyPlus.

Outros programas de simulação podem ser utilizados, desde que permitam a


determinação do comportamento térmico de edificações sob condições
dinâmicas de exposição ao clima, sendo capazes de reproduzir os efeitos de
inércia térmica e sejam validados pela ASHRAE Standard 140.
Quando a fachada não atende aos critérios de transmitância e de
capacidade térmica a NBR 15575 permite que se verifique o
atendimento aos critérios de temperatura por simulação térmica:
Mas a simulação considera vários fatores e é INDIVIDUAL de cada
empreendimento a menos que seja um projeto totalmente padronizado mas
ainda assim resta a variável de implantação no terreno.
Quando há
grandes áreas de
fachada em vidros:
transmissão de
calor neste
ambiente depende
das características
do vidro.
Quando há
predominância de
vidros na fachada
realizar a
simulação térmica.
Mas enfrentamos grande
resistência dos escritórios de
arquitetura em incorporarem as
avaliações de desempenho térmico
e lumínico como parte do
DESENVOLVIMENTO do projeto.

O que vem antes: o projeto


incorpora o atendimento
destes requisitos e então é
“valorizado” ou tem que
ser “valorizado” primeiro
para depois incorporar os
requisitos?
Estratégias construtivas segundo a ABNT NBR 15220
ANÁLISE DA PAREDE DA FACHADA EM
FUNÇÃO DO TEMPO REQUERIDO DE
RESISTÊNCIA AO FOGO (TRRF)
ABNT NBR 14432:2001
Exigências de resistência ao fogo de
elementos construtivos de edificações –
Procedimento
TRRF para paredes, pisos, elementos
estruturais f(altura do edifício)
ABNT NBR 14432:2001
Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações –
Procedimento

TRRF para paredes, pisos, elementos estruturais f(altura do edifício)

Em função da altura e da natureza da ocupação o projetista de


arquitetura/projetista ou consultor de segurança contra incêndio
e o projetista de estrutura devem apresentar em memorial a
classificação quanto ao Tempo Requerido de Resistência
ao Fogo global do edifício.

Devem ser determinados ainda os TRRFs exigidos para as paredes


compatibilizando os critérios da NBR 15575 com os critérios da IT Nº 8 do Corpo
de Bombeiros em SP, e exigências especificas locais quando em outros estados.

As paredes então deverão ser especificadas com base em dados de ensaios


que as classifiquem quanto ao TRRF

Fontes de dados: Anexos da IT nº 8 do CB de São Paulo,


ensaios realizados por fabricantes
IT nº 6 – Corpo de Bombeiros de Minas Gerais:

5.7.2 – Os elementos de compartimentação (externa e internamente à edificação,


incluindo as lajes, as fachadas, paredes externas e as selagens dos shafts e dutos
de instalações) e os elementos estruturais essenciais à estabilidade destes
elementos, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura principal da
edificação, sendo que o TRRF mínimo para as selagens dos shafts e dutos de
instalações será de 60 (sessenta) minutos.

5.7.3 – As paredes divisórias entre unidades autônomas, para as ocupações dos


grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2; H3; H5 e H6) devem possuir TRRF mínimo de 60
(sessenta) minutos, independente do TRRF da edificação. Esta regra pode ser
dispensada para as ocupações que possuam sistemas de chuveiros automáticos,
projetados conforme normas técnicas.
IPT SP

Ensaios de resistência ao fogo

• Determinação do Tempo de
Resistência ao Fogo

ITT Performance –
UNISINOS
São Leopoldo - RS
Elemento TRRF Práticas de mercado – variáveis de região a região e por tipologia

Vedações O mesmo 0,5 gesso internamente/ até 4,5 argamassa externa para estrutura convencional e 0,5 gesso /2,0
de da argamassa para alvenaria estrutural.
Fachadas estrutura
Vedações
de Caixa de
Elevador 120 min Aplicação de gesso apenas na face exposta (FE); paredes de blocos cerâmicos ou de concreto de 14 cm.
(de minimo Sem revestimento na face não exposta.
emergência
)

Vedações
de Caixa de Estrutura convencional, pratica-se bloco cerâmico ou de concreto e gesso em ambos os lados (com
120 ou 240
Escada / exceção do 1º andar), na alvenaria estrutural pratica-se bloco cerâmico ou de concreto (estrutural ou não
min
Rota de com gesso ou argamassa de cimento na face exposta.
Fuga

Vedações
Blocos de 9,0 cm ou 11,5 cm ou 14 cm – vedações internas podem ter revestimentos de argamassa de
de Áreas 60 min
gesso (SP e alguns estados) ou até 1,5 cm de argamassa de cimento.
Privativas
Vedações
Blocos de 9,0 cm ou 11,5 cm ou 14 cm – vedações internas podem ter revestimentos de argamassa de
de Áreas variável
gesso (SP e alguns estados) ou até 1,5 cm de argamassa de cimento.
Comuns

Shafts variável Blocos de 9,0 ou 11,5 sem revestimento na face interna do shaft; 0.5 de argamassa de gesso.
Critérios da NBR 15575 Parte 3 para definição do TRRF do edifício e da estrutura:

“Os entrepisos propriamente ditos, bem como as vigas que lhe dão sustentação, devem
atender aos critérios de resistência ao fogo conforme definido a seguir, destacando-se que
os tempos requeridos referem-se à categoria corta-fogo, onde são considerados os critérios
de isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade:
a) unidades habitacionais assobradadas, isoladas ou geminadas: 30 min;
b) edificações multifamiliares até 12 m de altura: 30 min;
c) edificações multifamiliares com altura acima de 12 m e até 23 m: 60 min;
d) edificações multifamiliares com altura acima de 23 m e até 30 m: 90 min;
e) edificações multifamiliares com altura acima de 30 m e até 120 m: 120 min;
f) edificações multifamiliares com altura acima de 120 m: 180 min;
g) subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da edificação e não menos que 60 min
para alturas descendentes até 10 m e não menos que 90 min para alturas descendentes
superiores a 10 m.

OBS: Ao estabelecer estes critérios de forma prescritiva a NBR 15575 impede que se utilize
o Método dos tempos equivalentes previstos nas demais normas e na IT nº 8 para reduzir
o TRRF exigido nos edifícios mais altos, tornando-se assim o critério mais restritivo.

Está em análise por entidades do setor a realização de uma emenda à norma de forma a
compatibilizar a NBR 15575 com outras normas existentes.
8.6.1 Minimizar o risco de colapso estrutural
A edificação habitacional deve atender à ABNT NBR 14432 e às
normas específicas para o tipo de estrutura conforme citado em 8.6.2

8.6.2 Métodos de avaliação

Análise do projeto estrutural em situação de incêndio.


Atendimento às Normas de projeto estrutural, como a seguir
relacionadas:

ABNT NBR 14323, para estruturas de aço;

ABNT NBR 15200, para estruturas de concreto;


OBS: A NBR 15200 foi revisada em 2012.

para as demais estruturas (alvenaria estrutural por exemplo),


aplica-se o “Eurocode” correspondente, em sua última
edição.
Desempenho acústico
Paredes que separam uma unidade de áreas comuns
DESEMPENHO de trânsito eventual de pessoas, etc – Mín.= 30dB
ACÚSTICO ABNT (cozinhas e salas) e 40dB (dormitórios)
NBR 15575
ABNT Paredes que separam uma
Conjunto de paredes e portas NBR unidade de áreas comuns
que separam uma unidade de 10152 com permanência de pessoas
outra pelo hall (Mín.= 40dB) como áreas de lazer como sala
de ginástica, etc. Mín.= 45dB

Paredes que
separam uma
unidade de outra
unidade Mín = 40
dB ou Mín.=
45dB quando há
dormitório em
pelo menos um
dos lados

Conjunto de paredes externas e


esquadrias de dormitórios Mín = 20,
Sistema de pisos de dormitórios . Mín (LnTw) = 25 ou 30dB
87 conforme a classe de
80dB – ruído de impacto e 45 dB ruído aéreo ruído externo
NBR 15575 Parte 4
Tabela 17 — Valores mínimos da diferença padronizada de
nível ponderada, D2m,nT,w, da vedação externa de dormitório

1
Enquadramento do
empreendimento nas
classes I,II ou III
registrado em
projeto seguindo a
NBR 10151

O Anexo F contém recomendações relativas a outros níveis de desempenho.


Também, valores de referência Rw, obtidos em ensaios de laboratório, para orientação a fabricantes
e projetistas, constam no Anexo F.
Considerar Isolação
da parede com dados
de ensaios de
laboratório para a
parede que se

2 utilizará na fachada.

Cálculo a ser feito na


especificação da
esquadria de
dormitório
NORMA ISO 15712-3 (EN 12354-3)

O R’ é o índice de redução sonora aparente e representa isolamento proporcionado pela


fachada, tanto através do elemento separador quanto da transmissão que ocorre pelos
flancos.

O ΔLfs é um fator de correção que deve ser aplicado devido ao formato da fachada, que
pode variar de -1 a 7 dB

Simplificando esta fórmula, sendo que T0=0,5 (constante), o que vai influenciar este fator
é a razão entre volume e área do elemento separador. Esta variação pode ser de até 6dB,
dependendo da situação.
Quanto maior o vão mais
isolamento deverá ser
proporcionado pela
esquadria e a alvenaria
vira coadjuvante mas deve
ter um isolamento
adequado para compor
com a esquadria
Planilha disponibilizada pelo Ministério das Cidades para cálculo
do Índice de Isolação Sonora da esquadria requerido para um
determinado projeto

http://app.cidades.gov.br/catalogo/

Orientações ao Proponente para Aplicação das Especificações de Desempenho em Empreendimentos de HIS


Anexo 3 - Planilha de cálculo do isolamento requerido da esquadria para atender ao requisito de desempenho acústico de fachada de dormitório

Instruções:
a) Nas células em tons claros, entre com a área total da fachada, a área da janela e a isolação sonora Rw da parede (em dB), medida em laboratório
b) A planilha calculará, automaticamente, qual o valor de Rw necessário para a janela (medido em laboratório) para se estimar o valor MÍNIMO
de D2m,n,Tw em obra. Admitiu-se que ocorrerão, NO MÁXIMO, 5 dB de perda de eficácia, em função de falhas de execução.

ENTRADA DE DADOS

Observações:
2 Os valores obtidos são referência para PROJETO.
Área da fachada= 6,5 m

Área de janela= 1,4 m2 Rw Parede= 44 dB A boa qualidade da execução é fundamental para que sejam alcançados os resultados de desempenho esperados.

Área da Parede= 5,1 m2 A comprovação do desempenho de uma edificação específica deverá ser feita por meio de medições na OBRA PRONTA.

RESULTADOS

Classe de D2m,nTw Rw Fachada Resultados


Ruído Fachada (dB) (dB) Rw Janela (dB)
I 20 25  18,5
II 25 30  23,6
III 30 35  28,9
CLASSES DE DESEMPENHO ACÚSTICO DE ESQUADRIAS
SEGUNDO A ABNT NBR 10821 Parte 4 (2017)
COMPRA DAS ESQUADRIAS
Fabricante que possui linha própria = fabricante padronizado –
ensaio das esquadrias padronizadas em laboratório e ele deve
fornecer o Re em relatório de ensaio
Fabricante que utiliza sistemas homologados = esquadria sob
3 encomenda a partir de projeto da construtora. Deve haver acordo
entre fabricante e construtora para o ensaio em laboratório em
tempo hábil para a obra.

Laboratórios: IPT e Concremat em São Paulo; ITT Performance – Unisinos no Rio Grande do
Sul (São Leopoldo); Laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina.
Exemplo: Ensaios Sistemas ALCOA/KAWNEER
Controle e inspeção da instalação – máxima

4 vedação/interface esquadria - alvenaria


DESEMPENHO DE VEDAÇÕES INTERNAS
Ensaios padronizados pela NBR 15575 com métodos de ensaio
ISO para laboratório (fabricante) e para campo (construtora).
Todo e qualquer ensaio precisa descrever a amostra quanto às
características que afetam o desempenho que está sendo
avaliado:

• Dimensões, massa, classe, design


• Preenchimento de juntas verticais e horizontais
• Parede cega?
As soluções estão surgindo no mercado
• E é preciso indicar para o cliente como
deve ser o controle de execução para
assegurar o desempenho acústico
Procedimentos
de execução,
conscientização
da mão-de-obra e
inspeção para
assegurar o
desempenho

Interface alvenaria - estrutura


Portas

Dados de ensaios do
fabricante compatíveis
com o sistema de
Requisito específico de desempenho instalação a ser usado e
acústico para para portas de entrada com o desempenho da
das unidades quando houver mais parede utilizada na
de uma unidade por pavimento
separação entre os dois
apartamentos

107
Perfis de desempenho quanto aos esforços
mecânicos e comportamento diante de
umidade – ABNT NBR 15930

Fonte: ABIMCI

Classes de desempenho quanto ao


desempenho acústico – a classe é aplicável
segundo a necessidade específica do
empreendimento. Em média a Classe 1
atenderá as condições correntes de halls de
edifícios residenciais, mas deve-se analisar
condições específicas. 108
DURABILIDADE

109
PARTE 1

Durabilidade é o desempenho ao longo do tempo e a


expressão da durabilidade de um produto é sua vida
útil.

110
O atendimento das normas prescritivas como meio de atingir a
VIDA ÚTIL MÍNIMA prevista pela ABNT NBR 15575

14.2.3 Critério – Durabilidade

O edifício e seus sistemas devem apresentar durabilidade compatível com


a Vida Útil de Projeto VUP preestabelecida em 14.2.1.

14.2.4 Método de avaliação

A avaliação pode ser realizada:

a) através da verificação do atendimento dos requisitos estabelecidos


em Normas Brasileiras que estejam relacionadas com a
durabilidade dos sistemas do edifício. São exemplos de Normas com
estas características as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR
9062 e ABNT NBR 14762;

b) pela comprovação da durabilidade dos elementos e componentes


dos sistemas, bem como de sua correta utilização, conforme as
Normas a elas associadas que tratam da especificação dos elementos
e componentes, sua aplicação e métodos de ensaios específicos,
Todos os materiais e componentes utilizados devem ser
conformes às suas normas de especificação:

✓ PSQ
✓ Certificação de produto
✓ Declaração de conformidade

Ou

Ensaios do fabricante em laboratório de terceira parte e


demonstração de que controla sua produção.
Mas a durabilidade depende de uma correta
especificação e de uma série de fatores ligados
aos mecanismos de deterioração de cada sistema
(deformações, fissuração, eflorescências,
condensação, etc) que devem ser controlados
pelo projeto, execução e manutenção

• A durabilidade não é uma característica


intrínseca do material ou componente

• Quem especifica precisa conhecer as


propriedades dos materiais e componentes e
seu comportamento diante das condições de
exposição

• São necessários mecanismos de controle sobre


o que determina a durabilidade
Vida útil de projeto (VUP) = f (durabilidade prevista pelo projeto, durabilidade das
peças e componentes)
Vida útil (VU) = f (tipo de uso, revisões, manutenções, trocas de peças e partes que
têm vida útil menor do que o produto completo, estilo de direção, finalidade de uso)

Prazo de garantia = por exemplo, 3 anos. Função da confiabilidade dos processos


do fabricante.
VUP1 > VUP 2
VU1 > VU 2
Ou VU2 > VU1

1 2
Prazo de garantia:
1=2 ou 1>2 ou 1<2
• As mudanças necessárias no “Manual
de uso e manutenção”
• Explicar ao cliente o desempenho que está
sendo entregue em linguagem adequada a seu
entendimento;
• Explicar as condições de uso, operação e
manutenção que devem ser observadas para
manter este desempenho ao longo da vida útil
(inclusive com as restrições de uso);
• Destacar o que não pode ser feito pois afetaria
o desempenho.
O desempenho que está sendo entregue

DESEMPENHO ACÚSTICO
O desempenho acústico da edificação e de cada unidade privativa é definido pelos
projetos, a partir de soluções que proporcionem a atenuação de ruídos, conforme
previsto pela NBR 15575 no caso de edificações habitacionais.
Os itens que a norma NBR 15575 prevê para assegurar um padrão de desempenho
acústico compatível com o padrão de mercado da edificação habitacional, se
caracterizam pela atenuação acústica proporcionada pelos elementos construtivos
como paredes, pisos, esquadrias, em relação a ruídos gerados no ambiente externo e a
ruídos gerados pelas unidades vizinhas, sejam as unidades ao lado sejam as unidades no
pavimento superior.
Nas normas brasileiras, assim como nas principais normas estrangeiras, não há
requisito estabelecido para atenuar os ruídos de um ambiente interno para outro
ambiente interno da mesma unidade (tais como ruídos gerados num dormitório e
percebidos em outro dormitório da unidade. Assim, os itens que caracterizam o
desempenho acústico da edificação e das unidades são:
Atenuação do ruído externo pela fachada da edificação nos dormitórios:
consiste no nível de atenuação do som proporcionado pela parede em conjunto com
a esquadria e vidro em relação ao ruído gerado externamente.
A norma NBR 15575 estabelece um nível de atenuação mínimo exigido para cada
classe de ruído externo do local onde está a edificação e cabe ao incorporador, no
início do projeto, constatar qual é a classe do local, especificando parede, esquadria
e vidros com a capacidade de atenuar o que a norma define.
Não se pode estimar o aumento do ruído externo que pode ocorrer ao longo da vida
útil da edificação, sendo responsabilidade do incorporador projetar para o nível de
ruído identificado à época do projeto.
Atenuação do ruído gerado na unidade do pavimento superior: são dois tipos de
ruídos diferentes que devem ser atenuados, sendo o primeiro o ruído aéreo, aquele
que é transmitido pelo ar, como som de conversas, televisão, música e o segundo o
ruído de impacto, transmitido por vibração que ocorre na superfície de um piso
quando recebe a pressão de impacto de um salto de sapato no caminhar, de um
objeto caindo sobre o piso no andar de cima e ruídos similares.

O projeto adota espessuras e tipos de lajes que possibilitam a atenuação prevista na


norma técnica.
O desempenho acústico da unidade poderá ser alterado se houver
operações de manutenção ou reforma que alterem espessuras de
paredes, a vedação proporcionada pelas portas e esquadrias, retirada de
paredes, além da escolha do tipo de revestimento de piso realizada pelo
proprietário da unidade imediatamente superior. Por exemplo: ao abrir
um nicho ou prateleira, ou ainda uma caixa de instalação elétrica numa
parede divisória entre uma unidade e a unidade ao lado o usuário reduzirá
a atenuação proporcionada pela parede e poderá passar a ouvir mais
nitidamente os sons gerados na outra unidade.
Os revestimentos de pisos que o proprietário da unidade superior
instalar terão efeito sobre a atenuação dos ruídos de impacto por ele
gerados sobre a unidade abaixo.
Os revestimentos de pisos que contribuem para atenuar estes ruídos são
aqueles que possuem alguma forma de amortecer este impacto, como,
por exemplo, os pisos laminados de madeira e os revestimentos têxteis.
Os níveis de atenuação previstos na norma técnica não
significam que não se perceberá ruído algum. A atenuação faz
com que o ruído percebido fique dentro de valores aceitos
internacionalmente como padrões de desempenho acústico dos
edifícios, sem entrar no mérito da sensibilidade individual de
cada pessoa com relação aos ruídos.
A medição destes níveis de ruído deve ser feita de acordo com
métodos previstos na NBR 15575.
NAS VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS E EXTERNAS – Parte 4 –
Cargas suspensas

Instru-
ções aos
clientes
Restrições de uso claramente explicadas
Orientações de uso e manutenção para
manter o desempenho especificado e
construído

Reformas
A parede suporta cargas de quadros, prateleiras, e
outros dispositivos segundo os requisitos da ABNT
NBR 15575:2013, desde que sejam utilizadas as
fixações previstas nas instruções a seguir.
E a pergunta que sempre está associada à
norma: quem fiscaliza seu cumprimento?
“Estamos assistindo a uma erosão da moral.
Cada vez mais, precisamos de repressão para garantir condutas de
convívio – como o uso disseminado de câmeras de segurança –, quando,
na verdade, se a moral bastasse, nada disso seria necessário.
É impressionante como, a cada dia que passa, estamos mais
submetidos à fiscalização e menos sobra espaço para o nosso
discernimento, aquela liberdade de saber o que é certo e o que é
errado. Isso empobrece a dignidade humana.
Ver o seu bom comportamento como resultado de um
constrangimento externo é apequenador da sua dignidade”.

Clovis de Barros Filho– em entrevista para o jornal Zero Hora em setembro de 2017 -
Clóvis de Barros Filho é bacharel em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero de São
Paulo (1985) e em Direito pela Universidade de São Paulo (1986), especialista em Direito
Constitucional (1988) e em Sociologia do Direito (1989) pela Université Panthéon-Assas de
Paris, mestre em Ciência Política pela Université Sorbonne Nouvelle de Paris (1990) e
doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2002). Professor
Livre Docente da ECA/USP e professor da ESPM.
NGI Consultoria e Desenvolvimento
Fone: 11 5561-2097

macovelo@ngiconsultoria.com.br

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