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Filho de imigrantes luteranos alemães, estudou no Colégio Martin Luther de Estrela e no Colégio
Militar de Porto Alegre, formando-se oficial na Escola Militar de Realengo3 . Ingressou na
carreira política ao ser nomeado chefe da Casa Militar do governo do Presidente Castelo Branco
em 1964. Fez parte do grupo de militares castelistas que combateram a candidatura do Mal.
Costa e Silva à presidência da República3 . Castelo promoveu-o ainda a General-de-exército em
1966 e nomeou-o Ministro do Superior Tribunal Militar em 1967. No governo de Emílio Médici,
tornou-se presidente da Petrobras, enquanto seu irmão Orlando Geisel tornara-se Ministro do
Exército; o apoio de Orlando foi decisivo para que Médici o escolhesse como candidato à
Presidência em 1974. Em 1974, pelo Aliança Renovadora Nacional (ARENA), na chapa com
Adalberto Pereira dos Santos para vice, candidatou-se à presidência, onde venceu, com
quatrocentos votos (84,04%), a chapa oposicionista Ulysses Guimarães/Barbosa Lima Sobrinho
do MDB, que obteve 76 votos (15,96%).
Assumiu a Presidência do Brasil em 15 de março de 19744 . Seu governo foi marcado pelo início
de uma abertura política e amenização do rigor do ditadura militar brasileira, onde encontrou
fortes oposições de políticos chamados de linha-dura4 . Durante sua incumbência, ficaram
marcados os seguintes acontecimentos: divisão de Mato Grosso e criação do Mato Grosso do
Sul, reatamento de relações diplomáticas com a República Popular da China, reconhecimento da
independência de Angola, realização de acordos nucleares com a Alemanha Ocidental, início do
processo de redemocratização do país, extinção do AI-5, grande adiantamento da construção da
Usina Hidrelétrica de Itaipu.4
A 1 de Junho de 1977 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
e a 13 de Fevereiro de 1979 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D.
Henrique.5
Em sua vida pós-presidência, Geisel manteve influência sobre o Exército ao longo da década de
1980 e, nas eleições presidenciais de 1985, apoiou o candidato oposicionista vitorioso Tancredo
Neves, o que caracterizou a diminuição das resistências a Tancredo no meio militar. Foi
presidente da Norquisa, empresa ligada ao setor petroquímico. Em 12 de setembro de 1996, aos
89 anos, veio a falecer, vítima de um câncer generalizado.4