Você está na página 1de 70

1º - Compreensão de Texto

2º - Sintaxe do Período Simples


3º - Sintaxe do Período Composto
4º - Valor de Conjunções
5º - Funções do ‘que’
6º - Coesão Textual
7º - Pontuação
8º - Processos de Formação de Palavras
9º - Sinônimos Contextuais
10º - Figuras de Linguagem
1º - Mais de um item
2º - Compreensão de Textos
3º - Pontuação
4º - Coesão Textual
5º - Inferência
6º - Reescrita de Texto
7º - Crase
8º - Formas do Texto
9º - Semântica
10º - Concordância Nominal e Verbal
CEPUERJ CESPE
Compreensão de Texto Mais de um item
Sintaxe do Período Simples Compreensão de Textos
Sintaxe do Período Composto Pontuação
Valor de Conjunções Coesão Textual
Funções do ‘QUE’ Inferência
Coesão Textual Reescrita de Texto
Pontuação Crase
Processos de Formação de Formas do Texto
Palavras
Sinônimos Contextuais Semântica
Figuras de Linguagem Concordância Nominal e Verbal
“Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la. E comer o
fruto é saber-lhe o sentido” Alberto Caeiro
Todo texto é construção - o que significa que
texto não é um amontoado de frases, mas sim um
conjunto organizado, no qual é possível identificar
partes e estabelecer relações entre as partes e entre
os elementos que as compõem. No texto, nada pode
"sobrar", ser contraditório, ilógico ou destoante,
deixar de ter sentido ou intenção. Todas as peças
devem se encaixar, formando uma unidade.
Textualidade é um conjunto de características
que fazem com que um texto seja considerado como
texto, de fato, e não como um amontoado de palavras
e frases.
A intencionalidade
revela o esforço feito
pelo produtor para
estabelecer um
discurso coerente e
coeso a fim de cumprir
o seu objetivo
comunicativo em
função do receptor.
A aceitabilidade está
ligada à atitude do
receptor diante do texto.
Ele analisa e avalia o
grau de coerência,
coesão, utilidade e
relevância do texto. É
capaz de levá-lo a alargar
os seus conhecimentos
ou de aceitar ou não a
intenção do produtor.
A situcionalidade é
responsável pela
adequação do texto ao
contexto
sociocomunicativo.
reúne os fatores que
tornam um texto
adequado a uma
situação atual ou
recuperável.
A informatividade O maior produtor de
indica se os dados oxigênio são os oceanos
do texto são e mares
suficientes ou não A unha da mão cresce 4x
para a sua mais do que a unha do pé
compreensão. Indica Um prato de feijoada leva
também o grau de de 6 a 8 horas para ser
previsibilidade do digerido?
texto, na dimensão O músculo mais forte do
dos conteúdos e da corpo humano é a língua?
forma.
Alimentação com carnes polui mais que
todos os veículos do mundo
Segundo o estudo abaixo, publico pela revista
Época, todos os veículos juntos – carros,
motocicletas, ônibus, caminhões, tratores e
outros – produzem 4% da poluição do ar,
enquanto a criação de ruminantes e pela reação
de seu esterco no solo produzem 32% da
contaminação da atmosfera.
Conclusão da pesquisa: os maiores responsáveis
pela poluição e pelo comprometimento do ar que
respiramos, pelo aquecimento global e pela
destruição da camada de ozônio são os
comedores de carnes que sustentam uma
indústria pecuária sem precedentes na história da
humanidade.
Um texto para ser coerente depende do conhecimento
da língua e de mundo e do grau de compartilhamento
desse conhecimento entre produtor e receptor.
Se o receptor de um texto não conhecer bem a língua
utilizada, bem como a realidade do discurso, com toda
certeza terá dificuldade em entendê-lo e irá até
classificá-lo como incoerente.
A coerência textual depende também das inferências,
da intertextualidade,dos fatores
extralinguísticos/pragmáticos e de interação (tipos de
atos de fala na interãção, contexto de situação,
intenção comunicativa).
Arrasa o meu projeto de vida Odara, gravou meu nome na blusa
Querida, estrela do meu caminho Abusa, me acusa
Espinho cravado em minha garganta Revista os bolsos da calça
Garganta (...)
A santa às vezes troca meu nome Arrasa o meu projeto de vida
E some Querida, estrela do meu caminho
E some nas altas da madrugada Espinho cravado em minha garganta
Coitada, trabalha de plantonista Garganta
Artista, é doida pela Portela A santa às vezes me chama Alberto
Ói ela Alberto
Ói ela, vestida de verde e rosa Decerto sonhou com alguma novela
A Rosa garante que é sempre minha Penélope, espera por mim bordando
Quietinha, saiu pra comprar cigarro Suando, ficou de cama com febre
Que sarro, trouxe umas coisas do Norte Que febre
Que sorte A lebre, como é que ela é tão fogosa
Que sorte, voltou toda sorridente Egípcia, me encontra e me vira a
Demente, inventa cada carícia cara
Fui à Água Doce Cachaçaria e tomei uma cachaça da boa
mas tão boa que resolvi levar dez garrafas para casa, mas
Dona Patroa me obrigou a jogar tudo fora.
Peguei a primeira garrafa, bebi um copo e joguei o resto na pia.
Peguei a segunda garrafa, bebi outro copo e joguei o resto na pia.
Peguei a terceira garrafa, bebi o resto e joguei o copo na pia.
Peguei a quarta garrafa, bebi na pia e joguei o resto no copo.
Peguei o quinto copo, joguei a rolha na pia e bebi a garrafa.
Peguei a sexta pia, bebi a garrafa e joguei o copo no resto.
A sétima garrafa eu peguei no resto e bebi a pia.
Peguei no copo, bebi no resto e joguei a pia na oitava garrafa.
Joguei a nona pia no copo, peguei na garrafa e bebi o resto.
O décimo copo, eu peguei a garrafa no resto e me joguei na pia.
Não lembro do que fiz com a Patroa!
Muitos são os problemas do nosso grande Brasil. Violência,
corrupção, drogas, falta de fé, prostituição, bagunça e muitas
outras coisas fazem do nosso Brasil um país de terceiro
mundo. Mas a pior de todas é a fome. Muitos brasileiros ainda
não têm o que comer todos os dias. Com as estradas
brasileiras precárias, com muitos buracos e sem sinalização,
os caminhões que trazem tomates, frutas, verduras, legumes,
ficam balançando e amassando a comida toda lá dentro.
Quando a comida chega aqui já está tudo ruim e aí a gente
não quer comer e fica com fome. A fome nos leva a ficar com
raiva e muitos não conseguem se controlar e saem por aí
agredindo os outros e até mesmo usando drogas. Pois é,
muitos são os problemas do Brasil. Não é difícil resolver, mas
fácil também não é.
Redação de candidato a vaga em Pré-vestibular comunitário
Construção da Coerência textual
“É a partir dos conhecimentos que temos que
vamos construir um modelo de mundo
representado em cada texto – é o mundo textual.
Tal mundo, é claro, nunca vai ser uma cópia fiel
do mundo real, já que o produtor do texto recria
o mundo sob uma ótica ou ponto de vista,
dependendo de seus objetivos, crenças,
convicções e propósitos.”
Koch, I. & Travaglia, L.C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1990. p. 63
IMPLÍCITO
É algo que está envolvido
naquele contexto, mas não é
revelado, é deixado subentendido, é
apenas sugerido.
A compreensão de implícitos é
essencial para se garantir um bom
nível de leitura.
PRESSUPOSTO
Circunstância ou fato considerado como
antecedente necessário de outro. Há textos
em que nem tudo o que importa para a
interpretação está registrado. O que não foi
escrito deve ser levado em consideração para
que se possa verdadeiramente interpretar
um texto.
INFERÊNCIA → Inferir algo pode ser
definido como o processo de raciocínio
segundo o qual se conclui alguma coisa a
partir de outra já conhecida. As informações
obtidas na leitura de um texto devem ser
confrontadas com o nosso conhecimento da
realidade.
Ex: O Brasil registrou na bolsa de valores de São Paulo a
maior queda dos últimos cinco anos.
Ex: Estou muito resfriado – diz o filho
Então vai tomar um remédio – responde a mãe
RESPONDA
1- Segundo a personagem
Hagar, o que denotam os
chifres?

2 – O que se conclui a
respeito de Helga, a
partir da fala de Hagar
no último quadrinho?
.
AGORA,
RESPONDA:

1 - Qual é a informação
óbvia contida no
primeiro quadrinho?

2 – O que se pode concluir


a respeito do marido de
Irma a partir da leitura
do segundo quadrinho?
RESPONDA:

1 – O que se pode
concluir da fala de
Helga no primeiro
quadrinho?

2 – O que se subentende
do diálogo das duas
personagens no último
quadrinho?
Qual a opinião de Hagar acerca
de parentes?
Qual o diagnóstico implícito na
fala do médico de Hagar?
De acordo com as falas de Hagar, que
pressuposto existe em relação à sua
esposa?
O fenômeno urbano: passado, presente e futuro
As cidades surgiram como parte integrante das sociedades agrícolas. Cerca de
dois mil anos antes da era cristã, as cidades egípcias de Mênfis e Tebas
já se constituíam em núcleos urbanos que abrigavam milhares de habitantes.
Outras surgiram nos vales fluviais da Mesopotâmia, da Índia e da China. Elas se
caracterizavam por concentrar atividades não agrícolas, sendo locais de culto e
de administração. No entanto, comportavam-se apenas como complemento
do mundo rural, pois não tinham funções ligadas à produção. Isso foi válido
também para as cidades gregas e romanas e mesmo para as cidades da Idade
Média. Com o tempo e o surgimento do comércio de longa distância, os núcleos
urbanos passaram a ter a função de entrepostos comerciais. A Revolução
Industrial representou uma transformação radical das cidades. Com a indústria, o
núcleo produtivo das sociedades concentrou-se geograficamente e transferiu-se
para o meio urbano. À nova função de produção de mercadorias juntaram-se as
funções urbanas anteriores, de administração e comércio. Essas “novas” cidades
difundiram-se inicialmente pela Europa e pela América do Norte, e depois por
todos os continentes. Elas passaram a abrigar uma parte crescente da força de
trabalho, originária principalmente das áreas rurais.
No século XX, as cidades transformaram-se ainda mais, como
consequência do crescimento das atividades industriais e da expansão do
setor de serviços. Mais do que nunca, no raiar do século XXI, a cidade se
tornou um polo irradiador de comércio, serviços e informações. Com essas
funções, ela se consolidou como centro de organização do espaço
geográfico. O mundo atual vive um acelerado processo de urbanização.
Atualmente, mais da metade dos quase 7 bilhões de habitantes do planeta
já reside em centros urbanos. Por volta de 1950, apenas 30% das pessoas
do mundo moravam nas cidades. No início do século XIX, as cidades não
abrigavam sequer 2% da população mundial. Segundo a ONU, em 2025
pouco mais de 60% do contingente demográfico total do mundo morará
em cidades. [...]
OLIC, Nelson B. O fenômeno urbano: passado, presente e futuro. Disponível em:
<http://www.clubemundo.com.br/revistapangea/ show_news.asp?n=393&ed=4>. Acesso:
6 maio 2012.
Adaptado.
Com base nas informações contidas no Texto I, conclui-se
que
(A) a transformação das cidades, no século passado, gerou
graves problemas, entre os quais, o aumento da
criminalidade.
(B) a Revolução Industrial foi um dos fatores de crescimento
dos centros urbanos e da migração de pessoas do campo
para a cidade.
(C) as novas cidades industrializadas se organizaram
exclusivamente a partir da produção de bens para o
consumo.
(D) as cidades da antiguidade se desenvolveram a partir de
suas vocações econômicas, fato que já ocorria cerca de dois
mil anos antes de Cristo.
(E) o processo de concentração de habitantes em centros
urbano
A ciência da biodiversidade
A fronteira da biodiversidade é azul. Atrás das ondas, mais do que em
qualquer outro lugar do planeta, está o maior número de seres vivos a descobrir. Os
mares parecem guardar a resposta sobre a origem da vida e uma potencial
revolução para o desenvolvimento de medicamentos, cosméticos e materiais para
comunicações. Prova do mundo escondido na água é a identificação recente de
lulas colossais com mais de dez metros, de polvos que brilham no escuro e de
demônios-do-mar transparentes. No Brasil, será oficialmente anunciada em breve a
identificação de mais uma espécie de baleia em nosso litoral. Cientistas
descobriram no Rio de Janeiro uma nova espécie de arraia que vive nas trevas. E
um inventário recém-concluído mostrará que brolhos tem a maior diversidade
marinha de todo o Atlântico Sul.
Conhecemos menos de 5% das criaturas marinhas. Das planícies abissais
– o verdadeiro fundo do mar, que ocupa a maior parte da superfície da Terra –
vimos menos de 1%. Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que
do fundo do mar. Os oceanos são hoje o grande desafio para a conservação...[...]
Uma das descobertas mais surpreendentes é o acréscimo de mais uma
espécie à lista de baleias que ocorrem no litoral brasileiro. Com a baleia-bicuda-de-
True encontrada em São Sebastião, São Paulo, sobe para 43 o número de
espécies de baleias registradas na costa do Brasil.
– Essa descoberta mostra que os oceanos são nossa última fronteira.
Desconhecemos até o que existe na costa. O registro de mais uma espécie
é um dos mais importantes dos últimos anos e muda o conhecimento sobre
nossa fauna – afirma um dos autores da descoberta, o pesquisador
Salvatore Siciliano. [...]
A baleia-bicuda-de-True chega a ter seis metros de comprimento e
não se imaginava que pudesse chegar ao litoral brasileiro. Seu registro
sairá em breve na revista científica Global Marine Environment. Encontrar
registros novos de animais tão grandes quanto baleias impressiona, mas
não surpreende os cientistas. Nos últimos anos, descobriram-se não só
novos registros mas novas espécies de peixes e invertebrados marinhos –
como estrelas-do-mar, corais, lulas e crustáceos.
Oficialmente, por exemplo, há 1.300 espécies de peixes marinhos
no Brasil. Mas os especialistas sabem que esse número é muitas vezes
maior.

AZEVEDO, Ana Lucia, Revista O Globo, 19 mar. 2006 (com adaptações).


02 - (Administrado Pleno/ Petrobras – CESGRANRIO/2006) Indique a única opção
que NÃO apresenta uma idéia contida no texto.
(A) Há possibilidades de estar no fundo do mar matéria-prima para uma série de
avanços técnico-científicos.
(B) Existem cerca de 95% de seres marinhos que ainda não conhecemos nos dias
de hoje.
(C) A descoberta de novos animais aquáticos evidencia a riqueza do território
marinho a ser desvendado.
(D) A crença de que a baleia-bicuda-de-True não poderia chegar ao Brasil foi
alterada pelos fatos recentes.
(E) No Brasil, encontram-se contabilizados 1.300 peixes, conforme informações
das autoridades da área.

03 - (Administrado Pleno/ Petrobrás) – CESGRANRIO/2006) Os animais abaixo


foram descobertos recentemente, EXCETO:
(A) lulas colossais com mais de dez metros.
(B) polvos que brilham no escuro.
(C) demônios-do-mar transparentes.
(D) baleias-bicudas-de-True.
(E) uma espécie de arraia que vive nas trevas.
04 - Pode-se dizer que a presença do negro representou
sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios
coloniais. Os antigos moradores da terra foram,
eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria
extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios
mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se
acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que
exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea
era para as atividades menos sedentárias e que pudessem
exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e
fiscalização de estranhos.
Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
a) os portugueses
b) os negros
c) os índios
d) tanto os índios quanto os negros
e) a miscigenação de portugueses e índios
05 – O liberalismo é uma teoria política e econômica que
exprime os anseios da burguesia. Surge em oposição ao
absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercantilismo,
defendendo os direitos da iniciativa privada e restringindo o
mais possível as atribuições do Estado.
Locke foi o primeiro teórico liberal. Presenciou na Inglaterra
as lutas pela deposição de Stuarts, tendo ser refugiado na
Holanda por questões políticas. De lá regressa quando,
vitoriosa a Revolução de 1688, Guilherme de Orange é
chamado para consolidar a nova monarquia parlamentar
inglesa.
Infere-se do texto que Guilherme de Orange:
a) não seria simpático aos burgueses
b) teria ligações com os reis absolutistas
c) teria idéias liberais
d) não concordaria com Locke
e) teria apoiado o exílio de Locke na Holanda.
06 – A fábrica brasileira da General Motors em Gravataí , no Rio
Grande do Sul, será usada como piloto para a implementação do
novo modelo de negócios que está sendo desenhado mundialmente
pela montadora. A meta da GM é transformar-se numa companhia
totalmente voltada para o comércio eletrônico. A partir do ano 2000,
a Internet passará a nortear todos os negócios do grupo,
envolvendo desde os fornecedores de autopeças até o consumidor
final. “A planta de Gravataí representa a imagem do futuro para
toda a GM”, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial brasileira e
responsável pela nova divisão e-GM.
Deduz-se pelo texto que a fábrica brasileira:
a) será norteada pela Internet
b) terá seu funcionamento modificado para adaptar-se às
necessidades do mercado
c) será transferida para Gravataí
d) estará, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comércio
eletrônico
e) seguirá no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente
funcionando no mundo.
Pai do Consenso de Washington, o economista John Williamson
afirmou que não há mais como se falar em desenvolvimento
sustentado sem considerar o desenvolvimento social. “A agenda
mudou e o social ganhou relevância”, afirmou. Para ele, a
preocupação social não significa assistencialismo. “Os governos
terão de criar as condições para que os mais pobres possam
melhorar de vida com esforço próprio”, assinalou. Ele
reconheceu que o resultado das políticas implementadas pelos
países da América Latina com base no Consenso de Washington
foi decepcionante. Para Williamson, as reformas realizadas
foram insuficientes, porque acabaram ideologizadas.
Correio Braziliense, 29/8/2003, p. 8 (com adaptações).

07 – (Prova BB / 2003-03) Infere-se do texto que se pratica


“assistencialismo” (R.6) ao se criar ‘condições para que os mais
pobres possam melhorar de vida com esforço próprio’ (R.7-8).
Na coletiva de imprensa que antecedeu o batismo da P-52, o diretor de
Produção e Exploração da PETROBRAS, Guilherme Estrella, destacou o índice de
nacionalização da obra e falou sobre os projetos da empresa.
“A P-52 é um marco na história da PETROBRAS e da recuperação da
capacidade construtiva do setor naval brasileiro. É a primeira plataforma a ser
concluída no Brasil após a decisão do presidente Lula, à época candidato, de que
tudo que pudesse ser construído no Brasil seria feito aqui, a começar pelas
plataformas da PETROBRAS. Hoje tornamos isso realidade. A P-52 é mais uma
plataforma que colocamos em operação. De 2006 até 2011, temos mais de 60
grandes projetos a serem instalados no Brasil. Isso vai nos garantir a sustentação
definitiva da auto-suficiência conquistada em 2005.”
Internet: <www2.petrobras.com.br>

08 - As informações do texto deixam pressuposta a idéia de que a capacidade


construtiva do setor naval brasileiro sempre esteve em plena atividade.

09 - Pelas informações do texto, infere-se que os 60 grandes projetos a serem


instalados no Brasil dependem da sustentação definitiva da auto-suficiência em
petróleo.
Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam
de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas
superiores de convivência no interior das nações e no plano internacional.
Em nome do povo brasileiro, reafirmo nossa crença nas Nações Unidas.
Seu papel na promoção da paz e da justiça permanece insubstituível. Rendo
homenagem ao Secretário-Geral, Kofi Annan, por sua liderança na defesa de um
mundo irmanado pelo respeito ao direito internacional e pela solidariedade entre
as nações.
O aperfeiçoamento do sistema multilateral é a contraparte necessária do
convívio democrático no interior das nações. Toda nação comprometida com a
democracia, no plano interno, deve zelar para que, também no plano externo, os
processos decisórios sejam transparentes, legítimos, representativos.
Luiz Inácio Lula da Silva. Fragmento de discurso na
abertura da 58.ª Assembléia Geral da ONU. Nova Iorque,
23/9/2003 (com adaptações).

10 – As estruturas lingüísticas do texto permitem inferir que, mesmo


anteriormente ao discurso, já se tinha fé nas Nações Unidas e no seu papel de
promoção da paz e da justiça.
11 – Do último parágrafo do texto, a argumentação permite inferir uma relação de
condição assim expressa: se a nação zela pela democracia, zela também pelo
aperfeiçoamento do sistema multilateral.
Não podemos ignorar as mudanças que se processam no mundo,
sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores
importantes no cenário internacional, muitas vezes exercendo papel crucial na
busca de soluções pacíficas e equilibradas para os conflitos.
O Brasil está pronto a dar a sua contribuição. Não para defender uma
concepção exclusivista da segurança internacional. Mas para refletir as
percepções e os anseios de um continente que hoje se distingue pela
convivência harmoniosa e constitui um fator de estabilidade mundial. O apoio
que temos recebido, na América do Sul e fora dela, nos estimula a persistir na
defesa de um Conselho de Segurança adequado à realidade contemporânea.
Idem, ibidem (com adaptações).

12 – Subentende-se do texto que alguns países em desenvolvimento buscam


soluções pacíficas para os conflitos e que o Brasil pode representar os anseios
de uma convivência harmoniosa.

13 – Infere-se do texto que um Conselho de Segurança adequado à realidade


contemporânea não corresponde a uma concepção exclusivista da segurança
internacional.
A violência nas grandes cidades brasileiras tornou-se uma prática
gratuita. Há pessoas, principalmente jovens, “que gostam de exercer a
violência”. O diagnóstico é do antropólogo Gilberto Velho, que há dez
anos vem fazendo uma pesquisa qualitativa com vítimas da
criminalidade no Rio. A violência tem rompido barreiras que existiam,
como não agredir idosos. Os idosos dizem que os jovens são
agressivos, que são capazes de empurrá-los numa fila de ônibus”, disse
Velho. A cultura da violência, acrescentou o antropólogo, provocou o
acovardamento da população das cidades. “Quando uma senhora idosa
é assaltada, homens mais ou menos dispostos não se movimentam
para socorrê-la de imediato. O medo gera a covardia. Espera-se que o
poder público socorra, mas o poder público é ausente.

14 – Infere-se do texto que, anteriormente, existiam limites que o senso


comum e a ética social estabeleciam à violência — como é o caso de
“não agredir idosos” (R.7-8) —, os quais estão sendo rompidos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da RDC
102/2000, proíbe à indústria farmacêutica oferecer ou prometer prêmios ou
vantagens aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar
medicamentos. Além disso, esses não podem solicitar ou aceitar nenhum
incentivo se estiverem vinculados à prescrição, dispensa ou venda.
Medidas restritivas se impõem, como as implementadas em outros países,
tais como a proibição de aceitação de presentes (independentemente do
seu valor), a regulamentação da oferta de amostras e o financiamento da
participação em congressos e simpósios. Deve ser vetado que a indústria
farmacêutica influencie, com benefícios injustificados de caráter financeiro
ou material, os médicos por outros motivos que não o interesse do paciente.
A promoção e o comércio são tarefas da indústria. Trabalhar em favor do
paciente é tarefa para os médicos e instituições da categoria ou vinculadas à
saúde. A educação médica continuada também é tarefa do médico. Pedir
apoio à indústria é convidar para a promoção e o comércio.
Idem, ibidem.

15 – Depreende-se do texto que, no Brasil, os mecanismos restritivos da


relação entre médicos e indústria farmacêutica são ineficazes porque
coíbem especialmente a indústria, sem que apontem punições.
O Brasil é campeão mundial em agrobiodiversidade. Estima-se que
somente a Amazônia detenha mais de 25% da biodiversidade vegetal e
animal do planeta. O tema é sempre atual, pois esse imenso patrimônio
genético pode estar em perigo com o avanço das fronteiras agrícolas para o
cerrado e a Amazônia.
Os estudos da agrobiodiversidade envolvem o uso e a conservação
dos recursos genéticos animais, vegetais, a microbiota (seres microscópicos)
e conhecimentos associados. Essa área da ciência ainda trata da evolução,
domesticação e localização dos centros de diversidade das espécies de
interesse para a humanidade, como as alimentares, medicinais, ornamentais
e agroenergéticas.
É fundamental destacar a riqueza brasileira em variabilidade
genética vegetal, principalmente porque o Brasil é o centro de origem do
abacaxi, do açaí, do amendoim, do cacau, da castanha, do cupuaçu, do
maracujá, da mandioca, bem como da seringueira e de outras espécies.
Idem, ibidem.

16 – Infere-se das informações do texto que o desmatamento para


implantação de lavouras representa risco para o patrimônio genético da
Amazônia.
A PETROBRAS completa, em 2007, 50 anos de atuação no Espírito
Santo. Seu plano de negócios 2007-2011 prevê investimentos de cerca de R$
20 bilhões no estado, nas áreas de exploração e produção e nos trechos do
Gasene que atravessam o território capixaba. A PETROBRAS é a principal
parceira do governo do Espírito Santo no plano estratégico 2025, além de ser
a maior contribuinte de ICMS do estado.
A companhia investe em projetos sociais em 17 municípios do
Espírito Santo, por meio do projeto Ciranda Capixaba, parte integrante do
programa PETROBRAS Fome Zero. Investe, também, em projetos de
pesquisa e desenvolvimento, por meio do Centro de Competência em Óleos
Pesados (COPES), em parceria com a Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES) e o Centro de Pesquisas da PETROBRAS (CENPES).
Idem, ibidem.

17 – Subentende-se das informações do texto que o “plano de negócios 2007-


2011” (R.2) pertence ao estado do Espírito Santo.

18 – Infere-se das informações do texto que o “plano estratégico 2025” (R.6-


7) foi criado pela PETROBRAS.
A prefeitura de São Paulo conseguiu bom resultado no
primeiro leilão público de créditos de carbono no mercado à vista
ocorrido no mundo, organizado por uma bolsa de commodities e
realizado nos termos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que
foi estabelecido no Protocolo de Kyoto. Por meio desse instrumento,
países desenvolvidos, signatários do protocolo, que se
comprometeram a reduzir determinada porcentagem das suas
emissões de dióxido de carbono e outros gases que provocam o
efeito estufa, podem, em vez disso, comprar créditos de carbono
gerados por países que tenham reduzido suas emissões domésticas.
O Estado de S.Paulo, 4/10/2007.

19 – Subentende-se das informações do texto que o Protocolo de


Kyoto autoriza que países desenvolvidos, signatários do acordo,
possam comprar créditos de carbono gerados em outros países para
completar os índices, com os quais se comprometeram, de redução
de suas emissões de gases nocivos.
Na atualidade, em qualquer parte do mundo, podem desenvolver-se
atividades de apoio logístico ou de recrutamento ao terrorismo. Isso se deve à
sua própria lógica de disseminação transnacional, que busca continuamente
novas áreas de atuação e, também, às vantagens específicas que cada país
pode oferecer a membros de organizações extremistas, como facilidades de
obtenção de documentos falsos ou de acesso a seu território, além de
movimentação, refúgio e acesso a bens de natureza material e tecnológica.
A descentralização das organizações extremistas amplia sua
capacidade operacional e lhes permite realizar atentados quando as
circunstâncias lhes forem favoráveis e onde menos se espera, para
potencializar o efeito surpresa e o sentimento de insegurança, objetivos
próprios do ato terrorista. Desse modo, cidadãos e interesses de qualquer
país, ainda que não sejam os alvos ideais, em termos ideológico-religiosos,
podem servir de “pontes” para que organizações extremistas atinjam, embora
indiretamente, seus principais oponentes.
Idem, ibidem (com adaptações).

20 – Conclui-se da leitura do texto que cidadãos de países que não se opõem


diretamente às organizações extremistas são alvos diretos das ações
terroristas.
Foi “entrevistado” aquele que é apontado pelas autoridades
como o principal responsável pelos ataques do PCC. O Celular “falou”
ao repórter com o compromisso de não ter sua identidade e sua marca
reveladas.
O senhor admite ter desempenhado um papel fundamental
na organização dos ataques do PCC? Não se pode dispensar todo o
barril por causa de algumas maçãs podres. Eu ajudo mais de 90
milhões de brasileiros a se comunicarem diariamente. Sou um
aparelho democrático.
É possível ou não bloquear os seus serviços? Eu sempre
me esforço para ser o melhor naquilo que faço. Esta é a minha receita
de sucesso. Para bloquear, é preciso acompanhar o meu ritmo de
avanço tecnológico. Alguns bloqueadores instalados já estavam
obsoletos quando foram instalados.
Afinal, existe alguma forma de bloquear o seu sinal? Tem
uma tal de gaiola de Faraday. Apesar de o nome parecer complicado,
é bem simples. Basta instalar uma tela de metal em volta das celas ou
dos presídios. A gaiola de metal impede que minhas ondas
eletromagnéticas entrem ou saiam. Aí, não tem comunicação.
Veja, 31/5/2006 (com adaptações).
21 – Com base na leitura das charges acima e do texto da revista Veja (Texto
anterior), julgue o item seguinte.
Mais do que a charge II, a charge I apresenta semelhança com a forma como
o texto da revista Veja aborda o uso de telefone celular nos presídios, o que
se deve à presença, na charge I, de fala do celular e de interlocutor.
Debruçando-se sobre o estudo do exercício da política, Maquiavel dissecou a
anatomia do poder de sua época: dos senhores feudais e da igreja medieval. E, por
isso mesmo, por botar o dedo na ferida, foi considerado um autor maldito. Ele se
mostra preocupado com o fato de que na política não existem regras fixas. Governar,
isto é, tomar atitudes políticas, é um trabalho extremamente criativo e, por isso
mesmo, sem parâmetros anteriores. Assim, essa preocupação do filósofo, por incrível
que pareça, torna-se um bom instrumento para repensarmos a ética. Hoje, com o fim
das garantias tradicionais, estamos todos mais ou menos na posição do príncipe de
Maquiavel — isto é, em um mundo de incertezas, dentro do qual temos de inventar
nossa melhor posição. É mergulhado nesse mundo de incertezas, de instabilidade
social e política, de culto ao individualismo, que construímos nossa identidade, nosso
modo de agir. Como seres humanos, nosso fim último é a felicidade. Como indivíduos
sociais, precisamos entender que, por melhores que sejam nossos objetivos na vida,
os meios para alcançá-los não podem entrar em contradição com a nobreza dos fins.
Desse modo, não basta termos fins nobres, é necessário também que os meios para
alcançá-los sejam adequados a essa nobreza.

22 – Considerando que intertextualidade é a retomada das idéias de um texto em


outro, o texto em questão apresenta intertextualidade entre
A) as idéias de Maquiavel e a discussão sobre atitudes políticas atuais.
B) o conceito de poder na igreja e dos senhores feudais.
C) os instrumentos de governo e a busca da felicidade.
D) nobreza de espírito e objetivos de vida.
E) filosofia e política.
Um dos fundamentos do pensamento aristotélico é que todas as coisas têm
uma finalidade. É isso que, segundo o filósofo, leva todos os seres vivos a se
desenvolver de um estado de imperfeição (semente ou embrião) a outro de
perfeição (correspondente ao estágio de maturidade e reprodução). Nem
todos os seres conseguem ou têm oportunidade de cumprir o ciclo em sua
plenitude, porém. Por ter potencialidades múltiplas, o ser humano só será feliz
e dará sua melhor contribuição ao mundo se desfrutar das condições
necessárias para desenvolver o talento. A organização social e política, em
geral, e a educação, em particular, têm responsabilidade de fornecer essas
condições.
Escola, abr./2005, p. 39 (com adaptações).

23 – Assinale a opção que apresenta o provérbio que mais se aproxima da


seguinte idéia do texto: os seres vivos se desenvolvem de um estado de
imperfeição a outro de perfeição.
A) A pressa é inimiga da perfeição.
B) Águas passadas não movem moinhos.
C) Passinho a passinho se faz o caminho.
D) Depois da tempestade vem a bonança.
E) Quem nasceu para 10 réis não chega a vintém.
Representantes dos maiores bancos brasileiros reuniram-se no Rio de Janeiro
para discutir um tema desafiante. Falaram sobre a necessidade de estabelecer
mecanismos de controle sobre o oceano de incertezas que cerca o mercado
financeiro e, assim, atenuar os solavancos que volta e meia ele provoca na
economia mundial. Na mais recente crise — a do mercado de hipotecas de alto
risco dos Estados Unidos — , os bancos americanos amargaram perdas
superiores a 100 bilhões de dólares. A turbulência decorrente do estouro de
mais essa bolha ainda não teve suas conseqüências totalmente
dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto é possível injetar
alguma previsibilidade em um mercado tão interconectado, gigantesco e que
tem o risco no DNA. O único consenso é que o mercado precisa ser mais
transparente. O investidor tem o direito de ser informado sobre a composição
do produto que estiver comprando e o grau de risco que está assumindo.
Veja, 12/3/2008 (com adaptações).

24 – Infere-se da argumentação do texto que a crise do mercado de hipotecas


nos Estados Unidos foi causada pela falta de transparência desse mercado
para o investidor.

25 – É possível inferir do texto que o fato de o mercado ser “interconectado”


(R.13), “gigantesco” (R.14) e ter “o risco no DNA” (R.14) dificulta a adoção de
mecanismos de controle sobre ele.
O universo digital constitui um claro separador entre gerações,
ainda que não seja privativo de nenhuma delas. Menos conhecido é
seu impacto no comportamento daqueles que nasceram nesta era
tomada pela tecnologia. O mais notável nesta geração é o fim da
separação entre o mundo real e o virtual. Um diálogo por mensagem
instantânea é hoje tão intenso quanto um encontro cara a cara e,
muitas vezes, até mais íntimo. A tecnologia é uma realidade sem volta.
Veja. Edição Especial. “Tecnologia”, ago./2007 (com adaptações).

26 - As idéias do texto permitem concluir que a geração mais jovem se


distingue da dos mais velhos: estes não conseguem dominar a
tecnologia, enquanto aqueles não separam o real do virtual.
As reservas internacionais em moeda forte funcionam como um seguro
que o Brasil contrata para se proteger contra eventuais ataques
especulativos e crises abruptas. Foi graças ao acúmulo desses recursos
que o Brasil pôde decretar o fim de sua dívida externa. Na última crise
financeira que atingiu o Brasil, em 2002, essa poupança era bem mais
modesta. Excluídos os empréstimos do Fundo Monetário Internacional
(FMI), ela não passava de 16 bilhões de dólares; na semana passada,
chegou a 190 bilhões de dólares, dinheiro acumulado graças ao superavit
na balança comercial. Entretanto, apesar da máxima de que quanto
maiores as reservas internacionais dos países, menor o risco de eles
sofrerem uma crise financeira, os especialistas alertam que as economias
emergentes, incluída a brasileira, já ultrapassaram em muito o valor que
se imaginava adequado para essa espécie de “seguro”.
Giuliano Guandalini. Elas valem quanto pesam. In: Veja, 5/3/2008, p. 88
(com adaptações).

27 - Depreende-se do texto que os empréstimos do FMI compõem o


montante de 190 bilhões de dólares.
Enquanto autoridades internacionais vêm condenando duramente a expansão
da produção de biocombustíveis, o governo federal arma-se, acertadamente, para
enfrentar a onda de rejeição daí nascida. O Palácio do Planalto sabe que o Brasil exibe
notáveis condições de atingir, com o etanol, um elevado patamar estratégico no jogo das
relações internacionais. E que é possível, nesse terreno, conjugar expansão com
respeito ao meio ambiente e às necessidades de produção de alimentos.
Críticos mais recentes dos biocombustíveis, como dirigentes do Banco Mundial,
do Fundo Monetário Internacional e da Organização das Nações Unidas para Agricultura
e Alimentação (FAO) apóiam-se no argumento de que a produção contribui para a
redução crescente da oferta de alimentos e para a conseqüente elevação dos preços.
O relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, ofereceu
contornos ainda mais contundentes: sugeriu que o cultivo em massa destinado aos
biocombustíveis configura um crime contra a humanidade por seu impacto nos preços
mundiais dos alimentos. Ziegler carrega na denúncia o discurso segundo o qual o uso de
terras férteis para os biocombustíveis conduzirá o mundo à redução de superfícies
destinadas aos alimentos. A conseqüência é a elevação dos preços.
Eis uma briga de gigantes.
Jornal do Brasil, 15/4/2008.

28 – Infere-se das informações do texto que o governo brasileiro tem uma posição
diferente da dos dirigentes do Banco Mundial, da FAO e da ONU quanto à relação entre
a produção de biocombustíveis e a escassez de alimentos.
O que há de paradoxal a respeito da economia de hoje é a sua força.
É certo que há paralelos com a Grande Depressão norte-americana. As
pessoas temem aquilo que não compreendem ou não esperam. No início da
década de 30, ninguém sabia por que, afinal, a economia havia se deteriorado
com tanta rapidez. Da mesma maneira, boa parte das más notícias eram, em
geral, inesperadas.
As pessoas temem o que virá a seguir. Elas se preocupam com a
estabilidade dos mercados financeiros e da economia globalizada. Essas
ansiedades são legítimas. Os prazeres da prosperidade geram complacência e
inspiram equívocos que, algum tempo depois, incidem sobre os mercados
financeiros, sobre a geração de empregos e a produção. Assim como as
expansões levam, afinal, à autodestruição, da mesma maneira, os declínios
tendem a criar forças de autocorreção.
O Estado de S.Paulo, 25/7/ 2008 (com adaptações).

29 – O desenvolvimento das idéias do texto leva a concluir que a “economia de


hoje” (R.1-2) tem força, e não entra em colapso, porque cria forças de
autocorreção no seu declínio.
Um dos fundamentos do pensamento aristotélico é que todas as
coisas têm uma finalidade. É isso que, segundo o filósofo, leva todos os
seres vivos a se desenvolver de um estado de imperfeição (semente ou
embrião) a outro de perfeição (correspondente ao estágio de maturidade e
reprodução). Nem todos os seres conseguem ou têm oportunidade de
cumprir o ciclo em sua plenitude, porém. Por ter potencialidades múltiplas, o
ser humano só será feliz e dará sua melhor contribuição ao mundo se
desfrutar das condições necessárias para desenvolver o talento. A
organização social e política, em geral, e a educação, em particular, têm
responsabilidade de fornecer essas condições.
Escola, abr./2005, p. 39 (com adaptações).

30 – A partir das relações lógicas apresentadas lingüisticamente, é correto


concluir que
A) o pensamento de Aristóteles tem um só fundamento.
B) todas as coisas são seres vivos.
C) alguns seres não cumprem seu ciclo de desenvolvimento.
D) só o ser humano pode ser feliz.
E) o talento é potencialidade desenvolvida por todos.
A eleição brasileira, considerada a maior votação eletrônica do mundo,
atrai a atenção de observadores internacionais e passou por longo processo de
evolução até chegar à atual etapa de informatização. Por estranho que pareça,
a previsão de uma máquina de votar já constava no primeiro Código Eleitoral,
em 1932. Mas a realização dessa medida só foi efetivada há poucos anos, após
algumas experiências. Em 1996, a criação da urna eletrônica permitiu a
informatização do processo de votação e apuração das eleições. O voto
eletrônico foi implementado passo a passo em todo o território nacional para
que os eleitores (principalmente os menos acostumados às novas tecnologias)
não tivessem muita dificuldade na hora de votar. O processo de votação
eletrônica atingiu 100% dos municípios brasileiros no pleito de 2000, totalizando
a instalação de cerca de 350 mil urnas eletrônicas. O sucesso da informatização
foi comprovado com a facilidade dos eleitores ao votar e com a segurança e
agilidade da urna eletrônica. Os resultados das eleições foram divulgados na
manhã seguinte à eleição, o que representou recorde no anúncio dos
resultados.
Internet: <www.redetec.org.br> (com adaptações).

31 – Depreende-se das informações do texto que, em 1996, a urna eletrônica foi


adotada em todos os municípios do país.

Você também pode gostar