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CAPÍTULO 4 - DERIVADAS

4.1- Incrementos e Razão Incremental


Seja y = f (x) uma função real de variável real, contínua em um dado intervalo do qual fazem parte os números
reais x1 e x2 e esses números são muito próximos entre si, isto é, |x2 – x1| < δ ou x2 – x1 tende a zero.
Nestas condições são aceitas as seguintes definições:

1) Incremento da variável independente x:

A variável independente x pode variar, aumentar ou diminuir de x1 até x2, variação esta, denominada
incremento ou acréscimo da variável x, indicada por: ∆x = x2 – x1.

2) Incremento da função y = f (x)

A função ou variável dependente y pode variar de f (x1) até f (x2), variação esta denominada aumento
ou acréscimo da função y = f (x), o qual é indicado por: ∆y = f (x2) – f (x1).

3) Razão Incremental da y = f (x)


 ∆y 
Denomina-se razão incremental da função y = f (x) a razão entre os incrementos ∆y e ∆x →   .
 ∆x 
∆y f (x 2 ) − f (x1 )
=
∆x ∆x
x 2 = x1 + ∆x
∆y f (x1 + ∆x ) − f (x1 )
=
∆x ∆x

4) Derivada de uma Função y = f (x)


Seja y = f (x) definida e contínua em um dado intervalo real, denomina-se função derivada ou derivada
de y = f (x) a função que se obtém através do limite da razão incremental de y = f (x) quando o incremento
dy df d ( f ( x ))
da variável independente x tende a zero. Tal função é indicada por: y’; f ’ (x); ; ; .
dx dx dx
∆y f (x − ∆x ) − f ( x )
f ' ( x ) = lim ⇒ lim Se este limite existir e for finito.
∆x →0 ∆x ∆x →0 ∆x

Exercícios

1) Seja f (x) = x2 determine f ’(x).


f (x + ∆x ) − f ( x ) 0
f ' ( x ) = lim = indeterminação
∆x →0 ∆x 0
f ( x ) = x2
f (x + ∆x ) = (x + ∆x )2

f ' ( x ) = lim
(x + ∆x )2 − x 2
∆x →0 ∆x
x + 2 x∆x + ∆x 2 − x 2
2
= lim
∆x →0 ∆x
∆x.(2 x + ∆x )
= lim
∆x →0 ∆x
= lim 2 x + ∆x
∆x →0
= 2x + 0
= 2x
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f (x ) = x 2 → f ' (x ) = 2 x

2) f (x ) = a x
f (x + ∆x ) − f (x )
f ' (x ) = lim
∆x →0 ∆x
f ( x ) = ax
f ( x + ∆x ) = a x + ∆x = a x .a ∆x
a x .a ∆x − a x
f ' ( x ) = lim
∆x →0 ∆x

= a x . lim
∆x
a −1( )
∆x →0 ∆x
au − 1
Lembrar : lim = ln a
u →0 u
= a x . ln a
f ' ( x ) = a x . ln a

3) f ( x ) = log a x
f (x + ∆x ) − f ( x )
f ' ( x ) = lim
∆x →0 ∆x
f ( x ) = log a x
f (x + ∆x ) = log a (x + ∆x )
log a (x + ∆x ) − log a x
f ' ( x ) = lim
∆x →0 ∆x

= lim
1  (x + ∆x ) 
log a
∆x →0 ∆x  x 
 1 
  ∆x  ∆x 
= lim log a  1 + 
∆x →0   x  
 
 1 
  ∆x  ∆x 
= log a lim  1 + 
 ∆x →0 x  
 
= 1 ∞ → Indeterminação
1
Lembrar : lim (1 + u ) u = e
u →0
1
1
log a ex = log a e
x

4.2- Derivada de uma função y = f (x) em um ponto x = x0

Seja y = f (x) contínua em um domínio D e x0 um ponto de acumulação de D. Denomina-se derivada de f (x) no


f ( x ) − f ( x0 )
ponto x0 ao limite: lim .
x → x0 x − x0
Notação:
dy
f ' (x0 ) =
dx x = x0

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Exercícios

1) Seja f(x) = x3, determinar a derivada de f no ponto que x0 =1.


x3 −1
f ' (1) = lim x3 - 1 x-1
x →1 x − 1
-x + x2 x2 +x +1
3
= lim x 2 + x + 1 = 3 x2 - 1
x →1
f ' (1) = 3 -x2 + x
x-1
-x + 1
0
2) Seja f (x) = sen x, determinar a derivada de f no ponto que x0 = 0.
f (x ) − f (x0 )
f ' (x0 ) = lim

x 0 x − x0
f (0 ) = sen(0 ) = 0
sen x − 0
f ' (0 ) = lim
x →0 x −0
sen x
= lim =1
x →0 x
f ' (0 ) = 1

3) f (x ) = 3 x para x0 = 0.
3
x −0
f ' (0 ) = lim
x →0 x −0
3
x
= lim
x →0 x
1
x 3
= lim
x →0 x
1
= lim x 3 .x −1
x →0
2

= lim x 3
x →0
1
= lim
x →0 3
x2
1
= = +∞
0+
f ' (0 ) = ∃

4.3- Teorema da Existência da Derivada em um Ponto

Existirá a derivada de uma função y = f (x) definida e contínua em um ponto x0 se e somente se as derivadas
laterais no ponto de abcissa x0 forem iguais, isto é:

4.3.1- Derivadas Laterais


( )
∗ f ' x0 − = lim −
x → x0
f ( x ) − f ( x0 )
x − x0

( )
∗ f ' x0 + = lim +
f ( x ) − f ( x0 )
x − x0
x → x0 .
f ' (x0 ) existirá se e somente se f ' x0 ( ) = f ' (x ).

0
+

f ( x ) − f ( x0 ) f ( x ) − f ( x0 ) f ( x ) − f ( x0 )
∃ lim ⇔ ∃ lim + = lim −
x → x0 x − x0 x → x0 x − x0 x → x0 x − x0
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Exercícios
1) Verificar se existe a derivada de f (x) = |x| em x0 = 0.
 x se x ≥ 0
∗ f (x ) = 
− x se x < 0
f ( x ) − f ( x0 )
f ' (0 ) = lim
x →0 x −0
x −0
= lim
x →0 x −0
x
= lim =∃
x →0 x

x x
∗ lim+ = lim+ = lim 1 = 1
x →0 x x →0 x x →0 +
são diferentes
x −x
∗ lim− = lim− = lim− − 1 = −1
x →0 x x →0 x x →0
f ' (0 ) = ∃

4.4- Interpretação Geométrica da Derivada

Seja y = f (x) uma função contínua e derivável em um domínio D.

y
tangente

f (x0+∆x)
α
β
f (x0)
∆x

x0 x0+∆x x

f (x0 + ∆x ) − f (x0 )
f ' (x0 ) = lim
∆x →0 ∆x

f (x0 + ∆x ) − f (x0 )
• = tan β
∆x
f (x0 + ∆x ) − f (x0 )
• lim = tan α
∆x →0 ∆x

4.4.1- Equação da Reta Tangente à curva y = f (x) no ponto P0 (x0, y0)

P0 (x0 , y 0 )
m = f ' (x 0 )
y − y 0 = m.(x − x0 )
Exercícios

1) Determinar a equação da reta tangente à curva y = x2 no ponto onde x0 = 2.


m = f ' (2 )
y − y 0 = m( x − x 0 )
P0 ( x0 , y 0 ) f ' (x ) = 2 x
y − 4 = 4(x − 2 )
P0 (2 ,4 ) f ' (2 ) = 2.2 = 4
y − 4 = 4x − 8
m=4
y − 4 x + 4 = 0 → Equação da reta tangente
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Observação:
A derivada de uma função y = f (x) em um ponto é um número que corresponde ao coeficiente angular da reta
tangente à curva y = f (x) no ponto x = x0.

4.4.2-Equação da Reta Normal a uma curva y = f (x) no ponto P0 (x0, y0)

1
y − y0 = − .(x − x0 ) onde, m = f ’(x0)
m

Exercícios

1) Determinar as equações da reta tangente e da reta normal à curva definida pela equação y = x3 onde x0 = 1.
x0 = 1 → y0 = 1
∴ P0 (1,1) Equação da reta tangente Equação da reta normal
y − y 0 = m( x − x 0 )
3
dy x −1 1
m= ⇒ lim =3 y − y0 = − (x − x 0 )
dx x0 =1
x →1 x −1 y − 1 = 3(x − 1) m
∴m = 3 y − 1 = 3x − 3 1 1
y −1= − x +
3 3
y − 3x + 2 = 0 3 y − 3 = −x + 1
3y + x − 4 = 0

4.5- Álgebra das Derivadas

Suponha que u = h (x) , y = f (x) e z = g (x) em que:

(x) = f{
h{ (x) + g{
(x) (Derivada da Soma)
u y z

u + ∆u = h(x + ∆x )

 y + ∆y = f (x + ∆x )
 z + ∆z = g (x + ∆x )

a) Derivada da Soma

Demonstração:

u=y+z
u + ∆u = y + ∆y + z + ∆z
∆u = y + ∆y + z + ∆z − u
∗ Substituindo : − u = − y − z
∆u = y + ∆y + z + ∆z − y − z
∆u = ∆y + ∆z (÷ ∆x )
™ A derivada da soma ou da diferença é
∆u ∆y ∆z
= + a soma ou a diferença das derivadas.
∆x ∆x ∆x
∆u ∆y ∆z
lim = lim + lim
∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x
du dy dz
= +
dx dx dx
∗ se u = y + z
u' = y' + z'

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Exercícios

1) y = x2 + ax
y’ = 2x + ax. ln a

b) Derivada do Produto

u = y⋅z
u + ∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z )
∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z ) − u
∗ Substituindo : − u = − y ⋅ z
∆u = ( y + ∆y ) ⋅ ( z + ∆z ) − yz
∆u = yz + y∆z + z∆y + ∆y∆z − yz
∆u = y∆z + z∆y + ∆y∆z (÷ ∆x )
∆u y∆z z∆y ∆y∆z
= + +
∆x ∆x ∆x ∆x
∆u ∆z ∆y ∆z
lim = y lim + z lim + ∆y lim
∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x
∗ y + ∆y = f (x + ∆x ) quando ∆x → 0 ∆y → 0
du dz dy dz
=y +z +0
dx dx dx dx
∗ se u = y ⋅ z
u' = y ⋅ z' + z ⋅ y'

Exemplo:
1) y = x2 . ax
y’ = x2.ax.lna + ax.2x

c) Derivada do Quociente
y
u=
z
y + ∆y
u + ∆u =
z + ∆z
y + ∆y
∆u = −u
z + ∆z
y + ∆y y
∆u = −
z + ∆z z
z( y + ∆y ) − y( z + ∆z )
∆u =
z( z + ∆ z )
zy + z∆y − yz + y∆z
∆u =
z( z + ∆z )
z∆y + y∆z
∆u = ( ÷∆x )
z( z + ∆z )
∆u z∆y + y∆z
=
∆x ∆x( z 2 + z∆z )
∗ z∆z = 0 quando ∆x → 0 ∆z → 0
∆u 1  ∆y ∆z 
lim = 2  z lim − y lim 
∆x z 
∆x → 0 ∆x → 0
∆x ∆x → 0
∆x 
du 1  dy dz 
= z −y 
dx z 2  dx dx 
y
∗ se u =
z

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z ⋅ y' − y ⋅ z'
u' =
z2

Exercícios
x2
1) y = x
a
a x .2 x − x 2 .a x . ln a
y' =
(a x )2
d) Derivada das Funções Elementares
∗f(x)= k
f ( x + ∆x ) − f ( x ) k − k
f ' ( x ) = lim = =0
∆x → 0
∆x ∆x
f'( x ) = 0

∗f(x)=0
f (x + ∆x ) − f (x )
f ' ( x ) = lim
∆x → 0
∆x
• f(x)= x
• f (x + ∆x ) = x + ∆x
x + ∆x − x
f ' ( x ) = lim =1
∆x → 0
∆x
f ' (x ) = 1

∗ f ( x ) = xn

f ' ( x ) = lim
(x + ∆x ) n
− xn
∆x → 0
∆x
• f ( x ) = xn
• f ( x + ∆x ) = ( x + ∆x ) n
 x(x + ∆x ) 
n n
n  x + ∆x 
( x + ∆x ) n =   =x  
 x   x 
n
 x + ∆x 
xn   −x
n

 x 
f ' (x ) = lim
∆x → 0
∆x
n
Lembrar
 x + ∆x 
  −1
• lim
(1 + u )a − 1 = a
 x 
= x lim
n
u →0 u
∆x → 0
∆x
∆x 
n
• lim
(1 + k.u )a − 1 = k.a

1 +  −1 u →0 u
1  x 
=x n
lim
x ∆x →0 1
∆x
x
1 xn
= xn n = n = n.x n −1
x x
f ' (x ) = n.x n −1

Exercícios

1) f (x) = x5
f ’(x)= 5 . x4

2) f (x) = x –3
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f ’(x)= -3 . x -4

1
3) f ( x ) = = x −5
x5
f ’(x) = -5 . x –6

Formulário de Derivadas

1) y = k → y’ = 0 (Derivada do constante k em relação a x)

2) y = x → y’ = 1

3) y = xn → y’ = n.x n-1

4) y = ax → y’ = ax.lna

1
5) y = log x a → y' =
x. ln a

1
6) y = ln x → y’ =
x

7) y = sen x → y’ = cos x

8) y = cos x → y’ = - sen x

9) y = tan x → y’ = sec2 x

10) y = cot x → y’ = - cossec2 x

11) y = sec x → y’ = sec x . tan x

12) y = cossec x → y’ = - cossec x . cot x

Demonstrações

Fórmula 5:
f (x ) = log a x
f (x + ∆x ) = log a (x + ∆x )
log a (x + ∆x ) − log a x
f ' (x ) = lim
∆x →0 ∆x
1  x + ∆x 
f ' (x ) = lim log a  
∆x →0 ∆x  x  Lembrar
1 1
 ∆x  ∆x lim (1 + ku ) u = e k
f ' (x ) = lim log a 1 +  u →0
x 
144244
∆x →0
3
1
ex
1
f ' (x ) = log a ex
1
f ' (x ) = log a e
x
1 1
f ' (x ) =
x log e a
1
f ' (x ) =
x. ln a

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Fórmula 7:
f (x ) = sen x
f (x + ∆x ) = sen (x + ∆x )
sen x. cos ∆x + sen ∆x. cos x − sen x
f ' (x ) = lim
∆x →0 ∆x
 
 sen x (cos ∆x − 1) sen ∆x. cos x 
f ' (x ) = lim  + 
∆x →0
 ∆x 14 4∆ 2x44 3
 = cos x 
cos ∆x − 1
f ' (x ) = sen x ⋅ lim + cos x
∆x →0 ∆x
f ' (x ) = sen x ⋅ 0 + cos x
f ' (x ) = cos x

Fórmula 9:
sen x
f (x ) = tan x =
cos x
u vu'−uv'
∗ Se y = → y' =
v v2
cos x. cos x − sen x.(− sen x )
f ' (x ) =
cos 2 x
6447 =1 448

cos x + sen 2 x
2
f ' (x ) =
cos 2 x
1
f ' (x ) =
cos 2 x
f ' (x ) = sec 2 x

Fórmula 11:
f (x ) = sec x
1
f (x ) =
cos x
cos x.(0 ) − 1(− sen x )
f ' (x ) =
cos 2 x
0 + sen x
f ' (x ) =
cos 2 x
sen x
f ' (x ) =
cos 2 x
sen x
f ' (x ) =
cos x. cos x
f ' (x ) = tan x. sec x

Propriedades

1) y = k . v → y’ = k . v’
2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’
3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’
u v ⋅ u' −u ⋅ v'
4) y = → y' =
v v2

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4.6- Regra da Cadeia para Derivação de Função Composta

Seja a função composta y = h (x) = fog = f (g(x)) sendo g derivável em relação a x e f derivável em relação a g (x).
Nessas condições demostra-se que a derivada dessa função h' (x ) = f ' (g( x )) g' ( x ) .
Sendo u = g (x) e y = f (u),

dy dy du
= ⋅ → Regra da Cadeia
dx du dx

4.6.1-Generalização da Regra da Cadeia para Derivada das Funções Compostas

 y = f 1 (u )

u = f 2 (w)
y = f (x ) 
w = f 3 (v )
v = f 4 (x )
dy dy du dw dv
= ⋅ ⋅ ⋅ → Regra da Cadeia
dx du dw dv dx

Exercícios

2
+1
1) y = e x
 u dy u
 y = e → du = e

u = x 2 + 1 → du = 2 x
 dx
dy dy du
= ⋅
dx du dx
dy 2
= e x +1 ⋅ 2 x
dx

2) (
y = sen x 3 + 5 x )
 dy
 y = sen u → du = cos u

u = x 3 + 5 x → du = 3 x + 5
 dx
dy dy du
= ⋅
dx du dx
dy
dx
( )
= cos x 3 + 5 x ⋅ (3 x + 5 )

3) y = sen 3 x
 dy
y = sen u → = cos u
 du

u = 3 x → du = 3
 dx
dy
= cos u .3
dx
dy
= (cos 3 x ) ⋅ 3
dx

4) (
y = sen x 2 + 10 x − 7 )
2
y' = cos( x + 10 x − 7 ).( 2 x + 10 )
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y = e (x )
3
+5 x 2 +4
5)
y' = e (x
3
+5 x 2 +4 ) .(3 x 2 + 10 x )

4.6.2- Regras da Derivada das Funções Compostas

Sejam u e v funções em x, e k, a e n constantes.


1) y = k → y’ = 0
2) y = x → y’ = 1
3) y = un → y’ = n.u n-1.u’
4) y = au → y’ = au.lna.u’
5) y = eu → y’ = eu . u’
1
6) y = log b u → y' = ⋅ u'
u . ln b
u'
7) y = ln u → y’ =
u
8) y = sen u → y’ = cos u . u’
9) y = cos u → y’ = - sen u . u’
10) y = tan u → y’ = sec2 u . u’
11) y = cot u → y’ = - cossec2 u . u’
12) y = sec u → y’ = sec u . tan u . u’
13) y = cossec u → y’ = - cossec u . cot u . u’

Propriedades
1) y = k . v → y’ = k . v’
2) y = u ± v → y’ = u’ ± v’
3) y = u . v → y’ = u.v’ + v.u’
u v ⋅ u '− u ⋅ v'
4) y = → y' =
v v2

4.7- Derivação de Função Dada Implicitamente

Consideremos uma equação nas variáveis x e y. Dizemos que uma função y = f (x) é dada implicitamente por
tal equação se, para todo x no domínio de f, o ponto (x,f(x)) for solução da equação. F (x, y) = 0 mas y = f (x)

Exercícios
dy
Determinar y’ =
dx
1) x 2 + y 3 − 5x + 2 y − 4 = 0
2 x + 3 y 2 . y' −5 + 2 y' = 0
( )
y' 3 y 2 + 2 = −2 x + 5
− 2x + 5
y' =
3y 2 + 2

2) u 2 + v 3 + sen v + 5u 3 = 0
2u + 3v 2 v' + cos v.v' +15u 2 = 0
( )
v' 3v 2 + cos v = −15u 2 − 2u
2
− 15u − 2u
v' =
3v 2 + cos v

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3) x3 y2 − y3 + 5 = 0
x3 .2 y . y' + y 2 .3 x 2 − 3 y 2 . y' = 0
( )
y' 2 x 3 y − 3 y 2 = −3 x 2 y 2
− 3x2 y2
y' =
(
2 x3 y − 3 y 2 )
4) xy 2 − x 2 y + x 2 − 2 y 2 = 0
( )
x.2 y . y' + y 2 − x 2 . y' + y .2 x + 2 x − 4 y .y' = 0
2 2
x.2 y . y' + y − x . y' − y .2 x + 2 x − 4 y . y' = 0
( )
y' 2 xy − x 2 − 4 y = 2 xy − 2 x − y 2
2 xy − 2 x − y 2
y' =
2 xy − x 2 − 4 y

dy
4.8- Interpretação de como um quociente diferencial
dx
4.8.1- Diferencial
dy
Até aqui, tem sido visto como uma simples notação para a derivada de y=f(x). O que faremos a seguir é
dx
dy
interpretar como um quociente entre dois acréscimos. Inicialmente, vamos olhar para dx como um acréscimo em x
dx
e, em seguida, procuraremos uma interpretação para o acréscimo dy.
dy
Sabemos que f ' (x ) é o coeficiente angular da reta tangente T, no ponto (x,f(x)), e que = f ' (x ) . Se olharmos, então,
dx
dy
para dy como acréscimo na ordenada da reta tangente T, correspondente ao acréscimo dx em x, teremos = f ' (x ) .
dx
Observe pelo gráfico sobre a interpretação geométrica de derivada que
∆y = f (x + dx ) − f (x ) é o acréscimo que a função sofre quando se passa de x a x+dx. O acréscimo dy pode então ser
olhado como um valor aproximado para ∆y ; evidentemente, o erro ∆y − dy que se comete na aproximação de ∆y por
dy será tanto menor quanto menor for dx.
Definição: Seja f ( x ) uma função e sejam x e y , variáveis e relacionadas por y = f ( x ) . Então a diferencial
dx é um número qualquer do domínio de f ( x ) para o qual f ′( x ) existe , a diferencial de dy é definida por

dy = f ′( x )dx

Exemplo: Se y = f ( x ) = 3 x 2 − 2 x + 1 , achar dy .

Solução: f ′( x ) = 6 x − 2 ⇒ dy = (6 x − 2 )dx

Deve observar-se a diferença entre a diferencial dx da variável independente x e a diferencial dy da variável


dependente y . Pois, dx pode assumir qualquer valor, mas o valor de dy depende de x , dx , f ( x ) e, por tanto, de
f ′( x ) .

4.8.2- Interpretação geométrica de dy comparando-o a ∆ y

Aqui, supõe-se que f ( x ) é diferenciável em x1 e toma-se dx = ∆ x , representa-se ∆ x como um


incremento no valor x1 até x 1 + ∆ x 1 e ∆ y será variação correspondente em y 1 , isto é, y 2 = y 1 + ∆ y .
Entretanto, desde que f ′( x ) é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f ( x ) em ( x 1 , f ( x 1 ) ) , isto é,
(x 1 , y 1 ) ,segue-se que dy = f ′( x )dx será o incremento correspondente no valor de y , seguindo–se a direção da
tangente.

Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I 66


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Y
∆x = x 2 − x1
f (x ) reta S secante por P e Q
∆y = y 2 − y1
∆y ≅ dy = f ′( x)dx S
Q T
y1
P } dy } ∆y
y2 X
x1 x2
Reta tangente T em P 1
4243
∆x

Reta tangente T ao ponto P= ( x1 , y 1 ) da função f ( x ) e reta secante S que passa por


P= (x 1 , y 1 ) e Q= ( x 1 + ∆ x , y 1 + ∆ y ) da função f ( x ) .

Na Figura , tem-se que o incremento da função y = f ( x ) que é dada por

∆ y = f (x + ∆ x ) − f (x )

Note que quando se dá o incremento ∆ x , o ponto P desloca para Q , e observe que no ponto P passa uma
reta tangente (T ) , enquanto por P e Q , passa uma reta secante (S ) . Aplicando o conceito de limite, quando
∆ x tende para zero ( ∆ x → 0 ) , o ponto Q tende para o ponto P , e a reta secante tende para a reta tangente em
P , o acréscimo ∆y tende para a diferencial dy e ∆ x tende para a diferencial dx .

Assim,

dy = lim ∆ y = lim [ f (x + ∆ x ) − f ( x )]
∆x→ 0 ∆x→ 0

 ∆y 
dy = lim ∆ y = lim   ⋅ ∆ x = y ′dx ,
∆x→ 0 ∆x→ 0 ∆ x 

ou finalmente : dy = y ′dx = f ′(x )dx

A expressão acima é a própria definição de diferencial, e pela Figura observa-se que quanto menor for ∆ x ,
menor será a diferença entre o acréscimo ∆ y e a diferencial dy .

Assim, a diferencial de uma função é obtida pelo produto da derivada da função pela diferencial da variável
de derivação.
Para uma função f (x ) , a diferencial segue a seqüência abaixo

Função derivada Diferencial


y = f (x ) dy dy = f ′(x )dx
y′ = = f ′( x )
dx
y = g (t ) dg dy = g ′(t )dt = dg
y ′ = g ′(t ) =
dt

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Exercícios
2
1- Achar a diferencial da função y = 3 x − 2x + 5

Solução: Primeiro acha-se a sua derivada, que é

y′ = 6 x − 2
em seguida escreve-se a diferencial,

dy = y ′dx = (6 x − 2 ) dx .

2-Diferenciar a função g (t ) = e
2t −5

Solução: g ′(t ) = e( )⋅ 2 , portanto a diferencial é


2 t −5

dg ( t ) = g ′( t )dt = 2 (e )dt
2 t −5

Da Figura fica claro que dy pode ser considerado uma boa aproximação de ∆y desde que dx = ∆x e que ∆x
∆y dy
seja suficientemente pequeno. A razão → f ′(x ) quando ∆x → 0 que difere de por um número extremamente
∆x dx
pequeno α , donde

∆y dy  dy  dy
= +α ⇒ ∆y =  + α ∆x ⇒ ∆y = ∆x + α ∆x
∆x dx  dx  dx

∆y dy  dy   dy 
= +α ⇒ ∆y =  + α ∆x ⇒ lim ∆y = lim  ∆x + α ∆x 
∆x dx  dx  ∆x →0 ∆x →0 dx 

 dy  dy dy
lim ∆y = lim  ∆x + α ∆x  ⇒ dy = dx + lim (α ∆x ) = dx
∆x →0 dx dx
∆x → 0
  14243 dx
∆x → 0
=0

dy 
dy = dx ⇒ dy = f ′(x )dx 
dx 
 ⇒ ∆y ≈ dy
∆y = f (x + ∆x ) − f (x )

Assim, f (x + ∆ x ) − f (x ) ≈ f ′(x )dx

Observação: A diferencial pode ser usada para efetuar cálculos aproximados.

Exercícios

1- Calcular a raiz y = f ( x ) = 3 x 2 − 2 x + 4 , para x1 = 1, dx = ∆x = 0 ,02

a) Calcular ∆y = f (x1 + ∆x ) − f (x1 ) exatamente


b) Fazer uma estimativa de ∆y , usando dy = f ′(x1 )dx
c) Determinar o erro ε = ∆y − dy

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a) ∆y = f (x1 + ∆x ) − f (x1 )

f (x 1 ) = 3 (1 )2 − 2 (1 ) + 4 = 5

f (x 1 + ∆ x ) = 3 (1 ,02 )2 − 2 (1 ,02 ) + 4 = 5 ,0812

∆ y = 5 ,0812 − 5 = 0 ,0812

b) dy = f ′(x1 )dx

f ′(x1 ) = 6 x − 2 ⇒ dy = (6 x − 2 )(0 ,02 ) = 0 ,08

c) O erro é: ε = ∆ y − dy = 0 ,0812 − 0 ,08 = 0 ,0012

2- Usar diferenciais para estimar 35 .

a) Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 36 = 6 e faz-se
y = 36 ⇒ dx = ∆x = 35 − 36 = −1 ⇒ ∆x = −1 , então

35 = 36 + ∆ y ≈ 6 + f ′ ( x )dx

1 1  1 1  1 1 1
f ′(x1 ) =   ⇒ ∆y ≅ dy = 
 2
(− 1) = − ⋅ = −
 = −0 ,0833K
2 36   36  2 6 12

1
35 = 6 = 6 − 0 ,0833 K = 5 ,9166 K
12

3
3- Calcular a raiz 28 .

3
Para isso toma-se a raiz conhecida mais próxima como referência, ou seja, 27 = 3 e faz-se y = 3 x = 3 27 .
Assim, y + ∆y = 3 x + ∆x = 3 28 , logo ∆x = dx ⇒ dx = 28 − 27 = 1 , então

1 1 1
3
28 = 3 + ∆ y ≈ 3 + y ′dx = 3 +
3 2
dx = 3 +
3 6
(1 ) = 3 + 6
3 x 3 3 3 .3 3

3 1 1 1
28 = 3 + 2
= 3+ 3 = 3+ = 3 + 0 ,037 = 3 ,037
3 .3 3 27

4- Avaliar por diferenciais o cos 44 ( ).o

Para isso toma-se o coseno conhecido mais próxima como referência, ou seja, cos 45 o = ( ) 2
2
e faz-se

( )
y = cos(x ) = cos 45 o . Assim, y + ∆y = cos(x + ∆x ) = cos 44 o , logo( )
π
∆x = dx ⇒ dx = 44 0 − 45 0 = −10 × = −0 ,01745 K , então
180 o

(
cos 44 o
)= 2
2
+ ∆y =
2
2
+ f ′ ( x )dx =
2
2
+ − sen 45 ( ( o
))dx
(
cos 44 o
)= 2
2 
+ −

2 
2 
(− 0 ,01745 K ) = 0 ,7194 K

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5- O raio de uma esfera de aço mede 1,5 cm e sabe-se que o erro cometido na medição é menor ou igual a 0 ,1 cm .
Estimar o erro possível no cálculo do volume da esfera.

4
O volume de uma esfera é calculado a partir do raio é V = π r 3 . Note-se que, nesse caso, o raio da esfera de
3
aço terá como medida r = (1,5 ± ∆r ) cm ,
onde ∆r ≤ 0 ,1 cm , por tanto,

4 4 4 4
V = π (1,5 ± 01)3 ≠ V = π (1,5 )3 ⇒ ∆V = π (1,5 ± 01)3 − V = π (1,5 )3 ,
3 3 3 3

Estimando-se ∆V por dV = V ′( r )dr ,

dV d 4 3
V ′(r ) = =  π r  = 4π r
2
⇒ ∆V = 4π r 2 dr
dr dr  3 

e como ∆r = dr ⇒ dr = 0 ,1 cm , tem-se

∆V = 4π r 2 dr = 4π (1,5 )2 (± 0 ,1) = ±4π (2 ,25 )(0 ,1) = ±0 ,9π ,

∆V = ±0 ,9π = ±2 ,827 ⇒ ∆V = 0 ,9π = 2 ,827 cm 3


que é o erro possível no cálculo do volume da esfera, ou seja, ε = 2 ,827 cm 3 .

6- Usar Diferenciais para encontrar o volume aproximado de uma casca cilíndrica circular VC , com altura de 6 cm ,
cujo raio interno mede 2 cm e possui espessura 0 ,1 cm .

O volume de um cilindro é calculado a partir do raio e da base, isto é, V = h × b , onde h = 6 cm e b = π r 2 ,


assim o volume é V = 6π r 2 . Como a espessura da casca é ∆r = dr ⇒ dr = 0 ,1 cm , tem-se que volume da casca
cilíndrica circular é ∆V , portanto, estimando-se ∆V por dV = V ′( r )dr ,

V ′(r ) =
dV
dr
=
d
dr
( )
6π r 2 = 12π r ⇒ ∆V = 12π r dr

 1  12π
∆V = 12π r dr = 12π (2 )(0 ,1) = 24π   = cm 3
10
  5

o volume aproximado da casca cilíndrica circular, ou seja,

VC = 7 ,5 cm 3 .

Como foi visto pode ser importante determinar a diferencial dy , de uma função qualquer y. Porém uma vez que se
dy dy
possua a derivada dessa função sempre é fácil determinar dy , pois dy = dx , isto é, dy = f ′(x )dx , como no
dx dx
dy du dv  du dv 
caso da função y (x ) = u (x ) + v(x ) ⇒ = + ⇒ dy =  + dx ⇒ dy = f ′(x )dx
dx dx dx  dx dx 

7- Encontrar a diferencial dy da função y = 47 x 3 − 21x 2 + 3 x − 1

dy
dx
= (47 )(3 )x 2 − (21)(2 )x + (3)( )x
−1 −2
= 141x 2 − 42 x −
3
x2

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 3 
dy =  141x 2 − 42 x − 2 dx
 x 

8- Encontrar a diferencial dy da função y = 3 − x 5

y = 3 − x5 = 3 − x5 ( ) 1
2

dy 1
= 3 − x5
dx 2
( ) (5 x ) = − 52
−1
2 4 x4
3 − x5

 5 x4 
dy =  − dx
 2 5 
 3−x 

9- Encontrar a diferencial dy da função x 3 + 4 x 2 y + y 3 = 2

( ) (
d x3
+
d 4x2 y d y3
+ =
) ( )
d (2 )
⇒ 3 x 2 + 4 2 xy + x 2 + 3 y 2
dy
=0 [ ]
dx dx dx dx dx

3 x 2 + 8 xy + 4 x 2
dy
dx
+ 3y2
dy
dx
=0 ⇒ (4 x 2
+ 3y2 ) dy
dx
= −(3 x 2
+ 8 xy )

(4 x 2
+ 3y2 ) dy
dx
= −(3 x 2
+ 8 xy ) ⇒
dy
dx
3 x 2 + 8 xy
=− 2
4x + 3y2
⇒ dy = −
3 x 2 + 8 xy
4x2 + 3y2
dx

10- Encontrar a diferencial dy da função y cos(x ) + 2 xy 2 + x 2 y 2 = 0

y cos (x ) + 2 xy 2 + x 2 y 2 = 0 ⇒ (
y cos (x ) + 2 x + x 2 y 2 = 0 )
[(
d [ y cos(x)] d 2 x + x 2 y 2
+ =0 ⇒
) ]
dx dx

dy
dx
 dy 
(
cos(x) + y[− sen(x)] + (2 + 2 x) y 2 + 2 x + x 2  2 y  = 0 )
 dx 

dy y sen(x) − (2 + 2 x) y 2
[cos(x) + 2 y(2x + x )] dydx = y sen(x) − (2 + 2x)y
2 2
⇒ =
(
dx cos(x) + 2 y 2 x + x 2 )
dy y sen(x) − (2 + 2 x) y 2 y sen(x) − (2 + 2x) y 2
= ⇒ dy =
dx cos(x) + 2 y 2x + x 2 ( ) (
cos(x) + 2 y 2 x + x 2 ) dx
4.9- Derivadas Sucessivas ou Derivadas de Ordem Superior (ordem n ou enésimas)

Seja y = f (x) definida contínua e derivável em um intervalo real. Nessas condições a derivada de y = f (x),
dy f (x + ∆x ) − f (x )
indicada por y’; ; f ’(x) é definida por f ' ( x ) = lim .
dx ∆x →0 ∆x
Se este limite existir e for finito teremos então a f ’(x), se esta função f ’(x) for derivável a sua derivada de
f ' (x + ∆x ) − f ' (x )
acordo com a definição poderá ser calculada por lim , se este limite existir e for finito teremos
∆x →0 ∆x

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d2y d3y
uma função indicada por f ’’(x) ou y’’ ou 2
;sucessivamente teríamos y’’’ ou f ’’’(x) ou 3
; e y iv ou f iv (x)
dx dx
4 5
d y d y
ou ; e y v ou f v (x) ou .
dx 4 dx 5
dny
→ y n ou f n (x) ou .
dx n

Exercícios:
1) Determine a derivada de 5a ordem de f (x) = 5.x5 – 3.x3.
f ’(x) = 25x4 – 9x2
f ’’(x) = 100x3 – 18x
f ’’’(x) = 300x2 - 18
f iv (x) = 600x
f v (x) = 600

2) Dada f (x) = x4 – 2x3 + 4x2 – 1, calcular f ’’(-1) e f vi(15):


f ’(x) = 4x3 – 6x2 + 8x
f ’’(x) = 12x2 – 12x + 8
f ’’(-1) = 12(-1)2 – 12(-1) + 8 = 32 → f ’’(-1) = 32
f ’’’(x) = 24x - 12
f iv (x) = 24
f v (x) = 0
f vi (x) =0 → f vi (15) = 0

4.10- Derivada das Funções Inversas Trigonométricas

y = arcsen x → x = sen y

Determinar y’:

x = sen y sen2 y + cos2 y = 1


1
1 = cos y . y’ cos y = 1 − sen 2 y y' =
1− x 2
1
y’ = * sen2 y = x2
cos y

cos y = 1− x2

1) u'
y = arcsen u → y’ =
1− u 2

y = arccos x

x = cos y
Derivando implicitamente:
1
1 = - sen y . y’ → y’ = −
sen y
sen2 y = 1 – cos2 y
sen y = 1 − cos 2 y * x = cos y

sen y = 1− x 2 x2 = cos2 y
1
y’ = −
1− x 2

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2) u'
y = arccos u → y’ = −
1− u 2

y = arctan x
x = tan y
Derivando implicitamente:
1
1 = sec2 y . y’ → y’ =
sec 2 y
2 2
1 + tan y = sec y
1
y' = * x = tan y
1 + tan 2 y
1
y' = x2 = tan2 y
1+ x 2

u'
3) y = arctan u → y’ =
1+ u 2

u'
4) y = arccot u → y’ = −
1+ u 2

u'
5) y = arcsec u → y’ =
u u2 − 1

u'
6) y = arccosec u → y’ = −
u u2 − 1

Exercícios:

1) y = arcsen ( 3x-5 )
3
y' =
1 − (3 x − 5 )2

2) y = arctan (x2 – 5)
2x
y’ =
1+ x2 − 5 (2
)
3) y = arcsen x
1
1 −2
⋅x
y' = 2
1
x 2 . x −1
1
y' =
2x x − 1

4) arcsen (cos x)
− sen x
y' = =1
1 − cos 2 x

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5) y = arccos (ln x)
−1
y' = x
1 − ln 2 x

4.11- Derivada da Função Inversa

Seja y = f (x) derivável e inversível em um dado intervalo real. Se y = f (x) admite sua inversa que
dx dx 1
indicamos por x = f -1 (y) , então para determinar a derivada toma-se simplesmente a expressão : =
dy dy dy
dx

Exercícios
dx
1) Se y = 2x + 1, determinar :
dy
dy
∗ =2
dx
dx 1
=
dy dy
dx
dx 1
=
dy 2

dx
2) Se x2 – y2 = 4xy, determinar ou x’:
dy
x2 – y2 - 4xy = 0
Determinar y’:
2x – 2yy’ – 4(xy’ + y) = 0
2x – 2yy’ – 4xy’ – 4y = 0
y’ (-2y – 4x) = 4y – 2x
4 y − 2x −2 y − 4 x
y’ = → x’ =
− 2 y − 4x 4 y − 2x
ou
Determinar x’:
2xx’-2y-4(x+yx’)=0
2xx’-2y-4x-4yx’=0
x’ (2x – 4y) = 2y + 4x
4x + 2 y
x’ =
2x − 4 y

4.12- Derivada da Função na Forma Paramétrica


 x = f 1 (t )

 y = f 2 (t )

Exercícios
 x = 2t − 1
1) 
 y = t 2 − 4t

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x +1 y = f (t )
t=
2 t = f (x )
dy dy dt dt 1
= ⋅ , mas = , então
dx dt dx dx dx
dt
dy
dy dy 1 dy dt
= ⋅ ∴ =
dx dt dx dx dx
dt dt
dy 2t − 4
=
dx 2

 x = e 2t − 1 dy
2)  , determinar :
2
 y = t − 3t dx
dy
dy dt
=
dx dx
dt
dy 2t − 3
=
dx e 2t .2

 x = t 3 − 2t + 4
3) 
 y = t 2 − 5t
dy 2t − 5
= 2
dx 3t − 2

4.13- Funções Hiperbólicas

Introdução: As funções hiperbólicas são construídas a partir das funções e x e e − x . Elas têm interesse porque têm
muitas propriedades análogas às das funções trigonométricas e porque aparecem no estudo da queda dos corpos, cabos
suspensos, ondas no oceano e outros tópicos em Ciência e Engenharia.

4.13.1- O seno e o co-seno hiperbólicos

O seno e o co-seno hiperbólicos são representados por senh x e cosh x. Eles têm as seguintes definições:
Definição 1: Para qualquer número x

e x − e −x e x + e −x
senh x = e cosh x =
2 2
Observemos que senh x, como sen x, tem o valor 0 em x=0 e que cosh x tem o valor 1 em x=0.
d x d −x
A derivada e = ex e e = −e − x nos levam às formulas de derivação
dx dx

d d
senh x = cosh x e cosh x = senh x
dx dx

Exercício
(
Calcular a derivada de senh 6 x 7 − 5 x )
4.13.2- Os gráficos de senh x e cosh x

Os gráficos de senh x e cosh x são mostrados nas figuras abaixo. Seus aspectos chave podem ser facilmente
obtidos da definição e das fórmulas de derivação, lembrando que e x e e − x são positivas para todo x, que e x tende a

Disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I 75


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∞ , quando x tende a ∞ , e tende a 0 quando x tende a −∞ e que e − x tende a 0 quando x tende a ∞ e tende a ∞
quando x tende a −∞ .

4.13.3- Outras funções hiperbólicas

As definições de tangente, co-tangente, secante e co-secante hiperbólicas são análogas às definições das funções
trigonométricas correspondentes.

Definição: A tangente e a secante hiperbólicas são definidas para todo x e a co-tangente e a co-secante hiperbólicas,
para todo x≠0 por

senh x e x − e − x
tgh x = =
cosh x e x + e − x
1 cosh x e x + e − x
cot gh x = = =
tgh x senh x e x − e − x
1 2
sec h x = =
cosh x e x + e − x
1 2
cos ech x = = x
senh x e − e − x

As fórmulas dessas quatro funções são análogas às fórmulas para as funções trigonométricas correspondentes, mas não
são muito importantes. Os gráficos das funções tgh x, cotgh x, sech x e cosech x são mostradas nas figuras abaixo.

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4.13.4- Funções Hiperbólicas Inversas

Assim como as funções hiperbólicas foram definidas em termos de funções exponenciais, as funções hiperbólicas
inversas inversas arc senh x, arc cosh x etc. podem ser expressas em termos do logaritmo natural.

Exercício

1- Dar uma expressão para arc senh x em função do logaritmo natural.


1
( )
Solução. Consideramos x=senh y= e y − e − y e calculamos o valor de y = arc senh x . Multiplicando por 2e y ,
2
obtemos a equação 2 xe y = e 2 y − 1 , que reescrevemos sob a forma e y( ) 2
( )
− 2 x e y − 1 = 0 . Então pela fórmula
quadrática.
2x ± 4x 2 + 4
ey = = x ± x2 +1
2
Devemos usar o sinal mais, pois e y é positivo. Portanto,
y = arcsen h x = ln x + x 2 + 1 
 

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