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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU ENGENHARIA

ELÉTRICA

JOSÉ WESLEY DE OLIVEIRA COSTA


MATHEUS WESLEY PEREIRA DA SILVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM CARGAS INDUSTRIAS: TEORIA


VERSUS PRÁTICA

CAMPINA GRANDE

2018
JOSÉ WESLEY DE OLIVEIRA COSTA
MATHEUS WESLEY PEREIRA DA SILVA

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA DE CARGAS INDUSTRIAS: TEORIA


VERSUS PRÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito parcial para conclusão do
curso de Graduação em Engenharia Elétrica
no Centro Universitário Maurício de Nassau,
em cumprimento as exigências para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Elétrica.
Orientador (a): Camila Pires Gouveia Guedes

CAMPINA GRANDE

2018
1 INTRODUÇÃO

Com os avanços da tecnologia nos últimos anos e o crescimento exponencial


de sistemas automatizados nos processos industriais, faz-se necessário, cada vez
mais, o uso da energia elétrica como principal fonte de energia. Entretanto, é
essencial que o consumo da energia elétrica seja feito de forma eficiente, de modo
a evitar desperdícios e, consequentemente, contribuir para um desenvolvimento
sustentável.
Assim, mensurar o desperdício de energia elétrica nas instalações é algo
desejável e que já é uma realidade para as instalações do tipo industriais. Os
sistemas industriais conseguem mensurar seu desperdício de energia elétrica por
meio do fator de potência. O fator de potência pode ser definido como a quantidade
de potência elétrica consumida por determinada instalação ou equipamento que
está, de fato, sendo convertida em trabalho útil. Como trabalho útil pode-se entender
a conversão da energia elétrica em luz, calor, força, entre outras formas de trabalho.
O fator de potência é uma grandeza adimensional e varia entre 0 e 1. A sua
análise possibilita traçar o perfil de consumo energético de determinada instalação
ou equipamento, de modo que um elevado fator de potência indica uma alta
eficiência energética. Por exemplo, um motor com elevado fator de potência
converte energia elétrica em energia mecânica de forma mais eficiente do que um
motor com baixo fator de potência. Além disso, um baixo fator de potência indica
que uma considerável parte da potência elétrica consumida está sendo convertida
em outro tipo de energia, denominada energia reativa. A energia reativa não é
considerada energia útil e, por isso, deve ter seu consumo controlado. Entretanto, a
existência da energia reativa é imprescindível para produção do campo magnético
necessário ao funcionamento de alguns equipamentos.
No Brasil, o controle do consumo de energia reativa é regulamentado pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A ANEEL determina que o fator de
potência de um sistema deve ser mantido o mais próximo possível de 1 e estabelece
que o valor mínimo permitido é de 0,92, seja ele indutivo ou capacitivo, a depender
das cargas predominantes na instalação. Caso esse limite não seja respeitado, as
instalações estarão sujeitas ao pagamento de multas. Assim, de modo a garantir que
o fator de potência permaneça dentro dos limites estabelecidos, existem alguns
recursos a serem empregados, tais como a utilização de motores síncronos
superexcitados, a instalação de capacitores de derivação em circuitos terminais e a
correção utilizando bancos de capacitores. O método mais utilizado nas indústrias é a
utilização dos bancos de capacitores, por ser o método mais viável economicamente
na maioria dos casos.
Assim, este trabalho tem como finalidade analisar a correção do fator de
potência em uma unidade industrial que se encontra operando com um fator de
potência abaixo do desejado.

2. O PROBLEMA E A VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO

Além do não aproveitamento total da potência elétrica fornecida caracterizando


o desperdício, o baixo fator de potência traz outras consequências indesejáveis para
o sistema, tais como: aumento na corrente total que circula nas redes de distribuição
de energia elétrica da Concessionária e das unidades consumidoras, sobrecarga nas
subestações e linhas de transmissão, quedas de tensão e perdas de energia na rede
(CODI, 2004).
Existem diversos benefícios provenientes da correção do fator de potência,
tanto para a indústria em específico quanto para o sistema elétrico. No que se refere
ao consumidor podemos destacar: a redução significativa dos custos na fatura de
energia elétrica, redução do efeito Joule, menor queda no nível de tensão ao longo da
instalação e o aumento da vida útil das instalações e equipamentos. Já em relação ao
sistema elétrico como um todo, a correção do fator de potência correspondente ao
valor mínimo estabelecido pelas normas em vigor, traz como principal vantagem o
aumento da capacidade do sistema de transmissão e distribuição afim de conduzir um
maior bloco de potência ativa, o que implica o aumento da capacidade de geração e
diminuição de custos (WEG, 2015).
Tendo em vista as necessidades quanto à adequação referente aos parâmetros
exigidos pela a agencia regulamentadora, ANEEL e os inúmeros benefícios advindos
em função de seu cumprimento, este trabalho tem como principal finalidade o estudo
do fator de potência de uma unidade industrial a qual se encontra como baixo fator de
potência, incorrendo no pagamento de multas por consumo excessivos de reativos
logo, como melhor solução será apresentado o dimensionamento de um banco de
capacitores do tipo automático, bem como a sua instalação. Com isso será possível
fazer uma análise comparativa entre a teoria estudada e a aplicação prática, também
será possível demostrar o custo econômico do projeto em função do tempo de retorno
do investimento.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é desenvolver um sistema automatizado para


controle do consumo excessivo de reativos em uma unidade industrial.

3.2 Objetivos Específicos

• Análise da carga instalada e atual demanda;

• Análise da demanda levando em consideração o plano de expansão da


indústria;

• Análise da fatura de energia elétrica da indústria

• Projeto e instalação de um banco de capacitores do tipo automático;

• Contabilização dos componentes utilizados;

• Comparar as faturas de energia elétrica antes e após a correção;

• Analisar financeiramente a viabilidade da correção do fator de potência.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 O Fator de Potência

Segundo (ANEEL, 2010, p.4), o fator de potência é a razão entre a energia


elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas ativa e
reativa, consumidas num mesmo período especificado, conforme demonstra a
Equação 1, sendo um número adimensional no qual indica a eficiência do uso da
energia.
Eat
Fp  Equação (1)
Eat 2 E 2
re
onde:
Fp – Fator de potência;
Eat – Energia ativa (kWh);
Ere – Energia reativa (kvarh).

O fator de potência pode ser também definido como o cosseno do ângulo


formado entre o componente da potência ativa e o componente da potência total da
carga, denominada potência aparente (MAMEDE, 2015), na Figura 1 é possível
reconhecer o ângulo do fator de potência e as potências envolvidas em seu conceito,
podendo ainda ser expresso de acordo com a Equação (2).

Figura 1 – Triângulo de potências.

Fonte: Próprio autor (2018).

P
Fp   cos Equação (2)
N

sendo:
Fp – Fator de potência;
P – Potência ativa (kW);
Q – Potência reativa (kvar);
N – Potência aparente (kVA).
ϕ – Ângulo de defasagem entre tensão e corrente (graus elétricos), conforme
Figura 2.
Figura 2 – Ângulo de defasagem entre tensão e corrente, onda de corrente
adiantada em relação a onda de tensão

Fonte: Próprio autor (2018).

4.1.1 Conceitos Básicos

A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa


indutiva, tais como: motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga,
fornos de indução, entre outros. As cargas indutivas necessitam de campo
eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de
potência: ativa e reativa (WEG, 2010, p. 7).
A potência ativa é aquela que de fato em sua totalidade está sendo convertida
em trabalho útil. Certas cargas como, por exemplo, as lâmpadas incandescentes ou
os fornos resistivos, conseguem transformar toda a energia consumida em outras
formas de energia (energia luminosa e térmica no caso das lâmpadas incandescentes,
e, basicamente, energia térmica no caso dos fornos resistivos – calor por convecção
e por radiação) (SILVA, 2009).
Os aparelhos elétricos indutivos, tais como motores e transformadores,
desenvolvem um campo magnético interno necessário para o seu funcionamento. Este
campo é formado pela passagem da corrente nos enrolamentos. Quando os
equipamentos são alimentados em corrente alternada, a energia armazenada em
forma de campo magnético tende a se opor à variação da intensidade da corrente,
causando um atraso da corrente em relação à tensão. Como consequência uma
parcela da corrente não realiza trabalho útil, produzindo o que se chama de potência
reativa (CHRISTO, 2005, p. 26).
4.1.2 Principais Causas do Baixo Fator de Potência.

Segundo (MAMEDE, 2015, p.156), as principais causas do baixo fator de


potência em instalações elétricas industriais estão diretamente relacionadas às
seguintes condições:

• Motores de indução trabalhado a vazio durante um longo período de operação;


• Motores superdimensionados em relação às máquinas a eles acopladas;
• Transformadores em operação a vazio ou em carga leve;
• Grande número de reatores de baixo fator de potência suprindo lâmpadas de
descarga (lâmpadas fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio etc.);
• Fornos a arco;
• Fornos de indução eletromagnética;
• Máquinas de solda a transformador;
• Equipamentos eletrônicos;
• Grade número de motores de pequena potência em operação durante um longo
período.
• Grande número de capacitores conectados a instalação ou ligados durante o
período da madrugada, onde geralmente são medidos os reativos capacitivos.

4.1.3 Problemas Decorrentes do Baixo Fator de Potência

Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas


de energia reativa. Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula
nas redes de distribuição de energia elétrica da Concessionária e das unidades
consumidoras, podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e
distribuição, prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento dos
sistemas elétricos, trazendo inconvenientes diversos, (CODI, 2004, p.4):

4.2 Regulamentação Referente ao Fator de Potência – Legislação em Vigor

No Brasil a regulamentação quanto ao fator de potência e o reativo excedente


é estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), através da
resolução nº 414/2010 – Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica,
Artigos 95 a 97, na qual determina o fornecimento de energia elétrica reativa conforme
o limite referência do fator de potência, bem como os critérios de faturamento.

4.2.2 Legislação

4.2.2.1 Atual Legislação do Fator de Potência

De acordo com (ANEEL, 2010, p.70), o fator de potência de referência, seja ele
do tipo indutivo ou capacitivo, tem como limite mínimo permitido, para as unidades
consumidoras do grupo A o valor de 0,92.
Aos montantes de energia elétrica e demanda de potência reativos que
excederem o limite permitido, aplicam-se as cobranças a serem adicionadas ao
faturamento regular de unidades consumidoras do grupo A, e à algumas do grupo B
em específico.
Conforme (MAMEDE, 2015,), a avaliação do fator de potência é horária durante
as 24 horas e em um intervalo de tempo de 18 horas consecutivas para reativos
indutivos, e no intervalo de tempo complementar (6 horas) para os reativos capacitivos.
Esses intervalos devem ser definidos pela concessionária a partir dos períodos de
tempo estabelecidos para a apuração da energia e da demanda reativas excedentes.

4.3 Capacitores

4.3.1 Princípios Básicos

Segundo (SADIKU e ALEXANDER, 2013, p.210), capacitor é um elemento


passivo projetado para armazenar energia em seu campo elétrico. Além dos
resistores, os capacitores são os componentes elétricos mais comuns, sendo
largamente utilizados em eletrônica, comunicações e sistemas de potência.
Um capacitor é formado por duas placas condutoras separadas por um isolante
(ou dielétrico). Em diversas aplicações práticas, as placas podem ser constituídas por
folha de alumínio, enquanto o dielétrico pode ser composto por ar, cerâmica, papel ou
mica.
4.3.2 Energia Armazenada

Quando os eletrodos de um capacitor são submetidos a uma tensão nos seus


terminais, passa a circular no seu interior uma corrente de carga, o que faz com que
uma determinada quantidade de energia se acumule no seu campo elétrico. A energia
média armazenada no período de 1/4 de ciclo pode ser dada pela Equação 3
(MAMEDE, 2015):


1  2 Equação (3)
E C V m
2

onde:
E – Energia média armazenada (J);
C – Capacidade do capacitor (F);
Vm – Tensão aplicada, valor de pico (V).

4.3.3 Ligação dos capacitores

Como qualquer elemento de um circuito, os capacitores podem ser ligados em


série ou em paralelo. A ligação em série de um determinado capacitores resulta uma
capacidade do conjunto dado pela Equação 4 (MAMEDE, 2015, pág 164, direta).

1 1 1 1 1
   ,..., Equação (4)
Ce C1 C 2 C3 Cn

onde:
Ce – Capacidade equivalente do conjunto (F);
C1, C2, C3,...,Cn – Capacidade individual de cada unidade capacitiva (F).

A Ligação em paralelo de um determinado número de capacitores resulta em


uma capacidade do conjunto dado pela Equação 5. (MAMEDE, 2015, p. 164).

Ce C 1C 2 C 3 ... C n Equação (5)


sendo:
Ce – Capacidade equivalente do conjunto (F);
C1, C2, C3,...,Cn – Capacidade individual de cada unidade capacitiva (F).

4.3.4 Aplicações dos Capacitores de Derivação

Segundo (MAMEDE, 2015), costumeiramente, os capacitores têm sido


aplicados instalações industriais e comerciais para corrigir o fator de potência,
geralmente acima do limite estabelecido pela legislação em vigor. Além disso, são
utilizados com muita intensidade nos sistemas de distribuição das concessionárias e
nas subestações de potência, com a finalidade de reduzir as perdas e elevar a tensão
do sistema.

4.3.4.1 Localização dos bancos de capacitores

Sob o ponto de vista puramente técnico, os bancos de capacitores dever ser


instalados junto às cargas consumidoras de energia reativa. No entanto, outros
aspectos permitem localizar os bancos de capacitores em outros pontos da instalação,
com vantagens econômicas e práticas. Os pontos indicados para localização dos
capacitores em uma instalação industrial são (MAMEDE, 2015, p. 169):

• No sistema primário: Neste caso, os capacitores devem ser localizados após a


medição no sentido da fonte para a carga. Em geral, o custo final de sua instalação,
principalmente em subestações abrigadas, é superior a um banco equivalente
localizado no sistema secundário. A grande desvantagem desta localização é a de
não permitir a liberação de carga do transformador ou dos circuitos secundários da
instalação consumidora. Assim, a sua função se restringe somente à correção do fator
de potência e, secundariamente à liberação de carga do alimentador da
concessionária.

• No secundário do transformador de potência: Neste caso, a localização dos


capacitores geralmente ocorre no barramento quadro geral de força (QGF). Tem sido
a de maior utilização na prática por resultar, em geral menores custos finais.
• Nos terminais de conexão de cargas específicas: Quando uma carga
específica, como no caso de um motor, apresenta baixo fator de potência, deve-se
fazer a sua correção, alocando-se um banco de capacitores nos terminais de
alimentação desta carga

4.4 Possibilidades de Correção do Fator de Potência

Existem diversos meios utilizados na correção do fator de potência, onde a


melhora escolha irá depender diretamente do tipo de instalação e seu funcionamento.
A seguir será demostrado os principais tipos de métodos empregados para correção
do fator de potência em instalações industriais, conforme (MAMEDE, 2015, p. 187 a
190):

• Modificação da rotina operacional: Recomenda-se manter os motores elétricos


em operação a plena carga, evitando seu funcionamento a vazio, verificar também se
outras cargas como iluminação e transformadores operam com ineficiência;

• Instalação de motores síncronos superexcitados: Os motores síncronos podem


ser instalados exclusivamente para correção do fator de potência ou podem ser
acoplados a alguma carga da própria produção, em substituição, por exemplo, a um
motor de indução. Praticamente essa medida não é adotada devido a seu alto custo
e dificuldades operacionais;

• Instalação de capacitores-derivação: Esta é solução mais empregada na


correção do fator de potência de instalação industriais, comerciais e dos sistemas de
distribuição e de potência. Consiste na utilização de capacitores diretamente
conectados à rede, que podem ser dimensionados para operação fixa ou controlada.

4.4.1 Banco de Capacitores Fixos

Conforme (MAMEDE, 2015), os capacitores fixos são utilizados quando a carga


da indústria praticamente não varia ao longo de uma curva diária. Também são
empregados como uma potência capacitiva de base correspondente a demanda
mínima da instalação.
A potência capacitiva necessária para corrigir o fator de potência pode ser
determinada de acordo com as Equações a seguir:

Q1  P  tan( 1 ) Equação (6)

Q 2  P  tan(  2 ) Equação (7)

QC  Q1  Q 2 Equação (8)

QC  P  tan( 1 )  P  tan(  2 ) Equação (9)

QC  P  tan( 1 )  tan(  2 ) Equação (10)

onde:
P – Potência ativa (kW);
Q1 – Potência reativa fluindo na rede antes da instalação dos capacitores
(kvar);
Q2 – Potência reativa fluindo na rede após a instalação dos capacitores (kvar);
φ1 – Ângulo do fator de potência original (graus elétricos);
φ2 – Ângulo do fator de potência desejado (graus elétricos);
QC – Potência reativa dos capacitores para elevar o fator de potência (kvar).

4.4.2 Banco de Capacitores Semiautomáticos

Os bancos de capacitores do tipo semiautomáticos ou programáveis


normalmente são instalados em industrias de pequeno porte em que diariamente
passam por um longo período de desligamento das cargas utilizadas, são controlados
por timer ou pelo valor da demanda de corrente do sistema. (Apud, JÚNIOR, 2016).
A potência reativa capacitiva e a capacitância necessária para correção do fator
de potência, são determinadas da mesma maneira que foram obtidas no banco de
capacitores fixo.
4.4.3 Banco de Capacitores Automáticos

Segundo (MAMEDE, 2015, p. 290), os métodos de cálculo utilizados para


correção do fator de potência empregando banco de capacitores automáticos são os
mesmos já utilizados anteriormente para banco de capacitores fixos e
semiautomáticos. No entanto, há uma grande diferença na avaliação da capacidade
do banco em função das frações inseridas durante o ciclo de carga da instalação.
Os bancos de capacitores automáticos são utilizados em instalações em que
existe uma razoável variação da curva de carga reativa diária ou em que se necessita
da manutenção do fator de potência em uma faixa muito estreita de variação.

4.5 Ligação dos Capacitores em bancos

4.5.1 Ligação em Série e Paralela

As unidades capacitivas podem ser ligadas em série ou paralela, com a


finalidade de aumentar ou diminuir os valores de capacitância nominal, além disso os
arranjos que podem ainda ser conectados tanto em triângulo como em estrela,
conforme as Figuras 3, 4, 5 e 6 possibilitando assim a ligação em um sistema trifásico.

Figura 3 – Ligação em triângulo série: Figura – 4 Ligação em triângulo paralela

Fonte: Próprio autor (2018). Fonte: Próprio autor (2018).


Figura 5 – Ligação em estrela série Figura 6 – Ligação em estrela paralela

Fonte: Próprio autor (2018). Fonte: Próprio autor (2018).

4.6 Dispositivos de Manobra e Proteção dos Capacitores

Conforme (CREDER, 2016, p. 297) a tolerância de fabricação da capacitância


dos capacitores até 1 000 V, pela norma IEC 831-1, é de:

• -5% a ± 15% para unidades ou bancos até 100 kvar,


• 0% a 110%para unidades ou bancos acima de 100 kvar.

Considerando que os capacitores devem operar de maneira continua a uma


corrente eficaz de 1,3 vez a sua corrente nominal, à tensão e frequência nominais,
excluindo os transitórios, e levando-se em conta que a tolerância da capacitância é de
115%, a corrente máxima seria de 1,3 x 1,15 = 1,5 vez a corrente nominal.
Enquanto a abertura de um circuito capacitivo é simples, o mesmo não ocorre
com a operação de fechamento, devido ao arco formado, que provocará a redução da
vida útil do equipamento.
Desse modo, os dispositivos de manobra (disjuntores, contatores e chaves)
devem ser dimensionados para 150% da corrente nominal do capacitor. No caso de
chaves seccionadoras para a operação em carga e dos fusíveis, recomenda-se que
esse percentual seja de 165% da corrente nominal do capacitor.
Os fusíveis devem ser preferencialmente do tipo NH Os disjuntores podem ser
do tipo caixa moldada.
4.7 Capacidade de Corrente dos Condutores

Do mesmo modo que os dispositivos de manobra, os condutores de ligação


deverão possuir uma capacidade de corrente mínima de 150% da corrente nominal
dos capacitores, além das que dizem respeito a fatores de agrupamento e de correção
da temperatura, (CREDER, 2016, p. 297).

4.8 Controlador Automático do Fator de Potência

Segundo (CREDER, 2016, p.299) o controlador automático do fator de potência


(CAFP) é constituído por um sensor eletrônico que verifica a defasagem entre a tensão
e a corrente a cada passagem da tensão pelo zero. Essa defasagem é comparada à
faixa operativa de variação do fator de potência para o qual o CAFP está ajustado,
sendo enviados os sinais para ligar ou desligar as contatores que acionam os estágios
do banco de capacitores. O CAFP pode realizar a monitoração trifásica do fator de
potência para o caso de instalações com desequilíbrios de carga entre as fases, ou
monitoração monofásica para sistemas equilibrados.

4.9 Contatores Para Manobra de capacitores

Quando manobramos bancos de capacitores, a tensão associada a uma baixa


impedância da rede, podem provocar elevadas correntes nos capacitores. Esta
corrente pode alcançar valores de 100 x I N (corrente nominal em aperes), sendo uma
das principais causas da redução da vida útil de um capacitor (WEG, 2016).
Os contatores destinados a manobra possuem resistores de pré-carga que
limitam as correntes de in-rush quando os capacitores são manobrados. Os resistores,
montados em série aos blocos de contatos adiantados, são conectados antes dos
contatos principais, como demonstra a Figura 7. Após fechamento dos contatos
principais são desconectados permanecendo somente os capacitores em paralelo com
sua carga indutiva para a apropriada correção de fator de potência (WEG, 2016).
Figura 7 – Diagrama multifilar, contator para manobra de capacitores.

Fonte: Próprio autor (2018).

5. Metodologia

Neste trabalho foi elaborado um projeto de correção do fator de potência de


uma unidade industrial situada em São Sebastião de Lagoa de Roça – PB, tendo como
método utilizado a instalação de um banco de capacitores do tipo automático. A
indústria é responsável pela fabricação de eletrodutos de PVC, artefatos plásticos,
esquadrias de alumínio e pias de mármore sintético. Para confecção destes produtos,
a empresa possui alguns tipos de equipamentos especificas, tais como: injetoras,

extrusoras, prensas e trituradores, assim sendo sua carga é composta principalmente


por motores elétricos de baixa e média potências.

Devido aos motores elétricos possuírem um grande número de enrolamentos,


ou seja, indutores e serem equipamentos que trabalham por indução eletromagnética,
faz-se necessário que sejam projetados, na maioria das vezes, com o fator de potência
abaixo de 0,92, parâmetro mínimo regulamentado ANEEL e exercido pelas
concessionárias de energia elétrica. Assim sendo, quando na mesma instalação
vários motores entram em operação o fator de potência diminui de forma considerável.
5.1 Análise da Atual Demanda

É de fundamental importância a determinação da atual demanda em que a


indústria está operando, com o intuito de se obter um valor aproximado do fator de
potência.
De posse do conhecimento das cargas e dos períodos em que cada máquina
de produção está em operação parcial ou total pode-se determinar o valor de demanda
de energia que a unidade consumidora irá utilizar dentro dos seus processos, bem
como a curva de demanda de carga, os dados foram calculados e anotados conforme
pode ser visualizado nos Quadros 1 e 2. Todos os cálculos estão em Anexo.

Quadro 1: Dados para determinação da atual demanda


R E S IS
M OT OR ES
T OR ES P ER Í OD O D E
P O T ÊN C IA
F UN C IO N A M E N T O
F A T OR
F A T OR R EN D I F A T OR P O T ÊN
SET OR QT D P O T ÊN C IA S IM ULT Â T OT A L
UT ILIZ A ÇÃ O M EN T O P O T ÊN C IA C IA T OT A L
N E ID A D E H OR A S

- CV - - - - kW kVA kW kW kVA -

1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 8-11/ 13-15


M O IN H O S
1 7,5 0,50 0,50 0,87 0,88 1,59 1,80 1,5 9 1,8 0 8-11/ 13-15

1 30 0,70 0,50 0,87 0,84 8,88 10,57 8 ,8 8 10 ,5 7 7-10:30 / 12-15:30


A G LUT IN A D O R E S
1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 7-11/ 12-16

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,4 8 ,11 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,4 2 ,9 7 0 ,7 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 1 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,4 3 ,5 4 1,3 6 7:30-16:30

1 0,75 0,90 0,50 0,87 0,70 0,29 0,41 2,4 2 ,6 9 0 ,4 1 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 2,4 3 ,16 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,94 7 ,6 5 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,33 0,90 0,50 0,87 0,69 0,38 0,55 1,94 2 ,3 2 0 ,5 5 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 2 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 1,94 3 ,0 8 1,3 6 7:30-16:30

1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,58 0,57 0,98 1,94 2 ,5 1 0 ,9 8 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,94 2 ,7 0 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,675 8 ,3 9 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90
Fonte:0,50Próprio
0,87
autor 0,79
(2018).
0,57 0,72 2,675 3 ,2 5 0 ,7 2 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 3
1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,675 3 ,8 2 1,3 6 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,76 0,76 1,00 2,675 3 ,4 4 1,0 0 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,24 7 ,9 5 8 ,5 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 4 2 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,38 0,48 2,24 2 ,6 2 0 ,4 8 7:30-16:30

1 1 0,90 0,50 0,87 0,82 0,38 0,46 2,24 2 ,6 2 0 ,4 6 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,475 7 ,19 8 ,5 2 7:30-16:30

1 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,19 0,24 1,475 1,6 7 0 ,2 4 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 5
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30

1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,84 0,57 0,68 1,475 2 ,0 5 0 ,6 8 7:30-16:30

IN J E T O R A 0 1 1 20 0,80 0,75 0,87 0,78 10,15 13,02 10,1 2 0 ,2 5 13 ,0 2 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 2 1 10 0,80 0,75 0,87 0,84 5,08 6,04 5,19 10 ,2 7 6 ,0 4 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 3 1 10 0,80 0,75 0,87 0,84 5,08 6,04 3,54 8 ,6 2 6 ,0 4 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 4 1 30 0,80 0,75 0,87 0,85 15,23 17,91 9,25 2 4 ,4 8 17 ,9 1 7:30-12 / 13-16:45

F OR N OS 1 47 0,60 0,50 1,00 1,00 10,38 10,38 10 ,3 8 10 ,3 8 8-11/ 12:30-16:30

R O S Q UIA D E IR A 1 2 0,50 1,00 0,87 0,81 0,85 1,04 0 ,8 5 1,0 4 07:30-12 / 13-16:30

B O LS A D E IR A 1 0,5 0,50 1,00 0,87 0,77 0,21 0,27 1,2 1,4 1 0 ,2 7 07:30-12 / 13-16:30

P R EN SA 01 1 2 0,65 0,50 0,87 0,78 0,55 0,70 0 ,5 5 0 ,7 0 07:30-11/ 13-16

P R EN SA 02 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16

P R EN SA 03 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16

P R EN SA 04 1 3 0,65 0,50 0,87 0,80 0,82 1,03 0 ,8 2 1,0 3 07:30-11/ 13-16


M O IN H O S
1 7,5 0,50 0,50 0,87 0,88 1,59 1,80 1,5 9 1,8 0 8-11/ 13-15

1 30 0,70 0,50 0,87 0,84 8,88 10,57 8 ,8 8 10 ,5 7 7-10:30 / 12-15:30


A G LUT IN A D O R E S
1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 7-11/ 12-16

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,4 8 ,11 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,4 2 ,9 7 0 ,7 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 1 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,4 3 ,5 4 1,3 6 7:30-16:30

1 0,75 0,90 0,50 0,87 0,70 0,29 0,41 2,4 2 ,6 9 0 ,4 1 7:30-16:30

1 Quadro
2 2: Dados
0,90 para
0,50 determinação
0,87 0,84 da atual demanda
0,76 0,91 2,4 3 ,16 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 M O T0,50
OR ES 0,87 0,67 5,71 8,52 R E S IS
1,94 7 ,6 5 8 ,5 2 7:30-16:30
T OR ES P ER Í OD O D E
P O T ÊN C IA
3 0,33 0,90 0,50 0,87 0,69 0,38 0,55 1,94 2 ,3 2 0 ,5 5 F UN C IO N A6:30
7:30-1 M EN T O
F A T OR
EXT R F A0,90
T OR R E0,87
NDI F A0,84
T OR P O1,94
T ÊN
S US
ET OR A 02 Q T1D 3 C IA
P O T ÊN S IM0,50
ULT Â 1T,1O
4 T A1,36
L 3 ,0 8 1,3 6 7:30-16:30
UT ILIZ A ÇÃ O M EN T O P O T ÊN C IA C IA T OT A L
N E ID A D E H OR A S
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,58 0,57 0,98 1,94 2 ,5 1 0 ,9 8 7:30-16:30

-1 2
CV 0,90
- 0,50
- 0,87
- 0,84
- 0,76 0,91
kW kVA 1kW
,94 2kW
,7 0 0kVA
,9 1 7:30-1
- 6:30
1
1 15
30 0,90
0,50 0,50
0,50 0,87
0,87 0,67
0,84 5,71 7,55
6,34 8,52 2,675 8 ,3
6 ,3 4
9 8 ,5
7 ,5 5
2 7:30-1
8-11/ 16:30
3-15
M O IN H O S
31 0,5
7,5 0,90
0,50 0,50
0,50 0,87
0,87 0,79
0,88 0,57
1,59 0,72
1,80 2,675 31,5
,295 01,8
,702 7:30-1
8-11/ 16:30
3-15
E X T R US O R A 0 3
1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,675 3 ,8 2 1,3 6 7:30-16:30
1 30 0,70 0,50 0,87 0,84 8,88 10,57 8 ,8 8 10 ,5 7 7-10:30 / 12-15:30
A G LUT IN A D O R E S
1 2 0,90 0,50 0,87 0,76 0,76 1,00 2,675 3 ,4 4 1,0 0 7:30-16:30
1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 7-11/ 12-16
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,24 7 ,9 5 8 ,5 2 7:30-16:30
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,4 8 ,11 8 ,5 2 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 4 2 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,38 0,48 2,24 2 ,6 2 0 ,4 8 7:30-16:30
3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,4 2 ,9 7 0 ,7 2 7:30-16:30
1 1 0,90 0,50 0,87 0,82 0,38 0,46 2,24 2 ,6 2 0 ,4 6 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 1 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,4 3 ,5 4 1,3 6 7:30-16:30
1
1 15
0,75 0,90
0,90 0,50
0,50 0,87
0,87 0,67
0,70 5,71
0,29 8,52
0,41 1,475
2,4 27,6
,199 80 ,5
,4 21 7:30-16:30
7:30-16:30

1
1 0,5
2 0,90
0,90 0,50
0,50 0,87
0,87 0,79
0,84 0,19
0,76 0,24
0,91 1,475
2,4 1,6
3 7
,16 00 ,2
,9 41 7:30-16:30
7:30-16:30
E X T R US O R A 0 5
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,94 7 ,6 5 8 ,5 2 7:30-16:30
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,84 0,57 0,68 1,475 2 ,0 5 0 ,6 8 7:30-16:30
3 0,33 0,90 0,50 0,87 0,69 0,38 0,55 1,94 2 ,3 2 0 ,5 5 7:30-16:30
INTJREUS
EX T OORRAA0012 1
1 20
3 0,80
0,90 0,75
0,50 0,87
0,87 0,78
0,84 11
0,1
,145 11
3,02
,36 11,94
0,1 230,0
,285 13 ,062
1,3 7:30-12 / 16:30
7:30-1 3-16:45

IN J E T O R A 0 2 1
1 11,5
0 0,80
0,90 0,75
0,50 0,87
0,87 0,84
0,58 5,08
0,57 6,04
0,98 5,1
1 9
,94 10 ,217
2 ,5 6 ,9
0 ,0 8
4 7:30-12 / 16:30
7:30-1 3-16:45

IN J E T O R A 0 3 1 120 0,80
0,90 0,75
0,50 0,87 0,84 5,08
0,76 6,04
0,91 3,54
1,94 8 ,7
2 ,6 0
2 60 ,0
,9 41 7:30-12 / 16:30
7:30-1 3-16:45

IN J E T O R A 0 4 1 30
15 0,80
0,90 0,75
0,50 0,87 0,85
0,67 15,71
5,23 18,52
7,91 9,25
2,675 284,3
,498 17 ,921
8 ,5 7:30-12 / 16:30
7:30-1 3-16:45

F OR N OS 31 47
0,5 0,60
0,90 0,50 1,00
0,87 1,00
0,79 10,57
0,38 10,72
0,38 2,675 10 ,358
3 ,2 10 ,328
0 ,7 8-117:30-1
/ 12:30-16:30
6:30
E X T R US O R A 0 3
R O S Q UIA D E IR A 1 3
2 0,90
0,50 0,50
1,00 0,87 0,84
0,81 1,14
0,85 1,36
,04 2,675 3
0 ,8 2
5 1,3
1,0 6
4 7:30-1
07:30-12 / 6:30
13-16:30

B O LS A D E IR A 1 2
0,5 0,90
0,50 0,50
1,00 0,87 0,76
0,77 0,76
0,21 1,00
0,27 2,675
1,2 31,4
,4 4
1 01,0
,207 7:30-1
07:30-12 / 6:30
13-16:30

P R EN SA 01 1 125 0,90
0,65 0,50 0,87 0,67
0,78 5,71
0,55 8,52
0,70 2,24 7
0 ,9
,5 5 8
0 ,5
,7 2
0 7:30-1
07:30-116:30
/ 13-16

E XPTRREUS
N SOAR A
0 20 4 21 0,5
3 0,90
0,65 0,50
0,50 0,87
0,87 0,79
0,71 0,38
0,82 0,48
1,16 2,24 2
0 ,6
,8 2
2 01,16
,4 8 7:30-1
07:30-116:30
/ 13-16

P R EN SA 03 1
1 31 0,90
0,65 0,50
0,50 0,87
0,87 0,82
0,71 0,38
0,82 0,46
1,16 2,24 2
0 ,6
,8 2
2 01,16
,4 6 7:30-1
07:30-116:30
/ 13-16

P R EN SA 04 1
1 135 0,90
0,65 0,50
0,50 0,87
0,87 0,67
0,80 5,71
0,82 8,52
1,03 1,475 07 ,8
,192 81,0
,5 32 7:30-1
07:30-116:30
/ 13-16
1 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,19 0,24 1,475 1,6 7 0 ,2 4 7:30-16:30
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E X T R US O R A 0 5
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30
SER R A B A N C . 02 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,84 0,57 0,68 1,475 2 ,0 5 0 ,6 8 7:30-16:30
SER R A B A N C . 03 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
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B O M B A D 'Á G UA 0 2 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30
IN J E T O R A 0 3 1 10 0,80 0,75 0,87 0,84 5,08 6,04 3,54 8 ,6 2 6 ,0 4 7:30-12 / 13-16:45
B O M B A D 'Á G UA 0 3 1 0,75 0,20 0,25 0,87 0,78 0,03 0,04 0 ,0 3 0 ,0 4 07:30-16:30
IN J E T O R A 0 4 1 30 0,80 0,75 0,87 0,85 15,23 17,91 9,25 2 4 ,4 8 17 ,9 1 7:30-12 / 13-16:45
B O M B A D 'Á G UA 0 4 1 0,5 0,20 0,25 0,87 0,92 0,02 0,02 0 ,0 2 0 ,0 2 07:30-16:30
F OR N OS 1 47 0,60 0,50 1,00 1,00 10,38 10,38 10 ,3 8 10 ,3 8 8-11/ 12:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 5 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30
R O S Q UIA D E IR A 1 2 0,50 1,00 0,87 0,81 0,85 1,04 0 ,8 5 1,0 4 07:30-12 / 13-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 6 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30
B O LS A D E IR A 1 0,5 0,50 1,00 0,87 0,77 0,21 0,27 1,2 1,4 1 0 ,2 7 07:30-12 / 13-16:30
P O N T IA D E IR A 1 4 0,50 1,00 0,87 0,50 1,69 3,38 1,6 9 3 ,3 8 07:30-11/ 12-16:30
P R EN SA 01 1 2 0,65 0,50 0,87 0,78 0,55 0,70 0 ,5 5 0 ,7 0 07:30-11/ 13-16
1 3 0,80 1,00 0,87 0,80 2,03 2,54 2 ,0 3 2 ,5 4 07:30-16:30
C OP
M RPERNESSAS O
02R ES 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
3 0,33 0,80 1,00 0,87 0,69 0,67 0,97 0 ,6 7 0 ,9 7 07:30-16:30
P R EN SA 03 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
SOP R A D OR ES 1 8,16 0,50 0,50 1,00 1,00 1,50 1,50 1,5 0 1,5 0 07:30-11/ 12-16:30
P R EN SA 04 1 3 0,65 0,50 0,87 0,80 0,82 1,03 0 ,8 2 1,0 3 07:30-11/ 13-16
F UR A D E IR A B A N C . 0 1 1 1,5 0,20 0,40 0,87 0,77 0,10 0,13 0 ,10 0 ,13 07:30-11/ 12-16:30
SER R A B A N C . 01 1 1 0,50 0,50 0,87 0,81 0,21 0,26 0 ,2 1 0 ,2 6 07:30-11/ 12:30-16:30
F UR A D E IR A B A N C . 0 2 1 0,5 0,20 0,40 0,87 0,72 0,03 0,05 0 ,0 3 0 ,0 5 07:30-11/ 12-16:30
SER R A B A N C . 02 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
F UR A D E IR A B A N C . 0 3 1 0,5 0,20 0,40 0,87 0,72 0,03 0,05 0 ,0 3 0 ,0 5 07:30-11/ 12-16:30
SER R A B A N C . 03 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
F UR A D E IR A S 1 2,65 0,50 0,50 0,87 0,92 0,56 0,61 0 ,5 6 0 ,6 1 07:30-11/ 12-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 1 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30
T UG 's - F Á B R IC A 7 ,8 0 8 ,4 8 07:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 2 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30
0 ,0 9 0 ,10 07:00-17:00
B O M B A D 'Á G UA 0 3 1 0,75 0,20 0,25 0,87 0,78 0,03 0,04 0 ,0 3 0 ,0 4 07:30-16:30
ILUM . - F Á B R IC A 0 ,2 4 0 ,2 6 18:00-05:30
B O M B A D 'Á G UA 0 4 1 0,5 0,20 0,25 0,87 0,92 0,02 0,02 0
0 ,0
,2 2
0 0
0 ,0
,2 2
2 07:30-16:30
18:00-05:30
B O M B A D 'Á G UA 0 5 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30
T O T A L: 2 0 5 ,3 1 2 3 9 ,2 6
B O M B A D 'Á G UA 0 6 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30

FP.P
O.NPTR
IAEDVE
ISIR
TAO: 1 0 ,8 5 8 4 0,50 1,00 0,87 0,50 1,69 3,38 1,6 9 3 ,3 8 07:30-11/ 12-16:30

1 3 0,80 Fonte:1,00Próprio0,87autor (2018).


0,80 2,03 2,54 2 ,0 3 2 ,5 4 07:30-16:30
C OM P R ESSOR ES
3 0,33 0,80 1,00 0,87 0,69 0,67 0,97 0 ,6 7 0 ,9 7 07:30-16:30

Portando o valor da atual demanda é de 205, 31 kW ou 239,26 kVA.


SOP R A D OR ES 1 8,16 0,50 0,50 1,00 1,00 1,50 1,50 1,5 0 1,5 0 07:30-11/ 12-16:30

F UR A D E IR A B A N C . 0 1 1 1,5 0,20 0,40 0,87 0,77 0,10 0,13 0 ,10 0 ,13 07:30-11/ 12-16:30

F UR A D E IR A B A N C . 0 2 1 0,5 0,20 0,40 0,87 0,72 0,03 0,05 0 ,0 3 0 ,0 5 07:30-11/ 12-16:30

F UR A D E IR A B A N C . 0 3 1 0,5 0,20 0,40 0,87 0,72 0,03 0,05 0 ,0 3 0 ,0 5 07:30-11/ 12-16:30

F UR A D E IR A S 1 2,65 0,50 0,50 0,87 0,92 0,56 0,61 0 ,5 6 0 ,6 1 07:30-11/ 12-16:30

T UG 's - F Á B R IC A 7 ,8 0 8 ,4 8 07:30-16:30
Logo o fator de potência está aproximadamente 0,858 indutivo.

5.2 Análise da Demanda Levando em Consideração o Plano de Expansão da


Indústria

A indústria tem um plano de expansão, construindo um segundo galpão no qual


será inserido novas máquinas, como isso faz-se necessário determinar a demanda
levando em consideração a instalação da carga adicional, os dados foram calculados
e anotados conforme pode ser visualizado no Quadro 3 e 4. Todos os cálculos estão
em Anexo.

Quadro 3: Dados para determinação da demanda prevista


R E S IS T
M OT OR ES
OR ES P ER Í OD O D E
P O T ÊN C IA
F UN C IO N A M E N T O
F A T OR
F A T OR R EN D I F A T OR P O T ÊN
SET OR QT D P O T ÊN C IA S IM ULT Â T OT A L
UT ILIZ A ÇÃ O M E N T O P O T ÊN C IA C IA T OT A L
N E ID A D E H OR A S

- CV - - - - kW kVA kW kW kVA -

4 2 0,90 1,00 0,87 0,84 6,09 7,25 2,5 8 ,5 9 7 ,2 5 7-12 / 13-17


P IA S
1 10 0,90 1,00 0,87 0,84 7,61 9,06 2,5 10 ,11 9 ,0 6 7-12 / 13-17

1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 8-11/ 13-15


M O IN H O S
1 7,5 0,50 0,50 0,87 0,88 1,59 1,80 1,5 9 1,8 0 8-11/ 13-15

1 30 0,70 0,50 0,87 0,84 8,88 10,57 8 ,8 8 10 ,5 7 7-10:30 / 12-15:30


A G LUT IN A D O R E S
1 30 0,50 0,50 0,87 0,84 6,34 7,55 6 ,3 4 7 ,5 5 7-11/ 12-16

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,4 8 ,11 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,4 2 ,9 7 0 ,7 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 1 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,4 3 ,5 4 1,3 6 7:30-16:30

1 0,75 0,90 0,50 0,87 0,70 0,29 0,41 2,4 2 ,6 9 0 ,4 1 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 2,4 3 ,16 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,94 7 ,6 5 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,33 0,90 0,50 0,87 0,69 0,38 0,55 1,94 2 ,3 2 0 ,5 5 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 2 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 1,94 3 ,0 8 1,3 6 7:30-16:30

1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,58 0,57 0,98 1,94 2 ,5 1 0 ,9 8 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,94 2 ,7 0 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,675 8 ,3 9 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,675 3 ,2 5 0 ,7 2 7:30-16:30


E X T R US O R A 0 3
1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,675 3 ,8 2 1,3 6 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,76 0,76 1,00 2,675 3 ,4 4 1,0 0 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,24 7 ,9 5 8 ,5 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 4 2 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,38 0,48 2,24 2 ,6 2 0 ,4 8 7:30-16:30

1 1 0,90 0,50 0,87 0,82 0,38 0,46 2,24 2 ,6 2 0 ,4 6 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,475 7 ,19 8 ,5 2 7:30-16:30

1 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,19 0,24 1,475 1,6 7 0 ,2 4 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 5
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30

1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,84 0,57 0,68 1,475 2 ,0 5 0 ,6 8 7:30-16:30

1 15 0,50 0,50 0,87 0,67 3,17 4,73 4,5 7 ,6 7 4 ,7 3 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 6 1 0,5 0,50
Fonte: Próprio
0,50 0,87
autor0,79
(2018).
0,11 0,13 4,5 4 ,6 1 0 ,13 7:30-16:30

1 2 0,50 0,50 0,87 0,80 0,42 0,53 4,5 4 ,9 2 0 ,5 3 7:30-16:30

IN J E T O R A 0 1 1 20 0,80 0,75 0,87 0,78 10,15 13,02 10,1 2 0 ,2 5 13 ,0 2 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 2 1 10 0,80 0,75 0,87 0,84 5,08 6,04 5,19 10 ,2 7 6 ,0 4 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 3 1 10 0,80 0,75 0,87 0,84 5,08 6,04 3,54 8 ,6 2 6 ,0 4 7:30-12 / 13-16:45

IN J E T O R A 0 4 1 30 0,80 0,75 0,87 0,85 15,23 17,91 9,25 2 4 ,4 8 17 ,9 1 7:30-12 / 13-16:45

F OR N OS 1 47 0,60 0,50 1,00 1,00 10,38 10,38 10 ,3 8 10 ,3 8 8-11/ 12:30-16:30

R O S Q UIA D E IR A 1 2 0,50 1,00 0,87 0,81 0,85 1,04 0 ,8 5 1,0 4 07:30-12 / 13-16:30
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,58 0,57 0,98 1,94 2 ,5 1 0 ,9 8 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,94 2 ,7 0 0 ,9 1 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,675 8 ,3 9 8 ,5 2 7:30-16:30

3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,675 3 ,2 5 0 ,7 2 7:30-16:30


E X T R US O R A 0 3
1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,675 3 ,8 2 1,3 6 7:30-16:30

1 2 0,90 0,50 0,87 0,76 0,76 1,00 2,675 3 ,4 4 1,0 0 7:30-16:30

1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,24 7 ,9 5 8 ,5 2 7:30-16:30

E X T R US O R A 0 4 2
Quadro
0,5
4:0,90
Dados para
0,50
determinação
0,87 0,79
da0,38
demanda
0,48
prevista
2,24 2 ,6 2 0 ,4 8 7:30-16:30
R E S IS T
1 1 0,90 M O0,50
T OR ES 0,87 0,82 0,38 0,46 2,24 2 ,6 2 0 ,4 6 7:30-1
OR ES P ER Í O D6:30
O DE
P O T ÊN C IA
F UN C IO N A M E N T O
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,475 7 ,19 8 ,5 2 7:30-16:30
F A T OR
F A T OR R EN D I F A T OR P O T ÊN
SET OR Q T1D P O T ÊN
0,5 C IA 0,90 S IM0,50
ULT Â 0,87 0,79 T9O T A0,24
0,1 L 1,475 1,6 7 0 ,2 4 7:30-16:30
UT ILIZ A ÇÃ O M E N T O P O T ÊN C IA C IA T OT A L
E X T R US O R A 0 5 N E ID A D E H OR A S
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30

-
1 CV
1,5 -
0,90 -
0,50 -
0,87 -
0,84 kW
0,57 kVA
0,68 kW
1,475 2kW
,0 5 0kVA
,6 8 - 6:30
7:30-1

41 125 0,90
0,50 1,00
0,50 0,87 0,84
0,67 6,09
3,17 7,25
4,73 2,5
4,5 8 ,6
7 ,5 7
9 7 ,7
4 ,2 3
5 7-12 / 16:30
7:30-1 3-17
P IA S
E X T R US O R A 0 6 1 10
0,5 0,90
0,50 1,00
0,50 0,87 0,84
0,79 7,61
0,11 9,06
0,13 2,5
4,5 10 ,11
4 ,6 1 90,0
,136 7-12 / 16:30
7:30-1 3-17

1 2
30 0,50 0,50 0,87 0,80
0,84 0,42
6,34 0,53
7,55 4,5 4
6 ,9
,3 2
4 0
7 ,5 3
5 7:30-1
8-11/ 16:30
3-15
M O IN H O S
IN J E T O R A 0 1 1 7,5
20 0,50
0,80 0,50
0,75 0,87 0,88
0,78 110,1
,595 1,80
13,02 10,1 21,5
0 ,295 1,8
13 ,002 8-121// 113-1
7:30-1 3-156:45

IN J E T O R A 0 2 1 30
10 0,70
0,80 0,50
0,75 0,87 0,84 8,88
5,08 16,04
0,57 5,19 8 ,8
10 ,287 10 ,547
6 ,0 7-10:30
7:30-12 / 12-1
3-15:30
6:45
A G LUT IN A D O R E S
IN J E T O R A 0 3 1 30
10 0,50
0,80 0,50
0,75 0,87 0,84 6,34
5,08 7,55
6,04 3,54 6 ,6
8 ,3 2
4 7 ,0
6 ,5 4
5 7-121// 112-1
7:30-1 3-166:45

IN J E T O R A 0 4 1 15
30 0,90
0,80 0,50
0,75 0,87 0,67
0,85 5,71
15,23 18,52
7,91 2,4
9,25 284,11
,4 8 8 ,5
17 ,921 7:30-1
7:30-12 / 16:30
3-16:45

F OR N OS 31 0,5
47 0,90
0,60 0,50
0,50 0,87
1,00 0,79
1,00 10,57
0,38 10,72
0,38 2,4 2 ,9
10 ,378 0 ,7
10 ,328 8-117:30-1 6:30
/ 12:30-16:30

REO
XSTQ
R UIA
US ODREAIR0A1 1
1 3
2 0,90
0,50 0,50
1,00 0,87
0,87 0,84
0,81 1,14
0,85 1,04
1,36 2,4 3 ,8
0 ,5 5
4 1,3 4
1,0 6 7:30-1
07:30-12 / 6:30
13-16:30

B O LS A D E IR A 1
1 0,75
0,5 0,90
0,50 0,50
1,00 0,87
0,87 0,70
0,77 0,29
0,21 0,41
0,27 2,4
1,2 21,4
,6 9
1 00,2
,471 7:30-1
07:30-12 / 6:30
13-16:30
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 2,4 3 ,16 0 ,9 1 7:30-16:30
P R EN SA 01 1 2 0,65 0,50 0,87 0,78 0,55 0,70 0 ,5 5 0 ,7 0 07:30-11/ 13-16
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,94 7 ,6 5 8 ,5 2 7:30-16:30
P R EN SA 02 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
3 0,33 0,90 0,50 0,87 0,69 0,38 0,55 1,94 2 ,3 2 0 ,5 5 7:30-16:30
P R EN SA 03 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
E X T R US O R A 0 2 1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 1,94 3 ,0 8 1,3 6 7:30-16:30
P R EN SA 04 1 3 0,65 0,50 0,87 0,80 0,82 1,03 0 ,8 2 1,0 3 07:30-11/ 13-16
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,58 0,57 0,98 1,94 2 ,5 1 0 ,9 8 7:30-16:30
SER R A B A N C . 01 1 1 0,50 0,50 0,87 0,81 0,21 0,26 0 ,2 1 0 ,2 6 07:30-11/ 12:30-16:30
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,94 2 ,7 0 0 ,9 1 7:30-16:30
SER R A B A N C . 02 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,675 8 ,3 9 8 ,5 2 7:30-16:30
SER R A B A N C . 03 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30
3 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,57 0,72 2,675 3 ,2 5 0 ,7 2 7:30-16:30
EM
BO X TBRAUS
DO'ÁRGAUA
0 30 1 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30
1 3 0,90 0,50 0,87 0,84 1,14 1,36 2,675 3 ,8 2 1,3 6 7:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 2 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30
1 2 0,90 0,50 0,87 0,76 0,76 1,00 2,675 3 ,4 4 1,0 0 7:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 3 1 0,75 0,20 0,25 0,87 0,78 0,03 0,04 0 ,0 3 0 ,0 4 07:30-16:30
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 2,24 7 ,9 5 8 ,5 2 7:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 4 1 0,5 0,20 0,25 0,87 0,92 0,02 0,02 0 ,0 2 0 ,0 2 07:30-16:30
E X T R US O R A 0 4 2 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,38 0,48 2,24 2 ,6 2 0 ,4 8 7:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 5 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30
1 1 0,90 0,50 0,87 0,82 0,38 0,46 2,24 2 ,6 2 0 ,4 6 7:30-16:30
B O M B A D 'Á G UA 0 6 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30
1 15 0,90 0,50 0,87 0,67 5,71 8,52 1,475 7 ,19 8 ,5 2 7:30-16:30
P O N T IA D E IR A 1 4 0,50 1,00 0,87 0,50 1,69 3,38 1,6 9 3 ,3 8 07:30-11/ 12-16:30
1 0,5 0,90 0,50 0,87 0,79 0,19 0,24 1,475 1,6 7 0 ,2 4 7:30-16:30
E X T R US O R A 0 5
1 75 0,80 1,00 0,87 0,90 50,76 56,40 5 0 ,7 6 5 6 ,4 0 07:30-16:30
1 2 0,90 0,50 0,87 0,84 0,76 0,91 1,475 2 ,2 4 0 ,9 1 7:30-16:30
C OM P R ESSOR 1 3 0,80 1,00 0,87 0,80 2,03 2,54 2 ,0 3 2 ,5 4 07:30-16:30
1 1,5 0,90 0,50 0,87 0,84 0,57 0,68 1,475 2 ,0 5 0 ,6 8 7:30-16:30
3 0,33 0,80 1,00 0,87 0,69 0,67 0,97 0 ,6 7 0 ,9 7 07:30-16:30
1 15 0,50 0,50 0,87 0,67 3,17 4,73 4,5 7 ,6 7 4 ,7 3 7:30-16:30
SOP R A D OR ES 1 10 0,50 0,50 1,00 1,00 1,84 1,84 1,8 4 1,8 4 07:30-11/ 12-16:30
E X T R US O R A 0 6 1 0,5 0,50 0,50 0,87 0,79 0,11 0,13 4,5 4 ,6 1 0 ,13 7:30-16:30
F UR A D E IR A B A N C . 0 1 1
1 12,5 0,20
0,50 0,40
0,50 0,87
0,87 0,77
0,80 0,10
0,42 0,13
0,53 4,5 40,9
,102 00,5
,133 07:30-11/ 6:30
7:30-1 12-16:30

F UR AIN
DJEEIR
TAO RBAA N
0 1C . 0 2 1
1 0,5
20 0,20
0,80 0,40
0,75 0,87
0,87 0,72
0,78 10,03
0,15 10,05
3,02 10,1 200,0
,235 0 ,0
13 ,052 07:30-1
7:30-121// 113-1
2-16:45
6:30

F UR AINDJEEIR
TOA RBAA 0N2C . 0 3 1
1 0,5
10 0,20
0,80 0,40
0,75 0,87
0,87 0,72
0,84 0,03
5,08 0,05
6,04 5,19 0 ,0
10 ,237 0
6 ,0
,0 5
4 07:30-1
7:30-121// 113-1
2-16:45
6:30

FINUR
J EATD
OERIR
A A0S
3 1
1 130 0,50
0,80 0,50
0,75 0,87
0,87 0,92
0,84 0,63
5,08 0,69
6,04 3,54 0
8 ,6
,6 3
2 0
6 ,6
,0 9
4 07:30-1
7:30-121// 113-1
2-16:45
6:30

T UG
IN 's
J E-T FOÁRBAR0IC
4A 1 30 0,80 0,75 0,87 0,85 15,23 17,91 9,25 274,8
,408 8 ,4
17 ,981 07:30-1
7:30-1 6:30
2 / 13-16:45

F OR N OS 1 47 0,60 0,50 1,00 1,00 10,38 10,38 0 ,0


10 ,398 0 ,10
10 ,3 8 8-107:00-17:00
1/ 12:30-16:30
ILUM . - F Á B R IC A 0 ,2 4 0 ,2 6 18:00-05:30
R O S Q UIA D E IR A 1 2 0,50 1,00 0,87 0,81 0,85 1,04 0 ,8 5 1,0 4 07:30-12 / 13-16:30
0 ,2 0 0 ,2 2 18:00-05:30
B O LS A D E IR A 1 0,5 0,50 1,00 0,87 0,77 0,21 0,27 1,2 1,4 1 0 ,2 7 07:30-12 / 13-16:30
E S C R IT Ó R IO 8 ,4 4 9 ,17 07:00-17:00
P R EN SA 01 1 2 0,65 0,50 0,87 0,78 0,55 0,70 0 ,5 5 0 ,7 0 07:30-11/ 13-16
R E F E IT Ó R IO 2 ,2 3 2 ,4 2 24 h
P R EN SA 02 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
C A SA 01 7 ,6 7 8 ,3 4 18:00-00:00
P R EN SA 03 1 3 0,65 0,50 0,87 0,71 0,82 1,16 0 ,8 2 1,16 07:30-11/ 13-16
C A SA 02 14 ,2 4 15 ,4 8 18:00-00:00
P R EN SA 04 1 3 0,65 0,50 0,87 0,80 0,82 1,03 0 ,8 2 1,0 3 07:30-11/ 13-16

S E R RTAO T
BAAL:
N C . 01 1 1 0,50 0,50 0,87 0,81 0,21 0,26 3 204,2,917 307,2
1,760 07:30-11/ 12:30-16:30

SER R A B A N C . 02 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30


F .P . P R E V IS T O : 0 ,8 7 4
SER R A B A N C . 03 1 3 0,50 0,50 0,87 0,84 0,63 0,76 0 ,6 3 0 ,7 6 07:30-11/ 12:30-16:30

B O M B A D 'Á G UA 0 1 1 1,5 0,90


Fonte:
1,00
Próprio
0,87
autor0,85(2018).
1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30

B O M B A D 'Á G UA 0 2 1 1,5 0,90 1,00 0,87 0,85 1,14 1,34 1,14 1,3 4 07:30-16:30

Com isso1 o valor


B O M B A D 'Á G UA 0 3 0,75 da demanda
0,20 0,25prevista
0,87 é 0,78
de 324,96
0,03 0,04kW ou 371,69
0 ,0 3 0 ,0 4 kVA07:30-16:30

B O M B A D 'Á G UA 0 4 1 0,5 0,20 0,25 0,87 0,92 0,02 0,02 0 ,0 2 0 ,0 2 07:30-16:30


Logo o fator
B O M B A D 'Á G UA 0 5
1
de2 potência
0,20
é de0,25aproximadamente
0,87 0,75 0,08
0,874.
0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30

B O M B A D 'Á G UA 0 6 1 2 0,20 0,25 0,87 0,75 0,08 0,11 0 ,0 8 0 ,11 07:30-16:30

P O N T IA D E IR A 1 4 0,50 1,00 0,87 0,50 1,69 3,38 1,6 9 3 ,3 8 07:30-11/ 12-16:30

1 75 0,80 1,00 0,87 0,90 50,76 56,40 5 0 ,7 6 5 6 ,4 0 07:30-16:30

C OM P R ESSOR 1 3 0,80 1,00 0,87 0,80 2,03 2,54 2 ,0 3 2 ,5 4 07:30-16:30

3 0,33 0,80 1,00 0,87 0,69 0,67 0,97 0 ,6 7 0 ,9 7 07:30-16:30


5.3 Análise da fatura de energia elétrica da indústria

A Figura 8 reproduz a fatura de energia elétrica de um consumidor do subgrupo


A4, no qual será objeto de estudo. Foi escolhido mês de dezembro do ano de 2017
devido o mesmo apresentar a maior demanda registrada nos últimos 12 meses. As
informações associadas à energia reativa encontram-se destacados em vermelho.
Os parâmetros indicados por códigos numéricos na conta de energia
apresentada são, conforme (ENERGISA, 2018):

• 01: Identificação do consumidor;

• 02: Informação da unidade consumidora, dados de identificação da unidade:


classe e subclasse e tipo de ligação. Neste caso trata-se de um consumidor do grupo
A, pertencendo ao subgrupo A4;

• 03: Identificação da Distribuidora e número da Nota Fiscal/Conta de Energia


Elétrica;

• 04: Código de Identificação do Consumidor. Código individual que registra o


relacionamento entre a concessionária e o cliente, seja pessoa física ou jurídica;

• 05: Mês e ano de Referência da Fatura;

• 06: Indica a data em que a fatura será entregue na sua unidade consumidora;

• 07: Informa a data prevista para coleta da leitura que contemplará o


faturamento do mês subsequente;

• 08: Estrutura do Consumo. Demonstra a leitura atual e anterior, constante do


medidor, consumo (kWh) faturado no mês na unidade consumidora;

• 09: Consumo registrado de energia ativa (kWh) no horário de ponta;

• 10: Adicional de bandeira tarifária. Bandeira vermelha indica condições mais


custosas de geração;

• 11: Consumo registrado de energia ativa (kWh) no horário fora de ponta;


• 12: Consumo registrado de energia reativa excedente (kWh);

• 13 e 14: Demandas (kW) faturadas nos horários fora de ponta e de ponta


respectivamente;

• 15: Contribuição com a iluminação pública, os valores são integralmente


repassados a sua prefeitura local;

• 16,17 e 18: Taxas percentuais sobre o atraso do pagamento de um título


de crédito, em um determinado período de tempo;

Figura 8 – Fatura de energia elétrica.

Fonte: Energisa Paraíba (2018).

5.4 Projeto e instalação de um banco de capacitores do tipo automático

Avaliou-se muitos métodos de correção do fator de potência, como, por


exemplo, a ligação dos capacitores diretamente sobre as máquinas que necessitam
energia reativa. Sua implementação seria a instalação da carga capacitiva
diretamente sobre os equipamentos que as necessite e instalação de equipamentos
de manobra individuais que pudessem acionar os capacitores juntamente com as
máquinas.
Apesar de ser uma alternativa simples de ser elaborada, ela acaba se
mostrando ruim do ponto de vista econômico, visto que os custos com equipamentos
de manobra e capacitores para cada máquina seriam enormes. Existe mais um fato
que pesa contra essa opção de projeto, e é o fato de as máquinas não estarem sempre
ligadas, o que pode ser uma vantagem quando se pensa no projeto de correção de
um barramento incluindo diversas máquinas, chamado de correção por grupos de
carga, devido ao fator de utilização. Essa opção seria uma intermediária entre a
adoção de um banco automático de capacitores no QGBT da indústria ou a primeira
opção relatada, onde seriam necessários bancos de capacitores individuais para cada
máquina.
Na correção por grupos de cargas, os custos com equipamentos de manobra
seriam drasticamente reduzidos, pois pode-se ligar, por exemplo, o banco de
capacitores em três ou mais estágios, suprindo a energia reativa demandada pela
indústria na maioria do tempo. Pode-se também adotar um controle eletrônico e mais
estágios, mas precisaria de diversos bancos de capacitores e diversos controladores
eletrônicos, pois cada um alimentaria um conjunto de máquinas.
A melhor opção é, sem dúvida, a adoção de um banco automático de
capacitores devido à característica variável da carga. Sua instalação será na baixa
tensão, devido à impossibilidade de utilização do mesmo em média tensão. Dessa
forma tem-se um controle preciso da energia reativa injetada na indústria, o que é o
objetivo deste projeto, visto que o custo do equipamento de correção acaba por ser
pago pela diferença na conta de energia elétrica. Assim o projeto prevê a instalação
do painel de correção de fator de potência após o transformador, na baixa tensão,
sendo ligado ao QGBT da indústria. Ligando-se o banco automático de capacitores
ao QGBT da indústria está se aproveitando do maior fator de utilização de energia
reativa possível.

5.4.1 Determinação da potência reativa capacitiva necessária para correção

Tendo conhecimento da Demanda Máxima, o fator de potência atual e o


desejado é possível calcular a potência reativa necessária para correção do fator de
potência, conforme a Equação 11.
QC  P  tan( 1 )  tan(  2 ) Equação (11)

Onde:
QC  324,96  tan( 29,07 )  tan(18,74)

QC  70,4 kvar

5.4.2 Contabilização dos Componentes Utilizados

Com a potência reativa capacitiva necessária para correção do fator de


potência é possível fazer o dimensionamento do banco, no qual os componentes
necessários e sua contabilização pode ser visto na Figura 20.

Quadro 5: Contabilização dos componentes utilizados

Fonte: ELETRO FARIAS (2018).

Com as células capacitivas disponíveis no mercado é possível chegar a uma


potência reativa capacitiva de 71 kvar, valor muito próximo ao calculado
anteriormente.
6. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se, ao final do trabalho de pesquisa, ser possível:


• Analisar e avaliar as condições referentes ao consumo excedente de reativos
indutivos;
• Diminuição da fatura de energia elétrica de uma indústria;
• Constatar os benefícios econômicos advindos da possível incorporação de um
painel de correção automática de fator de potência;
• Contribuir para a melhoria do sistema elétrico como um todo, desde o
consumidor até a geração;
• O consumo consciente de energia elétrica, evitando assim desperdícios.

REFERÊNCIAS

CODI - COMITÊ DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Manual de Orientação


aos Consumidores: Energia Reativa Excedente. CODI, 2004
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, Resolução ANEEL n° 414, de 9 de
setembro de 2010.
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. 9ª edição. Rio de Janeiro: LTC,
2015.
WEG ACIONAMENTOS. Manual para correção do fator de potência. Jaraguá do Sul-
SC: WEG, 2015, p. 7
SILVA, Marcos César Isoni. Correção do Fator de Potência de Cargas Industriais com
Dinâmica Rápida. 2009. Tese de Mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais,
Minas Gerais, 2009
CHRITO, Eliane da Silva. Previsão de cargas reativas, p. 26, 2005. Tese de Doutorado
– Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, p. 156, 9ª edição. Rio de Janeiro:
LTC, 2015.
CODI - COMITÊ DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. Manual de Orientação
aos Consumidores: Energia Reativa Excedente, p. 4, CODI, 2004
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, Resolução ANEEL n° 414 de 9 de
setembro de 2010, p. 70.
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, 9ª edição. Rio de Janeiro: LTC,
2015.
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, p. 156, 9ª edição. Rio de Janeiro:
LTC, 2015.
ALEXANDRE, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de Circuitos
Elétricos. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013, p. 210.
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, p. 164, 9ª edição. Rio de Janeiro:
LTC, 2015.
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LTC, 2015.
MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, p. 187 a 190, 9ª edição. Rio de
Janeiro: LTC, 2015.
Apud, JÚNIOR. Capacitores, Correção do Fator de Potência. 2016, Relatório de
Estágio Surpevisionado – Universidade do Planalto Catarinense, Lages, 2016

MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais, p. 190, 9ª edição. Rio de Janeiro:


LTC, 2015.

CREDER, Hélio. Instalações Elétricas, p 290 e 297 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016

WEG ACIONAMENTOS. Manual para correção do fator de potência. Jaraguá do Sul-


SC: WEG, 2015

CRONOGRAMA
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Atividade: Período 2018/2
Revisão bibliográfica,
incluindo consulta à legislação
pertinente.
Observações “in loco” e
“in situ” dos procedimentos
praticados.
Coleta de Dados
Aplicação de questionários
e realização de entrevistas
Análise e sistematização
de dados e informações
Consulta ao Orientador
Defesa

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