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Análise de Viabilidade Econômica da Alternativa de Utilização de

Gasodutos Virtuais para a Distribuição de Gás Natural

Marcos Moreira de Xerez Sobral

UFRJ, Instituto COPPEAD de Administração


MBA Executivo – Turma 56

Orientador: Prof. Celso F. Leme, D.Sc.

Rio de Janeiro

2003
Resumo

O processo de crescimento de empresas de distribuição de gás natural


canalizado, assim como o de qualquer empresa do chamado ramo de utilities,
depende diretamente da ampliação de sua infra-estrutura de fornecimento. No
caso de distribuição de gás natural, o meio físico mais usualmente utilizado é
uma rede de gasodutos de distribuição. A construção de gasodutos é um
empreendimento que envolve altos investimentos e, em geral, longos prazos de
implantação.

Este trabalho trata da análise da viabilidade econômica uma opção que vem
sendo cada vez mais considerada por empresas de distribuição de gás natural
como forma de viabilizar a expansão de sua área de atuação para pequenos e
médios mercados afastados de gasodutos de transporte – os chamados
gasodutos virtuais. Entende-se por gasoduto virtual os sistemas alternativos
para transporte ou distribuição de gás natural que não fazem uso dos
tradicionais dutos. Para tanto, os gasodutos virtuais utilizam tecnologias para
redução do volume do gás natural, seja por liquefação ou por compressão, e
seu acondicionamento para transporte por diversos modais (rodoviário,
ferroviário ou marítimo).

2
Sumário
Resumo.............................................................................................................2
1 Introdução......................................................................................................4
2 A distribuição de gás natural canalizado no Brasil........................................5
2.1 A distribuição de gás natural canalizado como monopólio estadual......5
2.3 A necessidade de expansão das redes de distribuição..........................8
3 Gasodutos Virtuais.........................................................................................9
3.1 O conceito de gasodutos virtuais............................................................9
3.1.1 GNL – Gás Natural Liquefeito........................................................10
3.1.2 GNC - Gás Natural Comprimido.....................................................11
3.2 Vantagens da utilização de gasodutos virtuais.....................................14
3.3 Variáveis e parâmetros envolvidos no projeto......................................15
3.3.1 Variáveis e parâmetros operacionais.............................................15
3.3.2 Variáveis de mercado.....................................................................16
3.3.3 Variáveis financeiras.......................................................................17
4 Estudo de caso...........................................................................................19
4.1 Descrição do caso.................................................................................19
4.2 Dimensionamento do sistema...............................................................23
4.2.1 Configuração geral.........................................................................23
4.2.2 Estação Mãe...................................................................................24
4.2.3 Estações Filhas..............................................................................24
4.3 Fluxos de caixa para avaliação do projeto............................................25
4.4 Negociação de tarifas............................................................................26
4.5 Resultados obtidos e análises de sensibilidade...................................30
4.6 Conclusões sobre o caso......................................................................32
5 Conclusões...................................................................................................33
Referências.........................................................................................................34
Anexo 1- Planilha de Dimensionamento............................................................35
Anexo 2 - Fluxos de Caixa do Projeto................................................................36

3
1 Introdução
O processo de crescimento de empresas de distribuição de gás natural
canalizado, assim como o de qualquer empresa do chamado ramo de utilities,
depende diretamente da ampliação de sua infra-estrutura de fornecimento. No
caso de distribuição de gás natural, o meio físico mais usualmente utilizado é
uma rede de gasodutos de distribuição. A construção de gasodutos é um
empreendimento que envolve altos investimentos e, em geral, longos prazos de
implantação.

Este trabalho trata da análise da viabilidade econômica uma opção que vem
sendo cada vez mais considerada por empresas de distribuição de gás natural
como forma de viabilizar a expansão de sua área de atuação para pequenos e
médios mercados afastados de gasodutos de transporte – os chamados
gasodutos virtuais. Entende-se por gasoduto virtual os sistemas alternativos
para transporte ou distribuição de gás natural que não fazem uso dos
tradicionais dutos. Para tanto, os gasodutos virtuais utilizam tecnologias para
redução do volume do gás natural, seja por liquefação ou por compressão, e
seu acondicionamento para transporte por diversos modais (rodoviário,
ferroviário ou marítimo).

O objetivo deste trabalho é avaliar as condições que viabilizam a utilização de


gasodutos virtuais na distribuição de gás natural. Visando contextualizar a área
de aplicação a ser analisada, o item 2 descreve as principais características do
negócio de distribuição de gás natural no Brasil.

O item 3 introduz o conceito de gasoduto virtual, seus dois principais tipos e


situações nas quais são utilizados. Um foco maior é dado para tipo mais
adequado para aplicações de distribuição, detalhando seus componentes e
principais aspectos a serem considerados em estudos de viabilidade.

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No item 4 é desenvolvido um estudo de caso para a implantação de um
gasoduto virtual. É apresentado o dimensionamento dos equipamentos para
atender ao mercado estimado e a análise de viabilidade econômica do projeto.

Finalmente, o item 5 contém as conclusões finais do trabalho.

2 A distribuição de gás natural canalizado no Brasil

2.1 A distribuição de gás natural canalizado como monopólio estadual


A distribuição de gás natural canalizado no Brasil, como estabelecido na
Constituição de 1988, é um monopólio dos estados da federação. Após a
emenda constitucional de 1993, a exploração deste monopólio foi
regulamentada e os diversos estados tomaram iniciativas para a exploração
deste negócio. Na grande maioria dos estados, a decisão do detentor do
monopólio envolveu a criação de uma empresa estatal estadual, com a
participação ou não de outros sócios (em Minas Gerais, a GASMIG é
totalmente controlada pelo governo do estado, sendo a única empresa de
distribuição estadual que não conta com sócios privados). Estas empresas
receberam a concessão exclusiva para a prestação deste que é considerado
um serviço público por um período determinado de tempo, em áreas de
concessão definidas como sendo a totalidade de cada um dos estados.
As exceções a este esquema típico incluem os dois maiores mercados de gás
natural do País, onde já existiam empresas distribuidoras de gás canalizado:
Rio de Janeiro e São Paulo. Nestes estados o processo envolveu a
privatização, através de licitações, das empresas já estabelecidas. As
empresas privatizadas receberam a concessão exclusiva para as áreas onde já
atuavam e, para as regiões ainda não atendidas, foram também realizadas
licitações para a concessão do direito de exploração do negócio de distribuição.
Como resultado, no estado do Rio de Janeiro atuam duas concessionárias –
CEG, no município da capital e CEG-RIO no restante do estado – e em São
Paulo três – COMGÁS, na região metropolitana da capital e Vale do Paraíba,
Gás Brasiliano, na região noroeste e Gás Natural SPS, na região sul do estado.

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A Figura 1 mostra o mapa do Brasil com as diversas distribuidoras de gás
canalizado.

Figura 1 – Distribuidoras de GN canalizado e gasodutos de transporte

2.2 A regulação do mercado


Com a promulgação da Lei do Petróleo em 1997 e a conseqüente quebra do
monopólio da PETROBRÁS, foi criada a Agência Nacional do Petróleo com a
atribuição de regular as atividades relacionadas com a exploração, produção,
transporte e comercialização de petróleo e seus derivados, incluindo o gás
natural. Entretanto, como último elo da cadeia de produção da indústria de gás
natural antes dos clientes finais – a distribuição - ainda se manteve como
monopólio dos estados, cabe às agências reguladoras estaduais disciplinar
este segmento. A figura 2 abaixo mostra esquematicamente os atores na
indústria de gás natural e os âmbitos de atuação da ANP e das agências
reguladoras estaduais.

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Produtor I mportador ANP

Fluxo Físico do Gás


Transações
Comerciais Transportadora Comercializador

Distribuidoras
Agências
Estaduais

I ndustrial
Residencial Termelétricas
Comercial
Veicular

Figura 2 – Atores e âmbitos de regulação

As diversas distribuidoras de gás natural canalizado são, portanto,


concessionárias de um serviço público concedido. A atuação das agências
reguladoras visa garantir que este serviço esteja sendo prestado de acordo
com o estabelecido nos contratos de concessão e atendendo características
gerais esperadas deste tipo serviço, tais como:
 universalidade de atendimento – desde que o usuário atenda os
requisitos referentes à segurança e às instalações dispostos no contrato
de concessão (e outros regulamentos técnicos pertinentes), a
concessionária é obrigada a prestar-lhe os serviços de fornecimento de
gás canalizado;
 não discriminação – usuários em condições similares têm direito ao
serviço pelas mesmas tarifas;
 continuidade de fornecimento – além de restrições à interrupção do
fornecimento (mesmo em algumas situações de inadimplência) , as
concessionárias estão sujeitas a multas por eventuais falhas temporárias
de fornecimento;
 modicidade de tarifas – é de interesse do poder concedente que a
prestação do serviço concedido seja realizada aos menores custos
possíveis para os clientes, desde que garantida a viabilidade econômica
da concessionária.

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A metodologia de fixação do valor das tarifas varia de estado para estado em
função do estabelecido nos contratos de concessão. Em geral são previstos
reajustes anuais mas, caso ocorra algo que coloque em risco o equilíbrio
econômico e financeiro da concessão, pode ser solicitado ao Poder
Concedente uma revisão tarifária, conforme previsto nos contratos. É também
usual que eventuais reajustes no preço de aquisição do gás natural pela
concessionária (tanto no preço da commodity quanto no do transporte) possam
ser transferidos, mediante aprovação da agência reguladora, para os preços
cobrados aos clientes das distribuidoras.
Nas datas previstas nos contratos para revisão ou reajuste de tarifas, os novos
valores são determinados levando em consideração os custos operacionais, os
planos de investimentos e projeções de vendas das distribuidoras. Assim
sendo, as concessionárias devem fornecer às agências reguladoras seus
planos de negócio para o próximo período tarifário. A análise do plano de
negócios das empresas além de garantir a modicidade das tarifas, também
propicia a garantia de retorno dos investimentos a serem realizados pela
concessionária, tendo em vista que a viabilidade econômica da concessão
também é um objetivo do órgão regulador.
Mas a grande contrapartida das concessionárias é a garantia de exclusividade
no fornecimento de gás natural canalizado em sua área de concessão. Assim
sendo, para todo e qualquer gás natural consumido no País, sempre haverá
uma distribuidora que estará recebendo sua margem de distribuição pelo
fornecimento.

2.3 A necessidade de expansão das redes de distribuição


Assim como acontece com outras empresas de utilities (distribuição de energia
elétrica, água e esgoto, telefonia), a ampliação dos negócios de uma
distribuidora de gás natural canalizado é fortemente dependente da
disponibilidade e abrangência de sua infra-estrutura. Todo e qualquer plano de
expansão de uma distribuidora de gás envolve a extensão ou melhoria em sua
rede de distribuição, o que, via de regra, requer investimentos significativos.
Um fator complicador na viabilização de projetos de expansão de redes de
distribuição é fato que, dependendo de sua extensão, trata-se de

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empreendimentos com longos prazos de implantação, durante os quais a
empresa estará efetuando desembolsos sem que as entradas de receita ainda
tenham se concretizado.
Não obstante estas dificuldades, as empresas de distribuição vêm sendo
instadas a expandir geograficamente sua atuação, não apenas por motivações
de crescimento empresarial, mas também para atender previsões específicas
em seus contratos de concessão. Apesar do fato de que a maioria das
empresas de distribuição estaduais deterem a concessão para o fornecimento
de gás natural em toda a extensão de seus respectivos estados, também em
sua maioria elas ainda restringem suas operações aos entornos das capitais ou
em áreas próximas aos gasodutos de transporte. Ou seja, elas ainda não
atendem toda a área geográfica de suas concessões.
O atendimento das metas de aumento da participação do gás natural na matriz
energética do País, passa necessariamente pela expansão das áreas
atendidas pelas empresas de distribuição de gás natural. Os esforços nesse
sentido têm sido denominados de planos de interiorização do gás natural,
tendo em vista a disposição ao longo da costa do País das principais capitais e
dos principais gasodutos de transporte de gás natural.

3 Gasodutos Virtuais

3.1 O conceito de gasodutos virtuais


O termo gasoduto virtual vem sendo utilizado para designar os meios de
distribuição ou transporte de gás natural para localidades onde ainda existem
gasodutos ou onde sua construção é inviável técnica ou economicamente. De
uma forma geral, um gasoduto virtual é um sistema através do qual o gás
natural é, de alguma forma apropriada, acondicionado no ponto de recepção e
transportado por uma variedade de opções de modais até o ponto de entrega.
Para que seja viável economicamente, o acondicionamento do gás natural
envolve necessariamente a redução de seu volume. Atualmente existem duas
tecnologias para a obtenção da redução volumétrica adequada para transporte
de gás natural: compressão (GNC – gás natural comprimido) ou liquefação
(GNL – gás natural liquefeito).

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3.1.1 GNL – Gás Natural Liquefeito
A composição do gás natural não permite que ele seja facilmente liquefeito. O
tipo de gás combustível mais conhecido do público em geral, distribuído
liquefeito e armazenado em botijões e cilindros, é o GLP – gás liquefeito de
petróleo. A composição do GLP é diferente da do gás natural. O GLP (também
comumente chamado gás engarrafado, envasilhado ou gás de cozinha) tem
como componentes principais o propano (C 3) e o butano (C4), e pode ser
liquefeito mediante uma moderada redução de temperatura ou aumento de
pressão. Já o gás natural tem como principais componentes o metano (C1) e o
etano (C2) e requer para sua liquefação que ele seja submetido a temperaturas
bastante baixas (-161 oC). O processo de liquefação de gás natural envolve
tecnologia sofisticada. Assim, o transporte de GNL envolve tecnologia
sofisticada (criogenia) não apenas no processo de liquefação como também na
sua posterior re-gaseificação para consumo. O custo das instalações e
equipamentos necessários só viabilizam a utilização de gasodutos virtuais
baseados em GNL para grandes volumes e a longas distâncias (com a
tecnologia atual, distâncias a partir de 4000 km), o que faz com que o modal de
transporte usual para este sistema seja o marítimo. A Figura 3 abaixo mostra
esquematicamente um gasoduto virtual baseado em GNL.

Figura 3 – Gasoduto Virtual baseado em GNL (fonte www.gasnet.com.br)

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Pelas características acima descritas (grandes distâncias, volumes e
investimentos), gasodutos virtuais utilizando GNL são vistos como uma opção
para o segmento de transporte de gás natural, que apresenta as mesmas
características. Para o segmento de distribuição, que é o foco deste trabalho, a
utilização de GNC tem se mostrado a mais adequada.

3.1.2 GNC - Gás Natural Comprimido


O sistema do gasoduto virtual utilizando o transporte do gás natural sobre a
forma de GNC é a alternativa que está mais se viabilizando no momento para
as distâncias e consumos das empresas que estão buscando a utilização do
gás natural e que ainda não são atendidas pelas malhas de distribuição das
concessionárias. O sistema compõe-se da instalação de uma estação de
captação do combustível num determinado ponto de um gasoduto,
mecanismos de compressão do gás e armazenamento em cilindros especiais
instalados em carretas e, dependendo da pressão necessária, uma estação de
descompressão no local de consumo.
Os modais mais utilizados para o transporte de GNC são o ferroviário e o
rodoviário. No Brasil, tendo em vista a baixa capilaridade da malha ferroviária,
todos os projetos já implantados utilizam transporte rodoviário, no qual o
material rodante é composto por uma carreta-feixe (específica de acordo com o
fornecedor) e um cavalo mecânico para tração e deslocamento das carretas
(ver Figura 4).

Figura 4 – Carreta-feixe (fonte: www.gasnet.com.br)

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A Figura 5 abaixo mostra esquematicamente o sistema de gasoduto virtual
utilizando GNC e modal de transporte rodoviário. Os principais componentes do
sistema e seu funcionamento são descritos em seguida.

Figura 5 – Gasoduto virtual baseado em GNC e modal rodoviário

 Estação de carregamento ou Estação Mãe - neste ponto, que pode ser um


posto de distribuição de gás natural veicular (GNV) ou uma estação de
carregamento especificamente construída para o projeto, os feixes de
cilindros das carretas são carregadas com GNC. Caso não seja utilizado um
posto de GNV, é indicado que a estação esteja localizada próxima a um city
gate (ponto de transferência de custódia entre transportadora e
distribuidora). Como o carregamento dos feixes de cilindros (dependendo
do fornecedor, também chamados pallets ou módulos) das carretas é
realizado mediante a compressão do gás natural até cerca de 200 ou 250
kg/cm2, a localização da estação mãe deve buscar uma das localizações
citadas pois:

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 postos de abastecimento de GNV já dispõem de compressores para
o abastecimento de veículos que nestes níveis de pressão;
 as pressões utilizadas em gasodutos de transporte (70 kg/cm 2 ou
mais) são sensivelmente superiores àquelas utilizadas em redes de
distribuição (em geral inferiores a 30 kg/cm 2 ). Como um dos
principais fatores que influenciam o dimensionamento do(s)
compressor(es) é o incremento de pressão a ser obtido, a captação
do gás natural a pressões de transporte é mais interessante do que a
pressões de distribuição.
 Estação de recebimento ou Estação Filha – localizada no cliente final do
gás natural. Ao chegar na estação filha, a carreta carregada é desacoplada
do cavalo-trator, que recebe a carreta vazia e retorna à estação mãe para
novo carregamento. Para evitar a interrupção de fornecimento durante a
substituição de carretas, as estações filhas sempre dispõem de um módulo
estacionário de cilindros de GNC com capacidade suficiente para manter os
clientes abastecidos durante a operação de conexão e desconexão das
carretas. Além disso, este módulo estacionário também serve como reserva
de segurança para eventuais retardos na chegada das carretas de
substituição. Dependendo do tipo de cliente, ou mais especificamente, da
pressão de consumo, podem ser necessários outros equipamentos.
 posto de abastecimento de GNV – como foi citado acima, a pressão
de abastecimento de veículos a GNV é feita a uma pressão próxima
a de carregamento dos cilindros de GNC. Entretanto, à medida que o
gás é transferido para os veículos sendo abastecidos, a pressão no
interior dos cilindros diminui, inviabilizando seu descarregamento.
Uma tecnologia utilizada por alguns fornecedores envolve a
manutenção da pressão interna dos cilindros de GNC através de uma
unidade de força hidráulica (HPU - Hydraulic Power Unit). Desta
forma quase a totalidade do gás natural contido nos cilindros pode
ser descarregada. na mesma pressão de carregamento dos cilindros
(e de abastecimento de veículos). Os postos de abastecimento de
GNV servidos por um gasoduto virtual baseado em GNC não

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precisam dispor, portanto, de um compressor, o que reduz
significativamente o investimento necessário por parte do proprietário
do posto.
 Clientes industriais – os equipamentos a gás natural utilizados em
indústrias podem requerem diferentes níveis de pressão. Entretanto,
todas elas são bastante inferiores aos cerca de 200 kg/cm 2
empregados no carregamento dos cilindros de GNC. Assim sendo, é
necessário dispor de uma estação de controle e redução de pressão
de pressão para que o fornecimento do combustível possa ser
realizado.
 Clientes comerciais e residenciais – também necessitam de estações
de controle e redução de pressão, assim como os clientes industriais,
mas em geral admitem pressões ainda mais baixas do que estes.
Como em geral clientes residenciais e comerciais são mais numeroso
e distanciado uns dos outros, o projeto de um gasoduto virtual deve
ser complementado com uma rede local de distribuição.

3.2 Vantagens da utilização de gasodutos virtuais


A forma mais usual e econômica para o transporte e distribuição de gás natural
é sem dúvida através de gasodutos. Entretanto, nas condições em que se
demonstra economicamente viável, a opção de utilização de gasodutos virtuais
apresenta algumas vantagens significativas.
Por se tratar de um combustível alternativo, a expansão de mercados para o
gás natural envolve o deslocamento do energético já sendo utilizado pelos
clientes potenciais. Nesse sentido, o desenvolvimento de mercados para o gás
natural envolve a superação de barreiras não apenas econômicas (preço) mas
também culturais. A indústria costuma indicar a criação de uma "cultura do gás
natural" como uma necessidade para seu desenvolvimento. Assim, a
antecipação do início de exploração de novos mercados propiciada pelo menor
prazo de implantação de gasodutos virtuais se mostra como uma ferramenta
poderosa para o desenvolvimento destes mercados. Na maioria das vezes, o
gasoduto virtual de distribuição não é projetado como uma solução definitiva
para o atendimento de certo mercado. Suas características antecipatórias

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permitem a redução dos riscos de mercado em projetos de ampliação de
malhas de distribuição. Em outras palavras, o mercado pode ser "testado"
antes que os pesados investimentos na construção de gasodutos sejam
efetivamente realizados. Isso, é claro, sem mencionar as vantagens de também
antecipar as receitas provenientes da venda do gás natural.

3.3 Variáveis e parâmetros envolvidos no projeto


A análise de viabilidade econômica para a implantação de gasodutos virtuais
de distribuição envolve, além do dimensionamento dos equipamentos
necessários, a avaliação das tarifas aceitáveis pelo mercado a ser explorado e
do retorno financeiro para o investimento a ser realizado. As variáveis e
parâmetros envolvidos nesta análise são descritos a seguir.

3.3.1 Variáveis e parâmetros operacionais


Pressão de recebimento – a influência deste parâmetro já foi abordada
anteriormente (ver item 3.1.2 acima) e influencia basicamente no
dimensionamento (e no preço) do compressor necessário na estação mãe.
Distância de transporte e condições das estradas – definem o tempo de viagem
das carretas entre a estação mãe e as estações filhas. Estima-se em 60 km/h a
velocidade média do cavalo mecânico em estradas de excelente qualidade e
em 40 km/h em estradas de pior qualidade ou com aclives e declives. Além
disso, o mau estado das estradas influencia na vida útil dos cavalos e carretas.

Pontos de entrega ou estações filhas – o número de pontos de entrega e a


distância entre eles irá definir a quantidade de módulos de armazenagem locais
necessários. Em função da capacidade das unidades de armazenamento locais
utilizadas, dos volumes consumidos pelos clientes e da distância entre eles,
pode ser mais econômico construir pequenas redes locais conectando clientes
e diminuir o número de módulos de armazenagem locais. Outra vantagem de
uma possível interligação local entre clientes é uma eventual redução no
número de cavalos necessários.

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Tipos de clientes – este aspecto também já foi abordado anteriormente (ver
item 3.1.2 acima) e determina a necessidade ou não de dispor de unidades de
pressão hidráulica e estações de rebaixamento e regulagem de pressão em
função da pressão de recebimento requerida pelos clientes.

3.3.2 Variáveis de mercado


Volumes – uma variável fundamental em qualquer projeto de distribuição de
gás natural são os volumes a serem entregues aos clientes potenciais. Além de
ser uma das informações básicas para o dimensionamento dos equipamentos
necessários, a distribuição ao longo do tempo dos volumes esperados tem
relação direta com as previsões de receita. Assim como ocorre em projetos de
gasodutos convencionais, existe uma faixa de valores para a relação entre
volumes e distâncias dentro da qual o projeto é viabilizado.

Preço de compra do gás – é o preço cobrado pelos comercializadores de gás


natural às empresas de distribuição. Este preço é em geral composto por duas
parcelas: preço da commodity e tarifa de transporte. No Brasil podemos
identificar duas situações razoavelmente distintas. As regiões sul e sudeste são
abastecidas através do Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL) com gás natural
importado da Bolívia, que tem o preço da commodity fixado diretamente em
dólares. Além disso, a transportadora do GASBOL, TBG (Transportadora
Brasileira do Gasoduto Brasil-Bolívia) utiliza tarifa postal para cobrar seus
serviços. Esta forma de tarifação cobra um mesmo valor pelo transporte
independentemente da distância. Já os estados do nordeste são abastecidos
pelo chamado gasoduto "Nordestão", que vai da Bahia ao Ceará. Nele é
transportado gás natural produzido no País, cotado em reais, e a
TRANSPETRO (subsidiária da PETROBRAS que opera o gasoduto) cobra pelo
transporte tarifas por distância.

Combustíveis concorrentes – como vimos, o mercado para o gás natural no


Brasil é fundamentalmente um mercado de substituição de energéticos. A
concretização de negócios com um cliente potencial depende diretamente da
relação entre os custos do combustível atualmente sendo utilizado e aqueles

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que serão incorridos quando da utilização de gás natural. Além do preço, e
dependendo também da aplicação e do combustível a ser deslocado, o gás
natural oferece outras vantagens competitivas tais como melhor controle de
queima, não necessidade de estocagem de combustível, menores custos de
manutenção, etc. Mas especificamente com relação ao GNV, o principal fator
de competitividade é o preço. As tarifas praticadas pelas distribuidoras para o
GNV são em geral inferiores àquelas oferecidas a clientes industriais. Isso se
deve à importância que postos de abastecimento de GNV assumem em
qualquer projeto de distribuição de gás natural por seus significativos volumes
de venda (de 5000 a 6500 m3/dia) e à concorrência com os demais
combustíveis veiculares. O consenso do mercado é de que não é
comercialmente viável a oferta ao consumidor final do m 3 de gás natural
veicular a um preço superior a 60% do preço por litro da gasolina local.
Considere-se também que a tarifa para o GNV ainda não representa o preço
final ao consumidor, devendo ser acrescida à margem das distribuidoras de
combustíveis e ainda a margem de comercialização do proprietário do posto.
Entretanto, em gasodutos virtuais baseados em GNC, a distribuidora de gás
natural está fornecendo seu produto com um valor agregado adicional – a
pressão. Como a pressão do GNC é a mesma pressão necessária para o
abastecimento de veículos no posto, o investimento (em geral feito pelas
distribuidoras de combustíveis) na aquisição de um compressor se faz
desnecessário. Além disso, o proprietário do posto também não irá incorrer nos
gastos de energia referentes à operação do compressor. Assim, ao negociar a
tarifa para GNV de um gasoduto virtual baseado em GNC, as distribuidoras de
gás natural devem considerar que as margens, tanto das distribuidoras de
combustíveis, quanto dos proprietários dos postos de abastecimento podem
ser reduzidas.

3.3.3 Variáveis financeiras


As decisões de investimento passam, necessariamente, por uma análise de
viabilidade econômica. Tais questões podem se apresentar de duas formas: ou
deseja-se decidir sobre a escolha entre diferentes alternativas, ou deseja-se
conhecer a rentabilidade de uma dada alternativa. A análise da alternativa de

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utilização de um gasoduto virtual é em geral motivada por uma constatação
prévia de que a opção tradicional para distribuição de gás natural através de
gasodutos convencionais se mostrou técnica ou economicamente inviável.
Assim sendo, não se trata de uma comparação entre duas alternativas de
investimento mas sim da verificação de retorno econômico de um determinado
projeto. Neste sentido, o critério básico é a obtenção de um valor presente
líquido positivo para o fluxo de caixa descontado do projeto. Como este
indicador financeiro é dependente da taxa de desconto empregada nos
cálculos, um parâmetro fundamental na análise é a taxa mínima de atratividade
TMA utilizada.

As empresas costumam estabelecer um valor de TMA para a avaliação de


seus projetos. Entretanto, existe uma série de valores ou vantagens intangíveis
nem sempre passíveis de uma adequada valoração para inclusão no modelo.
Assim sendo, o valor da taxa de desconto a ser utilizada pode vir a ser
"flexibilizada" quando a implantação do projeto contribuir para o atendimento de
outros objetivos da empresa. Este aspecto pode ser especialmente relevante
quando se trata de gasodutos virtuais, uma vez que sua adoção está em geral
inserida em um contexto de desenvolvimento de mercados com potencial
crescimento e introdução da chamada "cultura do gás natural".

Um parâmetro não usual em análises de viabilidade genéricas, mas relevante


para projetos de expansão de empresas de distribuição, é a chamada tarifa de
equilíbrio TEQ. Este parâmetro é utilizado no modelo com o objetivo de calcular
o valor da tarifa cujo fluxo de caixa descontado pela taxa de retorno
correspondente à visão a qual este está sendo avaliado, produz um VPL nulo,
ou seja, corresponde ao mínimo valor de tarifa que remunera o capital dos
agentes participantes do projeto. Constitui-se, portanto, em um parâmetro
extremamente importante para negociações tarifárias.

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4 Estudo de caso

4.1 Descrição do caso


A Gás Natural do Nordeste S.A. - NEGÁS é uma empresa de distribuição de
gás natural canalizado relativamente nova, tendo inicado suas operações em
1995. Desde então ela vem expandindo sua rede de distribuição focando
essencialmente o mercado industrial e de GNV nas proximidades da capital do
estado onde está instalada. Atualmente ela conta com cerca de 160 km de rede
distribuição, fornecendo em média 260.000 m 3/dia a 62 clientes. Como
detentora da concessão para fornecimento de gás natural canalizado para todo
o estado, e visando contribuir com as políticas de desenvolvimento economico
de seu maior acionista ( o Governo Estadual ), a NEGÁS vem sendo instada a
expandir geográficamente sua atuação, fornecendo gás natural para outros
municípios.

Açude do Norte é uma cidade de médio porte do interior do estado, distante 95


km da capital. Ela conta com um pequeno distrito industrial e mercado potencial
para até 2 postos de abastecimento de GNV. O distrito industrial de Açude do
Norte é composto por pequenas e médias indústrias que atualmente
consomem outros energéticos. A Tabela 1 apresenta os consumos diários
potenciais para cada um dos clientes em Açude do Norte.

CLIENTES POTENCIAIS - Açude do Norte


PROJETO GNC - NEGÁS
Consumo
Cliente
(m3/dia)
Indústria1 4,000
Indústria2 1,000
Indústria3 1,000
Indústria4 1,000
Indústria5 2,500
POSTO GNV1 6,500
POSTO GNV2 6,500
TOTAL 22,500

Tabela 1

A equipe de marketing da NEGÁS já entrou em contato com os clientes


potenciais que se mostraram bastante entusiasmados com a possibilidade de

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ganhos operacionais com a economia em combustíveis que o gás natural pode
proporcionar. Os clientes industriais estão dispostos a arcar com os custos de
conversão de seus equipamentos para a utilização de gás natural pois estão
cientes que eles serão rápidamente recuperados. Da mesma forma, os
proprietários dos postos de abastecimento também já concordaram em obter
junto a suas distribuidoras o apoio necessário para equipar suas instalações
com os equipamentos necessários para o fornecimento de GNV (dispensers).

É claro que todo o entusiasmo dos clientes potenciais é diretamente


dependente das tarifas a serem praticadas em Açude do Norte. A Tabela 2
apresenta o esquema de tarifas atualmente praticadas pela NEGÁS para seus
clientes nas áreas próximas à capital. Independentemente do uso final do gás
natural, a NEGÁS paga atualmente a seu fornecedor único o preço de R$
0,3103 /m3.

Tabela Normal em Cascata


Níveis de Consumo
Tarifa
m3/dia
R$/m³
de até
1 1000 $0.4201
1001 5000 $0.4102
5001 10000 $0.3996
10001 25000 $0.3897
25001 50000 $0.3770
50001 100000 $0.3639
100001 200000 $0.3457
200001 400000 $0.3273
Acima de 400.000 $0.3192

GNV $0.3676

Tabela 2 – Tarifas da NEGÁS

Específicamente com relação ao GNV, a Tabela 3 mostra os preços atualmente


praticados no mercado da capital, assim como as margens auferidas pelas
distribuidoras de combustíveis e pelos postos de abastecimento. Verifica-se
que o GNV está sendo vendido ao consumidor final por 51,69% do preço da
gasolina, o que pode representar uma margem potencial adicional de R$

20
0,0685 a R$ 0,1720 para os postos, caso eles se decidam por aumentar o
preço final do GNV para 55% ou 60% do preço da gasolina, o que ainda
representa um ganho para os consumidores finais na comparação GNV X
gasolina.

Estrutura de preços atual R$ US$


Preço gasolina ao consumidor final $2.0700 $0.6900
Diferença gasolina - GNV 51.69%
Preço GNV ao consumidor final $1.0700 $0.3567
Margem do posto $0.2900 $0.0967
Preço venda distribuidora $0.7800 $0.2600
Margem distribuidora $0.4124 $0.1375
Preço venda NEGÁS $0.3676 $0.1225

Tabela 3 – Preços do GNV praticados na capital

Para o atendimento deste mercado, as estimativas da NEGÁS indicam um


custo de US$ 13 milhões para a construção de um gasoduto convencional de
95 km, em aço com diâmetro de 8 polegadas. O prazo total para entrada em
operação de tal gasoduto (obtenção de licenças, projeto executivo, licitação
para a construção, construção própriamente dita e testes) está estimado em 3
anos, o que inviabiliza tal opção. Diante disso, a empresa está considerando o
projeto de um gasoduto virtual baseado em GNC, utilizando transporte
rodoviário a partir de uma estação de compressão próxima ao um dos city-
gates que abastecem a capital.

A taxa de atratividade tradicionalmente utilizada pela NEGÁS na avaliação de


viabilidade de seus projetos é de 13% a.a., e será a aplicada nos estudos de
viabilidade do gasoduto virtual para Açude do Norte.

Para avaliar os investimentos necessários para a implantação do gasoduto


virtual, a NEGÁS solicitou uma cotação para os preços dos equipamentos de
um dos fornecedores atuantes no mercado. A tabela 4 abaixo apresenta os
diversos equipamentos, suas características técnicas relevantes para o

21
dimensionamento do sistema e seus preços em dólares americanos e em reais
( a uma taxa de câmbio de R$ 3,00 / US$).

Módulo estacionário
Preço Unitário Preço Unitário Volume
US$ R$ m3
$50.000,00 $150.000,00 700,00

Carreta
Preço Unitário Preço Unitário Volume Tempo p/ Carregar Tempo p/ Conectar
US$ R$ m3 horas horas
$162.000,00 $486.000,00 4.200,00 5,25 0,5

RCU (Unidade de Controle e Redução)


Preço Unitário Preço Unitário
US$ R$
$50.000,00 $150.000,00

HPU (Unidade de Força Hidráulica)


Preço Unitário Preço Unitário
US$ R$
$51.000,00 $153.000,00

Compressor

Preço Unitário Preço Unitário Vazão Horas diárias Consumo de energia


US$ R$ m3/h de operação kWh/m3
$250.000,00 $750.000,00 800,00 20 0,11

Cavalo
Preço Unitário Preço Unitário
US$ R$
$73.000,00 $219.000,00

Tabela 4 – Proposta para fornecimento de equipamentos (todos os impostos incluídos)

Outros dados relevantes para o estudo são os relacionados com a operação do


sistema. Os profissionais necessários para operar um gasoduto virtual não
fazem parte do corpo de funcionários usual de uma distribuidora de gás natural.
A opção mais indicada é a terceirização da operação mediante a contratação
de uma empresa especializada em transporte. A NEGÁS obteve uma proposta
de uma empresa deste ramo da região. A cobrança pelos serviços envolve uma
parcela fixa referente aos salários dos motoristas e a uma taxa de gestão
mensal, para remunerar um supervisor e um ajudante, além de uma parcela
variável por km rodado pelos equipamentos rodantes. A Tabela 5 abaixo
apresenta os valores propostos pela empresa a ser contratada.

22
Custos Fixos R$ US$
Motorista $4,000.00 $1,333.33
Gestâo $8,000.00 $2,666.67

Custos Variáveis
KM rodado $1.45 $0.48

Tabela 5 – Proposta para operação do sistema

Finalmente, o outro custo relevante para a operação do sistema são gastos


com energia elétrica para a operação do compressor. A tarifa de energia
elétrica cobrada pela concessionária local para a classe de consumo prevista é
de R$ 0,18/kWh.

4.2 Dimensionamento do sistema

4.2.1 Configuração geral


O sistema deverá ser composto por uma estação mãe próxima ao city gate na
capital e três estações filhas: uma em cada posto de GNV e outra no distrito
industrial. As hipóteses assumidas para a adoção desta configuração são:
 inviabilidade da adoção de uma estação filha única para abastecer os três
pontos tendo em vista a distância entre eles. A construção de uma rede de
distribuição local entre os três pontos de entrega envolveria custos e prazos
para obtenção de licenças, projeto e construção que não seriam
justificáveis.
 a localização dos clientes industriais em um distrito propicia a adoção de
uma pequena rede local, a ser construída dentro de uma área restrita. Por
estar dentro de uma área delimitada, esta rede tem, na verdade,
características semelhantes aos dos ramais internos dos próprios clientes e
seus custos podem ser rateados pelos mesmos, não chegando a
representar uma parcela relevante para o projeto.

Os itens a seguir descrevem o dimensionamento dos equipamentos


necessários para o sistema. Os cálculos necessários foram realizados com o
apoio da Planilha de Dimensionamento apresentada no Anexo 1.

23
Observação: o dimensionamento dos equipamentos, em especial dos rodantes,
em um projeto de gasoduto virtual envolve a alocação ótima de recursos ao
longo do tempo. Em sistemas mais complexos, é requerida a utilização de
ferramentas de programação linear para a solução do problema de otimização.
Tal rigor fugiria do escopo e objetivo deste trabalho. Como estamos tratando de
um problema relativamente simples, uma solução ótima não foi buscada no
dimensionamento apresentado a seguir. Todavia, o sistema como proposto
atende às restrições básicas para o fornecimento.

4.2.2 Estação Mãe


Os equipamentos mais relevantes na estação mãe são os compressores. A
definição do número de compressores necessários é feita em função da
capacidade de compressão (m3/hora) e do volume total de gás natural a ser
comprimido. Como indicado na Planilha de Dimensionamento, serão
necessários dois compressores.

Como back up, são previstos também na estação mãe uma carreta e um
cavalo adicionais. Eles são utilizados na garantia de continuidade do
fornecimento na eventualidade da indisponibilidade de algum equipamento.

4.2.3 Estações Filhas


A determinação do número de carretas necessárias para o atendimento de
cada estação filha é feita seguindo a seguinte formulação:
 o tempo de atendimento de uma carreta é o intervalo de tempo no qual o
volume de uma carreta é consumido em uma estação
tempo de atendimento = volume consumido na estação filha / volume de 1 carreta

 ciclo da carreta é tempo necessário para uma carreta sair da estação filha,
ir até a estação mãe, ser carregada e retornar à estação filha
ciclo da carreta = ciclo do cavalo + tempo de carga + tempo de atendimento

 o tempo de carga de uma carreta é o tempo necessário para o compressor


comprimir o gás natural a 250 kg/cm2 até a capacidade da carreta
tempo de carga = volume da carreta / vazão de saída do compressor

24
 ciclo do cavalo é o tempo para o cavalo sair da estação filha rebocando
uma carreta vazia, chegar até a estação mãe, efetuar a desconexão da
carreta vazia e a conexão de uma carreta já carregada e retornar à estação
filha. Para as condições das estradas do caso, foi assumida uma velocidade
média de 50 km/h para o conjunto cavalo-carreta.
ciclo do cavalo = 2 * (distância estação mãe – estação filha / velocidade + tempo de conexão)

 o numero de carretas necessárias para atender uma estação filha é


determinado dividindo-se o ciclo da carreta pelo tempo de atendimento de 1
carreta (e arredondando-se para inteiro superior)
no. de carretas = ciclo da carreta / tempo de atendimento

 o número de cavalos necessários para atender uma estação filha é


determinado dividindo-se o ciclo do cavalo pelo tempo de atendimento de
uma carreta (e arredondando-se para o inteiro superior)
no. de cavalos = ciclo do cavalo / tempo de atendimento

Como indicado na Planilha de Dimensionamento, serão necessários 2 carretas


e 1 cavalo para atender cada uma das estações filhas.

O investimento total para o projeto, calculado como descrito acima, chega a


US$ 2.228.000,00, e deve ser totalmente realizado no início do projeto.

4.3 Fluxos de caixa para avaliação do projeto


O Anexo 2 apresenta uma série de planilhas com o fluxo de caixa do projeto
para diferentes cenários de tarifas. Em todas elas estão representados:
 os investimentos, totalmente concentrados no ano 0 do fluxo;
 as receitas brutas totais e aquelas correspondentes aos volumes industrial e
de GNV, separadamente;
 os impostos incidentes sobre a receita bruta, correspondendo à soma do
PIS (0,65%), COFINS (3%) e CPMF (0,38%);
 os custos de compra do gás natural pela NEGÁS;
 o lucro bruto, calculado subtraindo-se das receitas brutas, os impostos
sobre elas incidentes e os custos de compra de gás natural;

25
 os custos operacionais totais e as parcelas de custos fixos (motoristas e
taxa de gestão da empresa terceirizada) e custos variáveis (km rodado
pelos conjuntos cavalo-carreta e gastos de energia elétrica dos
compressores, por m3 comprimido);
 os resultados operacionais do projeto, descontando-se do lucro bruto as
despesas operacionais;
 para o cálculo do imposto de renda (25%) e do CSLL (9%), a renda
tributável foi calculada assumindo-se uma taxa de depreciação constante de
10% a.a. para os ativos adquiridos pela NEGÁS;
 finalmente, a planilha apresenta o fluxo líquido do projeto e os resultados de
TIR, VPL e pay back para uma taxa de desconto de 13% a.a.

A primeira planilha do Anexo 2 (Fluxo de Caixa 1), apresenta os resultados do


projeto utilizando a tarifa para GNV praticada atualmente pela NEGÁS na
capital. Os resultados desta planilha indicam a inviabilidade do projeto ( VPL
negativo e TIR bem inferior à taxa mínima de atratividade). No item a seguir,
serão determinadas a tarifa de equilíbrio de GNV para o projeto e a faixa de
tarifas de GNV possíveis de serem praticadas pela NEGÁS em Açude do
Norte.

4.4 Negociação de tarifas


Como descrito no item 2.2 A Regulação do mercado, os contratos de
concessão estabelecem que as concessionárias não podem discriminar
consumidores, garantindo que usuários em condições similares têm direito ao
serviço pelas mesmas tarifas. O fato de estarem distantes 95 km do city gate
mais próximo já caracterizaria os clientes de Açude do Norte como estando em
condições diferentes daqueles localizados na região próxima a capital e,
portanto, a NEGÁS disporia de argumentos para praticar tarifas diferenciadas.

Entretanto, para viabilizar a captação dos clientes industriais, a tarifa máxima


que poderia ser praticada precisaria ser determinada considerando o preço dos
combustíveis a serem deslocados pelo gás natural. Para tanto, seria
necessário um estudo junto a cada um dos clientes para, em função dos custos

26
dos combustíveis atuais específicos de cada um deles, dos custos de
conversão de equipamentos e das vantagens operacionais, determinar a tarifa
máxima comercialmente viável. Apesar de este tipo de análise ser efetivamente
realizada para a captação de clientes em projetos de expansão de empresas
de distribuição de gás natural, neste trabalho iremos supor que os clientes
industriais não suportariam tarifas superiores àquelas praticadas pela NEGÁS
nos arredores da capital.

Já para os clientes de GNV, existe uma margem de manobra tarifária mais


facilmente identificável para os casos de gasodutos virtuais baseados em GNC.
Com a entrega do GNC nos postos a uma pressão equivalente a de
abastecimento de veículos, a distribuidora de gás natural está agregando um
valor adicional ao produto: a pressão. Nestas condições o posto ( seu
proprietário ou a distribuidora de combustível sob cuja bandeira o posto opera)
não necessita efetuar os investimentos relativos à aquisição de um
compressor.

Um primeiro indicador a ser determinado para balizar o processo de


negociação da tarifa de GNV seria a TEQ - Tarifa de Equilíbrio. Como descrito
no item 3.3.3 Variáveis financeiras, a TEQ para um projeto é aquela que resulta
em um Valor Presente Líquido VPL igual a zero. Como neste caso, estamos
supondo que a única tarifa negociável é a de GNV, a TEQ a ser determinada é,
na verdade, a TEQ de GNV.

O Fluxo de Caixa 2 do Anexo 2 foi utilizado para a determinação da TEQ do


projeto ( através da ferramenta Solver do Excel). Os resultados indicam que o
limite mínimo para qualquer negociação tarifária de GNV é R$ 0,4661 / m 3 , ou
seja, 26,8% acima do preço na capital.

Para identificar a possível margem de negociação na tarifa do GNC a ser


vendido para a distribuidora de combustíveis em Açude do Norte, é necessário
identificar qual parcela de sua margem corresponderia aos investimentos na

27
aquisição do compressor. Para tanto, é possível calcular o fluxo caixa
descontado com investimento inicial equivalente ao custo do compressor (US$
250.000) e receitas brutas anuais, constantes ao longo de 10 anos,
equivalentes ao consumo de um posto de abastecimento ( 6500 m 3/dia) com as
tarifas médias praticadas na capital ( ver Tabela 5). A diferença entre a tarifa de
GNV (preço de venda da NEGÁS ao distribuidor) que anula o VPL do fluxo e o
preço de venda das distribuidoras aos postos indicará a parcela da margem da
distribuidora correspondente aos custos de aquisição do compressor. O fluxo
de caixa descontado referente a este cálculo é apresentado no Fluxo de Caixa
3 do Anexo 2.

Os resultados indicam que, para uma tarifa de GNV ( da NEGÁS para a


distribuidora de combustíveis) de R$ 0,6766/m 3 , sendo mantido o preço de
venda (da distribuidora de combustíveis) para os postos em R$ 0,78/m 3, o
investimento do compressor é recuperado, a uma taxa de desconto de 13% ( a
mesma utilizada como taxa de atratividade para o projeto da NEGÁS), em 5,43
anos. Assim, podemos estimar que R$ 0,1034 ( R$ 0,78 – R$ 0,6766) da
margem da distribuidora de combustíveis destina-se ao ressarcimento do
investimento na compra do compressor para o posto de abastecimento. Ou
seja, a margem da distribuidora de combustíveis pode ser reduzida para R$
0,3090 / m3 sem que sua margem líquida seja alterada, tendo em vista não ser
necessário financiar o compressor para o posto.

Existe ainda um ganho específico para os postos de abastecimento pela não


necessidade de comprimir o gás natural – redução nos custos de energia
elétrica. O compressor utilizado no projeto é da mesma categoria dos
usualmente empregados em postos de abastecimento e seu consumo de
energia elétrica por m3 comprimido é estimado em 0,11 kWh/m 3 (como indicado
na Tabela 4). Com uma tarifa de energia elétrica para a classe de consumo do
posto de cerca de R$ 0,18 / kWh, os custos de compressão consomem R$
0,0198/m3 da margem de comercialização do posto. Como estes gastos não

28
serão mais incorridos, a margem do posto poderia ser reduzida para R$
0,2702/m3 sem que sua margem líquida seja alterada.

A Tabela 6 abaixo mostra uma nova estrutura de preços para o GNV,


mantendo o preço aos consumidor final atualmente praticado na capital e
reduzindo as margens do distribuidor e do postos como indicado acima.
Verifica-se que a tarifa da NEGÁS para GNV pode ser majorada para R$
0,4908/m3, mantendo as remunerações no restante da cadeia até o consumidor
final (um aumento de 33,51% com relação à tarifa praticada na capital).

R$ US$
Preço gasolina ao consumidor final $2.0700 $0.6900
Diferença gasolina - GNV 51.69%
Preço GNV ao consumidor final $1.0700 $0.3567
Margem do posto $0.2702 $0.0901
Preço venda distribuidora $0.7998 $0.2666
Margem distribuidora $0.3090 $0.1030
Preço venda NEGÁS $0.4908 $0.1636

Tabela 6 – Nova estrutura de preços mantendo o preço final ao consumidor

Existe ainda uma outra estrutura de preços que pode ser comercialmente
viável. Ela representa o limite superior de viabilidade comercial para o GNV
que, como já foi citado no item 4.1 Descrição do caso , seria estipular o preço
ao usuário final em 60% do preço da gasolina. A Tabela 7 abaixo mostra como
seria esta estrutura, mantendo as margens da distribuidora de combustíveis e
do posto. Verifica-se que a tarifa de GNV da NEGÁS para Açude do Norte
poderia chegar a R$ 0,6628/m 3 (um aumento de 80,3% com relação à mesma
tarifa na capital).
R$ US$
Preço gasolina ao consumidor final $2.0700 $0.6900
Diferença gasolina - GNV 60.00%
Preço GNV ao consumidor final $1.2420 $0.4140
Margem do posto $0.2702 $0.0901
Preço venda distribuidora $0.9718 $0.3239
Margem distribuidora $0.3090 $0.1030
Preço venda NEGÁS $0.6628 $0.2209

Tabela 7 – Nova estrutura de preços com preço máximo do GNV ao consumidor final

29
4.5 Resultados obtidos e análises de sensibilidade
A tarifa para GNV determinada mantendo o preço final ao consumidor (Tabela
6) viabiliza o projeto, como demonstrado no Fluxo de Caixa 4 do Anexo 2. A
taxa interna de retorno do fluxo (TIR = 14,49% a.a.) supera a taxa mínima de
atratividade da NEGÁS (13% a.a.) resultando em um valor presente líquido
positivo de aproximadamente US$ 134.500 e um período de pay back de pouco
mais de 5 anos.

Já para a tarifa de GNV deduzida a partir da adoção do preço máximo


comercialmente viável para o consumidor final (Tabela 7), os resultados do
projeto são bem mais expressivos, como demonstra o Fluxo de Caixa 5 do
Anexo 2. Neste caso, o retorno do investimento é obtido em 3,67 anos, e o
fluxo de caixa do projeto apresenta taxa interna de retorno de 24,14% a.a. e um
valor presente líquido de US$ 1.070.000.

Estes resultados estão sumarizados no gráfico da Figura 6 abaixo. Nele são


mostrados os efeitos da variação no valor da tarifa para GNV a ser praticada
pela NEGÁS em Açude do Norte nos indicadores TIR e VPL do projeto.

TIR VPL

28% $1,500,000.00

23% $1,000,000.00

18% $500,000.00
VPL (US$)
TIR

13% $0.00

8% ($500,000.00)
TEQ Máx.

$0.3676 $0.4661 $0.4908 $0.6628


3% ($1,000,000.00)
$0.35 $0.40 $0.45 $0.50 $0.55 $0.60 $0.65 $0.70
Tarifa GNV (R$)

Figura 6 – TIR e VPL do projeto X Tarifa NEGÁS de GNV

30
Na verdade existe uma infinidade de possíveis configurações para a estrutura
de preços do GNV em Açude do Norte. Entretanto, o gráfico da Figura 6 serve
como subsídio para a negociação de margens e tarifas, indicando claramente
os resultados para o projeto dos valores a serem eventualmente pactuados.

Assim como ocorre em qualquer projeto, as avaliações de mercado estão


sujeitas a erros. Desta forma, é relevante analisar os impactos de eventuais
reduções nos volumes a serem comercializados nos resultados do projeto. O
gráfico da Figura 7 mostra os impactos sobre o VPL do projeto decorrentes de
reduções percentuais no volume total originalmente estimado. O gráfico
apresenta as curvas os dois cenários de tarifa de GNV deduzidos nas tabelas 6
e 7. Como esperado, o cenário com a tarifa comercialmente viável máxima
mostra-se bem mais robusto a variações no volume. Com um mercado
reduzido a cerca de 66% do estimado, a tarifa máxima ainda reproduz o VPL
gerado pela tarifa mais baixa para o mercado pleno. Este aspecto encontra-se
ressaltado no gráfico pela linha tracejada em laranja. O gráfico também deixa
clara a extrema sensibilidade do retorno do projeto no caso de adoção da tarifa
mais baixa. Uma redução de pouco mais de 5% no volume total comercializado
já anula o VPL do projeto.

GNV = R$ 0.4908 GNV = R$ 0.6628

$1,200,000.00

$1,000,000.00

$800,000.00
VPL (US$)

$600,000.00

$400,000.00

$200,000.00

$0.00

($200,000.00)
100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60%
% Mercado Estimado

Figura 7 – Sensibilidade VPL X Volume estimado

31
Uma observação interessante a partir do gráfico da Figura 7 é a mudança de
comportamento da curva para a tarifa máxima entre os valores de redução do
mercado para 70 e 75%. Nota-se que o VPL do projeto com esta tarifa para um
mercado equivalente a 70% do previsto é ligeiramente superior aquele para
uma redução a 75%. Este comportamento é devido ao fato que o
dimensionamento dos equipamentos do sistema se altera à medida que o
volume total a ser distribuído também o faz. Neste caso específico, para um
volume total equivalente a 70% do originalmente previsto passa a ser
necessário apenas um compressor na estação mãe, reduzindo-se o valor do
investimento total em US$ 250.000 (preço de um compressor).

4.6 Conclusões sobre o caso


Os resultados obtidos indicam que o projeto de distribuição de gás natural para
Açude do Norte através de um gasoduto virtual baseado em GNC é
economicamente viável. O projeto atende aos requisitos mínimos da NEGÁS
de retorno dos investimentos a serem realizados com uma tarifa para o GNV
calculada mantendo o preço final ao consumidor e reduzindo as margens da
distribuidora de combustíveis e dos postos de abastecimento de valores
correspondentes às economias propiciadas aos mesmos pelo fornecimento do
gás natural a pressões elevadas. Nestas condições, entretanto, o projeto
mostra-se extremamente sensível a pequenas variações dos volumes
originalmente estimados.

Os riscos de mercado do projeto podem ser significativamente reduzidos


adotando-se um nível de tarifa para o GNV em Açude do Norte que, mantendo
as margens das distribuidoras de combustíveis e dos proprietários do postos de
abastecimento, propicie uma melhor remuneração à NEGÁS pelo gás fornecido
a alta pressão. Este nível máximo de tarifa é definido pelo preço máximo que
ainda faz do gás natural veicular uma alternativa atrativa para os consumidores
finais.

32
O intervalo entre os dois níveis de tarifa para o GNV determinados representa
uma referência para as negociações da NEGÁS junto às distribuidoras de
combustíveis e aos proprietários dos postos.

5 Conclusões
Gasodutos virtuais baseados em GNC são uma opção cada vez mais
procurada por empresas de distribuição de gás natural para a expansão de
suas áreas de atuação e desenvolvimento de mercados. A possibilidade de
atender, em um curto espaço de tempo, mercados de pequeno e médio porte,
distantes dos principais gasodutos de transporte, e a custos compatíveis com
as remunerações propiciadas, faz com que vários projetos estejam atualmente
sendo analisados por diversas concessionárias.

O estudo de caso apresentado confirma as características dos gasodutos


virtuais descritas acima. Apesar de fictício, os principais parâmetros do caso
foram tomados de uma situação real, ainda em estudo por uma distribuidora de
gás natural canalizado. Além de seus objetivos acadêmicos, este trabalho
deverá também servir como subsídio para tais estudos.

O aumento da participação do gás natural na matriz energética do País é um


objetivo que vem sendo reafirmado constantemente. O atendimento deste
objetivo depende de vários fatores e iniciativas dos diversos atores ao longo de
toda a cadeia produtiva do gás natural. Neste contexto, a expansão do
fornecimento pelas concessionárias de distribuição é de fundamental
importância, seja através da ampliação de suas redes atuais de gasodutos ou
pela utilização de técnicas alternativas. Assim sendo os gasodutos virtuais são
uma rota tecnológica que deverá se desenvolver significativamente a curto e
médio prazo no País.

33
Referências

ROSS, S.A.; WESTERFIELD, R.W.; JORDAN, B.D. Princípios de


administração financeira. São Paulo: Atlas, 2000.

Sítios na Internet:
www.anp.gov.br - Agência Nacional do Petróleo
www.abar.org.br - Associação Brasileira de Agências de Regulação
www.ctgas.com.br - Centro de Tecnologias do Gás
www.gasbrasil.com.br
www.gasenergia.petrobras.com.br
www.gasnet.com.br
www.gasvirtual.com.br
www.potigas.com.br - Companhia Potiguar de Gás

34
Anexo 1- Planilha de Dimensionamento

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Estação Mãe
Volume Total (m3/dia) 0 22500 22500 22500 22500 22500 22500 22500 22500 22500 22500
Tempo de compressão (h/dia) 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13 28.13
Compressores necessários 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
EE de compressão (kWh/dia) 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475
Compressores a serem adquiridos 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Carreta stand-by 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cavalo stand-by 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Estação Filha Distrito Industrial


Volume industrial (m3/h) 0.00 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83 395.83
Tempo de atendimento 1 carreta (h) 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61 10.61
Ciclo carreta (h) 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66 20.66
Carretas necessárias 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Carretas a serem adquiridas 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cavalos necessários 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Cavalos a serem adquiridos 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclos por dia 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26 2.26
RCU 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Módulo estacionário 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Estação Filha Posto GNV 1


Volume GNV (m3/h) 0.00 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83
Tempo de atendimento 1 carreta (h) 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51
Ciclo carreta (h) 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56
Carretas necessárias 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Carretas a serem adquiridas 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cavalos necessários 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Cavalos a serem adquiridos 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclos por dia 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55
HPU 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Módulo estacionário 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Estação Filha Posto GNV 2


Volume GNV (m3/h) 0.00 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83 270.83
Tempo de atendimento 1 carreta (h) 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51 15.51
Ciclo carreta (h) 0.00 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56 25.56
Carretas necessárias 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Carretas a serem adquiridas 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cavalos necessários 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Cavalos a serem adquiridos 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclos por dia 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55 1.55
HPU 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Módulo estacionário 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

35
Anexo 2 - Fluxos de Caixa do Projeto
Fluxo de Caixa 1 - Tarifa GNV em Açude do Norte igual à praticada na capital.
R$ US$
Tarifa GNV $ 0.3676 $0.1225

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimentos $2,228,000.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00

Receitas Brutas $0.00 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33 $1,541,711.33
Industrial $0.00 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33
GNV $0.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00 $1,061,566.00

Impostos sobre vendas $0.00 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97 $62,130.97

Custo do GN $0.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00

Lucro Bruto $0.00 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37 $629,860.37

Custos operacionais $0.00 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98
Fixos $0.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00
Variáveis $0.00 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98

Resultado operacional $0.00 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38 $357,874.38

Depreciação (10%a.a) $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00
Lucro tributável $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38 $135,074.38
Impostos $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29 $45,925.29

Fluxo líquido -$2,228,000.00 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09 $311,949.09

Taxa Atratividade 13.00%


TIR 6.64%
VPL ($535,288.27)
Pay Back (anos) 7.14
Fluxo de Caixa 2 - TEQ - Tarifa de equilíbrio para GNV

R$ US$
Tarifa GNV $ 0.4661 $0.1554

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimentos $2,228,000.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00

Receitas Brutas $0.00 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51 $1,697,454.51
Industrial $0.00 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33
GNV $0.00 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17 $1,217,309.17

Impostos sobre vendas $0.00 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42 $68,407.42

Custo do GN $0.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00

Lucro Bruto $0.00 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09 $779,327.09

Custos operacionais $0.00 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98
Fixos $0.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00
Variáveis $0.00 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98

Resultado operacional $0.00 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11 $507,341.11

Depreciação (10%a.a) $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00
Lucro tributável $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11 $284,541.11
Impostos $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98 $96,743.98

Fluxo líquido -$2,228,000.00 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13 $410,597.13

Taxa Atratividade 13.00%


TIR 13.00%
VPL $0.00
Pay Back (anos) 5.43

37
Fluxo de Caixa 3 – Margem da distribuidora para cobrir o custo de aquisição do compressor

R$ US$
Tarifa GNV $ 0.6766 $0.2255
Preco venda $ 0.7800 $0.2600
Margem $ 0.1034 $0.0345

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimentos $250,000.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00
Volumes (m3/dia) 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00 6,500.00
Receitas Brutas $0.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00 $616,850.00

Impostos sobre vendas $0.00 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06 $24,859.06

Custo do GN $0.00 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08 $535,063.08

Lucro Bruto $0.00 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86

Custos operacionais $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00

Resultado operacional $0.00 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86 $56,927.86

Depreciação (10%a.a) $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00 $25,000.00
Lucro tributável $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86 $31,927.86
Impostos $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47 $10,855.47

Fluxo líquido -$250,000.00 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39 $46,072.39

Taxa Atratividade 13.00%


TIR 13.00%
VPL $0.00
Pay Back (anos) 5.43

38
Fluxo de Caixa 4 – Tarifa para GNV mantendo preço final ao consumidor

R$ US$
Tarifa GNV $ 0.4908 $0.1636

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimentos $2,228,000.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00

Receitas Brutas $0.00 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67 $1,736,572.67
Industrial $0.00 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33
GNV $0.00 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33 $1,256,427.33

Impostos sobre vendas $0.00 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88 $69,983.88

Custo do GN $0.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00

Lucro Bruto $0.00 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79 $816,868.79

Custos operacionais $0.00 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98
Fixos $0.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00
Variáveis $0.00 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98

Resultado operacional $0.00 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81 $544,882.81

Depreciação (10%a.a) $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00
Lucro tributável $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81 $322,082.81
Impostos $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15 $109,508.15

Fluxo líquido -$2,228,000.00 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65 $435,374.65

Taxa Atratividade 13.00%


TIR 14.49%
VPL $134,448.86
Pay Back (anos) 5.12

39
Fluxo de Caixa 5 – Tarifa máxima comercialmente viável para GNV

R$ US$
Tarifa GNV $ 0.6628 $0.2209

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Investimentos $2,228,000.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00 $0.00

Receitas Brutas $0.00 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33 $2,008,619.33
Industrial $0.00 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33 $480,145.33
GNV $0.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00 $1,528,474.00

Impostos sobre vendas $0.00 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36 $80,947.36

Custo do GN $0.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00 $849,720.00

Lucro Bruto $0.00 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97 $1,077,951.97

Custos operacionais $0.00 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98 $271,985.98
Fixos $0.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00 $128,000.00
Variáveis $0.00 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98 $143,985.98

Resultado operacional $0.00 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99 $805,965.99

Depreciação (10%a.a) $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00 $222,800.00
Lucro tributável $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99 $583,165.99
Impostos $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44 $198,276.44

Fluxo líquido -$2,228,000.00 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55 $607,689.55

Taxa Atratividade 13.00%


TIR 24.14%
VPL $1,069,471.48
Pay Back (anos) 3.67

40

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