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A violência acontece em todas as escolas, pelo menos, em uma de suas formas, e quando se reconhece a
existência dela, as soluções podem ser buscadas por todos, em conjunto.
É fato que desentendimentos, discussões e brigas ocorrem, sim. Porém, o que não é saudável é que
comportamentos que constranjam, envergonhem, agridam física e moralmente outras pessoas se tornem algo
comum, rotineiro em ambientes familiares e escolares.
A participação mais efetiva da família no contexto escolar, e uma aproximação maior desta com os filhos, o
incentivo da escola em preparar melhor seu corpo docente e seus funcionários para que se dediquem a promover
atitudes de tolerância e respeito entre os alunos, são medidas que ajudam significativamente no combate à violência
na escola, estimulando um convívio mais saudável entre os grupos sociais.
Se for o caso de instalar dispositivos de segurança, por exemplo, a escola pode providenciá-los. Por outro lado,
também é importante estar ciente de que apenas essa medida não exclui o problema. Ela só funciona se for associada
às ações de conscientização.
Tão importante quanto criar oportunidades de interação entre os alunos é incentivá-los a expressarem seus
sentimentos dentro do ambiente escolar. Para isso, a escola pode disponibilizar espaços e atividades que promovam
debates e formas de expressão cultural.
Nesse sentido, a instituição pode incentivar a criação de grupos de teatro ou dança, clubes de leitura ou
cinema, saraus literários; ajudar os alunos a criarem jornais, blogs e programas de rádio; oferecer aulas de circo e
esportes de grupo; entre outros.
Além de ensinar crianças e adolescentes a se sentir mais à vontade para lidar com seus problemas de maneira
mais sensível, as artes e os esportes apresentam grandes resultados por ocuparem o tempo de livre com atividades
produtivas e capazes de satisfazê-los emocionalmente.
Em regiões de baixo poder aquisitivo, como as favelas, há vários exemplos de como a educação cultural tira e
mantém jovens fora das ruas e, consequentemente, longe da violência.
Enfim, antes de mais nada, é necessário entender e reconhecer o problema, para, só depois, estarmos
preparados para buscar meios de combatê-lo.
Muitas crianças acabam passando muito mais tempo na escola, na presença dos educadores, do que em casa,
na companhia da família. E cabe às escolas, entre outras competências, zelar pela integridade moral e física dos seus
alunos.
Uma maneira de conseguir garantir a educação e a integridade dos estudantes é a aproximação com eles,
conhecer verdadeiramente seus alunos, saber dos seus anseios e aflições, além de proporcionar ambiente acolhedor
e humano para que eles possam se sentir seguros.
Todos esses cuidados favorecem a integração e a coesão de uma comunidade escolar e vai possibilitar que ela
esteja segura para identificar os casos e fazer alguma interferência assertiva quando for necessário.