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Aula - Introdução
Aula - Introdução
Obras de Transporte I
Notas de Aula
1. Introdução
1.1. Revisão de Conceitos
• Carta Topográfica: Representação, em escala, sobre um plano dos acidentes
naturais e artificiais da superfície terrestre de forma mensurável, mostrando
suas posições planimétricas e altimétricas
• Rumo: Menor ângulo formado entre a linha Norte-Sul e o alinhamento
• Azimute: Ângulo formado entre o norte e o alinhamento, seguindo o sentido
horário e sem necessidade de determinação do quadrante em que o mesmo se
encontra. Possui variação de 0° a 360°
• Norte: O Norte verdadeiro é a direção tomada à superfície da Terra que aponta
para o Polo Norte. Norte magnético fica ligeiramente deslocado do norte
geográfico. É para o norte que apontam as agulhas das bússolas
• Curva de Nível: Curva imaginária para determinar altitude em um
levantamento topográfico
• Sondagem: Processo de exploração e reconhecimento do solo
• Topografia: Descrição de um terreno com suas altitudes, acidentes e
interferências. Levantamento planialtimétrico
• Geologia: Ciência que estuda estrutura da terra
• Hidrologia: ciência que estuda a ocorrência, circulação e distribuição das
diferentes formas de água existentes na superfície terrestre
• Montanha: É uma elevação considerável da crosta terrestre.
• Cordilheira ou Cadeia de Montanhas: É uma sucessão de montanhas ligadas
todas entre si. Quando se estuda um traçado ao longo de uma montanha é
necessário sempre saber se ela é isolada ou ligada a outra, formando uma
cordilheira.
• Cumeada ou Linha de Cumeada: É a linha formada pelos pontos mais altos da
montanha ou cordilheira, no sentido longitudinal.
Contraforte: É uma ramificação mais ou menos elevada de uma montanha ou
cordilheira, em direção transversal à mesma. É um acidente importante num
traçado de estrada, pois muitas vezes é por ele que o traçado galga a
montanha.
• Espigão: É um contraforte secundário que se liga ao contraforte principal, do
mesmo modo como este se liga à cordilheira. Este acidente é, muitas vezes, um
obstáculo em um traçado de estradas, obrigando a grandes cortes ou mesmo a
túneis nas estradas que sobem pelo contraforte.
• Esporão: É um pequeno espigão, aproximadamente normal ao contraforte.
• Cume ou Ponto Culminante: É o ponto mais alto de uma montanha ou cadeia
de montanhas. É um acidente que é sempre evitado num traçado.
• Serra: É a denominação genérica de todo terreno acidentado, quer se trate de
montanha ou seus contrafortes acidentados.
• Garganta ou Colo: É uma depressão acentuada da linha de cumeada de uma
montanha ou cordilheira. Numa garganta, conforme indica a Figura 1,
tomando-se seu meio, que é o ponto A, sobe-se de A para B e de A para C, e
desce-se de A para D e de A para E.
Figura 1
Figura 2
Figura 4
2. Conceitos Básicos
2.1. Auxiliares
Softwares;
DNIT;
DER;
Plano Diretor;
IBGE
Estudos de viabilidade;
Estudos topográficos;
Estudos hidrológicos;
Estudos de tráfego;
Estudos Ambientais;
Projeto geométrico;
Projeto de terraplenagem;
Projeto de pavimentação;
Projeto de drenagem;
Projeto de obras de arte correntes e especiais;
Projeto de desapropriação;
Projetos de interseções, retornos e acessos;
Projeto de sinalização;
Projeto de elementos de segurança;
Orçamento da obra c/ plano de execução;
Relatório de impacto ambiental;
2.2. Definição
Projeto geométrico é a fase do projeto de estradas que estuda as diversas
características geométricas do traçado, principalmente em função das leis do
movimento, características de operação dos veículos, reação dos motoristas,
segurança e eficiência das estradas e volume de tráfego.
Figura 5
Assim, na Figura 5 os pontos A e B são os pontos extremos. A reta AB, ligando esses
pontos, é a diretriz geral da estrada. A cidade C e o porto D, que serão servidos pela
estrada a construir, são os pontos obrigatórios de passagem de condição e são
determinados pelo órgão responsável pela construção.
Uma estrada, quando bem projetada, não deverá apresentar inconvenientes como
curvas fechadas e freqüentes, greide muito quebrado e com declividades fortes ou
visibilidade deficiente.
Ao projetar uma estrada deve-se, na medida do possível, evitar essas características
indesejáveis. Como regras básicas, leva-se em consideração o seguinte:
As curvas devem ter o maior raio possível;
A rampa máxima somente deve ser empregada em casos particulares e com a
menor extensão possível;
A visibilidade deve ser assegurada em todo o traçado, principalmente nos
cruzamentos e nas curvas horizontais e verticais;
Devem ser minimizados ou evitados os cortes em rocha;
Devem ser compensados os cortes e os aterros;
As distâncias de transporte devem ser as menores possíveis.
3. Classificação de Rodovias
3.1. Quanto à posição geográfica
As estradas federais no Brasil recebem o prefixo BR, acrescido de três algarismos.
O primeiro algarismo tem o seguinte significado:
0 - rodovias radiais
1-- rodovias longitudinais
2 - rodovias transversais
3 - rodovias diagonais
4 - rodovias de ligação
Os dois outros algarismos indicam a posição da rodovia com relação à capital federal e
aos limites extremos do País, de acordo com o seguinte critério:
-RADIAIS: partem de Brasília, ligando as capitais e principais cidades. Têm a numeração
de 010 a 080, obedecendo o sentido horário. Ex.: BR-040 (Brasília-Rio de Janeiro).
-LONGITUDINAIS: têm direção geral norte-sul. A numeração varia da direita para a
esquerda, entre 100 e 199. Em Brasília o número é 150. Ex.: BR-116 (Fortaleza-
Jaguarão).
-TRANSVERSAIS: têm direção geral leste-oeste, sendo caracterizadas pelo algarismo 2.
A numeração varia de 200 no extremo norte do País a 250 em Brasília, indo até 299 no
extremo sul. Ex.: BR-230 (Transamazônica).
-DIAGONAIS PARES: têm direção geral noroeste-sudeste (NO-S1-3). A numeração varia
de 300 no extremo nordeste do País a 398 no extremo sudoeste (350 em Brasília). O
número é obtido de modo aproximado, por interpolação. Ex.: BR-316 (Belém-Maceió).
-DIAGONAIS ÍMPARES: têm direção geral nordeste-sudoeste (NE-50), e a numeração
varia de 301 no extremo noroeste do País a 399 no extremo sudeste. Em Brasília o
número é 351. Ex.: BR-319 (Manaus-Porto Velho).
-LIGAÇÕES: em geral essas rodovias ligam pontos importantes das outras categorias. A
numeração varia de 400 a 450 se a ligação estiver para o norte de Brasília e, 451 a 499,
se para o sul de Brasília. Embora sejam estradas de ligação, chegam a ter grandes
extensões, como a BR-407, com 1.251 km. Já a BR-488 é a menor de todas as rodovias
federais, com apenas 1 km de extensão. Esta rodovia faz a conexão da 13R-116 com o
Santuário Nacional de Aparecida, no Estado de São Paulo.
Figura 6
b) Estradas Estaduais: são as que ligam, entre si, cidades e a capital de um estado. São
construídas e mantidas pelo governo estadual. Têm usualmente a função de arterial ou
coletora.
-As principais características geralmente consideradas nesse tipo de classificação são aquelas
que se relacionam diretamente com a operação do tráfego (velocidade, rampas, raios, larguras
de pista e acostamento, distância de visibilidade, níveis de serviço, etc.).
-Estas, por sua vez, são restringidas por considerações de custos, condicionados
especialmente pelo relevo.
-O tráfego, cujo atendimento constitui a principal finalidade da rodovia, é um dos
elementos fundamentais a considerar. Recomenda-se adotar, como critério para a
classificação técnica de rodovias, o volume de tráfego que deverá utilizar a rodovia no
10 ano após sua abertura ao tráfego.
-Além do tráfego, a importância e a função da rodovia constituem elementos para seu
enquadramento em determinada classe de projeto. As classes de projeto
recomendadas encontram-se resumidas na tabela a seguir.
• Classe 0 (via expressa): rodovia do mais elevado padrão técnico, com controle total
de acesso. O critério de seleção dessas rodovias será o de decisão administrativa dos
órgãos competentes.
• Classe II: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano)
compreendidos entre os seguintes limites: 1400VMD700≤< veículos, bidirecionais.
• Classe III: rodovia de pista simples, suportando volumes de tráfego (10o ano)
compreendidos entre os seguintes limites: 700VMD300≤≤ veículos, bidirecionais.
• Classe IV: rodovia de pista simples, as quais podem ser subdivididas em estradas
Classe IVA ( veículos, bidirecionais) e estradas Classe IVB (VMD < 50 veículos,
bidirecionais). Os volumes de tráfego também referem-se ao 10o300VMD50≤≤ ano.
Qualquer seção de uma via pode operar em diferentes níveis de serviço, dependendo
do instante considerado. De acordo com o “Highway Capacity Manual”, foram
classificados 6 níveis de serviço, desde o A (condições ideais de escoamento livre) até o
F (congestionamento completo). Os diversos níveis de serviço são assim definidos:
ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/IP-DE-F00-001_A.pdf
http://www.der.sp.gov.br/Website/Acessos/Documentos/Tecnicas.aspx