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Indígenas Kiriri participam de oficina de corte e costura
20/09/2016
Um grupo formado por um homem e 22 mulheres da Terra Indígena Kiriri, na Bahia, participou de
uma oficina de capacitação em corte e costura entre os dias 24 de agosto a 2 de setembro, na
aldeia Mirandela. A fim de apoiar o projeto da comunidade, a Coordenação-Geral de Promoção ao
Etnodesenvolvimento (CGETNO) da Funai, por meio da Coordenação Regional do Baixo São
Francisco, adquiriu quatro máquinas de costura e promoveu o curso.
As mulheres de Mirandela costuravam suas roupas a mão, mas tinham muita vontade de
confeccionar as peças à máquina, com maior qualidade e rapidez, na expectativa de
comercialização e geração de renda no futuro. Para quebrar o tabu, Jailton Kiriri também se
matriculou e fez roupas para a mulher e para a filha.
Para a técnica da CGETNO Maria Nizeth Corrêa de Assis, que acompanhou a oficina, "todos os
participantes estão aptos a confeccionar suas próprias roupas ou realizar reformas em vestimentas
de uso diário". Maria do Rosário Cruz de Araújo e Pedro Tuxá, da Coordenação Regional do Baixo
São Francisco também estavam presentes. Ao final foi realizada ainda a dança tradicional Kiriri
(Toré).
Os Kiriri
O nome Kiriri vem do tupi e significa "povo calado". De maneira geral, eles praticam agricultura de
subsistência. Plantam mandioca, feijão, milho, melancia, macaxeira e algumas verduras, no formato
de horta familiar, e coletam frutos como caju, umbu e pinha. Também criam pequenos animais. As
mulheres, além dos trabalhos na agricultura, produzem artesanato de cerâmica e colares de
sementes da região.
Os Kiriri foram um dos primeiros a obter a permissão de uso do Selo Indígenas do Brasil, ligado à
agricultura familiar, por meio da Associação Comunitária Kiriri Santo André da Marcação, em
dezembro de 2015.
http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/3934-indigenas-kiriri-participam-de-oficina-
de-corte-e-costura