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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
TRF – 4ªREGIÃO
PROFª. ADRIANA MENEZES
CASO 01 CASO 01
André Luís foi segurado contribuinte individual e recolheu contribuição Desamparada, Cláudia requereu perante o INSS, em 28/03/2019, o
previdenciária para o RGPS no período de 01/08/1992 a 01/12/2009. A benefício de pensão por morte pelo falecimento de André Luís, tendo o
partir daí não mais exerceu atividade remunerada e não mais recolheu benefício sido negado pela perda da qualidade de segurado no dia do
contribuição previdenciária. óbito.
Em fevereiro de 2015, André Luís foi acometido de uma doença grave Cláudia, então, ingressou com ação judicial em face do INSS, postulando
que o deixou inválido. Requereu aposentadoria por invalidez perante o a concessão da pensão por morte e o pagamento das parcelas vencidas
INSS, mas teve o benefício negado. desde o óbito de André Luís.
Em 04 de janeiro de 2019, André Luís completou 65 anos de idade e em Com base nas informações apresentadas, responda:
03 de março desse mesmo ano faleceu em razão de falência múltipla a) Foi correto o indeferimento do pedido de André Luís quanto à
dos órgãos, deixando sua esposa Cláudia, de 58 anos, com quem esteve aposentadoria por invalidez? Justifique a sua resposta.
casado há mais de 20 anos. b) O pedido de Cláudia deve ser julgado procedente? Justifique a sua
resposta.
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André Luís não teve direito à aposentadoria por PENSÃO POR MORTE
invalidez porque não ostentava a qualidade de
segurado na data que iniciou a invalidez.
O último recolhimento feito ao RGPS por André Luís
foi na competência de dezembro de 2009.
A invalidez iniciou-se em fevereiro de 2015.
André Luís perdeu a qualidade de segurado em
dezembro de 2011.
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RESOLUÇÃO
Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto em caducidade dos direitos inerentes a essa
dos dependentes do segurado que falecer, qualidade.
aposentado ou não, a contar da data:
§1º A perda da qualidade de segurado não
I - do óbito, quando requerida em até cento e prejudica o direito à aposentadoria para cuja
oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de
concessão tenham sido preenchidos todos os
dezesseis anos, ou em até noventa dias após o
óbito, para os demais dependentes; requisitos, segundo a legislação em vigor à época
em que estes requisitos foram atendidos.
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CASO 2 CASO 2
José das Couves casou-se com Maria Rocha e com ela teve Antes mesmo de se recuperar e ter o auxílio-doença
02 filhos, Lucas e Leandro. cessado, José das Couves veio a falecer em virtude daquela
Há cinco anos o casou divorciou-se e ficou determinado por doença do trabalho.
decisão judicial que José das Couves iria pagar alimentos Estava empregado há 15 anos na mesma empresa quando
para a ex-esposa durante 10 anos. começou a receber o benefício por incapacidade.
Depois de divorciado, José das Couves casou-se com Joana. José das Couves tinha pais vivos que dele dependiam
Casados há 01 ano, não tiveram filhos. economicamente.
José das Couves estava empregado na empresa Flor de Liz Na data do óbito de José das Couves, sua esposa contava
Ltda., auferindo R$ 5.500,00 reais mensais, quando foi com 35 anos, sua ex-esposa, com 45 anos e seus filhos com
acometido de uma doença do trabalho que o levou a 12 e 14 anos.
receber o benefício de auxílio-doença por 3 meses.
CASO 2
Diante da situação retratada, responda e justifique se
alguém terá direito de receber pensão por morte de José das RESOLUÇÃO
Couves.
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“Art. 74. A pensão por morte será devida ao II - do requerimento, quando requerida após o
conjunto dos dependentes do segurado que falecer, prazo previsto no inciso anterior; (Incluído
aposentado ou não, a contar da data: (Redação pela Lei nº 9.528, de 1997)
dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
I - do óbito, quando requerida em até cento e
oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de III - da decisão judicial, no caso de morte
dezesseis anos, ou em até noventa dias após o presumida. (Incluído pela Lei nº 9.528, de
óbito, para os demais dependentes; 1997).”
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DEPENDENTES
• Dependentes aptos a receber pensão por morte:
Art. 17. A perda da qualidade de dependente
- Cônjuge; ocorre:
I - para o cônjuge, pela separação judicial ou
divórcio, enquanto não lhe for assegurada a
- Filhos melhores de 21 anos; prestação de alimentos, pela anulação do
casamento, pelo óbito ou por sentença judicial
- ex-cônjuge???? transitada em julgado;
• Com a morte de José das Couves, segurado do RGPS, Pensão por morte - renda mensal inicial (RMI)
seus dependentes terão direito à pensão por morte.
• Sua esposa e filhos menores de 21 anos terão direito à O valor inicial da pensão por morte será:
pensão por morte de José das Couves por serem I − igual ao valor da aposentadoria percebida, se
dependentes de 1ª classe do RGPS. o segurado falecido era aposentado;
• A ex-esposa, Maria Rocha, receberá pensão por morte
pelo fato de José das Couves lhe pagar pensão alimentícia II − 100% do valor da aposentadoria por invalidez
após o divórcio. que o segurado falecido teria direito na data do
• Os pais de José das Couves não terão direito de receber óbito, se ele não era aposentado.
pensão por morte do filho porque pertencem à 2ª classe de
dependentes e já existem dependentes de 1ª classe.
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CASO 3
- Lei nº 8.213/91 - Art. 76... José e Luzia, ambos segurados do RGPS, são casados e não
têm filhos.
§ 3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data
Recentemente, obtiveram a guarda judicial do menor
de seu falecimento, obrigado por determinação judicial
Eduardo, sobrinho de Luzia.
a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-
O casal cuida da criança e tem por ela um amor imensurável.
companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte Todo o sustento de Eduardo é suportado pelo casal.
será devida pelo prazo remanescente na data do óbito,
Mas, estão preocupados com o futuro de Eduardo,
caso não incida outra hipótese de cancelamento especialmente se eles vierem a falecer.
anterior do benefício.
CASO 3 RESOLUÇÃO
Com o conhecimento que você possui sobre a legislação
previdenciária, Eduardo terá direito à pensão por morte “Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto
caso José e/ou Luzia venham a falecer? dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data:
Qual é a posição adotada pelo Superior Tribunal de Justiça (...)
no caso de pensão por morte para menor sob guarda?
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CASO 4
Considerando que Leonardo era segurado da previdência social,
tendo falecido em 04/01/2019, Clarissa requereu o benefício RESOLUÇÃO
de pensão por morte na agência do INSS.
O benefício foi indeferido sob o motivo de perda da qualidade
de dependente, vez que a requerente não teve direito à pensão
alimentícia com o divórcio.
Diante do caso apresentado, disserte sobre a decisão proferida
pelo INSS, se correta ou não, à luz da legislação previdenciária e
da jurisprudência. Justifique a sua resposta.
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DEPENDENTES
Súmula nº 336, STJ: A mulher que renunciou aos
Art. 17. A perda da qualidade de dependente alimentos na separação judicial tem direito à
ocorre: pensão previdenciária por morte do ex-marido,
I - para o cônjuge, pela separação judicial ou comprovada a necessidade econômica
divórcio, enquanto não lhe for assegurada a superveniente.
prestação de alimentos, pela anulação do
casamento, pelo óbito ou por sentença judicial
transitada em julgado;
CASO 05 CASO 05
Pedro foi empregado da empresa TX LTDA há mais de 35 Inconformado com a decisão administrativa, Pedro ingressou
anos e teve sua aposentadoria por tempo de contribuição com ação perante a Vara do Juizado Especial Federal de sua
concedida em 03/05/2017. cidade, pleiteando a concessão do referido acréscimo desde a
Recebia regularmente o benefício quando, em data da entrada do requerimento administrativo.
novembro/2017 foi acometido de uma doença grave que fez
paralisar os membros inferiores. Passou a necessitar de Após a citação, o réu, por meio da Procuradoria Geral Federal,
assistência diária de cuidadores e, por isso, requereu a apresentou contestação e requereu a improcedência do
concessão de acréscimo de 25% sobre o valor da sua pedido do autor.
aposentadoria. O INSS negou seu pedido por falta de
previsão legal.
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CASO 05
RESOLUÇÃO
Você, como analista judiciário, analise a situação e responda,
justificando sua resposta:
Deve o pedido de João ser julgado procedente?
Qual é a posição do STJ sobre o tema e o do STF?
1. Abrangência da norma do artigo 45 da Lei nº 8.213/1991 - Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado
acréscimo que só se aplica à aposentadoria por invalidez: que necessitar da assistência permanente de outra pessoa
será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
O adicional de 25% na aposentadoria por invalidez está
previsto no artigo 45 da Lei nº 8213/91. Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
A leitura do dispositivo permite concluir que para o segurado a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o
ter direito ao adicional de 25% somente pode estar limite máximo legal;
aposentado por invalidez, inexistindo previsão legal para a b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem
concessão em outra modalidade de benefício. for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo
incorporável ao valor da pensão.
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Ao julgar recurso repetitivo (Tema 982) sobre o - STF suspende todos processos sobre extensão do
assunto, a seção fixou a seguinte tese: auxílio-acompanhante garantida pelo STJ.
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CASO 6 CASO 6
A última contribuição de Josué teve como base de Terão os dependentes de Josué direito ao benefício de auxílio-
reclusão, visto que ficaram sem condições de manter o seu
cálculo valor igual ao limite máximo do salário de sustento?
contribuição.
Analise o caso e responda à luz da legislação previdenciária
Mas, no momento que foi recolhido à prisão não vigente no momento do recolhimento à prisão.
contribuía para a previdência social. A média dos
salários de contribuição apurados no período de doze
meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão de
Josué é igual a R$ 1.000,00.
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CASO 7
• A esposa terá direito ao benefício de auxílio-reclusão Geraldo trabalhou por 25 anos exposto ao agente nocivo ruído
até cessar sua invalidez, caso não ocorra antes outra acima de 85 db, de forma permanente, não ocasional e nem
causa de cessação do benefício. intermitente.
Requereu aposentadoria especial perante o INSS, mas teve seu
• O filho receberá o benefício de auxílio-reclusão até pedido negado. O perfil profissiográfico previdenciário – PPP e
completar 21 anos, caso não ocorra antes outra causa o laudo técnico das condições ambientais do trabalho – LTCAT
informaram que houve a utilização de EPI eficaz, capaz de
de cessação do benefício. reduzir a exposição ao ruído a 83 db.
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CASO 8
O INSS agiu de forma equivocada. Maurício, 66 anos de idade, aposentado por idade com o valor
de um salário mínimo, é casado com Judite, 65 anos.
O segurado tem direito à aposentadoria O casal vive numa casa muito modesta com o filho Caio, de 20
especial. anos e que possui deficiência mental, desde o nascimento,
considerada de longo prazo.
A renda familiar é composta apenas pelo aposentadoria de
Maurício.
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CASO 8 CASO 8
Diante da situação hipotética apresentada e, considerando o c) Caso o INSS negue o benefício para Judite e Caio e eles
disposto na Lei nº 8.742/93 e na jurisprudência do STF e STJ, resolvam ajuizar ação para obterem o BPC-LOAS, quem deve
responda de modo fundamentado aos questionamentos que se figurar no polo passivo da ação, visto não se tratar de um
seguem: benefício previdenciário?
a) Considerando o disposto na LOAS, é possível que o INSS d) Caso Caio consiga receber o BPC poderá exercer atividade
conceda o BPC para Judite e Caio? remunerada sem prejuízo do recebimento do benefício?
b) Qual é o posicionamento do STJ em relação à apuração da e) Caso Judite consiga receber o BPC e faleça, poderá seu
renda familiar para a concessão do BPC/LOAS? esposo receber pensão por morte?
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de § 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é
um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os
idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto,
comprovem não possuir meios de prover a própria os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os
manutenção nem de tê-la provida por sua família. menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
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No dia 10 de agosto de 2011, no julgamento da petição Em 25/02/2015: REsp 1.355.052, decidiu em repetitivo a 1ª
7.203, a 3ª Seção do STJ firmou entendimento no sentido de Seção do STJ que aplica-se o parágrafo único do art. 34 do
admitir que também o benefício previdenciário no valor de Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), por analogia, a pedido
um salário mínimo recebido por maior de 65 anos deve ser de benefício assistencial feito por pessoa com deficiência a
afastado para fins de apuração da renda mensal per capita fim de que benefício previdenciário recebido por idoso, no
objetivando a concessão de benefício de prestação valor de um salário mínimo, não seja computado no cálculo
continuada. da renda per capita prevista no art. 20, § 3º, da Lei
8.742/1993.
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Lei nº 8.742/1993
Lei nº 8.742/1993
§ 1º Extinta a relação trabalhista ou a atividade
Art. 21-A. O benefício de prestação empreendedora de que trata o caput deste artigo e, quando
for o caso, encerrado o prazo de pagamento do seguro-
continuada será suspenso pelo órgão desemprego e não tendo o beneficiário adquirido direito a
concedente quando a pessoa com deficiência qualquer benefício previdenciário, poderá ser requerida a
exercer atividade remunerada, inclusive na continuidade do pagamento do benefício suspenso, sem
necessidade de realização de perícia médica ou reavaliação
condição de microempreendedor individual. da deficiência e do grau de incapacidade para esse fim,
respeitado o período de revisão previsto no caput do art. 21.
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CASO 9
a) Ricardo terá direito a algum benefício previdenciário? Se
positivo, qual? RESOLUÇÃO
b) Se houver benefício devido, qual será a renda mensal inicial
e a partir de quando passará a ser devido?
c) Se no período que Ricardo estiver afastado do trabalho,
ocorrer algum evento que leve à morte, seus dependentes
terão direito à pensão por morte?
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SALÁRIO DE BENEFÍCIO
* O valor do auxílio-doença não poderá exceder a
Para o auxílio-doença: média aritmética simples dos últimos doze salários de
➢ consiste na média aritmética simples dos contribuição, inclusive no caso de remuneração
maiores salários de contribuição variável, ou, se não alcançado o número de doze, a
correspondentes a 80% de todo o período média aritmética simples dos salários de contribuição
contributivo. existentes.
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CASO 10 CASO 10
Edith recebe pensão por morte de seu marido falecido no valor a) É possível reservar de cota de pensão por morte do filho enquanto
corre ação de investigação de paternidade contra o segurado?
de R$ 2.000,00.
Foi surpreendida com uma ação judicial de investigação de
paternidade de um suposto filho de seu marido. b) Como fica a situação desse filho até a sentença final para
reconhece-lo como filho do segurado?
Está preocupada em ter que dividir o benefício com o filho.
Diante da situação apresentada, responda, justificando suas c) Caso o filho seja reconhecido, terá ele direito ao benefício de
respostas. pensão por morte?
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Art. 74
§ 3º Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da § 4º Julgada improcedente a ação prevista no
condição de dependente, este poderá requerer a sua
habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, § 3º, o valor retido, corrigido pelos índices
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros legais de reajustamento, será pago de forma
dependentes, vedado o pagamento da respectiva cota até o proporcional aos demais dependentes, de
trânsito em julgado da decisão judicial que reconhecer a
qualidade de dependente do autor da ação. acordo com as suas cotas e o tempo de
duração de seus benefícios.
CASO 11
1ª Classe: cônjuge, companheiro (a) e filho, não emancipado, de
qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que possui Jorge era empregado de um banco comercial há 30 anos e foi
deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. demitido.
Sem boas condições financeiras, passou a contribuir pelo
DEPENDENTES 2ª Classe: os pais. regime de inclusão previdenciária com 11% sobre o valor de 01
salário mínimo. Vem contribuindo dessa forma há 05 anos.
3ª Classe: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, Agora, quer se aposentar por tempo de contribuição.
menor de 21 anos ou inválido ou que possui deficiência
intelectual ou mental ou com deficiência grave.
Diante do caso apresentado, analise se Jorge poderá ser
aposentado por tempo de contribuição.
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STF: A jurisprudência do STF é no sentido de uma vez que “as funções de direção,
que “a função de magistério NÃO se coordenação e assessoramento pedagógico
circunscreve apenas ao trabalho em sala de integram a carreira do magistério, desde que
aula, abrangendo também a preparação de exercidos, em estabelecimentos de ensino
aulas, a correção de provas, o atendimento básico, por professores de carreira,
aos pais e alunos, a coordenação e o excluídos os especialistas em educação,
assessoramento pedagógico e, ainda, a
direção de unidade escolar”,
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Diante da negativa da autarquia previdenciária, Lúcia ajuizou Considerando o caso acima relatado, as disposições das Leis nº
ação em face do INSS no Juizado Especial Federal de sua cidade, 8.212 e 8.213, ambas de 1991 e a
postulando a concessão judicial de obrigação de fazer, para jurisprudência do STF/STJ, responda de modo fundamentado, se
considerar os o pedido de Lúcia poderá ser julgado procedente.
valores de R$ 800,00 de auxílio-alimentação, de R$ 400,00 de
auxílio-transporte e de R$ 1000,00 de comissão sobre vendas,
como salário de contribuição.
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Lei 8.212/91: Lei 8.212/91:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição: Art. 28...
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida § 9º Não integram o salário-de-contribuição para os
em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos fins desta Lei, exclusivamente:
rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os
o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua programas de alimentação aprovados
forma, inclusive gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social,
utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição abril de 1976;
do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na
sentença normativa forma da legislação própria;
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RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
STJ - AgInt no REsp 1719071 – 18/9/2018 Súmula 67 TNU
Pacífico o entendimento jurisprudencial deste Tribunal
Superior pela incidência da O auxílio-alimentação recebido em pecúnia
contribuição previdenciária sobre o décimo terceiro por segurado filiado ao Regime Geral da
proporcional ao aviso prévio
indenizado em razão da natureza remuneratória, como Previdência Social integra o salário de
também sobre o auxílio-alimentação pago em pecúnia e com contribuição e sujeita-se à incidência de
habitualidade. contribuição previdenciária.
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
RE 478410/SP, Relator(a): Min. EROS GRAU 1. Pago o benefício de que se cuida neste recurso
extraordinário em vale-transporte ou em moeda, isso não afeta o
Julgamento: 10/03/2010 Órgão Julgador: Tribunal Pleno.
caráter não salarial do benefício.
RECURSO EXTRORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO 2. A admitirmos não possa esse benefício ser pago em dinheiro
PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA. VALE TRANSPORTE. MOEDA. sem que seu caráter seja afetado, estaríamos a relativizar o curso
legal da moeda nacional (...)
CURSO LEGAL E CURSO FORÇADO. CARÁTER NÃO SALARIAL
DO BENEFÍCIO. ARTIGO 150, I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 6. A cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor pago,
CONSTITUIÇÃO COMO TOTALIDADE NORMATIVA. em dinheiro, a título de vales-transporte, pelo recorrente aos seus
empregados afronta a Constituição, sim, em sua totalidade
normativa. Recurso Extraordinário a que se dá provimento.
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RESOLUÇÃO CASO 15
O pedido deverá ser julgado parcialmente procedente: Augusto e César mantêm união estável há 07 anos. Ambos são
segurados de baixa renda do RGPS. Augusto é empregado de
Procedente em relação às verbas de auxílio-alimentação e uma loja de calçados há 06 meses (sua primeira inscrição) e
comissão sobre vendas; César contribui como segurado facultativo há 6 anos.
Improcedente em relação à verba de vale-transporte. Adotaram uma criança de 08 anos, constando como pais na
certidão de nascimento de Clarissa.
César tem 40 anos e Augusto 25 anos de idade.
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SALÁRIO-FAMÍLIA REQUISITOS
Baixa renda = ter salário de contribuição menor ou igual a R$
Segundo a Lei nº 8.213/91, o salário-família é devido somente 1.364,43 (Portaria ME nº 09/2019).
ao empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso
de baixa renda com filhos menores de 14 anos ou inválidos. O segurado deverá apresentar:
− a certidão de nascimento do filho ou documentação
relativa ao equiparado;
− atestado de vacinação obrigatória até os seis anos de
idade; e
− comprovação de frequência escolar a partir dos sete anos
de idade.
O salário-família não exige carência mínima de contribuições. O empregado receberá o benefício da empresa que será
Será pago: a partir da data da apresentação da documentação reembolsada quando for efetuar o recolhimento das
exigida (certidão de nascimento do filho, comprovante da contribuições previdenciárias.
frequência escolar, atestado de vacinação).
Será pago no seu valor integral, exceto nos meses de admissão A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante
e demissão do empregado e empregado doméstico. 10 (dez) anos os comprovantes de pagamento e as cópias
das certidões correspondentes, para fiscalização da
Previdência Social.
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CASO 16 CASO 16
Renato da Silva, exerce atividade agropecuária, na condição de Com os dados apresentados, responda:
produtor rural, numa área de 03 módulos fiscais na região do a) Renato, de fato, tem direito à aposentadoria por idade?
Mato Grosso do Sul, há cerca de 30 anos. b) Caso ele ajuíze ação judicial sem prévio requerimento
Exerce a atividade rural em regime de economia familiar com administrativo, como deverá ser o julgamento do seu
sua esposa e não tem empregados permanentes. pedido? Qual a posição adotada pelo STF, nesse caso?
Em 03 de junho de 2019, completou 60 anos de idade e c) Supondo que Renato tivesse 30 anos de efetivo exercício
resolveu se aposentar por idade. Com receio de ver negado o rural, mas já não mais explorasse a atividade rurícola há 10
seu pedido perante o INSS, está pensando em ajuizar ação anos, vindo completar 60 anos de idade quando já estava
judicial, sem passar pelo requerimento administrativo. “na cidade”, sem estar na qualidade de segurado na DER
terá ele direito de se aposentar por idade?
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LEI 8.213/91
De acordo com o §5º, do artigo 9º, do RPS,
entende-se como regime de economia Art. 11, §7º: O grupo familiar poderá utilizar-se de
empregados contratados por prazo determinado
familiar a atividade em que o trabalho dos
ou de trabalhador de que trata a alínea g do
membros da família é indispensável à própria inciso V do caput, à razão de no máximo 120
subsistência e ao desenvolvimento (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em
socioeconômico do núcleo familiar e é períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por
exercido em condições de mútua tempo equivalente em horas de trabalho, não
dependência e colaboração, sem a utilização sendo computado nesse prazo o período de
de empregados permanentes. afastamento em decorrência da percepção de
auxílio-doença.
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No caso do segurado especial, a regra do artigo 3º, §1º, da Eis a tese repetitiva firmada pelo STJ - 1ª Seção:
Lei 10.666/2003 é incompatível com o seu regime jurídico,
sendo necessária a manutenção da qualidade de segurado “tese delimitada em sede de representativo da
especial quando completada a idade mínima (60 e 55 anos controvérsia, sob a exegese do artigo 55, § 3º
de idade, homem e mulher, respectivamente) e a carência de combinado com o artigo 143 da Lei 8.213/1991, no
180 meses de exercício de atividade rural para a concessão sentido de que o segurado especial tem que estar
da aposentadoria por idade. laborando no campo, quando completar a idade
mínima para se aposentar por idade rural, momento
em que poderá requerer seu benefício.
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Se, ao alcançar a faixa etária exigida no artigo 48, § 1º, da Lei Súmula 54, TNU –
8.213/1991, o segurado especial deixar de exercer atividade
rural, sem ter atendido a regra transitória da carência, não Para a concessão de aposentadoria por
fará jus à aposentadoria por idade rural pelo idade de trabalhador rural, o tempo de
descumprimento de um dos dois únicos critérios legalmente
previstos para a aquisição do direito. Ressalvada a hipótese
exercício de atividade equivalente à carência
do direito adquirido em que o segurado especial preencheu deve ser aferido no período imediatamente
ambos os requisitos de forma concomitante, mas não anterior ao requerimento administrativo ou à
requereu o benefício”. data do implemento da idade mínima.
CASO 17
CASO 17
Flávia mantinha união estável com Natália há mais de 10 anos.
Numa discussão que tiveram, Flávia atirou em Natália, que veio Natália deixou 02 filhos do primeiro relacionamento que manteve com
a óbito. José. Maurício, de 14 anos, possui deficiência mental e Andreia, de 22
anos que estava curso de graduação em Medicina na data do óbito da
Flávia foi processada pela morte da companheira e condenada servidora.
pelo crime de homicídio doloso. A sentença judicial transitou em Diante da situação apresentada, responda às perguntas, fundamentando
julgado. as respostas.
Natália era servidora púbica há 12 anos e se orgulhava de estar
exercendo cargo público da União. Não aderiu ao regime de
previdência complementar dos servidores públicos federais.
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CASO 17 RESOLUÇÃO
1- Quem terá direito à pensão por morte de Natália? E qual a Lei nº 8.112/90:
duração do benefício?
Art. 217. São beneficiários das pensões:
I - o cônjuge;
2 – Como será calculado o valor da pensão, sabendo que II - o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de
Roberta não era aposentada? fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida
judicialmente;
3 – Terá incidência de contribuição previdenciária sobre os III - o companheiro ou companheira que comprove união
proventos de pensão por morte dos dependentes de Natália? estável como entidade familiar;
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
IV - o filho de qualquer condição que atenda a um dos V - a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
seguintes requisitos: do servidor; e
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; VI - o irmão de qualquer condição que comprove
b) seja inválido; dependência econômica do servidor e atenda a um dos
c) tenha deficiência grave; ou requisitos previstos no inciso IV.
d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos termos do
regulamento;
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RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
§1o A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam Art. 220. Perde o direito à pensão por morte:
os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários referidos nos
incisos V e VI.
I - após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado
§ 2o A concessão de pensão aos beneficiários de que trata o
pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado
inciso V do caput exclui o beneficiário referido no inciso VI.
a morte do servidor;
§ 3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho
mediante declaração do servidor e desde que comprovada
dependência econômica, na forma estabelecida em
regulamento.
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a Terá direito à pensão da servidora pública Natália apenas o
qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união filho menor de 21 anos.
estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir
benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual Como possui deficiência mental, receberá a pensão por morte
será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. até ser afastada sua deficiência, ainda que ultrapasse os 21
anos de idade.
A filha de 22 anos não terá direito à pensão por morte da
servidora porque a maioridade previdenciária do filho ocorre
quando ele completa 21 anos, não se prorrogando pela
pendência de curso universitário.
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CASO 17 RESOLUÇÃO
Lei nº 10.887/2004:
2 – Como será calculado o valor da pensão, sabendo que Natália
não era aposentada? Art. 2o Aos dependentes dos servidores titulares de cargo
efetivo e dos aposentados de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas
suas autarquias e fundações, falecidos a partir da data de
publicação desta Lei, será concedido o benefício de pensão por
morte, que será igual:
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
I - à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na
II - à totalidade da remuneração do servidor no cargo
data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido para efetivo na data anterior à do óbito, até o limite máximo
os benefícios do regime geral de previdência social, acrescida estabelecido para os benefícios do regime geral de
de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite; previdência social, acrescida de 70% (setenta por cento)
ou da parcela excedente a este limite, se o falecimento
ocorrer quando o servidor ainda estiver em atividade.
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RESOLUÇÃO
RESOLUÇÃO
Lei nº 10.887/2004:
Art. 5º - Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos
3 – Terá incidência de contribuição previdenciária sobre os Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações,
proventos de pensão por morte? contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o
valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões
concedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art.
40 da Constituição Federal e nos arts. 2o e 6o da Emenda
Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, que supere
o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime
geral de previdência social.
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Terá direito à pensão da servidora pública Natália apenas o O valor da pensão será equivalente à totalidade da
filho Maurício. remuneração da servidora no cargo efetivo na data anterior à
Receberia a pensão por morte até completar 21 anos de idade, do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios
mas na condição de pessoa com deficiência mental, terá direito do regime geral de previdência social, acrescida de 70%
ao benefício até que seja afastada a deficiência. (setenta por cento) da parcela excedente a este limite.
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RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
Caso o dependente seja portador de doença
Incidirá contribuição previdenciária sobre o valor da incapacitante a contribuição previdenciária
pensão que superar o limite máximo estabelecido incidirá apenas sobre o valor da pensão que
para os benefícios do regime geral de previdência superar o dobro do limite máximo estabelecido
social. para os benefícios do regime geral de
previdência social.
Valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS no ano
de 2019: R$ 5.839,45
CASO 18 CASO 18
Josivaldo é Auditor Fiscal do Estado de Santa Catarina desde o Diante da situação apresentada, responda as seguintes
ano de 2001, sofrendo desde então o desconto de contribuição perguntas:
previdenciária sobre o valor total do seu salário para o regime a) existe tratamento constitucional para tal situação?
próprio de previdência dos servidores de SC.
b) existe posicionamento de Tribunal Superior?
Em 10 de fevereiro de 2019 pediu vacância do cargo de auditor
e, no mesmo dia, tomou posse no cargo de Auditor da Receita
Federal
A União e a FUNPRESP-EXE inseriram Josivaldo no novo regime
previdenciário, com limitação ao teto do RGPS nos descontos do
RPPS federal, com base em parecer da consultoria jurídica da
AGU.
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RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, § 15. O regime de previdência complementar de que trata o §
desde que instituam regime de previdência complementar para 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder
os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos,
poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a no que couber, por intermédio de entidades fechadas de
serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite previdência complementar, de natureza pública, que
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios
previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela somente na modalidade de contribuição definida. (Redação
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o No final do ano de 2017, em sessão administrativa, o STF se
disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que posicionou: SERVIDORES DO STF ORIUNDOS DE ESTADOS E
tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do MUNICÍPIOS TÊM DIREITO AO REGIME PRÓPRIO DE
ato de instituição do correspondente regime de previdência PREVIDÊNCIA.
complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de O STF decidiu que os servidores oriundos de estados, do
15/12/98) Distrito Federal e dos municípios que ingressaram no STF
depois da criação do regime complementar de previdência dos
servidores públicos e da instituição do Fundo de Previdência
dos Servidores do Judiciário da União (Funpresp-Jud) têm
direito ao regime previdenciário próprio anterior, sem limitação
ao teto do Regime Geral de Previdência Social.
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RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO
A exigência é que tenham sido ocupantes titulares de cargos efetivos “Em - nenhum de seus vinte e um parágrafos, se indica, de
nos entes federativos e que não tenha havido descontinuidade no forma veemente, que esses servidores deverão ser tratados
serviço público – ou seja, desde que o servidor tenha saído do poder diferenciadamente a depender do ente federativo a que se
público local e entrado imediatamente no STF. encontrem vinculados”, afirmou. “Pelo contrário: após indicar,
O relator do processo administrativo, ministro Dias Toffoli, explicou na cabeça do artigo 40, que estava a se referir aos servidores da
que o artigo 40 da Constituição da República, ao instituir, para os União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, o
servidores titulares de cargos efetivos, um regime de previdência de texto constitucional somente volta a se referir aos indivíduos
caráter contributivo e solidário mediante contribuição do ente atingidos pela norma como ‘servidores públicos’, o que permite
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, o faz, de compreender que em momento algum o legislador pretendeu
maneira indistinta, para os integrantes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios.
fazer distinção entre entes da Federação para esse fim.
RESOLUÇÃO
“Não se afigura nada razoável que, após diversos recolhimentos
em porcentagem sobre seu vencimento para o regime próprio
do ente de origem, o servidor dos estados, do Distrito Federal
ou dos municípios que venha a tomar posse em cargo público
no Supremo Tribunal Federal, em que pese o regramento
previsto na Constituição, veja seus proventos de aposentadoria
limitados ao teto do regime geral”, explicou. A decisão foi por
maioria.
Processo REsp 1671390 / PE RECURSO ESPECIAL 2017/0110037-8 Relator(a)
Ministro HERMAN BENJAMIN (1132) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento 08/08/2017 Data da Publicação/Fonte 12/09/2017
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