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PORTUGUÊS – (CEF) 16-2-2012

APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjeti-


va, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a
fim de responder às interpretações que a banca considerou como perti-
nentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele tex-


1 Compreensão e interpretação de textos. to com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
2 Tipologia textual. época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
3 Ortografia oficial. tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida.
4 Acentuação gráfica. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência biblio-
gráfica da fonte e na identificação do autor.
5 Emprego das classes de palavras.
6 Emprego do sinal indicativo de crase. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções
7 Sintaxe da oração e do período. de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não,
8 Pontuação. exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha
9 Concordância nominal e verbal. adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do
10 Regência nominal e verbal. "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento
proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à
11 Significação das palavras.
pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora
12 Redação Oficial. por haver uma outra alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmen-


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO to do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar
ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A des-
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- contextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta manei-
necessitar de um bom léxico internalizado. ra a resposta será mais consciente e segura.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto


Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
confronto entre todas as partes que compõem o texto.

Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do até o fim, ininterruptamente;
autor diante de uma temática qualquer. 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
umas três vezes ou mais;
Denotação e Conotação 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (ex- 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
pressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor com-
significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. preensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicioná- correspondente;
rios, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compre- 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, corre-
ensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determi- ta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras
nada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que
se perguntou e o que se pediu;
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações exata ou a mais completa;
diferenciadas em seus leitores. 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
lógica objetiva;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim resposta;
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
esclareçam o sentido. definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Como Ler e Entender Bem um Texto 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importan-
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa tíssimos na interpretação do texto.
e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de manei- Ex.: Ele morreu de fome.
ra cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realiza-
extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o pró- ção do fato (= morte de "ele").
ximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe Ex.: Ele morreu faminto.
destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontra-
palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de pro- va quando morreu.;
cedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as
ideias estão coordenadas entre si;
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20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no
Cunegundes seu espírito.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS  Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis-


TEXTO NARRATIVO semos, é a personagem que está a contar a história. A posição
 As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, em que se coloca o narrador para contar a história constitui o fo-
forças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desen- co, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser ca-
rolar dos fatos. racterizado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos
heroína, personagem principal da história. acontecimentos e a narração é feita em 3 a pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da nar-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do pro- rativa que é feito em 1a pessoa.
tagonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
contracena em primeiro plano. aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
As personagens secundárias, que são chamadas também de com- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
parsas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na  Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de
narração. apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do
qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- três maneiras de comunicar as falas das personagens.
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e  Discurso Direto: É a representação da fala das personagens
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma di- através do diálogo.
mensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas Exemplo:
reações perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
 Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo
podemos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou des-
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, cendi: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e
o desenlace ou desfecho. etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas
ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre,  Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), Exemplo:
ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
interesses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- menos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfe-
cho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.  Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem
 Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narra-
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o ção. Exemplo:
gênero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento coti- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
diano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensas-
central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundá- sem que estivesse doido. Como poderia andar um homem
rios, relacionados ao principal. àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco
 Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa con- (José Lins do Rego)
ter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas
vezes, principalmente nos textos literários, essas informações TEXTO DESCRITIVO
são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais ca-
textos narrativo. racterísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
 Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importan-
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade tes, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude
salienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas rela- que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos
ções podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos para que o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma
fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de imagem unificada.
um fato que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, va-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tem- riando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
po material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões

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Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra O TEXTO ARGUMENTATIVO
técnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: Baseado em Adilson Citelli
 Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa men- A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-
te através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os
subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar
preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto
não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mun- de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras
do objetivo, fenomênico, ela é exata e dimensional. do tipo de texto solicitado.
 Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessá-
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e tempera- rio que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A constru-
mento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultu- ção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo
ral, social e econômico . com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compre-
 Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o ensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A forma-
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, ção discursiva é responsável pelo emassamento do conteúdo que se
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de
partes mais típicas desse todo. vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as
 Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações
e típicos. renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
 Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um voca- de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas.
bulário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormeno- Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerên-
res. É predominantemente denotativa tendo como objetivo escla- cia é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará
recer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou uma sequência das ideias e da progressão de argumentos a serem expla-
mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. nadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitá-
vel, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em
TEXTO DISSERTATIVO seus objetivos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela
consta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou unidade da formação textual.
questão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai
escrever com clareza, coerência e objetividade. Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persua- recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
dir o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é
a linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfati- ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e
zando o contexto. outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argu-
mentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto,
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em : estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da
 Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- comunicação ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e Persuasão).
objetiva da definição do ponto de vista do autor.
Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias co-
sua unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim
locadas na introdução serão definidas com os dados mais rele-
o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo.
vantes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de
As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte
alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e
dão tornem esta produção altamente evocativa.
desencadeia a conclusão.
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da
A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a
ideia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retoman-
um texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia,
do a introdução e os fatos resumidos do desenvolvimento do tex-
a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se
to. Para haver maior entendimento dos procedimentos que po-
algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfra-
dem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre
se não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de
fatos, hipótese e opinião.
argumentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida;
diferentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
é a obra ou ação que realmente se praticou.
junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo,
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histó-
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou
rico uma relação interdiscursiva e intertextual.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem
As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem,
a respeito de algo.
entram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias
capazes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é

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muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a
salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na
valores da oposição, tudo isto em forma de piada. apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao
futuro).
Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os
mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de
conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".
concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerí- Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção e
vel, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação... na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predomi-
nam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descrições
Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo e nos diálogos.
SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência
Tipologia textual chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu preten-
dente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a
história familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles no passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro,
verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia olhou sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na
intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os sala".
interlocutores.
A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilidade:
Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um artigo
texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo defini-
falamos sozinhos. do, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou
apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém
É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos
quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos anos 40."
saber que existem tipos textuais e gêneros textuais.
O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz
ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos
ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa
retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. que não intervém nem como ator nem como testemunha.
É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pontos
nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que as
Dissertação. personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fazem,
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes
um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.
assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em A Novela
prosa.
É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As
se conceituam como gêneros textuais as diversas situações personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-
sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por
exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.
monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-
se-iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), A Obra Teatral
texto do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.
Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas,
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvol-
extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir vendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das persona-
esta gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos gens, quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os partici-
aperfeiçoando mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia pantes nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção
Duarte construído pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que
conta os fatos, mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos
O Conto e/ ou monólogos das personagens.
É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfei- Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encontrar
tamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilí- neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontâ-
brio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um confli- nea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações
to, que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e
conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido. tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem
Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem entre para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem
si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de recheio os turnos de palavras.
(secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. Tanto os As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da represen-
núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que tação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor e
as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das os atores orientam sua interpretação.
características destes personagens, assim como para as indicações de
lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão
temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada
Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das contato apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas,
personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os determinadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferen-
travessões, para indicar a mudança de interlocutor). tes quadros, que correspondem a mudanças de cenografias.
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Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as cha- tanto da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema
madas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos abordado.
atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes
cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação. Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns
Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as
bimembres de predicado não verbal. crônicas, as resenhas de espetáculos.

O Poema A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à medi-


da que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publicitá-
Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição espacial rios aparecem não só nos periódicos como também em outros meios
muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos
relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com referiremos a eles em outro momento.
uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos
misteriosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de suas
alta, para captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os quais
que pretende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação
pelo poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informa-
sua versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrea- ção linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as
lismo, relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para explicações do texto.
apresentar ensinamentos morais (como nas fábulas). É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na publi-
O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro cação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a
das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte es- primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos
sencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização
métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses
compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali- textos.
dade depende desta distribuição. O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre a
Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à posição adotada pela redação.
distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas A Notícia
diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as cha-
madas licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou
suas sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não pessoas.
constituem um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que
de uma palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a
vogal ou h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos informação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por
finais também incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última exemplo, não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpre-
palavra é paroxítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, tá-la), ou de ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em
soma-se uma sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma. publicações similares.
A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos, É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa pelo
pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso fre- fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três partes
quente na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento. O
parcial dos últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a aten-
consoante (coincidência total de vogais e consoante a partir da última ção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El
vogal acentuada) e a assonante (coincidência unicamente das vogais a País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze pala-
partir da última vogal acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai vras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser um
desde duas até dezesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que
já que, pelo acento, são considerados dissílabos. não aparecem na introdução.
As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à mar-
combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à progressão gem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da primeira
temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade informativa pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir o eu ou
vinculada ao tema central. o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo, não se
Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos mecanis- referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como nosso
mos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a país ou minha cidade).
criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocá- Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracidade:
bulos, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recur- somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue compro-
sos estilísticos que dão ambiguidade ao poema. var de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas
TEXTOS JORNALÍSTICOS fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descartado
que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre
Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu portador ao discurso direto, como, por exemplo:
( jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função
informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara dos
em que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualida- Deputados durante a próxima semana .
de, condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.
produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas.
Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações
De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar
informação nacional, informação internacional, informação local, socieda- das notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também
de, economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos. é frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela
A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita
tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes por um patrulheiro.

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A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê? A Entrevista
quem? como? quando? por quê e para quê?.
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante
O Artigo de Opinião uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com
fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade,
Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atuali- uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas
dade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve
considerado, ou merece ser, objeto de debate. somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a
Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesquisa e mudança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa
as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as pergun-
posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideolo- tas podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refuta-
gia, enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opini- ções sobre as declarações do entrevistado.
ões de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente
opiniões divergentes e até antagônicas em uma mesma página. incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conver-
Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se sação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas
organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifi- entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas
cação do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcan- derivados.
ce, e que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma
uma tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de
justificar esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de
adotada no início do texto. propostas e de réplicas.
A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
argumentos expostos como também com as estratégias discursivas
usadas para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciên-
as seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insi- cias em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se
nuações, as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.
tomada de distância através do uso das construções impessoais, para dar
objetividade e consenso à análise realizada; a retenção em recursos Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
descritivos - detalhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enume- suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informati-
ração das fontes da informação. Todos eles são recursos que servem vos, as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
para fundamentar os argumentos usados na validade da tese. sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).

A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica,
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
respectivos comentários. das palavras.

Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos
uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabele-
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor cem mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer ao termo polissêmico nesse contexto.
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes A Definição
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
cessivas e condicionais. determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferen-
ciais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configura-
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica ção de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a
do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que definir através de um processo de sinonímia.
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta.
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito. termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
"animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem:
cenas e opiniões como positivas ou negativas. Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de
A Reportagem terminar o inverno.
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura- Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
chave para o conhecimento deste tópico. introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publi- traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
cação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso
atenção dos leitores. exemplo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um
substantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada do Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação
com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As mediante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparen-
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para temente antes de terminar o inverno".
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador.
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As definições contêm, também, informações complementares relaciona- Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a
das, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se planta crescerá mais rápido.
inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc. Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar
manchas marrons devido ao excesso de umidade.
Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas,
cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim; Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo
Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc. aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível
observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos ...; de
O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mes-
da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos mo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente
quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipo- essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos,
grafias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as apresenta as características dos elementos, os traços distintivos de cada
etimologias, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em uma das etapas do processo.
bloco mediante barras paralelas e /ou números.
O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em
Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-
continuar em exercício; adiar o término de. vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
A Nota de Enciclopédia entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.
descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela A Monografia
amplitude desta expansão.
Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constitu-
em-se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com
subtítulos. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
os temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeo- fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemu-
grafia, população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, nhos qualificados ou de especialistas no tema.
etc.
As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coeren-
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos te dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que
dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas os aspectos positivos da gestão governamental de um determinado per-
variedades: terrestres e aquáticos. sonagem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos nega-
tivos, teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lin- forma que esta valorização fique explícita.
guagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica,
que responde às exigências de concisão e de precisão. Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o
tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que,
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará
de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e
pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o
muito juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o
informativa dos substantivos e, como é possível observar em nosso que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais
exemplo, agregam qualidades próprias daquilo a que se referem. estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido que regem a apresentação da bibliografia.
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto
ligação - ser, estar, parecer, etc. que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de cons-
O Relato de Experimentos truções de discurso direto ou de discurso indireto.

Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-
ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que ções, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da eco-
descrevem experimentos. nomia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda
tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que
que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida
necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações - declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos
para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.
constatar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condi-
ções uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode- Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro,
se colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condi- em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subor-
ções de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com dinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, prono-
diferentes fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar mes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais
em que circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. auxiliares, etc.

A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categori- Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría -
as: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto nutrem-se do liberalismo’
é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo obser- Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento
vado. nutriam -se do liberalismo'
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que come-
çam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):
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Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucio-
(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os nais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de
enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a
emissor. seguir uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio
destes textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu em-
Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor prego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de
recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classifi- abordagem e de produção de algumas de suas variedades, como as
cação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte receitas e as instruções.
consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os
dados apresentados e o princípio de classificação adotado. As Receitas e as Instruções
Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese, Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções
sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato,
fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência fabricar um móvel, consertar um objeto, etc.
estabelecida entre os fatos e a conclusão.
Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista
problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experi-
mento, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho,
Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguísti- etc.), a outra, desenvolve as instruções.
cas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem
entre os dados e para avaliar sua coerência. As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitual-
mente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acom-
A Biografia panhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).
É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres,
Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou
Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo
ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja (misturar a farinha com o açúcar).
ação foi qualificada como relevante na história. Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as
Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem
que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que
sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações
conectividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adver- (separe cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito
bial (Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de cuidado as claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem
sua cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposi- estruturados visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteú-
ções temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos do do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com
caminhos da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se as claras até que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-
na realidade), etc. se, com frequência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar
e de tempo: Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer
A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta-se novamente. Neste momento, terá que correr rapidamente até o lado
nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apre- oposto da cancha. Aqui pode intervir outro membro da equipe.
sentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de
apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação TEXTOS EPISTOLARES
simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito
dados pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho.
com a importância que a eles atribui. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma
Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não autorizadas" empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos desig-
de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que nados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).
parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de
personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo
especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente das características contidas no texto.
reprovados pela opinião pública.
Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização
TEXTOS INSTRUCIONAIS espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece
Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de
atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou ani- tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto
mais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação
Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de
culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que
um avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de orienta a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um
receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instru- amigo, opta-se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é
ções, etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, comparti- desconhecido ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica
lham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a (empregador em relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.),
trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa impõe-se o estilo formal.
empreendida. A Carta
A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e
cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão argumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informati-
amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; va, expressiva e apelativa).
então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste
tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é,
introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um
deveres das partes envolvidas. amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm aconteci-
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mentos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à inven-
percebe o receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário com- ção do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no
prometido afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, novo emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim
capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem. acerta a mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e
convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre
Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conheci- pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor.
do, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema,
marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências habili- via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendi-
tam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las; per- mento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma
guntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um
encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscrimi-
exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas nadamente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco:
expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas. desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e
Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciati- tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preserva-
vas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as ção ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino
dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a planeta.
subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso.
diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati- Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo
vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. que concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a
natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas
A Solicitação sustentável: o adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas
É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investigada quanto a
pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada intervenção na
a possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: natureza há de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade
um emprego, uma vaga em uma escola, etc. e a extensão dos efeitos.
Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e
Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ceder política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o
ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda
recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas con- não é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários,
vencionalmente para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com aos industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana
votos de estima e consideração . . . / despeço-me de vós respeitosamente de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da
. ../ Saúdo-vos com o maior respeito), e às frases feitas com que se inici- qualidade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e
am e encerram-se estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que banheiro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a
... O abaixo-assinado, Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao rua, com o bairro, com a cidade.
Senhor Diretor do Instituto Politécnico a fim de solicitar-lhe...) “Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um
mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é,
As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do
certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.
singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor
Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o senti-
através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa
do preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto
identificam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez,
de Mello)
dirige-se a...).
A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o 1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a
primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições qual este deve ser
que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados (A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades
por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos humanas e o respeito ao mundo natural.
em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condi- (B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em ativi-
ções; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à dade economicamente viável.
sua apelação. (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros
para todos os indivíduos de uma comunidade.
Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram um (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a
amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão aproveitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural.
tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem (E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribui-
desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, ção de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.
como de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa
posição, o solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infiniti- 2. Considere as seguintes afirmações:
vo salienta os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência
gerúndio enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido). do fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico.
A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal maneira II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja
que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de solici- formas de desenvolvimento nocivas e predatórias.
tação de bolsas de estudo, etc. III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém
do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem
Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, fazendo dela.
Ana Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS. Em relação ao texto está correto APENAS que se afirma em
(A) I.
(B)) II.
EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (C) III.
(D) I e II.
Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que (E) II e III.
segue.
3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do
No coração do progresso texto em:
Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que (A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer

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conclusão. (A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam
(B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica = (B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na
seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem precon- (C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe
ceito. (D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam
(C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das (E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam
ações voluntariosas.
(D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida = 9. Está clara e correta a redação da seguinte frase:
práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida. (A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois
(E)) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que que é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário
está planificado. que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido.
(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo,
4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamen- devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso
to pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada. coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor.
Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão corre- (C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa
tamente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua me-
ordem em que surgem, por lhoria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja.
(A) houve - garantiria - é (D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer
(B) haveria - garantiu - teria sido jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para
(C) haveria - garantisse - fosse que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros.
(D) haverá - garantisse - e (E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas,
(E) havia - garantiu - é acabariam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista
da Ecologia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vi-
5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas da prática.
na frase:
(A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso 10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
algumas conotações mágicas. (A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a
(B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida.
sentido real muitos equívocos ideológicos. (B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações
(C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, im-
a representarem, de fato, qualquer avanço significativo. portantíssima.
(D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a (C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao
fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida. modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha
(E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, mágica.
com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da (D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes repre-
vida. sas, costuma trazer também uma série de consequências ambien-
tais que, nem sempre, foram avaliadas.
6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na (E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalis-
frase: tas segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma
(A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos permanente avaliação.
atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir
mão. Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 24.
(B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em
nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará. De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pe-
(C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou los protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à
em ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida. livre manifestação, assegurado pela Carta de 1988. Como não há fórmula
(D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamen-
depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos. tais, cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom senso.
(E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 mi-
representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar lhões o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três
progresso. anos na capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumi-
do e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados
7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da cons- por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses
trução ou da expressividade do texto: três anos praticamente cobririam os 231 km que separam São Paulo de
I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram São Carlos.
tanto atende à concordância com academias. A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular
II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconveni-
exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. entes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequa-
III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, da a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público
anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplora- relatórios com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de
da no texto. horários e locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia.
Está correto APENAS o que se afirma em Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria aci-
(A) I. onou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a
(B)) II. pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito
(C) III. à livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito
(D) I e II. não anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provoca-
(E) II e III. dos pelos protestos.
O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as
8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais
palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas
que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os ser abolidas.
elementos sublinhados, na ordem dada, por: (Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)

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tante da responsabilidade pelos danos causados.
11. De acordo com o texto, é correto afirmar que (D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado
(A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo poderá entrar com recurso.
dos protestos ocorridos nos últimos anos. (E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegura-
(B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafa- dos, um manifestante será punido.
mentos já foram pagos pelos manifestantes.
(C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e 18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o
são permitidos pela Carta de 1988. conflito, destaca-se
(D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos (A) multa a líderes sindicais.
de rua em horários e locais predeterminados. (B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de
(E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos Tráfego.
das manifestações feitas de forma abusiva. (C) o fim dos protestos em qualquer via pública.
(D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua.
12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para (E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais mani-
solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados festações.
ao restante da população. A saída estaria principalmente na
(A) sensatez. 19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar relatórios –,
(B) Carta de 1998. substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de
(C) Justiça. acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:
(D) Companhia de Engenharia de Tráfego. (A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios.
(E) na adoção de medidas amplas e profundas. (B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios.
(C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios.
13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que (D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios.
param as ruas de São Paulo representam um custo para a popula- (E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios.
ção da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir
(A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego 20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a responsabilização
(CET). civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos –, a
(B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas locução conjuntiva no entanto indica uma relação de
em engarrafamentos. (A) causa e efeito.
(C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São (B) oposição.
Carlos. (C) comparação.
(D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e (D) condição.
São Carlos. (E) explicação.
(E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de
São Paulo. 21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nessa frase, a
palavra arbitrar é um sinônimo de
14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão (A) julgar.
das manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é (B) almejar.
equiparada, no texto, (C) condenar.
(A) a R$ 3,3 milhões. (D) corroborar.
(B) ao total de usuários da cidade de São Carlos. (E) descriminar.
(C) ao total de usuários da cidade de São Paulo.
(D) ao total de combustível economizado. 22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os
(E) a uma distância de 231 km. protestos abusivos – a preposição para estabelece entre os termos
uma relação de
15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os (A) tempo.
protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de (B) posse.
(A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça. (C) causa.
(B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir (D) origem.
protestos abusivos. (E) finalidade.
(C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para
impedir protestos em horários de pico. 23. Na frase – O poder público deveria definir horários e locais –,
(D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bem- substituindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as
sucedida de desestimular protestos abusivos. regras de regência verbal, a seguinte frase:
(E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em (A) O poder público deveria obedecer para horários e locais.
impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movi- (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais.
mentadas. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais.
(D) O poder público deveria obedecer com horários e locais.
16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais.
Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos cau-
sados em cada manifestação é 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procuradoria acionou
(A) pertinente. um líder de sindicato – obtém-se:
(B) indiferente. (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.
(C) irrelevante. (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria.
(D) onerosa. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria.
(E) inofensiva. (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria.
(E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato.
17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder
sindical Leia o texto para responder às questões de números 25 a 34.
(A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998.
(B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. DIPLOMA E MONOPÓLIO
(C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifes- Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e me-

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dicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os ensino básico.
enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrên- (C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária.
cia (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e (D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa.
que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, (E) No curso de direito, lê-se bastante.
como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para
o exercício profissional? 28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto
no singular como no plural como em: A maioria dos advogados
Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados ape- ocupam postos de destaque na política e no mundo dos negócios.
nas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocupa- (A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional.
ram postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de (B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de adminis-
hoje, nem 20% advogam. tração em nível de bacharelado.
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação.
Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é (D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de traba-
um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante. lho com bons profissionais.
Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se (E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos
não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é oficiais.
mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa
polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução 29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo
brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demons- verbal entre as orações.
trar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são (A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento,
também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem poderiam defender bem seus clientes.
sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto (B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram
do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma intelectualmente.
prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos (C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais
também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para de- severa.
terminar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de (D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser
limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...) melhor.
(Veja, 07.03.2007. Adaptado) (E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se
resolvem brevemente.
25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as
frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de di- 30. A substituição das expressões em destaque por um pronome
reito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não pessoal está correta, nas duas frases, de acordo com a norma cul-
foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras. ta, em:
(A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina (A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrên-
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os cia promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que
enguiços entre diplomas e carreiras. lhes defenderão.
(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medici- (B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a
os enguiços entre diplomas e carreiras. profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la.
(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medici- (C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencio-
enguiços entre diplomas e carreiras. nar-lhes.
(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medici- (D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à so-
enguiços entre diplomas e carreiras. ciedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel.
(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medi- (E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os.
cina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolve- II. As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As cor-
ram os enguiços entre diplomas e carreiras. porações deviam fiscalizá-la.

26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem,
acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinala-
aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advo- das em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.
gam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados (A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
sempre ____________. (B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolis-
(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque ta.
na política e no mundo dos negócios (C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC.
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.
na política e no mundo dos negócios (E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento.
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque
na política e no mundo dos negócios 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de culta.
destaque na política e no mundo dos negócios (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão.
na política e no mundo dos negócios (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de
conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um
27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida mínimo de conhecimento.
pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determi- (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As
nar a dificuldade das provas, ... corporações deviam almejar do interesse da sociedade.
(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corpo- (E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de
rativos. restringir à concorrência.
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do

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33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II (B) objeto descritível de uma Ciência.
e III estabelece as relações de condição entre I e II e de adição en- (C) explicação dos fatos morais.
tre I e III. (D) parte da Filosofia.
I. O advogado é aprovado na OAB. (E) comportamento consequencial.
II. O advogado raciocina com lógica.
III. O advogado defende o cliente no tribunal. 37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida
(A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e como aquela em que se considera, sobretudo,
defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (A) o valor desejável da ação humana.
(B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá (B) o fundamento filosófico da moral.
de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB. (C) o rigor do método de análise.
(C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e (D) a lucidez de quem investiga o fato moral.
defenderá o cliente no tribunal com sucesso. (E) o rigoroso legado da jurisprudência.
(D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque
raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB. 38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos
(E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocu-
OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso. pação
(A) filosófica.
34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragili- (B) descritiva.
dade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciên- (C) prescritiva.
cia vem entre vírgulas para, no contexto, (D) contestatária.
(A) garantir a atenção do leitor. (E) tradicionalista.
(B) separar o sujeito do predicado.
(C) intercalar uma reflexão do autor. 39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli-
(D) corrigir uma afirmação indevida. nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên-
(E) retificar a ordem dos termos. teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso:
(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão)
Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao texto abai- (B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate)
xo. (C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa-
ção. (provisório)
SOBRE ÉTICA (D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda)
A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acep- (E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (conces-
ções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o sivo)
comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez,
“a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da 40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase:
moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos, (A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três
assim, nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser acepções de Ética.
estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a (B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com
descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, muita frequência, associada aos valores morais.
ser capaz de explicar valorações comportamentais. (C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixari-
am de ter a dignidade humana como balizamento.
Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria fi- (D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor
losófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo de que se impregna a conduta dos indivíduos.
especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na (E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circuns-
convivência humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto tâncias, atentar para a observância dos valores éticos.
refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos
morais. 41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário
sobre o texto:
Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto des- (A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma
critível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito.
agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no compor- (B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada
tamento social, o que se pode resumir como qualificação do comporta- um em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo.
mento do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou
Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à si-
valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral tuação do homem.
em realização, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especi- (D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento
almente de dignidade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética humano, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do
não mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrição ou mesmo.
reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costu-
consequencial, capaz de tornar possível e correta a convivência. (Adapta- mam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodo-
do do site Doutrina Jus Navigandi) logia usada.

35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores
da leitura do texto, morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante de-
(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. verá ser:
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra. (A) seria dado.
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. (B) teriam dado.
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito. (C) seriam dados.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. (D) teriam sido dados.
(E) fora dado.
36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é reto-
mada na seguinte expressão do texto: Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abai-
(A) núcleo especulativo e reflexivo. xo.

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já não podia ser considerado um hipócrita.
O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR (B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores
Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, es- morais que eles imporão aos outros.
tamos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, (C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas ser-
se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta visse de controle dos demais cidadãos.
respeitá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões (D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracte-
que ele não consegue respeitar. rizava-se um ato típico do moralizador.
A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes. (E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões
Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse res- morais que eles próprios não respeitam.
peitar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imper-
feições nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem 48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na
moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a frase:
adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um (A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não
padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de costuma acusar em si mesmo.
um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais (B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral
ganham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são ele não costuma impingir na dos outros.
regradas por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e (C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mes-
escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir mos em que ele acusa seus semelhantes.
suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem (D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual
sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócri-
pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo tas.
Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008) (E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral
de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em
43. Atente para as afirmações abaixo. que é capaz.
I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se
preocupa com os padrões morais de conduta. Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abai-
II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o xo.
homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os FIM DE FEIRA
padrões de conduta que ele cobra dos outros. Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam
Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou
(A) I. mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas
(B) II. cheias de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o
(C) III. que está pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve
(D) I e II. amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os
(E) II e III. fregueses compradores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cerca-
nias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha
44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu oculta entre jornais, ou uma ponta de cação obviamente desprezada.
um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o
determinante para que que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora.
(A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu-
padrões morais para avaliar sua conduta. gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para
(B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio.
moral e o homem moralizador. Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte- isso. E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não
rizar um homem moralizador. assistentes sociais, alegam.
(D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de
um homem moral e o de um moralizador. Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os
(E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O
atitudes tomadas pelo homem moral. trânsito é liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente
cheiro de peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada
45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exempli- por tão diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito)
ficar uma sociedade na qual
(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos. 49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos. refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral texto
comum. (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes.
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra (B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes.
moral. (C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. (D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos.
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevan- (E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes.
tes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido
em: 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de
(A) significativos desdobramentos dela. um segmento do texto em:
(B) determinados antecedentes dela. (A) serviu de chamariz
(C) reconhecidos fatores que a causam. (B) alguma suspeita sardinha inha.
(D) consequentes aspectos que a relativizam. (C) teimoso aproveitamento
(E) valores comuns que ela propicia. (D) o princípio mesmo do comércio i-
al.
47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na (E) Agem para salvaguardar
frase:
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, 51. Atente para as afirmações abaixo.

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I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um
cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe en-
no primeiro parágrafo. tre si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o
autor não compactua com a justificativa dos feirantes. Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supe- seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
ração de tudo o que determina a existência de diversas espécies de fonemas.
seres humanos. No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33
Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em fonemas.
(A) I.
(B) II. É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
(C) III. sinal gráfico que representa o som.
(D) I e II.
(E) II e III. Vejamos alguns exemplos:
Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
construção do texto: no contexto do Corre – letras: 5: fonemas: 4
(A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a Hora – letras: 4: fonemas: 3
expressão verbal querem pagar. Aquela – letras: 6: fonemas: 5
(B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben- Guerra – letras: 6: fonemas: 4
tender a existência de “fregueses” que não compram nada. Fixo – letras: 4: fonemas: 5
(C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada Hoje – 4 letras e 3 fonemas
com o sentido de de toda maneira. Canto – 5 letras e 4 fonemas
(D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada Tempo – 5 letras e 4 fonemas
com o sentido de a fim de resguardar. Campo – 5 letras e 4 fonemas
(E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente Chuva – 5 letras e 4 fonemas
ao de mesmo não sendo.
LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural determinado som.
para preencher de modo correto a lacuna da frase:
(A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ...... (deixar) CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
de as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas.
(B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a VOGAIS
providência que fará esquecer que ali funcionou uma feira.
(C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as a, e, i, o, u
sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo
humano. SEMIVOGAIS
(D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto. mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra,
(E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro te-sou-ro, Pa-ra-guai.
razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de
outros. CONSOANTES
54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase: b, c, d, f, g, h, j, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, z
(A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a
carência dos mais pobres. ENCONTROS VOCÁLICOS
(B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional A seqüência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
coleta de um fim de feira. encontro vocálico.
(C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado Ex.: cooperativa
nessa narrativa.
(D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
autor em distinguir os diferentes caracteres humanos.
(E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a DITONGO
humilde coleta de que trata a crônica. É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
Dividem-se em:
RESPOSTAS - orais: pai, fui
01. A 11. C 21. A 31. E 41. B 51. D - nasais: mãe, bem, pão
02. B 12. A 22. E 32. B 42. A 52. E - decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
03. E 13. B 23. B 33. A 43. C 53. D - crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
04. C 14. E 24. A 34. C 44. D 54. A
05. A 15. D 25. E 35. E 45. B TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
06. E 16. A 26. D 36. B 46. A Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam
07. B 17. C 27. A 37. A 47. E
08. A 18. D 28. C 38. C 48. D HIATO
09. D 19. E 29. B 39. D 49. B Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em
10. B 20. B 30. D 40. E 50. C duas diferentes emissões de voz.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-
FONÉTICA E FONOLOGIA í-zo

Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo- SÍLABA
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. numa só emissão de voz.

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cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei,
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo. d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi- mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
ta-li-da-de.
2. Escrevem-se com G:
TONICIDADE a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se ferrugem, etc.
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
pá. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras
DISTINÇÃO ENTRE S E Z
em:
1. Escrevem-se com S:
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do-
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
mi-nó.
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá-
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
ter, a-má-vel, qua-dro.
guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-
burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
do, cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma.
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
ENCONTROS CONSONANTAIS
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exe-
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo.
gese análise, trombose, etc.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc.
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
causa.
DÍGRAFOS
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia
termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso),
composta para um som simples.
etc.
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão;
Há os seguintes dígrafos:
pretender: pretensão; repreender: repreensão, etc.
1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh.
Exs.: chave, malha, ninho.
2. Escrevem-se em Z.
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
ss.
mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organiza-
Exs. : carro, pássaro.
ção, organizado; realizar: realização, realizado, etc.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs.
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir.
de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, en-
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro,
cerrando a sílaba em uma palavra.
chapeuzinho, cãozito, etc.
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.

NOTAÇÕES LÉXICAS DISTINÇÃO ENTRE X E CH:


São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes 1. Escrevem-se com X
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
feixe, etc.
São os seguintes: c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica,
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas; etc.
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ân- d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
cora; árvore que produz o látex).
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade; e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar,
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã; enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude; grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou
6) o trema – indica que o u soa: lingüeta, freqüente, tranqüilo; seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchen-
7) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho; te, encher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar:
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno. en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; encha-
pelar: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
ORTOGRAFIA OFICIAL
2. Escrevem-se com CH:
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, ca-
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. chimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar,
mochila, piche, pichar, tchau.
Eis algumas observações úteis: b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia
DISTINÇÃO ENTRE J E G se distingue pelo contraste entre o x e o ch.
1. Escrevem-se com J: Exemplos:
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajes- • brocha (pequeno prego)
te, canjerê, pajé, etc. • broxa (pincel para caiação de paredes)
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije- • chá (planta para preparo de bebida)

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


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• xá (título do antigo soberano do Irã) Ele chegou da Europa HÁ um ano.
• chalé (casa campestre de estilo suíço) A para indicar tempo futuro:
• xale (cobertura para os ombros) Daqui A dois meses ele aparecerá.
• chácara (propriedade rural) Ela voltará daqui A um ano.
• xácara (narrativa popular em versos)
• cheque (ordem de pagamento) FORMAS VARIANTES
• xeque (jogada do xadrez) Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer
• cocho (vasilha para alimentar animais) uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.
• coxo (capenga, imperfeito) aluguel ou aluguer hem? ou hein?
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C amídala ou amígdala infarto ou enfarte
Observe o quadro das correlações: assobiar ou assoviar laje ou lajem
Correlações Exemplos assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial azaléa ou azaleia nenê ou nenen
ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter -
detenção; reter - retenção
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submersão; bílis ou bile quatorze ou catorze
rt - rs inverter - inversão; divertir - diversão cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar
pel - puls impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão carroçaria ou carroceria taramela ou tramela
corr - curs correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão
sent - sens sentir - senso, sensível, consenso chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear
ced - cess ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - intercessão. debulhar ou desbulhar ou relampar
exceder - excessivo (exceto exceção) fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem
gred - gress agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - progresso -
progressivo
prim - press imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repressão.
tir - ssão admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
(re)percutir - (re)percussão

Escrevem-se com letra inicial maiúscula:


PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES 1) a primeira palavra de período ou citação.
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
ONDE-AONDE No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi- letra maiúscula.
vale sempre a PARA ONDE. 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
AONDE você vai? sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
AONDE nos leva com tal rapidez? Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre- O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
ga-se ONDE 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
ONDE estão os livros? religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
Não sei ONDE te encontrar. do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da
MAU - MAL República, etc.
MAU é adjetivo (seu antônimo é bom). 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
Escolheu um MAU momento. Estado, Pátria, União, República, etc.
Era um MAU aluno. 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
órgãos públicos, etc.:
MAL pode ser: Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras,
a) advérbio de modo (antônimo de bem). Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Ele se comportou MAL. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
Seu argumento está MAL estruturado científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
b) conjunção temporal (equivale a assim que). Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
MAL chegou, saiu Manhã, Manchete, etc.
c) substantivo: 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Exce-
O MAL não tem remédio, lentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Ela foi atacada por um MAL incurável. 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos
do Oriente, o falar do Norte.
CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
CESSÃO significa o ato de ceder. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos
os torcedores. Escrevem-se com letra inicial minúscula:
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. ingleses, ave-maria, um havana, etc.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
empregados em sentido geral:
SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos. Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
HÁ / A "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
Na indicação de tempo, emprega-se: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): mirra." (Manuel Bandeira)
HÁ dois meses que ele não aparece.
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USO DO HÍFEN elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. antirrábico
Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, antirracismo
para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das antirreligioso
regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim antirrugas
como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. antissocial
biorritmo
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras for- contrarregra
madas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, contrassenso
como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, cosseno
eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, infrassom
mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, microssistema
sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. minissaia
multissecular
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por neorrealismo
h. neossimbolista
Exemplos: semirreta
anti-higiênico ultrarresistente.
anti-histórico ultrassom
co-herdeiro
macro-história 5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo
mini-hotel elemento começar pela mesma vogal.
proto-história Exemplos:
sobre-humano anti-ibérico
super-homem anti-imperialista
ultra-humano anti-infl acionário
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). anti-infl amatório
auto-observação
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da contra-almirante
vogal com que se inicia o segundo elemento. contra-atacar
Exemplos: contra-ataque
aeroespacial micro-ondas
agroindustrial micro-ônibus
anteontem semi-internato
antiaéreo semi-interno
antieducativo
autoaprendizagem 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o se-
autoescola gundo elemento começar pela mesma consoante.
autoestrada Exemplos:
autoinstrução hiper-requintado
coautor inter-racial
coedição inter-regional
extraescolar sub-bibliotecário
infraestrutura super-racista
plurianual super-reacionário
semiaberto super-resistente
semianalfabeto super-romântico
semiesférico
semiopaco Atenção:
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, • Nos demais casos não se usa o hífen.
mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, su-
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. perproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra ini-
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo ciada por r: sub-região, sub-raça etc.
elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra
anteprojeto iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
antipedagógico
autopeça 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o
autoproteção segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
coprodução hiperacidez
geopolítica hiperativo
microcomputador interescolar
pseudoprofessor interestadual
semicírculo interestelar
semideus interestudantil
seminovo superamigo
ultramoderno superaquecimento
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice- supereconômico
rei, vice-almirante etc. superexigente
superinteressante
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo superotimismo

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Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa- descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em
se sempre o hífen. Exemplos: diante a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
além-mar
além-túmulo Alfabeto
aquém-mar A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
ex-aluno as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma
ex-diretor novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e
ex-hospedeiro palavras importadas do idioma inglês, como:
ex-prefeito km – quilômetro,
ex-presidente kg – quilograma
pós-graduação Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
pré-história
pré-vestibular Trema
pró-europeu Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita mui-
recém-casado to textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
recém-nascido linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
sem-terra derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, caso, o “ü” lê-se “i”)
guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasi- QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
onalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas
encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas
Paulo. ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)”
ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em diton-
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a no- gos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
ção de composição. Exemplos:
girassol Ex.
madressilva
mandachuva
paraquedas Chá Mês nós
paraquedista Gás Sapé cipó
pontapé
Dará Café avós
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma pala- Pará Vocês compôs
vra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repeti- vatapá pontapés só
do na linha seguinte. Exemplos: Aliás português robô
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos. dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
ACENTUAÇÃO GRÁFICA guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
ORTOGRAFIA OFICIAL méis céu mói
Por Paula Perin dos Santos pastéis Chapéus anzóis
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da ninguém parabéns Jerusalém
Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâme- Resumindo:
tros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação
completa dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigên-
cia obrigatória em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que
Acordo Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e
que falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que “atraí-lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas
teve sua implementação. nestas palavras.

É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e  L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
que as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos  N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.
 R – câncer, caráter, néctar, repórter.
Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio
de Leis ou Acordos.  X – tórax, látex, ônix, fênix.
 PS – fórceps, Quéops, bíceps.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de-  Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui  ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra,  I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
o ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou,  ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
na melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.  UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
 US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos cres- 3- correr: cor-rer desçam: des-çam
centes (semivogal+vogal): passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. fascinar: fas-ci-nar

3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Não se separam as letras que representam um ditongo.
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân- 4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
temo, público, pároco, proparoxítona. cárie: cá-rie

QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS Separam-se as letras que representam um hiato.
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando: rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o

Não se separam as letras que representam um tritongo.


 Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
6- Paraguai: Pa-ra-guai
saguão: sa-guão
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
IMPORTANTE que a antecede.
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, 7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tôni-
cos de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectiva- Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à síla-
mente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando natural- ba que a segue
mente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. 8- pneumático: pneu-má-ti-co
gnomo: gno-mo
5. Trema psicologia: psi-co-lo-gia
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só
vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estran- No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamen-
geira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) te, mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam
em sílabas separadas.
6. Acento Diferencial 9- sublingual: sub-lin-gual
sublinhar: sub-li-nhar
O acento diferencial permanece nas palavras: sublocar: sub-lo-car
pôde (passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição) Preste atenção nas seguintes palavras:
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do trei-no so-cie-da-de
verbo está no singular ou plural: gai-o-la ba-lei-a
des-mai-a-do im-bui-a
SIN- ra-diou-vin-te ca-o-lho
PLURAL
GULAR te-a-tro co-e-lho
du-e-lo ví-a-mos
Ele
Eles têm a-mné-sia gno-mo
tem
co-lhei-ta quei-jo
Ele pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co
Eles vêm
vem dig-no e-nig-ma
e-clip-se Is-ra-el
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, co- mag-nó-lia
mo: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
DIVISÃO SILÁBICA
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU, as pausas da linguagem oral.
GU.
1- chave: cha-ve PONTO
aquele: a-que-le O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase de-
palha: pa-lha clarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos
manhã: ma-nhã casos comuns ele é chamado de simples.
guizo: gui-zo
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresen- to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).
tam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
PONTO DE INTERROGAÇÃO
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
É usado para indicar pergunta direta.
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
Onde está seu irmão?
globo: glo-bo fraco: fra-co
implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.
atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
A mim ?! Que ideia!
prato: pra-to

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. • Usa-se para separar orações do tipo:
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! – Avante!- Gritou o general.
Ó jovens! Lutemos! – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.

VÍRGULA Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam
uma cadeia de frase:
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
• A ponte Rio – Niterói.
• Nas datas e nos endereços:
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128.
• No vocativo e no aposto: ASPAS
Meninos, prestem atenção! São usadas para:
Termópilas, o meu amigo, é escritor. • Indicar citações textuais de outra autoria.
• Nos termos independentes entre si: "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões. • Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:
caso é usado o duplo emprego da vírgula: Há quem goste de “jazz-band”.
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.
padroeira. • Para enfatizar palavras ou expressões:
• Após alguns adjuntos adverbiais: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.
No dia seguinte, viajamos para o litoral. • Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo empre- "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
go da vírgula: • Em casos de ironia:
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente.
• Após a primeira parte de um provérbio. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
O que os olhos não vêem, o coração não sente.
• Em alguns casos de termos oclusos: PARÊNTESES
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
Empregamos os parênteses:
• Nas indicações bibliográficas.
RETICÊNCIAS "Sede assim qualquer coisa.
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. serena, isenta, fiel".
Não me disseste que era teu pai que ... (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
• Para realçar uma palavra ou expressão. • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome... "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. fora das órbitas. Amália se volta)".
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... (G. Figueiredo)
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:
PONTO E VÍRGULA "E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
fome."
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
(C. Lispector)
alguma simetria entre si.
• Para isolar orações intercaladas:
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desco-
"Estou certo que eu (se lhe ponho
nhecido, guardando consigo a ponta farpada. "
Minha mão na testa alçada)
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu
Sou eu para ela."
interior.
(M. Bandeira)
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém,
mais calmo, resolveu o problema sozinho.
COLCHETES [ ]
DOIS PONTOS Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
• Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas? ASTERISCO
• Para indicar uma citação alheia: O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de alguma nota (observação).
passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
que". BARRA
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
anterior:
abreviaturas.
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
• Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. CRASE

TRAVESSÃO Crase é a fusão da preposição A com outro A.


Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
palavras ou frases
– "Quais são os símbolos da pátria? EMPREGO DA CRASE
– Que pátria? • em locuções adverbiais:
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). à vezes, às pressas, à toa...
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra • em locuções prepositivas:
vez. em frente à, à procura de...
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma • em locuções conjuntivas:
coisa". (M. Palmério). à medida que, à proporção que...

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


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• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
a, as Escrevi a Vossa Excelência.
Fui ontem àquele restaurante. Dirigiu-se gentilmente à senhora.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: • quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural:
Refiro-me àquilo e não a isto. Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.
A CRASE É FACULTATIVA
• diante de pronomes possessivos femininos: SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO
Entreguei o livro a(à) sua secretária . E FIGURADO DAS PALAVRAS.
• diante de substantivos próprios femininos:
Dei o livro à(a) Sônia. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


• Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o
artigo A: Sinônimo
Viajaremos à Colômbia.
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia) Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico
• Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasí- ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachor-
lia, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, ro.
Veneza, etc. O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evi-
Viajaremos a Curitiba. tem repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba). tornem enfadonhos.
• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
modifique. Eufemismo
Ela se referiu à saudosa Lisboa. Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,
Vou à Curitiba dos meus sonhos. normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem conhe-
• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: cida como eufemismo).
Às 8 e 15 o despertador soou. Exemplos:
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras  gordo - obeso
“moda” ou "maneira":
 morrer - falecer
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos
• Antes da palavra casa, se estiver determinada:
Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos.
Referia-se à Casa Gebara.
Sinônimos Perfeitos
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
Se o significado é idêntico.
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Exemplos:
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Voltou à terra onde nascera.  avaro – avarento,
Chegamos à terra dos nossos ancestrais.  léxico – vocabulário,
Mas:  falecer – morrer,
Os marinheiros vieram a terra.  escarradeira – cuspideira,
O comandante desceu a terra.  língua – idioma
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o  catorze - quatorze
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
Vou até a (á ) chácara. Sinônimos Imperfeitos
Cheguei até a(à) muralha Se os signIficados são próximos, porém não idênticos.
• A QUE - À QUE Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino
ocorrerá crase: Antônimo
Houve um palpite anterior ao que você deu. Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrá-
Houve uma sugestão anterior à que você deu. rio (também oposto ou inverso) à outra.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso
ocorrerá crase. estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou
Não gostei do filme a que você se referia. que chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Não gostei da peça a que você se referia.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrati- Pala-
Antônimo
vo A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes vra
do de: aberto fechado
Meu palpite é igual ao de todos alto baixo
Minha opinião é igual à de todos.
bem mal
bom mau
NÃO OCORRE CRASE
• antes de nomes masculinos: bonito feio
Andei a pé. de-
de menos
Andamos a cavalo. mais
• antes de verbos: doce salgado
Ela começa a chorar.
forte fraco
Cheguei a escrever um poema.
• em expressões formadas por palavras repetidas: gordo magro
Estamos cara a cara. salga-
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: insosso
do

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


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amor ódio Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso,
janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que
seco molhado
deriva do substantivo jantar, e está classificado como neolo-
grosso fino gismo.
duro mole Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bo-
doce amargo nito (substantivo).
grande pequeno Parônimo
sober- Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma se-
humildade
ba melhante a outra, que provoca, com alguma freqüência, confusão. Essas
louvar censurar palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados
diferentes.
bendi-
maldizer O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a pronún-
zer
cia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas são
ativo inativo aquelas que têm grafia e pronúncia parecida.
simpá- Exemplos
antipático
tico Veja alguns exemplos de palavras parônimas:
pro- acender. verbo - ascender. subir
regredir acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se
gredir
cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa
rápido lento comprimento. extensão - cumprimento. saudação
sair entrar coro (cantores) - couro (pele de animal)
sozi- acompa- deferimento. concessão - diferimento. adiamento
nho nhado delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender
descrição. representação - discrição. reserva
con-
discórdia descriminar. inocentar - discriminar. distinguir
córdia
despensa. compartimento - dispensa. desobriga
pesa- destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato)
leve
do emergir. vir à tona - imergir. mergulhar
quente frio eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência
pre- emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar
ausente enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar
sente
enformar. meter em fôrma - informar. avisar
escuro claro entender. compreender - intender. exercer vigilância
inveja admiração lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções
migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para
morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro
Homógrafo peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo
Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes recrear. divertir - recriar. criar de novo
na pronúncia. se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo
Exemplos vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa
 rego (subst.) e rego (verbo); venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho
vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular
 colher (verbo) e colher (subst.);
 jogo (subst.) e jogo (verbo); DENOTAÇAO E CONOTAÇAO
 Sede: lugar e Sede: avidez;
 Seca: pôr a secar e Seca: falta de água. A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
Homófono seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois
tipos de palavras homófonas, que são: A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se
 Homófonas heterográficas no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
 Homófonas homográficas interpretações.
Homófonas heterográficas
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), Observe os exemplos
mas heterográficas (diferentes na escrita). Denotação
Exemplos As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.
cozer / coser;
cozido / cosido; Conotação
censo / senso As estrelas do cinema.
consertar / concertar O jardim vestiu-se de flores
conselho / concelho O fogo da paixão
paço / passo
noz / nós SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
hera / era
ouve / houve As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
voz / vós figurado:
cem / sem Construí um muro de pedra - sentido próprio
acento / assento Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
Homófonas homográficas A água pingava lentamente – sentido próprio.
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e
homográficas (iguais na escrita). SEMÂNTICA
Exemplos (do grego semantiké, i. é, téchne semantiké ‘arte da significação’)

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das pela semelhança ou mesmo pela igualdade de pronúncia ou de grafia
A semântica estudo o sentido das palavras, expressões, frases e uni- entre eles. É o caso dos fenômenos designados como homonímia e
dades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe são atribu- paronímia.
ídos. Ao considerarmos o significado de determinada palavra, levamos em
conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos, sufixos que participam A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de
da sua forma) e, por fim, do contexto em que se apresenta. sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a
mesma pronúncia (os homônimos homófonos).
Quando analisamos o sentido das palavras na redação oficial, ressal-
tam como fundamentais a história da palavra e, obviamente, os contextos Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como nos
em que elas ocorrem. exemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta) e manga (de
camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo (com
A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser a respectiva ori- e aberto, 1a pess. do sing do pres. do ind. do verbo apelar), consolo
gem e as alterações sofridas no correr do tempo, ou seja, a maneira como (alívio) e consolo (com o aberto, 1a pess. do sing. do pres. do ind. do
evoluiu desde um sentido original para um sentido mais abrangente ou verbo consolar), com pronúncia diferente.
mais específico. Em sentido restrito, diz respeito à tradição no uso de
determinado vocábulo ou expressão. Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto
em que são empregados. Não há dúvida, por exemplo, quanto ao empre-
São esses dois aspectos que devem ser considerados na escolha go da palavra são nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres.,
deste ou daquele vocábulo. b) saudável e c) santo.

Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto oficial, Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual (homófonos) geram
deve-se atentar para a tradição no emprego de determinada expressão dúvidas ortográficas. Caso, por exemplo, de acento/assento, coser/cozer,
com determinado sentido. O emprego de expressões ditas "de uso consa- dos prefixos ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para resolver
grado" confere uniformidade e transparência ao sentido do texto. Mas isto o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida é de letra(s). sempre que
não quer dizer que os textos oficiais devam limitar-se à repetição de houver incerteza, consulte a lista adiante, algum dicionário ou manual de
chavões e clichês. ortografia.

Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo utiliza- Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras
das. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias ou redundân- semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte
cias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para as palavras repeti- de muitas dúvidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e discrição
das; mas se sua substituição for comprometer o sentido do texto, tornan- (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corrigir’) e ratificar (confirmar).
do-o ambíguo ou menos claro, não hesite em deixar o texto como está.
Como não interessa aqui aprofundar a discussão teórica da matéria,
É importante lembrar que o idioma está em constante mutação. A restringimo-nos a uma lista de palavras que costumam suscitar dúvidas de
própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da política, enfim grafia ou sentido. Procuramos incluir palavras que com mais frequência
da vida social em geral, impõe a criação de novas palavras e formas de provocam dúvidas na elaboração de textos oficiais, com o cuidado de
dizer. Na definição de Serafim da Silva Neto, a língua: agregá-las em pares ou pequenos grupos formais.
"(...) é um produto social, é uma atividade do espírito humano. Não é,  Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri absolveu o
assim, independente da vontade do homem, porque o homem não é uma réu.
folha seca ao sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desconheci-  Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu lentamente a
da e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua trajetória, de acordo água da chuva.
com leis determinadas, porque as línguas seguem o destino dos que as  Acender: atear (fogo), inflamar.
falam, são o que delas fazem as sociedades que as empregam."  Ascender: subir, elevar-se.
 Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo sem acento.
Assim, continuamente, novas palavras são criadas (os neologismos)  Assento: banco, cadeira: Tomar assento num cargo.
como produto da dinâmica social, e incorporados ao idioma inúmeros  Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Presidente falou
vocábulos de origem estrangeira (os estrangeirismos), que vêm para acerca de seus planos.
designar ou exprimir realidades não contempladas no repertório anterior
 A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca
da língua portuguesa.
de trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de um mês
ou (ano) das eleições.
A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, nem in-
 Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há cerca de
corporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabulares, elas devem
um ano, tratamos de caso idêntico; existem aproximadamente:
sempre ser usadas com critério, evitando-se aquelas que podem ser
Há cerca de mil títulos no catálogo.
substituídas por vocábulos já de uso consolidado sem prejuízo do sentido
que se lhes quer dar.  Acidente: acontecimento casual; desastre: A derrota foi um aci-
dente na sua vida profissional. O súbito temporal provocou terrí-
De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto purismo, a vel acidente no parque.
linguagem das comunicações oficiais fique imune às criações vocabulares  Incidente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da de-
ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tecno- missão já foi superado.
lógico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros novos conceitos e  Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática.
termos, ditando de certa forma a velocidade com que a língua deve incor-  Dotar: dar em doação, beneficiar.
porá-los. O importante é usar o estrangeirismo de forma consciente,  Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de paren-
buscar o equivalente português quando houver, ou conformar a palavra tesco): Se o assunto era afim, por que não foi tratado no mesmo
estrangeira ao espírito da língua portuguesa. parágrafo?
 A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: O projeto foi
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou empregados em encaminhado com quinze dias de antecedência a fim de permitir
contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo desconheci- a necessária reflexão sobre sua pertinência.
mento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica  Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.
do estrangeirismo.  Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual.
 Aleatório: casual, fortuito, acidental.
Homônimos e Parônimos  Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba.
Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos distintos provoca-  Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral.

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 Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devasso, indecen-  Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em qual
te. seção do ministério ele trabalha?
 Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal situação, não teve  Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso;
alternativa. reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa: A
 Ante- (prefixo): expressa anterioridade: antepor, antever, antepro- próxima sessão legislativa será iniciada em 1o de agosto.
jeto ante-diluviano.  Chá: planta, infusão.
 Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra: anticientífico, an-  Xá: antigo soberano persa.
tibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.  Cheque: ordem de pagamento à vista.
 Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi ao encontro dos  Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em xe-
colegas. O projeto salarial veio ao encontro dos anseios dos tra- que).
balhadores.  Círio: vela de cera.
 De encontro a: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a  Sírio: da Síria.
um muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de encon-  Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis.
tro aos interesses dos menores.  Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não mili-
 Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demitir dez funcioná- tar nem, eclesiástico.
rios, a empresa contratou mais vinte. (Inaceitável o cruzamento  Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova proposta colide fron-
*ao em vez de.) talmente com o entendimento havido.
 Em vez de: em lugar de: Em vez de demitir dez funcionário, a  Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram coligidas pelo Mi-
empresa demitiu vinte. nistério da Justiça.
 A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro está a par (var.:  Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura.
ao par) do assunto; ao lado, junto; além de.  Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação.
 Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a troca de mil dó-  Concelho: circunscrição administrativa ou município (em Portu-
lares ao par. gal).
 Aparte: interrupção, comentário à margem: O deputado conce-  Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.
deu ao colega um aparte em seu pronunciamento.  Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização (cp.
 À parte: em separado, isoladamente, de lado: O anexo ao projeto concertar): O concerto das nações... O concerto de Guarnieri...
foi encaminhado por expediente à parte.  Conserto: reparo, remendo, restauração (cp. consertar): Certos
 Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irrisoriamente o problemas crônicos aparentemente não têm conserto.
imóvel.  Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.
 Apressar: dar pressa a, acelerar: Se o andamento das obras não  Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
for apressado, não será cumprido o cronograma.  Contravenção: transgressão ou infração a normas estabeleci-
 Área: superfície delimitada, região. das.
 Ária: canto, melodia.  Contraversão: versão contrária, inversão.
 Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste caso, o aresto é ir-  Coser: costurar, ligar, unir.
recorrível.  Cozer: cozinhar, preparar.
 Arresto: apreensão judicial, embargo: Os bens do traficante pre-  Costear: navegar junto à costa, contornar. A fragata costeou
so foram todos arrestados. inúmeras praias do litoral baiano antes de partir para alto-mar.
 Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito.  Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar. Qual a empresa
 Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo. disposta a custear tal projeto?
 Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho.  Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto custa o projeto?
 Az (p. us.): esquadrão, ala do exército. Custa-me crer que funcionará.
 Atuar: agir, pôr em ação; pressionar.  Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder.
 Autuar: lavrar um auto; processar.  Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar.
 Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens.  Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.
 Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, resultados.  Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir.
 Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presidente augurou  Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou delito, acusar: Os
sucesso ao seu par americano. traficantes foram delatados por membro de quadrilha rival.
 Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido): Os  Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: A dilação do
técnicos agouram desastre na colheita. prazo de entrega das declarações depende de decisão do Diretor
 Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si competências de ou- da Receita Federal.
trem.  Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.
 Evocar: lembrar, invocar: Evocou no discurso o começo de sua  Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.
carreira.  Descrição: ato de descrever, representação, definição.
 Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso,  Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.
invocou a ajuda de Deus.  Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
 Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais).  Discriminar: diferençar, separar, discernir.
 Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar.  Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de
 Carear: atrair, ganhar, granjear. provisões.
 Cariar: criar cárie.  Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que
 Carrear: conduzir em carro, carregar. se estava obrigado; demissão.
 Casual: fortuito, aleatório, ocasional.  Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou:
 Causal: causativo, relativo a causa. Apesar de sua importância, o projeto passou despercebido.
 Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano.  Desapercebido: desprevenido, desacautelado: Embarcou para a
 Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre. missão na Amazônia totalmente desapercebido dos desafios que
 Censo: alistamento, recenseamento, contagem. lhe aguardavam.
 Senso: entendimento, juízo, tino.  Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.
 Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar.  Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.
 Serrar: cortar com serra, separar, dividir.  Destratar: insultar, maltratar com palavras.
 Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo município tornou  Distratar: desfazer um trato, anular.
possível a realização da obra.
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 Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos liga-  Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento, etc.)
mentos de uma articulação. (cp. infração): A condenação decorreu de ter ele infringido um
 Distinção: elegância, nobreza, boa educação: Todos devem por- sem número de artigos do Código Penal.
tar-se com distinção.  Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar.
 Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou interesses: A  Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interro-
dissensão sobre a matéria impossibilitou o acordo. gar.
 Elidir: suprimir, eliminar.  Intercessão: ato de interceder.
 Ilidir: contestar, refutar, desmentir.  Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se en-
 Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, remendo: ao contram duas linhas ou superfícies.
torná-lo mais claro e objetivo, a emenda melhorou o projeto.  Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em locuções: inter
 Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto alia (entre outros), inter pares (entre iguais).
de uma lei. Procuro uma lei cuja ementa é "dispõe sobre a propri-  Intra- (prefixo): interior, dentro de.
edade industrial".  Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que perante ele
 Emergir: vir à tona, manifestar-se. se realiza.
 Imergir: mergulhar, afundar submergir), entrar.  Judiciário: relativo ao direito processual ou à organização da
 Emigrar: deixar o país para residir em outro. Justiça.
 Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.  Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.
 Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.  Libertação: ato de libertar ou libertar-se.
 Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, pendente,  Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra.
próximo.  Listra: risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista).
 Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.  Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador.
 Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir.  Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o aluguel sem
 Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça. a concordância do locatário.
 Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se.  Lustre: brilho, glória, fama; abajur.
 Encrostar: criar crosta.  Lustro: quinquênio; polimento.
 Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-  Magistrado: juiz, desembargador, ministro.
se.  Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito, completo;
 Entender: compreender, perceber, deduzir. exemplar.
 Intender: (p. us): exercer vigilância, superintender.  Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual
 Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar. líquido e certo; ato de mandar; ordem escrita expedida por autori-
 Inúmero: inumerável, sem conta, sem número. dade judicial ou administrativa: um mandado de segurança, man-
 Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou espetáculo, tes- dado de prisão.
temunha.  Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar
 Expectador: que tem expectativa, que espera. atos em seu nome; procuração; delegação: o mandato de um de-
 Esperto: inteligente, vivo, ativo. putado, senador, do Presidente.
 Experto: perito, especialista.  Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato.
 Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar.  Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de man-
 Expiar: cumprir pena, pagar, purgar. dato, representante, procurador.
 Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em São Paulo  Mandatório: obrigatório.
foi muito agradável.  Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, cegueira.
 Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em por-  Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.
to: O "Rio de Janeiro" foi autorizado a uma estadia de três dias.  Ordinal: numeral que indica ordem ou série (primeiro, segundo,
 Estância: lugar onde se está, morada, recinto. milésimo, etc.).
 Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.  Ordinário: comum, frequente, trivial, vulgar.
 Estrato: cada camada das rochas estratificadas.  Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
 Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, có-  Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.
pia; perfume.  Paço: palácio real ou imperial; a corte.
 Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é sur-  Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho,
preendida a praticar (flagrante delito). etapa.
 Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso.  Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão: O pleito por
 Florescente: que floresce, próspero, viçoso. mais escolas na região foi muito bem formulado.
 Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência.  Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos renderam prei-
 Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas. to ao antigo reitor.
 Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar.  Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se.
 Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável.  Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.
 Inserto: introduzido, incluído, inserido.  Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de, após: pós-
 Incipiente: iniciante, principiante. moderno, pós-operatório.
 Insipiente: ignorante, insensato.  Pré- (prefixo): anterior a, que precede, à frente de, antes de: pré-
modernista, pré-primário.
 Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado.
 Pró (advérbio): em favor de, em defesa de. A maioria manifestou-
 Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrup-
se contra, mas dei meu parecer pró.
ção.
 Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distinto.
 Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu declarou que
havia sido induzido a cometer o delito.  Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circun-
da.
 Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu novas provas.
 Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invariável que li-
 Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda,
ga constituintes da frase.
aumento persistente de preços.
 Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirma-
 Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.
tiva, asserção.
 Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota): O
 Presar: capturar, agarrar, apresar.
juiz infligiu pesada pena ao réu.
 Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
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 Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
ficar sem efeito, anular-se: O prazo para entrada do processo elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
prescreveu há dois meses. palavras.
 Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar. O uso de
várias substâncias psicotrópicas foi proscrito por recente portaria Exs.:
do Ministro. cinzeiro = cinza + eiro
 Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: A assessoria endoidecer = en + doido + ecer
previu acertadamente o desfecho do caso. predizer = pre + dizer
 Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo: O
chefe do departamento de pessoal proveu os cargos vacantes. Os principais elementos móficos são :
 Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida provém (Os erros
provêm) da falta de leitura. RADICAL
 Prolatar: proferir sentença, promulgar. É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
 Protelar: adiar, prorrogar. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
 Ratificar: validar, confirmar, comprovar. enterrar = en + terra + ar
 Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ratificou a decisão pronome = pro + nome
após o texto ter sido retificado em suas passagens ambíguas.
 Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar. PREFIXO
 Recriar: criar de novo. É o elemento mórfico que vem antes do radical.
 Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir. Exs.: anti - herói in - feliz
 Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele rein-
cidiu no erro, o contrato de trabalho foi rescindido. SUFIXO
 Remição: ato de remir, resgate, quitação. É o elemento mórfico que vem depois do radical.
 Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expia- Exs.: med - onho cear – ense
ção.
 Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
 Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura,
advertência.
A Língua Portuguesa, como qualquer língua viva, está sempre criando
 Ruço: grisalho, desbotado. novas palavras. Para criar suas novas palavras, a língua recorre a vários
 Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada meios chamados processos de formação de palavras.
na Rússia.
 Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por Os principais processos de formação das palavras são:
contrato para punir sua infração.
 Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste.
DERIVAÇÃO
 Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: sedente). É a formação de uma nova palavra mediante o acréscimo de elementos
 Cedente: que cede, que dá. à palavra já existente:
 Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir. a) Por sufixação:
 Subscritar: assinar, subscrever. Acréscimo de um sufixo. Exs.: dent - ista , bel - íssimo.
 Sortir: variar, combinar, misturar. b) Por prefixação :
 Surtir: causar, originar, produzir (efeito). Acréscimo de um prefixo. Exs.: ab - jurar, ex - diretor.
 Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; c) Por parassíntese:
supor. Acréscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer, en-tard-
 Subintender: exercer função de subintendente, dirigir. ecer.
 Subtender: estender por baixo. d) Derivação imprópria:
 Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se (sustar-se). Mudança das classes gramaticais das palavras.
 Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter. Exs.: andar (verbo) - o andar (substantivo).
 Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha. contra (preposição) - o contra (substantivo).
 Taxa: espécie de tributo, tarifa. fantasma (substantivo) - o homem fantasma (adjetivo).
 Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém (tachá-lo) de oliveira (subst. comum) - Maria de Oliveira (subst. próprio).
subversivo.
 Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercadorias. COMPOSIÇÃO
 Tapar: fechar, cobrir, abafar. É a formação de uma nova palavra, unindo-se palavras que já existem
 Tampar: pôr tampa em. na língua:
 Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); assunto, tema. a) Por justaposição :
 Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.: tensionar); diferencial Nenhuma das palavras formadoras perde letra.
elétrico. Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel = tenente +
coronel).
 Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte.
b) Por aglutinação:
 Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação.
Pelo menos uma das palavras perde letra.
 Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locuções: de trás, Exs.: fidalgo (= filho + de + algo); embora (= em + boa + hora).
por trás).
 Traz: 3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
trazer.
HIBRIDISMO
É a criação de uma nova palavra mediante a união de palavras de ori-
 Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas.
gens diferentes.
 Vestuário: as roupas que se vestem, traje.
 Vultoso: de grande vulto, volumoso. Exs.: abreugrafia (português e grego), televisão (grego e latim), zinco-
 Vultuoso (p. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face). grafia (alemão e grego).

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,


ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE-
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POSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE cancioneiro - de poemas, de canções
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES). caravana - de viajantes
cardume - de peixes
clero - de sacerdotes
colmeia - de abelhas
SUBSTANTIVOS concílio - de bispos
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa
Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá congregação - de professores, de religiosos
nome aos seres em geral. congresso - de parlamentares, de cientistas
conselho - de ministros
São, portanto, substantivos. consistório - de cardeais sob a presidência do papa
constelação - de estrelas
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
corja - de vadios
Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: elenco - de artistas
enxame - de abelhas
trabalho, corrida, tristeza beleza altura.
enxoval - de roupas
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS esquadra - de navios de guerra
esquadrilha - de aviões
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espé-
cie: rio, cidade, pais, menino, aluno falange - de soldados, de anjos
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemen- farândola - de maltrapilhos
fato - de cabras
to. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula:
Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair. fauna - de animais de uma região
feixe - de lenha, de raios luminosos
c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não,
flora - de vegetais de uma região
propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc.
Verifique que é sempre possível visualizar em nossa mente o substanti- frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
girândola - de fogos de artifício
vo concreto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira,
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
caneta, fada, bruxa, saci.
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, junta - de bois, médicos, de examinadores
júri - de jurados
só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos legião - de anjos, de soldados, de demônios
vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como malta - de desordeiros
manada - de bois, de elefantes
seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou ad- matilha - de cães de caça
ninhada - de pintos
jetivos
nuvem - de gafanhotos, de fumaça
trabalhar - trabalho
correr - corrida panapaná - de borboletas
pelotão - de soldados
alto - altura
penca - de bananas, de chaves
belo - beleza
pinacoteca - de pinturas
plantel - de animais de raça, de atletas
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS quadrilha - de ladrões, de bandidos
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua ramalhete - de flores
portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. réstia - de alhos, de cebolas
b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa: récua - de animais de carga
florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. romanceiro - de poesias populares
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, resma - de papel
ódio, tempo, sol. revoada - de pássaros
d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de- súcia - de pessoas desonestas
colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol. vara - de porcos
vocabulário - de palavras
COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um gru- FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
po de seres da mesma espécie. Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
grau.
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras
alcateia - de lobos
Gênero
álbum - de fotografias, de selos Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femi-
nino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
antologia - de trechos literários escolhidos
armada - de navios de guerra
Podemos classificar os substantivos em:
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas,
arquipélago - de ilhas
assembleia - de parlamentares, de membros de associações uma para o masculino, outra para o feminino:
aluno/aluna homem/mulher
atilho - de espigas de milho
atlas - de cartas geográficas, de mapas menino /menina carneiro/ovelha
banca - de examinadores Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
bando - de aves, de pessoal em geral
cabido - de cônegos padrinho/madrinha bode/cabra
cavaleiro/amazona pai/mãe
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves
forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
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em: São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também,
1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o
animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. ônix, os ônix.
Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, de- 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o
vemos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substanti-
fêmea vo primitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozi-
2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes nho, cãezitos.
que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pe-
lo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estu- Substantivos só usados no plural
dante, a estudante, este dentista. afazeres anais
3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam arredores belas-artes
pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por cãs condolências
artigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o confins exéquias
cônjuge, a pessoa, a criatura. férias fezes
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: núpcias óculos
uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino. olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
Plural dos Nomes Compostos
São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
1. Somente o último elemento varia:
o teorema o ágape a análise a usucapião a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; cla-
o trema o caudal a cal a bacanal raboia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns;
o edema o champanha a cataplasma a líbido b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-
o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
o lança-perfume o formicida a comichão a hélice mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;
o fibroma o guaraná a aguardente c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substan-
o estratagema o plasma tivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis;
o proclama o clã
guarda-comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-
viva, sempre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-
Mudança de Gênero com mudança de sentido mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
Veja alguns exemplos: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-
o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo) leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-
o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
sem-rabo, burros-sem-rabo;
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão) b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalida-
o lotação (veículo) a lotação (capacidade) de ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
o lente (o professor) a lente (vidro de aumento) correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
banana-maçã, bananas-maçã.
Plural dos Nomes Simples A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: 3. Ambos os elementos são flexionados:
a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; cora- a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
ção, corações; grandalhão, grandalhões. flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião, compromissos.
guardiães. b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-
c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão, perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-
cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos. pálida, caras-pálidas.

Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma for- São invariáveis:
ma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charla- a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o
tães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. desocupa-o-copo;
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, perde-ganha, os perde-ganha.
hífens (ou hífenes). Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-
animais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
fósseis; réptil, répteis. Adjetivos Compostos
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
barris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: americanos; cívico-militar, cívico-militares.
o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tô- 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando
nicos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugue- o segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
ses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. amarelo-ouro, paredes azul-piscina.

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2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
dos-mudos > surdas-mudas. Número
3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho. a) Adjetivo simples
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
Graus do substantivo substantivos simples:
Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os pessoa honesta pessoas honestas
quais podem ser: sintéticos ou analíticos. regra fácil regras fáceis
homem feliz homens felizes
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam
Analítico invariáveis:
Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama- blusa vinho blusas vinho
nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. camisa rosa camisas rosa
b) Adjetivos compostos
Sintético Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados. elemento varia, tanto em gênero quanto em número:
acordos sócio-político-econômico
acordos sócio-político-econômicos
Principais sufixos aumentativos causa sócio-político-econômica
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO, causas sócio-político-econômicas
ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, acordo luso-franco-brasileiro
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, den- acordo luso-franco-brasileiros
tuça. lente côncavo-convexa
lentes côncavo-convexas
camisa verde-clara
Principais Sufixos Diminutivos camisas verde-claras
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, sapato marrom-escuro
ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, sapatos marrom-escuros
montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flau- Observações:
tim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:
camisa verde-abacate camisas verde-abacate
glóbulo, homúncula, apícula, velhusco.
sapato marrom-café sapatos marrom-café
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro
Observações: 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, ad- blusa azul-marinho blusas azul-marinho
camisa azul-celeste camisas azul-celeste
quirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha,
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, foga- variam:
réu, etc. menino surdo-mudo meninos surdos-mudos
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor menina surda-muda meninas surdas-mudas
afetivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente Graus do Adjetivo
formal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: car- As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-
taz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc. pressas em dois graus:
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di- - o comparativo
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, - o superlativo
bonzinho, pequenito.

Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu- Comparativo


gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
diferentes para designar o sexo: outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é
bode - cabra genro - nora igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
burro - besta padre - madre - Comparativo de igualdade:
carneiro - ovelha padrasto - madrasta O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
cão - cadela padrinho - madrinha Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
cavalheiro - dama pai - mãe - Comparativo de superioridade:
compadre - comadre veado - cerva O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
frade - freira zangão - abelha Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
frei – soror etc. - Comparativo de inferioridade:
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.
ADJETIVOS
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de inten-
FLEXÃO DOS ADJETIVOS sidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
Gênero Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: Esta cidade é poluidíssima.
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne- Esta cidade é muito poluída.
ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu- - Superlativo relativo
lher simples; aluno feliz - aluna feliz. Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, a outros seres:
outra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / ho- Este rio é o mais poluído de todos.
mem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Este rio é o menos poluído de todos.

Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se- Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
melhante a dos substantivos. - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -

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muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti- Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compa- João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense
rativo e o superlativo, as seguintes formas especiais: La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho
NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO Macapá - macapaense Macau - macaense
ABSOLUTO Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe
RELATIVO Madri - madrileno Manaus - manauense
bom melhor ótimo Marajó - marajoara Minho - minhoto
melhor Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco
mau pior péssimo Montevidéu - montevideano Natal - natalense
pior Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
grande maior máximo Pequim - pequinês Pisa - pisano
maior Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro
pequeno menor mínimo Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
menor Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar
Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano
acre - acérrimo ágil - agílimo Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho
amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano
amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo Veneza - veneziano Vitória - vitoriense
áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo Locuções Adjetivas
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo ser substituídas por um adjetivo correspondente.
eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo PRONOMES
frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que re-
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
presenta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se
magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
de pronome substantivo.
manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
• Ele chegou. (ele)
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
• Convidei-o. (o)
pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a
próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
extensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
• Esta casa é antiga. (esta)
sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
• Meu livro é antigo. (meu)
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
Classificação dos Pronomes
terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Há, em Português, seis espécies de pronomes:
velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
de tratamento:
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões;
Adjetivos Gentílicos e Pátrios
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo;
Argélia – argelino Bagdá - bagdali
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde;
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá-
Bóston - bostoniano Braga - bracarense
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
trem, nada, cada, algo.
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases
bucarestense Campos - campista
interrogativas.
Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
PRONOMES PESSOAIS
Catalunha - catalão Chipre - cipriota
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-
Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
curso:
Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
1ª pessoa: quem fala, o emissor.
bricense Cuiabá - cuiabano
Eu sai (eu)
Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Nós saímos (nós)
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
Convidaram-me (me)
Egito - egípcio capixaba
Convidaram-nos (nós)
Equador - equatoriano Évora - eborense
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
Tu saíste (tu)
Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Vós saístes (vós)
Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Convidaram-te (te)
Gabão - gabonês Galiza - galego
Convidaram-vos (vós)
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.
Goiânia - goianense Granada - granadino
Ele saiu (ele)
Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco

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Eles sairam (eles) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é
Convidei-o (o) obrigatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática
Convidei-os (os) de sujeito.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
Os pronomes pessoais são os seguintes: somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção
em que os referidos pronomes não sejam reflexivos:
NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO Querida, gosto muito de SI. (errado)
singular 1ª eu me, mim, comigo Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
2ª tu te, ti, contigo Querida, gosto muito de você. (certo)
3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe Preciso muito falar com você. (certo)
plural 1ª nós nós, conosco
2ª vós vós, convosco Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos:
Ele feriu-se
PRONOMES DE TRATAMENTO Cada um faça por si mesmo a redação
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra- O professor trouxe as provas consigo
tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a 6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados
você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso. normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço,
tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
Veja, a seguir, alguns desses pronomes: Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
PRONOME ABREV. EMPREGO Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V .Ema cardeais 7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral
combinações possíveis são as seguintes:
Vossa Magnificência V. Mag a reitores de universidades
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral me+o=mo me + os = mos
Vossa Santidade V.S. papas te+o=to te + os = tos
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados lhe+o=lho lhe + os = lhos
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo- lhes + o = lho lhes + os = lhos
cês.
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femini-
nos a, as.
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
me+a=ma me + as = mas
1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
te+a=ta te + as = tas
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
- Você pagou o livro ao livreiro?
Considera-se errado seu emprego como complemento:
- Sim, paguei-LHO.
Convidaram ELE para a festa (errado)
Receberam NÓS com atenção (errado)
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
EU cheguei atrasado (certo)
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
ELE compareceu à festa (certo)
2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
pronomes retos:
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
Convidei ELE (errado)
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transiti-
Chamaram NÓS (errado)
vos indiretos:
Convidei-o. (certo)
O menino convidou-a. (V.T.D )
Chamaram-NOS. (certo)
O filho obedece-lhe. (V.T. l )
3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de prepo-
sição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
correto seu emprego como complemento:
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como
Informaram a ELE os reais motivos.
as construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento
Emprestaram a NÓS os livros.
de verbos transitivos diretos:
Eles gostam muito de NÓS.
Eu lhe vi ontem. (errado)
4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
Nunca o obedeci. (errado)
errado seu emprego como complemento:
Eu o vi ontem. (certo)
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca lhe obedeci. (certo)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
de preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse
oblíquas MIM e TI:
infinitivo:
Ninguém irá sem EU. (errado)
Deixei-o sair.
Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Vi-o chegar.
Ninguém irá sem MIM. (certo)
Sofia deixou-se estar à janela.
Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desen-
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
volvendo as orações reduzidas de infinitivo:
TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
como sujeito de um verbo no infinitivo.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
A mim, ninguém me engana.
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
A ti tocou-te a máquina mercante.

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Que lhes importa a eles a recompensa?
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleo- Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
nasmo vicioso e sim ênfase. 2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Papai do céu o abençoe.
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessi- A terra lhes seja leve.
vo, exercendo função sintática de adjunto adnominal: 3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro. Em se animando, começa a contagiar-nos.
Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para represen- pausa entre eles.
tar uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
modéstia: Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchen-
tes. Mesóclise
Vós sois minha salvação, meu Deus! Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presen-
te e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise.
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
quando falamos dessa pessoa: Dir-se-ia vir do oco da terra.
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos? Mas:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração. Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE, Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª Lembrarei-me (!?)
pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como Diria-se (!?)
pronomes de terceira pessoa:
Você trouxe seus documentos?
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
COLOCAÇÃO DE PRONOMES Podemos contar-lhe o ocorrido.
Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A, Podemos-lhe contar o ocorrido.
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: Não lhes podemos contar o ocorrido.
1. Antes do verbo - próclise O menino foi-se descontraindo.
Eu te observo há dias. O menino foi descontraindo-se.
2. Depois do verbo - ênclise O menino não se foi descontraindo.
Observo-te há dias. 2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclíti-
3. No interior do verbo - mesóclise co ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio.
Observar-te-ei sempre. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a
Descartes ."
Ênclise Tenho-me levantado cedo.
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é Não me tenho levantado cedo.
a ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemen-
to direto ou indireto. O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o
O pai esperava-o na estação agitada. auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
Expliquei-lhe o motivo das férias. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o
da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a linguagem escrita.
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
PRONOMES POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
indo-lhes a posse de alguma coisa.
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
3. Com o imperativo afirmativo:
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o
Companheiros, escutai-me.
livro pertence a 1ª pessoa (eu)
4. Com o infinitivo impessoal:
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Eis as formas dos pronomes possessivos:
destino na mesa.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS.
meio franco.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
Próclise
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
você).
interrogativos e conjunções.
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambi-
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
guidade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).
Quem lhe ensinou esses modos?
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele.
Quem os ouvia, não os amou.

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


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A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Este ano será bom para nós.
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Este século terminará breve.
f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos Este assunto já foi discutido ontem.
pronomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. Tudo isto que estou dizendo já é velho.
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
suas mãos). Só posso lhe dizer isto: nada somos.
Não me respeitava a adolescência. Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se:
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com
quem se fala):
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: Esse documento que tens na mão é teu?
1. Cálculo aproximado, estimativa: Isso que carregas pesa 5 kg.
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente:
2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma histó- Esse teu coração me traiu.
ria Essa alma traz inúmeros pecados.
O nosso homem não se deu por vencido. Quantos vivem nesse pais?
Chama-se Falcão o meu homem c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que
3. O mesmo que os indefinidos certo, algum desejamos distância:
Eu cá tenho minhas dúvidas O povo já não confia nesses políticos.
Cornélio teve suas horas amargas Não quero mais pensar nisso.
4. Afetividade, cortesia d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2 ª pessoa:
Como vai, meu menino? Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde.
Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo O que você quer dizer com isso?
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de pa- falamos:
rentes de família. Um dia desses estive em Porto Alegre.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Comi naquele restaurante dia desses.
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida- f) Para indicar aquilo que já mencionamos:
de. Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito
não sabia o que dizer. distante.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se:
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
á 3ª.
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
Aquele documento que lá está é teu?
coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra per-
Naquele instante estava preocupado.
to de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro
Daquele instante em diante modifiquei-me.
está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
que o livro está longe de ambas as pessoas.
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
Os pronomes demonstrativos são estes: usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa variações) para a primeira:
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
AQUELE (e variações), próprio (e variações) e aquela tranquila.
MESMO (e variações), próprio (e variações) 5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
SEMELHANTE (e variação), tal (e variação) pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Emprego dos Demonstrativos Com um frio destes não se pode sair de casa.
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: Nunca vi uma coisa daquelas.
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm cará-
fala). ter reforçativo:
Este documento que tenho nas mãos não é meu. Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Isto que carregamos pesa 5 kg. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
Este coração não pode me trair. ISSO ou AQUELE (e variações).
Esta alma não traz pecados. Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
Tudo se fez por este país.. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
c) Para indicar o momento em que falamos: Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
Neste instante estou tranquilo. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os
Deste minuto em diante vou modificar-me. homens superiores.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante:
momento em que falamos: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,
Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO.
Um dia destes estive em Porto Alegre. Tal era a situação do país.
e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no Não disse tal.
qual se inclui o momento em que falamos: Tal não pôde comparecer.
Nesta semana não choveu.
Neste mês a inflação foi maior. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


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des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompa- Cada povo tem seus costumes.
nha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases Certas pessoas exercem várias profissões.
como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.
DE QUAL ou OUTRO TAL:
Suas manias eram tais quais as minhas. PRONOMES INTERROGATIVOS
A mãe era tal quais as filhas. Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se
Os filhos são tais qual o pai. de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso.
Tal pai, tal filho. Exemplos:
É pronome substantivo em frases como: Que há?
Não encontrarei tal (= tal coisa). Que dia é hoje?
Não creio em tal (= tal coisa) Reagir contra quê?
Por que motivo não veio?
PRONOMES RELATIVOS Quem foi?
Veja este exemplo: Qual será?
Armando comprou a casa QUE lhe convinha. Quantos vêm?
Quantas irmãs tens?
A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
casa é um pronome relativo.
VERBO
PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já
referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. CONCEITO
A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando-
No exemplo dado, o antecedente é casa. as no tempo.
Outros exemplos de pronomes relativos: Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a
Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, fari-
O lugar onde paramos era deserto. nha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro
Traga tudo quanto lhe pertence. elas. Assim fiz. Morreram.”
Leve tantos ingressos quantos quiser. (Clarice Lispector)
Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
Eis o quadro dos pronomes relativos: a) Estado:
Não sou alegre nem sou triste.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Sou poeta.
b) Mudança de estado:
Masculino Feminino
Meu avô foi buscar ouro.
o qual a qual quem
Mas o ouro virou terra.
os quais as quais
c) Fenômeno:
cujo cujos cuja cujas que
Chove. O céu dorme.
quanto quanta quantas onde
quantos
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de
estado e fenômeno, situando-se no tempo.
Observações:
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. FLEXÕES
O médico de quem falo é meu conterrâneo. O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer
sempre um substantivo sem artigo. em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? • a ação de cantar.
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedi- • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
dos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, • o número gramatical (plural).
todas. • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
Tenho tudo quanto quero. • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido
Leve tantos quantos precisar. no passado (indicativo).
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE. Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
PRONOMES INDEFINIDOS 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
modo vago, impreciso, indeterminado. a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO cemos.
Exemplos: 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Algo o incomoda? a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adorme-
Não faças a outrem o que não queres que te façam. ceis.
Quem avisa amigo é. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Encontrei quem me pode ajudar. a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
Ele gosta de quem o elogia. adormece.
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.:
CERTA CERTAS. Eles adormecem.

Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


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3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua
falante em relação ao fato que comunica. Há três modos em portu- conjugação.
guês. verbo ser: sou - fui
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. verbo ir: vou - ia
A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
explícito. Quase todos os verbos são pessoais.
pedido
O Nino apareceu na porta.
Corra na frente, Baleia.
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito
4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no
implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impes-
tempo, em relação ao momento em que se fala. Os três tempos bási-
soais:
cos são:
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,
a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
etc.
Fecho os olhos, agito a cabeça.
Garoava na madrugada roxa.
b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
em que se fala:
Houve um espetáculo ontem.
Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Há alunos na sala.
c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
claros.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.
presente.
Fazia dois anos que eu estava casado.
Faz muito frio nesta região?
Veja o esquema dos tempos simples em português:
Presente (falo)
INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
Imperfeito (falava) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente
Mais- que-perfeito (falara) na 3ª pessoa do singular - quando significa:
Futuro do presente (falarei) 1) EXISTIR
do pretérito (falaria) Há pessoas que nos querem bem.
Presente (fale) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Futuro (falar) Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
2) ACONTECER, SUCEDER
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esque- Não haja desavenças entre vós.
ma dos tempos simples. Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
Infinitivo impessoal (falar) 3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) Há meses que não o vejo.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando) Haverá nove dias que ele nos visitou.
Particípio (falado) Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: O fato aconteceu há cerca de oito meses.
a) agente do fato expresso. Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
O carroceiro disse um palavrão. pretérito imperfeito, e não no presente:
(sujeito agente) Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
O verbo está na voz ativa. Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
b) paciente do fato expresso: Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
Um palavrão foi dito pelo carroceiro. Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
(sujeito paciente) 4) REALIZAR-SE
O verbo está na voz passiva. Houve festas e jogos.
c) agente e paciente do fato expresso: Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
O carroceiro machucou-se. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
(sujeito agente e paciente) 5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
O verbo está na voz reflexiva. seguido de infinitivo):
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de Em pontos de ciência não há transigir.
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Não há contê-lo, então, no ímpeto.
Falo - Estudam. Não havia descrer na sinceridade de ambos.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
fora do radical. E não houve convencê-lo do contrário.
Falamos - Estudarei. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
cantei - cantarei – cantava - cantasse. De há muito que esta árvore não dá frutos.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou De há muito não o vejo.
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe- ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc. pessoa do singular:
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o Vai haver eleições em outubro.
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: Começou a haver reclamações.
matado - morto - enxugado - enxuto. Não pode haver umas sem as outras.

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Parecia haver mais curiosos do que interessados. Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. futuro em relação ao momento em que se fala.
Irei à escola.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser f) Futuro do Pretérito
construída de três modos: Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
Hajam vista os livros desse autor. - um fato futuro, em relação a outro fato passado.
Haja vista os livros desse autor. - Eu jogaria se não tivesse chovido.
Haja vista aos livros desse autor. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto.
- Seria realmente agradável ter de sair?
CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às
vezes, ironia.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
- Daria para fazer silêncio?!
sentido da frase.
Exemplo:
Modo Subjuntivo
Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
a) Presente
A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
- um fato presente, mas duvidoso, incerto.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ati-
Talvez eles estudem... não sei.
va passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva,
- um desejo, uma vontade:
conservando o mesmo tempo.
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
b) Pretérito Imperfeito
Outros exemplos:
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma
Os calores intensos provocam as chuvas.
hipótese, uma condição.
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Se eu estudasse, a história seria outra.
Eu o acompanharei.
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo.
Ele será acompanhado por mim.
e) Pretérito Perfeito
Todos te louvariam.
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar
Serias louvado por todos.
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
Prejudicaram-me.
características do modo subjuntivo).
Fui prejudicado.
Que tenha estudado bastante é o que espero.
Condenar-te-iam.
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-
Serias condenado.
perfeito do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a ou-
tro fato passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
subjuntivo:
a) Presente
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
lamente.
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
e) Futuro
Eles estudam silenciosamente.
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já
Eles estão estudando silenciosamente.
concluído em relação a outro fato futuro.
- uma ação habitual.
Quando eu voltar, saberei o que fazer.
Corra todas as manhãs.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
O homem é mortal. VERBOS AUXILIARES
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa. INDICATIVO
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
maior realce à narrativa. SER ESTAR TER HAVER
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". PRESENTE
É o chamado presente histórico ou narrativo. sou estou tenho hei
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos: és estás tens hás
é está tem há
Amanhã vou à escola. somos estamos temos havemos
Qualquer dia eu te telefono. sois estais tendes haveis
b) Pretérito Imperfeito são estão têm hão
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: PRETÉRITO PERFEITO
- um fato passado contínuo, habitual, permanente: era estava tinha havia
eras estavas tinhas havias
Ele andava à toa. era estava tinha havia
Nós vendíamos sempre fiado. éramos estávamos tínhamos havíamos
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que éreis estáveis tínheis havíes
ocorre por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis. eram estavam tinham haviam
Era uma vez... PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
fui estive tive houve
- um fato presente em relação a outro fato passado. foste estiveste tiveste houveste
Eu lia quando ele chegou. foi esteve teve houve
c) Pretérito Perfeito fomos estivemos tivemos houvemos
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já fostes estivestes tivestes houvestes
foram estiveram tiveram houveram
ocorrido, concluído.
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
Estudei a noite inteira. tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até tens sido tens estado tens tido tens havido
o momento presente. tem sido tem estado tem tido tem havido
Tenho estudado todas as noites. temos sido temos estado temos tido temos havido
tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
d) Pretérito mais-que-perfeito têm sido têm estado têm tido têm havido
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): fora estivera tivera houvera
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. foras estiveras tiveras houveras
e) Futuro do Presente fora estivera tivera houvera

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fôramos estivéramos tivéramos houvéramos cantas vendes partes
fôreis estivéreis tivéreis houvéreis canta vende parte
foram estiveram tiveram houveram cantamos vendemos partimos
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO cantais vendeis partis
tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+sido, estado, tido , havido) cantam vendem partem
FUTURO DO PRESENTE SIMPLES PRETÉRITO IMPERFEITO
serei estarei terei haverei cantava vendia partia
serás estarás terás haverá cantavas vendias partias
será estará terá haverá cantava vendia partia
seremos estaremos teremos haveremos cantávamos vendíamos partíamos
sereis estareis tereis havereis cantáveis vendíeis partíeis
serão estarão terão haverão cantavam vendiam partiam
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
terei, terás, terá, teremos, tereis, terão, (+sido, estado, tido, havido) cantei vendi parti
FUTURO DO PRETÉ- cantaste vendeste partiste
RITO SIMPLES cantou vendeu partiu
seria estaria teria haveria cantamos vendemos partimos
serias estarias terias haverias cantastes vendestes partistes
seria estaria teria haveria cantaram venderam partiram
seríamos estaríamos teríamos haveríamos PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
serieis estaríeis teríeis haveríeis tenho, tens, tem, temos, tendes, têm (+ cantado, vendido, partido)
seriam estariam teriam haveriam PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO cantara vendera partira
teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ sido, estado, tido, havido) cantaras venderas partiras
PRESENTE SUBJUNTIVO cantara vendera partira
seja esteja tenha haja cantáramos vendêramos partíramos
sejas estejas tenhas hajas cantáreis vendêreis partíreis
seja esteja tenha haja cantaram venderam partiram
sejamos estejamos tenhamos hajamos PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
sejais estejais tenhais hajais tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+ cantando, vendido, partido)
sejam estejam tenham hajam Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
PRETÉRITO IMPERFEITO SIMPLES FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
fosse estivesse tivesse houvesse cantarei venderei partirei
fosses estivesses tivesses houvesses cantarás venderás partirás
fosse estivesse tivesse houvesse cantará venderá partirá
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos cantaremos venderemos partiremos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis cantareis vendereis partireis
fossem estivessem tivessem houvessem cantarão venderão partirão
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido, havido) terei, terás, terá, teremos, tereis, terão (+ cantado, vendido, partido)
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
tivesse, tivesses, tivesses, tivéssemos, tivésseis, tivessem ( + sido, estado, tido, havido) FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES
FUTURO SIMPLES cantaria venderia partiria
se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver cantarias venderias partirias
se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres cantaria venderia partiria
se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver cantaríamos venderíamos partiríamos
se nós formos se nós estivermos se nós tivermos se nós houvermos cantaríeis venderíeis partiríeis
se vós fordes se vós estiverdes se vós tiverdes se vós houverdes cantariam venderiam partiriam
se eles forem se eles estiverem se eles tiverem se eles houverem FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
FUTURO COMPOSTO teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ cantado, vendido, partido)
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado, tido, havido) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
AFIRMATIVO IMPERATIVO teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam, (+ cantado, vendido, partido)
sê tu está tu tem tu há tu Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
seja você esteja você tenha você haja você PRESENTE SUBJUNTIVO
sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós cante venda parta
sede vós estai vós tende vós havei vós cantes vendas partas
sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês cante venda parta
NEGATIVO cantemos vendamos partamos
não sejas tu não estejas tu não tenhas tu não hajas tu canteis vendais partais
não seja você não esteja você não tenha você não haja você cantem vendam partam
não sejamos nós não estejamos nós não tenhamos nós não hajamos nós PRETÉRITO IMPERFEITO
não sejais vós não estejais vós não tenhais vós não hajais vós cantasse vendesse partisse
não sejam vocês não estejam vocês não tenham vocês não hajam vocês cantasses vendesses partisses
IMPESSOAL INFINITIVO cantasse vendesse partisse
ser estar ter haver cantássemos vendêssemos partíssemos
IMPESSOAL COMPOSTO cantásseis vendêsseis partísseis
Ter sido ter estado ter tido ter havido cantassem vendessem partissem
PESSOAL PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
ser estar ter haver tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado, vendido, partido)
seres estares teres haveres Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
ser estar ter haver FUTURO SIMPLES
sermos estarmos termos havermos cantar vender partir
serdes estardes terdes haverdes cantares venderes partires
serem estarem terem haverem cantar vender partir
SIMPLES GERÚNDIO cantarmos vendermos partimos
sendo estando tendo havendo cantardes venderdes partirdes
COMPOSTO cantarem venderem partirem
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido FUTURO COMPOSTO
PARTICÍPIO tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, vendido, partido)
sido estado tido havido AFIRMATIVO IMPERATIVO
canta vende parte
cante venda parta
CONJUGAÇÕES VERBAIS cantemos vendamos partamos
cantai vendei parti
cantem vendam partam
INDICATIVO NEGATIVO
PRESENTE não cantes não vendas não partas
canto vendo parto não cante não venda não parta

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não cantemos não vendamos não partamos
MODO SUBJUNTIVO
não canteis não vendais não partais
não cantem não vendam não partam
1) PRETÉRITO PERFEITO. Formado do PRESENTE DO SUBJUNTIVO
do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:
INFINITIVO IMPESSOAL SIMPLES tenha cantado tenha vendido tenha
tenhas cantado tenhas vendido tenhas partido
PRESENTE tenha cantado tenha vendido tenha partido
cantar vender partir tenhamos cantado tenhamos vendido tenhamos partido
INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONADO tenhais cantado tenhais vendido tenhais partido
cantar vender partir tenham cantado vendido tenham partido
cantares venderes partires
cantar vender partir 2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO. Formado do IMPERFEITO DO
cantarmos vendermos partirmos SUBJUNTIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo
cantardes venderdes partirdes principal:
cantarem venderem partirem
INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO IMPESSOAL tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido
ter (ou haver), cantado, vendido, partido tivesses cantado tivesses vendido tivesses partido
INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO PESSOAL
tivesse cantado tivesse vendido tivesse partido
ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, partido)
tivéssemos cantado tivéssemos vendido tivéssemos partido
GERÚNDIO SIMPLES - PRESENTE
cantando vendendo partindo tivésseis cantado tivésseis vendido tivésseis partido
GERÚNDIO COMPOSTO - PRETÉRITO tivessem cantado tivessem vendido tivessem partido
tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido
PARTICÍPIO 3) FUTURO COMPOSTO. Formado do FUTURO SIMPLES DO SUBJUN-
cantado vendido partido TIVO do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:

tiver cantado tiver vendido tiver partido


Formação dos tempos compostos tiveres cantado tiveres vendido tiveres partido
tiver cantado tiver vendido tiver partido
tivermos cantado tivermos vendido tivermos partido
Com os verbos ter ou haver tiverdes cantado tiverdes vendido tiverdes partido
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação tiverem cantado tiverem vendido tiverem partido
Entre os tempos compostos da voz ativa merecem realce particular
aqueles que são constituídos de formas do verbo ter (ou, mais raramente, FORMAS NOMINAIS
haver) com o particípio do verbo que se quer conjugar, porque é costume
1) INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO (PRETÉRITO IMPESSOAL).
incluí-los nos próprios paradigmas de conjugação: Formado do INFINITIVO IMPESSOAL do verbo ter (ou haver) com o
PARTICÍPIO do verbo principal:
MODO INDICATIVO
ter cantado ter vendido ter partido
1) PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO. Formado do PRESENTE DO
INDICATIVO do verbo ter com o PARTICÍPIO do verbo principal: 2) INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO (OU PRETÉRITO PESSOAL).
Formado do INFINITIVO PESSOAL do verbo ter (ou haver) com o
tenho cantado tenho vendido tenho partido PARTICÍPIO do verbo principal:
tens cantado tens vendido tens partido
tem cantado tem vendido tem partido ter cantado ter vendido ter partido
temos cantado temos vendido temos partido teres cantado teres vendido teres partido
tendes cantado tendes vendido tendes partido ter cantado ter vendido ter partido
têm cantado têm vendido têm partido termos cantado termos vendido termos partido
terdes cantado terdes vendido terdes partido
2) PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. Formado do IMPER- terem cantado terem vendido terem partido
FEITO DO INDICATIVO do verbo ter. (ou haver) com o PARTICÍPIO do
verbo principal: 3) GERÚNDIO COMPOSTO (PRETÉRITO). Formado do GERÚNDIO do
verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do verbo principal:
tinha cantado tinha vendido tinha partido
tinhas cantado tinhas vendido tinhas .partido tendo cantado tendo vendido tendo partido
tinha cantado tinha vendido tinha partido
Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e
tínhamos cantado tínhamos vendido tínhamos partido
Lindley Cintra, Editora Nova Fronteira, 2ª edição, 29ª impressão.
tínheis cantado tínheis vendido tínheis partido
tinham cantado tinham vendido tinham partido

3) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO. Formado do FUTURO DO VERBOS IRREGULARES


PRESENTE SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do
verbo principal: DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
terei cantado terei vendido terei partido
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
terás cantado terás vendido terás, partido Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
terá cantado terá vendido terá partido Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem
teremos cantado teremos vendido teremos partido Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
tereis cantado tereis vendido tereis , partido
terão cantado terão vendido terão partido MOBILIAR
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam
4) FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO. Formado do FUTURO DO Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem
PRETÉRITO SIMPLES do verbo ter (ou haver) com o PARTICÍPIO do Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
verbo principal: AGUAR
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
teria cantado teria vendido teria partido Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
terias cantado terias vendido terias partido Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem
teria cantado teria vendido teria partido
teríamos cantado teríamos vendido teríamos partido MAGOAR
teríeis cantado teríeis vendido teríeis partido Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
teriam cantado teriam vendido teriam partido Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar

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Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam
APIEDAR-SE Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-vos, Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
apiadam-se Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-vos, Gerúndio podendo
apiedem-se Particípio podido
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo
negativo
MOSCAR
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam PROVER
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
RESFOLEGAR Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, resfolgam Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, resfolguem Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
NOMEAR Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, proves-
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam sem
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomea- Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
vam Gerúndio provendo
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam Particípio provido
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem QUERER
Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
COPIAR Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, quisessem
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiáreis, copiaram Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem REQUERER
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
ODIAR Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, requereram
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, requerereis,
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam requereram
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram requererão
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar requereriam
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
CABER Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerês-
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam seis, requeressem,
Pretérito mais-que-perfeito
coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, reque-
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam rem
Imperfeito do subjuntivo
coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, Gerúndio requerendo
coubessem Particípio requerido
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo
negativo REAVER
Presente do indicativo reavemos, reaveis
CRER Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouve-
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam ram
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis,
Conjugam-se como crer, ler e descrer reouvessem
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem
DIZER O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresenta a letra v
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram SABER
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissesse Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem soubessem
Particípio dito Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
VALER
FAZER Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão TRAZER
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
PERDER Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam trouxessem
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
PODER Gerúndio trazendo
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Particípio trazido
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam VER
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos


Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram PEDIR
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Particípio visto
POLIR
ABOLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, aboliram REMIR
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do subjuntivo não há
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, abolissem RIR
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Imperativo afirmativo abole, aboli Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Imperativo negativo não há Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Infinitivo impessoal abolir Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Gerúndio abolindo Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Particípio abolido Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
AGREDIR Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Gerúndio rindo
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Particípio rido
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Conjuga-se como rir: sorrir

COBRIR VIR
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Particípio coberto Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
FALIR Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do indicativo falimos, falis Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Gerúndio vindo
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Particípio vindo
Presente do subjuntivo não há Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem SUMIR
Imperativo afirmativo fali (vós) Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Imperativo negativo não há Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Gerúndio falindo Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Particípio falido

FERIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
vérbio, exprimindo uma circunstância.
MENTIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Os advérbios dividem-se em:
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde,
FUGIR avante, através, defronte, aonde, etc.
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
IR 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante,
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tan-
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão to, bem, mal, quase, apenas, etc.
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
6) NEGAÇÃO: não.
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem provavelmente, etc.
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Gerúndio indo Há Muitas Locuções Adverbiais
Particípio ido 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à
entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
OUVIR
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Particípio ouvido 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos


bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, CD 400 quatrocentos quadringentésimo quadringentésimo
D 500 quinhentos quingentésimo quingentésimo
em geral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a DC 600 seiscentos sexcentésimo sexcentésimo
olhos vistos, de propósito, de súbito, por um triz, etc. DCC 700 setecentos septingentésimo septingentésimo
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui- DCCC 800 oitocentos octingentésimo octingentésimo
CM 900 novecentos nongentésimo nongentésimo
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
M 1000 mil milésimo milésimo
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, Emprego do Numeral
etc.
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Advérbios Interrogativos
Luis X (décimo) ano I (primeiro)
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pio lX (nono) século lV (quarto)
Palavras Denotativas
De 11 em diante, empregam-se os cardinais:
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios,
Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. XX Salão do Automóvel (vigésimo)
4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
VI Festival da Canção (sexto)
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
lV Bienal do Livro (quarta)
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Mas que olhos lindos!
Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
Veja só que maravilha!
emprego do ordinal.
Hoje é primeiro de setembro
NUMERAL Não é aconselhável iniciar período com algarismos
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos or-
O numeral classifica-se em: dinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e
- cardinal - quando indica quantidade. dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam
- ordinal - quando indica ordem. nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número
- multiplicativo - quando indica multiplicação. vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever
- fracionário - quando indica fracionamento. também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense,
vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
Exemplos:
Silvia comprou dois livros. ARTIGO
Antônio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determi-
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ná-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Dividem-se em
• definidos: O, A, OS, AS
Algarismos Numerais • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
Romanos Arábicos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
I 1 um primeiro simples -
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
II 2 dois segundo duplo meio Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
dobro
III 3 três terceiro tríplice terço
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto geral.
VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo terminado).
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo
IX 9 nove nono nônuplo nono
X 10 dez décimo décuplo décimo lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
XI 11 onze décimo primeiro onze avos
XII 12 doze décimo segundo doze avos
XIII 13 treze décimo terceiro treze avos CONJUNÇÃO
XIV 14 quatorze décimo quarto quatorze avos
XV 15 quinze décimo quinto quinze avos
XVI 16 dezesseis décimo sexto dezesseis avos Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
XVII 17 dezessete décimo sétimo dezessete avos
XVIII 18 dezoito décimo oitavo dezoito avos
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos
Coniunções Coordenativas
XX 20 vinte vigésimo vinte avos 1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos 2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no
XL 40 quarenta quadragésimo quarenta avos
entanto, etc.
L 50 cinquenta quinquagésimo cinquenta avos
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc.
LXX 70 setenta septuagésimo setenta avos 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequência.
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc.
XC 90 noventa nonagésimo noventa avos
C 100 cem centésimo centésimo
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo Conjunções Subordinativas
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.

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2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. As árvores balançam, logo está ventando.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que,
etc. porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
6) INTEGRANTES: que, se, etc. Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. causar incêndios.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
forma que, de modo que, etc.
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais, Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adver-
etc. sativo:
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES (Jorge Amado)

Conjunções subordinativas
Examinemos estes exemplos: As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. à outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações
2º) Os livros ensinam e divertem. que traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição
3º) Saímos de casa quando amanhecia. ou hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
Abrangem as seguintes classes:
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como,
é uma conjunção. já que, uma vez que, desde que.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligan- efeito).
do orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Desde que é impossível, não insistirei.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como,
mesma oração. (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que,
(tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma depen- mesmo que (= como).
da da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
conjunção E é coordenativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à (Paulo Mendes Campos)
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
QUANDO é subordinativa. (Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada."
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. (Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (Carlos Drummond de Andrade)
As conjunções coordenativas podem ser: Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. Os governantes realizam menos do que prometem.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que,
Não aprovo nem permitirei essas coisas. ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito
Os livros não só instruem mas também divertem. que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que,
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polini- sem que (= embora não).
zam as flores. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Beba, nem que seja um pouco.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
apesar disso, em todo caso. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. afirmações.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. (= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Ficaremos sentidos, se você não vier.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a me-
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, nos que os mosquitos se opusessem."
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc. (Ferreira de Castro)
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas
Ou você estuda ou arruma um emprego. não são como (ou conforme) dizem.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo. "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar."
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando. (Machado de Assis)
"Já chora, já se ri, já se enfurece." 6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,
(Luís de Camões) tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por forma que, de maneira que, sem que, que (não).
conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.

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Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. disse. (sem que = embora não)
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar. 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude mui-
7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). to. (sem que = se não,caso não)
Afastou-se depressa para que não o víssemos. 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. (sem que = que não)
Fiz-lhe sinal que se calasse. 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quan-
to mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
(tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
À medida que se vive, mais se aprende. PREPOSIÇÃO
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois
termos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
Observação: segundo, um subordinado ou consequente.
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medi-
da que e na medida em que. A forma correta é à medida que: Exemplos:
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." Chegaram a Porto Alegre.
(Maria José de Queirós) Discorda de você.
Fui até a esquina.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre Casa de Paulo.
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora
que, etc. Preposições Essenciais e Acidentais
Venha quando você quiser. As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CON-
Não fale enquanto come. TRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB,
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. SOBRE e ATRÁS.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval- outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais:
cânti) afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante,
10) Integrantes: que, se. salvo, segundo, senão, tirante, visto, etc.
Sabemos que a vida é breve.
Veja se falta alguma coisa. INTERJEIÇÃO

Observação: Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem


Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém ser:
o chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A - alegria: ahl oh! oba! eh!
NGB, porém, não consigna esta espécie de conjunção. - animação: coragem! avante! eia!
- admiração: puxa! ih! oh! nossa!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem - aplauso: bravo! viva! bis!
que, por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, - desejo: tomara! oxalá!
etc. - dor: aí! ui!
- silêncio: psiu! silêncio!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, - suspensão: alto! basta!
portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no
contexto. Assim, a conjunção que pode ser: LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mes-
1) Aditiva (= e): mo valor de uma interjeição.
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
A nós que não a eles, compete fazê-lo. Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove.
3) Integrante: SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva: FRASE
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
Não vão a uma festa que não voltem cansados. O tempo está nublado.
Onde estavas, que não te vi? Socorro!
5) Comparativa (= do que, como): Que calor!
A luz é mais veloz que o som.
Ficou vermelho que nem brasa. ORAÇÃO
6) Concessiva (= embora, ainda que): Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal.
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. A fanfarra desfilou na avenida.
Beba, um pouco que seja. As festas juninas estão chegando.
7) Temporal (= depois que, logo que):
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. PERÍODO
8) Final (= pare que): Período é a frase estruturada em oração ou orações.
Vendo-me à janela, fez sinal que descesse. O período pode ser:
9) Causal (= porque, visto que): • simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta).
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vival- Fui à livraria ontem.
do Coaraci) • composto - quando constituído por mais de uma oração.
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Fui à livraria ontem e comprei um livro. transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 2. OBJETO INDIRETO


São dois os termos essenciais da oração: Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
transitivo indireto.
SUJEITO As crianças precisam de CARINHO.
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado
O sujeito pode ser : por um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
- simples: quando tem um só núcleo Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
núcleo: rosas) Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
- composto: quando tem mais de um núcleo (advérbio).
O burro e o cavalo saíram em disparada.
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) 4. AGENTE DA PASSIVA
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) na voz passiva.
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal A mãe é amada PELO FILHO.
Come-se bem naquele restaurante. O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Choveu ontem.
Há plantas venenosas. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
PREDICADO função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito.
alguma circunstância.
O predicado classifica-se em:
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais
São termos acessórios da oração:
predicativo do sujeito.
Nosso colega está doente.
1. ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
substantivos. Pode ser expresso:
PERMANECER, etc.
• pelos adjetivos: água fresca,
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
• pelos artigos: o mundo, as ruas
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
Nosso colega está doente.
• pelos numerais : três garotos; sexto ano
A moça permaneceu sentada.
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou
transitivo.
O avião sobrevoou a praia. 2. ADJUNTO ADVERBIAL
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de
O sabiá voou alto. tempo, lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. advérbio.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem Cheguei cedo.
auxílio de proposição. José reside em São Paulo.
Minha equipe venceu a partida.
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com 3. APOSTO
auxílio de preposição. Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Ele precisa de um esparadrapo. desenvolve ou resume outro termo da oração.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao Dr. João, cirurgião-dentista,
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de com- Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
plemento com auxilio de preposição. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Damos uma simples colaboração a vocês. 4. VOCATIVO
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais interpelar alguém ou alguma coisa.
predicativo do sujeito. Tem compaixão de nós, ó Cristo.
Os rapazes voltaram vitoriosos. Professor, o sinal tocou.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, Rapazes, a prova é na próxima semana.
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
direto ou indireto. Fui ao cinema.
Elegemos o nosso candidato vereador. O pássaro voou.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Chama-se termos integrantes da oração os que completam a PERÍODO COMPOSTO
significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à No período composto há mais de uma oração.
compreensão do enunciado. (Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens
folgam.)
1. OBJETO DIRETO
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo Período composto por coordenação

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Apresenta orações independentes. Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) por um conectivo.
ELES DISSERAM que voltarão logo.
Período composto por subordinação ELE AFIRMOU que não virá.
Apresenta orações dependentes. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
(É bom) (que você estude.)
ORAÇÃO SUBORDINADA
Período composto por coordenação e subordinação Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
período é também conhecido como misto. nem sempre é a primeira do período.
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) Quando ele voltar, eu saio de férias.
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
ORAÇÃO COORDENADA Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
Oração coordenada é aquela que é independente.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
As orações coordenadas podem ser: Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
- Sindética: de um substantivo.
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
coordenativa. substantivas classificam-se em:
Viajo amanhã, mas volto logo.
- Assindética: 1) SUBJETIVA (sujeito)
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou Convém que você estude mais.
ponto e vírgula. Importa que saibas isso bem. .
Chegou, olhou, partiu. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é
A oração coordenada sindética pode ser: necessária.

1. ADITIVA: 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)


Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas, Desejo QUE VENHAM TODOS.
também: Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
2. ADVERSATIVA: Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de
contraste (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, 4) COMPLETIVA NOMINAL
etc). Complemento nominal.
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Ser grato A QUEM TE ENSINA.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Sou favorável A QUE O PRENDAM.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO.
5) PREDICATIVA (predicativo)
3. ALTERNATIVAS: Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
outra (ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
Mudou o natal OU MUDEI EU?
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, 6) APOSITIVAS (servem de aposto)
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
(C. Meireles) Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.

4. CONCLUSIVAS: 7) AGENTE DA PASSIVA


Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
um adjetivo.
5. EXPLICATIVAS: Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro
que a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
1) EXPLICATIVAS:
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS. Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe
uma informação.
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
2) RESTRITIVAS:
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.
indispensáveis ao sentido da frase:
Pedra QUE ROLA não cria limo.
ORAÇÃO PRINCIPAL As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
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Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinan-
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de te se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
um advérbio.

As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:


Principais Casos de Concordância Nominal
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
gênero e número com o substantivo.
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
O tambor soa PORQUE É OCO.
2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
normalmente para o plural.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
comparação.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
O som é menos veloz QUE A LUZ.
para o masculino plural.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se
próximo:
admite:
Trouxe livros e revista especializada.
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais pró-
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
ximo.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese:
sujeito.
SE O CONHECESSES, não o condenarias.
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? Meus amigos estão atrapalhados.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predi-
cativo no gênero da pessoa a quem se refere.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
com outro:
8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
Fiz tudo COMO ME DISSERAM.
vão para o singular ou para o plural.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado:
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS.
Já estudei o primeiro e segundo livros.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO!
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
que se referem.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR.
Ela mesma veio até aqui.
Eles chegaram sós.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade:
Eles próprios escreveram.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e
na oração principal:
fica invariável quando é advérbio.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. Quero meio quilo de café.
Minha mãe está meio exausta.
É meio-dia e meia. (hora)
10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o subs-
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
tantivo a que se referem.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
A expressão em anexo é invariável.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Trouxe em anexo estas fotos.
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas
15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substi-
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio.
tuem advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
Vocês falaram alto demais.
Exemplos:
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU O combustível custava barato.
Você leu confuso.
PREPARADO.
Ela jura falso.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjeti-
conseguirás.
vos, sofrem variação normalmente.
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
Esses pneus custam caro.
ATENTOS.
Conversei bastante com eles.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
Conversei com bastantes pessoas.
entristeceu-se.
Estas crianças moram longe.
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES
Conheci longes terras.
MAIS.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
me. CONCORDÂNCIA VERBAL

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL CASOS GERAIS

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Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Aquilo é ilusão.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER
O pessoal ainda não chegou. concorda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
A turma não gostou disso. Que são florestas equatoriais?
Um bando de pássaros pousou na árvore. Quem eram aqueles homens?
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá
ao plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará
Os Estados Unidos são um grande país. com a expressão numérica.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. São oito horas.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Hoje são 19 de setembro.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Três batalhões é muito pouco.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indife- Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
rentemente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). Maria era as flores da casa.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o O homem é cinzas.
sujeito paciente.
Vende-se um apartamento. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
Vendem-se alguns apartamentos. concorda com o predicativo.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o Dançar e cantar é a sua atividade.
verbo para a 3ª pessoa do singular. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Precisa-se de funcionários.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
no singular e o verbo no singular ou no plural. concorda com o pronome.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) A ciência, mestres, sois vós.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Em minha turma, o líder sou eu.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infiniti-
Mais de um jurado fez justiça à minha música. vo, apenas um deles deve ser flexionado.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
no singular.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito.
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
Deu uma hora.
calmente do outro.
Deram três horas.
Bateram cinco horas.
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos
Naquele relógio já soaram duas horas.
e adjetivos).
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Exemplos:
Ela é que faz as bolas.
Eu é que escrevo os programas.
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
um pronome relativo.
PARA = passagem
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Fui eu que fiz a lição
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí- A regência verbal trata dos complementos do verbo.
veis.
• que: Fui eu que fiz a lição. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• quem: Fui eu quem fez a lição. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• o que: Fui eu o que fez a lição. • pretender (transitivo indireto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem 2. OBEDECER - transitivo indireto
a este sua impessoalidade. Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões. Já paguei um jantar a você.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos Prefiro Comunicação à Matemática.
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e
PARECER concordam com o predicativo. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Informei-lhe o problema.

Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
7. ASSISTIR - morar, residir: quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Assisto em Porto Alegre. Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
• amparar, socorrer, objeto direto
O médico assistiu o doente. 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto como sujeito:
Assistimos a um belo espetáculo. O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente
Assiste-lhe o direito. dificuldade, será objeto indireto.
Custou-me confiar nele novamente.
8. ATENDER - dar atenção Custar-te-á aceitá-la como nora.
Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES
Atenderam o freguês com simpatia.
CORRETAS E INCORRETAS
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
A moça queria um vestido novo. O reconhecimento de frases corretas e incorretas abrange praticamente
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto toda a gramática.
O professor queria muito a seus alunos. Os principais tópicos que podem aparecer numa frase correta ou incorreta
são:
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto - ortografia
Todos visamos a um futuro melhor. - acentuação gráfica
• APONTAR, MIRAR - objeto direto - concordância
O artilheiro visou a meta quando fez o gol. - regência
• pör o sinal de visto - objeto direto - plural e singular de substantivos e adjetivos
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. - verbos
- etc.
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores. Daremos a seguir alguns exemplos:
Desobedeceram às leis do trânsito.
Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado:
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE A) Senão chover, irei às compras.
• exigem na sua regência a preposição EM B) Olharam-se de alto a baixo.
O armazém está situado na Farrapos. C) Saiu a fim de divertir-se
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. D) Não suportava o dia-a-dia no convento.
E) Quando está cansado, briga à toa.
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Alternativa A
Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se Ache a palavra com erro de grafia:
com a preposição DE. A) cabeleireiro ; manteigueira
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani B) caranguejo ; beneficência
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. C) prazeirosamente ; adivinhar
O secretário procedeu à leitura da carta. D) perturbar ; concupiscência
E) berinjela ; meritíssimo
14. ESQUECER E LEMBRAR Alternativa C
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna. Identifique o termo que está inadequadamente empregado:
Lembrei o recado, assim que o vi. A) O juiz infligiu-lhe dura punição.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão.
Esqueceram-se da reunião de hoje. C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras.
Lembrei-me da sua fisionomia. D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida.
E) A polícia pegou o ladrão em flagrante.
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. Alternativa B
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
• pagar - Pago o 13° aos professores. O acento grave, indicador de crase, está empregado CORRETAMENTE
• dar - Daremos esmolas ao pobre. em:
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. A) Encaminhamos os pareceres à Vossa Senhoria e não tivemos
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. resposta.
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. B) A nossa reação foi deixá-los admirar à belíssima paisagem.
• pedir - Pedi um favor ao colega. C) Rapidamente, encaminhamos o produto à firma especializada.
D) Todos estávamos dispostos à aceitar o seu convite.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: Alternativa C
O amor implica renúncia.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposi- Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com
ção COM: o padrão culto:
O professor implicava com os alunos A) Anexa à carta vão os documentos.
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a prepo- B) Anexos à carta vão os documentos.
sição EM: C) Anexo à carta vai o documento.
Implicou-se na briga e saiu ferido D) Em anexo, vão os documentos.
Alternativa A
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição
A: Identifique a única frase onde o verbo está conjugado corretamente:
A) Os professores revêm as provas.
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B) Quando puder, vem à minha casa. vas (Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te com-
C) Não digas nada e voltes para sua sala. portes); (4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com
D) Se pretendeis destruir a cidade, atacais à noite. infinitivo regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la,
E) Ela se precaveu do perigo. los, las (Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem
Alternativa E pausa (Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanha-
ram) ou de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
Encontre a alternativa onde não há erro no emprego do pronome:
A) A criança é tal quais os pais. Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o
B) Esta tarefa é para mim fazer até domingo. verbo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim,
C) O diretor conversou com nós. contaram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja
D) Vou consigo ao teatro hoje à noite. no infinitivo (Não quis incomodar-se).
E) Nada de sério houve entre você e eu. Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a
Alternativa A mesóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome,
Que frase apresenta uso inadequado do pronome demonstrativo? haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a
A) Esta aliança não sai do meu dedo. língua moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.
B) Foi preso em 1964 e só saiu neste ano.
C) Casaram-se Tânia e José; essa contente, este apreensivo. Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompa-
D) Romário foi o maior artilheiro daquele jogo. nhado de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a
E) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança. forma oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a
Alternativa C mim...). Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a
este. (Por que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)
Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costu-
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
ma vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...).
Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão Nas locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando),
de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente salvo quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça
correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as força atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos,
orações no período e os períodos no discurso. conjunções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando.

Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos pre-
ordem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da cedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez),
oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito salvo quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas);
+ verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). quando há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo
As inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo já determinado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um
cuja posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo), numeral (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba
ou de pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obede- esta lembrança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos
cendo-se, apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais. meus).

Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes
(1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogati- adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses
vas, não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3) problemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas
nas reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem formas em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormen-
é... Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu te: "Ouvi tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me."
o que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo,
mão da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal um particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas
(Eliminaram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o
adverbial (No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou
vontade de Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8) admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o
nas construídas com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava
normalmente depois do verbo da oração principal as orações subordina- rente ao mar."
das substantivas: é claro que ele se arrependeu.
Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, sali-
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes entem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de
casos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) um termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante
nas exclamativas (Que bonito é esse lugar!). caudaloso" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad- da ordem normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-
junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enuncia- se na gelada areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse --
do lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa transposição, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A
ordem: (Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no nossa Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (=
sentido de mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos Não digo que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4)
superlativos relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição sínquise -- alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificul-
do adjetivo, em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico ta a compreensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João,
filho, um grande homem, um pobre rapaz). filho de Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro,
moderava a rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do Publicações Ltda.
verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise,
pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)
formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia).
Por Cristiana Gomes
Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de
palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a,
(Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optati-

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Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa,
no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise). ocorrerá a próclise:
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia. - Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
PRÓCLISE
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Usamos a próclise nos seguintes casos:
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ou particípio.
ninguém, nem, de modo algum.
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se
- Nada me perturba. houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui. - Havia-lhe contado a verdade.
- Ela nem se importou com meus problemas. - Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o
embora, logo, que. pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”. Infinitivo
- É necessário que a deixe na escola. - Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros. - Quero dizer-lhe o que aconteceu.
(3) Advérbios Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Aqui se tem paz. - Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola. Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de
atrair o pronome. Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Aqui, trabalha-se. - Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido) Gerúndio
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo) - Não lhe ia dizendo a verdade.
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) - Não ia dizendo-lhe a verdade.
(5) Em frases interrogativas.
- Quanto me cobrará pela tradução? Figuras de Linguagem
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).
- Deus o abençoe! Figuras sonoras
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho! Aliteração
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM. repetição de sons consonantais (consoantes).
- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão. Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características
(8) Com formas verbais proparoxítonas marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
- Nós o censurávamos. Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes
MESÓCLISE veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs,
vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer –
amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não acon- Assonância
teceu – amaria, amarias, …) repetição dos mesmos sons vocálicos.
- Convidar-me-ão para a festa. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do
- Convidar-me-iam para a festa. litoral." (Caetano Veloso)
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória. (E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser
me deu." (Fernando Pessoa)
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
Paranomásia
ÊNCLISE
o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre
- Tornarei-me……. (errada) Antonio Vieira)
- Tinha entregado-nos……….(errada)
Onomatopéia
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
criação de uma palavra para imitar um som
- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta) Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A
Outros casos: boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas. nhem..." (Cecília Meireles)
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

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Linguagem figurada Anacoluto

Elipse termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente,


inicia-se uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais
comuns: Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não passa de alguns
anos sem importância (sujeito sem predicado) / Quem ama o feio, bonito
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, lhe parece (alteraram-se as relações entre termos da oração)
compraríeis a casa?
b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no Anáfora
ligar de o estádio Maracanã repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar
de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas. Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que
d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)
entenda.
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho
início e no fim será símploce. Classificações propostas por Rocha Lima.
que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: -
Não sei de nada !, em vez de E o rapaz disse: Silepse
Zeugma é a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três
tipos:
omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode
necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua poluída (= a cidade de
nas or. comparativas. Ex: Alguns estudam, outros não, por: alguns estu- São Paulo). V. Sª é lisonjeiro
dam, outros não estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambu- b) de número (sing x pl): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o
cano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) - livro de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados.
omissão de era c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas
quem fala ou escreve também participa do processo verbal)
Hipérbato
Antecipação
alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das
orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Pode gerar
anacolutos. anacoluto.
Ex.: Joana creio que veio aqui hoje.
Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu.
O tempo parece que vai piorar
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação. Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido drasticamen-
Figuras de palavras ou tropos
te, Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na sínquise
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato (Para Bechara alterações semânticas)
Anástrofe Metáfora
anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo
termo regente. de comparação implícita, sem termo comparativo.
Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. /
Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso
"Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)
da morte vos cobre a todos.
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora: personificação
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação - atribuição
de ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua
Pleonasmo sorri aos enamorados) ? Símbolo - nome de um ser ou coisa concreta
repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a ideia. assumindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote =
idealismo, cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores)
Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu riso e derramar meu pranto / Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas
Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao pobre não
lhe devo (OI pleonástico) Catacrese

Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorância, perdendo o uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na
caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo) ausência de termo específico.

Assíndeto Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a


enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo enterrar era usado primi-
ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. tivamente para significar apenas colocar na terra.
Ocorre muito nas or. coordenadas.
Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são
Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios." considerados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram
Polissíndeto graças à semelhança de forma existente entre seres.
Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora
repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do perío-
do. Metonímia

Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associ-
as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o ação de significado.
sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)" (Carlos Drummond de Andra- Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor
de) pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite (conti-
nente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe
- culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasi-

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leiro é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (maté- REDAÇÃO OFICIAL
ria pela obra - copos).
Antonomásia, perífrase A comunicação é necessidade básica da pessoa humana, do homem
substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma ex- social: constitui o canal pelo qual os padrões de sua cultura lhe são
pressão que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto. transmitidos e, mediante o qual, aprende a ser membro de uma socieda-
de. A vida em sociedade supõe intercâmbio e comunicação, que se reali-
Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o zam fundamentalmente pela língua, cujo papel é cada vez mais importan-
leão, Escritor Maldito = Lima Barreto te nas relações humanas.
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metonímia
As relações de trabalho demandam atenção especial com a forma es-
Sinestesia crita da língua e seu registro adequado, para que estabeleça o entendi-
mento comum. E comunicação é isso: participação, transmissão, troca de
interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, ideias, conhecimentos e experiências.
audição, gustação e tato).
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava Os textos constituem a expressão materializada da comunicação hu-
... / Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfuma- mana, pois com eles os homens se tornam contemporâneos do passado e
va. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que ilumina- do futuro a um só tempo. O próprio conceito de história vem da noção de
va / Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." escrita: quem deixa documentos escritos está num período de história;
(Cruz e Souza) quem não escreve, está na pré-história. Logo, a responsabilidade de cada
cidadão é muito grande, seja com sua história pessoal, da comunidade e,
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metáfora até, da própria humanidade.
Anadiplose
Os funcionários públicos não expedem mensagens para exibir conhe-
é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no cimentos; escrevem-nas para trocar informações, reconhecer direitos e
começo de outro membro de frase. vantagens, estabelecer obrigações, comunicar intenções, realizar negó-
cios.
Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente
condena os motivos dados."
Assim, um texto oficial de boa qualidade, especialmente aqueles que
Figuras de pensamento podem criar direitos, obrigações e compromissos, depende de certos pré-
requisitos, aqui chamados fundamentos. Esses fundamentos são de
Antítese ordem ética, legal, linguística e estética.
aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" Fundamentos Éticos
(Vinicius de Moraes) A ética é a parte da filosofia que propõe discutir o bem comum - ou
Obs.: Paradoxo - ideias contraditórias num só pensamento, proposição de seja, o interesse da sociedade que, muitas vezes, se contrapõe ao inte-
Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Camões) resse individual. Não se pretende apresentar aqui uma lista de obrigações,
Eufemismo nenhum decálogo de moral e civismo. Mas, ao exercer suas funções, o
consiste em "suavizar" alguma ideia desagradável servidor público se obriga a colocar o interesse coletivo acima do particu-
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos lar.
exames. (foi reprovado) No caso de elaboração e emissão de documentos, essas preocupa-
Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote - afirma-se algo ções presidem as ações. Ao lado da boa-vontade, a honestidade deve
pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou pautar a conduta funcional, e os documentos elaborados representar
moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica. obrigatoriamente a verdade, sem nada acrescentar ou subtrair.

Hipérbole Todo cidadão tem direito de receber do funcionário público tratamento


exagero de uma ideia com finalidade expressiva correto quando recorre ao GOVERNO, instituição impessoal que deve
Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos representar a vontade pública do bem comum. Dessa forma, espera-se
(gosta muito dos filhos) que todos os que utilizarem este Manual não percam de vista o compro-
Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora. misso de bem servir, tendo a verdade e o bem comum como metas da sua
atuação.
Ironia
Fundamentos Linguísticos e Estéticos
utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim,
Se comunicar é provocar uma resposta, uma reação do receptor, re-
valor irônico.
dação eficaz é a que gera resposta satisfatória às necessidades do emis-
Obs.: Rocha Lima designa como antífrase sor. Comunicar, aí, é tornar comum ideias, desejos e necessidades.
Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta. Com o atual ritmo de vida acelerado, tem-se pouco tempo para ler e
Gradação responder a mensagens, fazendo-se necessário um estilo enxuto e eco-
nômico da expressão textual. O texto se rarefaz e cada palavra adquire
apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descen- importância maior: a economia de palavras exige cuidado particular na
dente (anticlímax) construção dos textos, em especial, da redação oficial.
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não
veja, que eu não conheça perfeitamente." Qualidades do Texto Oficial
Sob o ponto de vista linguístico, a redação oficial deve atender a re-
Prosopopéia, personificação, animismo quisitos de correção, objetividade, clareza, concisão, coerência e
coesão, visando, num mínimo de tempo e espaço, a comunicar expressi-
é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e
va e consistentemente aquilo que se pretende. Deve-se ressaltar que os
inanimados.
textos oficiais são documentos que fazem parte da história de comunida-
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao des, instituições, setores e respectivos funcionários.
Bosco / Aldir Blanc)
Correção e objetividade
Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora.
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A correção se traduz pelo respeito ao padrão culto da língua, ou seja, após as outras, pois os parágrafos significam mais do que uma simples
às normas gramaticais, que têm por finalidade codificar o uso idiomático, sucessão de sentenças.
dele induzindo, por seleção, classificação e sistematização, as formas
representativas do ideal de expressão correta. Um texto bem redigido deve constituir um todo significativo e não fra-
gmentos isolados, justapostos. No seu interior precisam existir elementos
A objetividade textual se traduz mediante linguagem direta, sem ro- que estabeleçam relação entre as partes, ou seja, elos significativos que
deios ou empolação. confiram nexo ao texto.

Clareza e concisão A coesão de um texto, isto é, a conexão entre vários enunciados não
A clareza facilita a percepção rápida das ideias expostas no texto. Pa- é, obviamente, fruto do acaso, mas sim das relações de sentido que
ra isso, recomenda-se o período curto, a parcimônia na adjetivação, a existem entre eles. Essas relações de sentido são manifestadas, sobretu-
ausência de ambiguidade e do circunlóquio, a ordem direta. Evitem-se, do, por certa categoria de palavras, chamadas conectivos ou elementos
igualmente, redundâncias e digressões que desviem a atenção do recep- de coesão. Sua função no texto é a de pôr em evidência as várias rela-
tor sobre o que é essencial. ções de sentido que existem entre os enunciados.

A concisão consiste em dizer muito com poucas palavras, eliminando- São várias as palavras que, num texto, assumem a função de conec-
se as palavras supérfluas, a adjetivação desmedida, evitando-se períodos tivo ou de elemento de coesão:
extensos e emaranhados. A concisão traz clareza à frase e, igualmente,  as preposições: a, de, para, por etc.;
correção: quem muito escreve corre o risco de tropeçar no erro de língua,  as conjunções: que, para que, quando, embora, mas, e,
na falta de lógica e na adequação textual. ou etc.;
 os pronomes: ele, ela, seu, sua, este, esse, aquele, que, o
O vocabulário não deve incluir palavras difíceis, pois exuberância nem qual, cujo etc.;
sempre é sinônimo de clareza. Ao redigir, empreguem-se apenas as  os advérbios: aqui, lá, assim, aí etc.;
palavras necessárias, as mais simples e correntes. O excesso de lingua-
gem técnica, ao invés de afirmar competência, pode gerar incompreensão O uso adequado desses elementos de coesão também confere uni-
para o receptor. dade ao texto e contribui, consideravelmente, para a expressão clara das
ideias. Cada um deles tem um valor típico. Além de ligarem partes do
De acordo com o estilo atual, o texto expositivo privilegia: ordem dire- discurso, estabelecem entre elas certo tipo de relação semântica: causa,
ta, objetividade, clareza e concisão evitando, assim, parágrafos longos finalidade, tempo, conclusão, contradição, condição etc.. A escolha do
com excessivos entrelaçamentos de incidentes e orações subordinadas conectivo adequado é, pois, importante, uma vez que determina a direção
que possam causar dificuldades à análise e ao entendimento do interlocu- que se pretende dar ao texto, manifestando as diferentes relações entre
tor. É claro que algumas ideias exigem parágrafos maiores, com a pre- os enunciados.
sença de subordinação, mas deve haver um equilíbrio entre as ideias que
se quer expressar e o desenvolvimento do período. O uso da subordina- Enfim, a escrita não exige que os períodos sejam longos e comple-
ção precisa apresentar relações e nexos conjuntivos evidentes, evitando- xos, mas que sejam completos e que as partes estejam absolutamente
se as construções labirínticas. conectadas. O redator deve ter claro o que pretende dizer e, uma vez
escrito o enunciado, avaliar se o texto corresponde, exatamente, àquilo
Além dessas observações, cabe lembrar outros aspectos que prejudi- que queria dizer.
cam a legibilidade e imprimem ao texto um registro coloquial, comum nas
situações informais da língua falada, mas inadequado na redação oficial: ATA

 uso excessivo de pronomes pessoais, possessivos, dos artigos É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fa-
indefinidos um, uma, e da conjunção que; tos, ocorrências e decisões de sessões, reuniões ou assembléias, realiza-
 mistura de pronomes de tratamento; das por comissões, conselhos, congregações, ou outras entidades seme-
 colocação dos pronomes adverbais átonos mal feita; regência lhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente divul-
verbal indevida; gada. É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas
 concordância nominal e verbal equivocada; rubricadas pela mesma autoridade que redige os termos de abertura e de
 uso de fragmentos de frase; encerramento.
 inversões desnecessárias;
 inexistência de pontuação ou seu uso incorreto. O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada
linha inteira, sem espaços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. A
Coerência e coesão fim de ressalvar os erros, durante a redação, usar-se-á a palavra digo; se
Coerência deve ser entendida como unidade do texto. Um texto coe- for constatado erro ou omissão, depois de escrito o texto, usar-se-á a
rente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de expressão em tempo. Quem redige a ata é o secretário (efetivo do órgão,
maneira complementar, de modo que nada seja destoante, nada ilógico, ou designado ad hoc para a reunião). A ata vai assinada por todos os
nada contraditório, nada desconexo. Daí a necessidade de ordem e inter- presentes, ou somente pelo presidente e pelo secretário, quando houver
relação. No texto coerente, cada parte solidariza-se com as demais na registro específico de frequência.
sequência dos fatos, de tal modo que o desenvolvimento de uma parte
dependa do desenvolvimento anterior de outra. O ajuntamento de partes Observações:
desconexas prejudica a inteligibilidade do texto. Com o advento do computador, as atas têm sido elaboradas e digita-
das, para posterior encadernação em livros de ata. Se isto ocorrer, deve
Obtém-se coerência interligando as ideias de maneira clara e lógica. ser indicado nos termos de abertura e fechamento, rubricando-se as
Dessa forma, sugere-se redigir segundo ordem: páginas e mantendo-se os mesmos cuidados referentes às atas manuscri-
tas. Dispensam-se as correções do texto, como indicado anteriormente.
 cronológica, respeitando a temporalidade;
 espacial, apresentando os elementos mais próximos e, depois, No caso de se identificar, posteriormente, algum erro ou imprecisão
os mais distantes; numa ata, faz-se a ressalva, apresentando nova redação para o trecho.
 lógica, isto é, com coerência de raciocínio e de ideias. Assim, submetida novamente à aprovação do plenário, ficará consagrada.
O novo texto será exarado na ata do dia em que foi aprovado, mencio-
A coesão consiste no entrelaçamento significativo entre declarações e nando-se a ata e o trecho original.
sentenças sequenciais e não, meramente, de afirmações colocadas umas
Suas partes componentes são:

Língua Portuguesa 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


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1. Cabeçalho, onde aparece o número (ordinal) da ata e o nome do 1. Título (abreviado - CI - com a sigla do órgão emitente e o número
órgão que a subscreve. do documento), em letras maiúsculas
2. Texto sem delimitação de parágrafos, que se inicia pela enuncia- 2. Data, por extenso, à direita da página
ção da data, horário e local de realização da reunião, por extenso, objeto 3. Destinatário, precedido da preposição Para
da lavratura da Ata. 4. Remetente, precedido da preposição De
3. Fecho, seguido da assinatura de presidente e secretário, e dos 5. Assunto, expresso sinteticamente
presentes, se for o caso. 6. Texto, paragrafado, explanando o assunto da CI
7. Fecho de cortesia, com o advérbio Atenciosamente
ATESTADO 8. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que subscreve a
CI
Documento firmado por servidor em razão do cargo que ocupa, ou
função que exerce, declarando um fato existente, do qual tem conheci- OFÍCIO
mento, a favor de uma pessoa.
Correspondência pela qual se mantém intercâmbio de informações a
Suas partes componentes são: respeito de assunto técnico ou administrativo, cujo teor tenha caráter
exclusivamente institucional. São objetos de ofícios as comunicações
1. Título (a palavra ATESTADO), em letras maiúsculas e centralizado realizadas entre dirigentes de entidades públicas, podendo ser também
sobre o texto. dirigidos a entidade particular.
2. Texto constante de um parágrafo, indicando a quem se refere, o
número de matrícula e a lotação, caso seja servidor, e a matéria do Ates- Suas partes componentes são:
tado. 1. Título abreviado - Of.-, acompanhado da sigla do órgão expedidor,
3. Local e data, por extenso. sua esfera administrativa e numeração, à esquerda da página.
4. Assinatura, nome e cargo da chefia que expede o Atestado. 2. Local e data, por extenso, à direita da página, na mesma linha do
título.
CARTA 3. Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do destinatário, pre-
Forma de comunicação externa dirigida a pessoa (física ou jurídica) cedido da forma de tratamento, e o endereço.
estranha à administração pública, utilizada para fazer solicitações, convi- 4. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário e
tes, externar agradecimentos, ou transmitir informações. de vírgula.
5. Texto paragrafado, com a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo
Suas partes componentes são: do Ofício.
1. Local e data, por extenso, à esquerda da página. 6. Fecho de cortesia, expresso por advérbios: Atenciosamente, Cordi-
2. Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do destinatário, pre- almente ou Respeitosamente.
cedido da forma de tratamento, e o endereço. 7. Assinatura, nome e cargo do emitente do Ofício.
3. Vocativo: a palavra Senhor (a), seguida do cargo do destinatário, e
de vírgula. ORDEM DE SERVIÇO
4. Texto paragrafado, com a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo
da carta. Ato por que se baixam instruções a respeito de normas de serviço ou
5. Fecho de cortesia, seguido de advérbio adequado: Cordialmente, de administração de pessoal. São objeto de ordens de serviço, datadas e
Atenciosamente, ou Respeitosamente. numeradas, as determinações administrativas de caráter específico e as
6. Assinatura, nome e cargo do emitente da carta. decisões relativas a pessoal, desde que não sejam estas objeto de porta-
rias.
CERTIDÃO
Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou assenta- Suas partes componentes são:
mento constante de processo, livro ou documento que se encontre em 1. Título (a expressão ORDEM DE SERVIÇO), número e data, por ex-
repartições públicas. Podem ser de inteiro teor - transcrição integral, tenso, em letras maiúsculas e negrito.
também chamada traslado - ou resumidas, desde que exprimam fielmen- 2. Preâmbulo:
te o conteúdo do original. 2.1. denominação da autoridade expedidora, em letras maiúsculas e
negrito;
Observação: 2.2. fundamento legal e a matéria em pauta;
Certidões autenticadas têm o mesmo valor probatório do original e 2.3. a palavra RESOLVE, em letras maiúsculas e negrito, seguida de
seu fornecimento, gratuito por parte da repartição pública, é obrigação dois pontos, à esquerda da página.
constitucional (Const. Fed. 1988, art. 5º, XXXIV, b). 3. Texto: explicitação da matéria desdobrada em artigos, parágrafos,
alíneas e incisos, se for o caso.
Suas partes componentes são: 4. Local e data.
1. Título (a palavra CERTIDÃO), em letras maiúsculas, à esquerda, 5. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que expede a
sobre o texto, com numeração. Ordem de Serviço.
2. Texto constante de um parágrafo, com o teor da Certidão.
3. Local e data, por extenso, em sequência ao texto. RELATÓRIO
4. Assinaturas: do datilógrafo ou digitador da Certidão e do funcioná- É a exposição circunstanciada de atividades levadas a termo por fun-
rio que a confere, confirmadas pelo visto da chefia maior. cionário, no desempenho das funções do cargo que exerce, ou por ordem
de autoridade superior. É geralmente feito para expor: situações de servi-
CORRESPONDÊNCIA INTERNA ço, resultados de exames, eventos ocorridos em relação a planejamento,
É o instrumento de comunicação para assuntos internos, entre chefias prestação de contas ao término de um exercício etc.
de unidades administrativas de um mesmo órgão. É o veículo de mensa-
gens rotineiras, objetivas e simples, que não venham a criar, alterar ou Suas partes componentes são:
suprimir direitos e obrigações, nem tratar de assuntos de ordem pessoal. 1. Título (a palavra RELATÓRIO), em letras maiúsculas.
2. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário, e
Observação: de vírgula.
A Correspondência Interna - CI substitui o memorando, cuja nomen- 3. Texto paragrafado, composto de introdução, desenvolvimento e
clatura não deve ser mais utilizada. conclusão. Na introdução se enuncia o propósito do relatório; no desen-
Suas partes componentes são: volvimento - corpo do relatório - a exposição minudente dos fatos; e, na

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conclusão, o resultado ou síntese do trabalho, bem como a recomendação para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em
de providências cabíveis. que ele está empregado conforme o padrão culto.
4. Fecho, utilizando as fórmulas usuais de cortesia, como as do ofí- (A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
cio. (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
5. Local e data, por extenso. (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
6. Assinatura, nome e cargo ou função do signatário. (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
7. Anexos, complementando o Relatório, com material ilustrativo e/ou (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
documental.
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
REQUERIMENTO correta em:
Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a (A) As características do solo são as mais variadas possível.
que se julga com direito, ou para se defender de ato que o prejudique. (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
Suas partes componentes são: (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
1. Vocativo: a palavra Senhor, precedida da forma de tratamento, o (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
título completo da autoridade a quem se destina, seguida de vírgula.
2. Preâmbulo: nome do requerente (em maiúsculas), seguido dos 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
dados de identificação: nacionalidade, estado civil, filiação, idade, natura- flexão de grau.
lidade, domicílio, residência etc. Sendo funcionário do órgão, apresentar (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
apenas os dados de identificação funcional. (B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá
3. Texto: exposição do pedido, de forma clara e objetiva, citando o durante as férias.
fundamento legal que permite a solicitação. (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
4. Fecho: parte que encerra o documento, usando-se, alinhada à es- (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que
querda a fórmula: ruim.
Nestes Termos, (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualida-
Pede Deferimento. de.
5. Local e data, por extenso.
6. Assinatura do requerente. Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pa-
lavras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
Observação: Entre o vocativo e o preâmbulo é praxe deixarem-se oito
espaços. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia.
PROVA SIMULADA I (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (C) à ... do ... sobre o ... a
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. (D) à ... ao ... sobre o ... à
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. (E) a ... do ... sobre o ... à
(C) O processo foi julgado em segunda estância.
(D) O problema passou despercebido na votação. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (A) ao ... a ... à
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (B) àquele ... à ... à
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (C) àquele...à ... a
(C) A colega não se contera diante da situação. (D) ao ... à ... à
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (E) àquele ... a ... a
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros.
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: norma culta.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. trarão grandes benefícios às pesquisas.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaboran-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. do com o meio ambiente.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desen-
volvendo projetos na área médica.
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes
conformidade com a norma culta. apresentadas pelos economistas.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
interior da concha de moluscos reúne outras características interes- litoral ou aproveitam férias ali.
santes, como resistência e flexibilidade.
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é:
componentes para a indústria. (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido
(B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de às chuvas.
componentes para a indústria. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de reclamações.
componentes para a indústria. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de cultura.
componentes para a indústria. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de culpa.
componentes para a indústria. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria.

05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os

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negócios das empresas de franquia pelo contato direto com os pos-
síveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
de seleção não só permite às empresas avaliar os investidores com predicado que formam um período simples, se aplica, adequada-
relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos mente, apenas a:
investidores. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substi- (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
tuir as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os in- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
vestidores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu O livro de registro do processo que você procurava era o que esta-
(E) seus ... lhes ... eles ... neles va sobre o balcão.

13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, reme-
com o padrão culto. tem a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.

14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inaugura- III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equiva-
ção de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Dignís- lente ao da palavra mas;
simo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a má- IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do
xima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para acórdão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
o Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Está correto o contido apenas em
Reverendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reito- (A) II e IV.
res das Universidades Paulistas, para que essas autoridades pos- (B) III e IV.
sam se programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período com-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos posto, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraque-
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, reve- cidos galhos da velha árvore.
lou, que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente,
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma sobre o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (A) Quem podou? e Quando podou?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste (D) Que vizinho? e Que galhos?
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Quando podou? e Podou o quê?
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.

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Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimen- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
to correto das relações entre seus termos e pela sua adequada (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
pontuação em: (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. ...
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo
25. Felizmente, ninguém se machucou. tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em
Considere: qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de econo-
de modo; mia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do músculos. Vem firmando uma inconteste liderança política regional na
fato; América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo
IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. dos países ricos.
Está correto o contido apenas em
(A) I, II e III. Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
(B) I, II e IV. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona ru-
(C) I, III e IV. ral, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais
(D) II, III e IV. bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes
(E) III, IV e V. cidades, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social pro-
fundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas mani-
26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o car- festações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa,
ro..., indicando concessão, é: certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a
(A) para poder trabalhar fora. resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma
(B) como havia programado. empreitada simples.
(C) assim que recebeu o prêmio. Veja, ed. 1735
(D) porque conseguiu um desconto.
(E) apesar do preço muito elevado. 31. O título dado ao texto se justifica porque:
A) a miséria abrange grande parte de nossa população;
27. É importante que todos participem da reunião. B) a miséria é culpa da classe dominante;
O segmento que todos participem da reunião, em relação a C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
É importante, é uma oração subordinada D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
(A) adjetiva com valor restritivo. E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.
(B) substantiva com a função de sujeito.
(C) substantiva com a função de objeto direto. 32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no
(D) adverbial com valor condicional. Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
(E) substantiva com a função de predicativo. ção?'':
A) tem sua resposta dada no último parágrafo;
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação esta- B) representa o tema central de todo o texto;
belecida pelo termo como é de C) é só uma motivação para a leitura do texto;
(A) comparatividade. D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
(B) adição. E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
(C) conformidade.
(D) explicação. 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
(E) consequência. que ela:
A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de em outras áreas;
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos cidades;
diversificados de acordo com as possibilidades de investimento dos C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam
possíveis franqueados. para a classe dominante;
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com
relaciona corretamente as ideias do texto, é: a de outros indicadores sociais;
(A) digo ... portanto ... mas E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas
(B) como ... pois ... mas décadas.
(C) ou seja ... embora ... pois
(D) ou seja ... mas ... portanto 34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
(E) isto é ... mas ... como A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros
indicadores sociais melhoraram;
30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulga- mantém onipresente;
dos. C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por gover-
A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí- nos incompetentes;
rem o processo de seleção dos investidores por uma oração redu- D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas
zida, sem alterar o sentido da frase, é: áreas, a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ... E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da

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miséria que leva à criminalidade. Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 mi-
lhões no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o
35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na acordasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o
quantidade, exceto: seu problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
A) frequência escolar; (....)
B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil; Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-
D) analfabetismo; ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem
E) desempenho econômico. onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha
essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil: a ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e
A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos
na América Latina; desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos
B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos; disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não)
C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no para nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimen-
cenário exterior; to que sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens.
D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien- Mas estamos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o
temente forte para tornar-se líder; Brasil, conquistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o
E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior. menor abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de meno-
res. Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime,
37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora: cedo terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte.
A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
B) se manifeste de formas distintas; Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua,
C) esteja escondida dos olhos de alguns; exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi
D) seja combatida pelas autoridades; com um monte de lixo.
E) se torne mais disseminada e cruel. Fernando Sabino

38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
empreitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de definição:
forma INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidia-
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; no;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
D) não é um problema universal = é um problema particular; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. bastante variados;
E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito per-
E) mantenha. feito - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
A) do passado para o presente;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos B) da descrição para a narração;
abaixo é: C) do impessoal para o pessoal;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; D) do geral para o específico;
B) ''No decorrer das últimas décadas...''; E) do positivo para o negativo.
C) ''...desde que se passou a registrá-las...'';
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. que me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado
se deve a que:
PROTESTO TÍMIDO A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e falta- B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
vam dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei inútil;
para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
era um menino. E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
as.
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha 44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases
os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia a seguir:
esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, I- Daqui há pouco vou sair.
como podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar I- Está no Rio há duas semanas.
conhecimento de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, III - Não almoço há cerca de três dias.
um saco de lixo mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
menor abandonado. As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
são:
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de A) I - II
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns B) I - III
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopa- C) II - IV
trulha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. D) I - IV
Ninguém tomava conhecimento da existência do menino. E) II - III

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45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do 01. Ache o verbo que está erradamente conjugado no presente do subjun-
texto é: tivo:
A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos aborda- a ( ) requera ; requeras ; requera ; requeiramos ; requeirais ; requeram
dos na crônica; b ( ) saúde ; saúdes ; saúde ; saudemos ; saudeis ; saúdem
B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino c ( ) dê ; dês ; dê ; demos ; deis ; dêem
C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é d ( ) pule ; pules ; pule ; pulamos ; pulais ; pulem
a sujeira; e ( ) frija ; frijas ; frija ; frijamos ; frijais ; frijam
D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para
o texto; 02. Assinale a alternativa falsa:
E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crôni- a ( ) o presente do subjuntivo, o imperativo afirmativo e o imperativo
ca. negativo são tempos derivados do presente do indicativo;
b ( ) os verbos progredir e regredir são conjugados pelo modelo agredir;
46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mes- c ( ) o verbo prover segue ver em todos os tempos;
ma forma que: d ( ) a 3.ª pessoa do singular do verbo aguar, no presente do subjuntivo é :
A) salvo-conduto; ágüe ou agúe;
B) abaixo-assinado; e ( ) os verbos prever e rever seguem o modelo ver.
C) salário-família;
D) banana-prata; 03. Marque o verbo que na 2ª pessoa do singular, do presente do indicati-
E) alto-falante. vo, muda para "e" o "i" que apresenta na penúltima sílaba?
a ( ) imprimir
47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo b ( ) exprimir
do texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para is- c ( ) tingir
so é que o autor: d ( ) frigir
A) se utiliza de comparações depreciativas; e ( ) erigir
B) lança mão de vocábulo animalizador;
C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino; 04. Indique onde há erro:
D) mostra precisão em todos os dados fornecidos; a ( ) os puros-sangues simílimos
E) usa grande número de termos adjetivadores. b ( ) os navios-escola utílimos
c ( ) os guardas-mores agílimos
48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do d ( ) as águas-vivas aspérrimas
texto significa que: e ( ) as oitavas-de-final antiqüíssimas
A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
morto; 05. Marque a alternativa verdadeira:
B) a posição do menino era idêntica à de um morto; a ( ) o plural de mau-caráter é maus-caráteres;
C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo b ( ) chamam-se epicenos os substantivos que têm um só gênero gramati-
ou morto; cal para designar pessoas de ambos os sexos;
D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava c ( ) todos os substantivos terminados em -ão formam o feminino mudan-
dormindo ou morto; do o final em -ã ou -ona;
E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino. d ( ) os substantivos terminados em -a sempre são femininos;
e ( ) são comuns de dois gêneros todos os substantivos ou adjetivos
49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos substantivados terminados em -ista.
históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre
é: 06. Identifique onde há erro de regência verbal:
A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...''; a ( ) Não faça nada que seja contrário dos bons princípios.
B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; b ( ) Esse produto é nocivo à saúde.
C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens''; c ( ) Este livro é preferível àquele.
D) ''...isto é problema para o juizado de menores''; d ( ) Ele era suspeito de ter roubado a loja.
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''. e ( ) Ele mostrou-se insensível a meus apelos.

50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento 07. Abaixo, há uma frase onde a regência nominal não foi obedecida.
do texto é uma: Ache-a:
A) metonímia; a ( ) Éramos assíduos às festas da escola.
B) comparação ou símile; b ( ) Os diretores estavam ausentes à reunião.
C) metáfora; c ( ) O jogador deu um empurrão ao árbitro.
D) prosopopeia; d ( ) Nossa casa ficava rente do rio.
E) personificação. e ( ) A entrega é feita no domicílio.

RESPOSTAS – PROVA I 08. Marque a afirmativa incorreta sobre o uso da vírgula:


01. D 11. B 21. B 31. D 41. D a ( ) usa-se a vírgula para separar o adjunto adverbial anteposto;
02. A 12. A 22. A 32. B 42. B b ( ) a vírgula muitas vezes pode substituir a conjunção e;
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C c ( ) a vírgula é obrigatória quando o objeto pleonástico for representado
04. E 14. E 24. E 34. A 44. E por pronome oblíquo tônico;
05. A 15. C 25. D 35. B 45. A d ( ) a presença da vírgula não implica pausa na fala;
06. B 16. A 26. E 36. C 46. A e ( ) nunca se deve usar a vírgula entre o sujeito e o verbo.
07. D 17. B 27. B 37. C 47. D
08. E 18. E 28. C 38. A 48. C 09. Marque onde há apenas um vocábulo erradamente escrito:
09. C 19. D 29. D 39. A 49. B a ( ) abóboda ; idôneo ; mantegueira ; eu quiz
10. D 20. A 30. B 40. B 50. C b ( ) viço ; sócio-econômico ; pexote ; hidravião
c ( ) hilariedade ; caçoar ; alforje ; apasiguar
PROVA SIMULADA II d ( ) alizar ; aterrizar ; óbulo ; teribintina
e ( ) chale ; umedescer ; páteo ; obceno

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10. Identifique onde não ocorre a crase: 04. B 09. B 14. C
a ( ) Não agrade às girafas com comida, diz o cartaz. 05. E 10. A 15. B
b ( ) Isso não atende às exigências da firma.
c ( ) Sempre obedeço à sinalização.
d ( ) Só visamos à alegria.
e ( ) Comuniquei à diretoria a minha decisão.

11. Assinale onde não ocorre a concordância nominal:


a ( ) As salas ficarão tão cheias quanto possível.
b ( ) Tenho bastante dúvidas.
c ( ) Eles leram o primeiro e segundo volumes.
d ( ) Um e outro candidato virá.
e ( ) Não leu nem um nem outro livro policiais.

12. Marque onde o termo em destaque está erradamente empregado:


a ( ) Elas ficaram todas machucadas.
b ( ) Fiquei quite com a mensalidade.
c ( ) Os policiais estão alerta.
d ( ) As cartas foram entregues em mãos.
e ( ) Neste ano, não terei férias nenhumas.

13. Analise sintaticamente o termo em destaque:


"A marcha alegre se espalhou na avenida..."
a ( ) predicado
b ( ) agente da passiva
c ( ) objeto direto
d ( ) adjunto adverbial
e ( ) adjunto adnominal

14. Marque onde o termo em destaque não representa a função sintática


ao lado:
a ( ) João acordou doente. (predicado verbo-nominal)
b ( ) Mataram os meus dois gatos. (adjuntos adnominais)
c ( ) Eis a encomenda que Maria enviou. (adjunto adverbial)
d ( ) Vendem-se livros velhos. (sujeito)
e ( ) A idéia de José foi exposta por mim a Rosa. (objeto indireto)

15. Ache a afirmativa falsa:


a ( ) usam-se os parênteses nas indicações bibliográficas;
b ( ) usam-se as reticências para marcar, nos diálogos, a mudança de
interlocutor;
c ( ) usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas assindé-
ticas de maior extensão;
d ( ) usa-se a vírgula para separar uma conjunção colocada no meio da
oração;
e ( ) usa-se o travessão para isolar palavras ou frases, destacando-as.

16. Identifique o termo acessório da oração:


a ( ) adjunto adverbial
b ( ) objeto indireto
c ( ) sujeito
d ( ) predicado
e ( ) agente da passiva

17. Qual a afirmativa falsa sobre orações coordenadas?


a ( ) as coordenadas quando separadas por vírgula, se ligam pelo sentido
geral do período;
b ( ) uma oração coordenada muitas vezes é sujeito ou complemento de
outra;
c ( ) as coordenadas sindéticas subdividem-se de acordo com o sentido e
com as conjunções que as ligam;
d ( ) as coordenadas conclusivas encerram a dedução ou conclusão de
um raciocínio;
e ( ) no período composto por coordenação, as orações são independen-
tes entre si quanto ao relacionamento sintático.

RESPOSTAS

01. A 06. A 11. B 16. A


02. C 07. A 12. D 17. B
03. D 08. C 13. D

Língua Portuguesa 61 A Opção Certa Para a Sua Realização

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