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7.

4 Análise dos esforços no banco

Ao analisar a base do supino, deve-se repetir todo o procedimento já realizado


anteriormente, deve-se modelar o DCL do sistema estático e seguir para a
análise individual de cada barra.

Por conveniente, algumas considerações foram feitas para tornar o sistema


estaticamente determinável. Primeiramente foram consideradas apenas as
reações verticais nos apoios em “I” e “Q”, esta consideração sugere a livre
movimentação dos “pés” do supino da superfície horizontal do chão; em seguida
foi substituído o engaste no ponto “M” por um pino que libera a rotação da base
em torno do eixo coordenado Z.

Figura x – DCL do suporte do banco

Neste ponto é necessário determinar, a partir dos esforços conhecidos, os


esforços incógnitos presentes nesse diagrama, e para tal segue a análise:

̅̅̅ + ̅̅̅̅
∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝐼𝑦 + 𝐹𝑄𝑦 + 𝐹𝑀𝑦 + 𝐹𝐿𝑦 + 𝐹𝑃𝑦 − (𝐼𝐾 𝑁𝑄 + ̅̅̅̅̅
𝐾𝑁 + ̅̅̅̅
𝑀𝐿) ∗ 𝑊

𝐹𝐼𝑦 + 𝐹𝑄𝑦 + 𝐹𝑀𝑦 − 2150,743


1

∑ 𝑭𝒙 = 0 = −𝐹𝑀𝑥 + 𝐹𝐿𝑥

𝐹𝑀𝑥 = 869,4867𝑁

Fazendo o somatório de momentos no ponto L em relação ao eixo X, temos:

̅̅̅
𝐼𝐾 ̅̅̅̅
𝑁𝑄
𝐾𝐿 + 𝐹𝑄𝑦 ̅̅̅̅
∑ 𝑀𝐿𝑥 = 0 = −𝐹𝐼𝑦 ̅̅̅̅ ̅̅̅)𝑊 (
𝑁𝑄 + (𝐼𝐾 ̅̅̅̅)𝑊 (
) − (𝑁𝑄 ̅̅̅ )𝑊(𝐾𝐿
) + (𝐼𝐾 ̅̅̅̅ )
2 2

̅̅̅̅ )𝑊(𝐿𝑁
−(𝑁𝑄 ̅̅̅̅ )

𝐹𝐼𝑦 = 𝐹𝑄𝑦

Repetindo o somatório no ponto M em relação ao eixo Z

̅̅̅̅
𝑀𝐿
̅̅̅̅)𝑊 (
∑ 𝑀𝑀𝑧 = 0 = (𝑀𝐿 ̅̅̅̅̅)𝑊(𝑀𝐿
) + (𝐾𝑁 ̅̅̅̅ ) + 𝐹𝐿𝑦 ̅̅̅̅
𝑀𝐿 − 𝑀𝐿𝑧 + 𝐹𝑃𝑦 ̅̅̅̅̅
𝑀𝑃
2

̅̅̅
𝐼𝐾 ̅̅̅̅
𝑁𝑄
̅̅̅)𝑊 (
+(𝐼𝐾 + ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ )𝑊 (
𝑀𝐿 ) + (𝑁𝑄 + ̅̅̅̅ ̅̅̅ + ̅̅̅̅
𝑀𝐿) − 𝐹𝐼𝑦 (𝐼𝐾 ̅̅̅̅ + ̅̅̅̅
𝑀𝐿) − 𝐹𝑄𝑦 (𝑁𝑄 𝑀𝐿)
2 2

𝐹𝐼𝑦 = 𝐹𝑄𝑦 = 171,709𝑁

𝐹𝑀𝑦 = 1807,325𝑁

Agora, tendo definidos todos os esforços sobre a base, é possível iniciar a


análise individual das barras componentes da base. Nesta análise a influência
proveniente das ligações das demais barras à analisada são traduzidas em
reações genéricas nas suas conexões, esses esforços, depois de definidos,
servirão para a o desenvolvimento dos gráficos de esforços cortante, normal,
momento fletor e torsor.
2

7.4.1 Analise dos esforços na barra J-O


Esta barra foi considerada rígida e não será analisada em caráter de resistência,
mas a definição da sua influência às demais barras é essencial para a análise
correta. Assim, como é visto na Figura XX abaixo, temos:

∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝐽𝑦 − 𝐹𝑃𝑦 + 𝑅𝑂𝑦

∑ 𝑭𝒙 = 0 = −𝐹𝐽𝑥 + 𝑅𝑂𝑥

̅̅̅̅ + 𝑅𝐽𝑥 𝐽𝑃
∑ 𝑀𝑃𝑦 = 0 = 𝑅𝑂𝑥 𝑃𝑂 ̅̅̅ − 𝑀𝑃𝑦

̅̅̅̅
̅̅̅ + 𝑅𝑂𝑦 𝑂𝑃
∑ 𝑀𝑃𝑥 = 0 = −𝑅𝐽𝑦 𝐽𝑃

𝑅𝑂𝑥 = 𝑅𝐽𝑥 = 1636,409 𝑁

𝑅𝐽𝑦 = 𝑅𝑂𝑦 = 114,273 𝑁


3

7.4.2 Analise dos esforços na barra I-K


Partimos agora para a barra I-K e aplicamos a influencia dos esforços
descobertos no tópico anterior e definimos os esforços genéricos gerados na
conexão no ponto K

̅̅̅)
∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝐼𝑦 − 𝐹𝐽𝑦 + 𝑅𝐾𝑦 − 𝑊(𝐼𝐾

𝑅𝐾𝑦 = 45,437 𝑁

∑ 𝑭𝒙 = 0 = 𝐹𝐽𝑥 − 𝑅𝐾𝑥

𝑅𝐾𝑥 = 1636,409 N

̅̅̅
𝐼𝐾
̅̅̅)𝑊 (
∑ 𝑀𝐾𝑧 = 0 = (𝐼𝐾 ) + 𝐹𝐽𝑦 ̅̅̅
𝐽𝐾 − 𝐹𝐼𝑦 ̅̅̅
𝐼𝐾 + 𝑀𝐾𝑧
2

𝑀𝐾𝑧 = 63,461 𝑁𝑚
4

7.4.2.1 Análise de esforços cortantes e momento fletor em I-K


Realizando o método das seções seguido do método da integração para
determinar o momento fletor, temos:

 0 ≤ x ≤ 0,5045 m, onde x = 0 é o ponto I, e x = 0,9684 é o ponto K:


𝑉𝑦 (𝑥) = 171,709 − 106,23𝑥
𝑀𝑧 (𝑥) = 171,709x − 53,115𝑥 2
 0,5045 m ≤ x ≤ 0,9684 m
𝑉𝑦 (𝑥) = 3,843 − 106,23(𝑥 − 0,5045)
𝑀𝑧 (𝑥) = 73,108 + 3,843(𝑥 − 0,5045) − 53,115(𝑥 − 0,5045)2

Sendo o ponto de máximo Mz em 0,0362 m , 𝑀𝑚𝑎𝑥 = 73,178 𝑁𝑚

Gráfico XX – Força cortante ao longo do comprimento de ̅̅̅


𝐼𝐾
5

̅̅̅
Gráfico XX – Momento Fletor ao longo do comprimento de 𝐼𝐾

7.4.2.2 Análise dos esforços normais em I-K


 0 < x < 0,5045

N(x) = 0

 0,5045< x < 0,9684

N(x) = 1636,409 N

̅̅̅
Gráfico XX – Força normal ao longo do comprimento de 𝐼𝐾
6

7.4.3 Analise dos esforços na barra Q-N


Partimos agora para a barra Q-N e aplicamos a influencia dos esforços
descobertos no tópico 7.4.1 e definimos os esforços genéricos gerados na
conexão no ponto N

̅̅̅̅)
∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝑄𝑦 − 𝐹𝑂𝑦 + 𝑅𝑁𝑦 − 𝑊(𝑄𝑁

𝑅𝑁𝑦 = 45,437 𝑁

∑ 𝑭𝒙 = 0 = 𝐹𝑄𝑥 − 𝑅𝑁𝑥

𝑅𝑁𝑥 = 1636,409 N

̅̅̅̅
𝑄𝑁
̅̅̅̅)𝑊 (
∑ 𝑀𝑁𝑧 = 0 = (𝑄𝑁 ) + 𝐹𝑂𝑦 ̅̅̅̅
𝑂𝑁 − 𝐹𝑄𝑦 ̅̅̅̅
𝑄𝑁 + 𝑀𝑁𝑧
2

𝑀𝑁𝑧 = 63,461 𝑁𝑚
7

7.4.3.1 Análise de esforços cortantes e momento fletor em Q-N


Realizando o método das seções seguido do método da integração para
determinar o momento fletor, temos:

 0 ≤ x ≤ 0,5045 m, onde x = 0 é o ponto Q, e x = 0,9684 é o ponto N:


𝑉𝑦 (𝑥) = 171,709 − 106,23𝑥
𝑀𝑧 (𝑥) = 171,709x − 53,115𝑥 2
 0,5045 m ≤ x ≤ 0,9684 m
𝑉𝑦 (𝑥) = 3,843 − 106,23(𝑥 − 0,5045)
𝑀𝑧 (𝑥) = 73,108 + 3,843(𝑥 − 0,5045) − 53,115(𝑥 − 0,5045)2

Sendo o ponto de máximo Mz em 0,0362 m , 𝑀𝑚𝑎𝑥 = 73,178 𝑁𝑚

Gráfico XX – Força cortante ao longo do comprimento de ̅̅̅̅


𝑁𝑄
8

̅̅̅̅
Gráfico XX – Momento Fletor ao longo do comprimento de 𝑄𝑁

7.4.3.2 Análise dos esforços normais em Q-N


 0 < x < 0,5045

N(x) = 0

 0,5045< x < 0,9684

N(x) = 1636,409 N

Gráfico XX – Força normal ao longo do comprimento de ̅̅̅̅


𝑄𝑁
9

7.4.4 Analise dos esforços na barra L-M


Partimos agora para a barra L-M e aplicamos a influencia dos esforços
descobertos no tópico 7.4 e definimos os esforços genéricos gerados na
conexão no ponto L

̅̅̅̅)
∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝑀𝑦 − 𝑅𝐿𝑦 − 𝑊(𝐿𝑀

𝑅𝐿𝑦 = 1782,244 𝑁

∑ 𝑭𝒙 = 0 = 𝑅𝐿𝑥 − 𝐹𝑀𝑥

𝑅𝐿𝑥 = 869,4867 N

̅̅̅̅
𝐿𝑀
̅̅̅̅)𝑊 (
∑ 𝑀𝐿𝑧 = 0 = −(𝐿𝑀 ) + 𝐹𝑀𝑦 ̅̅̅̅
𝐿𝑀 + 𝑀𝐿𝑧
2

𝑀𝐿𝑧 = 423,749 𝑁𝑚

∑ 𝑀𝐿𝑦 = 0 = 𝑀𝑀𝑦 − 𝑀𝐿𝑦

𝑀𝐿𝑦 = 474,559 𝑁𝑚
10

7.4.4.1 Análise de esforços cortantes e momento fletor em L-M


Realizando o método das seções seguido do método da integração para
determinar o momento fletor, temos:

 0 ≤ x ≤ 0,2361 m, onde x = 0 é o ponto L, e x = 0,2361 é o ponto M:


𝑉𝑦 (𝑥) = −1782,244 − 106,23𝑥
𝑀𝑧 (𝑥) = 423,749 − 1782,244x − 53,115𝑥 2
𝑀𝑦 (𝑥) = 474,559

Gráfico XX – Força cortante ao longo do comprimento de ̅̅̅̅


𝐿𝑀
11

̅̅̅̅
Gráfico XX – Momento Fletor ao longo do comprimento de 𝐿𝑀

7.4.4.2 Análise dos esforços normais em L-M


 0 < x < 0,2361

N(x) = −869,4867

Gráfico XX – Força normal ao longo do comprimento de ̅̅̅̅


𝐿𝑀
12

7.4.5 Analise dos esforços na barra K-N


Partimos agora para a barra K-N e aplicamos a influencia de todos os esforços
descobertos nos 3 tópicos anteriores e devemos encontrar um sistema em
equilibrio

Veja que este croqui acima representa todos os esforços aplicados na barra KN.
Por simplificação da análise, os esforços de mesma direção aplicados no mesmo
ponto serão simplificados em um só esforço que representa a soma vetorial de
ambos. Em adição, a análise de esforços cortante, momento fletor, esforço
normal e torsor serão feitos com base em um novo sistema de coordenadas
X’Y’Z’
13

Obs: Veja que os esforços presentes no ponto L na direção X, provenientes do


esforço do banco e da barra L-M, não aparecem no croqui simplificado pois a
sua soma os anula e, portanto, não é necessário representa-los graficamente.

̅̅̅̅̅)
∑ 𝑭𝒚 = 0 = 𝐹𝑁𝑦 − 𝐹𝐾𝑦 − 𝐹𝐿𝑦 − 𝐹𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜𝑌 − 𝑊(𝐾𝑁

∑ 𝑭𝒙 = 0 = 𝐹𝑁𝑥 − 𝐹𝐾𝑥 + 𝐹𝐿𝑥 − 𝐹𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜𝑋

̅̅̅̅
𝐾𝐿 ̅̅̅̅
𝐿𝑁
̅̅̅̅)𝑊 ( ) − (𝐿𝑁
∑ 𝑀𝐿𝑥 = 0 = (𝐾𝐿 ̅̅̅̅)𝑊 ( ̅̅̅̅ − 𝐹𝑁𝑦 𝐿𝑁
) + 𝐹𝐾𝑦 𝐾𝐿 ̅̅̅̅
2 2

∑ 𝑀𝐿𝑦 = 0 = 𝐹𝐾𝑥 ̅̅̅̅


𝐾𝐿 − 𝐹𝑁𝑥 ̅̅̅̅
𝐿𝑁 + 𝑀𝐿𝑦

∑ 𝑀𝑧 = 0 = −𝑀𝐾𝑧 + 𝑀𝑁𝑧 −𝑀𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 − 𝑀𝑁𝑧

Veja que os somatórios de força e momento em todas as direções dão 0, isso


sugere que a análise dos esforços foi feita corretamente.
14

7.4.5.1 Análise de esforços cortantes e momento fletor em K-N


Realizando o método das seções seguido do método da integração para
determinar o momento fletor, temos:

 0 ≤ x’ ≤ 0,145 m, onde x’ = 0 é o ponto K, e x’ = 0,0,290 é o ponto N:


𝑉𝑦′ (𝑥′) = −45,4368 − 106,23𝑥′
𝑀𝑧′ (𝑥′) = −45,4368x′ − 53,115𝑥′2
𝑉𝑧′ (𝑥′) = 1636,409
𝑀𝑦′ (𝑥′) = 1636,409x′
𝑀𝑥′ (𝑥′) = −63,461

 0,5045 m ≤ x ≤ 0,290 m
𝑉𝑦′ (𝑥) = 60,84 − 106,23(𝑥′ − 0,145)
𝑀𝑧′ (𝑥′) = −7,705 + 60,84(𝑥′ − 0,145) − 53,115(𝑥′ − 0,145)′2
𝑉𝑧′ (𝑥′) = 1636,409
𝑀𝑦′ (𝑥) = −237,279 + 1636,409(𝑥′ − 0,145)
𝑀𝑥′ (𝑥′) = 63,461

Gráfico XX – Força cortante Y’ ao longo do comprimento de ̅̅̅̅̅


𝐾𝑁
15

Gráfico XX – Força cortante Z’ ao longo do comprimento de ̅̅̅̅̅


𝐾𝑁
16

̅̅̅̅̅
Gráfico XX – Momento Fletor Z’ ao longo do comprimento de 𝐾𝑁

Gráfico XX – Momento Fletor Y’ ao longo do comprimento de ̅̅̅̅̅


𝐾𝑁

300

200
Momento Fletor (Nm)

100

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
-100

-200

-300
Distância na Haste (m)

7.4.5.2 Análise do momento torsor em K-N


 0 < x < 0,145

T(x′) = −63,461 Nm

 0,145< x < 0,290

T(x′) = 63,461 Nm
17

̅̅̅̅̅
Gráfico XX – Torsor ao longo do comprimento de 𝐾𝑁

7.4.6 Análise da seção transversal crítica na base do supino

Neste ponto análise deve-se, dentre todas as barras componentes da base do


equipamento, selecionar a seção transversal correspondente ao somatório de
esforços cortante e normal, momento fletor e torsor mais críticos. Para esta
seleção deve ser feita uma avaliação minuciosa dos gráficos confeccionados nos
tópicos anteriores; alguns cálculos superficiais de resistência dos materiais
podem auxiliar à correta escolha da seção crítica.

Para o caso da base do equipamento a seções transversais uma se destacou


como as de maiores requisições, sendo que para selecionar o ponto crítico nela
um maior refinamento de cálculos seria necessário. Esta seção será designada
como LLM .
18

7.4.6.1 Análise da tensão cisalhante transversal pelo esforço cortante máximo


de LLM

A imagem abaixo é uma representação simplificada da seção transversal com


os esforços correspondentes encontrados nos tópicos anteriores.

𝑉𝑦 = 1782,244 𝑁

𝑀𝑧 = 423,749 𝑁𝑚

𝑀𝑦 = 474,55 𝑁𝑚

Figura xx – Força cortante e momento fletor


19

A partir dos momentos de inércia já calculados, a fim de determinar a força


cisalhante transversal, deve-se aplicar a fórmula:

𝑖
𝑉𝑦′ 𝑄𝑖
𝜏𝑥′𝑦′ =
𝐼𝑍 𝑡𝑖

Nos quais o Q equivale ao primeiro momento de área e t à espessura da seção


ao longo do comprimento.

 No centroide (C)
25,5 − 8
𝑄𝑐 = (25,5 − 0,5 ∗ 8) ∗ 51 ∗ 8 + 2 ∗ ∗ 8 ∗ (25,5 − 8)
2
𝑄𝑐 = 11222 𝑚𝑚3
 Nos pontos a, a’, b e b’

8
𝑄𝑎 = 𝑄𝑏 = 𝑄𝑏′ = 𝑄𝑎′ = (25,5 − ( )) 51 ∗ 8 = 8772 𝑚𝑚³
2

Assim, para elaborar o gráfico de tensão cisalhante ao longo da seção,


calculamos a tensão para cada ponto de forma a obter:

𝜏𝑥𝑐 ′ 𝑦 ′ = −2,849 𝑀𝑃𝑎 ; 𝜏𝑥𝑎′ 𝑦 ′ = 𝜏𝑥𝑏′ 𝑦 ′ = −2,227 𝑀𝑃𝑎 ;

′ ′
𝜏𝑥𝑎′ 𝑦 ′ = 𝜏𝑥𝑏′ 𝑦 ′ = −0,699 𝑀𝑃𝑎

Gráfico – Distribuição da Tensão Cisalhante Transversal ao longo da seção


20

7.4.6.2 Análise da tensão axial causada pelo momento fletor na seção LLM
A fim de calcular a tensão máxima suportada na seção, foi escolhido o ponto de
maior momento fletor no gráfico, que coincide com o ponto de força cortante
máxima. Assim:

𝑀𝑧 = 423,749 𝑁𝑚

𝑀𝑦 = 474,55 𝑁𝑚

Esta tensão é determinada por:

𝑀𝑍 𝐼𝑍 − 𝑀𝑌′ 𝐼𝑌′𝑍 𝑀𝑌′ 𝐼𝑍 − 𝑀𝑍 𝐼𝑌′𝑍


𝜎𝑥′𝑥′ = (±) 2 ∗ 𝑦′ (±) 2 ∗𝑧
𝐼𝑍 𝐼𝑌′ + 𝐼𝑌′𝑍 𝐼𝑍 𝐼𝑌′ + 𝐼𝑌′𝑍

Nos quais os sinais variam entre tensão de compressão e tração.

Uma vez que 𝐼𝑦𝑧 = 0 (devido à simetria) e o momento encontrado é somente na


direção z, temos que,

𝑀𝑍 𝑀𝑦
𝜎𝑥′𝑥′ = − ∗𝑦+ ∗𝑧
𝐼𝑍 𝐼𝑦

Devido à simetria da seção, espera-se encontrar valores de compressão e tração


equivalentes em módulo nas diagonais opostas. Vale ressaltar que o momento
Mz gera compressão na porção superior da seção e tração na inferior, enquanto
My gera compressão na porção direita da seção e tração na esquerda

Selecionando os pontos de máxima tração e de compressão, C e B, obtém-se


os seus valores em módulo. Assim:

|𝜎𝑥′𝑥′ 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 | = 52,215 𝑀𝑃𝑎


21

Figura xx – Tração ou compressão gerado na seção transversal

7.4.6.3 Análise da tensão axial gerada pela força normal à seção LLM
Deve-se somar agora a influência gerada pela força normal à seção transversal
à tensão axial obtida no tópico anterior:

𝑁(𝑥)
𝜎𝑥𝑥 =
𝐴∎

Portanto a tensão causada pelo esforço normal à barra é:

−869,4867
𝜎𝑥𝑥 = = −0,632 𝑀𝑃𝑎
1,376 ∗ 10−3

Figura xx – Tensão axial resultante ao longo do comprimento da seção


22

7.4.7 Construção dos eixos principais


A importância de se encontrar o ponto crítico é que, ele possibilita analisar a
viabilidade de utilização de certos materiais e configurações de montagem na
confecção de um equipamento mecânico. Avalia-se em um projeto, a máxima
requisição sobre o sistema em exercício de sua função e, em seguida, seleciona-
se o material e a configuração de montagem capazes de suprir estas
solicitações.

Figura xx – Ponto de máxima requisição na seção transversal

Figura xx – Ponto de máxima requisição na aresta ̅̅̅̅


𝐵𝐷

Neste ponto podemos notar, por meio dos cálculos, que o ponto de maior
requisição se encontra na aresta BD, sendo assim serão comparados os ponto
B B’ e O nesta aresta para que saibamos onde será o ponto crítico
23

7.4.7.1 Análise do elemento infinitesimal no ponto B


Observa-se que a maior tensão é a de compressão, já que a mesma ocorre tanto
pelo momento fletor, quanto pelo esforço normal à barra. Vale ressaltar que não
há presença de tensão radial na barra, assim como nas extremidades a tensão
de cisalhamento por esforço cortante também não fará efeito sendo assim:

𝜎𝑦 = 𝜏𝑥𝑦 = 0 𝑀𝑃𝑎

Tensor de tensões do elemento no ponto B

−52,847 0 0
Τ=[ 0 0 0]
0 0 0

Figura 15 – Elemento infinitesimal em B’

 Círculo de Mohr no ponto B

Ao passo que o raio e a posição do centro do Círculo de Mohr equivalem a:

𝜎 −𝜎 2 𝜎𝑋 +𝜎𝑌
2
𝑅 = √( 𝑋 2 𝑌 ) + 𝜏𝑋𝑌 e 𝐶= 2
, temos que:

𝑅 ≅ 52,847 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝐶 ≅ 0 𝑀𝑃𝑎

𝜎1 = 𝐶 + 𝑅 = 0 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜎2 = 𝐶 − 𝑅 = −52,847𝑀𝑝𝑎

Logo, pode-se gerar o seguinte diagrama, de forma que a tensão 𝜎1 seja


equivalente a própria tensão axial gerada no elemento. Portanto, é possível
afirmar que este elemento já se encontra na configuração dos eixos principais,
ou seja, só possui tensão axial.
24

Figura 16 - Circulo de Mohr do ponto B

7.4.7.2 Análise do elemento infinitesimal no ponto B’


Para o ponto em análise, é possível observar que haverá tensão axial e
cisalhante, uma vez que o primeiro momento de área (Q) é diferente de zero.
Portanto:

𝑀𝑍 𝑁
𝜎𝑥′ = + ∗𝑦+ = −36,466 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜏𝑥 ′ 𝑦 ′ = −2,227 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑍 𝐴𝑟𝑒𝑎

Note que o valor da tensão cisalhante foi determinado no tópico 7.4.6.1 e foi
selecionada baseando-se na maior tensão sofrida no ponto de análise.

 Tensor de tensões do elemento no ponto B’

Com os valores das tensões, montou-se o seguinte tensor:


25

−36,466 −2,227 0
𝑇 = [ −2,227 0 0]
0 0 0

Figura 17 - Elemento infinitesimal no ponto B

 Círculo de Mohr para o ponto B

Utilizando as equações para raio e centro já fornecidas, podemos afirmar que:

𝑅 = 18,369 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝐶 = −18,233 𝑀𝑃𝑎

Logo, com esses valores, geramos:

𝜎1 = 𝐶 + 𝑅 = 0,136 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜎2 = 𝐶 − 𝑅 = −36,602 𝑀𝑃𝑎

A partir do diagrama gerado, podemos, através da aplicação do seno, calcular o


ângulo entre o ponto B e a das tensões principais, denominado de 𝜃𝑃 , no qual
2𝜃𝑃 = sin−1 𝜏𝐵 /𝑅 → 𝜃𝑃 ≅ 3,48°
26

Figura 18 – Circulo de Mohr no ponto B

7.4.7.3 Análise do elemento infinitesimal no centroide (0)


No centroide, percebe-se um caso particular, visto que o momento MZ fica
impossibilitado de gerar uma tensão se a distância entre eles é nula, entretanto,
há a tensão gerada pela aplicação da força normal, sendo que neste ponto temos
a tensão cisalhante máxima. Dessa forma:

𝑁
𝜎𝑥′ = = 0,632 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜏𝑂 = −2,849 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑟𝑒𝑎

 Tensor de tensões do elemento infinitesimal em O

0,632 −2,849 0
𝑇 = [−2,849 0 0]
0 0 0
27

Figura 19- Elemento infinitesimal no ponto O

 Círculo de Mohr para o ponto O

Partindo das equações já utilizadas, é possível obter os seguintes valores para


o raio(R) e centro(C):

𝑅 = 2,886 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝐶 = −0,316 𝑀𝑃𝑎

Por conseguinte, obtemos as seguintes tensões principais:

𝜎1 = 2,55 𝑀𝑃𝑎 𝑒 𝜎2 = −3,182 𝑀𝑃𝑎

Seguindo o mesmo raciocínio utilizado para os pontos anteriores, podemos


calcular o ângulo entre o ponto C e a das tensões principais, denominado de 𝜃𝑃 ,
no qual 2𝜃𝑃 = sin−1 𝜏𝐵 /𝑅 → 𝜃𝑃 ≅ 48,165°
28

Figura 20 – Circulo de Mohr para o centróide O

A maior tensão axial calculada equivale a 52,847 MPa de compressão (𝜎𝑀Á𝑋 ).


Como estabelecido pela tabela das propriedades do material empregado, a
tensão de resistência a tração é de 420. Contudo, será aproveitada a tensão de
limite de escoamento (𝜎𝐴𝐷𝑀 ), 350 MPa, para evitar deformações plásticas, deste
modo evitando o encruamento do material.

Portanto o do fator de segurança, 𝐹𝑆 , pode ser obtido através de:

𝜎𝐴𝐷𝑀
𝐹𝑆 = = 6,62
𝜎𝑀𝐴𝑋

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