Na mitologia Iorubá, o deus supremo, Olorum, após criar o mundo, as águas, as
terras, as plantas e os animais de todas as cores e tamanhos, decidiu criar o homem e ordenou que o deus Oxalá criasse o homem. Oxalá pensou em como e de que material criaria o homem. Então, primeiro, ele teve a ideia de criar o homem a partir do FERRO, mas choveu e o ferro enferrujou. Pensou ele: - Não posso criar o homem do ferro. Em seguida, criou o homem da PEDRA, mas percebeu que ele havia ficado muito rígido e que, dessa forma, ele teria muita dificuldade de se adaptar às mudanças e se tornaria alguém muito frio e sem personalidade, ou seja, todos acabariam por ser iguais. Oxalá pensou: - Vou criar o homem da ÁGUA. Mas não conseguia lhe dar forma, ou seja, ele ficava disforme. Tentou, então, formar o homem do FOGO, mas soprou um vento e o homem desapareceu! Triste já pelas tentativas frustradas, Oxalá sentou-se à beira do rio e teve uma ideia: - Vou preparar o homem através do BARRO. Mergulha no rio e pega, do seu fundo, muito barro. Ele percebe que o barro é um material flexível e que em contato com as intempéries da natureza, ele se mantém estável após concluído. Além disso, era fácil de ser moldado, capaz de mover seus braços e pernas. Após formá-lo do barro, Oxalá lhe sopra o fôlego da vida. Oxalá pensou, feliz com o resultado final da sua criação: - Não posso criar todos os homens iguais. Preciso que entre eles haja uma diferença que não os separe, mas que os una por suas diferenças. Então Oxalá colocou o homem de BARRO VERMELHO nas Américas, o BARRO BRANCO no continente Europeu, na Oceania e na Antártida, o BARRO PRETO no continente africano, o BARRO AMARELO no continente Asiático.