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56 CLINICA PSICANALfTICA: ESTUDOS = Ihes: tanto melhor. E nessas condigdes que a problemtica da ‘captacdo imagindria se encontra verdadeiramente colocada. A Palavra amor é falada diferentemente por um homem ¢ por uma mulher. A ANGUSTIA NA CONTRATRANSFERENCIA OU 0 SINISTRO (A INQUIETANTE ESTRANHEZA) DA TRANSFERENCIA 68.555.705/ (0001 - 097 Traducdo Claudia Bertiner FORMACKO FREUDIANA ION Conde deta, 970 - 5.6 pat Bettoge — CEP 22.271.000 ie UO DE JANEI20 — py a Integrando uma verdadeira clinica da contratransferéncia ‘2 uma pesquisa metapsicolégica por parte do analista das suas préprias modalidades de funcionamento psiquico durante o tratamento, elaborou-se, hd mais de trinta anos, uma obra de sinceridade na psicandlise. O impulso dado a esta obra — principalmente anglo-saxi — pode ser atribuido em grande (distinta da do tratamento ou daquela no fundo, ela é a tnica condig&o clfnica para ‘mentos que propiciem uma pesquisa metapsicolégica ties técnica psicanalitica. Acrescentemos a isto que a importan- cia atribuida & supervisio pelas sociedades e agrupamentos analiticos com respeito a transmissao da psicandlise confirma hoje, mais do que nunca, que os desenvolvimentos futuros do 70 CLINICA PSICANALITICA: ESTUDOS Pensamento psicanalttico ~ pelo menos na sua concep¢io do fatamento — terdo de levar amplamente em conta os progres- 808 efetuados na teorizagdo psicanalitica da supervisio. E Verdade que esta teorizagao j4 existe em numerosos aut da andlise pessoal do tratamento. ‘Nao dedicarei minha reflexéo Perviso, Estas poucas observacée: ectos: 18) Abrir espago para uma acepcio ampliada da nogéo de supervisio analftica. A extensio desta nogio concerne néo apenas & avaliaglo do que wracio, ou até mesmo da instituigdo da sessio de supervisio comportam: esta avaliagio leva — € minha hipstese ~ a uma compreensdo enriquecida de conceitos metapsicolégicos restritos A sua verificagdo no tra- famento. Deste ponto de vista, podemos nos perguntar se a metapsicologia da angiistia nao receberia novos esclareci- mentos da metapsicologia da contratransferéncia no interior a prética da supervisio. 22) A ampliagao da nogdo de superviséo deve nos levar a lum maior interesse pela meméria do analista e pela escrita de sua escuta no tratamento. Em outras palavras, podemos cha- mar de “supervisio” a constituigo da técnica na escrita da linguagem ¢, assim, podemos nos perguntar sobre o estatuto da construgéo em andlise como forma da supervistio. Seria também segundo esta abordagem que conviria conceber a idéia de “comunidade psicanalitica” na sua exata acep¢éo re- velada pela sesséo de supervisio. 3®) Na medida em que 0 fenémeno de angiistia € fend- A ANGUSTIA NA CONTRATRANSFERENCIA n ‘meno do cu, este no poderia ser metapsicologicamente con- Siderado sem ser compreendido em referéncia a0 outro estra- imho ao eu. Dito de outra forma, pode uma teoria psicanalitica da angiistia dispensar a questéo do outro? Deixar que esta questi se formule com base na da contratransferéncia e dar-Ihe 0 poder de provocar novas especulagées metapsicolé- gicas sobre a angustia, é uma das razées pelas quais a situa- ‘so de supervisdo nos parece muito privilegiada. Lembrarei inicialmente — sem ter a menor pretensio de ser exaustivo — alguns dos trabalhos que trataram dos afetos experimentados pelo analista no seu trabalho com o paciente, Se a contratransferéncia 6 entendida globalmente — e de um onto de vista econémico — como um pdra-excitagées, a par- ticularidade deste seria néo apenas a de manter um nivel de regulacdo estvel da atencio (dita “eqiiflutuante”) mas tam- ‘bém a de representar um instrumento de percepeao do qual se Tequer uma fina mobilidade adaptativa. Ninguém duvida que se deva atribuir a este instrumento de percepeio a fungéo temporal do pré-consciente capaz de recepedo e de transfor- ‘macéo das “informagées” provenientes do paciente «(de sua vvida psfquica) constantemente confrontadas com as “informa: g6es"" provenientes do préprio analista. Deste ponto de vista, 4 contratransferéncia equivale a um dispositivo inerente a si. tuacéo analitica e adequado ao enquadre do tratamento, evitando que 0 analista se encontre dirctamente con. frontado com a irrupgio violenta dos afetos do paciente e dos seus préprios, permitindo-lhe reinstaurar a situacdo analttica caso esta seja perturbada ou momentaneamente destrufda, formando 0 lugar de ressondncia e de tradugéo em palavras de tudo 0 que pode ser expetimentado no tratamento. E, nes- {as condigées, € evidente que a contratransferéncia — respon- dendo & essencial assimetria da situacdo analttica — designe 0 analista um lugar de recepgao ¢ de producéo das transfe- 2 CLINICA PSICANALITICA: ESTUDOS réncias (tanto as suas préprias quanto as do paciente) ¢ atri- bua a este lugar, pela simples existéncia da andlise, uma fun- so que chamarei, segundo Jean Laplanche, mas numa acep- do diferente da dele uma funcdo de transcendéncia da transferéncia. Na sua célebre intervengio de 1949, no Congresso de Zarique, Paula Heimann escreve: Minha tese € que a resposta emocional do analista frente ao seu paciente, no ambito da situagio analitica, re- presenta uma das mais importantes ferramentas de sew tra- batho. A contratransferéncia do analista € um instrumento de pesquisa sobre o inconsciente do paciente. A situagdo analitica (analytic foi estudada ¢ descrita sob diversos Sngulos.... Mas impresso € que no se sublinhou suficientemente ta € uma relacdo (relationship) entre duas pessoas. © que distingue esta rela- ‘so das outras néo é a presenga dos sentimentos (feelings) ‘num parceiro e sua auséncia no outro, o analista, mas, #0- bretudo, que destes € feito um uso diferente e que dois ftores estio numa relagdo de interdependéncia. Ai. fim de submeté-los (subordinate) a0 trabalho analitico no ‘qual funciona como reflexo em espelho (as the patient s ‘mirrorreflection) do paciente Nos anos cingiienta, a énfase continua posta sobre a rela- ‘$40 interpessoal ¢ sobre esta idéia de “resposta” contratrans- ferencial do analista. A contratransferéncia coloca em sus- penso a resposta emocional do analista e a andlise pessoal deste — constantemente solicitada nos seus res sferen- ciais) néo resolvidos — comporta a figura de analista desta anélise, figura de um ideal do eu que nunca pode ser identifi- cada & imagem pessoal de seu préprio analista A seqiiéncia clifnica evocada por Paula Heimann no texto mencionado seré agora objeto de nossa atengao. Durante a AANGUSTIANA CONTRATRANSFERENCIA B terceira semana de sua anélise, um homem de quarenta anos expressa & sua analista sua vontade de se casar com uma mu- Iher — de aspecto doente — conhecida recentemente. A resis- ‘téncia a andlise assim como a ago dos conflitos transferen- ciais inconscientes so, nestas condigées, facilmente identifi- cveis e, € verdade, menos facilmente interpretdveis. A ana- lista j4 se dera conta dos desejos ambivalentes de seu pa- lagio intima com ela. Tampouco The Iha’” neurstica do paciente de se lancar ‘num novo casamento com esta mulher fazia parte de um cené- tio dominado pela culpa e pelo desejo de reparagio. A an- miistia entdo experimentada pela analista coloca-a em alerta ‘mas a “deixa confusa”, Esta expressio — “a deixa confusa”” — € pronunciada pelo paciente depois do relato de um sonho onde tinha adquirido “no estrangeiro um carro de segunda ‘mio muito bom que estava danificado. Esperava conserté-lo ‘mas uma outra pessoa, no sonho, opunha-se a isto por razées, de prudéncia. O paciente devia... deixéla confusa a fim de poder realizar 0 conserto do Sabemos que deixar con- fusa uma figura protetora é freqiientemente, para os pacien- tes, 0 meio de ligar a andlise ¢ 0 analista a poderosos proces- sos masoquistas em agio nas suas vidas. E como se se tratas- se de embacar esta figura a fim de aniquilar todas as marcas anteriores da qual seria portadora e conceber 0 desenvolvi- mento do tratamento como o engendramento doloroso de uma nova figura. Concluindo esta breve exposigo clinica, Paula Heimann dé a entender que a angustia experimentada naquele momento com aquele paciente colocava-a em contato com as poderosas forgas destrutivas ¢ auto-destrutivas do paciente advertia-o, em contrapartida, da gravidade da situacdo que estava produzindo. ‘A resposta emocional imediata do analista frente a0 seu paciente € um indicio significativo sobre os inconscientes do paciente ¢ guia-o para uma maior com- 4 CLINICA PSICANALITICA: ESTUDOS preensio. Isto ajuda o analista a concentrar sua atengo s0- nio € apenas uma parte ou fragmento da relagao analitica, ras & a criagGo do paciente, uma parte da personalidade do paciente. A idéia segundo a qual o analista “deve utilizar sua res- posta emocional como uma chave para o inconsciente do pa- ciente” (Paula Heimann) € amplamente reconhecida hoje em dia a ponto de tomar uma forma quase didética nas priticas de supervisiio. Néo seria na verdade, através de uma apro- priagio subjetiva do efeito do afeto que o analista adquire os ‘meios para pensar uma ico inconsciente do cenério do paciente e niio seria desta mancira que se forma nele uma in- terpretagiio possfvel que seré ou nao comunicada? O afeto de angiistia, no caso comunicado por Paula Heimann, & confuso, Esta experiéncia de confusdo — que Harold Sear les exploraré no tratamento de pacientes borderlines — deve, de fato, ser admitida pelo analista como um momento da cria- cdo do paciente. Mesmo que se trate de embacar ou de destruir uma figura sentida como protetora, pode-se falar de ““mo- mento de criacdo” na medida em que a confusio é a condigéo E 6 verdade que justa- lo que 0 analista pode, de alcangar uma compreensio de seu paciente, ¢ ver formar-se nele uma interpretagio. O modelo implicito da contratransferéncia 6 0 de uma relagéo ficticia mie-filho onde a me se faz. receptora do que aconte- ce com seu filho: experimenta uma angtistia que a desperta para © perigo, que aumenta a acuidade da percepgio de si mesma e do filho, restitui a este, através de palavras e de gestos adequados, a significagio distinta do que ele experi- AANGUSTIA NA CONTRATRANSFERENCIA 1 ‘menta, portanto, sem confusio com a sua prépria. Dito de outra forma, a angtstia contratransferencial do analista pode- ria ser, idealmente, a de uma mie capaz de ressondncia com estado da crianga, de continéncia das energias desta angtis- tia, de metabolizacdo e de metaforizacdo dos afetos confun- didos que tendem a transbordar na crianga. E, portanto, 0 modelo da relagdo mée-filho que aqui regula a fungao de ex- periéncia ibjetiva da contratransferéncia e que faz desta um vo pré-conseiente apropriado para dar, na linguagem, ressonncia aos pelo paciente. Nestas condigdes, a angistia contratransferen- cial ndo aparece apenas como uma “resposta”, mas sim como lum momento eritico da atencdo e, assim sendo, como instante analitico de constituicao da interpretacio. Num artigo de 1955 sobre “Os provessos de dependéncia na psicoterapia da esquizofrenia”, Harold Searles jé sublinha- ra as identificagies arcaicas que ‘'se manifesta na terapia como fortes qualidades matemnas que tende fato de que 0 psicético di core do pensamento, da emogio ou da ago, suas necessi- dades de dependéncia tendem a uma espécie de colusio fisica sem contato corporal com 0 analista. O analista percebe na sua propria angtistia a violenta expectativa de seu paciente a seu respeito, Searles escreve: Pode-se pensar que isto angustiard o ferapeuta muito mais do que 0 anseio verbalizado do neurético de chupar o pénis ‘ou 0 sein do analista. A solicitagdo de reagées familiares, 0 apelo a respostas afetivas pessoais no deixam de provocar no analista a an- 1% CLINICA PSICANALITICA: ESTUDOS iistia de uma colusao fantasmética entre suas reagGes habi- tuais face a seus préximos ¢ as que 0 paciente exige. dos regressivos profundos Jevam o analista a uma imobiliza- io especular ~ muitas vezes tomada necesséria durante uma fase da terapia — mas que ameaca 0 analista de uma dissocia~ Gio de sua identidade por captagdo da sensagio de sua pré- pria imagem, Tudo ocorre entéio como se a percepgio frag- mentada (shattered) ou desmembrada (dismembered) que paciente propée ao seu analista de sua prépria pessoa amea- Ggasse 0 pensamento de ser engolido ¢ aniquilado pelo visual. A perda da linguagem € certamente 0 que & vivido como a mais terrivel ameaga. Se o analista chega a se ver vendo-se incapaz de dispor das capacidades de mobilidade cinestésicas imaginérias que Ihe so habituais (para avaliar as transfor- magées de sua propria imagem no outro), # angistia contra- transferencial € vivi ‘mortifera antes de permitir entender a necessidade do pa ciente de criar um duplo simbiético exatamente igual a si ‘mesmo, Num outro artigo ““The evolution of the mother trans- (Collected papers on Schizophrenia and Related Subjects Searles nota, a respeito de seu trabalho com uma esquizofré- nica: Durante 0 quadragésimo-quinto més, ela comegou a samente angustiado. E, em outro lugar, no seu artigo “Comunicagéo esquizo- frénica’’: Daquela vez, encontrava-me num estado de exaspera- fo e de angiistia, Talver eu estivesse principalmente des- gastado e cansado: por mais de dois anos ela quase que continvamente me tomava por algum outro (&s vezes por A ANGUSTIA NA CONTRATRANSFERENCIA, n ‘varias pessoas diferentes durante a mesma sessio), como mencionava, da sua maneira fragmentada, uma quantidade de nomes de pessoas ¢ de lu- gares que evidentemente ela supunha que eu conhecesse mas ue para mim no eram mais do que nomes. Podemos aproximar estas diversas citagdes das observa- g6es de D. Meltzer sobre a “‘transferéncia adesiva” ou “co- Tante” que certos pacientes vivem com seu analista: A transferéncia “ei nna qual € 0 analista, mais do que © processo € os objetos internos, que & sentido como sendo tinico, -se através de uma enorme pressio sobre a contratransferéncia do analista. ‘Num trabalho recente (Contre-transfert et psychose. Re- cherches et contributions de Harold Searles, 1986), Jean Gortais escreve: ‘Segundo Harold Searles, € através de um investimen- to, geralmente carregado de angéstia, dirigido ao analista, ‘que 0 psie6tico poder ter acesso a uma percepgio de um objeto interno relativamente estével e confidvel. Isto ine~ vitavelmente supe que © analista se d2 0 dircito de expe- cia de uma chamada manifesta do real por este, contribuin- ‘do ao mesmo tempo para desfazer a fixidez de um vinculo fusional e para permitir ao paciente o investimento de um objeto transferencial diferenciado. Sabemos que para a instauracdo da situacdo psicanallti- ca certamente contribui a integragéo do enquadre do trata ‘mento mas que, em grande parte, ela é independente deste, no ws CLINICA PSICANALfTICA: ESTUDOS sentido de que decorre das condigGes da fala ¢ da escuta e, portanto, de um “equilfbrio” aleatério entre atencdo ceqii(flutuante)-associagées livres. Evitemos supor que a dis- tribuicdo entre atencio e associagdes se dé entre o analista por um lado € o analisando por outro. A atengio do analista certamente € recepgio & fala do paciente (com tudo o que ‘comporta) mas é também ativagio da meméria e, portanto, de uma atividade intema de fala associativa. Por seu lado, 0 analisando esti constantemente imerso numa atengao no de- correr de suas associagdes. Isto merece ser lembrado mesmo considerando tal situagdo analitica como ideal — isto é, nunca definitivamente instalada e, portanto, tendo de ser garantida ou re-instaurada, Se a escuta do analista consegue ser, no si- lencio, atividade de linguagem ¢ ativacao do figurével, a fala do analisando encontra pouco a pouco as condigées de seu proprio silencio ©, entdo, de seu tempo associative. A menor das modificagdes que ocorra no curso desta fala é suscetivel de adquirir 0 sentido de uma madanga qualitativa do siléncio do analista, gragas a uma breve notagao ou entio por meio de uma interpretagio. Garantir a situacéo analitica ow re-instau- ré-la corresponde para 0 analista & tarefa de manter esta posi- go de estranho tntimo que é, de certa forma, a condigéo temporal da essencial dissimetria. Pode-se facilmente preten- der que a situacio analitica — estruturada para a fala - pela linguagem, disponha de forma distinta os corpos ¢ sua memé- ria, de maneira tal que, cada um em seu lugar, adquira a li- berdade de escutar segundo os tempos implicados na fala. Nestas condigdes, se se pode falar de angtistia do analista (independentemente de suas raz6es pessoais de eventualmente estar angustiado), dever-se-ia dizer que ele escuta COM a angistia e que esta angiistia/andlise no poderia ser confun- dida com as vivéncias de angdstia reativadas no paciente du- rante sua propria fala. E, alifs, nfo consiste 0 trabalho analf- tico numa claboragdo (Verarbeitung) dos estados afetivos A ANGUSTIA NA CONTRATRANSFERENCIA » brutos com vistas a tomar disponfvel ~ € verdade, sempre aleatoriamente — a angtistia como andlise? © que estamos afirmando tenderia a sustentar a idéia de que o analista ndo deveria experimentar afetos de angiistia contratransferencial! Evidentemente, esta afirmagao vai de encontro A experiéncia clinica de cada um de nés que, com pequenas variagées, se encontra mais nos testemunhos de uma Margaret Little, de um Winnicott ou de um Searles do que no de Freud. E, no entanto, a fim de reformular 0 pro- blema que nos preocupa é certamente necessério ter em vista cesta idéia de que a contratransferéncia € um dispositivo eco nomico que permite ao analista poupar-se de experiéncias que ‘nfo deve viver no lugar de seu paciente e muito menos por ele. Na linha deste raciocinio — de acordo com as proposigées freudianas sobre trabalho analitico — poder-se-ia acrescentar que a questao da angiistia na contratransferéncia esta entre estas questdes que sabemos estar em muito afastadas da tée- nica psicanalitica propriamente dita. Em suma, nosso proble- ma se justificaria se fosse considerado como 0 das condigdes de desinstauragio da situago analitica, quando a anélise foge assim da regra. Nio procurarei descrever condigées ideais, Limitar-me-ei apenas a reconhecer que os testemunhos clinicos que se refe- rem & angistia contratransferencial supéem wna prdtica da relacdo interpessoal ¢ atribuem a esta prética uma fun¢fo que privilegia 0 eu do analista © sua capacidade de pensamento mais do que 0 campo da linguagem e a condigio da fala. Esta observagao € muito importante para nosso problema. Este po-

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