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“Porque do céu se manifesta a ira

de Deus sobre toda impiedade e


injustiça dos homens que detêm a
verdade em injustiça.”.”
Rm 1.18
Os ensinos dos falsos mestres
conduzem os homens à impiedade e
à apostasia, mas a Lei do Senhor nos
ensina a viver neste mundo de
maneira sóbria, justa e piedosa.
I – OS ÍMPIOS E SUAS
DEPRAVAÇÕES
II – COMPORTAMENTOS
DECORRENTES DOS
FALSOS ENSINOS
III – O PERIGO DA APOSTASIA
• EXPLICAR sobre o ímpio e suas
depravações;
• CONHECER os comportamentos
decorrentes dos falsos ensino;
• CONSCIENTIZAR sobre o perigo da
apostasia.
Nesta seção da sua Segunda Carta, o apóstolo Pedro apresenta um
retrato do homem ímpio, moldado pelos ensinos heréticos dos falsos mestres.
Na medida em que analisamos estas características, percebemos os perigos
que as heresias representam não somente para a Igreja, mas para o
indivíduo e para a sociedade em geral. Isso porque, os falsos ensinos
estabelecem um padrão de vida contrário ao plano de Deus e validam
comportamentos imorais. Eles corrompem a boa doutrina, mas também a
ética. A distorção da verdade faz com que o homem sem Deus se preocupe
somente consigo mesmo, ande segundo as suas paixões, seja atrevido e
desumano. Ele é audacioso, apóstata, libertino e comparável a um animal.
Por tudo isso, o salmista aconselha o jovem cristão a não seguir os conselhos
dos ímpios, mas se deleitar e meditar na lei do Senhor (Sl 1).
Prezado(a) professor(a), esteja atento à vida espiritual de seus
alunos. Lembre-se que o professor é aquele que está disposto a incentivar
e a acompanhar o crescimento espiritual de seus educandos. A verdadeira
Educação Cristã não se caracteriza pela simples transmissão de
conhecimentos e informações, mas de um relacionamento de confiança e
amor. Nesta lição, falaremos sobre os resultados nefastos produzidos pela
falsos ensinos. Assim, destaque a importância do ensino que estimula a
conduta ética e virtuosa, que produz crentes que dão bom testemunho do
Evangelho.
2 Pedro 2.9-19
9 Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos e reservar os
injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados,
10 mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em
concupiscências de imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos,
obstinados, não receiam blasfemar das autoridades;
11 enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não
pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor.
12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos
para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem,
perecerão na sua corrupção,
13 recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer
nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em
seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
14 tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar,
engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na
avareza, filhos de maldição;
15 os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho
de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça.
16 Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento,
falando com voz humana, impediu a loucura do profeta.
17 Estes são fontes sem água, nuvens
levadas pela força do vento, para os
Após falar sobre os falsos mestres e sobre o juízo
que viria sobre eles, Pedro prossegue descrevendo o
perfil daqueles que estão destinados ao juízo divino.
Embora o apóstolo ainda tenha em mente os
impostores da fé, a sua denúncia descreve de maneira
enérgica o retrato do homem ímpio e sua apostasia.
Como veremos, a rejeição a Deus e aos princípios éticos
contidos em sua Palavra conduz o homem para um
estilo de vida degradante e altamente nocivo para ele
e para toda a sociedade.
1. Andam em concupiscência. Primeiramente, o homem ímpio é
dominado por seus desejos carnais. Ao dizer que eles andam em
concupiscências de imundícia (ARC), ou segundo imundas paixões
(ARA), Pedro deixa transparecer que não se trata de uma falha moral
isolada, mas uma prática contínua e deliberada. Nesta condição, a
pessoa se entrega a uma vida sexual desregrada, apresentando o seu
corpo como instrumento de iniquidade (Rm 6.13). As duras palavras
proferidas por Pedro e por Judas evidenciam que naquele contexto, os
falsos mestres estavam incentivando a promiscuidade e as práticas
sexuais pervertidas, dizendo se tratar de rituais sagrados.
Ainda hoje esse tipo de comportamento é defendido por vários tipos de
filosofias, porém, com roupagens modernas. A ideologia de gênero, por
exemplo, tenta a todo custo desconstruir o padrão natural da
sexualidade dada por Deus. Até mesmo em alguns círculos ditos cristãos
surgem defensores de uma vida sexual que contraria o padrão da
santidade sexual segundo as Escrituras, a ponto de reconhecerem a
homossexualidade. Todavia o cristão defende que, à luz da Bíblia, o
homossexualismo é algo imoral e pecaminoso (Rm 1.26-32), razão pela
qual não podemos chamar o mal de bem (Is 5.20; 1 Co 6.10,11).
2. Menosprezam as autoridades. Enquanto os crentes são
ensinados a serem obedientes e respeitosos com os ocupantes do poder
governamental, familiar ou eclesiástico, os ímpios são insubordinados e
rebeldes, agindo com desprezo às dominações. É possível que Pedro
esteja se referindo, no verso 12, ao desprezo dos ímpios aos líderes da
igreja ou até mesmo aos poderes angelicais do mundo espiritual. Em
todo o caso, essa atitude expressa uma insubmissão típica de uma
rebelião moral do homem em face
das autoridades estabelecidas por Deus.
3. São atrevidos e difamadores. O apóstolo prossegue dizendo que
eles são atrevidos, obstinados e não receiam blasfemar das
autoridades. O homem ímpio, dominado pelo pecado, é petulante,
prepotente e orgulhoso. Acredita ser melhor que os outros, e quer em
tudo levar vantagem, esse tipo de comportamento nada tem de cristão.
Além disso, gosta de falar mal não somente das autoridades superiores,
como diz o texto, mas de tudo e de todos. Aqueles que imaginam que a
fofoca e os boatos são vícios morais de menor gravidade devem atentar
para as várias recomendações bíblicas sobre a maledicência e o domínio
da língua (2 Tm 2.16,17; Cl 3.8).
1. Irracionalidade animal. Pedro compara os ímpios a animais
irracionais (v.12). O homem não é obra do acaso, resultado da evolução
das espécies. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 2.16).
Todavia, aquele que se torna escravo de seus instintos naturais, em
total desprezo à consciência moral e à voz do Espírito de Deus,
assemelha-se a uma fera que vive pelos impulsos animalescos. Não é
sem razão que o homem sem Deus aceita de bom grado e sem
questionar a teoria evolucionista. Afinal, ela fornece uma justificativa
para aqueles que querem viver sem nenhum tipo de julgamento moral.
Se Deus não existe, tudo é moralmente permitido. Por causa disso, a
destruição deles é inevitável, pois receberão o galardão da injustiça.
2. Hedonismo. Tamanha era a devassidão que os homens se
entregavam à luxúria carnal em pleno dia (v.13 - ARA). Escravo do
pecado, o homem busca prazer no sexo, nas bebidas, nas drogas e nas
baladas. Pedro diz que eles têm “olhos cheios de adultério e insaciáveis
no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na
avareza”. Em resumo, o hedonista está sempre cobiçando, e o seu
apetite pelo pecado nunca é satisfeito. Isso é típico do hedonismo, uma
forma de vida que busca o prazer a todo custo. Para o hedonista, as
coisas mais importantes na vida são a conquista do prazer e a fuga ao
sofrimento.
3. Apostasia e sincretismo religioso. Como exemplo do desvio do
caminho da verdade, Pedro traz à memória o profeta Balaão, o
controverso mensageiro do Antigo Testamento (Nm 22-26). Apesar de
ter aparentemente resistido à proposta de Balaque, de amaldiçoar
Israel, seu coração ambicionava a recompensa prometida pelo rei
moabita. Atribui-se a ele o fato de os israelitas terem sido seduzidos a
adorar Baal e levados a se prostituírem com as mulheres pagãs (Nm 25;
Jd 11; Ap 2.14). Tornou-se, assim, um péssimo exemplo de apostasia e
sincretismo religioso, que tenta misturar a fé cristã com outras religiões.
A tentativa de conciliar diferentes dogmas religiosos é uma marca da
presente era, sob o falso argumento de que as várias religiões do
mundo são nada mais que aspectos diferentes de uma mesma
divindade. Esse argumento tem tirado muitos cristãos do caminho da
verdade.
1. A possibilidade da queda. Agora, o autor sagrado adverte sobre
o perigo de se abandonar a verdade. A partir da leitura do verso 20
aprendemos que aquele que conheceu ao Senhor Jesus Cristo pode
perder a salvação, caso seja vencido pela contaminação do mundo. A
salvação somente é garantida àquele que se mantém fiel ao Senhor.
Por isso, não há qualquer base bíblica para afirmação que diz “uma
vez salvo, salvo para sempre”. O apóstolo ensina que o estado final
daquele que conheceu a verdade e a abandonou será pior que antes.
2. O perigo da apostasia. Ao dizer que “melhor lhes fora não
conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se
do santo mandamento que lhes fora dado”, o apóstolo não está
incentivando algum tipo de ignorância. A sua intenção é advertir para
os perigos da apostasia. Este termo, proveniente do grego apostásis,
significa o abandono consciente e premeditado da fé que nos foi
revelada por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Tm 4.1). É
preciso esclarecer que a apostasia da qual Pedro está a tratar não se
confunde com o desvio da fé, passível de retorno aos braços do Pai por
meio do genuíno arrependimento (2 Co 12.21; Rm 11.21-23; Tg 5.19).
Existem dois tipos de apostasia: a teológica e a moral.
A primeira ocorre quando a pessoa nega e se afasta completamente da
verdade de Deus. Na segunda, quando revela comportamentos
contrários à santidade requerida em sua Palavra (Hb 6.4; 1 Pe 1.15,16).
Os falsos ensinamentos podem conduzir a esses dois tipos de apostasia,
pois nega o Senhor e conduz a uma vida ímpia e imoral. Por outro lado,
a graça e o ensino da Lei do Senhor nos ensina a renunciar à impiedade
e às concupiscências mundanas, vivendo neste presente século sóbria,
justa e piamente” (Tt 2.11,12).
O estudo da presente lição nos mostrou quão
perigosos são os ensinos dos falsos mestres, pois
conduzem a comportamentos que prejudicam o
indivíduo e toda a sociedade, por meio de uma
mentalidade ímpia e completamente contrária ao
propósito de Deus para o ser humano.
1. Segundo a lição, o que as duras palavras de Pedro evidenciam sobre o que
estava acontecendo naquele contexto?
Que os falsos mestres estavam incentivando a promiscuidade e as práticas
sexuais pervertidas, dizendo se tratar de rituais sagrados.
2. A quem Pedro compara os ímpios?
A animais irracionais.
3. Quais são as coisas mais importantes para o hedonista?
A conquista do prazer e a fuga ao sofrimento.
4. O profeta Balaão é um péssimo exemplo de quê?
De apostasia e sincretismo religioso.
5. O que é apostasia?
Este termo, proveniente do grego apostásis, significa o abandono consciente e
premeditado da fé que nos foi revelada por intermédio de Nosso Senhor Jesus
Cristo.

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