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Mecânica dos Fluidos - Professor Eduardo Loureiro

Hidrostática
Em um recipiente com fluido em repouso, se considerarmos um
elemento de fluido em seu interior, a resultante de forças no
elemento de fluido é igual a zero. Como não há movimento, as
tensões de cisalhamento também não existem.
Então, na direção x:
p2 dy dz – p3 dz ds sen  = 0
Como ds sen = dy então: p2 = p3
Na direção y:
p1 dx dz – p3 dz ds cos  - 0,5 g dx dy dz = 0
Como ds cos  = dx
p1 – p3 – 0,5 g dy = 0
Como o terceiro termo é muito pequeno comparado com os
outros dois:
p1 = p2 = p3
Desde que  foi arbitrário, a pressão em um ponto de um fluido
em repouso é igual em todas as direções (isotrópica).

(Fox et al., 2006)


Mecânica dos Fluidos - Professor Eduardo Loureiro

Hidrostática
 p 
Na direção X: pdydz   p  dx dydz  0
 x 
 p 
Na direção Y: pdxdz   p  dy dxdz  0
 y 

Na direção Z:  p 
pdxdy   p  dz dxdy  gdxdydz  0
 z 

Então:
(Fox et al., 2006)
dp
p
0
p
0
p
  g   g
x y z dz

Se a densidade do fluido é constante, podemos integrar a equação em destaque entre duas


elevações z1 e z2:
p2 z2

 dp   g  dz p2  p1   g z2  z1 
p1 z1

Em geral, é conveniente colocar a origem do sistema de coordenadas na superfície livre e medir


distâncias para baixo a partir desta superfície como sendo positivas, desta forma:
Dois pontos no mesmo fluido e à mesma profundidade
p1  p0  gh estão à mesma pressão (Stevin, 1586).

A Pressão aumenta quando aumentamos a profundidade.


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Hidrostática
Igualdade de pressão a um mesmo nível em um líquido em repouso:

Considerando um elemento de fluido cilíndrico e horizontal dentro de um líquido em repouso, com área de seção
A, em um líquido de densidade , pressão PE atuando na face esquerda e pressão PD do lado direito e como o
elemento está em equilíbrio (fluido estático), considerando a direção horizontal, temos:

PE A  PD A PE  PD

Este resultado vale para qualquer fluido contínuo, mesmo para os dois tanques conectados da figura:

PC  PA  gz PA  PB
PC  PD
PD  PB  gz
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Hidrostática
O macaco hidráulico:
Se alguém exerce uma força de 100 N na alavanca do macaco hidráulico da figura, qual a carga que o macaco pode
levantar?
 MC  0
100  0,33  F1  0,03
33
F1   1100 N
0,03

F1
P1 
A1
1100  4 N
P1   6,22 106 2
  0,0152
m

P1  P2

F2
P2 
A2

F2  6,22 103   
0,052  12,2kN
4
Neste caso, o macaco proporcionou um ganho mecânico de 122 pra 1!

Lei de PASCAL: A pressão aplicada a um corpo fluido é transmitida igualmente a cada porção do fluido e à
superfície do recipiente que o contém.
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Hidrostática
A diferença de pressão entre dois pontos pode ser expressa pela distância h entre eles:

p1  p0  gh p1  p0
h
g
Nesse caso, h é denominada altura de carga que é interpretada como a altura de uma coluna de líquido de
densidade  (ou peso específico  = ρg) necessária para fornecer a diferença de pressão.

Por exemplo: Para a água com peso específico,  = 9810 N/m3, qual é a altura de carga correspondente a
uma diferença de pressão de 60 kPa?

60000 N m 2
h  6,12m
9810 N m3

E se o fluido for mercúrio com ρ = 13600 kg/m3?

60000 N m 2
h  0,45m
13600 kg m3  9,81 m s 2

Obs: se a pressão for dada como uma altura de coluna de fluido, a densidade do fluido também tem que ser
dada.
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Hidrostática
MEDIÇÃO DE PRESSÃO:
A pressão em um ponto no interior de uma massa de fluido pode ser designada ou por
pressão absoluta, ou por pressão manométrica.

PABSOLUTA  PATMOSFÉRICA  PMANOMÉTRICA

A maioria dos manômetros medem diferenças de pressão. As pressões medidas em relação à


pressão atmosférica denominam-se pressões manométricas.
A pressão absoluta (medida em relação ao vácuo) deve ser usada em todos os cálculos com
gases ideais ou com equações de estado.
A pressão atmosférica pode ser medida por um barômetro no qual se mede a altura de uma
coluna de mercúrio.
Torricelli encheu completamente de mercúrio um tubo de vidro de cerca de um metro de
altura, fechado numa extremidade. Depois, tapando o bocal com um dedo, voltou o tubo
para baixo, mergulhando-o numa bacia larga e baixa, que também continha mercúrio. (Fox et al., 2006)
Retirando o dedo, Torricelli viu que o mercúrio não saia completamente, mas permanecia em
grande parte no tubo, numa altura de cerca de 76 cm, isto porque a pressão exercida pela
atmosfera sobre o mercúrio, na bacia, era igual ao peso da coluna de 76 cm contido no tubo.
Acabara de nascer o barômetro. (primeira metade do século XVII)
(Fox et al., 2006)
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Hidrostática
MANOMETRIA:

Os dispositivos que usam colunas de líquido em tubos verticais (ou


inclinados) para medição de pressão são denominados manômetros.

Tubo piezométrico: Tipo mais simples de manômetro, consiste de um tubo


vertical, aberto na parte superior, e fixado a um recipiente cuja pressão se
deseja determinar. Desta forma, a pressão manométrica, PA , pode ser
determinada por:

p A  h

Embora simples e precisos, os tubos piezométricos têm as seguintes


limitações:
1. Só mede pressões maiores que a atmosférica; (Fox et al., 2006)

2. A pressão medida deve ser relativamente baixa para proporcionar


pequenas alturas da coluna de líquido;
3. O fluido cuja pressão deve ser medida deve ser um líquido e não
um gás.
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Hidrostática
MANOMETRIA:

Manômetros de Tubo em U:
O líquido usado no manômetro é chamado líquido manométrico.
No manômetro ao lado, observa-se que a pressão em (2) é igual à pressão em (3)
[dois pontos no mesmo líquido e à mesma cota].

p2  p A   1h1
p3   2 h2  p ATM

Sabendo que quando a pressão atmosférica é expressa como pressão manométrica


é igual a zero:

p A   2 h2   1h1

A vantagem é que o líquido manométrico é diferente do fluido em estudo.


Se o fluido 1 for um gás, a contribuição da coluna de gás, 1h1, é desprezível e
então:
p A   2 h2

Pode-se também buscar a solução iniciando em uma extremidade e terminando na


outra. À medida em que nos deslocamos para baixo, somamos a coluna de fluido, e
à medida em que subimos, subtraímos a coluna de fluido:

p A   1h1   2 h2  0
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Hidrostática
MANOMETRIA:

Densidade relativa:

Usualmente é fornecida a densidade relativa, d, dos fluidos. Este valor é em relação


à densidade da água.
Então, se dizemos que a densidade relativa do mercúrio é d = 13,6 equivale a
dizer que a densidade do mercúrio é 13,6 vezes a densidade da água.
A densidade relativa também pode ser denotada por SG (Specific Gravity).

kg
 água
kg
 1000 3 d Hg  SGHg  13,6  Hg  13600
m m3

  g
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Hidrostática
MANOMETRIA:

Dispositivos Mecânicos e Eletrônicos de Medição de Pressão:

No medidor de pressão de Bourdon, o elemento mecânico essencial é o tubo oco


de material elástico curvo (tubo de Bourdon), que é conectado à fonte de pressão. À
medida que a pressão no interior do tubo aumenta ele tenta desencurvar-se e, esta
deformação pode ser convertida no movimento de um ponteiro em relação a um
mostrador.
Como é a diferença de pressão entre o lado externo do tubo (atmosférica) e o lado
interno do tubo que produz o movimento do ponteiro, então a pressão indicada é a
pressão manométrica.

Em muitas aplicações a pressão deve ser medida com um dispositivo que converta a
pressão em um sinal elétrico de saída. Por exemplo, nos casos de variações de pressão
ao longo do tempo (sistemas de injeção eletrônica de automóveis, por exemplo). Este
tipo de dispositivo é chamado de transdutor de pressão.

(Fox et al., 2006)


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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

Nos fluidos em repouso, a força de pressão é perpendicular à superfície.

A pressão varia linearmente, aumentando com a profundidade h.

Para uma superfície horizontal:

p = .h

F = p.A

Onde p é a pressão uniforme sobre a superfície e A é a área da mesma.

Como a pressão é constante e uniformemente distribuída ao longo da superfície então a


força resultante atua no centróide da área.

Já nas paredes verticais, observa-se que a pressão não é uniforme:

(Çengel e Cimbala, 2007)


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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

Vejamos como determinar direção, sentido, localização e magnitude


da força resultante, FR, atuando do lado de cima da superfície em
contato com a água, para a superfície inclinada da figura:

Para uma dada profundidade, h, a força que atua em dA, perpendicular


a dA é:

dF    h  dA

Então, a força resultante, devido à pressão em toda a superfície é:

FR     h  dA     y  seno dA FR    seno  y  dA [I]


A A A

A integral que aparece nesta equação é o momento estático (primeiro momento) da área em relação ao eixo x, e
pode ser expresso por:
 y  dA  yC A
A

onde yC é a coordenada y do centróide da área A medida a partir do eixo dos x. Então, a equação [ I ] pode ser
escrita como:

FR    A  yC  sen FR    hC  A

Onde hC é a profundidade do centróide. A equação em destaque nos diz que a magnitude de FR é igual à pressão
no centróide multiplicada pela área.
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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

Acontece que FR não atua no centróide da área. De fato, ela atua no


Centro de Pressão, CP, que fica um pouco mais abaixo.

A coordenada yR pode ser determinada pela soma dos momentos em


torno do eixo x.

FR  y R   y  dF     seno  y 2 dA
A A

Pode-se mostrar que esta relação de momentos leva à seguinte equação:

I XC
y R  yC 
yC  A

onde IXC é o momento de inércia da área plana A em relação ao eixo que passa pelo centróide de A, uma
propriedade geométrica da área A.

No caso de retângulos e círculos:

b  a3 A  ba
I XC 
12

R 4 A  R 2
I XC 
4
(Çengel e Cimbala, 2007)
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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

(Çengel e Cimbala, 2007)


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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

EXEMPLO: À medida em que água sobe do lado esquerdo da


comporta retangular, esta se abre automaticamente. A que altura da
articulação, se dá a abertura? Desprezar o peso da comporta.

A força na placa horizontal, FRPH, aplicada no centróide


(Fox et al., 2006)
da placa é:
FRPH    hC  A    D  1,5 L
O torque, no sentido horário, produzido pelas
O torque (ou momento), no sentido anti-horário, forças de pressão na placa vertical é:
produzido pelas forças de pressão na placa horizontal é:
  D2  L D
 PV  FRPV  D  yR   
 PH  FRPH  xC    D  1,5  L 
1,5 2 3
2 No limite do equilíbrio, quando a comporta estiver
já abrindo, os torques ainda se anulam, portanto:
A força na placa vertical, FRPV, é dada por:

  D  1,52 L   D3  L
D 
FRPV    hC  A     L  D 2 6
2
6,75  D 2
O ponto de aplicação desta força (em relação à
superfície) é:
D  2,6m

I XC L  D3 D D D 2
yR   yC      D
yC  A D
12   L  D 2 6 2 3
2
b  a3
I XC 
12
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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES PLANAS:

EXEMPLO: À medida em que água sobe do lado esquerdo da


comporta retangular, esta se abre automaticamente. A que altura da
articulação, se dá a abertura? Desprezar o peso da comporta.

(Fox et al., 2006)

O torque (ou momento), no sentido anti-horário, produzido pelas forças de pressão na placa horizontal é:

1,5
1, 5
1, 5
 x2  2
 PH   xdF   xPdA   xhLdx hL    DL
A A 0  0
2 2

O torque (ou momento), no sentido horário, produzido pelas forças de pressão na placa vertical é:

D D
 PV   ydF   yPdA   yhLdy  L  yD  y dy   D  1,52 L

  D3  L
2 6
A A 0 0

6,75  D 2

 y 
2
 y3  
D

D
 D3 D3  D3
 PV  LD        L    L
D  2,6m

  0  0 
2 3
  2 3  6
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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS:

O modo mais fácil de determinar a força resultante é calculando as


componentes horizontal e vertical separadamente.

Considera-se o bloco líquido mostrado, delimitado pela superfície curva e


por suas projeções no plano vertical e no plano horizontal. Assim a força
que age sobre a superfície curva sólida é igual e oposta à força que age na
superfície curva do bloco líquido (Newton).

FH = Fx

FV = Fy + W

A componente horizontal da força hidrostática sobre a superfície curva é


igual (em intensidade e linha de ação) à força que age sobre sua projeção
vertical. y

A componente vertical da força hidrostática sobre a superfície curva é x


igual à força que age sobre a sua projeção horizontal, mais o peso do
bloco de fluido.

Quando a superfície estiver acima do fluido, o peso do líquido e a


componente vertical se opõem e, neste caso: FV = Fy - W.

(Çengel e Cimbala, 2007)


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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS:

A intensidade da força hidrostática resultante que age sobre a superfície curva é :

FR  FH2  FV2

E a tangente do ângulo que ela forma com a horizontal é:


FV
tg 
FH
O local exato da linha de ação da força resultante pode ser determinado
tomando um momento com relação a um ponto apropriado.

Obs. Quando a superfície curva é um arco circular, a linha de ação da força


resultante sempre passa pelo centro do círculo, porque as forças de pressão são
normais à superfície.
y

(Çengel e Cimbala, 2007)


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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS:
EXEMPLO:
A comporta mostrada é articulada em O e tem largura w = 5m. A equação da superfície é
x = y2/a, com a = 4m. A profundidade da água à direita da comporta é D = 4m.
Determine a magnitude da força, Fa, requerida para manter a comporta em equilíbrio se o
seu peso for desprezado.

SOLUÇÃO: (Fox et al., 2006)

Calculando FH:

FH  ghc A FH  1000  9,81 2  5  4  392kN

O ponto de aplicação de FH:

I xx 5  43
yR  yC   2  2,66m
yC A 12  2  20

Calculando o peso do bloco de líquido: Volume do bloco de líquido:

y2 y2 V  w  A  5 10,66  53,3m3
x   y  4 x  2 x  2 x 0,5
a 4

Área abaixo da curva: Finalmente, o peso do bloco:


( p y  4  x  4)
W  gV  1000  9,81 53,3  523.167 N
4 4 x1, 5 4 
A   2 x 0,5 dx  2 x 0,5 dx  2   10,66m 2
 1,5 
0 0  0
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Hidrostática
FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS:
EXEMPLO:
A comporta mostrada é articulada em O e tem largura w = 5m. A equação da superfície é
x = y2/a, com a = 4m. A profundidade da água à direita da comporta é D = 4m.
Determine a magnitude da força, Fa, requerida para manter a comporta em equilíbrio se o
seu peso for desprezado.

SOLUÇÃO:
(Fox et al., 2006)
Calculando FY:

FY  ghC A  1000  9,81 4  20  784.800 N

Calculando FV:

Como a superfície está acima do bloco:

FV  FY  W  784800  523167  261,6kN


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Hidrostática (-)

FORÇA HIDROSTÁTICA SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS:


EXEMPLO: x Fv
A comporta mostrada é articulada em O e tem largura w = 5m. A equação da superfície é
x = y2/a, com a = 4m. A profundidade da água à direita da comporta é D = 4m.
Determine a magnitude da força, Fa, requerida para manter a comporta em equilíbrio se o
dFw
seu peso for desprezado.

SOLUÇÃO:
dFy
O momento da componente FV, aplicada à superfície da comporta, é igual à diferença
entre o somatório dos torques devidos às forças dFy e o somatório de torques devidos
aos pesos elementares dFw:

4 4
xFV   xDdA   xhdA Para determinar Fa, fazemos:
0 0
h=y

4  M 0
 
4 O
xFV     4 xwdx   x 2 x 0,5 wdx 
0 0 
w=5
 4 x 2 4 2 x 2,5 4
  5Fa  1,2 FV  4  2,67 FH  0
xFV  5   
 2 0 2,5 0

313920  521360
Fa   168kN
xFV  5 32  25,6  313920
5

313920
x  1,2m
261600
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Hidrostática
FORÇA DE EMPUXO:

(Fox et al., 2006)

A força vertical neste corpo, devido à pressão hidrostática, denominada empuxo de flutuação, pode ser
facilmente determinada considerando os cilindros elementares.

dp p  p0  gh
 g para  constante
dh
O empuxo vertical no cilindro elementar é:

dFz   p0  gh2 dA   p0  gh1 dA  g h2  h1 dA

Como (h2-h1)dA = dV

Fz   dFz   gdV  gV  V


V

O empuxo de flutuação é igual ao peso do volume líquido deslocado.


Arquimedes (220 a.C.)
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Hidrostática
FORÇA DE EMPUXO:

Quando um corpo se encontra totalmente submerso em um fluido, ou


flutuando parcialmente submerso, a força resultante atuando no corpo é
denominada força de empuxo, ou força de flutuação. Resulta uma
força vertical para cima porque a pressão cresce com a profundidade e
as forças de pressão atuando de baixo para cima são maiores que as
forças de pressão atuando de cima para baixo.

(Fox et al., 2006)

A bóia esférica, com diâmetro de 1,5m e pesando 8,5 kN é ancorada no fundo do mar por um cabo. Para as
condições da figura (a), sabendo-se que o peso específico da água do mar é  = 10,1 kN/m3e que o volume da
bóia é dado por V = d3/6 [m3], qual seria a tensão no cabo?
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Hidrostática
FORÇA DE EMPUXO:

Quando um corpo se encontra totalmente submerso em um fluido, ou


flutuando parcialmente submerso, a força resultante atuando no corpo é
denominada força de empuxo, ou força de flutuação. Resulta uma
força vertical para cima porque a pressão cresce com a profundidade e
as forças de pressão atuando de baixo para cima são maiores que as
forças de pressão atuando de cima para baixo.

A bóia esférica, com diâmetro de 1,5m e pesando 8,5 kN é ancorada no fundo do mar por um cabo. Para as
condições da figura (a), sabendo-se que o peso específico da água do mar é  = 10,1 kN/m3 e que o volume da
bóia é dado por V = d3/6 [m3], qual seria a tensão no cabo?

 No diagrama de corpo livre da bóia (b) FB é a força de empuxo; W é o peso da boia e T é a tensão no cabo.

T = FB – W

   
FB  10,1103  6 1,53  1,785 104 N

A tensão no cabo é então:


T  1,785 104  8,5 103  9,35kN

O efeito líquido das forças de pressão na superfície da bóia é equivalente à força vertical FB. Não se inclui
simultaneamente os efeitos da força de empuxo e da pressão hidrostática nos cálculos  se utiliza uma ou
outra.
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Hidrostática
FORÇA DE EMPUXO:

Um balão de ar quente, com a forma aproximada de uma esfera de 15 metros de


diâmetro, deve levantar um cesto com carga de 2670 N. até que temperatura
deve o ar ser aquecido de modo a possibilitar a decolagem?

Considerações:
• Gás ideal
• Pressão atmosférica por todos os lados do balão.

F y  FEmpuxo  War _ quente  Wc arg a  ar g  ar _ quenteg  Wc arg a  0

Wc arg a 6Wc arg a 2670 kg


 ar _ quente   ar    ar   1,225  6   1,071 3
g d g 3
 15  9,81
3
m

par _ quente  ar _ quenteRTar _ quente par _ quente  par


p  RT  com
par  ar RTar
(Fox et al., 2006)

 arTar 1,225  273  15


Tar _ quente    329 K  56O C
 ar _ quente 1,071

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