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Ana Beatriz
Jamyle Magalhães
Juan Neres
Rio de Janeiro
2018
RESUMO
Este relatório tem como objetivo apresentar todos os tópicos abordados na Discussão do
Clima do mês de maio de 2018. A discussão ocorreu no dia 25/06/2018, às 10:30h, no
Auditório Novos Ventos, do Departamento de Meteorologia, Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). Nele, serão mostrados para o mês de maio de 2018, os valores
médios e as anomalias de variáveis meteorológicas, com foco para a América do Sul; o
comportamento de alguns padrões de teleconexão que podem afetar o continente e alguns
casos de tempo significativos que ocorreram durante esse mês no Brasil.
ABSTRACT
This report aims to present all the topics shown in the Climate Discussion of May 2018,
occurred on 06/25/2018, at 10:30 a.m, in the Novos Ventos Auditorium, from the
Meteorology Department, Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). It will be shown
for May 2018, the averaged values and the anomalies of meteorological variables,
focusing on the South America; the development of some teleconnection patterns that
may affect the continent and some significant severe weather episodes that happened
during this month in Brazil.
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
Figura 2.1 - Posição média da ZCIT. São mostradas a média climatológica para maio
(linha preta) e as médias das pêntadas de maio de 2018. 01-05/05/2018:
linha vermelha; 06-10/05/2018: linha amarela; 11-15/05/2018: linha verde;
16-20/05/2018: linha ciano; 21-25/05/2018: linha azul; 26-31/05/2018:
linha roxa. Fonte: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).........................17
CAPÍTULO 3
Figura 3.2 - Anomalias de TSM. Primeira figura: região do Niño 4. Segunda figura:
região do Niño 3.4. Terceira figura: região do Niño 3. Quarta figura: região
do Niño 1+2. Fonte: NCEP/NOAA............................................................19
Figura 3.3 - Anomalias de ROLE. Primeira figura: média entre 6 e 15 de maio de 2018.
Segunda figura: média entre 16 e 25 de maio de 2018. Terceira figura: média
entre 26 de maio e 4 de junho de 2018. Fonte: NCEP/NOAA......................20
Figura 3.5 - Localização diária da OMJ entre 27 de abril e 5 de junho de 2018. Abril:
linha roxa; maio: linha vermelha; junho: linha azul. Fonte: NCEP/NOAA..21
Figura 3.6 - Índice da AAO com dados observados (linha preta) e previsões ENSEMBLE
(ENSM) (linhas vermelhas). Fonte: NCEP/NOAA......................................22
CAPÍTULO 4
Figura 4.2 - Campos ficaram cobertos por geada em São Joaquim - SC. Fonte: g1.......24
Figura 4.3 - Pancada de chuva com granizo surpreende moradores de Campo Grande -
MS nesta terça. Fonte: g1............................................................................25
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 3
1 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS 9
1.1 DADOS E METODOLOGIA..............................................................................9
1.2 RESULTADOS..................................................................................................10
1.2.1 Pressão ao Nível Médio do Mar (PNMM)...........................................10
1.2.2 Vento em 850 hPa..................................................................................11
1.2.3 Vento em 200 hPa..................................................................................12
1.2.4 Temperatura da Superfície do Mar (TSM).........................................13
1.2.5 Radiação de Onda Longa (ROLE).......................................................14
1.2.6 Precipitação............................................................................................15
1.2.7 Temperatura do ar................................................................................16
2 SISTEMAS METEOROLÓGICOS 17
2.1 ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT).............................17
3 TELECONEXÕES 18
3.1 EL NIÑO - OSCILAÇÃO SUL (ENOS)...........................................................18
3.2 OSCILAÇÃO MADDEN-JULIAN (OMJ)........................................................20
3.3 OSCILAÇÃO ANTÁRTICA (AAO).................................................................22
4 CASOS SIGNIFICATIVOS 23
4.1 PRIMEIRO CASO.............................................................................................23
4.2 SEGUNDO CASO.............................................................................................24
4.3 TERCEIRO CASO.............................................................................................25
BIBLIOGRAFIA 26
1 VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS
Para gerar as figuras da Seção 1.2, foram utilizados os seguintes dados e produtos
mensais:
Para a criação das figuras de médias, foram plotados os valores do mês de maio
de 2018. Para a criação das figuras de anomalias, foram plotados os valores do mês de
maio de 2018 menos a climatologia de maio (1981-2010), sendo ambas feitas no Grid
Analysis and Display System (GrADS) para cada variável descrita acima.
1.2 RESULTADOS
Na figura de vento em 850 hPa (Figura 1.3), pode-se observar a presença dos
ventos de oeste intensos em latitudes médias; da circulação anticiclônica na ASAS e
ASPS, à oeste e leste da AS, respectivamente; e dos ventos alísios.
Na figura de anomalia de vento em 850 hPa (Figura 1.4), nota-se uma forte
anomalia ciclônica de vento no Pacífico Sul, confirmando a supressão da ASPS; uma
fraca anomalia ciclônica no Atlântico subtropical, próximo à costa do Sudeste da AS
(SEAS), indicando um leve enfraquecimento da ASAS. Observa-se também uma
anomalia de oeste dos alísios de sudeste na região do Atlântico equatorial, indicando o
seu enfraquecimento; os alísios de nordeste no Atlântico, entretanto, estão intensificados;
nas latitudes médias e altas, nota-se o padrão de onda três. Esses resultados corroboram
os da figura de anomalia de PNMM (Figura 1.2).
Na figura de vento em 200 hPa (Figura 1.5), pode-se notar a presença do Jato de
Altos Níveis Subtropical na região do Uruguai e Argentina e do Jato de Altos Níveis Polar
ao sul da AS.
Na figura de TSM (Figura 1.7), pode-se notar temperaturas mais quentes na região
tropical que diminuem ao avançar para latitudes mais altas até alcançar as temperaturas
mais baixas nas regiões dos Pólos. Observa-se também a influência das correntes
oceânicas nas costas leste e oeste da AS.
Na figura de ROLE (Figura 1.9), destaca-se valores mais altos sobre os oceanos
tropicais e subtropicais e sobre o Nordeste do Brasil (NEB); uma faixa com valores
menores na região da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT); valores baixos no
norte-noroeste da AS e América Central. Essas regiões com valores mais baixos são
compatíveis com maior convecção, uma vez que os topos das nuvens de grande
desenvolvimento vertical são mais frios, portanto, emitindo menor fluxo de radiação
(DUTTON ET AL., 2000). A convecção tropical, geralmente corresponde a regiões de
ROLE abaixo de 240 Wm-2 (LAU ET AL., 1997).
Na figura de precipitação (Figura 1.11), pode-se notar altos valores na região norte
da AS, estendendo-se do Oceano Pacífico até o Atlântico, compatíveis com a região da
ZCIT no Atlântico. Nota-se também valores altos no SEAS. Esses resultados são
compatíveis com o mapa de ROLE (Figura 1.9).
Figura 2.1 - Posição média da ZCIT. São mostradas a média climatológica para maio
(linha preta) e as médias das pêntadas de maio de 2018. 01-05/05/2018: linha
vermelha; 06-10/05/2018: linha amarela; 11-15/05/2018: linha verde; 16-20/05/2018:
linha ciano; 21-25/05/2018: linha azul; 26-31/05/2018: linha roxa. Fonte: Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(CPTEC/INPE).
3 TELECONEXÕES
Figura 3.1 - Regiões do Niño. Fonte: National Climatic Data Center (NCDC)/NOAA.
Figura 3.2 - Anomalias de TSM. Primeira figura: região do Niño 4. Segunda figura:
região do Niño 3.4. Terceira figura: região do Niño 3. Quarta figura: região do Niño
1+2. Fonte: NCEP/NOAA.
A OMJ é uma circulação zonal que se propaga para leste, a partir do continente
marítimo, em um período de 30-60 dias, ou seja, sua variabilidade é intrassazonal. Ela
pode ser identificada em campos de anomalias de ROLE na região equatorial (Cavalcanti
et al., 2009).
Anomalias negativas de ROLE nos dizem onde se encontra o centro da convecção
da OMJ (fase positiva da onda) e acompanhamos sua propagação com o tempo. Enquanto
que anomalias positivas de ROLE nos dizem que naquela região houve uma supressão da
convecção (fase negativa da onda).
Na Figura 3.3, podemos ver a anomalia de ROLE ao longo do mês de maio. No
Oceano Índico oeste, vemos anomalias negativas de ROLE no início do mês, ou seja,
aumento da convecção nessa região (fase positiva da OMJ). À leste, vemos anomalias
positivas de ROLE, ou seja, supressão da convecção nessa região (fase negativa da OMJ).
Nas imagens seguintes, conseguimos ver a propagação da onda para leste. Nota-se
também, no início do mês, anomalias negativas intensas sobre o norte da AS, indicando
a presença da influência de uma OMJ mais antiga.
Figura 3.5 - Localização diária da OMJ entre 27 de abril e 5 de junho de 2018. Abril:
linha roxa; maio: linha vermelha; junho: linha azul. Fonte: NCEP/NOAA.
3.3 OSCILAÇÃO ANTÁRTICA (AAO)
É uma oscilação entre os cinturões de pressão das latitudes médias e altas do HS,
causando uma alternância de grande escala de massa atmosférica entre esses cinturões de
pressão. Na fase positiva temos anomalias negativas de pressão em latitudes altas e
anomalias positivas de pressão em latitudes médias. Na fase negativa temos o oposto:
anomalias positivas de pressão em latitudes altas e anomalias negativas de pressão em
latitudes médias (GONG; WANG, 1999).
A Tabela 3.2 mostra um índice mensal da AAO. Para o mês de maio (retângulo
em vermelho), o índice mostrou-se negativo, entretanto próximo a zero. Com isso,
podemos concluir que durante este mês, a AAO estava em média na sua fase negativa,
porém com pouca intensidade.
Na Figura 3.6 podemos perceber uma alta variabilidade da AAO durante os meses,
podendo trocar de fase dentro do mesmo mês. O sinal da AAO variou bastante durante o
mês de maio, começando positivo e terminando negativo (retângulo vermelho).
Figura 3.6 - Índice da AAO com dados observados (linha preta) e previsões
ENSEMBLE (ENSM) (linhas vermelhas). Fonte: NCEP/NOAA.
4 CASOS SIGNIFICATIVOS
Data: 02/05/2018
Estados afetados: RS
Causa: Cavado e convergência de umidade
Fenômenos: Acumulado de chuva
Impacto: Acumulados de chuva de 107mm em 24h em Santana do Livramento - RS e de
68mm em Dom Pedrito - RS.
Data: 13/05/2018
Estados afetados: SC
Causa: Massa de ar frio e seco
Fenômeno: Geada
Impacto: Em SC com temperaturas menores do que 6°C: Bom Jardim da Serra 2°C;
Itaiópolis 5°C; Lages 3°C; Caçador 2°C; Curitibanos 2°C; Lages 3°C; Monte Castelo
5°C; Porto União 5°C. Fonte: CIRAM/EPAGRI
Figura 4.2 - Campos ficaram cobertos por geada em São Joaquim - SC. Fonte: g1.
4.3 TERCEIRO CASO
Data: 15/03/2018
Estados afetados: MS
Causa: Cavado em 500 hPa
Fenômenos: Granizo e chuva forte
Impacto: Uma pancada rápida de chuva com granizo surpreendeu os moradores de Campo
Grande na tarde desta terça-feira (15).
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