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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

ERICSON PIMENTA DE ARAÚJO FALCÃO


OTÁVIO DOS SANTOS E SANTOS

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

Feira de Santana - Bahia


2019
ERICSON PIMENTA DE ARAÚJO FALCÃO
OTÁVIO DOS SANTOS E SANTOS

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

Relatório técnico apresentado como


requisito parcial para obtenção da
aprovação na disciplina TEC147, no
curso de Engenharia Civil, na
Universidade Estadual de Feira de
Santana.

Prof. Beth Souza

Feira de Santana - Bahia

2019
Objetivo
Este relatório tem por finalidade descrever um levantamento altimétrico
em um trecho da Universidade Estadual de Feira de Santana situado entre o
fundo do módulo 4 ao módulo 7, afim de fornecer informações que determine a
diferença de nível entre esses dois locais, além de mostrar as dificuldades
encontradas no processo de fazê-lo. Através do nivelamento geométrico é
possível obter dados para calcular a diferença de nível e calcular as cotas dos
pontos do trecho.

Introdução
Levantamento topográfico é um conjunto de operações que tem como
objetivo principal determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre.
A determinação ocorre por meio de medições lineares e angulares feita através
do uso de instrumentos específicos, ligando os pontos que descrevem o objeto
a serem posteriormente processados em um modelo de cálculo específico.

O levantamento topográfico pode ser feito de duas maneiras, o


levantamento planimétrico e o altimétrico ou nivelamento que tem como objetivo
determinar a distância vertical ou diferença de nível entre diversos pontos. A
diferença de altura entre dois pontos será a diferença de nível entre eles. O
nivelamento destes pontos termina com o transporte da cota ou altitude de um
ponto conhecido para os pontos nivelados após fazer a determinação do
desnível entre eles.

Metodologia
O primeiro passo para se executar o nivelamento é a determinação dos
pontos de referência que demarcam o território do levantamento para situar os
elementos mais importantes do terreno, esse processo é conhecido como
estaqueamento. Esse passo é geralmente feito com o auxílio de estacas/pregos
e uma trena afim de marcar pontos no nosso nivelamento. Em um trecho de
392,50 metros, fizemos a marcação de 40 pontos.
Por meio da medição direta com nível geométrico foram feitas visadas
horizontais sobre miras verticais e nível de luneta obtendo as cotas de
determinados pontos. As estações com o nível ficaram dispostas na direção do
ponto central de cada 5 estacas, totalizando o uso 10 estações. Assim que
obtemos as visadas dos pontos fizemos o cálculo da verificação do ponto médio.
Ao fim do levantamento em campo, fizemos os cálculos de declividade, do
desnível e os valores das cotas

A primeira dificuldade encontrada na execução do nosso levantamento foi


a garoa que estava caindo, mas que foi uma situação fácil de resolver com o
auxílio de guarda-chuva e trabalho em equipe, e em segundo foi a situação de
fazer o estaqueamento. A ideia inicial era determinar os pontos com o ajuda de
pregos, porém, não conseguimos martelar os pregos no asfalto e o terreno
próximo ao ponto de marcação não era propício para sustentar o prego, além de
que estava atrasando o processo do nivelamento, demoramos em torno de meia
hora e só havíamos feito três marcações, então decidimos abdicar dos pregos e
fazer a marcação com esmalte de unha laranja, que nos permitiu uma marcação
rápida e não seria apagada pela chuva. O terceiro problema que enfrentamos foi
a apreensão em torno da possibilidade de assalto na localidade em que fomos
fazer o levantamento. Evitamos levar alguns dos nossos aparelhos eletrônicos
pessoais e nós restringimos a pegar o celular só em questão de necessidade
para fazer alguns registros fotográficos.

Materiais Utilizados:
- Mira;

- Nível geométrico;

- Esmalte de unha;

- Trena 20 m;

- Tripé;

- Nível de cantoneira.
M'- DECLIVIDADE
DIFERENÇA VANTE DE DESNÍVEL COTA DECLIVIDADE
ESTAÇÃOESTACA A M B (VERIFICAÇÃO RÉ VANTE TRECHO A TRECHO
(M-M') MUDANÇA (m) (m) ACUMULADA
DO M) (%)
Caderneta

1 1,830 1,730 1,630 1,730 0,000 1,730 0,000 - -


2 1,720 1,650 1,590 1,655 -0,005 1,650 0,080 0,080 0,800 0,800
I 3 1,660 1,630 1,580 1,620 0,010 1,630 0,100 0,180 1,000 0,900
4 1,540 1,470 1,410 1,475 -0,005 1,470 0,260 0,440 2,600 1,467
5 1,470 1,370 1,260 1,365 0,005 1,370 0,360 0,800 3,600 2,000
5 1,870 1,750 1,630 1,750 0,000 1,750 0,000 0,800 - -
6 1,750 1,690 1,620 1,685 0,005 1,690 0,060 0,860 0,600 1,720
II 7 1,630 1,590 1,560 1,595 -0,005 1,590 0,160 1,020 1,600 1,700
8 1,610 1,550 1,470 1,540 0,010 1,550 0,200 1,220 2,000 1,743
9 1,570 1,460 1,360 1,465 -0,005 1,460 0,290 1,510 2,900 1,888
9 1,830 1,740 1,640 1,735 0,005 1,740 0,000 1,510 - -
10 1,750 1,690 1,630 1,690 0,000 1,690 0,050 1,560 0,500 1,733
III 11 1,570 1,530 1,510 1,540 -0,010 1,530 0,210 1,770 2,100 1,770
12 1,510 1,460 1,400 1,455 0,005 1,460 0,280 2,050 2,800 1,864
13 1,480 1,380 1,290 1,385 -0,005 1,380 0,360 2,410 3,600 2,008
13 1,740 1,640 1,540 1,640 0,000 1,640 0,000 2,410 - -
14 1,660 1,590 1,530 1,595 -0,005 1,590 0,050 2,460 0,500 1,892
IV 15 1,580 1,560 1,520 1,550 0,010 1,560 0,080 2,540 0,800 1,814
16 1,470 1,420 1,350 1,410 0,010 1,420 0,220 2,760 2,200 1,840
17 1,440 1,330 1,230 1,335 -0,005 1,330 0,310 3,070 3,100 1,919
17 1,880 1,760 1,650 1,765 -0,005 1,760 0,000 3,070 - -
18 1,790 1,730 1,670 1,730 0,000 1,730 0,030 3,100 0,300 1,824
dos dados, então recomenda-se a rotação do documento para leitura.

V 19 1,630 1,590 1,560 1,595 -0,005 1,590 0,170 3,270 1,700 1,817
20 1,570 1,540 1,450 1,510 0,030 1,540 0,220 3,490 2,200 1,837
21 1,490 1,380 1,270 1,380 0,000 1,380 0,380 3,870 3,800 1,935
A tabela foi colocada no “Modo Paisagem” para facilitar a visualização
M'- DECLIVIDADE
DIFERENÇA VANTE DE DESNÍVEL COTA DECLIVIDADE
ESTAÇÃOESTACA A M B (VERIFICAÇÃO RÉ VANTE TRECHO A TRECHO
(M-M') MUDANÇA (m) (m) ACUMULADA
DO M) (%)
21 1,870 1,770 1,670 1,770 0,000 1,770 0,000 3,870 - -
22 1,790 1,730 1,670 1,730 0,000 1,730 0,040 3,910 0,400 1,862
VI 23 1,730 1,710 1,670 1,700 0,010 1,710 0,060 3,970 0,600 1,805
24 1,710 1,650 1,600 1,655 -0,005 1,650 0,120 4,090 1,200 1,778
25 1,680 1,630 1,590 1,635 -0,005 1,630 0,140 4,230 1,400 1,763
25 1,800 1,750 1,700 1,750 0,000 1,750 0,000 4,230 - -
26 1,720 1,700 1,660 1,690 0,010 1,700 0,050 4,280 0,500 1,712
VII 27 1,650 1,610 1,570 1,610 0,000 1,610 0,140 4,420 1,400 1,700
28 1,620 1,590 1,560 1,590 0,000 1,590 0,160 4,580 1,600 1,696
29 1,510 1,490 1,460 1,485 0,005 1,490 0,260 4,840 2,600 1,729
29 1,820 1,770 1,720 1,770 0,000 1,770 4,840 - -
30 1,780 1,740 1,690 1,735 0,005 1,740 0,030 4,870 0,300 1,679
VIII 31 1,710 1,690 1,660 1,685 0,005 1,690 0,080 4,950 0,800 1,650
32 1,690 1,650 1,610 1,650 0,000 1,650 0,120 5,070 1,200 1,635
33 1,620 1,590 1,560 1,590 0,000 1,590 0,180 5,250 1,800 1,641
33 1,630 1,600 1,580 1,605 -0,005 1,600 0,000 5,250 - -
34 2,130 2,050 1,980 2,055 -0,005 2,050 -0,450 4,800 -4,500 1,455
IX 35 2,220 2,170 2,130 2,175 -0,005 2,170 -0,570 4,230 -5,700 1,244
36 2,270 2,210 2,160 2,215 -0,005 2,210 -0,610 3,620 -6,100 1,034
37 2,360 2,330 2,300 2,330 0,000 2,330 -0,730 2,890 -7,300 0,803
37 1,570 1,540 1,510 1,540 0,000 1,540 0,000 2,890 - -
38 2,420 2,340 2,270 2,345 -0,005 2,340 -0,800 2,090 -8,000 0,565
X
39 2,600 2,520 2,450 2,525 -0,005 2,520 -0,980 1,110 -9,800 0,292
39+2,5 2,690 2,580 2,470 2,580 0,000 2,580 -1,040 0,070 -10,400 0,018
Resultados

Observação 1: Perfil foi traçado a partir do primeiro ponto localizado


precisamente em frente a entrada principal do LABOFIS (Laboratório de Física)
no módulo 4 em sentido o módulo 7 onde o ultimo ponto foi marcado na borda
da calçada onde finalizava a estrada.

Imagem capturada do site www.googlemaps.com .

Figura 1: Imagem de satélite onde é possível visualizar o percurso e a


localização da primeira e última estaca.
Relatório Fotográfico
Observação 2: As imagens a seguir possuem elementos para
correlacionar com a imagem de satélite.

Figura 2: Visão do ponto inicial (Estaca 1) do levantamento, mesmo ponto


sinalizado na imagem de satélite, no módulo 4, na entrada do LABOFIS
(Laboratório de Física).
Figura 3: Marcação de cor laranja feita durante o percurso para estaqueamento
circulada, aparece levemente apagada devido as chuvas constantes nesse
intervalo de dias.
Figura 4: Visão do Nível para a Mira, durante a execução do levantamento, o
círculo preto evidencia o integrante da equipe segurando a mira, e a linha reta
de cor amarela, a direção do Nível em relação a Mira.
Figura 5: Integrantes da equipe se posicionando para utilizar o Nível, o
protegendo para evitar um possível dano devido à chuva.
Figura 6: Visão do último ponto no fundo do Módulo 7, mesmo ponto sinalizado
na imagem de satélite.
Figura 7: Marcação da última estaca do levantamento (39+2,5), mesmo ponto
sinalizado na imagem de satélite, a partir desse ponto não tem mais asfalto
sendo assim o último ponto do percurso, aparece levemente apagada devido as
chuvas constantes nesse intervalo de dias.
Conclusão

É normalmente esperado que qualquer proposta empírica acumule


deliberado montante de erros, visto que fatores aleatórios são de difícil
determinação e, portanto, parcialmente inevitáveis. Especificamente ao
relatado, é possível apontar diversas variáveis, como a incorreta utilização de
equipamentos, a declividade do terreno, imperfeições nos apetrechos, limitação
de escala da mira, a chuva que nos impediu de prosseguir muitas vezes e
diversos outros.

Com base nos dados levantados percebemos que a inclinação do terreno


analisado foi relativamente baixa, em relação à distância solicitada. Com um
certo aumento do nível até o ponto mais alto e depois houve um declínio
acentuado tornando a estrada mais íngreme até o final. Foi importante pois foi
possível comprovar o que era visivelmente perceptível, mas através do
levantamento foram registrados todos os desníveis, assim colocando em prática
os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

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