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Projeto kits faça­você­mesmo coordenados 
modularmente para cobertura e mobiliário­
divisória de habitações de interesse social 
 

1 META  FÍSICA:  1  ­  Kit  faça­você­mesmo  coordenado  modularmente  para  cobertura  de 


habitações de interesse social, incluindo a embalagem e a avaliação de desempenho 

1.1 Atividades Realizadas Anteriormente 

1.1.1 O Conceito 
As  atividades  realizadas  anteriormente  envolveram  inicialmente  a  realização  de  um  briefing  junto  aos 
profissionais da COHAPAR e COHAB e junto aos moradores de  habitações implementadas por estas duas 
instituições.  Entre  os  requisitos  apontados  neste  briefing  destaca‐se  a  necessidade  de  que  a  cobertura 
atenda configurações para telhados de duas ou meia água; que resulte em aparência que se aproxime da 
tesoura  tradicional,  isto  é,  sem  mudança  radical  de  sua  forma;  o  custo  competitivo  em  comparação  à 
solução  tradicional;  adaptabilidade  a  diferentes  tipos  de  telhas.  Além  disto,  foi  identificado  que  o  kit 
deveria  ser  leve,  compactável,  de  montagem  fácil,  rápida  e  intuitiva,  podendo  ser  realizada, 
preferencialmente,  por  duas  pessoas  (não  especializadas).  Este  kit  também  deveria  ser  modulável, 
permitindo a expansão da residência.  
A  seguir  o  processo  de  criação  envolveu  o  desenvolvimento  de  sessões  de  criação  entre  a  equipe  de 
pesquisadores utilizando técnicas como a técnica 635, MECRAI e brainstorming. Estas sessões resultaram 
em um grande volume de alternativas as quais foram confrontadas com os requerimentos do público alvo 
nas fases subseqüentes. Entre as estratégias de criação utilizadas destaca‐se a utilização de “repentinas”. A 
repentina  se  refere  a  um  desafio  projetual  com  restrição  de  tempo.  O  objetivo  principal  do  evento  é 
solucionar,  dentro  do  espaço  do  “design”,  um  tema  proposto  sob  orientação  e  acompanhamento  de 
professores e bolsistas. 
Figura 1– Imagens de uma das repentinas realizadas 

 
A validação inicial das alternativas geradas foi realizada através de protótipos virtuais, protótipos físicos e 
modelos. A figura a seguir, por exemplo, ilustra um dos modelos executados no qual procurou se avaliar o 
uso de lona e hastes como solução construtiva para o sistema de coberta de habitações de baixa renda. 

Endereço (address): Universidade Federal do Paraná, Núcleo de Design & Sustentabilidade,  
Rua General Carneiro, 460, Ed. Dom Pedro I, sala 717, Centro, CEP 80060‐150 ‐ Curitiba ‐ Paraná – Brasil  
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Figura 2 – Uso de mock­ups no processo de criação dos Kits DIY 

 
 
O  conceito  selecionado  foi  inspirado  no  brinquedo  Lego,  dado  que  este  tem  peças  com  encaixes 
intercambiáveis,  permite  a  montagem  de  diversas  maneiras  e  de  forma  intuitiva.  A  solução  selecionada 
utiliza triângulos de OSB conectados por chapas de Gangnail como elementos principais.  

1.1.2 Possibilidades na Coordenação Modular 
Com  a  combinação  de  várias  peças  se  forma  a  tesoura,  contemplando  então  a  necessidade  de 
modularidade  do  kit.  Tal  característica  também  atende  à  necessidade  de  expansão  da  cobertura,  tanto 
para a lateral quanto para os fundos da habitação. Os triângulos também podem ser montados conforme a 
necessidade  do  usuário,  permitindo  a  customização  do  produto.  As  dimensões  das  peças  possibilitam  a 
compactação  do  kit,  facilitando  o  transporte.  Os  materiais  utilizados  possuem  alta  durabilidade  (OSB  e 
aço). 
Figura 3 – Possibilidade de montagem 

 
O  projeto  do  kit  de  cobertura  foi  encaminhado  para  o  projetista  estrutural,  que  executou  o  cálculo  da 
estrutura,  onde  foi  possível  estabelecer  qual  o  modelo  e  especificação  do  Gangnail  a  ser  utilizado  e,  ao 
mesmo tempo, observando a coordenação modular estudada. Simultaneamente foi executado um modelo 
da cobertura na marcenaria da UFPR para uma primeira avaliação. 

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Figura 4 – Visão Geral do Sistema de Cobertura com OSB 

 
 
O  produto  resultante  possibilita  a  montagem  de  uma  estrutura  de  duas  águas  ou  meia‐água,  conforme 
ilustra as figuras a seguir. 
 
Figura 5 – Montagem meia água 

 
 
Através da utilização de dois Kits é possível a construção de uma estrutura de cobertura duas águas. 

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Figura 6 – Montagem duas águas 

 
     
Componentes do Kit 
O desenvolvimento do Kit priorizou a redução da quantidade do número de peças, facilitando o processo 
de montagem, o processo fabril, a logística de transporte e facilitando a reposição. Os componentes do kit, 
em seu presente estado de desenvolvimento, são apresentados abaixo.  
Figura 7 – Componente do Kit 

 
 
Segue a descrição dos componentes que fazem parte do Kit: 
□ Módulo: Peça principal da estrutura, o módulo é feito em OSB, através de sua repetição é possível 
a construção de dois modelos de tesoura, meia água e duas águas. O processo de fabricação dos 
módulos é simplificado onde são necessário apenas ferramentas de corte e furo. 

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Figura 8– Visualização Geral do Kit montado 

 
 
□ Fixador alvenaria/madeira: Peça utilizada para a fixação da estrutura na casa. Sua fixação no OSB 
é feita através e dois para fusos. Na casa a fixação é feita através do mesmo principio da morsa 
onde são utilizados dois parafusos para a fixação.  
Figura 9 – Fixador alvenaria/madeira 

 
 
□ Fixador  caibros:  Peça  utilizada  para  a  fixação  dos  caibros  nas  tesouras  montadas,  evitando  a 
utilização de pregos possibilitando assim sua remoção. 
Figura 10 – Fixador caibros 

 
 
□ Gangnail:  os  conectores  foram  desenvolvidos  para  agilizar  a  reconstrução  da  Europa  do  pós‐
guerra, reduzindo o alto custo e a complexidade da montagem       de estruturas de madeira. 
□ Marreta:  A  montagem  do  gangnail  deve  ser  feita  através  da  utilização  da  marreta  que  será 
incorporada  ao  kit.  Um  dos  potenciais  problemas  identificados  da  montagem  do  Gangnail  é  a 
possibilidade  do  usuário  se  machucar  com  o  lado  cortante  da  peça.  Por  este  motivo  foi 
desenvolvido  uma  alternativa  para  viabilizar  uma  montagem  mais  segura  que  consiste  da 
colocação  de  um  imã  na  parte  inferior  do  cabo.  Nesta  solução  o  morador  poderia  executar  o 
processo de montagem de forma mais segura, apresentado na seqüência de imagem a seguir. Esta 
solução foi testada com sucesso no estudo de caso. 
Figura 11 – Processo de montagem Gangnail com imã no cabo da marreta 

 
 

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□ Parafuso  e  Allen:  Foi  utilizado  apenas  parafusos  do  tipo  Allen  diminuindo  a  quantidade  de 
ferramentas utilizadas. O parafuso de tipo Allen ao contrario do tipo fenda é mais robusto e evita 
sua fácil remoção diminuindo o risco de desmontagem acidental por crianças; A chave Allen será 
incorporada no produto. 
Validação do Kit de Tesoura de Cobertura com Gangnail 
A  fase  inicial  da  validação  desta  alternativa  ocorreu  no  Atelier  de  design  da  UFPR,  conforme  ilustra  a 
figura  abaixo.  Nesta  validação  buscou‐se  comparar  de  forma  expedita  o  projeto  idealizado  do  processo 
com  uma  situação  real  de  uso.  Esta  análise  apontou  uma  série  de  melhorias  no  produto  e  no  processo, 
particularmente no que diz respeito ao design informacional. 
Figura 12 – Primeiro protótipo 

 
 
A  seguir  foi  realizada  a  validação  in  situ  da  montagem  de  um  protótipo,  o  que  ocorreu  na  sede  da 
Associação de Moradores Águas Claras, uma associação de apoio e assistência a uma comunidade de baixa 
em  Piraquara.  A  montagem  da  cobertura  foi  feita  em  cima  de  uma  estrutura  de  alvenaria  previamente 
construída para essa função e que seria utilizada como loja da comunidade.  
Figura 13 – Estudo piloto para Validação do Processo de Montagem do Kit DIY para cobertura 

    
 
O  processo  de  montagem  observado  pelos  moradores  correspondeu  exatamente  ao  processo  projetado 
pelos pesquisadores. Contudo, a análise desta validação permitiu identificar pontos fracos no sistema que 
necessitam aperfeiçoamentos para viabilizar seu lançamento no mercado, destacando‐se:  
□ Nível de esforço para aplicação do gangnail: um dos pontos críticos trata do nível de esforço para 
aplicação do gangnail identificado como um fator limitante para ampliar a gama de pessoas aptas 
a efetivamente montar o KIT de cobertura. Para este problema identificado apontou‐se a solução 
de se fixar o gangnail em cada placa de OSB para posteriormente realizar a união entre as placas 
com chapa metálica. Esta e outras soluções deverão ser foco de desenvolvimento futuro junto ao 
Núcleo de Design & Sustentabilidade. Outra alternativa seria a preconização de equipamento para 
fixação do gangnail para o caso de mutirões ou conjuntos habitacionais de maior volume; 
□ Interface  entre  tesoura  e  alvenaria:  embora  os  moradores  tenham  mostrado  grande  satisfação 
com o resultado obtido sob o ponto de vista estético entende‐se que a interface entre a tesoura e 

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alvenaria  necessita  aperfeiçoamentos  de  maneira  a  isolar  completamente  o  vão,  melhorando  o 
desempenho térmico do sistema; 
□ Melhoria  do  design  informacional:  confirmou‐se  a  hipótese  da  necessidade  de  ampliação  do 
repertório de controles visuais que devem ser integrados ao sistema de maneira a induzir a maior 
agilidade  da  montagem  do  sistema,  embora  os  kits  tenham  sido  montados  em  tempo 
consideravelmente menor que o sistema tradicional. 

1.2 Embalagem 
A embalagem do kit de cobertura buscou a diferenciação através da utilização de cores vibrantes e layout 
atraente mantendo ainda elementos presentes nos produtos existentes no mercado. Buscando uma maior 
compreensão dos passos da montagem por parte do usuário encontram‐se, além da foto ilustrativa do kit, 
fotos  informativas  referentes  às  fases  de  montagem  e  textos  explicativos  na  embalagem,  bem  como 
indicadores visuais no próprio kit através da aplicação de cores nos encaixes.A impressão da embalagem 
deve  ser  feita  em  off‐set  devido  à  alta  resolução  das  imagens  e  à  ampla  gama  de  cores  utilizadas.  Tais 
qualidades  não  podem  ser  obtidas  pela  flexografia,  frequentemente  utilizada  na  impressão  em  papelão 
ondulado. 
Figura 14 – Embalagem 

 
O resultado ideal sob o ponto de vista da sustentabilidade é que a vida útil da embalagem do Kit DIY seja 
igual  à  do  produto,  utilizando‐a  como  parte  integrante  do  produto  ou  tendo  para  a  mesma  uma  outra 
finalidade  planejada.  A  redução  do  peso  de  um  kit  do­it­yourself  é  um  dos  requisitos  mais  importantes 
para a concretização do mesmo, fator este que direcionou a escolha do material utilizado na embalagem 
para  o  papelão  ondulado.  As  suas  propriedades,  quando  bem  utilizadas,  proporcionam  resistência  e 
leveza, além da possibilidade de reciclagem e baixo impacto ambiental se comparado a outros materiais. 

1.3 Atividades Realizadas no Presente Projeto 

1.3.1 Ensaios de Desempenho Estrutural 
A análise do desempenho estrutural foi realizada junto ao LAME – Laboratório de Materiais e Estruturas 
do LACTEC. O ensaio foi realizado em um estrutura constituída por três tesouras do Kit DIY de Gangnail, 
sendo que cada tesoura possuía seis metros de comprimento por oitenta centímetros de altura (6,0 x 0,80 
m).  Cada  tesoura  é  composta  por  18  peças  triangulares  maciças  de  madeira  "OSB",  fixadas  entre  si  por 
conectores Gang‐Nail. As dimensões das peças triangulares de madeira "OSB" são: 
•  1000 mm de comprimento; 
•  400 mm de altura. 
Foram utilizados na montagem das tesouras, três formatos diferentes de conectores Gang – Nail modelo 
GNA ‐ 80. A fixação dos conectores Gang ‐ Nail nas peças triangulares que compõem cada tesoura foi feito 
com  o  auxílio  de  uma  marreta  com  o  peso  de  3  kg.  Para  manter  a  verticalidade  da  tesoura  durante  o 
carregamento,  montou‐se  uma  estrutura  com  três  tesouras  espaçadas  de  1,75  m,  sendo  que  o 
carregamento  foi  efetuado  somente  na  tesoura  central.  Para  o  posicionamento  da  estrutura  simulada, 
utilizaram‐se seis caibros de madeira, seis blocos de concreto e seis suportes metálicos. 
Os suportes metálicos utilizados para a fixação das tesouras nos blocos de concreto (apoios) foram fixados 
a 430 mm das extremidades de cada tesoura com auxílio de parafusos. Para união das três tesouras foram 

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utilizados seis caibros de madeira fixados com abraçadeiras metálicas. A Figura 2 apresenta esquema de 
tesoura montada com os conectores Gang – Nail e apoiada nos blocos de concreto. 

   
Figura 15 ­ Detalhamento dos suportes metálicos 
As  cargas  verticais  aplicadas  foram  definidas  segundo  o  Memorial  de  cálculo  da  estrutura  da  cobertura. 
Para  a  execução  do  carregamento,  foram  utilizados  tambores  metálicos,  sendo  que  nos  mesmos  foram 
adicionados  água  e  massas‐padrão  para  simulação  gradativa  do  carregamento.  Os  tambores  metálicos 
foram fixados por cordas de nylon, sendo que um tambor foi colocado no centro e outros dois a 1,5 m do 
centro da tesoura.  
 

      
Figura 16 – Ensaio realizado com as Kit de Tesouras de Cobertura junto ao LAME 
Para as cargas foram utilizados baldes contendo aproximadamente 10 kg para depois serem adicionados 
simultaneamente  aos  tambores.  A  carga  de  massas‐padrão  foi  realizada  pela  fixação  simultânea  de  um 

peso de 2 kg e outro de 8 kg em cada tambor.    

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Figura 17 ­ Detalhamento dos suportes metálicos 

  
Figura 18 ­ Posicionamento dos relógios comparadores e tambores para o carregamento 
A  seqüência  de  carregamentos  é  apresentada  na  tabela  a  seguir,  bem  como as  leituras  das deformações 
ocorridas durante o ensaio na tesoura central, registradas por 5 relógios comparadores. A partir da leitura 
de número 25, os relógios comparadores precisaram ser retirados da estrutura, diante da possibilidade de 
queda/rompimento da estrutura. 
Tabela 1 – Sequência de carregamentos realizados e resultados das Deformações 
TAMBORES RELÓGIOS COMPARADORES

Tipo de carregamento A B C Sequência das leituras 1 2 3 4 5

Massa adicionada (kg) Leituras (mm)

Nenhum 0,000 0,000 0,000 Leitura inicial dos relógios 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Peso dos tambor es 11,400 11,400 11,300 Leitura 1 0,10 0,15 0,20 0,20 0,20

Adição de água 10,000 10,001 10,000 Leitura 2 0,20 0,35 0,40 0,40 0,30

Adição de água 10,000 10,000 10,003 Leitura 3 0,30 0,55 0,65 0,60 0,40

Adição de água 10,000 10,000 10,003 Leitura 4 0,45 0,80 0,95 0,90 0,55

Adição de água 10,000 10,001 10,000 Leitura 5 0,60 1,05 1,20 1,15 0,70

Adição de água 10,000 10,000 10,000 Leitura 6 0,75 1,30 1,45 1,40 0,85

Adição de água 10,003 10,002 10,000 Leitura 7 0,90 1,60 1,80 1,60 0,98

Adição de água 10,002 10,000 10,001 Leitura 8 1,05 1,85 2,05 1,98 1,10

Adição de água 10,000 10,000 10,000 Leitura 9 1,20 2,15 2,40 2,25 1,30

Adição de água 10,000 10,003 10,001 Leitura 10 1,40 2,40 2,70 2,60 1,45

Adição de água 10,000 10,001 10,000 Leitura 11 1,50 2,70 3,00 2,80 1,65

Adição de água 10,000 10,000 10,004 Leitura 12 1,70 3,00 3,40 3,20 1,80

Adição de água 10,000 10,002 10,000 Leitura 13 1,85 3,30 3,65 3,50 2,00

Adição de água 10,002 10,000 10,000 Leitura 14 2,00 3,60 3,95 3,85 2,20

Adição de água 10,000 10,001 10,001 Leitura 15 2,20 3,95 4,40 4,20 2,40

Adição de água 10,001 10,000 10,000 Leitura 16 2,40 4,25 4,70 4,60 2,60

Adição de água 10,005 10,005 10,000 Leitura 17 2,55 4,60 5,10 5,00 2,85

Adição de água 10,000 10,000 10,000 Leitura 18 2,80 5,00 5,60 5,45 3,25

Adição de água 10,000 10,002 10,000 Leitura 19 3,10 5,80 6,50 6,50 4,00

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 20 3,30 6,20 6,90 6,90 4,30

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 21 3,45 6,55 7,30 7,40 4,60

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 22 3,65 6,90 7,70 7,90 5,00

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 23 3,85 7,40 8,20 8,40 5,40

Adição de água 5,000 5,000 5,000 Leitura 24 4,10 7,85 8,80 9,10 5,90

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 25 - - - - -

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 26 - - - - -

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 27 - - - - -

Massa padrão ( 8kg +2kg ) 10,000 10,000 10,000 Leitura 28 - - - - -

Massa total adicionada em


276,413 276,418 276,313
 
cada tambor:

  

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A  flecha  máxima  registrada  na  seção  central  da  tesoura  central  foi  de  8,8  mm  para  um  carregamento 
distribuído  em  três  pontos,  conforme  descrito  no  memorial  de  cálculo,  para  uma  carga  de  236  kgf.  A 
tesoura resistiu, inclusive, à aplicação de 276 kgf em cada ponto.  
Por ter sido ensaiada somente uma estrutura, formada por três tesouras conforme descrito anteriormente 
os resultados obtidos não possuem valor estatístico, visto que se trata de tesouras em situação de ensaio 
que podem sofrer alterações por diversos fatores, tais como a heterogeneidade dos materiais empregados, 
montagem das tesouras, execução do ensaio, tipo e modo das cargas aplicadas no ensaio, etc.  
Nas construções onde as tesouras serão utilizadas, muitos outros fatores, os quais não foram abordados 
por  esse  ensaio,  poderão  interferir  nas  características  de  desempenho  das  tesouras.  Entre  esses  fatores 
estão:  a  montagem  de  cada  tesoura,  as  condições  e  as  posições  dos  apoios  nos  quais  as  tesouras  serão 
fixadas, o tipo de ligação entre tesouras, a cobertura, as cargas estáticas e dinâmicas as quais as tesouras 
estarão sujeitas, os efeitos de clima e umidade, cargas de vento, existência de insetos, etc. 

1.3.2 Teste da Hipótese da Tesoura DIY com Cabo 
Dado que foi identificado no Kit DIY de Tesoura com Gangnail a exigência de esforço físico elevado para a 
fixação  das  chapas‐prego,  o  que  poderia  comprometer  a  utilização  do  Kit  por  pessoas  com  pouca 
capacidade física. Sendo assim, buscou‐se investigar alternativas estruturais que permitissem a montagem 
intuitiva  e  rápida,  mantendo‐se  na  utilização  das  chapas  triangulares  de  OSB.  Uma  das  alternativas 
investigadas envolvia a utilização de um cabo de aço tensionado que teria o papel de conferir estabilidade 
ao  conjunto  e,  ao  mesmo  tempo,  permitir  a  rápida  montagem  do  Kit.  A  figura  a  seguir  ilustra  esta 
alternativa: 
 

 
Figura 19 – Alternativa de Kit DIY para Tesoura Utilizando OSB e Cabo de Aço 
Para esta alternativa a equipe de pesquisadores chegou a avaliar soluções para prover informações sobre 
o processo de montagem na embalagem, dado que o sistema utiliza mecanismo de montagem que não faz 
parte  do  repertório  usual  de  técnicas  de  montagem  encontrado  entre  a  população  de  baixa  renda  (vide 
figura a seguir). 

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Figura 20 – Esquema do processo idealizado para a Alternativa de Kit DIY de Tesoura de Cobertura Utilizando 
OSB e Cabo de Aço 
Para  esta  alternativa  também  foram  elaborados  protótipos  virtuais  que  simulavam  situações  de 
embalagem e transporte, com o propósito de avaliar a integração do cabo de aço. A figura abaixo ilustra 
uma das alternativas elaboradas: 

 
Figura 21 – Modelo Virtual de Embalagem para a Alternativa Kit DIY de Tesoura Utilizando OSB + Cabo 
Para  testar  a  hipótese  de  viabilidade  do  processo  de  montagem  com  cabo  de  aço  foi  executado  nas 
dependências  do  LAME  um  protótipo  em  escala  1:1,  conforme  mostra  a  foto  abaixo.  Note‐se  que  esta 
alternativa  incluiu  insertos  de  MDF  no  OSB,  seguindo  sugestão  apresentada  por  um  dos  parceiros 
industriais do projeto. 

 
Figura 22 – Protótipo de Kit DIY de Tesoura Utilizando OSB + Cabo de Aço 
Infelizmente  esta  alternativa  não  se  mostrou  estável  o  suficiente  durante  o  processo  de  montagem  e 
transporte,  muito  embora  em  situações  de  montagem  no  local  o  cálculo  estrutural  mostra‐se  sua 
viabilidade.  Como  esta  limitação  não  atendia  os  requisitos  do  produto  almejado  foi  decidido  pelo 
abandono desta alternativa no processo de pesquisa. 

1.3.3 Avaliação II do Processo de Montagem da Alternativa OSB + Gangnail 
A seguir aos testes de laboratório das tesouras em OSB+Gangnail foi integrado duas tesouras à cobertura  
da  Casa  1.0  (atual  Laboratório  de  Estudos  de  Soluções  para  a  Habitação  de  Interesse  Social),  conforme 
mostra a figura abaixo. O propósito deste teste foi avaliar as dificuldades do processo de montagem no que 
diz respeito à elevação da tesoura até o topo da alvenaria. Identificou‐se neste estudo piloto a necessidade 
de  prover  soluções  para  o  projeto  do  produto  ou  orientações  no  conteúdo  informacional  do  mesmo  de 
forma a conferir maior estabilidade às tesouras enquanto o usuário realiza as montagens.  
 

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Figura 23 – Kit de Tesoura OSB+Gangnail Montado na Casa 1.0 
Também foi identificado neste estudo piloto a necessidade de se conceber alternativa mecanizada para a 
montagem da estrutura, o que configuraria o sistema não mais como “do‐it‐yourself” e sim como “ready‐
to‐assemble”. Esta solução atenderia os casos onde há volumes grandes de sistemas de cobertura a serem 
providos ou, alternativamente, quando por razões diversas o usuário não opte por montar o a tesoura na 
modalidade “faça‐você‐mesmo”. Para a montagem das tesouras foram identificadas prensas de pequeno e 
grande porte que possibilitariam a montagem mais rápida e com maior precisão do que a forma manual 
de montagem originalmente concebida para a tesoura (vide figura a seguir). 

 
Figura 24 – Prensas de Configurações Diversas para a Situação Ready­to­Assemble 
Nesta modalidade de montagem o sistema demandaria equipamento para içar as tesouras até o telhado 
em construção, o que poderia ser acoplado ao próprio caminhão como ocorre em sistemas análogos. Na 
situação  Ready‐to‐Assemble  o  processo  de  negócio  poderia  implicar,  por  exemplo,  que  um  usuário 
apresentasse um pedido em um material de construção do bairro e este pedido fosse então encaminhado 
para a PlacasCentro que entregaria as tesouras diretamente em cima do telhado do cliente. Outra situação 
possível é a de um canteiro de obras da COHAB demandar um volume grande de Kits a ponto de permitir 
que  fossem  enviadas  as  placas  de  OSB  cortadas  para  o  canteiro,  sendo  realizada  a  montagem  final  em 
prensa tipo “C” de pequeno porte, no próprio caminhão de transporte das placas. 
Para  definir  estratégias  de  desenvolvimento  da  pesquisa  de  forma  a  otimizar  a  estrutura  e,  também, 
identificar  estratégias  alternativas  para  reduzir  o  esforço  físico  do  usuário  na  montagem  dos  Kits  de 
Tesoura  foi  realizado  reunião  em  fevereiro  com  todos  os  parceiros,  nas  dependências  do  LAME  – 
Laboratório de Materiais e Estruturas. A empresa Gangnail propôs testar a redução do tamanho das placas 
de  gangnail  como  estratégia  de  redução  do  esforço  físico  para  a  montagem.  Esta  hipótese  deverá  ser 
testada  no  mês  de  março  e  deverá  ser  analisada  com  o  apoio  do  Laboratório  de  Ergonomia,  sob  a 
coordenação da Profa. Dra. Maria Lúcia Okimoto. 

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1.4 Agenda de Atividades para Conclusão desta Meta 
As tarefas a seguir deverão ser realizadas até o final de Maio de forma a concluir a realização desta meta: 
• Busca por soluções para redução do esforço físico de montagem: testes de montagem com placas de 
Gangnail menores, incluindo avaliações ergonômicas para levantamento manual até a cobertura, 
através da assessoria técnica do Laboratório de Ergonomia da UFPR; 
• Avaliações de custos do novo sistema em situação real: avaliações em campo em obras da COHAB 
em  situações  de  montagem  pelo  próprio  morador  e,  também,  em  situações  de  montagem  na 
PlacasCentro e entrega direta no telhado da habitação de interesse social; 
• Conclusão  do  DVD  para  disseminação  dos  resultados:  uma  primeira  versão  já  encontra‐se 
disponível para os parceiros e deverá integrar os resultados das ações acima mencionadas; 
Na reunião realizada com os parceiros em fevereiro acordou‐se que o LAME deverá continuar a aprimorar 
o sistema estrutural na busca da otimização de espessuras e configurações mais complexas de telhado.  

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