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Lucas Fonseca – Capítulo V - PROPRIEDADE

Para facilitar a compreensão acerca da abordagem no que cerne a propriedade para John Locke,
dividirei esse tópico em três pontos. No primeiro, Locke esclarece que Deus “deu a terra aos
homens, a toda humanidade” para que assim todos usufruíssem. Deste modo, a terra
inicialmente aparece como um “bem comum”, direito de todos. Dessa forma, qual o meio para
se apropriar dele? Locke, aborda que é através do trabalho (conceito essencial que norteia esse
tópico) que o indivíduo se apropria se apropria dele. Assim, o que ele retira da natureza através
do seu trabalho passa então a ser sua propriedade. Seja um fruto ao colher, um animal que ele
caça, ou a própria terra ao produzir. A propriedade passa então a ser inquestionável – deve
ressaltar, que deve existir terra o suficiente a todos - . O autor sugere também que o desperdício
(a exemplo de um fruto) seria o limite, pois para ele, ao desperdiçar estaria roubando o que é
do outro.

O segundo ponto, o autor destina a explicar que sem o trabalho a terra não possui valor,
dessa forma, uma terra com o uso e apropriação se torna produtiva e gera riquezas, ao contrário
da terra com o mesmo tamanho sem o trabalho e sem o uso, se torna improdutiva. Dessa forma,
o trabalho também dá valor aos bens, ex: pão, vinho, utensílios em geral, no qual o solo dispõe
apenas da matéria prima, mas sem a mão de obra não possui valor algum.

O terceiro e último ponto, o autor se refere ao surgimento do dinheiro e as mudanças


geradas na sociedade. Até então, na sua propriedade o indivíduo não podia deixar perder um
fruto (por exemplo). Poderia ele distribuir esse excedente a outras pessoas, ou trocar por
exemplo por ameixas, só não pode perder o produto pois assim lesaria os outros membros.
Dessa forma, incialmente começou as trocas por objetos duradouros, como lã, pedra brilhante
para poder estocar o quanto quisesse, de modo que assim não teria prejuízo. Dessa forma, o
dinheiro surge como meio de troca – sendo esse, duradouro e podia ser guardado sem que
deteriorasse – feito através de um acordo social feito por consentimento por alguns indivíduos.
Dessa forma, isso influenciou para o aumento de posses e riquezas, e destaca ainda que o ouro
e a prata enquanto objetos possuem valor estipulado pela concordância do homem.

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