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A Estética da Imagem na TV digital

por Willians Cerozzi Balan

Resumen Abstract Quando a televisão foi inventa-


Este texto reflexiona sobre las técnicas y This text reflects on the techniques and the da seu formato de tela foi criado
el proceso de producción de la imagen y su process of image production and its artistic
composición artística a la televisión digital en composition to digital television in high defini- imitando o cinema. Naquela oca-
alta definición, mientras que existirán los dos tion, whereas the 4:3 and 16:9 formats will exist sião a bitola da película era de 16
formatos (4:3 y 16:9) hasta la desconexión de until shutdown of the analog signal. Within this
la señal analógica. Dentro de este período, los period, consumers of television programming milímetros, cujas dimensões ti-
consumidores de la programación de televisión that have analog receivers will continue to see nham a proporção de aspecto de
que tienen receptores analógicos continuarán the images in 4:3 format. That fact determines
viendo las imágenes en formato 4:3. Ese hecho that the productions in high definition, while
4:3, sendo quatro na largura por
determina que las producciones en alta defini- capturing images with larger viewing area and três na altura. Este aspecto foi uti-
ción, con la captura de imágenes con mayor área have high contrast ratio (>1000:1) must be main- lizado para a criação da televisão.
de visualización y con alta relación de contraste tain the elements of visual storytelling within the
(>1000:1) deberán mantener los elementos de smallest area and with the contrast ratio of the Com os avanços tecnológicos na
la narración visual en el área más pequeña y la analog tv (30:1), at the risk of distorting visually fabricação da película, o cinema
relación de contraste de la televisión analógica the messages produced by the directors.
(30:1), con el riesgo de distorsionar visualmente,
evoluiu para registro das imagens
las mensajes producidos por los directores. Key words em película com 35 mm de largu-
Televisual aesthetic - image composition - ra evoluindo para a proporção 5:3,
Palabras clave 16:9 - digital TV
Estética Televisiva - composición de imágenes - posteriormente evoluiu para o ci-
16:09 - TV digital nemascope com aspecto 9:5, com
utilização das lentes Panavision e
diversos outros aspectos com re-
gistro de imagens mais largas que
Willians Cerozzi Balan a dimensão da película graças ao
willians@faac.unesp.br
uso das lentes anamórficas que
Doutor em TV Digital, pela Universidade comprimem oticamente as ima-
Metodista de São Paulo, Brasil. Professor do
Departamento de Comunicação Social da FAAC–
gens registradas na película de 35
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação mm, com a proporção 4:3, as quais
da UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio ganham novamente o aspecto
de Mesquita Filho.
mais largo na projeção, onde as
salas de exibição se utilizam do
processo inverso, com lentes que
anclajes

“esticam” a largura no processo


Artículo: conhecido por “anamorphics wide
Recibido: 21/10/2013
Aceptado: 11/11/2013 screen”.

Facultad de Periodismo y Comunicación Social / UNLP 113


Nº 77 / noviembre de 2013 - febrero de 2014 • Revista Tram[p]as de la comunicación y la cultura • ISSN 2314-274X

Com a evolução tecnológica lidade da imagem da TV analógica imagem digital é o dobro da qua-
a televisão ganhou cor, melhor atual, mas tem a finalidade de ser lidade em relação à TV analógica.
definição, melhores recursos de captada por dispositivos móveis, HDTV (High Definition Televi-
produção, porém a proporção de cujas telas variam em dimensões sion) cerca de 5 vezes mais qua-
imagem no formato 4:3 só pode entre 3,5 polegadas e 9 polegadas. lidade de imagem que o atual.
ser alterado com a tecnologia di- Telas pequenas que não compor- Também chamado full-HD é a
gital para captação, registro, edi- tam alta resolução. resolução máxima atualmente al-
ção e exibição de imagens. Com SDTV (Standard Definition Te- cançada pela TV Digital, com 1920
a evolução tecnológica tornou- levision) com melhor qualidade pixels por linha com 1080 linhas
-se possível aproximar a imagem de imagem que o sistema atual, com varredura progressiva, este
apresentada na televisão compa- contempla a transmissão digital formato é o ideal em TV de alta
tível com a apresentada no cine- com resolução de 720 pixels por resolução.
ma: maior área de exposição das linha com 480 linhas, podendo ser A figura 1 seguinte apresenta
imagens com o aumento da varre- na proporção 4:3 ou 16:9, em re- cada formato, respectiva resolu-
dura horizontal: a proporção 16:9. solução de imagem standard cuja ção de imagem, a quantidade de
Devido à tecnologia de captação, qualidade já se apresenta muito quadros para formação da ima-
armazenamento, processamento e superior que a transmissão em TV gem e o formato de tela corres-
transmissão da imagem na TV di- analógica. Sendo a resolução ho- pondente.
gital, vários formatos se tornaram rizontal da imagem neste formato A figura 2 demonstra o espaço
possíveis, tanto na imagem está- de 720 pixels,1 a transmissão na físico de tela para cada tipo de pa-
tica quanto na imagem em movi- proporção 16:9 se utiliza do for- drão de transmissão com as dife-
mento. mato de compressão anamorphics rentes resoluções horizontais (pi-
Os formatos para transmissão widescreen. xel por linha) e verticais (número
da imagem digital definidos para EDTV (Extended Definition Tele- de linhas).
o Brasil são: vision) com qualidade de alta defi- A figura comparativa (Fig.2)
LDTV (Low Definition Television) nição de qualidade intermediária. mostra que no espaço físico de
para transmissão de TV digital para Este formato apresenta imagens tela ocupado para cada tipo de
dispositivos móveis. Transmite as em alta definição, com resolução resolução, a resolução de imagem
imagens na resolução 320x240 de 1440 pixels na horizontal com em 1920x1080 permite mais ele-
pixels, menos da metade da qua- 1080 linhas, cuja definição em mentos de imagem, pixels, o que
resulta na exibição com maiores
detalhes da imagem.
Embora existam diferentes nú-
meros de linhas na formação da
imagem na TV em diferentes paí-
ses, todos os sistemas analógicos
utilizam a relação de aspecto na
proporção 4:3. Sendo o formato
16:9 o padrão de aspecto definido
para a imagem na TV Digital, sur-
gem diversos problemas envolven-
do a produção e a exibição:
toda produção televisiva ocor-
rida até agora, incluindo todo ma-
terial em arquivo nos centros de
documentação, estão no formato
4:3;
todo parque técnico atual des-
anclajes

de as pequenas até as grandes re-


Figura 1: Formatos de transmissão da TV Digital. Figura organizada des são compostos por câmeras,
e produzida pelo autor gravadores, switchers de vídeo,

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A Estética da Imagem na TV digital
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geradores de caracteres, distribui- nas laterais imagens válidas para retor deve tomar o cuidado de não
dores de vídeo, monitores de vídeo quem as vê em widescreen, porém colocar elementos significativos
e todos os demais equipamentos sem colocar nestas áreas, denomi- para a narrativa visual em altos
periféricos, que processam o vídeo nadas saveguard elementos signi- detalhes sob o risco deste nível de
em 4:3; ficativos da narrativa visual; detalhamento não ser percebido
as emissoras deverão trans- relação de contraste: a ima- pelo público que vê em receptor
mitir o sinal de vídeo da progra- gem captada por câmera HDTV analógico;
mação no sistema analógico e no com capacidade para registrar
sistema digital, simultaneamente, alta relação de contraste será vis- Relação de contraste da imagem
até o desligamento do analógico; ta também por receptores analó- analógica e digital
a transmissão digital permite gicos, cuja relação de contraste
a transmissão de sinal em HDTV. ainda é baixa, logo, detalhes sutis O contraste é a capacidade de
EDTV, SDTV e LDTV, nos aspectos com baixa relação de contraste percepção entre a parte mais clara
4:3 e 16:9; serão vistos num receptor digital e a parte mais escura de uma cena.
a transmissão analógica per- em HDTV porém não serão visua- A relação de contraste entre o per-
mite apenas a transmissão no for- lizadas em um receptor analógico, sonagem em um plano e as ima-
mato 4:3; prejudicando a entrega da mensa- gens de fundo é que determina a
quase 90 % dos televisores gem como o produtor/diretor pre- percepção da forma, a qualidade e
existentes no Brasil recebem so- tendia; legibilidade visual da imagem com
mente sinal analógico, nos apa- imagens antigas: principal- suas formas e estéticas. Uma ima-
relhos receptores convencionais, mente as de arquivo, que serão in- gem em primeiro plano, que tem
os quais podem exibir a imagem tercaladas com as atuais, as quais ao fundo imagem com contraste
somente no formato 4:3 (SBTVD, deverão ser tratadas com cuidados parecido, torna-se imperceptí-
2010); especiais; vel e suas formas podem não ser
Existem diversas possibilidades definição de imagem: as no- retransmitidas ao telespectador
de conversão do aspecto de ima- vas câmeras em alta resolução como deveriam.
gem. Como todo processo em im- permitem o registro de detalhes Uma das limitações significati-
plantação, a produção de TV nesse visíveis em HDTV, mas os recepto- vas na formação da imagem é que
processo de transição deve levar res analógicos não tem capacida- na televisão analógica a relação
em conta que, mesmo tendo um de de exibição dos detalhes. Por- de contraste é de 30:1. A parte
pequeno público possuidor de re- tanto ao compor uma cena o di- mais clara de uma cena deve ser
ceptores de TV com tela formato
16:9, as novas obras audiovisuais
deverão ser elaboradas conscien-
temente para os dois públicos.
Gradativamente o número de re-
ceptores com tela mais larga irá
aumentar, à medida que os atuais
televisores analógicos se tornarão
obsoletos e serão abandonados.
Pelo menos é esta a premissa que
rege o período com transmissão
nos dois sistemas simultaneamen-
te. Esta obrigatoriedade da produ-
anclajes

ção para dois destinos impõe limi-


tações em vários quesitos:
composição visual: respeitan- Figura 2: Formatos de transmissão da TV Digital. Figura organizada
do as áreas úteis do 4:3, mantendo e produzida pelo autor

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no máximo trinta vezes mais clara analógica em torno de 30 níveis. Este efeito em imagem dinâmi-
que a parte mais escura da mesma Os elementos com níveis de cinza ca tem o resultado demonstrado
cena. Por esta razão os produto- diferentes, porém próximos, serão na figura 6, onde se observa uma
res solicitam aos entrevistados nos registrados e percebidos como o imagem captada em alta defini-
telejornais para evitar o uso de mesmo nível, sem diferença de ção sem ser observada a relação
roupa preta ou roupa branca. Os contraste, prejudicando a visua- de contraste 30:1. No entanto, a
figurinos dos programas de entre- lização e percepção das formas. mesma imagem (Fig.7) ao ser vista
tenimento devem ser planejados Com a nova tecnologia digital em um televisor analógico, apre-
para que estejam sempre dentro para captação de imagens, as câ- senta as partes que estão acima
dos limites de contraste de 30:1. meras de TV HD têm característi- da relação de contraste específica
Como a pele reflete 30 % da luz cas de relação de contraste maior da TV analógica (30:1), saturadas,
e o ponto de exposição referencial que 1000:1, esto significa que o pois o receptor comum não tem
é o tom da pele, todos os demais profissional de vídeo tem recursos capacidade para exibição de alta
elementos que compõem o cená- para reproduzir em alta definição relação de contraste. Este proble-
rio e figurino devem estar dentro imagens digitais mais fieis às ima- ma tem sido observado com fre-
desta relação de contraste. A dire- gens reais. Mas é fundamental que quência em programas de TV que
ção de arte estabelece a paleta de se considere que a mesma ima- estão no ar.
cores a serem utilizadas nas cenas gem será vista por televisores com Os profissionais de iluminação,
de forma a sempre dar o destaque capacidade de reproduzir a inte- cenografia e figurino, diretor de
principal à pele dos personagens. gralidade dos níveis de cinza que arte e diretor de fotografia, conhe-
A película de cinema consegue formam a nuance das imagens e cendo estas características da rela-
registrar até 80:1, o olho huma- também por receptores que só re- ção de contraste 30:1 na televisão
no consegue perceber 150 níveis produzem trinta níveis, com me- analógica, devem planejar as cenas
de cinza, em relação de contraste nor nuance entre as partes claras para que as exposições não ocor-
150:1. Isto significa que ao captar e escuras. ram fora destes limites. Quando se
um cartão com 150 colunas com A imagem da figura 4 vista em faz necessário ter em uma mesma
diferentes níveis de cinza, desde o um televisor em alta definição, cena elementos brancos num todo
preto até o branco, o olho humano cujos tons de cinza tem nuance preto, a luz incidida no elemento
consegue distinguir todas as colu- suave entre os mais claros e es- branco deve ser atenuada dentro
nas com suas nuances entre uma curos serão vistos na TV analógica dos padrões técnicos necessários
e outra. Este mesmo cartão regis- como mostrado na figura 5, onde para que a característica dos 30:1
trará na película (filme), em torno se confirma a perda da nuance dos seja respeitada. Para isso devem
de oitenta níveis distintos e na TV tons próximos. utilizar equipamentos e acessórios
de iluminação tais como difuso-
res2, para espalhar e atenuar a luz
do refletor sobre o personagem de-
sejado, dimmers3 para controle da
intensidade da iluminação e outros
recursos utilizados nos refletores
apontados para estes elementos,
de forma que a luz refletida pelos
elementos brancos esteja atenu-
ada nos padrões desejados. Para
a câmera, o elemento continuará
sendo branco mesmo que a olho
nu pareça ser cinza claro. É possí-
vel exemplificar com cenas de sho-
ws musicais onde um cantor, com
anclajes

roupas brancas, aparece ao lado de


Figura 3: Percepção para os níveis de cinza. Figura organizada e produzida outro artista, com roupas pretas. A
pelo autor iluminação é planejada para que a

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Figura 4: Escala de cinza para HDTV–aspecto 16:9 Figura 5: Escala de cinza com relação de contraste
30:1–aspecto 4:3
luz incidida no cantor com roupas percepção da textura do material num televisor que tem pixels su-
brancas seja atenuada para que o seja ele a pele, um plástico, ma- ficientes para exibir os mínimos
quadro completo da imagem este- deira, tecido, pedra, etc. A textura detalhes e relação de contraste
ja dentro da relação de contraste do material só é percebida na tela suficiente para exibir as mínimas
30:1. Assim a cena será visualizada da TV devido à rugosidade e capa- diferenças de sombra e luz, tam-
sem saturar a roupa branca nem cidade reflexiva característica de bém terá de ser vista em televiso-
borrar a roupa preta. cada material, iluminada por uma res analógicos que podem exibir
A qualidade não é melhor so- luz não muito suave, cujas som- no máximo 450 pixels por linha,
mente pela quantidade de pixels bras nas pequenas rugosidades com 525 linhas e com uma relação
que formam a imagem em alta de- permitem a percepção da textura de contraste de no máximo 30:1.
finição, mas também pela relação característica de cada material. É um verdadeiro “banho de água
de contraste maior, que permite Juntando a capacidade da câ- fria” para o produtor e diretor: ter
uma imagem ter nuances mais mera HD em registrar elementos nas mãos uma ferramenta que
sutis entre as partes mais claras e menores da imagem, com maior oferece uma imagem cristalina e
levemente mais escuras em uma número de detalhes na formação ter que preparar as cenas de forma
cena. Mais ainda, no próprio ros- desta imagem, com a alta relação que possam ser vistas também em
to do personagem. São as nuances de contraste, torna a câmera HD receptores comuns. Por analogia é
entre sombra e luz que permitem uma ferramenta necessária, pelas como se o diretor tivesse nas mãos
a percepção da tridimensionalida- imagens maravilhosas que propor- um avião supersônico e precisas-
de na TV, cuja tela é bidimensio- ciona, mas também a torna uma se pilotar como se fosse um avião
nal e, em consequência, permite a vilã, quando estas imagens vistas monomotor.
anclajes

Figura 6: Imagem original em HD vista em TV HD. Figura 7: Mesma imagem vista em TV analógico. Visua-
Visualização normal. Produzida pelo autor lização das partes claras saturadas Produzida pelo autor

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Convivência dos formatos da nes, onde a visualização de todos no de cena, centro de interesse e
imagem em 4:3 e 16:9 os elementos do quadro são per- respectiva composição visual, os
cebidos em um mesmo momen- diretores tomam por base a área
O quesito composição visual é to o que desperta no espectador útil da tela, os espaços de cena,
o que mais deve receber cuidados, uma emoção de alta estimulação. onde os elementos narrativos da
quando a preocupação é a convi- A narrativa visual não foi altera- imagem fazem parte do contexto
vência de formatos. A montagem da, proporcionando ao espectador da linguagem. Uma obra produzi-
cenográfica, elementos de cena, perceber toda situação dramática da originariamente para ser vista
centro de interesse e posição de prevista pelo diretor. Porém na em tela mais larga ao ser adapta-
personagens deve ser planejada figura 11, nota-se que a conver- da para uma tela 4:3 pode perder
cuidadosamente e os gabaritos são edge crop, altera a cena com elementos que podem ser funda-
que demarcam a área 4:3 em um os cortes laterais, prejudicando a mentais para a narrativa visual
monitor de proporção 16:9 devem narrativa dramática. Para minimi- desejada.
ser utilizados obrigatoriamente zar este tipo de problema, o méto- A prática da exibição na tele-
utilizando-se do total da área 16:9 do de conversão letter-box (Fig.12) visão 4:3, de filmes produzidos
com saveguard da área 4:3. A fi- deveria ser o preferido, pois o re- originalmente com aspectos de
guras 8 e 9 apresentam o gabarito sultado visual apresenta todos os largura maior, utiliza dois forma-
referencial para determinação das elementos visuais necessários para tos de conversão: o “edge crop” e
áreas 16:9, área útil do aspecto 4:3 a narrativa prevista pelo diretor, o “pan and scan”.
e o saveguard, espaço que deve ter apenas com o inconveniente das Edge Crop: nesta conversão, é
imagens válidas, porém não devem barras pretas nas partes superior e mantida a altura do quadro ori-
ter elementos significativos para inferior da tela. ginal, de forma que as margens
compreensão da narrativa visual. Conversão da imagem 16:9 ou superior e inferior fiquem encai-
A figura 10 mostra imagem pro- maior para exibição em 4:3 xadas na altura do quadro da TV.
duzida originalmente em 16x9 vi- A mudança da proporção da tela Em consequência é necessário
sualizada em um televisor com ca- de TV de 4:3 para 16:9 poderá im- cortar parte da largura. O corte
pacidade 16x9. A figura 11 mostra plicar em mudanças na disposição pode ocorrer proporcionalmente
a mesma imagem convertida pelo dos elementos que compõem e na lateral esquerda e na lateral
formato crop para ser visualizada estruturam a imagem e a criação direita, ou porções maiores de um
em um televisor 4x3. E a figura 12 do centro de interesse de cena. lado e menores de outro, conforme
a exibição em formato Letter-box. Diretores de cena, diretores de TV o centro de interesse da cena ori-
Observa-se na figura 10 que a e diretores de fotografia discutem ginal. Nesta conversão se procura
cena clássica está em tamanho os problemas causados em suas preservar na área visível da ima-
original, vista em tela com aspecto obras ocasionados pela adaptação gem, o máximo possível da narra-
compatível, do filme Indiana Jo- de formato. Ao elaborar o pla- tiva visual.
anclajes

Figura 8: Saveguard da área 4:3 em captação 16:9 Figura 9: Saveguard aplicado em cena da novela
Cena do telejornal BBC News–BBC Londres Passione-Rede Globo
Esquema produzido pelo autor Esquema produzido pelo autor

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Figura 10: Imagem 16x9 na TV 16x9 Figura 11: Imagem 16x9 na Figura 12: Imagem 16x9 na
Esquema produzido pelo autor TV 4x3. Conversão: Edge Crop TV 4x3. Conversão: Letter-Box
Esquema produzido pelo autor Esquema produzido pelo autor

Pan and Scan: este recurso de mento de câmera. Este movimen- Independente de o formato ori-
conversão é utilizado em cenas to está representado nas figuras ginal estar no aspecto 16:9, 14x9,
que possuem elementos impor- 13 a 16. 9x5, ou outras, a conversão deve
tantes para a narrativa visual na Estes dois processos de conver- respeitar as margens esquerda e
margem esquerda e na margem são, Edge-Crop e Pan and Scan, direita da cena, de forma que se
direita da cena, posicionados de alteram a linguagem original encaixasse dentro dos limites da
tal forma que se o recurso “crop” adotada pelo diretor da obra. Ce- tela formato 4:3. Este formato
for utilizado parte da narrativa se nas cujos enquadramentos foram aqui apresentado como forma de
perderá. O “pan and scan” con- cuidadosamente planejados para conversão dos filmes para DVD,
siste em re-editar a cena, criando que a narrativa visual também conhecido por “letter-box”, tam-
um movimento panorâmico para conta a história do conteúdo dra- bém é aplicado na conversão de
que o espectador possa ver os mático, ao serem recortadas ou formatos para a TV Digital, defi-
dois lados da cena em um movi- reeditadas podem comprometer nido a seguir.
mento como se fosse um movi- os objetivos originais do diretor. Letter-box: esta conversão

anclajes

Figura 9: Imagem original–Cena do filme Indiana Jones-Paramount

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mantém a proporção 16:9 (ou si-
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laterais são preenchidos em preto viamente preparado, dentro da


milar) dentro de um quadro 4:3. ou com outros recursos que são unidade visual do programa em
O inconveniente é que, para não descritos a seguir. Com esta op- questão, padrões prontos com
ocorrer distorção geométrica na ção de conversão, a área útil da visuais coloridos ou diversas tex-
vertical da imagem original, as imagem original é vista tanto em turas, ou permite a criação de
partes superior e inferior do qua- receptores analógicos quanto em um grafismo dinâmico, no qual o
dro são completados com barras receptores digitais. (Fig. 17 e19). equipamento colhe informações
pretas. Estas barras são maiores Anamorphics WideScreen: a da imagem em tempo real duran-
ou menores, dependendo da pro- imagem 4:3 é esticada na hori- te a exibição e retira amostras de
porção da imagem original. zontal, para que suas margens níveis de intensidade, tom e cores
Quando se trata de filmes para laterais se encaixem no quadro e cria um grafismo dinâmico que
exibição em DVD, as conversões do televisor 16:9 (Fig.18). É o que vai preenchendo os espaços pre-
citadas são as mais utilizadas uma acontece atualmente quando se tos automaticamente. Este recurso
vez que a exibição se dá em am- assiste a programa gerado pela TV tem por objetivo tornar a imagem
biente doméstico. A exibição de analógica em um receptor de LED, 4:3 vista em televisor 16:9 com
filmes na TV aberta, por opção de LCD ou Plasma. No receptor existe um trato estético mais agradável.
sua programação, é em tela cheia, a configuração para que a imagem Crop: trata-se de cortar a ima-
ou seja, o formato letter-box não seja vista no formato original 4:3, gem 4:3 nas margens superior e
é uma opção, por isso os formatos porém os telespectadores prefe- inferior, na proporção que permita
edge-crop e pan and scan per- rem ver a tela cheia, mesmo que, encaixar as margens laterais da
manecem como preferenciais nas com isso, a imagem fique distorci- imagem nas margens laterais da
emissoras de TV por opção de seus da na horizontal. Como a imagem tela 16:9. Este formato tem ge-
diretores de programação, que é esticada lateralmente, as formas rado discussões entre os diretores
preferem a tela cheia a transmitir circulares ficam ovais e as pessoas dos programas por alterar planos
barras horizontais pretas acima e ficam mais gordas. Curiosamente, e enquadramentos minuciosa-
abaixo das cenas. após certo tempo de exposição a mente planejados para a narrati-
Conversão da imagem original este tipo de conversão, o telespec- va visual. Cada cena é produzida
4:3 para exibição no aspecto 16:9 tador se acostuma e não se sente segundo a sensação que ela deve
Edge Blank ou Pillar-box: for- mais incomodado com o estranha- passar ao telespectador, com base
mato mais convencional e utili- mento da deformação. no conteúdo dramático. A posi-
zado pela maioria das emissoras, Para minimizar o impacto visual ção do personagem, o ângulo de
consiste em encaixar a imagem das tarjas pretas laterais, indús- enquadramento, a disposição dos
original 4:3 no quadro da tela trias desenvolveram equipamen- elementos cenográficos e objetos
16:9, ajustando-se a margem tos para gerar grafismos a serem de cena, a profundidade, a proxi-
superior e inferior dentro dos pa- inseridos nos espaços pretos com midade do rosto dos atores dentro
drões de varredura originais. Ao várias opções de configuração. do quadro visual da TV, são plane-
lado da imagem 4:3 os espaços Permite inserir um grafismo pre- jados para se obter o maior envol-
anclajes

Figura 14: Conversão Pan Scan Figura 15: Conversão Pan Scan Figura 16: Conversão Pan Scan
Inicio do movimento panorâmico Meio do movimento Final do movimento panorâmico
Esquema produzido pelo autor Esquema produzido pelo autor Esquema produzido pelo autor

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A Estética da Imagem na TV digital
por Willians Cerozzi Balan

Figura 17: Imagem 4:3 vista no TV Figura 18: Conversão Anamorphics


16:9 configurado para 4:3 no re- WideScreen
ceptor Cena da novelaEscrito nas Estrelas–
Cena da novela Escrito nas Estrelas Rede Globo
– Rede Globo Ilustrações produzidas pelo autor

vimento possível do telespectador causou polêmicas com diretores mesma cena é apresentada na fi-
com a trama apresentada. A utili- que não concordam com cortes e gura 22 com o método de conver-
zação dos formatos de conversão movimentos de cenas fora do ro- são crop. Observa-se que este for-
Edge-Crop, Pan and Scan e Crop, teiro original”4. mato de conversão forçou a mu-
distorcem a expectativa dramática Na figura 21 se observa a cena dança do enquadramento de um
planejada pelo diretor. Por estas original, em enquadramento plano plano médio para um close, fora do
razões Cicero Marques da TV SBT, médio, que gera no telespectador a contexto dramático, em um plano
Brasil, informa sobre o uso destes sensação do diálogo normal, mais de enquadramento fora da sensa-
formatos de conversão, que “nor- ameno do dia a dia, com nível de ção dramática planejada pelo ro-
malmente não é utilizado, pois já atenção de média estimulação. A teirista e desejado pelo diretor.

Figura 19: Formato Edge Blank ou Figura 20: Imagem 4:3 em tela 16:9
anclajes

Pillar-box com grafismo Edge-Blank


Cena da novela Ribeirão do Tempo Cena da escalada-Jornal da Noite
Rede Record Rede Bandeirantes

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Daniel Filho, diretor brasileiro
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diretor junto ao telespectador. A JARDIM, 2008) e esclarece que


de cinema e televisão descreve o observação a estes quesitos com “O HD [tecnologia de alta defini-
“close” como sendo os olhos do certeza propiciará aos produtores ção] enxerga tudo, sem exceção
telespectador passando pelos per- e diretores, a realização de obras (...) com essas imagens, aumenta
sonagens, remetendo-o a sentir o audiovisuais de entretenimento a preocupação com maquiagem,
que os personagens estão sentin- e dramaturgia com condições de figurino e cenografia. Cabe ao di-
do, olhos mais atentos ao rosto de conviver com os dois formatos de retor promover esse avanço para a
quem fala, emoção mais acirrada, tela durante e após o prazo previs- nova era.” (MONJARDIM, 2007)
diferente do plano médio, quando to para a implantação total da TV Até que o sistema analógico
a conversa é mais amena. Explica Digital no Brasil, sem distorções seja desligado, as duas tecnolo-
que “o corte de plano, a determi- entre o que o diretor quer passar gias conviverão simultaneamente.
nação do que será close, plano ge- e o que realmente o telespectador Isto implica que as produções em
ral ou panorâmica, deve funcionar vai receber. alta definição (1920 x 1080 pixels,
organicamente. (...) Em uma reu- Outros aspectos da produção com relação de contraste acima
nião, seja familiar, entre amigos também devem ser observados de 1000:1 e relação de aspecto
ou de negócios, tente se afastar como materiais cenográficos, da tela 16:9) ainda serão vistas
não fisicamente, mas como se elementos de cena, maquiagem em televisores de baixa definição
fosse um espectador. (...) Se duas e figurino.Por esta razão Jaime (relação de contraste 30:1 for-
pessoas estiverem conversando, Monjardim, diretor de cinema e mato de tela 4:3), o que também
conforme a emoção de cada uma, televisão e Nelson Farias, Diretor acontecerá nos países que estão
seu olhar se detém em uma ou em de Engenharia da Rede Globo con- implantando a TV Digital. Neste
outra. Às vezes seus olhos pas- cordam que os materiais utilizados cenário, é necessário refletir e se
sam por todos os presentes, para em cenografia, objetos de cena, os perguntar: como trabalhar a pro-
sentir como eles estão. Reparar tecidos dos figurinos, precisam ser dução de imagens e a composição
que se algo mais forte é dito, sua mais reais. Os elementos cenográ- visual na TV digital com recursos
vista fica mais atenta ao rosto de ficos da categoria alimentos pre- avançados quando a maioria dos
quem diz, ou de quem recebe a cisam ser produzidos como outros telespectadores não terá recur-
fala. Você está vendo um close. Se materiais ainda não definidos, pois sos para ver estas imagens nos
a conversa fica mais amena, seus os atuais, feitos em silicone, resina televisores analógicos? E, como
olhos captam o plano geral”5. Es- e espuma, não convencerão mais determinar novos modelos artís-
clarece ainda que “pode ser que o telespectador. Monjardim expli- ticos imagéticos para esta nova
a própria câmera se aproximan- ca “Estamos investindo em carac- tecnologia, que requer radical-
do em close ajude o espectador a terização, preparação de equipes, mente muito mais precisão nos
captar o que o personagem está cenografia, estudos e pesquisas, procedimentos de produção? Por
sentindo. A câmera se aproxima novos materiais, tipo de madeira, estas e outras razões é necessário
porque você quer ficar mais perto figurino. Quando a gente fez a no- resgatar o assunto, apresentar as
dos atores, da cena, lentamente. vela ‘Páginas da Vida’, tivemos a possibilidades de produção meto-
É orgânico mesmo. (...) Ao pensar preocupação de reconstruir o Le- dológica e sistematizada e servir
numa cena, é bom estudar como blon muito fielmente. Nós usamos tanto aos profissionais experien-
se chega ao plano emocional, que um material de cimento que foi tes quanto aos que se iniciam na
pode ser um close absurdo ou um criado para que a textura que você área como forma metodológica
cara no canto da tela com uma vê a olho nu quando anda pelo Le- para a produção televisiva com
tremenda paisagem ao fundo. Esse blon fosse a mesma da cidade ce- os novos recursos oferecidos pela
é o segredo: conduzir a cena para nográfica”7. Nelson Farias, Diretor TV Digital em alta definição. O
chegar nesse plano sem que o es- de Engenharia da Rede Globo, ex- estudo dos recursos desta nova
pectador perceba”6. plica “nós tivemos que mudar vá- tecnologia da produção dos inú-
Isto justifica o porquê dos di- rios processos de gravação de dra- meros segmentos da construção e
retores discordarem de alguns maturgia porque há uma série de veiculação da imagem na TV Digi-
anclajes

tipos de conversão tecnicamente detalhes que passam a ser visíveis tal deve diagnosticar as alterações
possíveis, porém com distorção na casa do telespectador. A TV tem que ocorrem quando esta é com-
dos envolvimentos desejados pelo que ser mais do que real”8 (MON- parada com a tecnologia anterior.

122 Nuevas lógicas de ver y de hacer televisión en la Argentina y en Brasil. AMÉRICA LATINA DIGITAL
A Estética da Imagem na TV digital
por Willians Cerozzi Balan

O resultado estético de uma obra Notas


depende diretamente da tecnologia
utilizada para sua produção. Um 1 Junção dos termos “Picture e Element”.
jornal impresso em preto e branco PIX é a abreviatura de “Picture” em
não pode publicar fotos coloridas inglês. É o menor elemento que compõe
cuja composição visual colorida a imagem. Quanto maior a quantidade
seja a narrativa desejada pela men- de pixels mais detalhes são registrados e
sagem. Assim também ocorre com percebidos em uma imagem. Os pixels são
a TV em alta definição. É imperativo dispostos em fileiras e colunas no sensor de
manter sempre presente a realida- imagem de uma câmera de TV ou máquina
de que durante os próximos anos fotográfica digital, que vistos à partir de
os telespectadores ainda receberão uma certa distância não são percebidos
as imagens de TV em televisores individualmente mas sim pelo conjunto,
comuns. O Engenheiro Carlos Fini formando assim, a imagem. Este vocábulo
da TV Globo, Brasil, explica que já foi incorporado ao Dicionário da Língua
“a grande questão é saber como Portuguesa.
produzir, editar e exibir conteúdo 2 Difusores: acessório para iluminação
nesse novo formato em um curto que suaviza e espalha a luz emitida pelo
espaço de tempo. Para isso, é ne- refletor;
cessário conhecimento, treinamen- 3 Dimmer: equipamento que permite
to e também investimento. Aqui na controlar a intensidade da luz do refletor
Globo, estamos trabalhando muito desde a emissão da potência total da luz
nessa área”9. (FINI, 2008) até totalmente apagada;
O grande desafio dos produtores 4 Cícero Marques. SBT HD Convivência de
de TV será produzir imagens em Formatos, 2007;
alta definição com alta relação de Daniel Filho, O Circo Eletrônico, Fazendo
contraste cujo conteúdo estético, TV no Brasil, p.201;
dependente da tecnologia de pro- 5 Daniel Filho, O Circo Eletrônico, Fazendo
dução e exibição para ser obser- TV no Brasil, p.225;
vado, possa ser captado, editado, 6 Jaime Monjardim, diretor de cinema e
pós-produzido e visto no receptor televisão;
convencional sem distorções da 7 Nelson Farias, diretor de Engenharia da
mensagem. Se os produtores de Rede Globo, 2008;
conteúdo não se atentarem para 8 Eng. Carlos Fini, TV Globo Brasil, 2008;
estas características correrão o
risco de ter sua obra distorcida na
recepção analógica. Lembrando
McLuhan, “o meio é a mensagem”.
Se as características da tecnologia
HDTV durante a convivência com
a tecnologia da TV analógica não
forem respeitadas em suas espe-
cificidades técnicas e tecnológicas
na produção, a mensagem chegará
anclajes

distorcida ao receptor. Esta situa-


ção continuará até o momento em
que a televisão analógica for defi-
nitivamente desativada.

Facultad de Periodismo y Comunicación Social / UNLP 123


Nº 77 / noviembre de 2013 - febrero de 2014 • Revista Tram[p]as de la comunicación y la cultura • ISSN 2314-274X

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124 Nuevas lógicas de ver y de hacer televisión en la Argentina y en Brasil. AMÉRICA LATINA DIGITAL

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