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Tecnologias na Educação
CEAD
IFMG Arcos
Setembro, 2019.
© 2019 Niltom Vieira, Cláudia Rossi, Jefferson Silva.
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito dos
seus autores.
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
2019
Instituto Federal de Minas Gerais Campus Arcos,
Avenida Juscelino Kubitschek, 485,
CEP 35588-000- Bairro Brasília, Arcos - MG - Brasil,
Telefone: (37) 3351-5173
secretaria.fic.arcos@ifmg.edu.br
Palavra dos professores-autores
Após cada etapa vencida, o curso conta também com seminários temáticos:
eles têm a intenção de aprofundar o estudo sobre um assunto específico ou
de ampliar a discussão, integrando áreas do conhecimento aos temas por
nós apresentados. Serão abordados, por exemplo, o uso de celulares, de
impressoras 3D e muito mais.
Este curso está dividido em doze semanas, cujos objetivos são apresentados
sucintamente a seguir.
Objetivos
Conhecer um pouco do histórico evolutivo da Tecnologia
Educacional no Brasil e no Mundo.
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Anos mais tarde, em 1950, destacou-se a iniciativa de Skinner (o famoso teórico behaviorista)
que, aprimorando a ideia de Pressey, propôs uma máquina utilizando o conceito de Instrução
Programada (LIMA, 2010).
Embora o primeiro computador (ENIAC) tenha surgido em 1946, apenas na década de 1960
os primeiros “programas” com fins educacionais foram desenvolvidos, dando origem a
“Instrução Auxiliada por Computador”. Porém, a primeira iniciativa amplamente difundida
nesse sentido, foi a linguagem de programação LOGO, proposta por Symour Papert na década
de 1980, com um enfoque construtivista (MIRANDA; VENÂNCIO, 2001).
1
O ENIAC pesava mais de 30 toneladas e ocupava um espaço de 167 m².
2
Isto não significa que inexistem pressupostos mutuamente válidos. Porém, é preciso distinção apropriada das
características importantes à finalidade educacional.
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Tecnologias na Educação
A partir da década de 1980 os avanços na Inteligência Artificial (IA) permitiram a criação dos
sistemas de “Instrução Inteligente Assistida por Computador” que mudaram, ou poderiam ter
mudado, a sala de aula.
Com base nesse breve relato, pode-se perceber que as tendências mundiais que demarcaram
as relações entre a Educação e a Tecnologia passaram por três grandes enfoques (GOMES,
2007):
1. A princípio, as tarefas de fixação e reforço;
2. A seguir, o uso de princípios construtivistas (porém, críticas foram feitas na
condução pedagógica deste processo, como a de que eles não necessariamente
propiciavam a construção de conhecimentos);
3. Por fim, e ainda em vigor, a tendência cognitivista de que as interações devem
mudar a capacidade de pensar do aprendiz.
No Brasil a partir das décadas de 1970 e 1980, com a criação de órgãos e programas voltados
à área, surgiram as primeiras iniciativas relacionadas à Tecnologia na Educação. Destacaram-
se, por exemplo: na década de 1980, o programa EDUCOM (Educação e Computador) que
buscou inserir computadores nas escolas públicas e estimular pesquisas voltadas a informática
no processo de ensino e aprendizagem; na década de 1990, o PROINFO (Programa Nacional
de Tecnologia Educacional) para promover o uso pedagógico das TICs (Tecnologias de
Informação e Comunicação) no ensino fundamental e médio; e nos anos 2000, o PROUCA
(Programa Um Computador por Aluno) com fins de facilitar a aquisição de equipamentos
para a inclusão digital pedagógica.
Embora estas e outras iniciativas tenham sido propostas nas últimas décadas, a tecnologia
ainda é pouco explorada no ensino. Seymour Papert, a mais de vinte anos, fez uma
comparação entre hospitais e salas de aula que ainda prevalece (PAPERT, 1994):
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Tecnologias na Educação
O fato é que a Tecnologia aplicada à Educação não evoluiu no mesmo ritmo quando
comparada a outras áreas. Não basta dizer que as novas gerações de alunos cresceram meio a
tecnologia e, por essa razão, devemos levá-la à sala de aula – até porque as tecnologias
aplicadas ao entretenimento, atualmente, são muito mais sofisticadas que aquelas disponíveis
para o ensino. Ou seja, na ausência de elementos atrativos e imersivos, o fator “novidade”
desta tecnologia conseguirá apreender a atenção dos alunos por pouco tempo. Mas o objeto da
nossa discussão é mais importante do que isso: é conceitual.
Na prática, a Tecnológica Educacional é pouco utilizada na sala de aula e, quando é, por
vezes, parte de uma perspectiva pouco científica e nem sempre planejada.
A esta altura você, leitor, deve estar se perguntando: de qual planejamento e de quais
conceitos estamos falando? Bom... esse é assunto para as nossas próximas semanas!
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SEMANA 2 – A (SUPER)VALORIZAÇÃO
Tecnologias naDA TECNOLOGIA
Educação
Objetivos
Discutir a (super)valorização e as novas tendências da Tecnologia
Educacional.
Às vezes somos levados a acreditar que o uso de um Objeto de Aprendizagem, por si só,
significa inovação ou melhoria no processo de ensino e aprendizagem. E isso não
necessariamente é verdade!
As tecnologias, enquanto ferramentas adicionais para o aprimoramento da prática
educacional, devem sim ser valorizadas, porém, devem também ser adequadamente utilizadas.
Por outro lado, a supervalorização unitária, partindo da crença que a tecnologia sozinha
resolve nossos problemas pode gerar frustações.
Para ilustrar melhor as consequências desta supervalorização desprovida de planejamento, o
reconhecido filósofo e sociólogo Pierre Lévy (1996), em seu livro “O que é virtual?”, narra
uma concepção errônea da Tecnologia Educacional ocorrida na França na década de 1980. Na
ocasião, acreditou-se que era necessário “atualizar-se” sem, contudo, elaborar estudos quanto
a cognição e aos novos modos de constituição e transmissão do conhecimento. Tal fato, fez
com que o alto investimento público em maquinários e laboratórios sofisticados resultasse em
decepção – nada muito diferente do que vemos no Brasil.
Ainda neste sentido, existem diversos outros casos de insucesso registrados na literatura.
Apresentamos a seguir um exemplo narrado por Overbye e Weber (2000), num experimento
aplicado ao ensino de eletricidade (contudo, tais resultados podem ser vistos nas mais diversas
áreas do conhecimento). Esses pesquisadores decidiram testar a eficiência no uso de
contornos dinâmicos, do tipo “mapas climáticos”, para destacar contingências em tempo real
em um sistema de distribuição de energia elétrica. Uma escala de cores, acompanhada de
legendas, apontava interativamente os carregamentos de potência da rede.
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Para verificar a eficiência desta técnica foi realizado um experimento com 43 estudantes,
divididos em três grupos: o primeiro utilizou displays numéricos tradicionais, o segundo
utilizou os diagramas com contornos dinâmicos e o terceiro ambos. O teste consistia em uma
sequência de contingências (por exemplo, curtos circuitos) que causavam falhas em uma ou
mais barras de energia (a quantidade de defeitos simultâneos foi classificada em níveis baixo,
médio e alto). Os participantes tinham duas metas: encontrar o ponto mais crítico e restaurar o
sistema a valores aceitáveis, intervindo em dispositivos que compunham a rede virtual.
Embora os resultados não tenham sido satisfatórios, o aumento de tempo não impediu que os
defeitos fossem corrigidos. Por essa razão, tais autores foram uns dos primeiros na literatura
(não pedagógica) a reconhecer sua falha procedimental e incentivar a continuidade destas
pesquisas, porém, inserindo o uso de fatores humanos e psicológicos para o seu
aprimoramento.
Tais problemas são extensivos aos Objetos de Aprendizagem de diversas áreas. Ainda que
indiscutível a importância (e para algumas disciplinas a carência) da Tecnologia Educacional,
seu desenvolvimento e utilização nem sempre atendem a requisitos ou padrões sugeridos, uma
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Tecnologias na Educação
vez que, mais se escreve sobre os objetos do que sobre as metodologias que a eles se
relacionam. Além disso, poucos trabalhos se dedicam a investigar sua eficiência.
Numa crítica inicial, dissemos que a tecnologia aplicada à educação não se desenvolve no
mesmo ritmo que aquela (tecnologia) aplicada a outras áreas. Mas ainda assim ela tem se
desenvolvido mais rápido do que a produção científica tem se destinado ao estudo dos fatores
humanos e metodológicos para esta área do conhecimento. Estamos diante, portanto, de uma
lacuna científica crescente e você, como futuro pesquisador das Ciências da Educação, é
elemento essencial para essa mudança de perspectiva!
O termo “Educação 4.0” originou-se da emergente “Indústria 4.0”, iniciativa que propõe
mudanças de paradigmas em relação à maneira como as fábricas operam, principalmente, pelo
uso cada vez maior de dispositivos inteligentes interconectados.
Conceitualmente, portanto, já há tecnologia suficiente para mudar também as relações na sala
de aula. Além dos Objetos de Aprendizagem Computacionais, abordados anteriormente,
Garofalo (2018) aponta que a Educação 4.0 deve explorar o conceito popularizado como
Learning by Doing (Aprenda Fazendo).
Notamos, então, que a Tecnologia Educacional requer muito empenho de professores,
pesquisadores e desenvolvedores para que, além da equiparação já necessária para corrigir o
descompasso de sua aplicação no ensino, possamos acompanhar as novas e mais atuais
tendências tecnológicas e metodológicas.
Neste sentido, além de objetos computacionais, diversos materiais manipulativos (em especial
os que requerem dimensionamento, prototipagem e montagem pelos próprios alunos), podem
ser utilizados, sob o princípio das Metodologias Ativas de Aprendizagem.
Veja, a seguir, uma figura e dois vídeos que ilustram o emprego dessas tecnologias na
Educação 4.0.
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Figura 2.2 – Modelo de uma célula huma, produzido em 3D, para o ensino de biologia.
Fonte: http://www.thingiverse.com/make:495616 (Acesso em: 15 ago. 2019).
Tais possibilidades são aplicáveis as mais diversas áreas como, por exemplo: impressão de
órgãos ou réplicas de animais (ciências), mapas que retratam a topografia ou a demografia de
regiões (geografia), a representação de ferramentas arcaicas ou artefatos medievais (história),
de moléculas ou cadeias moleculares (química), objetos ou maquetes diversos (artes), planos
ou sólidos geométricos (matemática) e assim por diante.
Nestas duas primeiras semanas falamos insistentemente que a tecnologia por si só, não
significa melhoria no processo de ensino e aprendizagem, pois, seu uso exige planejamento
conceitual e metodológico, caso contrário se resumirá em replicar um mesmo paradigma
educacional, sob a falsa expectativa de inovação. Vamos então, finalmente, debater essa
questão na próxima semana de estudos!
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SEMANA 3 – PLANEJAMENTO METODOLÓGICO
Tecnologias na Educação
Objetivos
Refletir sobre algumas metodologias e conceitos teóricos aplicados
ao uso de Objetos de Aprendizagem.
Uma ferramenta computacional não deve estimular o distanciamento, mas sim uma nova
forma de comunicação, que deve aprimorar a interação aluno-professor, aluno-aluno e aluno-
conhecimento.
É nesse sentido que adotamos, também no âmbito tecnológico, a premissa Freiriana de que
“ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si,
mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1987). No livro “Extensão ou Comunicação”, Freire
(1983) nos lembra que:
O sujeito pensante não pode pensar sozinho; não pode pensar sem a coparticipação
de outros sujeitos no ato de pensar sobre o objeto. Não há um “penso”, mas um
“pensamos”. É o “pensamos” que estabelece o “penso” e não o contrário.
A comunicação implica numa reciprocidade que não pode ser rompida. Desta forma,
na comunicação, não há sujeitos passivos.
E isto só se dá na comunicação e intercomunicação dos sujeitos pensantes a
propósito do pensado, e nunca através da extensão do pensado de um sujeito até o
outro.
Equivocada também está a concepção segundo a qual o que fazer educativo é um ato
de transmissão ou de extensão sistemática de um saber.
A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de
saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos
significados.
Eis o suporte conceitual a que nos referimos! Sendo a tecnologia mais uma ferramenta
educacional, ela também deve ser provida de reciprocidade, interação dialógica e análise
crítica e reflexiva – fatores indispensáveis para toda relação de ensino e aprendizagem. E isso
só é possível a partir de um adequado planejamento metodológico.
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Além do conhecimento de fatores humanos anteriormente citados, para alguns casos pontuais,
têm-se observado alguma confusão na literatura. Quando na tentativa de construir
Tecnologias Educacionais, alguns trabalhos recorrem às técnicas validadas para o
desenvolvimento de sistemas supervisórios ou operacionais – o que inclui o uso de design e
características construtivas similares, sem que se observem os seus diferentes propósitos2.
Mas enfim... e para usar tais ferramentas na sala de aula, quais cuidados devo tomar? A
resposta não é trivial, mas podemos resumi-la em: é necessário embasamento teórico.
Embora toda iniciativa inovadora seja importante, fazê-la sem o adequado suporte teórico
implica, muitas vezes, em uma utilização empírica com resultados nem sempre satisfatórios. É
possível que, a princípio, uma Tecnologia Educacional consiga a atenção dos alunos – pelo
fator “novidade”, já que não muitos professores fazem uso desse recurso – porém, uma vez
passado esse estado, sua eficiência se torna tão, ou mais, comprometida do que qualquer
estratégia convencional.
Por essa razão, assim como para o uso de quaisquer outras estratégias de ensino, a aplicação
da tecnologia também requer cuidado pedagógico para que a intervenção seja,
verdadeiramente, educacional.
São importantes, então, dois critérios:
1. A escolha adequada do Objeto de Aprendizagem;
2. A definição de uma metodologia de uso.
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Isto não significa que inexistem pressupostos mutuamente válidos. Porém, é preciso distinção apropriada das
características importantes à finalidade educacional.
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Tecnologias na Educação
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O “produto” é apenas uma das exigências da Pós-Graduação em Docência. Além deste artefato mais
“técnico”, os alunos desenvolvem também uma pesquisa e um artigo científico.
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Uma mudança real neste cenário depende também de nossa atuação docente, pois,
para podermos verdadeiramente capacitar e inspirar a próxima geração de cientistas
precisamos de educadores que liderem a adoção de novas tecnologias em sala de
aula. Assim, de várias maneiras, acredito que o próximo grande avanço no ensino de
ciências não mais recai sobre a tecnologia, mas sim na decisão dos professores de
levar adiante e adotar estas tecnologias nos ambientes educacionais (grifo nosso).
Encerramos essa semana observando que quando falamos de novos paradigmas, tecnologias
na educação e comunicação na aprendizagem, não nos restringimos a sala de aula presencial,
pois, atualmente uma nova realidade nos cerca: A Educação à Distância!
Todos os princípios que aqui trouxemos também se aplicam a EaD, modalidade que será
abordada pelo nosso curso a partir de sua quinta semana.
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SEMANA 4 – Seminário I Tecnologias na Educação
Objetivos
O Seminário I tem o objetivo de discutir o uso do
telefone celular na escola.
4.1 Seminário I
Sendo este o nosso primeiro seminário, é importante aclararmos o objetivo e a forma como
esse tipo de abordagem se integra ao curso. Nos seminários temáticos discutiremos tópicos
específicos ou temas transversais relacionados à proposta do curso: Tecnologias na Educação.
Nessa quarta semana ampliaremos a discussão tratando, em particular, do uso dos celulares na
sala de aula. Assistiremos ao vídeo do programa Panorama da TV Cultura, cujo tema é
“Tecnologia na sala de aula”. Logo mais é proposta a leitura do artigo “O uso de mensagens
eletrônicas instantâneas como recurso didático” que versa sobre a utilização do aplicativo de
mensagens Whatsapp como ferramenta educacional.
O programa de TV selecionado foi exibido em setembro de 2017 e é apresentado por Andresa
Boni. Nele foram recebidos Mônica Gardelli Franco, superintendente do Centro de Estudos e
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) e Alexandre Barbosa, gerente
do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
Destacando alguns trechos do vídeo, Mônica Gardelli Franco responde ao tópico: relação dos
professores com a tecnologia, aliada ou concorrente:
[...] É uma grande mudança, eu acho que a gente ainda vislumbra um potencial
muito grande de ganho de aprendizagem, mas a leitura que se faz ainda é a partir de
um padrão de compreensão, de modelos de aprendizagem e de apropriação de
conteúdos, ainda antigo. Então quando se faz essa junção, eventualmente acha-se
que houve uma perda sim, mas é porque se está comparando um modelo atual,
diferente e que se desconhece por uma situação que não acontecia porque não tinha
esse recurso.
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Outro ponto abordado na entrevista é quanto ao uso do celular na escola. Alexandre Barbosa
destaca que não importa se é escola pública ou privada, em todas as classes sociais o
smartphone, celular inteligente, está muito presente.
Andresa Boni, apresentadora do programa, ainda lembra que antes era preciso correr para
copiar o quadro e que hoje os alunos tiram uma foto. Quanto à distração, à desconcentração,
Mônica Franco instiga que o aluno antigamente fazia-se valer de outros artifícios, outras
metodologias para se distrair. Segundo ela, o comportamento do aluno em si sempre terá um
componente de desconexão com o ambiente escolar independente do uso da tecnologia.
Complementando a discussão, é proposta a leitura do artigo “O uso de mensagens eletrônicas
instantâneas como recurso didático” de autoria de Tereza Cristina Rodrigues e Lucio França
Teles. No texto, apresenta-se um estudo específico do uso do celular com o objetivo de
analisar o potencial do aplicativo WhatsApp, considerando os perfis e relatos de educadores
que o utilizam em suas práticas cotidianas.
Ficou evidente ainda que, como qualquer trabalho pedagógico, o uso do WhatsApp
com os alunos requer estratégias e, sobretudo, planejamento. Não parece ser possível
realizar uma atividade bem-sucedida com o aplicativo sem sair do lugar de grande
detentor de conhecimentos para se colocar como mediador de grupos. Ou sem
organizar previamente o tempo e os materiais que serão despendidos. E, ainda, sem
propor objetivos claros a serem alcançados (RODRIGUES, TELES, 2019).
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SEMANA 5 – HISTÓRIA DA EADTecnologias na Educação
Objetivos
Apresentar um pouco da história da EaD e seus
avanços no Brasil.
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Mas por que estudar à distância? A crescente onda desta metodologia de ensino provoca em
nós a necessidade de observar as questões pelas quais ela apresenta um maior alcance. Uma
delas é o uso efetivo do tempo; vivemos em uma sociedade em que os diversos campos de
nossas vidas já ocupam grande parte de nosso tempo, senão todo ele. Dessa forma uma
metodologia que possibilite uma flexibilização deste tempo ganha maior foco.
Segundo dados disponibilizados pelo INEP/MEC, no ano de 2009, no Brasil, havia cerca de
131 instituições de educação à distância; em 2016, este número subiu para 206, comprovando
o avanço desse novo meio de ensino.
Esse avanço deve-se também ao fato de que o investimento em um curso EaD é estritamente
menor que em um curso presencial. Segundo informações do BID, o custo de um aluno à
distância chega a ser um terço (1/3) de um aluno em um curso presencial. Em razão dessa
expansão, em 2012 a média de mensalidades em um curso EaD era de R$ 348,00, e em 2018
passou a R$ 265,00, enquanto um aluno presencial investe, em média, R$ 779,00
mensalmente.
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Tecnologias na Educação
No ensino à distância, podemos observar alguns perfis que mais se destacam: o jovem que,
devido à diversos fatores, não possui condições suficientes para sair de onde mora para cursar
uma universidade; os profissionais que já estão inseridos no mercado e se veem atraídos pela
flexibilidade de horários; e aqueles que desejam se reciclar e buscar novos rumos para seu
desenvolvimento pessoal e profissional. Em grande parte, o perfil predominante do aluno da
EaD é da jovem, sexo feminino e cursa licenciatura. Os cursos mais procurados são
Pedagogia e Administração, segundo dados do INEP/MEC. Mas isso não é uma regra; hoje,
mais de 1,5 milhão de estudantes estão matriculados em cursos EaD, em cursos de graduação,
pós-graduação e profissionalizantes.
Figura 5.1 - Número de matrículas em cursos de graduação, por modalidade de ensino, no Brasil, 2006-2016
Fonte: INEP (2016.).
Quadro 5.1 - Perfil do Discente dos cursos de Graduação, por modalidade de Ensino (Presencial e a Distância) –
Brasil – 2016
Fonte: Censo da Educação Superior (2016).
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Curso Matrículas
Pedagogia (L) 342.495
Administração (B) 181.250
Serviço Social (B) 96.638
Ciências contábeis (B) 92.357
Gestão de Recursos Humanos (T) 87.062
Processos Gerenciais/ Empreendedorismo (T) 62.026
Administração Pública (B) 49.050
Educação Física (L) 41.416
Gestão Logística (T) 35.834
História (L) 31.547
Bachalerado (B), Licenciatura (L), Tecnólogo (T)
Quadro 5.2 - As graduações à distância com o maior número de matrículas, de acordo com o Censo da Educação
Superior 2015.
Fonte: INEP/MEC.
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SEMANA 6 – CARACTERÍSTICAS E ATORES DA EAD
Tecnologias na Educação
Objetivos
Nesta semana você irá conhecer as características da EaD e
quais atores têm destaque em seu desenvolvimento.
Vimos, portanto, que processo de ensino aprendizagem, também à distância, requer mediação
interativa e confiável, que possibilita enfrentar positivamente os desafios inerentes à
aprendizagem.
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Neste curso temos como professores-autores: Niltom Vieira, Cláudia Rossi e Jefferson Silva que, juntos,
escreveram o material didático. E temos como professores-formadores: Niltom Vieira e Jefferson Silva que, por
sua vez, conduzem o curso e a sala virtual, sempre com o apoio de um professor-tutor.
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Tecnologias na Educação
Pode-se acrescentar aos atores da EaD os diversos agentes administrativos como, por
exemplo, os responsáveis pela documentação, matrícula, certificação, entre outros serviços
essenciais ao funcionamento de um curso.
Quando as instituições oferecem cursos em diferentes polos ela precisa contar ainda com um
Coordenador de Polo, que é o responsável pela organização local e dos encontros presencias,
bem como com um Tutor Presencial, que é aquele que faz o atendimento nas unidades, recebe
e distribui material aos alunos, além de auxiliá-los quanto ao uso das tecnologias necessárias a
realização das atividades.
Como foi visto, várias pessoas atuam direta ou indiretamente na implantação, organização e
desenvolvimento dos cursos EaD, sendo que todos devem ter o mesmo objetivo: oferecer uma
educação de qualidade que rompa barreiras e promova transformações.
Essa semana termina com uma leitura complementar. E uma proposta de reflexão: EaD não é
para quem está sem tempo!
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Um minuto: sessenta vezes a duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois
níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio-133 (BIPM,1968). O número talvez assuste, mas
considerando a expectativa de vida (ou de morte) de um brasileiro em 75,5 anos, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), tem-se uma vida com duração da ordem de grandeza de 10 19 períodos da referida
radiação.
E antes de pensar se tem ou não tempo para algo, talvez devesse se perguntar, como se fez Agostinho - O que é o tempo?
Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se me perguntam, e quero explicar, não sei mais.
[...] Ou, esses dois tempos, o passado e o futuro, como eles podem ser, se o passado não é mais, e o
futuro ainda não é? Pelo presente, se ele fosse sempre presente sem voar ao passado, então não seria
mais tempo; ele seria a eternidade. [...] e podemos dizer, na verdade, que o tempo seja, senão que ele
tende a não ser?
[...] Mas o que agora parece claro e manifesto é que nem o futuro, nem o passado existem, e nem se
pode dizer com propriedade, que há três tempos: o passado, o presente e o futuro. Talvez fosse mais
certo dizer-se: há três tempos: o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro,
porque essas três espécies de tempos existem em nosso espírito e não as vejo em outra parte. O
presente do passado é a memória; o presente do presente é a intuição direta; o presente do futuro é a
esperança (AGOSTINHO, 1964).
Zygmunt Bauman diz, em seu livro Modernidade Líquida, que no jogo da definição, a maioria das coisas que fazem parte
da vida cotidiana são compreendidas razoavelmente até que se precise defini-las.
Ainda, que se pessoas fossem instadas a explicar o que entendiam por “espaço” e por “tempo”,
poderiam ter dito que “espaço” é o que se percorre em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa
para percorrer certo espaço (BAUMAN, 2000).
Na conquista do espaço, como Jules Vernes mostrou, dar a volta ao mundo em 80 dias parecia um sonho atraente. As
tecnologias evoluem: para chegar à informação, por exemplo, já não é necessário mais que se dê um passo rumo a uma
biblioteca ou banca de jornal. Ela está ali, na hora, ao alcance das mãos. Talvez Vernes não pudesse imaginar que as
facilidades, a instantaneidade, pudessem culminar no desinteresse: os pontos turísticos próximos de nossas casas sempre
podem ser visitados num depois que nunca tem pressa para acontecer.
Bauman explica que “a instantaneidade significa realização imediata, “no ato” – mas também exaustão e
desaparecimento do interesse. Ela faz com que cada momento pareça ter capacidade infinita”.
A distância que separa o começo do fim está diminuindo ou mesmo desaparecendo; as duas noções
eram usadas para marcar a passagem do tempo, e, portanto calcular seu “valor perdido”. [...] Teria o
tempo, depois de matar o espaço, enquanto valor, cometido suicídio? (BAUMAN, 2000).
Provavelmente você não tenha tempo para muitas coisas, já foi exigido muito de você chegar até aqui nessa leitura. É
claro, agora está mais próximo da estatística do IBGE, mas não se preocupe, o césio-133 continua muito bem, obrigado!
____________
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
AGOSTINHO, Santo. As confissões. Trad. Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo: Edameris, 1964.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010.
BIPM- Bureau International des Poids et Mesures. Treizième conference generale des poids et mesures. França 1968. Disponível em
http://www.bipm.org/utils/common/pdf/CGPM/CGPM13.pdf#page=103 acessado dia 23/07/2019.
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SEMANA 7 – COMPORTAMENTOS E ATRIBUIÇÕES
Tecnologias na Educação DO TUTOR NA EAD
Objetivos
Nesta semana discutiremos os comportamentos na EaD, dando
destaque e as atribuições do Professor-tutor.
São várias as atribuições do tutor para o bom andamento do curso, entre elas está a constante
presença na sala virtual, conferindo todas as atividades disponibilizadas e detectando
possíveis dúvidas, conduzindo debates e discussões, estimulando o aluno a ampliar seu
processo de leitura, extrapolando o material didático disponibilizado, notificando sobre as
atividades avaliativas, orientando e apoiando os discentes em suas atividades pedagógicas.
Além de cumprir suas funções como um verdadeiro mediador no processo de ensino e
aprendizagem, o tutor também precisa relacionar-se com os/as demais tutores/as a distância,
na busca de apoio durante a disciplina e para contribuir no processo de avaliação da disciplina
ou de um curso num aspecto mais amplo. É importante que o tutor comunique ao coordenador
e demais membros da equipe os problemas relativos à disciplina ou ao próprio ambiente
virtual, as falhas no sistema de orientação acadêmica e a necessidade de apoios
complementares não previstos, a partir das observações dos alunos.
O tutor também tem a responsabilidade de participar de reuniões, quando convocado pela
coordenação, e de colaborar na revisão do material e atividades disponibilizados na sala
virtual, verificando possíveis erros de português ou digitação e divergências entre questões
elaboradas e o conteúdo do material.
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Muitos tutores encontram dificuldades em manter uma relação objetiva com o aluno à
distância, pois, habituados com explicações orais, encontram na escrita uma barreira que
talvez não possibilite a compreensão efetiva do conteúdo. Além disso, pela restrição de outras
possibilidades de análise (tom de voz, expressão facial, etc.), o aluno pode interpretar a
mensagem como “fria” ou “descortês”. Tendo em vista essa questão, importante se faz que o
tutor siga algumas normas de comunicação, para evitar má interpretação por parte dos
envolvidos.
No início do curso é necessário que o tutor dê as boas-vindas e se apresente, fazendo uma
breve biografia e colocando-se à disposição dos alunos para o que for necessário. Esteja
sempre atento quanto aos prazos das atividades e comunique no fórum ou mural, para que os
alunos também se sintam estimulados a visitar o Calendário de Atividades. Importante usar
sempre de cordialidade lembrando que alguns alunos podem não possuir a mesma facilidade
de aprendizagem e/ou manejo com ferramentas digitais quanto outros.
A fim de evitar desconfortos, podemos seguir algumas regras sociais de comportamento e
comunicação na internet.
Nunca se esqueça de que tem alguém do outro lado do computador recebendo o seu texto, e é
de sua responsabilidade que o interlocutor o entenda da forma correta, que ele interprete a
mensagem exatamente da forma que você a emitiu. O computador pode permitir que, em
muitas das vezes, você se expresse com uma maior liberdade e falhe no compromisso com a
interação. Use sua ferramenta de trabalho com responsabilidade!
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Tecnologias na Educação
As técnicas e habilidades propostas por Gonzales (2005) ajudam para que a tutoria se torne
um “estar presente À distância”, situação imprescindível ao sucesso do processo de ensino e
aprendizagem na EaD.
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SEMANA 8 – Seminário II Tecnologias na Educação
Objetivos
Discutir o recurso da impressão tridimensional como ferramenta
didático-pedagógica.
8.1 Seminário II
Tal como os carros elétricos, que são muitas vezes considerados como uma tecnologia
recente, mas já estão na história desde os anos 1930 (BARAN; LEGEY, 2010), a impressão
3D é uma dessas “novas tecnologias do futuro” que completam algumas dezenas de anos de
aniversário.
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Tecnologias na Educação
O curso de Engenharia Mecânica do Instituto Federal de Minas Gerais Campus Arcos, por
exemplo, possui uma metodologia de ensino baseada em projetos onde os alunos realizam,
desde o primeiro período, projetos de engenharia denominados “Trabalho Acadêmico
Integrador” (TAI). Nesse contexto, os alunos são instigados a fazerem uso da impressora 3D
em seus projetos. Para tal, eles recebem um treinamento para o uso do equipamento, como é
ilustrado na Figura 8.3.
Figura 8.3 – Capacitação para uso da impressão 3D em projetos de engenharia no do IFMG Campus Arcos.
Fonte: os próprios autores.
A Figura 8.4 exemplifica o tipo de projetos desenvolvidos pelos alunos no TAI. Nela observa-
se o protótipo de uma mão biomecânica desenvolvida por alunos do primeiro período do
curso.
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Figura 8.3 - Mão impressa de Trabalho Acadêmico Integrador (TAI) de alunos do IFMG Arcos.
Fonte: os próprios autores.
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SEMANA 9 – Principais Plataformas para
Tecnologias EaD
na Educação
Objetivos
Conhecer algumas plataformas utilizadas para a Educação a
Distância.
Nesta etapa conheceremos um pouco sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que
representam sistemas (ou softwares) que promovem uma abstração da sala de aula presencial,
onde os conteúdos, os módulos e toda a estrutura de um curso podem ser disponibilizados5.
Em geral, são vinculados a uma rede de computadores e/ou à internet e permitem:
A colaboração entre alunos e a criação de grupos de trabalho;
A interação entre alunos, tutores e professores (via chats, fóruns e mensagens
privadas);
A utilização de atividades ou recursos diversos (para mediação da aprendizagem ou
avaliação);
A possibilidade de controle do ritmo de aprendizagem;
O gerenciamento do curso quanto a tarefas, prazos e notas.
Suas características, em especial quanto à usabilidade, são importantes para cursos que
utilizam destas ferramentas, sejam presenciais ou à distância.
5
Embora alguns autores reconheçam que essa abstração não seja completa (PEREIRA, 2007).
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Nesse sentido, todo o conjunto tecnológico utilizado no ensino, sejam os recursos internos
(inseridos pelo professor conteudista ou formador) em um AVA ou a própria estrutura do
ambiente, deve considerar padrões de desenvolvimento didático pedagógicos (como aqueles
já discutidos nesse curso). Por essa razão a escolha do sistema a ser utilizado também é um
fator importante.
6
Disponível em: http://moodle.net/stats (Acesso em: 01 out. 2019).
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Tecnologias na Educação
Por essa razão, ele foi adotado como Ambiente de Aprendizagem deste curso e também será
nosso objeto de estudo nas próximas semanas.
A própria sala virtual utilizada neste curso é construída no ambiente Moodle com a diferença
de que, enquanto estudante, você s possuía (até agora) a visão do perfil de “aluno”.
Entretanto, além desse papel é possível que um usuário seja cadastrado também como
moderador, professor ou administrador de cursos, o que faz com que cada tipo de usuário
possua diferentes permissões dentro da plataforma:
Estudante: é o usuário que recebe o conteúdo, interage com colegas, envia material e
recebe avaliações;
Moderador: geralmente atribuído ao professor-tutor que irá interagir com alunos,
avaliar atividades, responder dúvidas, emitir relatórios etc.;
Professor: é quem produz o material, insere conteúdos e configura notas e o formato
da sala virtual;
Administrador: além das salas virtuais, pode configurar todo o ambiente incluindo a
página inicial, as categorias de cursos e todos os cursos existentes na plataforma.
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Em uma pesquisa na internet é possível encontrar hospedagens gratuitas para o Moodle como, por exemplo,
a disponibilizada pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul: http://www.minhaescolavirtual.com.br/ (Acesso
em: 17 ago. 2019).
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No canto superior direito, clique na seta ao lado do seu nome e escolha o menu
“Preferências”. Em seguida, na janela “Conta de usuário”, preencha seu perfil completo e
visite todas as opções de preferência (ajustando o ambiente conforme seu desejo).
Agora verifique no mural da nossa sala virtual que foi disponibilizado a chave de acesso para
uma sala de testes criada especialmente para você! De posse dessa informação, vá até a
página principal da nossa plataforma (para isso você pode clicar no botão “Início” mostrado
no alto das páginas internas), entre na categoria “Laborat rios de EaD” e se inscreva no seu
laboratório. Parabéns, você agora é o professor conteudista desta sala!
Um professor pode, já na tela principal de sua sala virtual, ter acesso às configurações do
curso e ativar sua edição.
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Tecnologias na Educação
Em se tratando de uma sala recém criada o professor pode ainda, através da opção “editar
configurações” definir detalhes preliminares como: o nome do curso, sua categoria (se
existirem, por exemplo, vários níveis de cursos8), data de início/término, formato de curso (as
salas virtuais da Pós-Graduação em Docência possuem o formato de “t picos”) etc.
Uma vez ativada a edição, o professor tem acesso aos ícones de edição que permitem alterar
nomes dos tópicos e inserir informações textuais, visuais etc.
8
O Moodle usado pelo IFMG Arcos divide-se, por exemplo, nas categorias: “Pós-Graduação em Docência”,
“Engenharia Mecânica”, “Cursos Profissionais de Curta Duração” etc.
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Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Arcos
Após escolher os itens que deseja salvar no backup, execute-o e salve o arquivo no seu
computador.
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Tecnologias na Educação
Você pode restaurar esse arquivo de backup em outros servidores onde o Moodle esteja
instalado, o que possibilita que suas criações neste curso sejam reaproveitadas em salas
virtuais reais que você, eventualmente, for utilizar enquanto professor.
Para isso, quando estiver diante de uma sala nova, basta clicar na opção “Restaurar” e
importar o seu arquivo.
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SEMANA 10 – Configurando o Moodle
Tecnologias (Parte
na Educação1)
Objetivos
Configurar algumas atividades e recursos disponíveis no
Moodle.
De todo modo, nossas próximas duas semanas irão se dedicar a conhecer algumas destas
possibilidades.
O questionário é uma atividade que permite, por exemplo, aplicar avaliações de modo que
cada estudante responda uma questão aleatoriamente escolhida pelo sistema. Em “adicionar
uma atividade ou recurso”, escolha a atividade “questionário” e preencha as informações
básicas solicitadas conforme seu interesse (nome, descrição, duração, layout etc.).
Uma vez criada a atividade “questionário” o sistema retornará para a tela principal. Quando o
professor clica no link com o nome do questionário recém criado, surge a página de edição do
questionário. Nesse local é possível, através do botão de configuração, acessar o “banco de
questões” onde novas perguntas podem ser inseridas.
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Para criar um questionário randômico é preciso informar de qual banco de itens as perguntas serão
escolhidas.
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Tecnologias na Educação
optaremos por questões de múltipla escolha (assim o Moodle pode corrigir automaticamente,
sem a intervenção futura do professor).
Após escolhida a categoria preencha os dados básicos da nova questão: nome, pergunta e
alternativas (sugere-se, neste exercício, escolher a nota “100%” para a alternativa correta e a
nota “nenhum” para as demais alternativas).
Nem todos os campos de edição são obrigatórios. Por exemplo, durante a criação de novas
questões, é facultado ao professor o envio de feedback para cada alternativa e um decréscimo
de pontos para cada tentativa errada (caso a configuração permita mais de uma tentativa).
Uma vez criado o “banco de questões”, retornando para a página do questionário (o professor
pode acessá-la a qualquer momento clicando no seu link na página principal da sala), pode-se
utilizar a opção “editar questionário” para adicionar as perguntas.
Para concluir o exercício proposto, você deve optar por “adicionar questões aleat rias”,
escolher a categoria onde o banco de itens foi criado e, por último, definir o número de
questões a serem inseridas.
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O professor pode ainda, na mesma tela da Figura 10.3, editar a nota máxima do questionário e
as notas individuais de cada uma das questões inseridas.
Ao fim, no alto da tela principal, o professor pode mudar seu “papel” temporariamente para o
perfil de “estudante” e testar, sob a visão dos alunos, o funcionamento da atividade.
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Tecnologias na Educação
Para excluir sua própria tentativa (enquanto no perfil de estudante) ou para excluir a tentativa
de qualquer aluno, clique no nome do seu questionário na página principal da sala e siga até
“ver tentativas”.
Caso deseje criar um banco de questões antes de incluir um questionário, na página principal
da sala clique na engrenagem de “Configurações”, procure por “Mais configurações” e, na
próxima tela que se abrirá, por “Categorias”.
Adicione uma categoria para o tema que desejar (por exemplo, questões de um mesmo
assunto). Posteriormente, clique no menu “questões” e escolha a categoria para a inserção.
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Após ter uma categoria e questões criadas, basta adicioná-las posteriormente quando da
criação de algum questionário.
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SEMANA 11 – Configurando o Moodle
Tecnologias (Parte
na Educação2)
Objetivos
Configurar algumas atividades e recursos disponíveis no
Moodle.
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Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Arcos
Caso você deseje separar uma turma em grupos para que a cada um sejam atribuídas tarefas
específicas, acione o menu secundário de configurações e, em seguida, clique na opção
“participantes” (Figura 11.2).
Uma vez criados grupos, para eles podem ser definidas restrições de acesso dentro de uma
mesma sala virtual (para criar restrições verifique o item 11.3).
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Tecnologias na Educação
Em “comportamento da questão” uma configuração que pode ser útil é “misturar entre as
questões”. Quando selecionada, as alternativas criadas para uma questão de múltipla escolha
são embaralhadas para cada aluno.
Em “restringir acesso”, o professor pode criar condicionantes para que um aluno veja uma
atividade específica ou então várias atividades (caso ele restrinja o acesso, por exemplo, na
configuração de um “t pico” ou “semana” inteira).
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Caso o aluno ainda não possua usuário para acesso à plataforma um administrador do sistema precisa inseri-
lo manualmente ou, então, habilitar na página principal da plataforma a caixa de auto cadastro de novos
usuários.
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Tecnologias na Educação
Se configurado para que o estudante receba uma nota e a atividade requerer intervenção do
professor para a avaliação (ex: questões dissertativas), o aluno só verá a marcação após sua
tarefa ser corrigida.
Se configurado para exigir uma nota de aprovação, tal nota deve ser definida dentro da
configuração da própria tarefa.
Por fim, para que a marcação de conclusão apareça ao aluno é preciso ainda:
- caso os alunos se queixem que a marcação “concluída” está demorando para ser atualizada,
é preciso entrar em contato com o administrador da hospedagem para que ele regule o serviço
“cron”. Esse processo fornece um ritmo para que a plataforma realize e verifique diversas
tarefas em intervalos pré-determinados (o professor não tem acesso a esse ajuste).
Por fim, caso deseje reaproveitar uma sala virtual já criada para uma turma nova de alunos
(por exemplo, no início de um ano novo) vá até a opção “Configurações / Reconfigurar”.
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- excluir dados de conclusão, o que limpa as marcações mostrada aos alunos quando terminam
tarefas (se essa opção tiver sido configurada inicialmente);
- excluir os papéis de estudantes, o que cancela as inscrições e retira da sala todos os alunos
antigos;
- remover itens e categorias, o que exclui atividades já criadas (cuidado: essa função, se
selecionada, irá deletar as atividades existentes);
- etc.
11
Informações úteis também podem ser encontradas em: https://moodle.org/ (Acesso em: 17 ago. 2019).
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SEMANA 12 - Seminário III Tecnologias na Educação
Objetivos
Discutir o papel da educação na relação do indivíduo com
tecnologia.
Embora hoje as crianças, desde a tênue idade já estão com celulares e tablets na mão, as
pessoas não nascem sabendo, por exemplo, a acessar a internet a com ciência dos riscos, dos
deveres e dos direitos no mundo digital. É, portanto, preciso aprender o que é tecnologia e
como fazer um bom uso dela. A tecnologia digital, não só no âmbito educacional, mas para
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diversos aspectos da vida, é um componente complexo e que evolui muito rapidamente. Nesse
sentido, qual o papel da escola na formação para a tecnologia?
Para fomentar o debate assistiremos ao vídeo intitulado “A tecnologia como aliada da
educação” realizado pela Plataforma UM BRASIL em parceria com o Laboratório de
Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (LAB FGV). Trata-se da entrevista de Lúcia
Dellagnelo, diretora-presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira.
Em certo momento da entrevista Lúcia Dellagnelo fala sobre a inserção da tecnologia dentro
dos currículos da escola:
Nós estamos num momento muito interessante no Brasil com a revisão da Base
Nacional Curricular Comum, com um Plano Nacional de Educação que diz que
se o Brasil não adotar novas tecnologias e abordagens inovadoras de
aprendizagem nós não conseguiremos atingir as metas [...] há um senso de
urgência. A Austrália quando fez a revisão de currículo nacional colocou
dentro dessa política o que eles chamaram de revolução digital. No currículo
australiano tecnologia era um tema transversal, depois da primeira revisão,
tecnologia e design de tecnologia se tornaram disciplina específica trabalhada
do primeiro ao último ano da escola. Noções de como entender a lógica por
detrás dos algoritmos para sabermos para onde estamos direcionados. Uma
nova linguagem que deveríamos ensinar na escola (DELLAGNELO, 2016).
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Tecnologias na Educação
E dessa forma chegamos ao fim do nosso curso. Com os cumprimentos de toda a equipe
envolvida, terminamos com um:
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REFERÊNCIAS Tecnologias na Educação
Referências
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spreading. 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=iF5-aDJOr6U>.
Acesso em: 23 jul. 2018.
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fundamentos. Curitiba: InterSaberes, 2013.
GAROFALO, D. O que deve ter o professor da Escola 4.0? Revista Escola Nova, v. online,
2018. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/11677/que-habilidades-deve-ter-o-
professor-da-educacao-40>. Acesso em: 16 jul. 2018.
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Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Arcos
INEP. Censo da educação superior 2016. Brasília: MEC, 2016. Disponível em: <
http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/documentos/2016/notas_sobre_o
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LIMA, Márcio Roberto de. Das máquinas de ensinar às possíveis máquinas de aprender.
Educação na Cibercultura, 2010. Disponível em:
<https://cibereducacao.wordpress.com/2010/08/31/das-maquinas-de-ensinar-as-possiveis-
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OVERBYE, T. J.; WEBER, J. D. New methods for the visualization of electric power system
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OVERBYE, T. J.; WIEGMANN, D. A.; RICH, A.M.; SUN, Y. Human factor aspects of
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Tecnologias na Educação
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CURRÍCULO DOS AUTORES
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