Lingua e literatura nos paises africanos de lingua oficial portuguesa Pires Laranjeira iingua portuguesa ialou-se ofala-se em todas as Klbgwe st sea ntee novos paises, em proporgtes diversas, Ys Le escrevendo-se menos, como se compreende. Perr = buem para compor umcorpus literdtio necessitadodequanti- dads (porque nao dizé-lo?). Muitos outros escritores partici- am na edificagdo de uma novel literature, Nos dltimos dez anos, o cénone lterdziosofeu umaremo- delagéo devido cos novos ventos histéricos. Depcis de anova classe dos escritores militantes (ou simsnicemente apoiantes do nove poder pés-colonial) ter preponderado e imposto a sua linha de intervencdo ede discursa, nesance 7.085, che- Gou a vez de novos escritores escolbersm novas vias estéti- cas, livres de ditames neo-corperativistas, recuperando so- brotudo a capacidads imagSticn, metaisrien « simbélicade Palavra, clastadas queestaram as restricdes institucioncis, ideologicas politicas. Puderem, entretanto, cbordar temas como o da guerra, néo em tom majesitico e melodraméti- co, mas alegérico # irénico, através do conto de casos quoti- dicmos, lantasticos e simbélicos, amaxgamente bem ou mal humorados. Digames que a historic politiccre a sociedade passaram Pelocrivo brechtiano da distanciagéo, expondo piedosamen- te as chagas e envolvendo-as com o sauddvel bom humor e ©atiado senso critico com que as procura descobrir ¢ curar, Em ultima instancta, longe de se alhearom dos valores ca- ros as geragGes precedentes (marcadas pela revolta, revolue ‘so, nacionalismo, patriotismo, construggo da identidade tc.), 0s novos escritores desprendem-se da obsesséo, cien- tes apenas de que a independéncia foi o passo de giganie Para o seu crescimento, Os escritores exploram livremente tematicas patristicas, politicas, castigas, cosmopolites, inti- mistas ou pés-modernistas, sem complexos nem limitagées, Este parece o sintoma evidente de que pode estar & vista o fim do, ainda traumatizante, periodo pés-colonial da litera: tura, finalmente c caminho da completa desinibicéo quanto ahernga colonial eao fascinio eurseéntrico, para definitive mente se incorporar no contexto african e assumir a sua diferenca no conspecto da literature universal.IBLOGRAFIACITADA -ANDRADE, Mid 15 9) Antalogi traps cna, 2x shox Sta Cons Discuss, 8055), Coie: Uividade Abel, FERREIRA Mone 199 Occur no pecuse acco Lisbon: lee p. 31-81, FERREIRA, Monel (60, Liters alionos de expesteprtguee. St Pals: Liza FERREIRA, ene 8 Os sincs do eto aca de lng ortagsio™ i: Tl nnasee de presses universe based Ieretuapotgsera (18 Bi 2 onsen. om 19, SS, (GOMES Aino (184°A procure de uma pot de lngua pat +i. te Cog Blas ‘16 (9. Lsbor: FundogdoGubethic,p.IS8.168, FUMOR, Benjani Able 088. Liweatr, ite pllica S80 Pods ASce [ARANIEIRA, Ps (19). A actual Marotra dos Cine" fe: Laz de Boe, 2 186 ote Aloe: rea, p. 1916 [ARANEIA, Pes om nctnla Mot lex Bois do Sn ‘at de express pruuss. Likes: Unieidade Abt UURANIERA Pi 985) A egtade icone de Ing ertazeese Pts f ‘MAHGARIDO, Aw (188, Foal abe Herts da os cicazs de gua p Lise: A Reged oa, MAT, nota 10, els ils de oratra arcane em Hngue porages, Pelee! ‘Brag: Cade da Pre, ‘MEDINA, Cri de raj (HT, Sonba mameny Alon. S80 Pl: Pops, Noro Lb, 1116 IS U8) Poi cer STL, Mavic Apoecida 485) Alcaidede cote Ivo. So Pasa An. SANTI, nis Agra 0485) Suto aroma: hit ance Sto Poul: Ate, Enis biblingratia intgra apenas una redaideexcolba de lvoe e revista geneios, chrogenes, allies, ccs tees ehstorapties, qu ae enenram no ead ‘nna bibtex do Bros on de Partial (for vez, um ou out end fel d consult ‘sum doe ples), que potsam coutiuc una opoxinopo aeslel poe quelqet Inter de agus pocugats,sbretsdo do esi supe, xo neesetiomente eurced>Ieratuca (Contes con a benevoliasa des los quanta Andee de abies do ute. 2 IN? GALAN, AM. dalli. LINGUA MAR : credo & ceonbrerter Pasta s. Rede Jani Fonaere, (age pate Pires Laranjeira Doutor em literaturas airicanas de ltagua portuguesa pela Unive dade de Coimbra, onde leciona. £ respensével pola publicapao de diversas obras, dentre as quais Antologia da poesia pré-angolona (1976), Literatura caltbanesa (1885) e Literatura africana de expressae portuguesa (1895), LINGUA € LITERATURA NOS PAlBES AFRICANOS ° Reb. Manele pe