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Espermatogênese

Os gametas masculinos são os espermatozoides, estes são formados nos túbulos seminíferos,
armazenados no epidídimo, recebem fluidos provenientes dos túbulos, vesículas seminais,
próstata e das glândulas bulbouretrais, que servem de veículo.

Anatomia do sistema reprodutor masculino

São formados por: (1) Testículos, (2) Epidídimo, (3) Canal deferente, (4) Uretra.

1. Testículos

Localizados dentro da bolsa escrotal, envolvidos pela túnica albugínea (conjuntivo denso),
que emite septos dividindo o órgão em lóbulos. É nestes lóbulos que se encontram os
túbulos seminíferos, enovelada e que confluem para a rede testicular. Da rede testicular
partem túbulos eferentes até o epidídimo e do epidídimo parte o canal deferente.

As células de Sertoli no túbulo seminífero produzem líquidos e os espermatozoides, nos túbulos


eferentes 90% desse líquido é reabsorvido. As células do epidídimo possuem estereocílios
(aumentam a superfície de contato) e são responsáveis pela nutrição e amadurecimento dos
sptz. Os sptz são transportados ativamente por fibromiócitos (ação peristáltica) que estão
localizados na parede externa do epidídimo. Na porção caudal do epidídimo os sptz são
armazenados e reabsorvidos, porção dilatada. No ducto deferente, são acrescidos de secreções
de glândulas e ejaculados pela uretra.

2. Próstata, vesícula seminal e glândulas bulbouretrais e uretrais


 Próstata: São um conjunto de glândulas situada na porção proximal da uretra e envolve
também o duto ejaculatório (porção distal do canal deferente que se abre na uretra
prostática.

Há 2 glândulas, as periuretrais e as tuboalveolares no estroma. As bulbouretrais se


abrem na uretra e uretrais são submucosas, ao longo da uretra e múltiplas. Já as
vesículas seminais se abrem na ampola do canal deferente.
As contribuições das glândulas são: nutrir e manter pH ideal para fecundação. As
uretrais secretam produto alcalino preliminar à ejaculação, já as demais contribuem
para as frações do ejaculado.

Túbulo seminífero

É a unidade de formação dos sptz, é formado por um epitélio exclusivo com célula de
sustentação ou Sertoli e da linhagem germinativa. No estroma ao redor dos túbulos se
encontram glândulas endócrinas – células de Leydig.
Há as células em estágios sucessivos espermatogênicas: espermatogônia, espermatócito I e II e
por fim o espermatozoide. Esses estágios estão de forma sucessiva e ordenadamente entre as
células de Sertoli, se apoiando nelas. Já as espermatogônia se apoiam na membrana basal. Na
fase final os sptz estão apoiados com a cabeça na célula de Sertoli e as caudas para o lúmen, são
liberadas quando formar e romper a ligação com o corpo residual. As células de Sertoli são
colunares e altas, ocupam toda a altura do epitélio do t. seminífero.
A parte basal dessas células é estreita, as faces laterais apresentam muitos processos nos quais
se acomodam os espermatócitos e as espermátides, e a parte apical, cheia de projeções, engloba
as espermátides tardias e os espermatozoides já aptos a se lançarem no lúmen do túbulo
semini ́fero. Isso forma a barreira hematotesticular, protegendo assim os espermatócitos de
danos. As espermatogô nias ocupam uma posição basal entre as células de Sertoli e a lâmina
basal.
Outra função das células de Sertoli é a nutrição e sustentação.
Linhagem espermatogênica

No final do período embrionários, a partir da 8 s.d, os testículos possuem os cordões seminíferos


– com as células germinativas primordiais - e as células de Sertoli. A célula de Sertoli secreta o
hormônio antimulleriano que é um fator de crescimento transformante, que inibe os ductos de
muller os quais são precursores do trato reprodutor feminino. O HCG, secretado pela placenta,
induz o surgimento das células de Leydig as quais irão secretar testosterona e estimular a
formação do trato reprodutor masculino. Após o parto, sem o estímulo do hCG materno as
células de Leydig degeneram-se; na fase pré-puberdade a adrenal secreta hm. Andrógenos e
isso faz com que as células germinativas primordiais citodiferenciem em espermatogônia. Já na
puberdade, a hipófise secreta LH e gera uma onda de diferenciação mesenquimal em células de
Leydig, a qual secreta testosterona que irá atuar nas espermatogônias e com isso iniciar a
espermatogênese. A espermatogênese ocorre da puberdade a morte.

A espermatogênese ocorre no epitélio do túbulo seminífero, há na base várias as células


germinativas primordiais e várias populações de espermatogônias. Há as espermatogônias do
tipo A, que são células-tronco (stem cells), através de mitoses se perpetuam até a morte do
indivíduo.

As espermatogônias do tipo B são descendentes das do tipo A, estas saem do ciclo mitótico para
entrar em meiose sobre estímulo do ácido retinóico (derivado da vitamina A). Ela irá aumentar
de tamanho e duplicar seu DNA na intérfase, tornando-se espermatócito primário. Irá entrar em
prófase I e permanecer estacionado nesse estágio e depois de algum tempo prosseguirá com a
meiose 1, produzindo 2 espermatócitos secundários. Na meiose 2 cada espermatócito
secundário originará 2 espermátide. Estas, por sua vez, se citodiferenciarão em sptz, por meio
da Espermiogênese. A espermiação é quando o resto de citoplasma é perdido e os sptz são
liberados para a luz do túbulo.
Oogênese

Elas, oogônias, surgem na vida intrauterina e se proliferam por mitose no primeiro trimestre, no
segundo trimestre duplicam o material genético na interfase, transformando-se em oócitos
primários. Entram na primeira divisão meiótica, mas são interrompidos na fase do diplóteno da
prófase devido à alta concentração de AMPc, em razão das células foliculares e do próprio
oócito. O AMPc inativa o fator de maturação que continuaria a meiose.

Depois da puberdade, em cada ciclo menstrual um oócito primário retoma a meiose, o LH faz
com que as junções gap sejam fechadas e com isso redução do AMPc e GMPc envolvidos na
inibição da meiose, ativando o fator de maturação. Com o final da primeira meiose é formado o
oócito secundário e primeiro corpúsculo polar. Em humanos geralmente ocorre uma única
ovocitação, já em animais ocorrem várias ovocitações.

O oócito secundário entra em meiose 2, mas é interrompida na metáfase, somente com a


entrada do sptz, os níveis de cálcio aumentam e induzem a conclusão da meiose; citocinese
assimétrica novamente e forma-se o 2 corpúsculo polar.

A) Folículo Primordial: Encontre uma célula germinativa pequena, envolta por uma camada
de poucas células foliculares aplanadas ou ovaladas. A célula germinativa é o Ovócito
Primário em Fase de Crescimento. O ovócito primário iniciou a fase de crescimento ainda na
vida intra-uterina, parando antes do nascimento em Prófase I, no diplóteno.

B) Folículo Primário: É quando a célula germinativa estiver envolta por uma camada mais
numerosa de células foliculares cúbicas de núcleo arredondado. Este folículo começa a surgir
após a puberdade, por ação dos hormônios, quando se inicia o ciclo sexual.

C) Folículo em crescimento: É o Ovócito Primário envolto por duas ou mais camadas de


células foliculares. Estas camadas de células foliculares constituem a Granulosa. Entre a
granulosa e o ovócito, surge a Zona Pelúcida, uma camada de glicoproteínas secretadas pelas
células foliculares. Esta camada se apresenta com uma coloração avermelhada e quanto maior
o folículo, mais espessa ela fica. A teca folicular também se organiza. Assim, os eventos que
caracterizam esta fase são:

A) aumento do numero de células foliculares (granulosa)

B) aumento do diâmetro (volume) do ovócito I

C) formação da Zona Pelúcida

D) Formação da Teca Folicular

D) Folículo de De Graaf: Este folículo é bastante grande e se caracteriza pelo aparecimento


de um espaço intercelular denominado de ANTRO, que está preenchido por líquido folicular. A
camada de células foliculares que circunda o ovócito é a corona radiata. O ovócito se torna
secundário momentos antes da ovulação. Ele é também chamado de Folículo Maduro ou
Folículo Antral. As tecas interna e externa estão bem desenvolvidas, a primeira apresentando
numerosas células e capilares, enquanto que a outra é menos celularizada e mais fibrosa. Nesta
fase da meiose ocorre a liberação do 1º. corpúsculo polar. Este folículo é um folículo pronto para
a ovulação.

F) Folículos Atrésicos: Estes folículos estão em degeneração e caracterizam-se pela presença


de fibroblastos, núcleos picnóticos e um ovócito degenerado.

G) Corpo Lúteo: Após a ovulação do ovócito secundário com a zona pelúcida e a corona
radiata, o restante do folículo, ou seja, a granulosa juntamente com a teca interna, se transforma
em células luteínicas, formando no conjunto, o Corpo Lúteo.

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