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FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA

SÍTIO CERCADO
ENGENHARIA CIVIL

ALISSON LUIZ MAIA


CHAIRON CARDOSO CAVALHEIRO
HALANA GARCIA DE O. ROMANCHUC
TIAGO MARCONDES

ANÁLISE DA NORMA NBR 9050/2015 NO HOSPITAL MUNICIPAL DE


MANDIRITUBA-PR

CURITIBA
2019
ALISSON LUIZ MAIA
CHAIRON CARDOSO CAVALHEIRO
HALANA GARCIA DE O. ROMANCHUC
TIAGO MARCONDES

ANÁLISE DA NORMA NBR 9050/2015 NO HOSPITAL MUNICIPAL DE


MANDIRITUBA-PR

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção de nota na disciplina de TCC II
do curso de Engenharia Civil da
Faculdade Educacional Araucária.

Professor: Thiago Kich Fogaça

CURITIBA
2019
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 : PERCENTUAL DA POPULAÇÃO BRASILEIRA COM ALGUM TIPO DE


DEFICIÊNCIA............................................................................................................ 22
FIGURA 2: SÍMBOS INTERNACIONAL DE ACESSO .............................................. 23
FIGURA 3: SÍMBOLO INTERNACIONAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
AUDITIVA .................................................................................................................. 24
FIGURA 4: SÍMBOLO INTERNACIONAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
VISUAL ..................................................................................................................... 24
FIGURA 5: RETÂNGULO ÁUREA ............................................................................ 26
FIGURA 6: HOMEM VITRUVIANO ........................................................................... 27
FIGURA 7: PRINCIPAIS VARIÁVEIS A SEREM UTILIZADAS EM MEDIDAS DE
ANTROPOMETRIA. .................................................................................................. 28
FIGURA 8 : LOCALIZAÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE MANDIRITUBA-PR... 33
TABELAS

TABELA 1: LEIS QUE GARANTEM ACESSIBILIDADE ......................................... 16


TABELA 2: DADOS DO MUNICIPIO DE MANDIRITUBA-PR. .................................. 20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
NBR - Normas Brasileira Regulamentadora
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
dB -Decibel
Hz - hertz
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
IDHM - Índice de desenvolvimento humano municipal
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
1.1 Problema da pesquisa ..............................................................................................................9
1.2 Objetivos ...................................................................................................................................9
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................................ 9
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................................. 9
1.3 Justificativa .............................................................................................................................10
2 PROJETO E OBRA DE PESQUISA .............................................................. 11
2.1 Acessibilidade. ........................................................................................................................11
2.2 História da acessibilidade .......................................................................................................13
2.2.1 História da Acessibilidade no Âmbito Internacional ................................................................. 13
2.2.2 História da Acessibilidade no Âmbito Nacional ........................................................................ 14
2.2.3 Histórico de Construções com Acessibilidade. ........................................................................ 15
2.3 Legislação e políticas públicas ...............................................................................................16
2.3.1 Leis que Garantem a Acessibilidade ........................................................................................ 16
2.3.2 Legislação Federal ................................................................................................................... 17
2.3.3 Legislação Estadual ................................................................................................................. 18
2.3.4 Principais Leis da Acessibilidade no Brasil .............................................................................. 18
2.3.4.1 Fundamentação e Diretrizes ...................................................................................................19

2.3.4.2 Mobilidade reduzida. ...............................................................................................................20

2.3.4.3 Acessibilidade na construção civil. .........................................................................................20

2.3.4.4 Contesto do município. ...........................................................................................................20

2.3.5 Norma Brasileira, NBR-9050/2015 ........................................................................................... 20


2.3.5.1 Critérios da Norma NBR-9050/2015. ........................................................................................ 20
2.3.6 Entidades e Programas Referentes ás pessoas com deficiência ............................................ 21
2.4 Tipos de Deficiência ................................................................................................................21
2.4.1 Deficiência Física ..................................................................................................................... 22
2.4.2 Deficiência Mental .................................................................................................................... 23
2.4.3 Deficiência Auditiva .................................................................................................................. 23
2.4.4 Deficiência Visual ..................................................................................................................... 24
2.4.5 Deficiência Múltipla .................................................................................................................. 25
2.5 Desenho Universal..................................................................................................................25
2.6 Parâmetros Antropométricos ..................................................................................................26
2.6.1 Pessoas em pé ......................................................................................................................... 29
2.6.2 Pessoas em cadeiras de rodas (PCR). .................................................................................... 29
2.6.3 Área de circulação e manobra ................................................................................................. 29
2.6.4 Área de transferência ............................................................................................................... 29
2.6.5 Área de aproximação ............................................................................................................... 30
2.6.6 Alcance manual ........................................................................................................................ 30
2.6.7 Assentos para pessoas obesas ............................................................................................... 30
2.6.8 Parâmetros visuais ................................................................................................................... 30
2.6.9 Parâmetros auditivos ................................................................................................................ 31
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 32
3.1 Fontes de dados .....................................................................................................................32
3.2 Planejamento ..........................................................................................................................33
3.3 Caracterização da área de estudo ..........................................................................................33
4 RESULTADOS ESPERADOS ....................................................................... 35
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 36
ANEXO II - NBR 9050/2015................................................................................. 39
8

1 INTRODUÇÃO

“Todos tem direito a utilização dos espaços da cidade, das


construções privadas e públicas, ao transporte, livre de qualquer obstáculo que
nos limites, com toda autonomia e segurança”(Rosa e Kruger, 2016, p.09).
Neste contexto, tem-se que o termo acessibilidade não é apenas o
direito das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida de ter acesso a um
lugar ou conjunto de lugares, e sim o direto de todos.
Na engenharia, as construções têm adquirido atualizações que
contemplam essas novas necessidades, por exemplo, as normas e critérios
que sofrem estudos e atualizações constantemente, como é o caso da NBR
9050.
Segundo a NBR 9050/2015 que teve sua ultima atualização no ano de
2015, “estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto
ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de
edificações às condições de acessibilidade”.
Com a necessidade do cumprimento da NBR 9050/2015 seus critérios
e parâmetros técnicos, aumenta-se a importância de sua verificação em
projetos e construções existentes, tendo em vista que se trata de um direito dos
usuários.
Para a comissão de Acessibilidade do CREA-PR,

“Considera-se PcD – Pessoa com Deficiência, aquela que apresenta,


em caráter permanente ou provisório, perdas ou anomalias de sua
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que geram
incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do padrão
considerado normal para o ser humano.”

Além disso, o código de ética da engenharia cita em seu Artigo 6º que


o objetivo da profissão é o bem-estar e o desenvolvimento do homem, o tema
acessibilidade tem papel fundamental para o cumprimento da ética dentro da
engenharia.
9

A partir da problemática apresentada, selecionou-se o Hospital


Municipal De Mandirituba-PR como área de estudo para desenvolvimento
desta pesquisa.

1.1 Problema da pesquisa

Para atender a necessidade de pesquisa, está busca responder o


seguinte problema de pesquisa: O HOSPITAL MUNICIPAL DE MANDIRITUBA-
PR possui estrutura adequada para acessibilidade segundo as Leis e norma
NBR-9050/2015?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar de modo geral se o Hospital Municipal de Mandirituba-PR


atende os parâmetros de acessibilidade das Leis e normas.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do trabalho são:


a) Efetuar pesquisa bibliográfica de acessibilidade NBR-9050/2015;
b) Efetuar coleta de dados em in loco, com registros fotográficos e
questionário;
c) Com base nos levantamentos realizados propor sugestões para
adequação de problemas encontrados quanto a acessibilidade, de
acordo com NBR-9050/2015.
10

1.3 Justificativa

O presente projeto de pesquisa tem por motivação melhorar a


qualidade de vida dos portadores de algum tipo de deficiência física, e
consequentemente diminuir a desigualdade social no que desrespeito a
acessibilidade, edifícios que foram construídos antes da atualização da norma
NBR 9050/2015, certamente precisarão de adequações.
Através da NBR 9050/2015 a padronização de medidas para acesso de
cadeiras de roda, possibilita que cada objeto que compõem um banheiro e
barras de apoio estejam em lugares corretos facilitando assim seu uso.
A padronização dos objetos facilita também os deficientes visuais que
pode, decorar aonde estão cada obstáculo e assim evitar acidentes e facilitar o
uso.
11

2 PROJETO E OBRA DE PESQUISA

2.1 Acessibilidade.

O QUE É ACESSIBILIDADE.

O conceito de acessibilidade já vem sendo discutido desde o século


passado, em 1826 surgiu o primeiro registro de abordagens relacionado a
acessibilidade, em “Der isolierteStaat” THUNEN (1826). 80 anos depois
surgiram dois novos trabalhos, a partir disso, o tema tem sido abordado em
vários campos, desde parâmetros urbanísticos, até parâmetros químicos RAIA
JR(2000).
Encontramos várias definições para o conceito de acessibilidade,
segundo COELHO (2012), “é possível definir acessibilidade de forma simples e
direta, como sendo a facilidade de chegar ao destino desejado”. Acessibilidade
consiste no acesso atingíveis para pessoas com algum tipo de deficiência no
intuito de igualdade, segurança, autonomia e inclusão social. Segundo Aguiar
(2009) “Acessibilidade está associada a oportunidade disponibilizada pelo
espaço urbano”. A garantia de que todo indivíduo possa ter acesso sem
restrição a todo tipo de local ou edificações. Ou seja, um conjunto de normas
que garantem a partir de leis o direito de ir e vir de qualquer indivíduo,
indiferente de sua restrição física, (LOCH 2000).
Segundo a Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000, define acessibilidade
como sendo:
“A possibilidade e condição de alcance para utilização, com
segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos
urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de
comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida. Lei 10.098, 19 de Dezembro de 2000.”

Desde os primórdios da humanidade, as diferenças físicas eram fatores


de separação entre os seres humanos, diferença entre homens e mulheres,
diferenças de idade, entre crianças, adultos e idosos, por exemplo. Com a
avanço da idade as restrições começam a aparecer, restrições físicas,
12

sensorial e cognitiva, como consequência dessa diferença começou então a


surgir a desigualdade das pessoas com deficiência, causando a exclusão como
forma de preconceito, desvalorização e discriminação dos portadores de
alguma necessidade especial, (MAIOR,2014).
Segundo Diniz (2009), “Os estudos sobre deficiência foram os que mais
tardiamente surgiram no campo das ciências sociais e humanas”.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE, 2010)
cerca de 23% da população brasileira tem algum tipo de deficiência motora,
mental ou sensorial, são mais de 45 milhões de brasileiros que enfrentam as
dificuldades em ter uma restrição física, sensorial ou cognitiva.
A Organização Mundial da Saúde (ONU,1993), considera uma
deficiência sendo a causa de uma doença ou acidente, ou seja, deficiência não
é uma doença, mas sim uma causa, ou acidente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE, 2010),
hoje no Brasil temos de 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos, isso
representa cerca de 13,5% da população atual no país, com o aumento da
idade, começam a surgir alterações na capacidade psicológicas e físicas,

“Essas alterações observadas na velhice afetam a vida do idoso,


principalmente nos aspectos cognitivos, psicológicos, físicos, sociais
e espirituais. Em específico, nessa fase do envelhecimento, observa-
se maior comprometimento dos processos fisiológicos e das funções
como atenção, memória, raciocínio, percepção e aprendizagem, além
das alterações funcionais psicomotoras que envolvem o
desempenho, o tempo de reação e o tempo de
movimento (Mota, et al., 2008; Rossato, et al., 2011)”

A partir dos dados a cima apresentados, se faz necessário uma postura


mais rígida com relação a âmbito de edificações públicas, a adequação de
forma correta evita transtornos e acidentes para pessoas com qualquer forma
de necessidade especial, seja ela sensorial, motora ou mental.
13

2.2 História da acessibilidade

Conforme Otto Marques da Silva (2009) quando escreveu que


“Anomalias físicas ou intelectuais, deformações congênitas, amputações
traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, sejam elas de
natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a própria
Humanidade”, dito isso as deficiências e doenças sempre estão presente na
sociedade, manifestando-se em certos indivíduos e dificultando a sua
sobrevivência.
Por tanto Maria Aparecida Gugel (2007, p. 1) que “não se têm indícios
de como os primeiros grupos de humanos na Terra se comportavam em
relação às pessoas com deficiência. Tudo indica que essas pessoas não
sobreviviam ao ambiente hostil da Terra”.
Há aproximadamente 10 mil anos, o homem se viu na necessidade da
vida em grupo, para maior adequação a sua sobrevivência, já na Era Neolítica
(Nova Idade da Pedra), que substituiu a Era Paleolítica (Antiga Idade da Pedra)
assim e afirma (WELLS,2011,p.54) “um novo tipo de vida surgiu na Europa, os
homens aprenderam não apenas a lascar, mas também a polir e amolar
ferramentas de pedra, e começaram a cultivar”.
Mesmo com a evolução da humanidade, era impossível que uma
pessoa com algum tipo de deficiência pode-se sobreviver , sendo uma pratica
comum de certas tribos se desfazerem dos “deficientes”pois traziam atraso e
risco para o grupo.
Nessa época a pratica de permanecer em um lugar, plantando e
colhendo não era conhecida ainda, por entanto as pessoas deveriam se
deslocar de um lugar para outro assim o abandono era inevitável.

2.2.1 História da Acessibilidade no Âmbito Internacional

A afirmação de que “Todo ser humano tem direito à liberdade de


locomoção”,inserida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da
Organização das Nações Unidas (ONU, 1948), inspirou o combate às barreiras
arquitetônicas (Sassaki, 2009, p. 01).
14

Na década de 50 surgiu à fase da integração, “Profissionais de


reabilitação denunciam a existência de barreiras físicas nos espaços urbanos,
edifícios e meios de transporte coletivo que impediam ou dificultavam a
locomoção de pessoas com deficiência”.(Sassaki, 2009, p. 09).
Na década de 60, as Universidades deram inicio a adequação de seus
espaços, “Universidades americanas iniciaram a eliminação das barreiras
arquitetônicas existentes em seus recintos: áreas externas, estacionamentos,
salas de aula, laboratórios, bibliotecas, lanchonetes etc”. (Sassaki, 2009, p. 09).
Nos Estados Unidos próximo ao ano de 1973, ouviu-se as primeiras
discussões sobre o tema acessibilidade, com a criação da Lei de Reabilitação,
que determinava a adequação dos ambientes, tornando-os menos restritivos no
emprego e no ensino superior financiado pelo estado federal,em seguida o
tema expandiu com a Lei “Education for AllHandicappedChildrenAct”, criada
em 1975onde a mesma impunha à integração de crianças e jovens com
deficiência na escola.
No ano de 1981, considerado ano internacional das pessoas
deficientes, teve inicio as campanhas para adequações das barreiras
arquitetônicas. (Sassaki, 2009, p. 09).
Na década de 90, houve o surgimento do conceito de desenho
universal, inclusão e da diversidade humana, ampliando os conceitos de
acessibilidade. “Tais medidas devem desenvolver padrões e diretrizes e
considerar a promulgação de leis para garantir a acessibilidade a várias áreas
da sociedade, tais como moradia, edifícios, serviços de transportes públicos e
outros meios de transporte, ruas e outros ambientes externos.” (ONU, 1993, p.
08).

2.2.2 História da Acessibilidade no Âmbito Nacional

No Brasil, as discussões sobre acessibilidade são recentes, sendo


tratado apenas sobre edifícios e logradouros na Emenda Constitucional nº 12
do ano de 1978.
Essa discussão começou na década de 80 quando o Brasil abriu suas
portas para reflexões acerca da acessibilidade a partir de movimentos sociais
organizados por grupos de pessoas com deficiência. O caminho das ideias
15

passou a ser o da ação em 1988 quando, na esfera do Governo Federal, a


Constituição acolheu dispositivos de acessibilidade nas edificações e nos
transportes. (ORNSTEIN, PRADO, LOPES, 2010).
Em 1994 temos a conclusão da NBR 9050 pela ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, regulamentando as normas de acessibilidade.
No ano de 2000, criam-se as leis federais 10.048 que dá prioridade de
atendimento às pessoas com necessidades, e 10.098, que estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências, regulamentadas com o Decreto nº 5.296 no ano de 2004.

2.2.3 Histórico de Construções com Acessibilidade.

No ano de 2013 a prefeitura municipal de Curitiba, pede a Câmera


Municipal um credito equivalente a R$:7.727.873,51, para alterações em
pontos turísticos e para reforma de equipamentos urbanos em praça, e a
construção de um centro de atendimento ao turista, localizado no Jardim
Botânico, (CESAR BRUSTOLIN/SMCS, 2013).
As obras que foram escolhidas pelo Ministério do turismo para
reformas visando a acessibilidade dos usuários.
Obra de acessibilidade em banheiros públicos, incluindo reformas, nas
praças Osório, Rui Barbosa, Passeio Público, Terminal Guadalupe, Arcadas do
pelourinho e na Praça João Cândido. Valor R$: 1.128.000,00
Praça Carlos Gomes a construção de banheiros acessíveis,banheiro
família, fraldário, espaço para descanso, salas de café/confeitaria, sala de
leitura e administração, que servira de apoio para o turista com deficiência,
idosos e população em geral no entorno da praça. Valor R$1.190.000,00
Melhorias de acessibilidade no entorno das estações-tubo, próximo aos
seguintes pontos turísticos: Praça Tiradentes, Rua 24 Horas, Teatro Paiol,
Jardim Botânico, Museu Ferroviário, Praça do Japão, Terminal da Rodo
ferroviária e do Santa Cândida, com implantação de elevadores para acesso às
estações-tubo;
16

Melhoria das calçadas, rampas e protetores para pedestres, visando


facilitar o acesso de turistas e promovendo a inclusão das pessoas com
deficiência e idosos, mediante interação com o patrimônio turístico. Valor
R$:1.597.000,00
A construção da Central de Atendimento ao Turista (CAT) no Jardim
Botânico, para o evento da Copa do Mundo FIFA-2014. Valor R$ 650.000,00
Na região do Batel e Praça da Espanha foi programada a revitalização
de acessibilidade. Valor de R$: 3.162.873,51

2.3 Legislação e políticas públicas

2.3.1 Leis que Garantem a Acessibilidade

Tabela 1: Leis que garantem acessibilidade

Determinação escrita emanada do chefe do estado ou de


Decreto outra autoridade superior.

Decreto que o chefe do poder executivo expede, com força


Decreto-Lei de lei, por estar observando, anormalmente, as funções próprias do
legislativo, eventualmente supresso.
Regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada
Lei obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o
desenvolvimento. Obrigação imposta pela consciência e pela
sociedade. Condição imposta pelas coisas, pelas circunstâncias
Aquilo que se estabelece como base ou medida para a
Norma realização ou avaliação de algo(....) em tudo que admite um juízo de
valor. Princípios, preceitos, modelo, padrão.
Documento de ato administrativo de qualquer autoridade
pública, que contém instruções acerca de aplicação de leis ou
Portaria regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de
execução de serviço, punições, ou qualquer outra determinação de
sua competência.

Fonte: Legislação UFSC (Adaptado), 2019


17

2.3.2 Legislação Federal

Constituição da República Federativa do Brasil - 05/10/1988.

 Decreto 5.296 – 02/12/2004 - Regulamenta as Leis 10.048, de


8/11/2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica,
e 10.098, de 19/12/2000, que estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
 Lei 7.405 – 12/11/1985 - Torna obrigatória a colocação do “Símbolo
Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam
sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras
providências.
 Lei 7853 – 24/10/1989 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para
a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corte, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas,
disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras
providências.
 Lei 8.899 – 29/07/1994 - Concede passe livre às pessoas portadoras de
deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.
 Lei 10.098 – 19/12/2000 - Estabelece as normas gerais e critérios
básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
 Lei 1.048 – 8/12/2000 - Dá prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e dá outras providências.
 Decreto 3.298 – 20/12/1999 - Regulamenta a Lei 7.853, de 24/10/1989,
dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá providências.
 Decreto 3.691, DE 19/12/2000 - Regulamenta a Lei 8.899, de
29/07/1994, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de
deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.
18

 Decreto 3.956 – 8/10/2001 - Promulga a Convenção Interamericana


para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Pessoas Portadoras de Deficiência.
 Portaria 3.284 – 07/11/2003 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade
de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de
autorização e de reconhecimento de cursos e de credenciamento de
instituições.
 Lei 13.146 – 06/07/2015 - Estatuto da pessoa com deficiência.

2.3.3 Legislação Estadual

 Lei Nº 13.126 - 10/04/2001 - “Cria o programa de remoção de barreiras


arquitetônicas ao portador de deficiência: Cidade para todos”, através da
Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, com participação da
iniciativa privada que receberá incentivos fiscais para tanto.
 Lei 15.119 – 16/05/2006 - Institui o “Programa de compromisso das
empresas e órgãos públicos do Governo do Paraná com as condições
de acessibilidade em calçadas e vias públicas”.
 Lei 15.449 – 30/01/2007 - Altera o item C do art. 3º da Lei 15.119/2006
(Padrões de acesso às calçadas e vias públicas).

2.3.4 Principais Leis da Acessibilidade no Brasil

Conforme descrito no caderno técnico da agenda parlamentar


ACESSIBILIDADE, elaborado pelos Eng. Civil. Célia Neto Pereira da RosaEng.
Civil. Joel Krüger, (2016) é possível verificar as principais diretrizes de
acessibilidade no Brasil, conforme descrito abaixo.
19

2.3.4.1 Fundamentação e Diretrizes

 NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos;
 NBR 9284:1986 - Equipamento urbano – classificação;
 NBR 13994:2000 - Elevadores de passageiros para pessoa com
deficiência;
 NBR 14020:1997 - Acessibilidade no trem de longo percurso;
 NBR 14021:1997 - Acessibilidade no sistema de trem urbano ou
metropolitano;
 NBR 14022:1997 - Acessibilidade em veículos de características
urbanas para o transporte coletivo de passageiros;
 NBR 14273:1999 - Acessibilidade no transporte aéreo comercial;
 NBR 14970-1:2003 - Acessibilidade em veículos automotores –
requisitos de dirigibilidade;
 NBR 14970-2:2003 - Acessibilidade em veículos automotores –
diretrizes para avaliação clínica de condutor;
 NBR 14970-3:2003 - Acessibilidade em veículos automotores –
diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade
reduzida em veículo automotor apropriado;
 NBR 15250:2005 - Acessibilidade em caixa de auto-atendimento
bancário;
 NBR 15290:2005 - Acessibilidade em comunicação na televisão;
 NBR 15320:2005 - Acessibilidade à pessoa com deficiência no
transporte rodoviário;
 NBR 15450:2006 - Acessibilidade de passageiro no sistema de
transporte aquaviário;
 NBR 9077:2001 - Saídas de emergências em edifícios – procedimentos;
 NBR 10898:1 - Sistema de iluminação de emergência;
 ISO/DIS 9386-1 - Plataforma elevatória com acionamento mecânico
para pessoas com mobilidade prejudicada – normas de segurança,
dimensões e funcionamento;
20

 NBR 15655-1 - Plataforma elevatória motorizada para pessoas com


mobilidade reduzida.
2.3.4.2 Mobilidade reduzida.
2.3.4.3 Acessibilidade na construção civil.

2.3.4.4 Contesto do município.

Tabela 2: Dados do Municipio de Mandirituba-PR.

AREA TERRITORIAL 379,179 km²


População estimada 26.869 pessoas
Densidade demográfica 58,60 hab/km²
Escolarização 6 a 14 anos 94,7 %
IDHM 0,655
Mortalidade infantil 14,96 óbitos por mil nascidos vivos
Receitas realizadas 68.008,57966 R$ (×1000)
Despesas empenhadas 60.168,27808 R$ (×1000)
PIB per capita 21.729,50 R$
Fonte: IBGE 2019.

2.3.5 Norma Brasileira, NBR-9050/2015

A norma NBR 9050/2015, inicialmente elaborada no ano de 2004, com


sua última atualização em 2015, estabelece critérios de normatização das leis e
decretos no intuito de garantir o acesso a pessoas portadoras de alguma
necessidade especial, aos espaços públicos, áreas de circulação em
ambientes adaptados da edificação, espaço e equipamentos urbanos e
especificação de parâmetros mobiliário.
Esta norma visa garantir o acesso de maneira autônoma e segura, a
todos os tipos de pessoas, indiferente da estatura, idade ou limitação de
mobilidade, as edificações.

2.3.5.1 Critérios da Norma NBR-9050/2015.


21

A norma de acessibilidade estabelece critérios a serem seguidos na


elaboração do projeto e na execução do mesmo. Serão citados somente
critérios a serem analisados na pesquisa.

 Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé;


 Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento;
 Posicionamento de cadeira de rodas em espaços confinados;
 Rampas;
 Corrimão e guarda-corpo;
 Portas;
 Janelas;
 Localização de espaços para P.C.R. e assentos para P.M.R. e
P.O;
 Sinalização

2.3.6 Entidades e Programas Referentes ás pessoas com deficiência

2.4 Tipos de Deficiência

De acordo com os dados do censo demográfico de 2010 do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, cerca de 23,90% da população
residente no país possui alguma deficiência.
Tendo visto os dados apresentados abaixo na Figura 1, faz-se
necessário compreender melhor os tipos de deficiências, para tornarmos os
locais mais acessíveis, melhorando assim a autonomia e a qualidade de vida
dos usuários.
Segundo o Decreto Nº 5.296 de 2 de Dezembro de 2004 Artigo
5º, caracteriza-se portador de deficiência aqueles que se enquadram em
uma das situações a seguir:
22

Figura 1 : Percentual da População Brasileira com algum tipo de deficiência

Fonte: IBGE Censo Demográfico 20/10/2010.

2.4.1 Deficiência Física

De acordo com o IBGE, considera se deficiência física uma alteração


completa ou parcial de uma fração do corpo humano, que poça comprometer
suas funções físicas elas podem ser consideradas;

 Paraplegia;
 Paraparesia;
 Monoplegia;
 Monoparesia;
 Tetraplegia;
 Tetraparesia;
 Triplegia;
 Triparesia;
 Hemiplegia;
 Hemiparesia;
23

 Ostomia;
 Amputação ou ausência de membro;
 Paralisia cerebral;
 Nanismo;
 Membros com deformidade congênita ou adquirida.
Figura 2: Símbos internacional de acesso

Fonte: ABNT NBR 9050;2015

2.4.2 Deficiência Mental

Pessoa com o funcionamento intelectual a baixo da media, que ate os


dezoito anos apresentam limitações a área de habilidades adaptativas tais
como:
 Comunicação;
 Cuidado pessoal;
 Habilidades sociais;
 Utilização dos recursos da comunidade;
 Saúde e segurança;
 Habilidades acadêmicas;
 Lazer;
 Trabalho.

2.4.3 Deficiência Auditiva


24

Perda congênita ou adquirida do sentido, igual ou superior a 41 (dB),


aferido audiograma em frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
Na são demarcados pelos símbolos da figura 3.

Figura 3: Símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva

Fonte: ABNT NBR 9050;2015

2.4.4 Deficiência Visual

Deficiência visual ou cegueira, é considerada quando acuidade visual é


igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a
baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho,
com a melhor correção óptica, o símbolos internacionais de pessoas com
deficiência visual estão dispostos na figura 4.

Figura 4: Símbolo Internacional de pessoas com deficiência visual

Fonte: ABNT NBR 9050;2015


25

2.4.5 Deficiência Múltipla

“Deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências”

2.5 Desenho Universal

O conceito de desenho universal, trás em seu conceito a junção de toda


a diversidade humana. Ele teve inicio na Suécia em 1961 com uma convenção
entre países com Japão, EUA e nações europeias, o tema era para redefinir o
termo “homem patrão” que na maioria das vezes não é o “homem real”. Após a
primeira reunião em 1963, em Washington, nascesse a “Barrier Free Design”,
que tem como objetivo, projetar equipamentos e adequar áreas urbanas para
pessoas com deficiências ou com mobilidade reduzida.
No Brasil somente em 1980 teve um debate sobre o tema, depois de um
ano foi declarado o Ano Internacional de Atenção as Pessoas com Deficiência,
com esse ato o Desenho Universal ganhou mais força. A primeira norma
brasileira foi criada em 1985,“Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços
e equipamentos urbanos à pessoa portadora de deficiência”, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, ABNT, 1985. Passando mais
três mudança no decorrer do tempo a primeira revisão foi em 1994 a segunda
em 2004 e a ultima que esta vigente foi alterada em 2015.
O conceito de Desenho Universal , é criar produtos que são acessíveis
para todas as pessoas, independente da sua característica fica ou idade, assim
a idéia é criar espaços e produtos que sejam acessíveis a todas as pessoas
não apenas as com deficiência ou mobilidade reduzida, fazendo assim a
integração de todas as pessoas.
Com base no Desenho Universal existe o formato de alguns produtos,
por exemplo, o frasco do shampoo tem a tampa para cima, já o do condicionar
a tampa é para baixa possibilitando as pessoas com deficiência visual a
compreendem apenas no segurar o frasco o que é cada produto.
26

2.6 Parâmetros Antropométricos

A antropométrica iniciou-se com as viagens de Maco Polo entre 1273 e


1295 (Bauer, 2008, p.11), nessas viagens verificou-se a existência de
diferentes dimensões do corpo humano.
A Seção Áurea descrita na figura 5, criada por Euclides, 300 a.C,
estabeleceu a necessidade de pelo menos 3 retas para determinar uma
proporção, sendo a 3º reta à soma das outras duas e sobre o corpo humano,
as relações entre as distâncias do umbigo até a sola do pé, do umbigo até o
ponto mais alto da cabeça e a altura total.

Figura 5: Retângulo Áurea

Fonte: Mega curioso


No século 1 a.C, o cumprimento do pé é 1/6 de altura do corpo; o
antebraço, 1/4 , e a altura do peito é também 1/4" ( Vitrúvio mencionado por
Bauer, 2008, p. 11) , demonstrando estudos das proporções do corpo. Durante
a renascença, Leonardo da Vinci criou seu desenho da figura humana,
baseado no estudo de Vitúvio conforme figura 6.
27

Figura 6: Homem vitruviano

Fonte: https://www.significados.com.br/homem-vitruviano

No século 18, inaugurou-se a ciência denominada antropometria racial,


que demonstrou a existência de diferenças nas proporções do corpo humano
de raças diversas de mostradas na figura 7.
28

Figura 7: Principais variáveis a serem utilizadas em medidas de antropometria.

Fonte: Ergonomia projeto e produto - Iida 2005

No século 19, o matemático Quetlet, considerado pioneiro neste


campo, conduziu a primeira pesquisa, de larga escala, das dimensões do corpo
humano, intitulado “Antropometrie”.
No século 20, Le Corbusier reviveu o interesse nas normas vitruvianas
e criou a modulação que se enquadra nos princípios modernos do módulo-
função, ou seja, parte da idéia de que o homem realiza uma ou mais atividades
em uma quantidade de espaço.
A aplicação dos métodos científicos de medidas físicas nos seres
humanos, buscando determinar as diferenças entre indivíduos e grupos sociais,
com a finalidade de se obter informações utilizadas nos projetos de arquitetura,
urbanismo, desenho industriais, comunicação visual e de engenharia, e, de um
modo geral, para melhor adequar esses produtos a seus usuários, denomina-
se antropométrica. (Bauer, 2008, p. 27)
(Hrdlcka citado por Bauer, 2008, p. 27) Demonstra os objetivos de
antropométrica:
 Assegurar medições precisas do corpo humano, de forma a
descrever realisticamente as características do grupo, raça ou
individuo para que se esta projetando um determinado produto;
29

 Publicar os dados obtidos de forma que os mesmos possam ser


pronta e seguramente utilizados para comparações
antropológicas.
Para determinar os parâmetros de deferência, a NBR 9050 atualizada
no ano de 2015, trata em seu item 4 os parâmetros antropométricos.

2.6.1 Pessoas em pé

Neste parâmetro é aborda a dimensão que ocupapessoas em pé, seja


ela com uma bengala, duas bengalas, andador com rodas, andador rígido,
muletas, muleta tipo canadense, apoio de tripé, sem órtese, bengala longa e
cão-guia. (NBR 9050, 2015, p.7).

2.6.2 Pessoas em cadeiras de rodas (PCR).

Neste parâmetro é abordada a dimensão que ocupa pessoas com


cadeiras de rodas, motorizadas ou não, sendo o módulo de referencia a
projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso.(NBR 9050, 2015, p.8).

2.6.3 Área de circulação e manobra

Neste parâmetro é abordada as dimensões para deslocamento de


pessoas com cadeiras de roda, cadeira de roda com acompanhante, duas
cadeiras de rodas paralelas.
Também aponta a dimensão para transposição de obstáculos por
cadeirante, dimensões para mobiliários que estejam na rota de circulação,
manobras de cadeiras de rodas e proteção para quedas em rotas acessíveis.
(NBR 9050, 2015, p.9 a 14).

2.6.4 Área de transferência


30

Neste parâmetro são abordadas as dimensões para transferência, que


devem seguir as dimensões mínimas apontadas nos itens anteriores da norma.
(NBR 9050, 2015, p.14 e 15).

2.6.5 Área de aproximação

Neste parâmetro é abordado o posicionamento frontal e lateral em


relação ao objeto, avançado sob este entre 0,25 m e 0,50 m em função da
atividade a ser desenvolvida. (NBR 9050, 2015, p. 15).

2.6.6 Alcance manual

Neste parâmetro são abordadas as dimensões para alcance manual


frontal de pessoa em pé, alcance manual frontal de pessoa sentada, alcance
manual frontal com superfície de trabalho de pessoa em cadeira de rodas,
alcance manual lateral sem deslocamento do tronco de pessoas em cadeira de
rodas, alcance manual lateral e frontal com deslocamento do tronco de
pessoas em cadeira de rodas.
Também aborda medidas para superfícies de trabalho, empunhaduras,
maçanetas, barras antipânico, puxadores, controles e dispositivos para
travamento de portas. Neste parâmetro são abordadas as dimensões para
transferência, que devem seguir as dimensões mínimas apontadas nos itens
anteriores da norma. (NBR 9050, 2015, p.15 a 24).

2.6.7 Assentos para pessoas obesas

Neste parâmetro são abordadas as dimensões, ângulo de inclinação,


ângulo entre o assento e encosto e capacidade de carga dos assentos para
pessoas obesas.(NBR 9050, 2015, p.24).

2.6.8 Parâmetros visuais


31

Neste parâmetro são abordados os ângulos de visão e distancias de


aplicação para pessoas em pé, pessoas sentadas e pessoas em cadeiras de
roda.(NBR 9050, 2015, p.25 a 29).

2.6.9 Parâmetros auditivos

Neste parâmetro é abordada a melhor frequência para o humano e


qual causam desconforto.(NBR 9050, 2015, p.29).
32

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada, quantitativa e


descritiva. “A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo
positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos
padronizados e neutros” (Fonseca, 2002, p. 20).
As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das
características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2002, p. 42).
Os instrumentos de coleta de dados serão pesquisa bibliográfica,
documental e trabalho de campo. A base documental deste estudo consiste em
análise de projeto arquitetônico, leis e normatizações vigentes no país.
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além
da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a
pessoas, como recurso de diferentes tipos de pesquisa (ex-post-facto,
pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.) (FONSECA, 2002, p. 32), visita in
loco com registros fotográficos.
Além disso, a partir dos objetivos da pesquisa também se caracteriza
como estudo de caso. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento,
tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já
considerados.(GIL, 2002, p. 54).

3.1 Fontes de dados


33

3.2 Planejamento

O planejamento é fundamental para que se possa minimizar


imprevistos, assim diminuir erros durante analise e execução de um
determinado projeto. Todo planejamento possui uma janela de tempo,
podendo ser de um dia, semanas, meses, anos ou décadas. Assim serão
elaborados e verificados os itens citados:

 Definição de escopo;
 Análise dos Critérios das Leis e Normas;
 CheckList das conformidades e inconformidades;
 Relatório fotográfico;
 Pesquisa sobre opinião da população, através de questionários;
 Apresentação de resultados.

3.3 Caracterização da área de estudo

O estudo será elaborado em uma edificações públicas, hospital


municipal de Mandirituba- Pr, localizada na Praça Bom Jesus, 23 - Centro,
Mandirituba- PR, 83800-000.
Figura 8 : Localização do Hospital municipal de Mandirituba-Pr

Fonte: Google Maps 30/09/2019 as 11horas e15 minutos.


34
35

4 RESULTADOS ESPERADOS

Levando em conta a atual fragilidade do cenário na sociedade e


principalmente o objeto de estudo que se trata de uma edificação publica, a
pesquisa procura enfatizar a importância da adequação das obras executadas
anteriormente a atualização da NBR 9050/2015, vez que possibilitará o acesso
de todos que necessitam, tornando o dia-a-dia dos usuários menos difíceis e
concedendo o direito de ir e vir.
36

REFERÊNCIAS

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Técnicos da agenda Parlamentar, Acessibilidade.Curitiba-PR, 2016.

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and Methodologies, Version 1.0 – Part 1,
2007.Disponívelem:https://buildinginformationmanagement.files.wordpress.com
/2011/06/nbimsv1_p1.pdf .Acesso em: 24 março 2019.
37

Comissão de acessibilidade do CREA-SC – ACESSIBILIDADE Cartilha de


orientação .Disponível em: <http://www.crea-
sc.org.br/portal/arquivosSGC/cartilha-acessibilidade-final-
2017_FINAL_WEB.pdf>. Acesso em: 25 março 2019.

implementação do decreto 5.296/04, 4º edição ano de 2017.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.


Apostila;

GIL, A. C. - Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002;

CÓDIGO DE ÉTICA DO PROFICIONAL DA ENGENHARIA, DA AGRONOMIA,


DA GEOGRAFIA E DA METEROLOGIA. Disponível em: <https://www.crea-
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39

ANEXO II - NBR 9050/2015

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