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GRANDE DO SUL
TESTAMENTO VITAL
Ijuí (RS)
2014
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TESTAMENTO VITAL
Ijuí (RS)
2014
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The life is considered as the basic right more precious than a human
being can intend to fight and to be tutored person for the State. However, the
manifestation of the life deserves to be carried through with dignity. The dignity
of the person human being, as bigger bedding, must be preserved and be
respected, also at the moment of the death. The dignity human being is printed
in the right to reveal on the proper autonomy of each individual, in special, for
the form that this opts so that its death can occur. The autonomy of the freedom
human being is the recognition of its proper condition as human being and that
it must prevail in a democratic and plural society, with respect to the individual
decisions, since that interests or rights of third parties are not affected with the
chosen decision.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 07
CONCLUSÃO.................. .............................................................................................. 50
REFERÊNCIAS...................... ....................................................................................... 52
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INTRODUÇÃO
1. TESTAMENTO VITAL
1.1. Conceito
Não há uma resposta certa para essas perguntas que dependem dos valores
morais e espirituais de cada pessoa e do momento de vida anterior a um
evento dramático que aleatoriamente atinja a saúde. Mas para que as
orientações de cada pessoa seja cumpridas, é importante que seus desejos
sejam transmitidos, ainda em vida,para um familiar ou um amigos próximo –
antes que qualquer eventualidade possa ocorrer. Para isto é necessário ter um
documento escrito previamente discutido entre o paciente e seu médico,
redigido com clareza, enquanto a pessoa esteja lúcida em plena capacidade de
manifestar seus desejos.
Essa opção foi experimentada, inclusive, pelo então Papa João Paulo II,
o qual, no final de sua vida, optou pelo recolhimento aos aposentados papais
ao invés de um tratamento que, talvez, pudesse manter o seu estado de vida
sem um nível adequado de qualidade ou dignidade.
1.2. Características
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1.3. Requisitos
a prática dos atos da vida civil. O Código Civil de 2002 optou por definir quem
são os incapazes em seus artigos 3º e 4º. Desta forma entende-se por capaz
todos aqueles que já atingiram a maioridade, nos moldes do art. 5º, CC/02
excluídos os que se encontrarem nas situações descritas nos arts. 3º e 4º do
CC/02. Exclui-se também a possibilidade prevista pelo art. 1860, parágrafo
único do CC/02 que prevê a possibilidade dos maiores de 16 anos testarem,
atribuindo-se somente aos indivíduos que já tenham atingido a maioridade civil
a capacidade para deixarem um testamento vital, pois não se trata aqui da
disposição patrimonial, e visa resguardar a vida e a integridade física do menor.
(BRASIL, 2002, p.13; 209)
Não há lei especifica que regule o testamento vital. Ele passou a ser
reconhecido graças à Resolução 1.995/2012 do CFM, que se fundamente na
autonomia da vontade do pacientem um dos pilares da Medicina, bem como na
dignidade humana prevista na Constituição. O artigo 41 do Código de Ética
Médica sinaliza de maneira clara que a vontade expressa por meio do
testamento vital dever ser respeitada, segundo dispõe em se § 1º:
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou
de seu representante legal.
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve
o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem
empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou
obstinadas, levando sempre em consideração a vontade
expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu
representante legal.
Para que o testamento vital seja válido é necessário que ele seja
digitado, impresso e assinado pelo testador sem quaisquer rasuras. Entretanto,
para evitar qualquer contestação jurídica, o ideal é que o testamento vital
cumpra os requisitos para os demais testamentos informais, conforme exige o
artigo 1.876 do Código Civil, sendo assinado pelo interessado e por três
testemunhas, ou registrado em cartório.
1.4. Histórico
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O que se defende aqui é que o direito a uma morte digna, também foi
protegido pela Constituição Federal. Quando se defende o direito à morte digna
não quer dizer que o indivíduo possa extirpar seu direito fundamental precípuo,
necessário para a efetivação dos demais, mas sim que tendo em vista um ideal
de qualidade de vida e a não intervenção de terceiros nem do Estado na vida
do indivíduo, que este possa negar-se a submeter-se a tratamentos que
apenas prolonguem uma vida sem dignidade, onde haveria quantidade ao
invés de qualidade. Diniz (2006, p.381) ao tratar do direito à morte digna
assevera que:
A dignidade da pessoa humana é o valor fonte legitimador de
todo ordenamento jurídico. A consciência jurídica atual, diante da
indiferença de um mundo tecnicista e insensível, precisa ficar
atenta à maior de todas as conquistas: o respeito absoluto e
irrestrito pela dignidade humana, que passa a ser um
compromisso inafastável e um dos desafios para o século XXI.
ou, melhor dizendo, para os resultados que podem ser tornar inesperados,
como assim aponta GARCIA (2004, p. 24):
A chamada “aventura da razão”, que acompanha o ser humano
desdesempre, percebe-se, portanto, que pode apresentar um
lado sombrio, isto é,em que, efetivamente, não se vislumbra uma
luz, clara, banindo as trevasda própria ignorância humana: ela,
nesse momento, é a ignorância humana,embora cercada de
cientificismo, acompanhado do espetáculo datecnologia.
abraçar o primado pela vida. Outras vezes, a equipe médica irá dar prevalência
ao princípio do alívio do sofrimento, assim expõem PIVA e CARVALHO (online,
1993):
(...) Desta forma, no paciente solvável, a aplicação dos princípios
da moral deve fundamentar-se na preservação da vida,
enquanto que, na etapa de morte inevitável, a atuação médica,
do ponto de vista da moral, deve objetivar prioritariamente o
alívio do sofrimento (...)
Portanto, podemos perceber que a ética médica sempre nos orienta para
um tratamento inicial pela vida, direito este é defendido sempre ao longo deste
trabalho. Todavia, nos posicionamos a favor de uma vida com dignidade e com
“viver”, pois não é digno permitir o sofrimento de determinados pacientes,
considerados como “terminais” e que não possuem qualquer qualidade de vida,
sendo apenas mantidos por equipamentos.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. O Estado atual do biodireito. 6ª ed., rev., aum. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2009.
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KANT, Immanuel. Metafísica dos costumes. Tradução por Edson Bini. Bauru:
Edipro, 2003.
SÁ, Maria de Fátima Freire de. Direito de morrer: eutanásia, suicídio assistido.
2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005. 154 p.