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DIJ0CUCIA Este livro de Argelina Cheibub Figueiredo

trata de uma questão crucia]: a tensão


entre democracia e mudanças sociais. A auto-

OU 'E'OUAS? ra toma como exemplo o período de governo


de João Goulart, de 1961 a 1964, quando um
confronto entre forças favoráveis e contrá-
Alternativas democráticas à crise política: rias às chamadas "reforinas de base" pôs por
terra as instituições democráticas do país. "
: Ç' ':ÉJ j)- [J ] '.F) (t")4|4 ' Além de pr'oporuma explicação mais nuança- -
da do que as usuais para o golpe militarque
derrubou o presidente, a autora sugere alter-
nativas possíveis, num ou noutro momento,
ao resultado drástico a que se chegou com o
golpe, ou seja: nenhuma democracia e ne-
nhuma reforma.

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PA Z E TER R A 9 "788521"900085"
No início dcw anos H), u pmxnâo dc ump|hlçao¢ consolkbçào dc w|x)io paru
(oK'N µ)lurimdwb c Un ru(onnw, rvduzindo n oµmunidmks
mdk'ulindw a (uvoc c «mim in dc implcmcnmr. Nob rugrw d¢nKK'm|icw,
chwmmlas "mformus dc Mnc" no um compmmlmi soIm us mcMnu&
govcmo jaó Gciuhn kvou à ru(nu elus ExMmm dum oponunickdcn pum
inMhuiçõ¢s &mx'MIicw do pu(n. O hnpkmcnlá·lw — a primcim dumnlc o
rvgim¢ auloril4rio inmhdo cm 1964 rvgimc µmmcntanm quc inuuguruu o
sçria (40·0 o mullMo dc um pockrow governo Goulart: a Kgumla &|xpín dc
ccmspimçào dhviliMa contra o rrgimc rvmuumdo o pmi&nçidhmo — c wmlms
mçrior? Ou nckíw impu(áv¢1 à fulhwmm µx mtõcs div¢~, O deito
inçaNklad¢ dc Jungo pum lidur com W6 ucumuhdo &sxux duw Icnlulivw
Mq$ cm ccmhmlo? Andim CMbub fruMrudw reduziu o campK) dc uçõcn
Nucirvdo moMm, mmc livro, a Ym(v¢i¶ do govcmo c condenou m)
inNuncienciw dc umbus un 1¢n¢n, quc fmcmo uma Icnluliva NubN¢qu¢n|¢ & Ne
coMlucm w ¢xplkuçÜ¢N inIçncionuh formar um (runlc ampla dc
— ou "oricn|+1xwu·(µut(W' — dos c¢ntn>·cxqu¢rúu — u Fmnlc PN1µU$NÍN(u
*Ym|«'im¢n|m hndiawmcnIc dc Mx)io h Rdonnw dc Bnc, 1i&mdw
wnlcriom uo golpc militar ç nc µ}r Sun Tingo Dnnlax — vhando obter
conlmpõcm òn cxplicW! cMruluruh, um acordo M)brv um pmgmm mínimo
igudmcnIc iNufkicnwx. q0¢ cn(ulimn & rvfomms c deter o iminçntc
o µpd Ncjw dc (ulom «vmòmk'm, ¶1b¢jÜ movimcnlo dhuhim. já cniao a opNçâo
dc fmcwvs pMkvw c inMhuckmuin. ho pmskknlc huviu aumcnmjo, «m a
Conccnlrumk>sc nu cotUm csIrulC8ku Medo dc oulm 8rupuN m) Moço
& ulom pl(Iicm cm Ni|uu'och un%)v¢mam¢n|m, O conlhmlo cmiv un
hhukkm ccmcMN c (omuhmdo (n (ucçõcn pk)I(úcn çompetidoms qcíituu o
pcubkmw cm Içrmcx dc Fmibi|i(bdcN cpunccm¢ ccmwmo ncgMivo cm rvhçao
C ¢NColhwb dclimilMw imo pclws h WNibi|idwd¢N dc molvçr o conflito
l¢MCnciux cconômk°» gemh quimo dcnlru dc IvgmN dcmocdtkm. No
pelo uruulmço M(|ico4nMi|ucionu|, munto, ulCm do rwuhdo q quç nc
u aulam chega w uim compmmao chcgou — nenhuma &mocmcia c
muito mais heu « (ulom quc ncnhumu rdomm —, a aulom Menu com
impç'dimm um cquillbrio Qc¢il4v¢i çnlre |fÇN ccnárhn que t¢riam xido poMdvdN
inMiluiçõcs dcmocMIk»s ç mudwnçw num ou noulm momçnto,
sociuh. Hm mnio, çxumim
ddMWumcmc o pcdcxjo quç vai dc AWellM ChQõNob Uóµe0n«bM bwhMd em
('(ÇRckK s«uh Nim Unlvmkbk 1'«kml
®omo dc 1961 u muk'o Iqummeme. m¢4lv em Nx4okWk pde
dc 1964, ou Ncjw. du mnúnciu dc Umvm~ do Sb Nuloe PhO em ('Ondo
Nd(1k'a Nlw Unlvenkkk ck Chkúo.
Jânio Quudnx 4 I(mlb& do MmlmeMe e mde·~ do ~mmmo de
fxxkr pcícn milhum. Cbénde KMIK·O a UNICAMPq pèmNówkm âf
NKPP.UNICAMP e do CEBRAP,
Enlm ¢$nun &IUn, ¢Nço|huN c wçõcn
I'm p¢qqumb ~ polukm aOçÕ0h. Junúç0
cNpccmcuN mimmm in pMbili&d¢s dc mxül e whçv o (Xmµv~ NKkml. Tem migm
poMic+ qbohrr e$w$ muMm,
Este trabalho foi ~rilo durante o nno letivo de 1986-87 e
apresentado como tme de doutorado ao Departamento de Ciên-
cia PoLítica da Universidade de CJúcngo. Foi tmmformado em
livro d partir da tradução feita por Car|H Robmo Aguiar. apre-
smtando pequenas alterações cm wb:ao ebó texto original Agra-
deço a Kasumi Munakata a cukMdooa rrvhao do texto final.
Gostaria de cxpnt~r minhn gmtidno ac» profcmom que
fizeram parte da banca examinndom eh teoe — Adam Prze-
worski. Jon Elster, Guílkrmo O'Dcmneú e Philippe Schmitter.
Esses professom acompanhnmm de perlo a etapa de redação
deste tralxilho e mootraram, dumnte e68e pcdodo, que rigor e
firmem não são incompatím com conoidemção e compmmsão.
Fhilippe &hmitt« foi um crllko contundente. Por'C'nL bljâ con-
fiança na minha capcidade de n·alimr eme trabalho foi um cstí·
mujo inestimáveL Muitu panes deme trabdho. espccialmmte o
Capítulo 5, se bendícimum cía leitura akmla e dos extemc» c0·
mmtários de Guilkrmo O'DonnelL Jon Ehler ajudou-me a escla-
rrcer importantes dbtinçõm anahticm · quemm metodológicas.
Meu grande débito, m «mnio, ê para com meu orientndor,
Adam PrzewomkL Sem o seu constante estímulo c orientação
este trabalho não teria sido concluído.
Miijl16 pessoas contribuíram pam tornar menos jxmada a
tarefa de rt'alizar eme trabilho. Mencionar lodm dm MITÍâ impôs"

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ofvd. Menciono nperm aqueb que m dua Imc maio dükil me
apoinmm c cncorajamm com inumem mm de gcntikm e gene-
midade: Marin Helena Guimnrü« de Cmtro, Ana Fonseca,
Lúcia Meigar e Arturo Michel, Rita e joa Cnrrem, Amaury dc pREFÁao
Souza. John Bowman q Zilá Iauô,
'lèr umn íamílin gmnde e unida C uma "benção". De alguma
formn cada um dA umn contribuição n um pN!jelo como cole,
Gomank cIe agmdeccr «pecialmmle à núnhn xnAe, ThemzinhA, e
dl mlnhn inm, Dâddn, & a fmnüja é chek de ckntimm pdlltkw a
njuda ô aindn mdo ouhtanckl. Meuo lrmAe, Znho c joH AntO.
niô Chdbub, kmm vArim da 1~, corrigiram erm« e
ílzemm 0u8e0tõe0 . Fornm MmlNm meuo melhom ami·
goo nm piom momenlm.
Como cientbtn político, meu marido, Mmt'un, muito contri-
bdu pam melhorar eme tmbdho, dj0cutindo© incanmvdnwnte.
Mm oem mi amor, bua pndênch e oeu coMante encomjamento a liçno crntml da aMlisc eslrnlCgica C que a bugca de objeti·
ele jmnnb terin Mo enrito. Minhm filhm, Cnmila ejoma, foram voo individuaio fmjiienlemenle kvn a multadoo coletivamente
uma fonte conlhun de degria e comµnhdriomo. indeoejAvd0. Nem dino, mmno que OtO mom mibam que cole
A todnô db pemom que me concedemm çntmvblm, agra· oçrâ o mulwdo, okm Mo tem imenlivo pnm dc comportnr dife·
deço n bon vontadc c n amnblli&de com que me rvcebemm. nmlemente. Eu pomo penmr que dc você Mo pemeguhoe bcia0
Agmdeço ainda IÍb divenm lmtituiçõem que, de dikrunteó inlemm cWmqmte, Iode» nóo, includve vod, 0cNmH benefi·
íonnm, npoinram cmte trabalho: ao 1DlSP 0 ao CPDOC agmdeço ciadoô, Mm você ouopdw que Dê vod Dê compomm -
o npoio inMiluciond; à Fundnçáo Ford uma dolnçào pam a pc0· mcnW cu umin btomn mm bendkioe H FmudkuNL '\bd pema
quiwi; no CNNj e à CAl'lS, m bobm pm míümçÀo doo cunw e o memno a meu mpdto. E no (huü em miútm óitunç&m, oocucknto·
nxhçAo & 1~ e à UNICAMI? Qxlemivo de meuo cokgm de d+ mente, produUnoo um mulmdoque Iode nóo lmnmlamoo.
µu1mnenlo, n licença µra me dedicará ntdnçào date tmbalho, O livro de Argelina Figudrudo C um rvlnto dem muene
anunciada. A vItima é a democracia Eh conta ns Ientmivm etno
ÍoNM poHticao bmdkirm pnm alcançar um comprombo que
deue apoio à cximCncia continuada dm imtiluim dcmocMticm
e modra que, dadog n mutum de e o mrabouço inmi-
luciond cnmcterbtkoo do Bmbjl dn Cpocn, tal compromboo Mo
foi alcançado. A hblória que eh conta C trágica, c a (oNA do oeu
minto C que eh Mo procura vüõe$, Mo Acwa ou nlribui culpu,
mm hu·noo compreender o que levou a «Ne trúgico fim em
lermog doo interum« e dm crençm doo pmtngonbtm e doo com·
(mngimentoo que eico enhunuiram,
O livro foi eócrilo originalmenle como um di~taçao de
doulomdo µm a UnivemidMc do Chicngo. A bmca examlm·

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M

dora da tese ficou tão impressionada com a análise que nós tod« m Alcu|ulçâo dc» nmuluidcm eh competição irwtitwicmaúzmb
perguntamos à autora como cIa a fez: nós emávamos convmcidoo coní1it,mles n"ja melhor para as principahb foma
de que ela sabia o segn'do que lodos os mtudiosos de útunçõeó ,~ do que ·1ujs cluinc« de derruhir as institüiç« demo-
históricas concretas procuram descobrir. A análise estralégicn — ~0. Imo pn'ciui wr verdadeiro em panicular para aquele8
um termo que eu prefiro a "abordagem dói escolha raciond" ou qw pontem minui miada csµclfica de conflitoe eles pnecimn
"individualismo rmodológico" — nxjuer que idcntifkjuenm 09 ~ que C do beú intcruuc aceitar a derrota e esperar pelii
interesses dos protagonistas e suas crenças sobrr si prúprie e µóüm opor1unid.idc dc competir dentro das regras, antes do
sobre os outros e sobn o mundo no qual agem. A3síktl tal ,G nujdá-la$. Coloc.indo imo de forma mab técnica, a democra-
requer interpretação de motivas e cTcTKiu. Não exhtem métoda ê duMvel npcin·i· Be a dhpoúçào dc agir dc acordo com o
para fazê-lo: é necessário "compreender", no sentido weberkm QWábouço imtituciond constitui o equilíbrio de edmtégjas dês-
do termo. por que os pmtagonistas agiram como tal O suemo mMnjhtadm de lodm a6 prirwipab forças políticas.
da análise depmde de doh critérios fMgeü: Be o retrato dm Alo- Uma toru díwle livro C que ele combina a análise dos confli·
m é crível e se a história dá sentido ac» fâto6. Nób lcKÍoB achuno0 W0 óocikú6 com n Mtmçao às Lnstitu1ç+. cm conflitem que divi-
que este foi um relato excepcimahnente bcm·sucedido de um ' dkm a bociedad¢· brmikira eram graves; talvez a ponto de não
importante p histórico: dá oentido às açòcb individmh e =m Ber rhlcltk",lmente re6ojvÂo8 Bob quiihquer in$litujçõe6.
pcrsuasivammtc explica o multado finaL lmnbCm eluo que o arcabouço institucional «a inade-
As lições da história recontada aqui cmcnd+ge AJCirn do pc" qmdo põir.v pjocc$$,jr conílitog tão grava. E erKluanto as princi-
dodo particular da história bmsikim: cIas são mkvanlm hctje, no jMib Fotça$ prcx'uravam trnnsíomuir CUâ6 irwtituiçW, elas o fã-
Brasil e em outros países. Direi as lições que tiro. iúmn em bwca de vant.igcns próprim. Ehs não conseguiram
Primeiro, a estabilidade democrática Mo é lmeada em con- WEontmr uma ooluçào cslôWcl dc» conflito6 sociais 6ob as insti-
senso: na verdade, precisamos de democracia prr'cisamente na tubçõeo vigcnhm e Mo conseguiram tramíorrmr o arcabouço hw-
medida em que intemses e valom mtão em conflito. [kmocm- dtucbnal de íonm que funciorumc. Taiv'eL nenhuma mlução
cia não é mais do que a maneira pacifica de processar cordlitm c democrâticn fome fnctlvel.
colocá-los em suspenso de tempog em lempm. A demcicmch Como lnh wihmçõtm podem nr evitadm? Eu Mo acho que
entra em colapso não porque não haja consenso, mm porque dm p pomam ser wmpre, e nilo cotou certo de que nós sabemos o
torna-se incompatível com a emutura de interrmeo: quando ob que (nzcr. Deixc·me lazer algum comentáricm Bobre o paµ'1 das
conflitos são tais que os multados que mergem da aplknçllo tmtituiçòm.

das regras não dão aos perdedores temporários ~1Ívob sufi- Ar inmitujçõeg têm dob ddloô dbtintos: l. Apcwir das limi-
cientes paxá aceitar a derrota tiídm evidèncim Bbbenutku, há lme suficiente para acreditar-
Segundo, sob a democracia, m fokm poHtkm Mo deixndm mu que arranjm tmtituci~ apec1ficos de um sistema demo-
a si prúprias. Ninguém fica fora da interação competitiva de crático particular Metiun õeu d~mpenho. Nosso conhecimento
interesses. A democracia Mo ê um "contrato BcjCÍiÚ" wstmtado de imtituiçm C inadequado: m m6ujmento$ normativos são In-
po' alguém que está fora do jogo. A dcmocrach dum apcinm ve é conclmivm e o conhedmmto empírico sobrr os efeitos de arran-
tomada duradoura pelas partes em ccnflilo. jo0 «pccíficm ê acuso. Ainda iuüm, a visão chur-
Finalmente. a democracia pode durar mmcnte se lodmi as de dcrmxmcia como o menor dos makm não ê suficiente.
prirKipais fonças pohlicas achanem que é melhor wbmeter conti- M democracias não Uo todu iguah e o que elas são importam
nuammte seus e valom ao jogo incerto dm imtitul- pm o ~ d~mpenh). Z P« oua veZ, o deito dc cixcumtâmias
çôes democráticas. Para que a deia pK¶rdlLN ê mxmUrio exôgenm pua a ¶ohívvjvenjcü & dcmocnicia depende de arran-

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N htitucionah parlicukm. A «labilidade democMtica não ê líticos burocratizados que ·dam vefajjoô de carmim pnm 06 poH-
apenas uma qucsuo de cond~ econômica ~1 ou cultural ~. No mtanto. pmm tornw cm rupreocntntive, pmci"
pongue aminjos instituàorwh mpectfkos düèmn «n 6Uâ capaci- samm de partidos sufmcntm pam rrpmcntar as düermteó pai-
dade de pmcesmr conflite. pmkubrmente qumdo meti- ções dos chitom em rvbção b polftkas 8overnamcnm,
eões se tornam tão advenm que o dcmemr'nho do Ú6tema d«no- governos de e pmidog poHtkoô AÍxTto6 e democráticos.
crátk"o é vivido como imckqiwdo. Novamente. algumas compensações pn.cbam ser feitas, e nós
As instituiçõem democr,Slicm prrciwm pmtegcr aqueles que não sqabemo$ exatamente como.
perdem na compeüçilo. O etemo probjem do poder político é Chramcnle, como AOelina Fiµeiredo mostm, as institui-
que ebé 8ê auto-alimcnln: o contruk oobru caOob, po$jç^, pode ções não mo tudo o que importa. A emrutiuu dos confljto6 econô-
8er usado dinmmenle para numenlnr a vantngem política, m- micos e a ideologia que orientn m mlmlCgim dm Íokm políticas
quanto, indimamcnle, o poder político pode mr umdo para acu- foram provavelmente Ijó impormntm para o colnµo da demo-
mular riqueza e a riqueza úmida pra adquirir poder. Sob tais cracia brmikira qumrto a imd«µnçAo do Ústemn instiluciomL
condições. aquelm que perdem rui competição democrática verão Os estudos dc difcírntes µibeô no6 forncx'cm intrigante6 evidèn-
suas futurm diminufdao. Elem Mo terão incentivw pam cià$ de que a de$j8\ullcbde cconômk"a mim ii democracia no
p"rmanecer dentro do Armnjo imlitucioml vigente. Portanto, a terreno }xjútico; em iun1 sociccbde miúlo dcsigud e conflitos
democracia precisa compemar uíb crmcmtm do poder. podem 6ér tao agude» que se tornam impcmíveib dc Bcrcm solu-
através de um sistema de freim e contm~. Bep'lraçâo de po- cionados sob qunhquer Armnjog hmiiuckmais Compmmissos
derus e outros mecanimm ingtitucionaj& Ao nmmo tempo 06 ideológicog também importam. Fm algum momentc» históricos,
governos prvcham oer capam de governar. Uma tição que ã6 forças poljticm pnow,un decidir dc prderem perder de acordo
aprendemos da República de \N\ctimar, mim como do colapoo da com as regras democrâtkas ou penegUr oew jntemoe6 a qual"
democracia no Brasil e no Chile. ê que ao imtirujç^ democráti- quer custo, mesmo o da democracia: o fato deque as democracias
cas prrcisam okrvx"er Bohjm cbrim aos confliloo e pnx.'isam 6cr sobreviveram durante a crbe econômkn cía década de 80 dev~e
capazes de implementar cm416 Boluçõe0. Podamo, cxhle um con- pmvavelmente em parte à ~0 dm dtermüvm nutorit&du. A
flito entre a nccessidnde de lhnjuir qualquer poder particular e a grande força dede livro ê quo ek nAo Kvoncc um dó explkaçAo.
necessidade de fazer o Nmem de pxídem oµurnr efetivamente Ejé considera conflltoo de íntemomj, orienmm ideojógicas e
quando o nível dc corúlito político c alto. Algum grau de flexibili- fatoTcB imtitucionnb em rua complem intemçAo hhtórica. O re-
dade é ótimo mm nóg Mo sabemos qumto e que forma cIe pode sultado é uma anAbe ao mmmo tempo rulil e cheia de força,
assumir. complexa e cÍanL
Outro dilema que encontrarmo quando pensanm em insti-
tuições políhc.u é mtrr mrmabilklade e mpmentatividade. Mim Pmeu'orda
Os governos uo nmponUveb yenm Dê 06 ckitcms pudemm Univunidade de Chicago
claramente atribuir rrspomabüidade pelo seu d~mpmho a
grupo' comµ'tidoivs de pollt~. quando 06 ocupintw de car-
gos públicos puderem 8ct detivammte piuúdm Nr um dewem-
penho inadeqimclo c qumdo m ekitom fomm sufichmtemente
Hm informados pira avaliar ncumchmmte eme desempenho.
Isto dgniifca que pira fazer com que ob gov«nos Mqµjm mpon"
Uveb precisamos de regrm ekitomh majorilArim c pmidm po-

18 19
1Q
INTRODUçÃO

Urna questão cUnica e ainda não mdvida da teoria demo-


crática e das 6ociedadm libelai8 é a tensão entre democracia polí-
tica e desigualdade econômica e social.
A história tem demomtrado que procedimentos e imtitui-
çõcs democráticos Mo resultam em uma npankão justa dc bem-
emar. As dcmocracim atuais enfhentam grandm desigualdadm. e
aquelas que akançamm maior justiça socid o fizcmm muito len-
lammte, em conseqüCncin de mudanças gradunim
O ritmo lento dc mudanças $ócio<nonômicas sob irwtitui-
çõe6 democráticas deve-se, talvez a algumm de suas caracterbti·
câ9 fundamentah — pmicularmente a comµMção poHtica e a
rrgra da maioria. No8 períodos em que a rrdhtribuição econô-
mica assume o primeiro plano da arena politica, a consolicbção e
manutenção da democracia r)lítica pode implicar opção po' Te-
grm de competição política regular e formalizada em detrimento
chi maior igualdnde econômica e justiçn 8ockj (O'Donneü e
Schmitter. 1986, p. 54). Em Mguns c, como Le~ (1978) ·a·
benta com lufé~ia à experiência vmemelma, as decisões to-
madas em NSfKMA 4 problemas especúfb» de construção de
inslituições democrálicm podem tranNÍorm4r-ge em limites per
m,inmtes à mudança. Assim, um obstáculo adicional pode Mar"
dar, ainda mab. o já lento ritmo das mudAnça$ sócio-econômic.u
·ob instituições democráticas?

L Ambos, Levim: (WN) r KM (1986h demomtmm que. nA \Nnich, dunmw

21
No início dos anos 60, a wkdade braúkim ddhmtoume com µpd de fatom FK)Htico$ e institucionab. Aã estrutu-
%se dilerm. Nesse período, um conjunto de reformao poUlicm e mh, wnto 4 política como a econômica, apmtmtn µm a hwvitabi-
sócio-econômicas tomou-e prioritário na agenda polític® e ao lkbde de um multado nutontArio. Por estA ralão. podem ber
instituições democráticas do país ruíram sob a p~o de forças vbw como ArXumentoo Qtnjtur.lljuab extmmdoo, que oumm-
polarizadas e radicalizadas a favor e contm a mudmça 6ocüiL mm que "todog os comtrangimcntos. agindo conjunwnente.
Neste estudo invcsliyuui as p~jbüidades de 6uc~o de têm por deito reduzir o conjunlo pouível de açõe9' pam um
·oluções pcMtico-instituc ionak que, dadu as condiçãeb vigentes, únko ponto" (Élmer, 1979. p 113) A ~Sem deixada rm m"
pudessem combinar democracia com ndormm Bocúlb. Em con- colha C tao pequena que a própm es"olh.i lomj-6e imkvante, e
traste com as explicações predominantes oobre o golpe de 1964, 0 ação, conmüclntemente, vã
enfatizarei a interação estratégica mtre m alom rrlevanlm, Hpe· Ch trabalhm de çyDoruwll (1972 c 1975) e CArdoso (1973)
cialmente aqueles que buscavam mudmça Mim prvm·upcmiçào dmWmn-oe entre Aqud|m que cnhitizmn o» fatores econbmkxm.
cmtral é a de que o mµne autoritário imtajado em 1964. no O'Donnelj oferece um modelo complexo eubindo as conexõcb
Brasil não foi o multado de uma todojxxlmma compimção mhv estâgic» de indu6tnülzaçào e n."gírne$ autoritários3 De
direitkta contra o n%ime anterior. Tampouco foi a comeqüència acordo com CVDonnclj. A nwdida que a bul»titujçao de importa-
imnvitável de fatores estrumais polltkm elou econômkm, a]. m bC "aprofundiC. o pnx"esso de mdu$trklljmçao atinge um
gum dos quais já atuavam quando, em 1961, um golpe militar foi ponto crllko, a partir do quM o umcimcnto econômico pobterior
ábortado. Através da rrconstruçào dm pouibilidada que em. depende de formm autoritárias de reguhção do conflito.' Ele não
vani abertas à ação política naquele contexto hhtórico c¶xx"üko, enfrentn, propoúwlmenle. a químlào da inevitabilidade do ~i1-
bem como das oNrlunidAde$ pendidas, tmtaM avançar no de- lado aulorilârio, argummtando que exime apenas urna "afini-
bate entre as abordagens estmtumis e a abordíulem atrntegka cbde ejctÍvA" entre atc9 dob Ícnômenc» (CVDannelL 1979. p. 206).
do problema da mudança política. Entretnnlo, bèlj argumento crntrd fun&~ num µessupomo
Na seção que segue. examinarei bruvementr a6 principah implkito que encerra Cl noção de necmsiclade,
explicações da mudança de n.gime oconida em 1964, com o obje· C^rdogo oferece unlll vjbjo maÍ6 ckrammte determirut&
livo de introduzir algums das quatõe8 teóricas e mdodológicm Afirma que o procemo de acumulação exige o
que são objeto de preocupação neme aludo. dc» imtrumentoo de pmüo e defma dbponíwú » da~ po"
pulam. O moritarbmo decorrente foi, portanto, inevitável par"
que Ve tomava Nêotruturar w mecmÚmo6 de acu"
BREVE REVISÃO DA LITERATURA muhçÀo em um nível ^ elevado, que Dê ajuüme melhor aos
Avwrko0 u obtidw no deôenvolvtmenlo dm forçm produtivm"
Na literatura existmte sobre o golpe de 1964, podemos iden· (CArdogo, 1973, p. 147)r
titicar dois tipos de 'xplimções: a edrutuml e a in~on,ú ou , Faim explicaçòe6 cconômicm já foram devidamente coo-
"o'kn|ma-para~tor. temadm no que gê reÍCN às cvidèncW emplrkm que ab 6usten-
mm.' Um critica metodológica a esta abordagem deve ser tam-
As explicmões estrutumk podem w divididab em doig
tipos' agudas que enfatizam o papel de fatom econômicoo na
deleuninação dos eventos anabadm e aquelm que Acentuam o 2. C'olllrr hwrrcr l nu Nr~nt«xb mtjc4 dcm 4qpu~mc» dc CYl)unnelL
rdenmm A emmmm do "Autonummo tmnxmkxC (1979. p 3 )
j. Pm MWnmuMçNp ~6 dcumum a rmpcuo ck»4e mumo. ver \4hjk:ntnn
os anm CO, a ~Nbbck dcmxntm hl ~gumda a ci»c4 de Mormu c (190bà pp 7·12).
Mimtuçao gonai 4 Sobrv mo, v« HincNnum (19.'r,. mm (]979) · Walkntcm (I'N))

22 n
bem levada em conta, a saber, que estag anâbcm pmumem tum Congrvmo encarav4 Dg ot*dvog de 1Mag pruo do pnmkknte e
coincidêrOa perfeita entre requkitos emmtumh e açõco 1ndivi· ¶eu8 Wuidoreb. A rudkÚLMçAo de um Mo, utkm µm +
duais ou grupais, sem especificar o mecanismo atrav& do qual a Wr m bem mlonçõo$ do ouuo, multou Ape~ num Aummo dm
"necessidade" Be realiza na ação.$ »uspdtao do amim ob ladoz O resulWdo nm íoi dim1·
No espírito desta última entica, SantDN enfatiza a necmd- nubçâo da capacidade de negocbQo e de tranmg0nck. Ndio0,
clade de incorporar variáveis polftkm ae esquemas explicAtj~ 1%6. p. %]
Por ú~ conslrúi um modelo bmmdo na pívmima de que m
"conflitos econômicos e sociais geram impa'tcm pela medindo â Em um trabalho posterior, em que faz urna amlbe comp'
estrutura e competição poHtkm. É ^múdo a emrutum do con· miva mtrv Chilo c Brasil o próprio Santos descarta a imtMU·
flito político, em si, que importa µm o multado de qudkjuer dMe governamental e a inccmanckl dc coalizões parlurmWm
outro conflito na 6ociedade como um todo" (Santom 1986, p. 22). como vmiÁveh explicativas da mudança de n®ime ckh
Para Santos, o golpe de 1964 Mo foi ulna ~no a medidíu oul». paim. Nimui, ademais, que ruo foi a fragmentação polftk&
tantivas tomadas pelo governo, mm sim o resultado da "pardbk mas Hm a radicalimçao que provocou a wYnsão do autorim·
de decisão", um processo que ek explica utilizando gunho varú- huno (Siwdoo, 1%2, p. 161).
veis: fragmentação dc recunog de poder. mdkalizaçáo ideolb hW De a anMise dc Santos tem por mérito superar a cüfkul-
gica. inconstância das coaljzõeg que se formaram no Congmso e chulé de tmduzir em lcrrrm poUticos luna dada sjtuação econ&
instabilidade governamental ddirú& como rotativi&de de pão- mica, a bua ênfaoc noo mpec'lm poljlicos institucionais o levam a
tas ministeriais e de agèrrias e9tat.1js (Siintos. 1986, p 10). BulmtimAr o caráter wbcio-econômko dos problemas em jogo. no
O trabalho dc Santos bc de16mvolve em dum elajjâB. Pri- principio dog anos 60, a saber, m "Mormas cstmturai$". Santos
meiro ek demonstra a veracidade de Deu diagn&tic'o da cTbe e, n enÍMÍ7A o papel d~mpenhado pelas 6u$peitas alimentadas por
partir daí, passa cl uma ambé dog procemm que a conduzhnm a conscrvadom e militam em ~0 às intenções de Goulart em
sm ponto teinünaL Cadn uma das variávein índepcndenteo com permanecer no poder, o que a levou a impedir a aprovação da
que trabalha, no entanto, tem valor explicativo difermchdo. A leghbçào noͶiv rdorrm& Rcí6, no contexto de tum critica mais
ümxmstância de coalizões parlmnentam e a inntnbiliclnde gover- Ampkl Bobre as corwcqüêmim de ant6lises baseadas num con·
n, menta] aparecem como facétâ8 da "pambia de deciüo", m- trmle 48udo entre ag ed«m "8ócÍo«onômica e político-institu-
quanto a fragmentação do8 hcl1no8 de poder pode aer VÍ0úl clonal", crilicn ê6t4j ViãOo Airgummta que a análise de Santos
como um constrangimento às possibilidndm de Be alcançar uma dehui impblcilo que 6q dd milimm tivcmem certeza de que Gou-
solução negociada. O processo de mdicalkação tomim amim o lóirt pMenclia rmhnenle realizar ag reformas radicais em nome
fator explicativo chave. A radicalização impediu que m partidoo de intermum do povo bmüeirio, não teria havido problema, ou
se engajassem em cooperação e compromisso. oeja, rüo teriam reagido com a ruptura das regras institucionais
(Reis, 1984, p. 185). Se, de fato, ata conclusão pode ser inferida
O pnnápal obstáculo a um acordo negociado gumbo ao que o de dgiurm dm afirmAçõcs de Santm, cIa certamente não deriva
Executivo considerava uma pmnbsa para um governo eíkhnk,
de bua mube que, como o próprio Reis admite, C muito mais
Isto ê, as rdorrms imtjtuciomh «4 o grau de wugpdw com que o
complexa. A importância que Sanw atribui a esta suspeiW uma
5. çAnkmo, cie próprio. irá enucmr bua vimo merioL "hjudm quo
vez que ek lida com o período como um todo, impede que se
ptocbnwn a ~itabukbde & diudum mtüwcom oob leve em conta ° µrl p°r a d~npenhado em difermtes mo-
" " ' 'k' u"r~ o mm'nk' pum a 'íúe MuAj' do d~ ). I . q y. mpWr menim do tempo. c inegável que a 6uapeita a respeito das inten-
' ta.qLR a história C mam capnchcm do que parrar (Cmú~. 1979. F a
cm de Coukrt rrmrou todo m governo. Entmnnto, as

24 25 Ú
qâhdm deotn oiwpdtn para a poodbilidade de deomvolver tum ' ohto de a Notórh ter tomado um cuno detemümdo Mo é
codhAo Momúma forte fomm dlfexuntm, por exemplo, no pe· Vúbüo mfkknte µm crer que cume nlternmivoô fouem cx ante
nodo logo npów c) plebbcito e no último mh de governo bjxmhmh. O fato de o "pncto popubW" como tal Mo mab Dê
Aindn amim, SNmtoo mantém a noçAo de bevitnbllklade. [k 0Whmwr Mo dgnificn que o multado autoritArio fome Lnevit&
ncodo com ele, o hnpmoe que multou no golpe de 1964 "foi a wl Um compmmimo político poderin ter Mo obtido mmvh de
com«jüència imperlem de um conflito polü/co cAmcteriz4lclc) pek üerenW alknçm e coMizõ<m que vWmem apoiar um governo
dbperUo de rucumcj® enm Mom mdkUzndoo, impedindo quo dmocdtko. A aMbe dm condbçõeo oob m qunb tal compro·
o obtcmn tivme um d~mµnho ndequndo e 1mpelindo·o pam mblm) Wkía oido poulvd permitemoô identificar o pcno de dife-
o tipo de crhe que clnmúkmvi de 'paimbh decioórW" (Snnto0, Nnlm htom no cuno real do0 ncontecimentoo?
1%6, p. 22). Eme lipo de explknçAo po1Rico«trutuml pode oer Quanto b explicaçm hntmcionnio ou "orkntndm·para·o"'
mfútndo pelo exemplo hWódco. HA mgbtro de crioeó mnelhnn· mor". podem cNlnN, igualmente, De divkür em dolo tipoo. O pd"
too a eooa deocrita por Santoo que Mo multamm em coLqmo do mdn) compmnde aqudm e0tudoN centmdoo m compimçAo in·
d0tema político, A ltAlin dumnte 00 anoo 70 é um exemplo em Wnncional e/ou cUruitbta contm o governo de Goulnrt A ambo
queotAo, fnlo que convida a explomçõeo poMeriono nobre M mNo HôtemAtlca deme tipo C o deldlwdo mtudo de Dnifum
po00jbilidndeg de açW bemmtcedidm em face de condiçõeo «hrv n «Ao dn cImé capltabta atrnvh de uma "elite orgânka"
advemao.' emp"ota por "l«no·empmárioo" e militam. Ele malim m ati-
Amim m explknçõeo emrutumlo, a poHtka e n econômkd Vklndeo de umn oryuúmMo poUlica — o "complexo"
podem oer oubmetWm a umn últimn critica que toca dhv't,unente 1p%/ibad (lmlituto de Pboquhm e Eotudoó SocWo/ImHtuto
não queolòn leóricm e m«odoló8icm nbordndm rmle emudo. Bmdk·iro de Ação DemocMtka) — udema pelo "bloco de
btm müÚMm cometem o que Santoo define como "a mcionalizn· poder multirmcionnl e moochdo" que, "atmv& do exexekio de
Mo do paooado na fornw de um determiniomo cx pcNt/fl( to," que pua influôncin em todo0 00 mveb po1Rkoo", foi capaz do provo"
combte em aceitar como o UNCO pedvel o multado que emoW mr a ruptura eh forrm popubta de domlmçáo q contar o "do-
da momtruçAo da mciondidnde inerente à ouceodo de evmto0 0mvolvknento da orgmlmçAo naciond de clmeo tmbdlwdomo"
que realmente oc'ommun. A incaµddade de ®udlmr um cuno (Dimif~, 1981, p. 229). De acordo com Dreifuoo,
dúermte Nm a história muim mim m impouibüichde de explb
cnr por que as coíbm aconteceram de00A forma (Sanloz 1980, Um voz umíimdm Ag vánlm opodçõeo oob umA lkkmnça olnc+
pp. 20·1). Comentando BobN o meomo probknm, Przewordd
¶ nlza&
l~va comurxl (ormukndo
a mmpanM um "plano
politko·rNUw geral", a olho
quo mohlúurk orµúa
o conjunto &
Argumentn,
bur6u0ul convencmú ob wgmonk» rvkvanlm dm FoNa0 ^rmA-
& a hbtôria Mc) ô unívoca, 00 0ob condkm hhtorkamonlo d4du W da juotiç4 de mh caim, rwutTAjL7AM a d~nçao q obwM o
m homem em um rmrgem de cKojhA 0 bum mcolMo tOm com Apobo do$ tmdldonMo mom ompmadd», bem corno a adeuo
ooqWndm, então a AMJbo hbtórka Mo prvcilm do llmlmr A + ou a pmmvi&do dm ckmeo oubdternm. (1%1, p. 229)
qWnck unça do evcnlo0 quo mimemo ocormu. Uma 10oM podo
kvar A xvdeõcob«m da oponurú&dn quo foram perdklao, dm Eme tipo de malhe, no entanto, Ínlha em fornecer umn cx-
pcMbW&deo lnorvnmo a câ& conjuntura q dm Mtermvm quo plkmç5o ml, poio toma n mem exbtèncin de urm compirnçAo
pmmno(am] aborw. (Przewomjd, 1985a, p, 114]
7. SoIm
(Momodumnim
udo dc Npm~ mümMUAb
voe McCkbM (1976) m ck1mMmMo
o 1tbl« do =CO
(WN). Um mml
oohmde
o
6b ''' Iwbm nlevm~k)+emtnlnAdA
"moamm do cw Dom coIap«k moumo 6 Mu Wdm (197j).

26 27
como condkio wuficknle µím o Mjcmoo do golpe polllko. Oh opçõoo nbvrlm A UDO poHtk& Além diuo, ao detemo exclwiva·
compimdom Mo vhloo como onjN|entm Conoeqüentemmtr 4 mmw em Goukrt, 9topm Mo combdem o µpe1 e a quUdmb
Ação wnp~ndkb por ebm Mo C andim& em rebçâo a outroo da de outroo mom mkímnw, nem a mbçao dewoeo
grupoo, nem viola como ~0 ljmjuu|4 pk)t qiwhquer conmmn· Mom com Ckmkrl. 0~ (onm, a Mitude mdjcal de GoujaR.
©menim extcmoo. no¢ úlúmoo mommtoo de oeu governo, pode Mo ler ddo, corno
O oegundo tipo de anAlhe lntenciond ou "orienta&·pmn·o· ougmv Slepm', o mullado dA mpemllnwçAo do dua força poli-
ator" ê exempúfkmb pelo tmbdho de Séepm (1978). O priMpnl tica decorrvnle cb "«ÚoN e corwxjüenle d~rienuiçAo por oh
·Wumento de Hepcin C que, no lnkio doo anoo 60, o mgime foi ·xperimmw& upôo hilar µm gmnâm mullid*", e, muito
oubmetido a pmueo mncmpolltlcm que o pmlbpwemm ao mmm, ium doco~iA dA "nmumm de mm comelheircm poHtb
cohpoo. FnlmWnto, eh Mo comidem que 0Mâ8 prrmW fomm, COA Sob o pNma deme «tudo, a deciNlo do Goulm em adoWr
oozLnhm, mumo ouflckntm mm o deomorommento do mgbrne. ium mtmóµ mdknl torú decorrido pNdµlmenle do oeu tuco-
Enmo, pmcum explkm o multado íind em tmmoo de mbrutêgW nhcimmlo & que Mo Mvúi outm dlurmHvm ^pKmhlmb e podo
mpeclfkm e Moo pmtkade por Goukd. Argumcnm que "o que ler Údototm& com pkim comcièncü de rbcoo envolvide.
coMuúu o mtme m) ponto de ru= foi a qudidade dn lide. blm ohervnçòeo nc» conduzem ao wgundo commt4ho
mnm polllkm do pmidenm Goia , cujoo Atoo, noo últímon Mewnle 40 IMNo de p«'quba Hu8rricblg por Steµn no wnlido
meoeo do mglme, núnmum cruddmmw tocloo 00 apoW exhlen. de explkm melhor o nuno cíob Monlcchnenloo, ou wja, o coludo
W" (smm^ 197& p. III). Sh'µnc poRmo. cmtm dua anAbe do mtüo de Gouhn dc fazer poúlk» e a 4~ dA penonnú&&
nm KÕ00 mpmndjdm por Goujmt m tenWtiva de AJtemr o poHlkn. A eme mpdlo c oufkknte kmbmr m por mAÍô impor-
equlllbdo de poder em Déu favor, ao Motar um emtmtógk md1· tante qu" '* " mpd de alom indivbdmb, o mulWdo find Mo
cd durmlo o mCv de mak'o de 1964. Dem (ormn, Steµn convin- pode óer mluzldo à md µkologb, ScN multo mab frutlhm
centemente momrn cm deiloo deotn mtmlCgW rw cromo do apk)jo bu»car oxplk»ç&m "orknW&wpmmmtor" de cmáW rmb dbmn·
exhtente e Iúb rm'k|^ cumoli&çAo <b oµ'UçAo poHtka ao mNime gente, voludm µm a mube dA emrutura & dtmçÁo e cía 1ntem·
é! clilh'j| dhcord,u de Scepm no que tnnge ib 1mpon&mk por Cão mim 00 vArioo mom pK)lítko0
ejé Mribukla ao j'ywl da lidemW polllka, rm cimmlAm'im de
umn criw como a enfnmtndn pelo rvgime brmlklro no início doo
moo 60. O argumento de Stepan pmv'r corrobomr a 1~ de MODELO DE ANÁIjSF
Mnquhvd. ou ni*, que « Acontmmento0 himricoo üo dmer.
mimdo·, em lgud p'oponçâo. pek tNrlú e N k'mm. Mm 4 Eme tmhúho Mow iutm emmtCgia de pmquim que, Dê-
ambo do Mnujavd ne8A òm p'UpN Mimwçâo e demomlra gunelo n clmük»çâo de PTzewonkl concmtmm na coMum
que cma proporçâo varia de ncordo com ao cimumMnclno: êmrmôgkm de mom polílicoò em Útiwçm hblóricm concmtno,
qumdo a krtuna âlla, toma-oc ntxmürb Ium gmnde qumli- enímimndo e pcno'pçõn e íormubndo OiÓ pr'obkmm
dmk de CNVtú. ^ ÚIUaçjo bmüeim cmUmente nxjueria umA lide. em wrmoo & pcmbiüdmbm c eocolhm (1%6, p. 47).
mnça Mbü e um «wdisw capmL Pod~. entretanto, ciritkmr a Moim, m mcolhm delibemdm e ínlenciomb fdtm peloo
expUcn0o do Stoµn «n dok Mrc|oop O primeiro ó que, no monm üo o ponto de pmia Nm a múbe. A lntemçâo entm m
cenlmr oim nMlhe noo mommtcm findo do rvgirne, ele ê irmpaz cmcolhm q m 4çòm conwtilui o nwmninmo caµz de explicnr a
de levar hm com o NM da ljdomma em momentoô mlerioruo oco~k de um mulWdo, dmlw 00 divemoo poMveb. 00
M Kd¢g emprvmdklm neólm álthnoo momentm poderiam Ner conMmngbnmoo emnmuub conmótuem o primeiro âpoMvo
multado de mcolhm anhmiom que hnvbun cMMMo o leque de de íihmgem "que mtrdlam o rvpmôrio de cumo0 de Wo wbotm·

28 29
tammte possíveis e o reduz a um sulxxmjunto infinitarmnte dmou no Imamo unw tcnlAtiva oubeqüenle de Be fomw um
mmor de ações exeqíiíveiC (Élmer, 1979. p. 113). Portanto, frente de centro~juer& que vhaue obter um acordo ~ um
"dentro do conjunto ex«jiiívd de ações compatfveig com todoo progmnw mínimo de Mormas e deter o iminente movhrmto
os constrangimentos, os indivíduos aquelm que acnedi- direitibtn. Ncme momento, 4 opoúçào ilO governo havia crescido
tam levar aos melhores resultados" (Ebter, 1%Z p. 464). e amplindo óLuj lme de apoio, à medida que outrc» grupo6 fomm
Dentro date quadro, tmdênciiu econômicas gemh bem De juntando ao bloco antigovemamcnuiL O confronto entre os
como o arcabouço político-imtitucional mão considemdm como grup» poUtkm competidom acirrou o cnmcente ccmsmgo ~"
constrangimentos às ações individuab ou gupah. Comtituem as livo em rrbçno m pK)6$ibilidnde$ de rrsolver o conflito dermo das
condições sob as quais as açdes ocDrrunL mas, ao nmmo tempo, regm$ democrdtkm.
podem ser ot*lto da ação política. O pedodo múinadoc m úmmtiva· dhprntvás em difames
A distribuição mal de econômice, poljtkm e qW- mommtoo do proamo poUtico mpnmentados no Quadro l.
nizanionais à disposição dog várim alons formam um outro con- No Cmpltujo l, ambo a formação dc uma forte coalizão
junto de constrangimentos que t«n um impacto mais imedinto cmtm a tentmiva dos minhtm militiinm dc impedir a pkxsc de
sobre a probabilidade de uma ação bemnucedidn Gouhrt na pmWncia Urnn mjjuçáo eh' compromi^o foi akan-
Atenção será dada. principdrnente, ao processo de moblli· çAda com a oublituiçm do Úmerm prrmchmcúilista pelo sistema
zar aFK)ios e desenvolver coalizõe18. A este respeito Bcr.io enfntim- prbmenWnbtn.
dos os seguintes aspectos do processo poHtko: l. 03 oPjetive No Capllujo 2, examino a expcrü'ncia com o rv'gime parla"
corporificados nos diferentes projetos poHticm; 2. as mtratêgim mmtarima Sob eme regime foi pendkb a oportunidade de implc-
adotadas e os cálculos sobre os quab Be baseiam; e 3. m açôé9 mmtnr um prograrm moderado e gradua] de Mormas, porque a
finalmente empreendidas pelos Morus K']evante8 no sentido de eotmtêy de oobµír o novo mnxgo inmitucional predominou
atingir seus objetivos. oobrv e cúox'çob em dineçÁo à8 refomim. Numa tentativa de
Presume-se que, sob as mesmas condições, eslmtêgim dife- dmmlnblümr o n®me pa"lmnentaNtn n fim de mtaumr o poder
rentes possam levar a resultadm difenmNm (Przewonki, 1985). prvmidencinl, Goulart r engajou em luna ação concertada não só
Além disso, o tnning' das ações especificas desempenha um papel com a cmjuerdn, que via no pmidencialkmo mdom chanm de
crucial em difenmtes momento6 de um pmcemo dinAmico: n mama implementar Beú programa de m6otrmm, mm também, com lide-
ação terá conseqüèncias diferrntm, ainda que m fatom mtrutu- m polltico8 corwervndom que vWvam dNtgar à preddênda da
rais permaneçam os mesmos (Linz, 1977, pp. 25-9). Dema ma- República em 1965. boa estmêµ combtb, por um IMo, em
neira, o conteúdo, a forma e o timing de aCOem apecfficas tomim- ·olnpar o BÍMcmn por dermo. bio foi fdto ao dc impedir Sík]
se variáveis cruciais na "filtragem" de oportunidades Nm llnuj inMituciomlização e também a fonmç'ko de gnbinetm viáveis, ou
ação politica bem-sucedida. 8eµj. gM'inctes que Hvessem Apdo dm forçm partidârim no Con-
Argumento neste trabalho que, entre 1%1 e 1964, meolhas e go. Por outro lado, ê6tA e6tmb¢güb também apehiva pua a
ações específicas solapiram as pcmibüjdadeg deamplbçno e como- mobilimçôjo de pk·mõc9 extemm ao Congnmo. principalnmite
lidação de apoio para as ruformm, e, desta forma, rvduzimm ag grmm políticas, demcmMraçdm públkm e apoio militar.
opartunidades de impkmmtar. sob iégm democMthm. um com· A e·lrat@a dc liqui&çAo do parlmnentmürno exigia dc
µomhoo sobre estas reforma& Exbtiram dum oportunidndes Goubrl rrpetida» mcibçòom mtN a ewquerdn e a dimta Em cori-
impkmmtar um corYunto variável de Mormas, e amW Neqüencia, tmdia a aumentar o d~NNdjto entn? c» grupos es-
iàilhmm por diférentes razõea O deito acumulado desta doh queidhlm. principh aliade de GMmi, em relação à sua Inten-
emüou o campo de am pcmíveb ao governo e cem- ção de promover um progmnw comhtentr de Mormas Por

30 31
u

Quadro l outro Indo, a corweqüente incapaci&de de munúMo do


Fluxograma mostrando as ajternatÍvàN disponlvek cm conjuntum minou o pcmíwl apoio de ÍoNm óituadm rui pKmiçAo cmtromdb
críticas durante a presidencia de Goulart. Nita do apectro político.
No Capítulo 3 trato de duaô medid,u atravh 6 ~ o
governo — já Bob o n'gime pNgjdmcü]li$ta — tentou rrsojvêT 4
N~ci961 R~MM&QUMm ÚtúAçâo econômica e promover rdornuis. A primeira foi o Flimo
P
Triennl, que combinnva neformas com um programa dc emabiH-
7AçAO, em um esíoko de implementar unul politica econômica de
centro 1m~b em IunA codizAo multwLisskta. A segun& foi a
Afã M. '. á00AO0 pdo partido do governo (1'1"8), de um ptgé'to de
samhm%1
emen& corwtitucional que pemútk a d~propriação de lena
gem indenização prúvh em dinheiro.
PkbégKito do ? l ' Ambas m medi6 faúwnun pK'rrlue ruo gê chegou a um
acordo mbre c» probkmao oubtmtivos Abmngidob por elas. Fal-
0

tou ao Pkno Trienal o apoio necessário dos prirKipli$ grupe»


kmüW796j - RmxkNmliwno econômicos. Apostando em bua capacidade para obter maiores
l beneficie econômice imedime, a Udemnça do cer (Comando
L Gemi dm TmNlhadonm) — a orBAn~o de trahúhadores heu
vIa Ccmr1tuiçkj Kekmnm
j
gemônica — oF~e ao Phno 6de o começo e aumentou a
0

l Pbno TkenAl " Rrfcmm AMÜN_ ] pmuo oobm o governo, wn favor de uma política reformista e
mcionabtn mnio A~¶m.
Em ince dm cmcentes NivindicaçõqN dcw trabalhadores, os
cnpjlnbtm, que hwinm concordado com o Plano, Minaram seu
Ombm/1%j npK)i('. O governo, por oeu lado, incapaz de obter aFK)io de suas
0 1j'mc¶ políticm, abandonou o Plano como um todo e voltou sua
C;olp· Bo(mp·~ atenção prioritariamente pam m ndormm.
As negocinç4 interpartidAriíw em tomo dn emenda consti-
kmNM964 Frrn'c Phog~m
tuciond pm a rdormâ agdria Beguiram caminho semelhante. A
F 0

. tentativa do partido governamental de maximizar a oportuni"


CoehDNk) Compmm~ dade acirrou a opodçào conservadora e impossibilitou o acordo
MmÀtl964
oobre uma ooluçlio vüvel.
No Capítulo 4, ambo a oposição tanto da esquerda como
da dirviW â tentâtÍvA de Goulart de declarar o estado de sítio e
0euo esfoW Bublµeqüenta para rrcomtruir o centro, com o otge"
livo de obter apoio para 4 Morma agrária. A 6Íhjação como um
todo, no mtmto, conduzhí a um bolamento do governo e a uma
·ihuiçlb que dificultou muito uma adução negocimb para acibe.

W 33

O Capítulo 5 ccntm~ na tentativa de formação de uma
coalizão de centromquerdaem apoio às reformas — a chmnnda
CMIULO1 %
Frente Progre$si$ta de Apokb Mormas de Ekwe — lklemda por
Sari Tiago Dantas. A Frente m apoiada por políticos modcmde. GOULAKT NO KjDER:
chamados por Danui· de "'yuenda positiva", c vbva chegu a
INsTTTUaoNAL
um acordo sobre um progrma dc reformas, mim corno inibir o
crenimento da oWiçüo ao governo. A respcma dm vArim gru-
pos políticos à tenmtiva de bntm indica que ela ocorreu qiumdo
a cooperação já rüo em ~ p~íve1. A estratégia dominnnlc
tomou-se. para cada gmp'm 1mllkm independmte dc obkli·
vos upecíficos.
O Capítulo 6 visa demomlrur que a compimçiio contm o
governo foi urna condição r«müria, mm não Mkknle, Nra o
sucesso do golpe. Dêmcâ m efeitos irúbidom de algum falores
intrínsecos ao movimento mti·governammtaL bem corno a in-
fluência de fatorm cxtcmm m comtmção de um comemo nqµi" Na eleküo pmidemial de 1960. JÂnio Quadros obteve urna
livo contra o governo ' emmgdom vitória, assegurando 48% dm votos. A caneira poU"
Finalmente. na C"onc1uáo, delineio um quadro de rusultn- tica de Qiwdim havia 6ido rápidn e conmmlda à margçm do
dos possíveis que combinam, em graus variade, democrncia e ·blernn polltico-partidário. Embom lenha Melo indicado candi·
reforuws. Argumento que, em conjunhúnà8 mpecíficm, algumas dilo prmidencial por um pequeno partido — Partido Trabalhista
dessas alternativas poderiam ter emergido 6 condiçòelb concre- Naciond (PTN) —. sua candidatura foi cnd~ada pela União
tas dadas, e aponto m razõcíb que contribuíram para o multado Democrática Nacional (UDN). o priMpal partido oposicionista à
real. ou sdlga, retruam" polnico, com a ruptura da democlmciA, c h·gcmonia dominante dos dois partjdog criados pk)t Vargas no
manutenção do $tâCUK quo monômico e sociaL d«'línio de Miã ditadura: o Partido Social Democrata (PSD), con-
servador e de base rural e o Partido TMbalhkta Braúleiro (1'1 B),
urbano e de lme trabalhista? Com iunn vitória menos espetacu"
lar (38% dos voto$),joão Goulart, o prirwipd hcdeixo político de
Vargm e prmidmte do PTB, foi reekito vice-prrúdmte da Repú-
blk'a, com o apajo do PSD.' A campanhi de Quadros ba$eou-gej
prirdpdmente, em uma crítica mombta da corrupção e da indi-
cièncin burocMtica, embora a injwtiçn oocial também tÍvCsR ddo
objeto de buas preocupações. Ele prometia acabar com tudo ino
peb Íokâ de bua personalidade? Goúlan. por sua vcl enfatizava
& A ·xpnmo ecjmcnNn r·1Wtv[)C px Cruz (ML T ¶34) fMM
&'%NupnmbpaW'· '~ivm,decom~ ~.vcm.e¶dmm.
w eme e capiubi» ívntm o guvu~ Aqui a cxmcepµoC Am~ r" virW vmcmdotodas
l. Qiwdnm &' ekküm
mhmou a pockm»a ckMr 194r FSDcFTBque
cxMjkÁo ekmcvml«om|x·w
e~m perrcpN» e dbµmm de outn» alom «»Mmkxji0 e poI1l«».
O mo 6ta ex~o lcln o '%ivo dc cmj7ar o pãfd de om«m alom, 2, Cmierm ddloml tmmkim naocx+ cMµ µnkLAN
= == ? "pmIç4o ·tívw e ,blemática ao pv«na m ddormlmv1o 3. SoIm 4 cwmmpUK» dc ~m c Dm mmµih pmkkrdü ~Skkhme
(1%7, pr IA7-W).

34 35
k

..j
a necessidade de mudanças cconômjcag e 8ocúú$, e lançou um Mani/blo d Nação expuwmm explicitamente buab o*m e G~
programa de reformas. lari. Megmdo a inconveniência de Beli Morno ao país. Prhmhm·
Durante seu mandato, Quadros manteve um governo per- mente wkmbmvam a alUAçlio dele como ministro do Trabalho «k
sonalista e suprapartidário, e implementou poljtkm controverti- Varg.u. em 1954. quando, na opinião dekm, "Goulart tinha 6
das e contraditórias que provocaram chões no prindpal urtido monstrndo ckmrnente bum tendêncW ideológicas estimulando e
que o apoiava, a UDN. e conflitos com o Congrrmo. Qumdo, Dele mesmo promovendo agitaç* h«jücntm e sucessivm com pru"
meses após ter assumido a presidência, apnmcntou ma rmúncW póÚtoo políticos". Akgivam que, n~bc jm'r1odo. "havia ocorrido
todos cis partidos pdíticos aceitaram-na prontamente. um proamo de infiltração de lidem esqucirdbtas e com~tm
Nesta seção, abordarei m evmtw que ocorTermn entrv a no8 ÚndicmoC. Também Aclmvam Goulart dc ler apokdo movi-
renúncia de Quadros, em 24 de agosto de 1961. e a pam de mmto8 grrvblas quando em vice-pmidcnte e dc ¶er simpático à
Goulart, em 7 de sambro. Durante esse curto ~0. devido União Soviética e à Rqjúbika Popular dn Chim. FinalmenW
ao impasse criado pela Neusa dos mÍnÍshD6 mililarus de Quadrm num tom intimbUtório, m|6umenuwmn que. por essas razões, r
em reconhecer o direito do vice-presidente à pmidènch, for- Goulart amumhoe, Ne!TÍA
mou~ dentro e fora do Fbrlamento. uma ampb coaliUo que
visava a preservação dm institujçõelb democrática8. m forçm de '1¶ ·'- 'Iq 1· no Nb um penodo tNjúkmda' deaNçôe%b Kmagm·
esquerda que apoiavam Goulart ofereceram forte mhtêirda à m&mmujkmerrm~¥x~~e~mcbdj&$erm
r]N, ck' MÜNenjo arrna& enhrrt através & qud acabamo ruindo as
tentativa de golpe e pressionaram pua que as ngras comtitucio-
pmprw imühúçNm &n~âtkm e, com dm. a )u'uça. a bbmbdet
nais para a sucessão fossem cumpridm. F.ntrrtmo, a articubçAo a pu kk'LaL um ob mms dkn µdrchim de nema cultura cnsa?
das forças consen adoras ruprcscntadm pelo PSD c peh UDN,
apoiadas Fx2la ala legalista dm É'oKas Armadas, conduziu a umn
Contudo, os minbtro$ militam lentaram, primeiramente,
solução de compromisso que garantiu a pom dc Goulart 6ob um tmndormnr Beú veto cm decbAo do Legisbtivo: queriam que o
regime parlamentarista. Congremo votame o impeachment de Goulart pelas alegada m-
~ de H'gurllnça mcionaL Com intuito promoveram uma
Qrie de encontm. Um deba foi com o presidente da Câmara dos
VETO MILITAR Depuladm, Ranieri Mazzüi, que em o 8ucemor constitucional do
pmidente no cmo de ausência do vice-presidente. Em outro m·
Goulart estava visitando a República Popular da China em contro, com cm lidem do8 partidoõ, ob ministros militam reafir-
urna missão diplomática, quando Jânio Qwidros, incmpcradn- maram bua intenção dc impedir Gouhut de amunir a presidên-
mente, renunciou. Os ministros militam de Quadrm encararam cia. O objetivo era aglutinar apoio político para um golpe de
a ausência do vice-presidente do país como uma oportunidíide baixo amo, ou Nek, um golpe com aqu1~ência do Conpe8806
de impedi-lo de assumir a presidência. Os minhhm militam de Mm Nb obtiveram o apoio bumdo, pob cm partidm ntcumam4e
Quadros. pertencmtes à "linha dura" das Fow Armadas, mani- a petum com o golpe. O mcontro, cntrcuinto, foi um pu!1$o m
f«taram suas reservas sobre o estilo político de Gouhn, amim dbeçâo às negoáK'òcs que acabmum desembocando na mudança
como sobre sua liderança no movirmmto trabalhktaú Em um do 6btemA pmidencialhw e na limitaçào do poder de Goulart'

L Estes mhbtm rnerrúm · um ET ck "~Eb 'í'";"" mi rrv©u b & 1vwu~


pm uma mrmorkm
d~rbç1o dcq^jhA&
mjNMm
dmtemWum.cmdocm
mcumo ver SUvamdmdeçlW
(1975. pp 97E%
po&km&Gouianno MhbtCrio · 'm~~k
pam- Rim maiom atim. verSkidnmr Cl 7. pp 127-31) Wmb«n a mmrbu de ^~m1 Ntjumo (19KJ. p. lO'*

36 37
Um menmgom o(kk1 foi envlMA ao Congmoo pelo pxm1· vk+pmbdenle no mrgo do pmkkmte. " : :, , : :hek
dmte lnlerino, Rmúeri húiujlL notukAndo© do veto doo minio. oboervou em um ¢u1njmmlo que vbnw dWwMlr 00 mlnbhoo
troo mWmm, 1'ormou·w, imedWúunente, uma coaltüo conlm a mililam, "Mo nó 00 pdllk·oo, mm |odMMc~0mo rd'dndb
ruptum hMilucioml, Incluindo tanto 00 gnipm nquerdhlno e cnndo o cumprimento da lei" '
mcionalimo que Apohvam m Mormm de GoulÍar, qmnto fçXü·
A ~0 ofkkl do ("onkrvno â de Mb
pm e lkkmnçm conmvadom. tmte ao veto núliWr rrprmentou tnmbêm uxm termthm a mmr
ter n autonomW do Leg6obltvo, r«imndo A
miliuw. Uma combüo (oi lormAa pura examimr o docunmüo
COALIZÃO DEMOCRÁTICA e «mbekcer uma pcmlç/lo cMkld oobrr o moumo, O docunmto
finnl, apmonWdo peb comlmâo o aprovado gimo unmhm'
C) rupüdío ao velo müimr foi vigomo e unânime dentro do mente polo Congmno (246 wrouo 10 votem), Ru8eriA a ndoçAo do
Congmoo? Mmmo a UDN e a ^b com«vadom do PSD, e dmemn pmWnenwdma como iurIA ooWo poUtkn µm a ~
principab opodlom 4 Goulm, bua rvcum em ace1· Em dum conclu~, entretmto, a commo 6virwujou o Apdo
lar lum ruptura imlilud~1. Emm úcknm poUtkcm enfmtmvam, do Congmoo à pcme dv Goulm da Aprovaçào cb pub"
em ku dbcuno, a diMinç4o entn comtituciomh e dd mentarÍM& De acordo com o texto:
lndivfdue que evenludmento det6m uma poúçAo ejetiva Nm
Mavm de Adnulo Lúcio Cmdom, um pmembenle líder cb "O mpdto â ComIjMçAo Foduml impXca om cumprimonto do
UDN: "Qunkjuer quo M'jA Cl mlnh4 apruenúo por wr amonmr à wu An. 79, com 4 lnvmúdum cIo Dr jaó Goúlm m '
PmianciA dn Repüblkm um homom «mo o Sr. Imo Goubrl, & RepábW, com on rjçkm quo o povo lhe conkdu, cgo
ado, w cNer d nr wbhdo o µrkmcmmmo, ve ¶UMakA 40 condb
nürúw dedMo lnabMAvvl C de luwr µm que a Comlitubçào beµl
i m p«ulW~ Mm0 MMomuC. Wuo mmj)°
mpeiIMa" (dlado em Vidor, 1965, P. m
CaMooo foi ~b kmqµ Uikí& ^plrovehou n oµmun1dnde
pm mghtmr tum ~0 crfnúnd cQntm o pmidente interino Atitude oemelhnnle foi tom& pelo pmidemte do Con·
Rnnieri o 00 trüo mínlôhm mililnrm, com lme nn Lei gwmo, Aluo Moum Andmdo, pm o emúdecimento cía &uí do
n' 1.079 de 1950, quo ddhw 00 crhneo de mpomnbilldnck cIem ponnc. Ele tomou m provldWlm nocmúrim pm n lmmmlWo
mbUtm do Bolado, 0 m Loi n' 1.802 de 1952. que dbpòe ·obrv do cargo, ao convocar o Cong~o pm â ccrimônh de pone do
cirü~ contm a 0q6umnç4 inturm e externa. Foram 00 Wguinteo Pnmidente dA Ropúblk». @ndo ~ forma. wguiu ao pC &
06 atoo crtmbc~ atdbuSdm dOO núnhlroo mWtmm e ao prroj. k·tm on pnocedhmnlm «mükucbnaio e igmmu a rmível mu·
dmte interino, ' 'l " ' ' ' ' no docummto apmenWdo m) Cem- dança de ni®mo. Qumdo o idente em cxerr1cio da CAnwn
tentnthm de mu&r, rk viol&rUa, a fonm de governo cb dcm DepuWdoo, $ê®O há . do PTB, ougeriu q"" 4 deflnb
República e a ComthuiçAo Federal' opodçôo à ruunWo e m) çào cí4 dnm eh cedm6nb jummenlo fome (rila apôo a vcMçAo
livru funciommento doo podemo dn UnWo; e, finalmente, agrvo· dn omendn, Andmde Nplkou que, de acordo com m conclu~
dão contra a vkh, n oegumnça e n Uberdnde do Pmidenlt' & dn comiWo, um q oulm cIovcriíun oer encnradm 1ndo·
República Ub, 29.8.1961; SIlva. 1975, pp. 624). rmdentemenK,10 Em outmo phvrm, o pmidenle deveM oor
a congmubtm. 1Mqmdentemmlo de ma vhcubçAo
pímklánÁ ddmckmni, um apóo outro, o diMto Wonleotâvd do r c)djKmno(wnpklo~ ~luthkprm Vkuw cms. F m.
9. Keblôrb ,1 ,. , . 71 µm «~d~ a ,
7. odd~mk ,, u . . mm~bw§·(lm)enmlwb ====' And-d·(mmpmmch'"mL

38 39
empossado quer a mudança de nglme teme aprovada ou Mo. pudlaram publicamente a tentmiva de golpe em cuno. Govmm·
Obviammte. Andrade sabia que a tendêrnia dominante entrv 08 dons de ~0 filiadw a difcrmw purtide também ddendemma
congressisW era a aprovação da cmmdn. Realmente, o Ato Adi- solução comtitucional e prtkipmm atite da opoúção à ten·
cional mudnndo o mgime foi aprovndo por laj%a maioria (233 latim de golpe dos minhlm militares. Govemadom dM nwb
lxrsus 55 vola). Entimlanto, a sua atitude denotava o compro- importanlm estados, em um encontro com os miniam militam,
misso do '"' ' r ' ' com as negrag comtitucionais vigenW. em decliramm que a única solução que aceitariam seria o recarúwd-
franca op<MçAo A tmtativa de golpe militar. mento do direito de Goulart ao cargo (CM, 1'.9.1961).
A opoobção ao veto militar Mo m nmtringiu à arena parla- Finnlmentc, e mab importante ainda, a tentntiva dos -
mmtar. Rilo contrário, a resistência dos grupos nacionabtm e de tros militares encontrou fone oposição nas fikirm dm próprias
esquerda fora do Con&mso foi decWva para impedir o golpe. Fon^b Axmadiu. O primeiro Unaí de dissidhxU veio de um
Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul e cu· iní)uenle oficial do Exército, o mANdulj Henrique L.ott, candidato
nhado de Goulart, wganizou a CiunpanPw da Xgalidade. Come. pruúdencial da coalizão PSD-PTB na eleição de 1960. Lott em um
Cando com a aquhiçAo de urna emaçâo de rádio em Beú mtado, procminmte líder da ala kyilim do Exército, com considerável
Brizola formou um m de 150 estaçòl!9 de rádio — a chmrwda premfgio entre a tropa. Em 1955, ek havia garantido a po6sc de
Rede da Legali&de — que trarwnÚtÍA. para todo o pais e um o KubjtKhck e impedido um golpe tentado peb ah djrdta das
exterior, ag palnvrm de ordem do movimento.n A cmnpanhn Foi'çô18 Armadas." No dia u:guinte à rmúncia de Qumbos, o
liderada por Brizoh logo atraiu amplo apoio nacional e. poôte- marechM Lott enmminhou um pronunciamento à nação decla-
dormente, apojo militar. Desempenhou um importantbúmo rando que tomara conhecimento da decisão do ministm da
papel na mobilização da opinião pública em todo o palb a favor Guerra, OMiô Denys, "de Mo µrmiti' que o ahuil Pmidente da
dn po·se de Goubrt." Rcpúblkn, Dr. João Goulart, entre no exercício de mim funções e,
O ~tímento kgilista «a muito forte. Explodiram grvvm ainda de detê-lo no momento mn que pise cm território nacio-
por todo o pb. &nbom não Geme gmeralWdo, o movimento nal", mas que falhara em demover o ministro cLõ Guerra "da
pevida «a dgnúkaHvo. ~p·hnente no Rio de Jamim e Rio prmica de mmelhante violência". Reafirmou béu compromisso
Grande do Sul No Rio de Janeiro, uma bem-gucedida gm'e nem com a8 inmituições demacdticm e conclamou '°1odm m forças
trunsporta gume levou a cidade a urna pamlbação geral O setor vivas da Nação [..J para tomar posição decisiva e enê®ca pelo
mnnufatureiro foi uunbêm bastante afetado. Por todo o pati ocor- respeito à Constituição e pmervação integral do regime demo-
neríun dernomh'am pir'ó-Goulart. No Rio Grande do Sul, dd crático bmsüeiro [.-J" (Silva, 1975, pp. 52-3; Victor, 1965, p. 333).
sindicatos se uniram à campanha de Brizola e expressaram bcu Ema dccbmção de Loti provocou bua prisão, o que multaria em
apoio reunirdo-w em 6essiio pmnanmle (Ericbon, 1977, p. m várim outrlw declarações públkm prúGoulart entre ob militares
Representantm da mais alta hiernnjuia da Igrgà. estudan. e FK)l|tkm.
tcs, associaçòes comerrúus e profWionais, intelectuais, tOCÍOB re- Maíb Mnda, as reaçm dentro das Forç.m Arrmdu não se
1imit,imm Cl pr'otestog w·rbaio. O comandante do III Exército, ge-
I) Pani um relato maio detAlhjck) dcme movimmlo, lwcado em mtmrhtm cY)m neral José Machado Lor8, oedkdo no Rio Grande do M, rebe-
panwipantm. ver Ulmld (1'1%). bum contra a autoricbde central do ministro do ExeMtoed«e-
12. (h mulwkm de umA Fmuu" de opinüo púbhc4 no boado da GmmNm
mcmmvam cjtR 81% dcm mtrrvweadcm apuúwmn 4 0ucrm4o Kpl er¶mMo
10% era Íavomvcl a nuuúuy"' r'" o Mmc pmürnmmbw Apenm 9% 13, WSlqmn (1977. p. m c Skidmmr (1967. pp. 1!135K). Sdmo µpUh UDN
achava qnc Goulm devem Ber impedido eh' ocuNr a Pmidêrrk (Ehcbon Imle golpe e m inlervcnçm miHuim em outrm (Kmm, VW
1977, p. 104) (Ml).

40 41
G

JÜL
m mi npolo A Cmmµinhn da L¶çnljdn(|e. ou chrunMAnclm quo "lkínda de Mrbka" dn UDN," Lacvkí4 divulgou umA now criti·
condiuimm o general Mm'hndo Lopm a lomnr decimo fomm
mndo o "Íormabmo" doo dderworvo da ConMihúçâo' "Ao lnvêo
m ordem lmnmútklm pelo Minhlério cía Guerm primdro no co. do exmnhvir a crüe õob o mpecto chi dd~ dn democmcW e dn
mandante da FoR"a ^CNm do Rio Gmnde do Sul e depo1· ao Wumnça nncbond, contra a okmhm oub-mptlch do comunbmo
prúprio Machado Lopn. pum empwpr mdoo mlhu~ a (Lm de jntorNlcjond em nom PAlha, fixou-w a opLrúAo pública nm m·
inthnhbr 00 pmk"iµmln da cAmpam e, Dê 1MxmUrio, bomhu. pectcm formnk dA kgMkhvde dA pcme do Vice-~denk deito"
dmr o PalAcio do Gowmo do Eowdo. Eh d«·kliu Mo apemô
(cllado em Victor, 1%5, p. 414).
d~bedecer a moas ondem, como Wmhhn rompur com o mbúum CX de6moorm de Goulan inlckmm mhtendA ao
eh ca Comunkou mia ¢kcb4o a tOCÍM m agèncW müitmm 8o|N. ljrizob convocou a polbdn mWdud pnm J J ,1 , Rúb
wkvnnW e ruileruu 0ua ónhmçNo de "cyxMr a «muitubçAo vigmle e cio do Governo, qw foi cmmdo por ' " ' ' '+ nmmlhA-
Mdw qudkjuer oolwào que Mo í~ neb b¢~a"." dorm pookkmmW mó jtmelm. A hnpmm foi de qiw
a primo do mmvchd LolO e a ordem «bcb pmn que o co- 1Nm oer dbtdbuSdu nrmmnmtoo bquob qu' qubmmm p"'"
mmdante do III Exército bomhNM~00 o FhlAcio do Gowmo mmwcer no prüdb (UNKL 1906, pp. 7644). No Rio Gmnde do
emdual rmmbvam a dbpcMçAo % núnbtrm miúWrm pAm w- Sul. a µdklo do Brizola, o commdmto do III ExCMIO anumiu o
convrà Íoka, um v'ozque Mo lwvkm obtido a concoMAnch do conlmk & poUch milhar e mtendeu a dd~ a vArioo pcmtoo dn
Congmuo paru o Mpmchment de Goulm. Uma declmçAo do mpitnl do bwdo (Ulwki, 1%6; CM, 1'.9.1961). A popubçjo Iam-
Apojo a Lott, divulgmb peb cAmm dm [kputndm, confirmou bOm (oj mobüímdn e Mimda nop Comilh de Rmblêrwia Demo·
o MMÍmento de que n prido de Loti em comidemda pelo Cm. cMlka e (omm dhtribukl,w amim ado nwmbm comith)'
como umn cIam uvklêMn de que dd minblroo miliuum ljrüoln &momwou unw Iode dhpcmkµ1o pra manter a mlòtCn-
querinin impedi' a pkmwc de Goujart "a qunkjuer cimo". Nn vm" cía. Como anunciou:
dmle, o paín emnva em um colado do Mo de Imo. A mpmMo b
domomlmçõem prUGoulnd rmullumm em pNOm ilegnk, cm· NAo p~~ a rvvoluçjo mm a m$M0MU a fim do pm«var a
oura da hnprrmoa e do rudio, MvmAo plkid de oedm do dndim· mdom ju~ do p4Ir. A democrmü vlgonw 0 1nmtb(MõN; no
too de Imbalhadom, e mulim omtmo violnçõen do dhvllo da llvw ontmA 00 a NWç4o õ Mm com domocmcW 00ãa pior oom da
Amocinçao e expnmüo (Victor, 1%5, pp. 366·77). o quo 0 ~oMo ô o ApmdçoMn0nto & d , . . , om
Nupr~. No0m fKMçdo ô lrrwogAvol, quo µm nrmcm
O Emdo eh C;unnd0bilra tm|omunhou a mb dum rvpmoüo
mmgúbz Icm, 1'9 196lj
cm ramo do apoio de mm govemndor aon mhÜõtmo mlbluim.
Contrnrhndo n dhpoúçi\o gemi dn rmçAo, o gowrmdor ¢ía Gua- Fnlrvtanlo, o dewnrobr doo manlodmenbm, como 00iní
nabara, C'arlo8 Lmcerdn, era cl únkn ljdemnçn poútka expmoiva a moolmdo abMxo, Mo (avorucmj a dlmímthm )tmnenlo kgiíl, e
óummlar, e mmmo a inciljr, a inW'vQnçÁo núutAr,l¶ Afimclo com 60 óoluç/bo µubmenmnm pruvdocmu.
o µdrào de raciocínio rrhtivo à democmck dlmenuicb peb

¶4 Admchµodm evrnum n;rmWô P'mk~e ModMnLopm WúN-oeem ICi lknrvkbm mmmtm mm 4h a UIJN como tum ~ mjcm p'1'"1p"" 0'
m nodk¶mmrnhp(l° ^·KN 46m0 ~«Úrkk¢umo4 ckoutmo kmlm
1CB6¢c(M de 2n cka ,rlMO4 2<kt Wembmde mn havkm mmkb ~r" "'" opmüo m mMM e Wrw. µk' Maqnc ·W¢·
lã a«wúomn CbnSdm á·FMw,dwhmo bimo h4umw Mm mMko a cwnôpµu k' »PY0·INP o + cbhm çk um mxkb ih· íkwncúvb
memo "r·olk·m1" T). P M).
y j V MM N I iWdriw. moim + * H kdMM& & mamm~ |7 Vbrsõlv4 (W73o F,l:»l,yn"mpn~m lmrm~ c-wnlth P··K· qr·'
. Mnm 1^yMA W Ump muú Mu|a pm |mmkcmhn wrhmn okb dkM;L_-mO ArvnA0, mm mwúwrr qiw fumh 4 f°nxmmmd J0·
M · g ,anwqpr(m. Ml. p m 1Am ko(laNKL 1W& p 77)

Q 43
SOLUçÃO PARLAMENTARISTA do regimeú' Goulart estava relutante em aceitar o regime parla-
mmtarista. Ele indicava a tradição do presidencialismo no pak
A guerra civil era urna possibilidade e era percebida como como uma razão para manter aquek sistema. 20 Entretanto, não
tal. Mas estava smdo articulada luna solução política ao impasse. desejava perder a oportunidade de assumir a presidência da Re-
Logo que a crise política irrompeu, surgiu a idéia da mudança do pública. Além disso, desde o princípio, ele havia manifestado seu
regime. De acordo com o ministro de Relações Exteriores de Jânio desejo de evitar urna guerra civil e o derramamento de sangue
Quadros, senador Afonso Arinos, o impasse criado pelo veto dos (OESP, 13.9.1981). É interessante notar que Goulart já havia ante-
militares a Goulart criou a oportunidade de se estabelecer um cipado as dificuldades que iria enfrentar. Quando, após ser infor-
sistenuj parlamentarista no Brasil. Arinos desempenhou um mado da Nnújncia de Quadros, foi chamado a celebrar, respon-
papel cemtral nas negociações que levariam a essa mudança. O deu: "Se vocês quiserem fazer um brinde, que seja então ao
primeiro passo naquela direção era buscar apoio militar. No dia imprevisível e não a mim. pois não sei o que pode acontecep",n
seguinte à renúncia de Quadros, Arinos fez contato com Cordeiro Nesse meio tempo, o Congresso apressadamente deu os
de Farias, que, além de leal aos ministros militares de Quadros, passos institucionais necessários para tomar possível a mudança
era chefe do estado-maior das Forças Armadas. Cordeiro de Fa- de governo. Estava sendo debatido no Congresso um pr'qPto
rias concordou imediatamente com a ideia do sistema parlamm- propondo a mudança para o Fmiamentaril$mo, apresentado por
tatarista. Mais do que isso, ofereceu meios para concretizar a idéia: Raul Pília, um defensor histórico daquela forma de governo.
providenciou transporte (um avião militar) a fim de que Arinos Com o objetivo de adaptar o projeto de Pília às circunstâncias
pudesse ir a Brasília para iniciar "negociações" visando à mu- presentes, constituiu-se urna comissão, composta de líderes do
dança do regime. " [k, acordo com Cordeiro de Farias, o sistema PSD e da UDN. A fim de acelerar a aprovação da emenda consti-
parlamentarüta era "uma fórmula excelente, pois propunha a tucioruji foram também tomadas medidas para mudar os próce-
coexistência da legalidade com a estabilidade política e o exerd- dimmtos da Câmara dos Deputados. Todm ã3 medidas institu-
cio conipetente do governo" (Camargo e Goês, 1981, p. 542). cionais possíveis e necessárias para efetivar a mudança de regime
Outra importante fonte de apoio mtre os oficiais prúximos aos foram fácil e prontamente aprovadas, o que revelava o apoio
ministros veio do general Ernesto Geisel que «a o chefe do Gabi- existente entre os partidos para essa solução.
nete Militar. Geisel participou do encontro com os líderes parti- A mudança para o regime parlamentarista tomou-se a solu-
dários e desempenhou um papel ativo como mediador entre os ção dominante. Faltavam aos ministros militares meios de impor
políticos interessados na mudança de sistema de governo e os a sua vontade. mse caso, di6erentemente de golpes anterior-
ministros militares (Silva, 1975, p. BB). mente bem-sucedidos, as elites políticas não questionavam a legi-
O segundo passo foi obter a concordância de Goulart. Este timidade do Executivo em assumir o cargo.22 À medida que a
foi aconselhado a não entrar no país a fim de evitar sua prisão. oposição crescia, dentro e fora das Forças Armadas, os ministros
Durante sua viagem de volta ao Brasil, Goulart vinha sendo mari- militares, conscientes de seu isolamento político, tornavam-$e In-
tido informado sobre a situação no país. Na última escala, em
Montevidéu, no Uruguai, encontrou-se com o porta-voz dos gru- 19. Tarxmo Neves foi Ministro da Jwtiça durante o Yvemj constitucional de
I' ' "' ' "'vadores, Tancredo Neves, e concordou com a mudança Va%a$. Ele penencia ao PSD de MiruuGcrais e hina pcRlidoa deiçao parão
Cmo deseu Emelo pam Maplhãe Pinto. da UDN.
20. m n.·vhta com Tancredo Neve (Smjbr, 104.19&5 e DESE 3.9.1%1k
21. Enlnvista com Raul Ryff, SecrtUrio de lmpmua dc Goulart e seu amigo h
1& O ^m de Ákjrkm (DESE 13,9.1981) coirwidc com o de Cordeiro dc Farias tinK)(.Ryff,lgm.
l" ' ' ""' ' 1%1. r S3Qhe=to pelo fato de Arinc» dierque omconho 2Z A pcmkào dm diw polfticasé vista porStepancomo uma condição r«msáha
ic «demj enqumto Farias afirma t« sido marcado com antecederria.
p'm o "remo de golpm (1971. p. 86).

44 45
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Q%~KIo0 em luna mluçâo pm:üka — o K para cG ·1gnificaria m6ulmentav& °Sem pcme não funciomda o n®mo&
mw "mídn honrem" d Deve ser notMo, no entanto, que o mani- donar o regime, ruo funcionaria esta cm; terWno0
Gio que elem divulgaram, quando a emenda µrhmenlarista que esth longe dc nouas preocupnçõcC (Silva, 1975, p 4¶o
ainda tmlâvA Krldo discutidn no Congmso, já deixava «paço Da parte do PSD havia ainda dum outras m~ µm ODU
pan' um compromWo visando â mudança do rrgime. No final Apojo ao 'egin'e parlamentarista. Em primeiro hjW wmdo o
desse documento afirmavam: "Na Pmidência eh República, em partido majoril,irio, de de$cmrnhlria um papel impomnte m
n'gime que ambuí ampla aulon ade dc poder pessud ao Chek da formação do gnbinete. Seria, poruinlo, capaz de recuperar 6Uâ
Nação. o Sr. Jojo Goulart con$lihlb~ sem dúvi& no mais iníluêrKia (pedida com a vitória de Qua~) sobru a Aminb
evidente irrrntivo a todos aquelm que desejam ver o Pab me%u- tração «mirai e â8 políticas de governo. Mas havia também um
lhado no caó», ni munquia, nn hm civil" (grifo meu)9 Um cAjado eleiloml: empossado pn·hdentc·, Goulart, que poderia vir
ultimato, emitido por um influente grupo de genemb, liderados a nr um forte cnndidato pn'sidencid em 1965, seria excluído da
r" Sqpdôui Viana, foi o golpe fiml m mistênch dH mínimos disputa cbqueb eleição."
militam. Iktpob que este ultimato deixou claro o isobmento dos A clcfma de uma solução mtriúunente conmitucionnL ou
ministros militnres, eles concordarnm em aceitar a deciüo do ocja, dar o pleno poder presidencial para Goulart, pernvincceu
:ongrtmo sobrr o d$6unto. Como vimw, a ala kgalista dm For- confinada a urm minoria. No Congresso. a ala csqucnbv do [TB c
cas Arrrudm dhcordava fortemente da intervemao unilateral e repmcnlanlm socialistas denunciaram o "golpe branco" im-
dos ministrrm, mão compartilhava da rmerva com que w minis- plícito na lei que irwtituía o sisterm parlament^la. Delensores
tros mcamvnm os pontos de vim políticos dc Goulnrt Por isso, tradicionah do puwhmmtarismo, tal como Raul PÜÍa, o autor da
embora esse grupk) "onsiderasw ilegítimo o Mgumenlo de ·egu- emenda original. uniram-se aos mpmentantes da ewquer'b para
mrka nacional ob!jetivando impedir a pcme do vicc-pmidente, dmunciar que 0 dcci6ão para mu&r o mµne mtava ~0 to-
era·lhe muito conveniente uma Boluçb intermedürM que permi- mnda sob pmuo. O candidato potencial do PSD pam a presi-
tisse a nulnulemo cío6 poclenm conMitucioruíh de Goubrl, ao dência em 1965, mwdor Juscelino Kubbtchek2' votando contra o
mesmo tempo em que reduzia seu poder reaL seu partido. prumonitoriamenle. advertia:
Para m putidos conservadorm, a mudança de Ngime, ao
manter a Comtituiçào. impedia a ruptura institucional que amea- Não e poryue ebk*lmo$ lodo» convencidos de que o novo sbtema
çava o prucrsso eleitoral ac) nwmmo tempo em que rrduzüi os irá mdhcwak o País, [nas para rmolver uma crhe momenlàma
riscos de impkmentação dc pdllicas contrárias a seus inlcmses, que mv«whmos pelo chmonhx"tdo, que adimnc» 4 cnw para
caso Goulart conlime com pkno6 podem presidencinh. ÍnIo sig- agravá-b, amAm, tdvez de forrm ôrremediâveL Iuh. 4 9 1%1]
nificava para eko uma oporturúdAde para conseguir nuih do que
"aimpbesmente hmr votos para que o emimite Residente João
Goulart (..J comtitua o seu Govvmo com base nacional com um
Ministério dc coâliuo, de forma que todas as fokm vivm da ». Nas pMvnu de Ni Cmcdo, vaw "mpcm" do PSR "^ ml4 K)mo ~ já
nação sejam convocadas e participem do novo Governo", como ruo era nub d anú·jk65; .= k'v' no Mo pockN Dê' µ'Ago
candicbbcx F~ o PSD . a demxmdm m µb. mas
afirmou o uhmcomervador depuMo do PSD. Último de Car- ckkmkmk~ rm iw5" (ciwbm 190&p11Q.
valho, em sua d«"bração defmdendo a pcme de Goulnrt Como XL KubBk NL «pIno um c~CLjhj E~ N~mmlevm~ mebei-
çao dc 1965, (Mhva dmamme inlemuMo m mmjtenç6cj do pmkfcncia
lismo. ErilMmlo. · hrdtode0m ~,p'~«mm o obtcrm. portnb
n Nm rlavm d¢'huKmk) Ncvw (Smbe, IOA19K5). 6 baMdom & tmNduva pdb '%K'n ErWmm~ «Imo u'm WiK'K'
2& MuWkstu dNukANb jxk· rnúü3üw Hlií~ aRMocm Andmde (19K5. p IN). provisôm dc cmrrNKIA. Emrevim com imo Nem (DESE'. 13 9.1%1).

46 47
Brizok Wmbôm 00 ojjôn erw®cnmonte à ooluçAo µrbmm· cIe do prrhchmte de dimolver o Congmoo e promover
tariota. To<bvin, Mo foi caµz de oÍerucer grande miotdnch. Mn. ekiçõcm. Ena cnmcterlmicn do novo oblemn pneocuµvn
chndo Lopeo concordou em ApoiAr Brizoln apenm até o momento inlmenlo 08 miniotm militam. EIco marrnmm uma rvunMo
em que a mmpanPm por ele lidemdn "atingkoe o objetivo de Dê o pnmidente em exercício, Mnzzlllj, µm 00 certúkmum de
chegar a uma ooluçAo democrAtica pam a crbe". Lopm ouopeb qm Goulnrt win impedido de exercer ema fnculdnde, cuja indu-
tava muito dm intençõeo de Brizob. Em oua opiniAo, Brizoh üo no rmcunho da em¢ndA conddemvam hmceilAvel (Silva,
tlnlw "a Ideia fim de cubmüznçao do Bmdl" e dmavtl um 1975, pp. 90·1). Na rtmljdade, poNm, embom a emenda garan"
ooluçAo que oubvertene q ordem democrAticn (Lopeo, 1979, boe Íormnhncnte no pmidente a pNrm8auvâ de dWolver o
po 61). Por em muo, MncNdo Lopm heoitou em junlapoe ao Congrvmo e promowr deiçõeo a fim de nglutinar apoio pam
movlmonlo do Brizoh e tentou primeimmente eotnbekcer um polMciw govemmnenlab, a utilimçAo efetiva dene mecanbmo
dWlogo com o minhtro dn Guerm.z7 Apóo ter mebido a ordem Mo em pcrmitich a Goulart, poio, de mordo com o Ato Adido-
de bombndear o PMAcIo do Govemo do EsMo e de Ia ter decb ml lodm 00 mnndmoo kgbhlivoo em cuno cotavam gunntidoo.
dido dembeded·h, Lopeo foi Dê encontmr com Brizoln buocmdo Iodo querh dizer que üü medidn oomente oerin aplkâvcl à kgjoln-
convencê-lo n moderar Déu dhcumo e a interromper a Cmdela eh tum oeguime (migo 24). A oegunch medida tnmbCm talhíúb
Legnlidnde. Mm, umn vez In, decidiu juntnr"oe ao movimento paru m cimmMncim egpeclfkm da crioe daquele momento, era
(Miva, 1975, p. 138). Não oboümte, Mirou Deu apoio a Brizoln logo a lrduuo da vngn chíusuh de "risco para a oegumnçn nacional"
npóo a Acd|nçáo0 por pano do Gouhrt do xvgirm munen^tn. mitu no condiçW pelm qunio Dê pode& pedir o imµmhment do
Qumndo Gouhrt chegou a Poro Akgm Lqm comunicou a Brizob pmldente (pMgmfo 4 do migo 4).
que, dmjuek mommto em dhnte, Mo mab o apobuin m qudkjuer Mm, ao moomo lompo, (omm mmtklm dhmmm pxvrrognli·
tmtativn de mhlir à "ooluçao pc1fka" (Upem. 1979, pp. 83·5). vm do prvddente," Ao nhibiÚçõem do pnmidente e do prhndro·
O multado deme proemo foi o emabêlecimento de um mbúmm Mo miavam chmmente defhúdao e, em nlgum cmow, Be
rugime pnrkmenuwbta "híbrido", que acomodou e inteívmeo oobrvpunhnm. Por um Indo, o primeiro·miniolro deverin exercer
de principaio grupoo mvolvido0 no compromimo, à CliMA de o Poder Executivo anteriormente detido pelo pmidente: cabia a
uma ntuaçao dkmz e do funcionamento do govemo. Como nco· ele a inicimiva de propor projetoo e o orpmenlo govemnmenml
nheceu o primeho-miniótr'o Tancnedo Nem, a emendA prove- decmnr c executar a intervençAo federal bem como o cotado dc
niente do Congmoo apmentava "gmveo erroo de técnica kgioln- MHO. Por outro Indo, o pnimidente mantlnhn o privilégio de no·
liva, que tomnvnm impomív'el a pMtica efklmte do governo", A mmr todm 00 mhbtm no Comelho de MiniMx'oo; dbpor dm
emenda, Be8undo Tnncmdo, "amarrnva a ação da admhúotrn· cn%o0 públkoo federnio; vetar pmjetoô de lei (o que podeN Kr
Cão e abria enôejoo no conflito intemino enhv 00 participanteo anuindo por trOo qubtoo doo voto0 de amim m com do Con-
do governo"9 ~0), entm outro0 podem, Contudo, todoo 00 Atoo do pmi·
Do miniMroo militnm impuoernm dum condçõeo pnm a dento dn Repúblka deveriam oer tmto pelo pri·
aceitação do Ato Adkionnl. Ambão tinhmn importanteo come· mdm·mhüôtro como pelo mlnbtro tituhr da pmta a que Nê
qü&nc1m oobm a capacidado do Executivo de mnpbr o apoio ' rderimem. Todw cmuÍsmm lormvam ^ dúkil ti eficiên-
poHtko dentro e forn do Parhmento. A primdm De rdeN lb cin govemnmentd,

29. coMam do Nrlm rdmou cjUQ 00 mllíwm Mo mwvem tcmlmmm Mlin(dtm


27' È%r °tg"woo "nvbu o ymeml Müncy m) rio de )4Mm (SIIvL 1973, com a porque d4 mmlnM mkumm pmldmdab que
dm mh~n que um pmkh'nic Mo «veria ter em um n®mc µrkmem·
2& ammvW Qom Tknmdo N~, O (4, 7.9.lWl. Rma (CkmAW oGam, 19Qll, p. 535K

48 49
Deve ser lembrado, finalmente, que o sistema parlamenta-
CAPtTULO2
rista foi adotado para ter vigência temporária. A mudança de
regime teria que ser submetida a um w/hmdum nove meses antes
do fim] do mandato de Goukut?' Além disso, o Ato Adicioml O PARLAMENTARISMO E AS
aprovado estava sujeito ainda a um processo de institucionalização
posterior, ou sgà. à aprovação de urna kgislação compkmentar.
POSSIBILIDADES DE REFORMAS

A solução parlamentarista foi o resultado do sucesso de


uma ampla coalizão fornuida em tomo de dois objetivos básicos:
primeiro, impedir o golpe tmtado rlos ministros militares de
Quadros, e, segundo, garantir o axrabouço institucional vigente.
Os militares ficaram isolados em sua tentativa de romper as nor-
mas institucionais. Mas a correlação de forças entre os vários
grupos que se opunham à solução de força tomou impossível o
cumprimento estrito das regras constitucionais. Em conseqiiên-
cia, urna solução de compromisso foi alcançada: a posse de Gou-
lart ficava garantida, mas sob um regime que restringia os pode-
m presidenciais. Essa solução provisória conseguiu impedir o
golpe, mas também frustrou as expectativas dos grupos naciona-
listas e de esquerda em relação às reformas sócio-econômicas. Em
virtude da ampla maioria que os partidos conservadores deti-
nham no Congresso? o novo arranjo institucional oferecia garan-
tias adicionais de que a ascensão de um presidente comprome-
tido com um programa de reformas não pntjudicaria os interessé8
representados por esses partide. O artigo da emenda parlamm-
taxista que impedia Goulart de dissolver o Congresso fortalecia
301 Esta cláusula é urna evidencia clara de como a emenda foi talhada para uma
simaçaompedfm. Atendia aos intermes daqudw quedmYavamo pmickn· ainda mais a posição deste Ui$-à-uis o presidente. O sistema parla-
cialismo, mas sommte dqx)i3 qu" pmm'"o "P"©'" :P'=mdo porCou·
lart Curicmmme, entrttanto, da também forn«mj a .mulan uma arma cm
sua camµnha µra um morno mais imdialo ao sistema pmidencialbta.
i. n dois maiom partidos ccmservadom dclirúwn $ozinNjs 57% dascadeim
da Câmara dos Deputados c 62% no Seruch.

50 51
mentmüw dimlnuh, portmto, a probabilidMo do lmpkmmM- gern no noH regime. Como vimoô, o Ato Adbdoml "
CIlo dm míonnm Mklo«onômkns mnio profundno exigldn pr
ívu o Nrlmen|anbmo foi provbôrio o ddxou mpmao
vAdoo grupoo nm'iondktm e de mquedü A60egumvA quo a do fuMonmento do BjgtemA µra ·er reguhmmtado par 1k®r
pru(undkbdo dm Monnm e o ritmo de bua LmpkmenWçAo teme lnçAo oupjmenwr. A eme mpeito, um qumtAo crudd m 0
objeto de uem lula Nútkm em que o Parbmenlo d~mµnhnN relnçM entN o Leghblivo e o Executivo. A inmituci~uçAo do
papel cNve. Sob o ohterm parbmentmúta, a mu&nça KjcÁj
regime dmn&va um edorço oubuõnckL smbf^zeT m cmcm·
deveria oer produto de um pruceno gmdual, Iob denuinjm por mudnnçm Mklo<'con6micm em o õegµndo
Enhvunto, o gowmo não podia ddmr de comiclemr o im- dmnfio prvpoto ao governo. Imo exigW utn acordo em torno do
portante µpe1 d~mperúwdo po' gmpm que, durante a crhe de medklm 0Ib0tnntliva$ vbando mnplhr a codlüo pró·m{ormm.
oumUo, ddendWm um Aprofundmnento dm mudMKm e m Em maw. o prkmcntmhmo como um munjo imtitudoml
crmcentm dwmndm Nr rdormm. O primeim·mhúmro Tim. excluk n pm'bWdnde de um pmgranw Omngenle de rdomw
endo Nevm lovo Ilnu comprvenüo profunda dm pmbknwN pohtlcm 0 KlC|6 maio proíuncbo. como em exigido rw grupo'
0ulNcenl« lb crhe polllka e dc» dmio0 colocadcm NrA o novo
' nnciondhw e de cmquc'rcb, poryue ele foi tnhdo exatamente
governo. Vale citar um hvcho de oeu dhcuno qiumclo da apiv- µirn contrcbr o pnmidenh· e, no mmmo tempo, aumentar a In'
ommçâo do progm'm do govemo de o«j gabbele. 1Mgíndo-w (luOnck do Congrrmo M)bre o prócemo de tomada de d«!b&mk
ao Con8~o, ek adverthí: Entmmto permlth que rdormm grmhwb c modem&ò (amem
imphmmudm tum vez que «mim, do pmto de vüla cmo«vador.
Não noo ljudmnoo l.. ) com a trügm que k cnwj dm noo concedo, como havb ímhtkfo 1'ancrrdo Newo em ncu dbcuno de po00co
0 AbO com o cllm do gume unlvend NmpMW 0 km vonwdo quo oerinm cANm de impedir a comoli&çAo de um movinwnlo
com a noou 4+ do jpvorno. m uügm e amAvd «xµcW· ·ocb1 de 1uµ eocnk em lavor de mformm mnb mdkab.
Uva apcmb im mocolocando amo o djkm c1Amko do &ciím· M rdcmnm pcmfveb oob o µdlunenh~ mtxr
b — 4 cdõe 4~ bmromp1& — ou oerm» m oh ckvom6 lnnto, fkmkm Imanto wtjuóm dm t:
Ou nõo íormuhmm oKihKõm prvmmoômo eh novm e mMom
«julvoco0 e conlúlm quo 00 do Qµm dim etrAo, ou mimwtkm movlmmt0 Mkúm
abdkmdo do Co4 00p0mN'a de mlvu» µm nomo pmrlmõnlo movimento Ç ,,, j u d m tum ommêµ qW
mplrlluM de cIvm& llhmhde, pu e oobmnhi. Ou Mie gmrerno dmcm1ava conceuõeó e compromboo, Além dbo, tum 00tmtc'
mumo dedo u um (orlo conMdo qÃnmNt»e mjbmuw, com do. gh de d~túdümçao do oblerm NdMN~MAp mjMã pejo
dMo " «'agam lmudmMAm w lmmm quo ·h1r 40 anmponm próprio govemo, minou 00 a~ cllr®doo µm m Monnm'
do viajo µm ouaçao & + m Avmtum e mm 4$ hnjxxhu o govmno de amr "' 1 " " ccoMmkm pteuwm
'Mbçom'mpmmm hnlmdm& Km~ Nmjkml 1%1, p mu Nmle caplhúo Abonkrd como De ckmmvolveu eme ph"
('moo cIo emllo do µrlmmnMmo e dum comeqíiôncim pm '
O novo governo mhvntava Auim doh chmafioo Mnk"cm, C) legilhnklmle do obtêm pobltkoo O d*tjvo ô enfatimr 00 eícíw
= em conoolkhr o compromhoo inMiludond quo deu ori- provocada Np Qmkn ~0 oohm m NBHibj|id6lc|elb Muim de µ'
omipür e ccmoü&mpob pwm a n'u&nçA 6ucáí e. conneqüenw
Z Nmwmjú 6~ m Mrrk&p µm a imrmAmm ck Armr*m m mante, òobm m chmm de 00 comtnur um c'ompmmiuo em
tomo de um pimjeto comblentr dc reíormn. dentro dc um arcA'
P~Nlk|Mk, de NmujWahm
de Ndimr jMnk«
1nlm~m tk «xxvb
mµx1fkm mm dc
de jçn'p — "4
q'mdblf1tmKN)
'1Nm rm4 dw
mmoo do qiw µxkr N|||kç) -- ç dewrmimdm m) 1Mpmo Qomµo, pcü dbld bouço democMtko.
~ do ncumj0 ¢jw 00 µnk'lµmm lmn'm µm m cwIÍjNm n rr)r Mmnkm
Hm·l|kw"(lm p m

52 5-,
i
M
INSTTTUC1ONALIZAçÃO DO REGIME *
pocktr do Cbo de Mhblrrm. Pcmihlúmw porexempkt W um
PARLAMENTARISTA
podido do &loyç4o do podem po' pm" do yblrwto Fo000 au+
mmkmnmto mlükMo pek) Congnmo, cmo eme não cm~ a +
A kgblaçâo complementar nhum dccbdo mim o ~unto a pmir & trintn dúw dA adidMbú
O lmghbtlvo NIô tomou nenhuma provklênck a mpdto
A 4provaçao da kgiobçao complementar ao Mo Mkioml deooe pnojeto0 porém ·ua mem 0pmenLNçAo ·erviu pm allmm·
que mla&kam o parLunentòiNmo em o primeiro µmo para a Wr owpdtm em mbçjo Ao ínm'am do C.oukrl. Já quo dua Apro·
imtitudondWçcTo d tvghne. bm kgbbç4o. µ prevbW no VKAO exigk Apenm a nwíoN abohm do Congrmoo, e prop~
Ato Adkionú vimva compkmenWr a orgmMmçAo do NmemlL de kl compkmenw do Ex«'utivo (oi Lnterpruuub como tum
mpmklmmte com mpeito 40 quemõeo rdrmnlm à dekyçâo de lentmiva do Goujm de lazer pmmr, oub·wplkbmmle, ium r+
Tem kgklmivoo ao Comelho de Mlnhtm, um probktm formA comtitucioml oem otmcrvar a exigência comtituciondl de
complexo a mpeito do qual o prrcipiWdo Mo ^dkkmd em d& Wnço0 (OESP, 26.9.196|).
omhoo. Far4 cltbwub em c'enlml µm a qucm4o dM Mormm, Fm outulm do 1%1 foi crúK|A unw comhojo tntcrpmbdkN
poio, por meio dek oerü p~¶Nd modificar do Pmvdhnmtoò pam ebbomr um m|eprgL'to de Lei C"ompktnenWr.' O mtepro-
lqlblAtivo0 imwio e acekmr o proamo d«bõrio. De modo jeto do UghbHvo contbúw mulim rvôtriçdkm A ddqpçAo de po-
'Dm o Ato AdicionnL a ~hçaoqu0 del¶µva podem kghbti. leghbtivoo m gabinete Emlwl«'ia, primelramenle, que
vw ao Ex«utivo podk Der apnova& por mÚoN MmoluW de um µdjdo de ckkpçjo lunü que ·cr aprovado por maioN Ab-
ambm m Cj~ do Congmoo, em vez cía mMorin de doh |eKm oolutn de wmbm m Camr do Congnmo, mm dua mvopçâo,
nxjuerida pm matérim cmwthuciomb. pmrkl ou told, pderW oer pi"poma por qmkjuer ccmgmohtn e
^ Lei Compkmenuu; mtmanto, oofmu um demomdo pro- Aprov4& por mMoN obnplm (comidemndom a poodblú&&
amo de dhcunMo e voIKÁo, que durou várioo nwm, Em como. de âbmmçllo). Em oegundo lug'ir, qunkjuer pedido de &l~o
qüêncW u primeiro gabinete AHumÍu oem 00 lrunloo que eoln de podem dmmN mpecWicAr prucbamente o conMdo e a
kgbbç4o poderia tmlho gamntklo. nbmngênck cIa &kgnç4o, a 0w bmo jundica q tum eothmthm
Anta que o Congvuo tomim qunlquer lnkbltvn oobm (l orWnenlAN, Plrwlmmlo, mmddÀo rdnüvm a tmuido,
kghbçdo compkmmWr, um projeto de kl µhucinndo pelo pru- de moedn 0 outmo "mmêrlm do exdudvu comrmndA do Con-
·idmte foi Apr€mentndo aos lidem doo µr1idoo, embom nilo tor· grmoo Nadond" mm exduSdm dA dolqpç4o ac podemf
mnhncntc mviado ao Congrmo.' Eme projeto mpmenlou um Ch debmoo oobno o projeto pmµmdo pdo Lm|ekHvo
tentntiva de iníluenchr o equilbnb de poderem hvur do Exmiuvo. foram ndhidoo por djvmao ¶mm, Atê que a CAmm doo uepum"
Obvúunenle mconbmu forkm mbbêndm por µm do Congrmo. dm o nprovou no final de demnbro de 1961. O proemo no
O pn*lo do Executivo em cmlmdo m rvguhmmwçAo cb S«wdo foi mdo kmgo ún&. No final de mnio de 1962, o Semdo
mldção do pmbdento d4 Repúbljm 0 m &KpçAo de Podu, íirvdmento aprovou o pmPto, nok incluindo, no entanto, um
Legbblivo ao Comelho de Miniamo. Quanto ao primoho ponto,
4 ONMO ~1 dmle pmµ'mtA r¶mKhujdo Cm DESE 2 9,1%1.
" p'og"to permitia a rrekiçAo. a com o Pmidente Cdu. 5. A cumbuo em cwnj'uMA Nci 1Ndvinn I.lm, Ncbm CMvwtm e Helio CMml
± ôegundo ponto emipuhva mm vbmdo ao Aumento do r)), Ndm ^Hm}e NmW )u4nc M)N):'rmuo&cunN çnn (~
Mim (NI), e A|mnp Mamo 0 1Mbun lWul (H B). C) pnmkSmo ·m Ewl.
vIm 1.«, o vkv·prmWme. Almino Mjcwp e o cumkmdcw, lbdto Akho
I O~oKN dmx~)µ)rNmw mmohkbcmc4~m ooba cuo¢ü~.
U)l SE mo IQ61)
Mo doCcmukmCkM cb R¢vsbucYL Anmo k~ (DESE n ZJl9 IQ61) 6. v Dm cp wuo wqçml verOl:SP, 13 lZW61 1b¢m c1AuouW bmm mmbdm m
Jd 0rnpv^

54
55
dispositivo alheio ao seu tema central ou seja, a proibição, aos A demanda de Goulart era, obviamente, sustmtada pela
candidatos às eleições gerais previstas para outubro daquele ano, coalizão pró-reformas, composta de grupos mcionalistas e de
de manutenção de seus cargos no gabinete. Com a inclusão dessa esquerda, grupos que jamais haviam aceito a solução parlamm-
nova cláusula, o projeto aprovado pelo Senado teve que voltar à tarista e encaravam a mudança de regime como um "golpe
Câmara, atrasando ainda mais a aprovação do Ato Complemen- branco". No entanto, aglutinavam-se em tomo dessa demanda
tar. Esse Ato foi finalmente aprovado, em meio à crise de nomea- —formando uma ampla coalizão antiparlainentarista — não apê"
ção do novo gabinete, em julho de 1%2. nas cis líderes e grupos favoráveis às rdormas, mas também
Dois fatores principais contribuíram para o atraso no pro- influentes figuras políticas, tanto da UDN como do PSD, que se
cesso de institucionalização do parlamentarismo mediante o esta- afastavam assim do compromisso formal assumido por seus par-
belecimento da legislação complementar. O primeiro foi a forma- tidos para com o novo regime. O primeiro e mais importante
ção de uma forte coalizão antiparlamentarista e sua atuação dissidente partidário, no que diz respeito à forma apropriada de
contrária ao novo regime. Além do ataque à legitimidade do regime para aquela conjuntura política, era o ex-presidmte, sena-
sistema, a agenda política esteve também sobrecarregada com dor Juscelino Kubitschek, que, desde o início, se associou a Gou-
numerosas propostas de mudanças institucionais visando o re- lart na campanha contra o parlamentarismo (OESP, 8.9.1%1). O
tomo ao presidencialismo. O segundo fator foi a cresccmte preo- interesse básico de Kubitschek ligava-se às perspectivas de ré-
cupação, entre os representantes do PSD e da UDN, em garantir tomo ao cargo presidmcialú O mesmo interesse no cargo presi-
resultados eleitorais satisfatórios na eleição de outubro para o dmcial nas eleições de 1965 levou outros membros da UDN, tais
Congresso. Isso precipitou profundas divisões em ambos cis par- como Magalhães Pinto, governador de Minas Gerais, e Juraci
tidos e enfraqueceu o seu compromisso com a institucionalização Magalhães, governador da Bahia, a se engajarem ativamente na
do regime. Na próxima seção examinarei esses fatores campanha contra o parlamentarismo. Mesmo o governador da
GuilrujbmL çíuÍcB Lacerda, o rmis veemente hümigo de=mrt seolM6
Coalizão "antiparlamentarista ao'egj"mux'hrrKsmalazãon>~rbaKkmmeEsMo^xmom
grupo. se opmkun ao porque ml exbensão ao6 estadas emva
Ao defender a necessidade de devolver imediatammte ao prev~'kn\jDAdkic)KUlLmtemiamqL~)tomasse~~suas
povo a decisão sobre o sistema de governo, Goulart lançou, já em de gwerno.' Na Conferência de Araxá, os governadores
seu discurso de posse. a campanha µua a mudança do regime formalizaram uma posição contrária ao parlamentarismo. Apro-
parlamentarista: varam a proposta de Magalhães Pinto para antecipar a data esti-
pulada no Ato Adicional para o nj~um sobre o sistema de
:$ membros do Congmso Nacional souberam resguardar, com governo — nove meses antes do final do mandato de Goulart,10
lrmeza e sabedoria, o excrucio e a defesa mesmo do mandato
que a nação lhe confiou. Cumpr+nos. agora, mandatários do 8. Pcmeriormmte. rdcmtmndo suas ações contra o r%im" parlamemarbta, Ku-
pk)vo, fiéis ao preceito básico de que todo o poder dele emana, lmtddc afirmou que era motivado tao gomentc pela intenção dc retornar ao
devolver a palavra e a decisão à vontade popular que nos manda caW (Entrevista com Nemo Arim, DESE', 13.9.1%1).
9. Este fato foi rrconhecido fxjr Tancredo Neve com) urna impK)rtanke ramo
e nos julga para que ela própria dê seu ir,Nrendum supremo às para a oposição 6 govcrnadom de Estadoao regime parlammtarista (DESE
decisões políticas que em Beú nome estamos solenemente assu- 13.9.1%1).
mindo neste momento,7 10 Esta corúerencia ocorrruem júnm de1962co rtgime pMameMari$ta 6oiuma
dm prirripab qu€m~ cbcutklm. A pmµma dc MagAlhãcm Pinto foi apco-
7. \Rer Arxlradc (1985, p. IOB) que reprrxiuL na íntcyra. o discimo prununciado. vada por
ceção todcm e&0.&1962).
de Lacerda emadom pru6enkq (faltavam apenas quatro), com ex-

56 57
A mmµinhn contra o parhmenuuúmo conústiu em d+ gjstema nuiis adequmlo para garantir a emabujdMl0 dm lmdtui-
momtwm e conucie nos qmb a kgilimklade do regime em ções dcmocrátkm,"
questionada c sua imediata subtitukAo exigida (p. 15. 21, O compmmdimento desses panidog com o obwm, no m·
ZL9.1961; CM, 15.9.1961). As ·oluçòes institucionais sugeridm tanto, ficou debilitado à medida que algum de oew " ""' " '
por aqueles que se opunham ao regime variavam desde a anteci- tomaram mah pn'ocupados com seu d~mpmho m ~
pação do plcbiocito até a eleição de uma Mmnbléia Constituint« para o Congvsgo a wr rcalizacla em outubro. A priMpdl µ«nu"
Entretanto,como o Ato Adicional havia Udo incorporado à Com- pação desses poulkob era o fraco apoio popUr ao k ,, uh f ÍM
tituiçâo. a volta ao prr6ldencialismo poderia oe efetivar apenm mmtarista." A segunda pruocupaçào referiam ao contmkootm
por meio de uma emenda constituciond, que ruquéria a apruva- os cargos di3pon|vch tuí administração. com C) ot'gctivo de gmm"
Cão de doh teKoB do Congresso. Por em muo, os pr'c?ieto$ de lei tir um resultado elcíloral positivo. A UDN manifestou ku d~
ondinárin propondo um plebiscito imediato, tal como o apmm- pontamento com ob caqços Mribuídos ao partido na adminbtm-
lado pelo deputado do PTB Doutd de Ndrade, emm considera- ção (JB, 19.11.1%1). Ma· a disputa pelo$ c.ugoo era ~ acirma
dos Wonstitucjomis pela Comiuào de Comtituiçâo e Justiça & no PSD, já que era o partido majoritário no Parlmrmuo e no
Câmara doo [kputMcm (OESP, 11.11.1%1). A demanda de lfdem Conselho de Minimrc». Ambos os partidc» ·e queixavam do con-
esquerdúms pelo c»uibekcimenlo de luni Assembleia Consti· trole exercido por Goubrt sobre o proctmo de nomeação e da
tuinte era aincb nuús inviável, uma vez que ob grupos conserva- óubmisUo dc Tancredo Neves aos intcrrmm do pmidente. A
dores, que formavam ò] maioria no Congnmo, não concordariam politica dc clienlch pratica& por Goulm1 em favor do seu pró-
com uma 8Qluçào que permitisse unuj mudmça total nas negím prio partido era íortcmente criticada peW pol|lico8 do PSD e da
üutituciomjs vigcmcs." Várias tenlativm de mudar o sistema de UDN, que viam prrjudk"ados os inleresm fb iológicm de seiu
governo mediante pmpostas que indepcndhm de decisão do prúprios partidoo, Em mposta, os dob µnidos ameaçavam o
Congresso fórum uimbcm apresmtadm. Kubil«Mk, po' exemplo, Executivo com n aprovação de medidns rui kgiúaçao comple-
por meio de um muno ao Supremo Tritxtml EkiioraL sugeriu qwe mmtar, que tramfcrisscm ao Legishtivo muitos dos pod«eo
o pkbiscito teme antecipado pura coimjktir com a eleição de ou- ainda sob jurisdiçjo da prrsidência e do Comclho de Ministim
tuhro de 1%2 (OESP, 23.1.1%2). Goulart lentou. tmnbém, obter do (cm, 24.9.1961). a dh~ao sobre a relaçjo rnhr o prtmidmte e o
Supremo 1Hbunal luna dtdiuação de que o Ato Adicional em Conselho de Minblros, por um lado, e entre ambos e o Legish"
inconstitucional, obtendo para 1580 o lux)io do governador Magn- livo, por outro, foi permeada Nla dispuln cm tomo eh nomeação
~ Pinto. da UDN (JB. 5.7,196Z· OESP. 7.9.1%2). c distribuição de caqµcm no governo. Faba Útunçâo provocou um
A detém do Nrlammtajri$mo ficou lirnitmb a alguns pou-
m congressbt,u da UDN e do PSD. O pnmidente nacional date
úlNno partido, Amaral Peixoto, manümloume contra a antecipa-
do do pkbbcito. ílWunentando que o $iMema µrlamentarbta lZ A ~ dr Pnneiµm joó um documcnco apruvado rk' Iàmôck)
deveria ter um período de experimentação Ub. 13.9.1961). a ·um cncmlm pmMo·hn·
pc»iiµodo crüMdo em Bm4u.em
m nrriµb20de (everrtm
q~tCXm de 196Z,1=
cU ·jSTd4 ~--blà'i'o
UDN também cm favorável à manutenção do pUlamentahsmo Armm] Mxkn). crtx c/fgÇ Rb dc Jmrim)

W como Mirmm'a blja Carta de Princfpioo, crã considerado o 13. A imeTruWao do pmcrmaa de mtMrkmli7aç8o dn µNmmmmokdb·
1erpnm& como &rom·me do Nx'cjo dcm cr'nj'pmlMM ck Mo
dcm pcb pK)pnbçAo kw cbdçAo dc outubm ((H SE zjj2.1%a=mmo
" hl apmcmda r)r Nnum M(jtwp, da 4ía mqtmda do PTB e por'bç" n"m rxmAb0
mçxmhxru ¶uüj'xr
tardeW;mmkj da ·c·-nb&"
"o partimcnWrWno Mom£Ed!
a 13Rlmbe '
m&00umkb M ('âmAra dc» myuuchj0.cumo4 mehxWuOo r" '
P. ' . .. Ub, IQ1Q1961p o do Rio C;~de do rwcmr. mvd ao
gima dc MnmoímrdWn
opinâo nmlu^d4dn
m pnmdencübmo
C'fKKà mmtrav4 qw' m ¶= m~
pmmtu Beú arKN)a mu ^kao Ur. 16 lZ1961).

58 59

N-m
amo nos acordos necessários para que se concluísse a legislação ora em tramitação no Senado Federal e de que se apresent«n e
compkmmtar." sçjam votados novos projetos de lei da mesma natureza e bem
assim de emendas constitucionais tornadas necessárias, tudo com
Movidos por cálculos eleitorais, ainda em novembro de
o objetivo de dar ao novo sistema político adotado no país ime-
1%1, os lideres da UDN e do PSD iniciaram consultas. inclusive
cHata e correta insútucionalizaçào jurídica.
aos militan:s, visando ao retomo do presidencialismo," Tendo
em vista o baixo apoio dado ao parlamentarismo pela opinião Entretanto, ao mesmo tempo, o PSD reconhecia "a cada um
pública, esses líderes achavam que o retomo ao presidencialismo de seus filiados o direito de propugna' pela reforma da Corwti-
poderia impedir uma derrota nas eleições de outubro Ub, tuição visando à adoção do outro sistema de governo" (Hippo"
16.11.1961). Embora o líder da bancada da UDN no Congresso, lito, 1%5, p. 310).
Menezes Cortes, negasse rumores de que o partido havia mu- Em fevereiro de 1%2, a questão da elegibilidade dos titula-
dado de posição em relação ao regime e Amaral Peixoto, presi- m do gabinete para a eleição seguinte foi levantada. De acordo
dmte do PSD, insistisse na necessidade de institucionalização do com as regras vigentes sob o presidencialismo, os portadores de
parlanientarismo, esses esforços não foram suficientes para deter altos cargos executivos não eram elegíveis para rruindatos execu-
a onda crescente contra o regime dentro dos dois partidos (JB, tivos ou legislativos, a menos que se desincompatibilizassem de
17.11.1%1). Confiante na força de sua posição dentro do partido, Déus cargos quatro meses antes das eleições. Esse preceito signifi-
Amaral Peixoto avisou Kubitschek sobre riscos Worridos em mva que o gabinete teria que renunciar em junho de 1962, já que
suas manobras contra o wginne, sugerindo que sua posição anti- a maioria de seus membros, presumivelmente, se candidataria.
parlamentarista poderia ser derrotada na convenção partidária Tanto os ministros militares quanto os mÍnÍstro6 civis estavam
programada para março de 1%2 (OESP, 13.11.1%1). Entretanto, preccupados com as conseqüências que um gabinete com prazo
contrariamente à previsão de Peixoto, o PSD não conseguiu che- final para sc dissolver teria 3obre a imtituciomlização do xeµnc
gar a um consenso sobre essa questão durante a convenção.16 O e o desempenho do governo." Como a matéria não havia sido
documento aprovado pela Convenção Nacional — a Declaração regulamtmtada ainda, o senador da UDN, Mem de Si£ propôs
de Brasília — revelava a divisão interna do partido. Ambígua- uma emenda, que foi adicionada ao projeto da Lei Compkmm-
mmte, afirmava: tar. A emenda de Mem de Sá. seguindo as linhas mestras de um
regime parlamentarista, eliminava a cláusula da incompatibili-
nenhuma forma de governo estará em condições de Íurkjionar efi- dade: propunha que os membros do gabinete que fossem dispu-
cientemente se Mo estiver juridicamente institucionalizada [..J tar as eleições poderiam se manter em seus cargos.
Isto posto, o PSD propugnará no sentido de que se dcx"rete sem A questão, mtietanto, aprofundou a divisão entre os mem-
mais demora a primeira lei de complementação do Ato Adicional bros do Diretório Nacional do PSD, que atuavam com vistas a
objetivos de longo prazo, e os parlamentares do partido no Cori-
14 Um fkmto em disputa. prwmipb. era a iniciativa dc nommr cà®e m ad-
mkvbtmçao pública, aularquW e mtidades pammtalais. A rigor o ministro
titular de uma pasta deveria propor ao Comelkj de Minjstm as nomeaWs 17. Ch minhtrrm militam avigamm Goulart Kjjjre os riscic» dc 6ujNcrUo c cinira-
pm 00 órgãos virk1jlado6 ao seu ministério, jàrKjrMo Ncvm Puviá con- quccimcnto do padammtarismo que um gabime compcmo dc figum ot»cu·
«n conceder ala pmm%Àti|iva ao Pmidente da República (DESE ra9 traria. u que 9eTÚ mtc gabimc que iria pmidir a3 dciçõcs dc outubro
19111. 1961k (DESE 7 .9.1962p Samiago [hntas. 6 RejaçUeg Emeriom c Uly~
IS CM comulta6 Kexirnjram dc tomar um pc»içao c deixaram a solu- Guimarãe& minimo dc 1Mústria c Comercio, exortaram Tancredo Nmm a
çaoµmoCbn~o Ub. 16.11.1%1). tomar imediatamente uma pruvidCrria para 6ajvar o giaHnctc. já que otc sc
lá [k acomo com um estudo sobre o PSD. o parlamentarismo foi a primeira enfraqu=ria im~diavelmmte tão bogo a data dc sua qixda se tomm$c
qmuo a dividir o partido nesse penado (HipNito. 19&5. pp. 215-23). ccmNrida (OEÇP, 13.21962).

60 61
µ~), que vhnvam dividendos polftko8 e eleitorais imedia po'ta por Meni dc Sá foi rgeitadn pelo Senado no final de
Ehqumto 00 primeirm estavam convmcidm & necessidade o de 1%2, decidindo nuim o destino do gabinele e. com ele, o
continuar com a ingtituciorlalização do rrgime parlammtaMa rrjgime. O autor & emenda reiterou 9êw argummtos a favor
mostravam-m díyxmos a se unir à UDN no cMoKo de ekgibilidadc dob membros do gabime e hmenlou o caminho
dar o regime, ob últimos, com um olho na ckkào de outubro, o Congrrmno hnvin mcolhido pam provocar a queda do gabi-
pneocupivam com a disputa por cargm e fontm de infl ou seja. "atmvêg do instrumento fácil dn desincompatibili-
Por isso, a nujiorin dos deputados e senadortw do PSD se ao Írwç9 do imtrummto apropriado do voto de descon-
Í%tou contra a propoua que permitia am mirúmm manter ' garantido rlo Ústerna". Assim. ~0 ele. pendeu« a
cargos. Amaml Peixoto monhecia que a maioria cíob par ' 'dadc dc npcrfciçoar o regime (OESP, 31.5.1962).
m do PSD sc Bentja tão excluída do clkntebmo oficial como
fora durante o mandmo de Quadros. e que w deúncompati
Cão dos detentom de cmrgos público lhm mwguraria uma c~. Ac 'ORDO SUBSTANTIVC)
dição privikgiada m competição ckitoml Daí a inústência M!
substituição do gíbincte em exercido (OESP, 25.2.1%2). Confü" Cbbinetc' eh' untd,ide nacional
tos enln' o PSD e o 9Abinete sobrt' queótõtm õubtantivm, tal
como a innbüjdadc do gabinete cm impkmenwr um progam O pnm"in' pçnbinctc µirlamênwrim conmituiu-se nurm
de «tabilimçào, contribuíram também para (omar o partido km Wtatjv,j de d.tr mbMncW à coàliao que µmntiu o direito com-
diferente ao &mino do 6nbinclc. Finabncnlc, o comprurneth Uhmoml dr ( .o\lj.ut à pruúderma. Em outmio palavras. buscou
mmto de Neva com a manutenção do gibime também em 0¢omodar (Yb lnlrlr8hH dog vários grupem envolvidoo na coalizão
duvido3o. Parrcc que Tanaedo Neve Iwou a quwWo da incOmm quo ví'jva ln.inh'l o1$ mgm8 do jogo demoaútjco. luo implicava
patibilidade para oolucionar seu rekcioiwmmto cada vez ~ Nbencialmcnh· .i formação de urna coalizão modemda que p'mi"
benso com Goulart tu fmjüentes reaçõc1b negativas de Goulart a NWse a jmrkrncnmçao de algumas reforrms. porém sem lê-
quakjuer sinal de comolidação do governo tomaram cada va VWMar tt'ln"n" q"" Nd~em ameaçar o prucmao democrático.
mais difícil a n.úçâo entre o presidente e o primeiro-mirütm km P'L"""urkq"' "m 8uNjcente tanto A formação do primeiro
anemio ent,jva certo de que essa situação conduziria a um cqn· Pbànete quanto às políticas propostas no «u pnogmrrui de governo.
fronto entrr m dob," Por essas razões submeteu-w à vontade de 1àncredo Nrvcm, um membro do PSD, indímdo par" p'ri"
Goulart, no bcMÍcjo dc jxmnitir a formação dc um gabinete con6· '~-mmistru c muúMro da Justiça c Ncgóck» Internos. deveria
prometido com .l liquidação do p'arbmmuuümo." A emenciA d~nFK'nhou " r'M de Nidor da intcgridmfe do ohtcmaü Pri-
Mmmente, ele dcmtmpenhou um papel crucia] nm ne8ociaçõe8
1& De acrm) culn Rrnatu ArrPrr, vkx·mhwtm ck lú'bçOm Emeriom no g* H conduzir.un c.ouhr'l à presidência. Em oegundo lugar, como
nde de TAncnNLh) NqNm. c»lmb argumemr» kmm kmamdcm pK)r Nem m
qlR WYr«xn dc coutn» memtmm doµbmc. t4b h% desfruuiclo doo confiança de Getúlio Vargm. em cujo Mínis-
dêRdom Evtcnorm.Sán Th%j Dum.o mhbuo & 1MchtN eCj~rb' Amo da Justiça 1livlj «rvido «n 1954, TancMo em amplamente
=Gulrm@m,e o m~tro da Edimçao eC:ultum.cjqiveiim Hniúj (Nrpm

IA dú qiw hncn! moapmm levmou o prubk~ mm também m Tmdkw6l|m(·nlr qv mhvbtm da Jiwliça ckmnrnluw4 nm poípd político im-
bdMumnmnb«m do j5l)a vciamncmmw mmmmµock» minbtmem pumnu'. jun » ¶honjn «~ eb dc ligoç1o e imommjLÁn[) mire o Exmhivo
" I' ' ' " ' ' ' Tmrmdo dcrlamu publkmneme quo o (mHme devcN 0 o LcgmLcttw' l In q utdm> de 1961. Nevm boi Bulmufukk) m Minbebrio da
m UDN cTrmuu mu drrhmçao como um gdlpehtd )wúç' r'r um nwtnlwodo pmido Republkmo. Alhnb N. cigã amçbo
µrWmnum (DESE 621%7). no ptmrv¶c hrÒ 1In·b bmlr.

62 63
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aceito pela ala mais moderada do PTB e contava com a confiança de o segundo. o recém-criado Ministério de Minas e EjM!rµb 6d
Goulart.21 Finalmente, ele contava com um sólido apoio de seu concedido a Gabriel Passos, um líder nacionalista da UDN de
próprio partido, Hm como de outros partidos no Congresso." Minas Gerais. Para gerenciar a difícil e deficitária situação econô-
Tendo em vista a crise, Goulart e Neves concordaram em mica herdada, foi escolhido para o Ministério da Fazenda um
formar um governo de "unidade nacional" em vez de um gabi- banqueiro, Walter Moreira Salbes, que tinha desempenhado um
nete partidário. Os cargos ministeriais foram divididos entre os papel importante na bem-sucedida negociação com o FMI du-
diversos partidos. Além dos dois cargos mantidos por Tancredo rante o governo de Jânio Quadros.
Neves, dois outros Ministérios (Educação e Cultura, Indústria e O plano de governo do gabinete, apresentado ao Congresso
Comércio) foram dados ao PSD, garantindo a predominância do em fins de setembro de 1961, era cmtrado em objetivos °'consen-
partido no gabinete. Os dois Ministérios que deveriam desempe- suais". Guiado por quatro princípios gerais — desenvolvimento,
nhar um importante papel em termos de reformas e da continui- estabilidade, integração e justiça social —, o plano combinava
dade da "política externa independmte", d iniciada por Quá" medidas destinadas a controlar a crescmte inflação com políticas
dros, foram destinados ao 1'1 B: para o Ministério da Agricultura visando remover obstáculos estruturais ao desenvolvimento.
foi designado um representante conservador do PIB do Nor- Dentre estes, foi dada prioridade à reforma agrária. Entrt·tan|o, as
deste, Armando Monteiro, e para o Ministério das Relações Exte- medidas propostas no Plano enfatizavam a utilização de instru-
riores um da esquerda moderada de Minas Gerais, mmtos fiscais para corrigir as â$toxjçi5es na estrutura da proprie-
San Tiago Dantas. O Ministério da Saúde também foi concedido dade da terra e a impkmmtação de políticas de assistência ttc-
ao PIB. Franco Montoro, um membro do poe (Partido Demo- nica, financeira e educacionaL Dessa maneira, evitavam uma
crata Cristão) de São Paulo, foi nomeado para o Ministério do clara definição na controvertida questão da desapropriação e ré-
Trabalho, tradicionalmmte mantido pelo PTB. Finalmente, a distribuição da terra. O plano govemammtal afirmava que a
UDN também foi incorporada ao gabinete parti"ipando de dob refomuj agrária não deveria w mtmdida como um simples par-
importantes Ministérios. O primeiro, o Ministério de Viação e celamento e mdistribuição de tenm e que o acesso à terra deveria
Obras Públicas, tradicionalmmte mantido pelo PSD, repre- ser obtido mediante urna política fiscal voltada para a punição
smtava Luna importante fonte de climtelismo para e6se partido? das propriedades improdutivas »
Com essa abordagem caãooa do problema agrário, Tan-

21. Por ma razão Goulart. argummtando sobe a nervssidadc da indicação de credo Neves tentava forjar coalizão que permitisse ao go-
um primciro-müüstm leal ecbe visaoabcna, imistiu para que Ncveukeiwsc verno decretar medidas que não ameaçassem os interesses niais
o cargo ( Entrevista com Ncvm, OESP, 13.9.1981). arraigados dos grupos agrários. A reação do jornal conservador
22 Tancredo N Witou cm aceitar Bua norM!âçã° F"¶u" não mtava cxer-
cerdo mámdato da~rvtat NaUDN,
eleição anAcrior, eleotima di¶mtado, c Ff O Estado de S. Paulo é um exemplo gritante dos limites do apoio
elido. para MagÀrh:c$ mo, da a ckiçao para pvemo de Mi~ Ge-
para a reforma agrária que o governo poderia obter por parte dos
rab. Fbr isso, concordou cm aceitar o cargo apcrw com a cxmdição 'k cju" grupos conservadores. O capftulb sobre a reforma agrária foi
rucetjesK: a aprUvKao 6 n-"pmcntanw do PSD no Cµresso, que IN:
dcmm 90% dc» vo1os(Fmrevbla com Thimedo N, OESP, 13.9.1%1). Nem visto como o que de melhor havia no plano concebido pelo go-
dhso, sua nomcaçao para - foi aprovada quá'" po' unanimi- verno. Tanto a doutrina quanto as pr6priu medi6 eram exalta-
dade Fla Carnara dc» Deputa6: 259 x22 votos (JB. 9.9.1%1). das "como inspiradas no conheimento da realidade e no senso
2Sk bia µMlica consistia em uma Kric dc rmxhdas ck' nao-alirúwncnto com o
bloco ccidenlal. Ema! elas, o mtabekcimmlo dc rt·laçõc$ dipbmât4 com
w p~ $oaalistà& mrnNtcimcnRo da RcvolWão Cubana. e apoio m movi- que leria muito mais que aquilo (Enuevim com Bncrtdo Neves, Ol'SP,
m«ms afrjcarKj6 dc in&p~ncia. 13.9.1%1). . .
2L Fme ~terio em rvtclamado pejo ISO mas Coulan decidiu dá-b à UDN, 25 Ver Seção scjb«t "R(mylnimção da btrutum Agrária (CcNgnsso N.k"kxuú.
coopu-la. Pediu em conlmpanida que Nc'vm i~gura$be ao PSD 1%1, pp. 29 30)

64 65
'"r
b mponmbilidnde, com o pmpôdlo de (ortdecer a mutum Comunbm (PC) em o indo lmpomnw " orgmlmdo. O PC dC
üdo<coMmkm do µb e impedir a convulmo nocid", llhm eme fmlnvn de Iurm podçjo domhwnte no movimento
jomd. com oma alx)rd48e'n o govemo Mo pMendk "cNr ilu· urbano q no movimento doo trnbdhmlom rumio oqµnimdm m
oõeC mm "vlmva à Ngr8AnhAçÁo dn emmtum õigMN de ma· ULTAB, UNo doo Lnvrndom e TmMhidonm Agx1colm do Bm·
Mm tal que nmpdlmw a pmpri«bde privmb q o ~0 pelo oU. Em Mm V Congnmo, em 1960, onlnmin|o, o K" adiou o "O+
progrruo". Mais ain&. m mluçõam propcmno emm vbtm como thro oupmmo de emabekcer uxm oockdmje bocb|htr paim cQn·
comtrulivm e pmtkm, 40 inv¢4 de dmplimm e nqµüvm (OESP, canlmr Dua ação pUtk» em t~ombk(hm ¶acjjb mah hnodímm
29.9.1961). e gmdudo, De m'okúo com a Rcalu6b Poh'hca aprova& no
mmno congmmo. "m prtrdpaió ÚUUÍ4h oB MNvm cnírvnuj&$ pejo
Coalizão radical pró-rdorrniw pkjvo bmdkiro m mommlo (emm) a coNjlÚ0lA da emmdµç6o
ocoMmkm do pAb do domínio hnµtidhw e a elhnímMo eh
Quando Gauhn amunlu a pmidhwb, como o primdm mlmtura agrAN Almma, mum como o mmbekchmnto de wm·
pmhknte comprometido com um pmgmm do mudmçm Dôcjo· pIão Ubmlndm democnitbcm e h melhorb dm condbç^ de vkb
cconômkm, chm(rutnva dc npojo ativo por pme de um Ampk) dn· mA popubrvm" (PCB, mo, p. :m. F^0c ol*tjvo devcrb
«pecho de grupoo polltkm. m "rdornwo de lime", como íka· dci mingldo mrn+ cln nlknça com a burgucoh mciond e outmõ
mm conhecidas, abmnginm dpunm rdormaò — bancâM, (bcd, fotvAN progrmdmm (PCB, 19%, p. SI). De acordo com C1N&N emm·
urb~, agr.hü e iuúwniWW —, bem como mudmçne poUlkm l¢gb, o PC Mouiva umn poúçjo modem& Dm rvbçâo à rdorrm
e imtitucjonAib, µmicubrmenle a extenMo do dhvito de voto 400 AgMrln Hmbom Mrrúthm a ncc~jdmk de trnmíonmçòem mdb
mvÜÍMMc» e oficWk nAo·8mduado0 dm µoKm Armndm, moim caíw ni mlruluru A8mrhl, oncamva 11 jIllAj por "medidno pmddô"
como n kgalLmçâo do Partido Comunhtn8 Índium, lambôm, como a pdncipd tivenkb que conduzhü a cuê objeúvo. "Medb
polílica» nacionnbtm que km dmde o controle oobre o cnpild dm põm'iniC dgníflcavmn bmicamenle a dcmpropN©o de
«lrangeiro nlC n naclonalimçjo e o mono lio mtmnl de mom "gmndoo proprie&chm íncuhm ou pouco cujlivMm", munm·
«pecáicos dn «'onomjm Embom conceb m como pmic0 dc um lnndo a lnmçào Mjbru on bMúndioo e ulilimndo a pmprie&de
programa global, (l rdormn ngrdírk q m modldm dir®dm pma públlm pAr4 formar nückoo mmpormeo (Meddroo, 1962 pd 45).
aummtar o controle eolald oobrv o lnvomhnmto mlmngdro tor· íb l.lgno Cmnponem ddundbm um pigeto mdo mdkal
nammme objelc» de inkktdvm & poUlk'm púbúcm e rhrlm· de rdornw ngr4rlú" Sou mdor o*Hvo em oqµüur 00 campo·
mm a lula política. btn oeçno ê dedkndn à nndbe dn formnçAo nmm em coopemtivm e fnzmdm coktivm, Advopvnm, tam·
de uma coaliMo mdkd pró-rdormm, aglulinmh em torno da bOm, o emüdeclmento do fomdm e$lAtAl& Como nr6umentAva
qumo agMrin, que hnvia Dê tormdo a qumWo «nlrd cb hm & Pmncbco Muio, o pdrdpal lkler dm Ugm CAmpormm, eme
ooqumb por rrfonnm. projeto pnmupunlw ium mudmO mmjucioMrin: "com o re·
M "rdormm de bme" emm ex®dm por v4riw gmm ghne Mud Mo è poóolvd oIm um Monm ngri6& mdk'al quo
mdondhuw c de eoquercb. Enlmmto, com grupoo eram muito a à t«!rr4 uma mtrutum mpu do mthkzer ao necemi&dm da
~&c'o» e tinkun v~ düervmlm qumlo ado ol*|jvo0 e
~ ndoo de Mingijoo. Fnhv 00 grupoo d" elKIIwMA que 19umm· n A prhvwím l W Cbmpon~ . , Y , m cNpmo ulm amck1K8o µmcu
¶mm um tmmformmçAo rvvoluckmârk eh oociedade, o Partido fMj'b pnncíµmwNc «jm o , , , e' ÇÀ Moblhm luddkm Mm cMn
b . l jk «n , , µ q , · A µnlr (b tínd «k I'M. cntnrúúbKL
a oqµn1MçM' do Í l N em U0M WEm|ijTyu De e w hjwmm µdôtkm-
2& ~ ibejpl em 1947. Fr " 'l '" ' mmde cmom^ Nm um vrboo h ~ dm l.qçm (Á"r"' "" '""
pmvn' e cM1rMk4n Mnw, vm Axveâj (NR?) r lW|qp (i m)
, . 7Hbumj EkdhmL

66 67
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4·:

ma&ga camponesa" (citado em Medeiros, 1982, p. SÓ). Todavia, a vidual ou coletiva camponesa e pelas fazmdas esta^ A
prúpria posição de Julião era ambígua em MaCão aos meie para meão de Belo Horizonte advogava, também, a decretaçãO oh d|µb "
atingir a reforma radical proposta. Ao mesmo tempo em que mas "medidas parciais". Medidas parciais que incluíam a tamo !
demonstrava descaso pelos canais eleitorais e parlamentares para progressiva sobre a terra, o direito de oWnjz"ção, a 0 ',
a obtenção de reformas, Julião destacava a possibilidade de se aplicação efetiva da legislação trabalhista aos campone6es e tmw
mudar a estrutura agrária através do voto, mas sob a condição de balhadores rurais, e ajuda financeira e técnica?' Essas últimm
que o direito de voto fosse estendido aos analfabetos (Medeiros, medidas foram incluídas em projetas apresentados por oum
1982, p. 49). Propunha, também, que o Congresso fosse transfor- grupos e conseguiram obter o apoio de setores mais amplos dm
mado em urna Assembleia Constituinte, como um meio de alte- Fokzjs políticas e sociais.
rar a Constituição a fim de permitir luna reforma agrária (Medei- Áfx'sar de suas diferentes orientações, a "refomla agrária radi"
rus, 1%Z p. 50). cal" tornou-se palavra de ondem de grupo' d'" esquerda e
O governador do Rio Grande do Sul, Brizola, um líder inde- do movimento trabalhista7 No período que se seguiu ao m-
pendente de esquerda que controlava o movimento camponês contro de Belo Horizonte, a estratégia que marcou a luta desses
em seu estado — o Movimento dos Agricultores Sem Terra g'upo' pela reforma agrária foi wpmsa pda declaração de Julião
(MÁSTER) —, argumentava que a propriedade coletiva ou esta- de que deveria ser feita "na lei ou m mana" (JB, 2.12.1%1).
tal não oferecia solução ao problema agrário. O grupo que ele Os grupos de esquerda que reivindicavam uma reforma
liderava propunha a formação de núdeos coletivos mas que radical contavam com pouco apoio no Congresso. Durante o pe-
mantivessem a propriedade individual de pequenas unidades ríodo parlamentarisW o bloco pulamentar que apoiava o pro-
(Schillin& 1981, pp. 178-80). grama dc reformas 8erai8 — a Frente Parlamentar Nacioruilista
Em novembro de 1%1, o I Congresso Nacional de Lavrado- (FPN) — era um grupo muito hetmgêneo centrado primordial-
res e Trabalhadores do Campo aprovou a DeclaraçO de Belo Hori- mmte em projetos nackmalbtas, tal como a lei dc n."strição à
zonte que definia os objetivos e as estratégias dos camponeses e remessa de lucros, aprovada m Rns de 1%1. Apenas mais tarde,
movimentos rurais em relação à reforma agrária7 As posições depois das eleições de 1962, a FF'N veio a adotar um progmma
defendidas pelas Ligas Camponesas prevaleceram sobre as abor- mais abrangente. No coxmço de 1963 formou-se a Frente de Mo-
dagens mais moderadas defendidas pelo Partido Comunista. A bilização Popular ÇEMF)o que 6ê tornou o principal pom-voz da
Declamção reafirmava a frontal oposição do movimento "à pre- coalizão radical pr6refonnas, e a Frente Parlamentar Naciona-
tensão de reformas ou revisões agrárias" e outras "manobras" lista a ela se aliou.
visando à manutenção indefinida do status quo. Proclamava que
as Ligas estavam firmemente decididas a lutar por luna "reforma
agrária radical". Reforma agrária radical era definida como: 1. a
transfomuição imediata da estmtura agrária, o que exigia urna
mudança na Constituição para permitir a indenização das terras 29. Para o texto comµto eh LkdbCo ver Bastos (1984. pp. 13439).
desapropriadas com títulos da dívida pública; e 2. a liquidação 30. No lV FjvxxitrD bindical NKkxíal d(m Trabalhadores a agmda de dcmandm
do latifúndio, que deveria ser substituído pela propriedade indi- mfatimva a necmidadc de urna "Morma agrária mdical" c a cxtenmo da
1q;isbçao social e trababWla m» tratMlmdorrs rurais. Em Bua C;onfcr¢rkia
Nackvml cm 1962, o Fhrtido Comunista aprovou uma rwolução p'lítica a
m O,Gcqgmso contou coma pnicipaçao demeá de1600 dcb%?do$ das várias favor da "Morma agrária radical", corno definiu na lkdamçüb de Belo Ibri-
zonle (Vinki», 1çEl2, p. XB). ^ "rdorxm agrárúí radical" corno dcfüúda m m-
o COes de trabaúudom ru^ ajuda financeira do governo cxmtm carnfxM3 de Belo Honzomc foi também cMcmada pdo Grupo de
6ejêml e8ua dcmcermmmo contou com a pinkipação do pmidmte
da Repúbdka. do primxo.mini$trDe do govcrmdor dc Mirus çcTâj3. Brizola Ekhillmk, 1981, p. 181p f'
%'

68 69

..
Ação governamental em direção à reforma como da UDN, em fazer concessões. Em sua IX Convenção, o
PSD definiu os limites de urna reforma agrária aceitável. Concor-
dava com a mudança da Constituição de forma a permitir a
O govemo de Quadros já havia testemunhado urna onda de
indenização das desapropriações com títulos da dívida pública.
projetos de reforma agrária no Legislativo. O próprio Executivo
Concordava também com o princípio da desapropriação de ter-
não havia também negligenciado a questão agrária. Quadros
havia nomeado uma comissão para desenvolver um projeto de ras por interesse social mas isso deveria atingir apenas os latifún-
reforma agrária. Presidida pelo senador da UDN, Milton Cam- dios improdutivos ou inadequadamente cultivados (Hippolito,
1985. pp. 226 c 312-3). Além disso, o PSD exigia que se estabele-
pos, essa comissão era composta de outros congressistas, econo-
mistas, técnicos, representantes da lg%a e de associações de pro- cesse um preço justo para a propriedade, e que o valor da indeni-
prietários de terTas:jj zação fosse protegido contra os efeitos da inflação (Tb e cm.
No início do governo Jânio Quadros, por iniciativa do Le- 5.4.1%2). Pressionada a assumir urna posição positiva sobre a
gislativo, foi criada urna comissão para apreciar os diversos pro- questão, também a UDN admitiu, embora menos clarammte ou
jetos de reforma agrária propostos no Congresso. O relator da definitivamente, que o PSD, que "devem ser dados ao Poder
comissão, José Jofily, um deputado da ala progressista do PSD, Público os meios necessários, desde a disposição das terras per"
propôs que a terra desapropriada fosse indenizada com base no tencmtes à União e aos Estados à boa dúniplina da desapropria-
valor declarado pelo proprietário paim pagammto de imposto. ção por interesse social a fim de que se implante no meio rural
Esse arranjo foi proposto como urna forma de superar as resistên- uma política renovada e fecunda, que torne a terra acessível ao
cias e obstáculos opostos à mudança da exigência constitucional maior número [de pessoasj".» A Confederação Nacional da In-
d" pagamento em dinheh pela indenização das terras desapro- dústria (CNI), por sua vez, defendia também urna mudança na
priadas. A propo,sta de Jofily foi publicammte apoiada por Jânio. Constituição que permitisse a indenização das terras desapropria-
Entretanto, o debate parlamentar sobre o projeto foi interrom- das com títulos da dívida pública. Essa questão era defendida
pido pela renúncia do presidente,32 pela CNI como o único caminho viável para uma reforma agrária
A questão da reforma agrária assumiu novamente o pri- efetiva (Desenwluimemo e Conjuntum. julho de 1%2, p. 26).
meiro plano no Congresso, depois que a crise sucessória se resol- Goulart, cuja posição era crucial para o movimento pró-
veu. A proposta de Jofily foi vetada pelo PSD. Urna vez que o reformas que se estruturava, vacilava entre a necessidade de
valor das propriedades rurais para fins de pagammto de im- consolidar o apoio parlammtar para as reformas e a necessidade
posto era rotineiramente subestimado, a medida certamente pre- de reter a liderança da ampla coalizão de esquerda prõ-rdormas.
judicaria os interesses das bases desse partido. Entretanto, a ne- Ele oscilava entre um maior comprometimento com as demandas
cessidade de evitar uma niptura social era percebida como da esquerda e as tentativas de tranqüilizar o temor dos conserva-
premente e condicionava a disposição, tanto por parte do PSD dores, garantindo que seus direitos de propriedade e os canais
institucionais de decisão política fossem respeitados.
31. Z membnjs da cDmimo eram os ¶9úiMe: os deputados Barbem uma só- Urna vez que seu principal objetivo era recuperar os pode"
brinM, Nestor Duarte c Ermni Maw o arrebàFK) d. lkmamo um rés presidenciais platos, tomou-se crucial para Goulart fornecer
ET dc erDGsom e cconomista3 (Inácio Rangel, ;waWo Gusmão, Jader
jmdc, Komub dc Almeida e Pompeu Accioly Bo 't»); João N¶ojeão dc garantias aos corwervadores de que ele e seus seguidom não
AMrade (ABCAR); os técnicos do MinistCrio da ^gricultura e do IMC, Janes iriam violar esses dois princípios. Em um discurso à VI Confèrên-
AANK) de Souza c Ivan Lilu c, finalmente, o prrsickme da ("onfedemção
Rural Brasileira (CRB), Iris McirúxW
32 Pm um relato detalhado sobweo cImo dele prgeto noCoAgrrssoe seu con- 3& Carla de Principias, docummlo apruvado pdo Dimório Nacional da UDN,m
teúdo ver Tapiá (1%6) e Camaqp (1979'). 20 dc fevereiro dc 196Z

70 71
a Rumi Bmikim, aludindo ao comemo µ alcançado n4 m pelo mhÚolro dA Agrkullum, Anmndo Monteiro, e o ~0 foi
prk ConferürwÁ wobrv a n«rmídnde cb rdornw Hmm, C:oúhrt o mullndo do tmbdho da comb4o prmididn por Milton Cmn·
A%umenlou que a aoluç4o do problerm Agmrio por meio do poo. Amboo emm projeloo modemdog que Mo r'equcrWn mu-
íunciommento de mecanbrrm democmticoo e kgnb mtmm dwnçm conMitudonab. Â,mtxjo mfMimvmm a tnxnçAo progmo"
·mdo dükultmb peln guerm de Mórica ennv a mqumb e 4 dIVA Bobrv a proprhxlMe rumi e medídns que vibjviun â devWAo
dhrdW. Amegumu A dua audiênck que urim rdonm agMrin 0K· & produtivkbdo e à exlenMo dA kgimbçjo oockl ac» tmbdhn-
nifkaria tmmuiljdm0 tanto pm 00 tmbalhidom como µm m demo mmb. Em'tm PM~, entMmto, kmAb (oram ·' 'l ' 4'
propriet~. Drckrou·«, lambem, favomwl a ^ pontoo b4d· pelo pbínete ou tmndormMm em propomao de pUticm. Nb
m. FHmdro, a Morma A8râriA deverb Der íkxtvel e 4d4m<b b contMrio, o gdMnete concmtruu·w nAo tcnwtjvAN de obter do
cüvenkbdtm rrgkmab. Segundo. a Monm AgmN Mo dgndE1· Congnmoa dekjµçâo mpeckl de podem paim decmtarm rdorb
cava timr daquekm que prodiubm µim dnr 4quelm que Mo mm, AWumentAMo que dua hnpkmenWçAo em crucld pm a
dhpunham de meu pmm WL e quo. conmaentemmoe, o b· eMAbju&de dn dcmocmck Ub, 19 e 20.9.1%1; 31.10.1961, 4, g, 15
Mo &vctía Axnr com a mN~bllidAde priMpdl de 4Arihúr e 22.11.1Q61). FntMmlo, corno vhnoo, o ímtnunenlo de dekp·
·ua6 prúprim term. Finalmente. defendeu a idôln de uma + CAó de podmm nlndn Mo Nvk Udo regubmmwdo. Por Wo 00
fonm ag|mriA a ber impkmmwcb por mmgW. imo e, gmdud· rdklo0 do ybtrme Íomm Nrmdoò rw vetoó do PSD e dA
mente (Coulm1. 1963, pp. 17-21). UDN, que Mo d~vam tomem um holrumenlo µm 4 imple·
Am tmtmivaa de coulm de apmrjgunr 00 pipem mblmlm menLM,'Ao de Fk)l$|ka0 glohNb. Em outrm pÚavmb, o ybbete
â muâ~ fomm rucebidm podtivmnente. O bddlm dn Confe· IoN que negockr com o Pmbmento oobm propootm de poHlicao
demçao Nídona] de ^grk'ujtum (CNA). a4 Gle&, mudou a ínln eop«Mkno"
do pmldente como a expmdo de "umn comprverwAo exma e Fom do Parbmenlo, o gowmo miava p~bomdo por urm
gemo de equilíbrio", além de dgnifk·ar "uma ducM de Agiw frb mcnln& de demmdno cmcmtermnle mdkab de rdorrm agm·
em cirm dog óvgiWdonm, dmmgogoo e dcm ekilordroC. O edho· rin por paRo doo 8rum de mquorda A coMjUo mdk'âl prú·m·
rinl àújrmjtva: Íormno, Ignomndo completamente o poder de velo que pcrmnne-
eh nm nmoo dm purtildm comervndom, ímblbi em um progmmn
O dhcuroo C lodo ele cjAro, oepuo o 1Mhlvo, Mo (mdo düvldm mdkd. Ch grupem pró·wformm optnmm por umn nlml6glh de
& que bgmnmxm êdto no comlmo kjµ1 Nb Rdmm Mmnl moblllmçAo polllk» que excluh conc«õ^ e compmmimoo. m
pmbkim que (o pnmldenlo) mxmh~ & Mtumm comp1~ 0 düi prindpl IMÍca em qumlionnr publkamente n cnpmidnda do Con-
dl JuM1Acândc~ quo W molvldo p« eupm e de «ondo «m a grmoo 'k' pmchujr quUiquer Mormm quo ruo tomem oommto
dvrrNdúk dmcondbçtNm rv10oMb
gmdunlo e comvUkm, mneaçando deua mandra mBB opcmmteo
parlnmenmm com a peròrctjv^ de um público cndn ¶mz mdo
Ch grupo' ty;Mricm, mlxvuínco, Mo nuivam oMkfdtoo com dbpcmto a acdW 0oluçm extmparbmenmm ao conflito.
mmm pihvms Exigüun %âo. Como conllniwv4 o edkodd de A 6rdo mmler dua lbdemnça no birgo mp'ch'o & ~nbl
Gkht Mnda dc Meríndo j [ah de Goubrt "kodcmrwne am
Goukrt µmou então a pro+ a n«~klmle de mudAmm p'o"
perfeito. Rema, agom, que b Mm pahvrm óiµm m mm e a
hirdm, menlumdo principdmente 4 mudmça & ConoHtukAo.
«mução L..]" (A Glcb 85, maio de 1962. pp.178). EnlmCmlo, a
Hão govwmmmtd sobrr a quem4o agMM Wrdou muito. Dolo
~00 modemdoo do míortm agrária (omm oubmdidoo à cQn· 3L th «¶mhp cum Amwmb Mmdm Nht mkúmm cIo AgNmkum. khou cib
jrlivklmk e hMMl6&& n' pm'm" mn Mm «'m a qimao ¶çMN (Enur-
Údemçâo do Comeh de M inimrm. c) prímdm foi apmenWdn vkw cum Momam IWwj, wm.

n 73
Finalmente, assumiu uma posição mais agressiva. Em seu dis- . ·W

curso do Dia do Trabalho, em l' de maio de 1%2, ele insistiu com GOLPE FINAL NO PARLAMENTARISMO
o Congresso para que colaborasse mais efetivamente na decreta-
ção das Mormas e apresentou uma solução institucional para As perspectivas de institucionalização do parlammtarismo
facilitar sua ação nesse smtido. Propôs que o Congresso conce-
ruíram com a queda de Tancredo Neves, em junho de 1%2. A
desse poderes constituintes ao Congresso a ser eleito em outubro.
despeito de seus apelos por reforma, Goulart tinha outra priori-
De acordo com essa proposta, as Mormas poderiam ser aprova- dade: mudar o sistema de governo pela antecipação do plebiscito.
das por maioria absoluta do Congresso, em vez da maioria de
Para atingir esse oSetivo, ele ajudou a minar a formação de um
dois terços exigida pela Constituição vigente. A proposta de Gou-
gabinete viável, ou seja, um gabinete apoiado pelas forças parti"
lart foi endesada pelo gabinete. Na primeira reunião de gabinete
darias no Congresso, e garantiu, com isso, seu controle completo
realizada após o discurso de Goulart, Tancredo Neves enfatizou a
sobre a nomeação de um novo gabinete comprometido basia-
necessidade de responder à demanda generalizada por Mormas, mente com o retomo ao pmidencialismo. Goulart teve êxito em
assim apresemndo sua iniciativa nesse sentido:
organizar uma campanha contra a resistência do Congresso até a
sua rendição final quando, em setembro de 1%2, aprovou um
Na linha do discurso do Presidente, tomei a iniciativa de, em cola-
boração com outros colegas de Ministério, elaborar um projeto de
plebiscito para janeh de 1963.
No meio dc junho de 1%2, foi deflagrada a discussão sobre
emenda constitucional que seria submetido à apreciação do atual
Congresso, visando obter os objetivos em vista, isto é, impedir a o novo gabinete. O nome dc Sari Tiago Dantas, do PTB. surgiu
agitação e manter o governo no comando dos acontecimentos e como o sucessor natural de Tancredo Neves. O papel que Dantas
canalizar para o seu leito natural e competente todas as aspira- havia desempenhado como ministro das Relações Exteriores, sus-
ções esparsas de Mormas que andam por todo o território nado- tentando a "política externa independente", havia lhe grarYeado
nai e, :e$tarte, darmos ordenação ao debace em torno das chama- o apoio dos grupos nacionalistas e de esquerda. As organizações
das kv! omas de base. [Chacon, 1%2, pp. 117-8]. sindicais demonstraram imediatamente seu apoio à nomeação de
Dantas, ameaçando deflagrar urna gn"ve geral se esta nomeação
A proposta, entretanto, encontrou oposição tanto da es- não fosse aceita (Tb, 16-17.6.1962).
querda como da dHita. A esquerda demonstrava impaciência Em meio às demorwtrações dos trabalhadores a favor de
com urna medida que adiaria por quase um ano a Perspectiva de Dantas, Goulart anunciou sua nomeação aos presidentes dos par-
urna reforma na legislação. O Partido Comunista criticou o dis- tidos políticos (JB, 20.6.1%2). O PSD, o maior partido no Con-
curso de Goulart como sendo Luna nova tmtativa de conciliação. gresso, resistiu à nomeação de Dantas e insistiu para que o pri-
A extrema esquerda via a solução como urna tmtativa de escon- meiro-ministro pertencesse às suas fileiras. Um documento,
der a inércia do governo e de aumentar os podem do Congresso. unanimemente aprovado pelos representantes do partido em
l A Classe Oµnínia, 4,20, 4, 5 e 6.5.1%2). A direita. por Bua Ye4 ambas as Casas do Congresso, divulgou a posição do PSD. Ais
interpretou a ,Proposta como urna tmtativa de introduzir sorra- reformas, afirmava o documento, eram urgentemente necessá-
teiramente mormas políticas no texto constitucional, particular- rias. Entretanto, argumentava que urna vez que elas não trariam
mmte aquelas referentes à reeleição do presidente e à ampliação resultados imediatos e que a "difícil situação vigente" devia-se
do direito de voto (CM, 4, 5 e 65.1%2). mais diretammte à inflação e à ineficiência administrativa do
governo, este deveria dar prioridade ao combate à inflação e ih
suas causas. O documento concluía afirmando o respeito e a
admiração do partido por Dantas e o desejo de cooperar com o
presidente. Mas reiterava que o novo gabinete deveria ser fm
74
75
^
, "" " 'm

~ pelo PSD. Afimuwa que o JSD mo.tmm-oe em COM~


&%ut!lmra tNÚoN pmbmenW nermMN pam a (onrwçâo cW ~ dbcumo p·m o CorW~o.SmTiA8lo Oim'
um gowmo "com o firmu e trm'uuvd compmmino de execuW m do governo bem de acordo com m polltkw
tum politica enC®ca qp decblvn µim a miuç;° doo gmvm Pmqp polo PSI). Redimwm oeu compmmdhnenlo com m
blemu com que bc depun[vaj o Pnk, nmegu ando·lhe adm@- d, mm enímimva a n«moicbde do p~mento, nuóWb
lmçAo Fk)r igunl Aú0tora qg conMruliva",j¶ /dNdo, nutorídade e kukpetndência. Enímimvn uimbôm a nmmb
Goulm, mtrutmto, ompnmlnN oeu Apojo apenm a um pri· belo de um compronúuo onim ob imbdhMom e ao cIa~
meho·minbtro comprometido com a mlimçllo de um plebhcito mp~miz r da' mlkhrkxbde enlrv 00 µirüdw no gnbinete.®
4nw eh dAub fixmb Pejo Mo Adk'kmd." 1)anlm, por 6Um poob Nao ol»tantr, o ISO, MIMo A UDN, r©tou dua nonmçh (m
m modemdm m bwca do Mormm e bCú comprometimento 'hbeb l pira a dhtribukM dm Vote» mlw 0· pmkloo ). O líder
com o obtema µrlíun mlA~. anmµv4 o prbMpM o do PSI) Ni ('Anwm dm tkputMcm µtdicou o volo de oeu pm"
Goukrt:w mupemç4o do pbm podem PmkhmdA=r~ vo de Udo "rgummwndo que por trás & nonµâo de Dmlm mtm-
müo. Ap~r de miao deckmçM pâblkm em favor dA nomeação Yb um intento de demruk m or8Animç^ pm1klârW (Can-
de Dantm, por lrb dm bmtjdom Goulm lmhdhmi pm ôok. $r~o Nadoml, 1962, p. 592).
µr o npoio obtido por mµekMNo nm Danmo cedeu à vontmk O novo primdrY)·Ininj$|ro indk'mlo por C;oúhr1, mnndor
de Goulart, ao deoblh' de ompm'ndor um Ldoko nwh efetivo Auro cIo Moum ^ndmde, pertenck A ah conwrvmlora do ISO o
52 obt« o aFk)ío dm µnidm canwrvndom A Bila nonmç,Ao?' munclou de lmedlnlo a ímpkmenwçao de "medidm 1mppub·
m" muhmtm & "Mmohitn pdoridnde a wr &cía à luW contm a
3!L [krummmxm0~ m mnrhmm cb mmmm mmkkmn ?1 «b Mio ,k lníbçjo" 'i O Amplo apojo dow parüdm comervadom 8Amntlu a
1%íZ ~Wdo Nb mkhTNN
=T~'L q|b µnkknNn&n0jN~kha¶xx'lK;v,Rb
~HK·(Mµõvo Amml Mmmd. bclukkí m, wm aj'iov4çAo do Moum Andmde (ver Tabela l).

^ nommçâo de Moum Andrade, mlMAMG bvh Udo


X RmmvW «m ^~) lkkr Jn l'm ~ cAnmm dcm I ^pru~nWdA Goulm1 com o fim ¢k ~ im Lm
(OESP, 119.IWJ) j¶mlmkm P"' ~ qu"
37. Vhlaó ,Nnbm modwmmm a Mn~ qw &r1 1bjp Ikmm nym»cnww nummume mm mlmdade de ÚnÚWA Wio doo putSdbo poKN
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dom nn lndihtria (CNTI) ddbgrou luna gxvve gemi em prol dA RocN paim prhndro·minlmm (ver Tnbeln j).44 Com o novo pbb
fonmçllo do um gnbimm nacbnMbm. Como multado ~ gmve nde, Goulm venceu dua primdm NlalM em cÍ1nçAo lb mtedµ·'
formoume o Comando Geral de Gnvc, que 9c tornou o embriAo çAo & dm do pkbbcito. lmpôo um ydMnele chdbdo por ium
do Comando Gemi doo TmhdMdorm (CGT). Tendo em vima n (igum poUtbi jnexprrujv4 inldmmente kvil e NubordlmdA A dua
fme opoúçâo de mdoo dndicnh A indbmçAo ãh Moim Andmde, Mermem. NAo conwndo com 4pojo µwlmnenlnr, 00 mombroo do
Goukn deckmu que "gmpoo mtjpopuhrm" nÀo o kvaNm a ybbwle dependiam excluoimmente cÍa pruteçno de C.oulm paxá
ceder novamente ou a 4ccÍWr um "pbbMe impopU'r" Ub. pemwnecewm em ocu0 c^Wo0
4.7.1962). Tendo Mo criado o ím~. llndmde foi ÍoKMo a O deolíno do novo gnbirwle Mava vincuhdo A lmpkmmtn-
rmuncbrQ CAó dm rdormm e A mledpmçdo do pkbMto, com cbm priod·
Quando Andrade renunciou, 4 Wyq ddbgmda µb CNT1 &de pra mie último A decW«âo de BrocNdo cía Rochm de
Mnda não Mvú cmmçado. Um vez Ak~do oeu ol*'livo, que o ybínete Mo Bobrvv|vvm w nAo w mWbdecrme umA cbtn
Gouhrt lentou pamr o movimento. M orgmimçõm doo tmhn· rm 4 müiwao do pkbbdlo, Hdou IunA cmnpmN rrwb agm·
lhadom, mtnmnm, nm~mn-oe a ~ulr o pedido de Goulm, 0íva contm a rmblhwb do Congnmo A oua mvlcdpm,üo Ub.
auindmdo bila te bdependênck cm rdnçAo a eh." O 27 7.1962).
movimento dndkd mdirmou bua demmxb por um çµbbrle A cmnpnM pelo pk'bbcilo conwva Agor.l com novo$ AÚa-
mfomüôta e mciorwbla e enhou em gmre. A grmm foi pmrbl- dm, em pmkulAr o» míliuum e o movimento mdkd. Ate eme
mmte bem·oucedidn; Melou úgMfkmivammIe ampjoo mom, momento, ob mllltmm Mvlmn mantido um poobçAo neulm; a
pamlbando, parlkubnnenlo, o oktenw do tmmporlm dn naçAo. pmlr de mlAo oMmm om dd~ dA mtecípKAo do pkbbcito. O
No FUo de Jnneho, muitoô outroo mom pübúcoh commriMo e mínimo dn Guenm, Nobon de Meljo, ddendk n rmumo do
lndugtruh fomm Meuidm. Nmjueb dcbde, além dino, m dejlog pkbbdto mlo0 dm ddçõoo do ouluhro. Cio mlnktm dA Mminhn
e cía AmuMutkm oegulmm o dou exemplo Ub. 7 e &8.1962).°
da grevu do tmmportm combimmm·w com unw c0cM0eí do
?mentoo, provocnndo lumuhoo que ddmram 40 morloo q 700 O movlnwnlo ólndkd. que omo®u foddoddo cía gruve
gemi de julho 0 que conlnvA ngora com um órgo centml de
eridm (Ericbon, 1977, p, IOB). Finnhnente, em 7 do julho de
coordomçào — o nnôm·cdado CG1' —, gmdudmente pnrou cIe
1%2, com a aqukmCncia do PSD, eh UDN e do oulroo pnr|jdoB
pmdomr pqía fornwçAo do um gabhwle McÍoMÜMa q prú"re"
comervadorím, o C"c)ngIvNM) ôicdtou a nommçâo de Bruchtdo eh
formn q começou a dc alinhm com n Imc que lignva o pkblodlo
m Mormo do bime (Grhx'o, 1979, p. 293).
'Q Di? mxxdo cem Almino ,Mhwvo, lldor cb mi no C°cwWvnk), Andmde ÍWviA O gOlnde tomou a búcimiv4 de pwpmr vdriob projetoo de
cx~nb& em nMp Wedrrir nem mfnk¶n0 eh' Coulm µm miÀAr (p oblmm
de gcwrmo. I'mh Ne auc}nlmr d4 mµ|~nu de Andmdr, no mumo, C»ú· kl, compmndmdo medldm admbúMrutivm, propootm de m·
Kr Mvk eüçdo, r oMhko, umõo cArla de rrnamü m·m0kwl& Qmndn (orm 0 a Ant0cl~o dn &W do pkblócito paru coincidir com a
Goulm cDmpnmkkuqnr¢m mmbmm mllllmm hwkm c'jmdo µw Mo m0+ okiçAo do outubro. Brodwdo a RocM oolkltou que foooem dek·
= A «mwxvbç4o dn plrbbdW. pediu c|1e Mumo AnurrüMe a NTl(jnc(iA eh
=num mnmnMn em qun mie 46nãh m04v4 De mmcubMo com cm
= ¢Dmm o µHnmr. (Ennvvww ¢Y)m Ahmrt DESE 1.19,lmr^ r. u. m mvmjoc'om Mmmi dqµm « (,0 u ,4 ¶Tk·
00 eh tcul 0~níCTk14 Mm tmerrmm ck Goukn u" p'íne d· Moim rm.cm rmdm No kmô0 wmmm |NhMKW~oUM '
' ' I Ç N M ,. dc Acmk) com Amaml l'r'kmo, a dua 4~) em cTmAcK mmevmpwemm 0 «Mbçm0womwo IMKMo ~ um pmnm 'n'
m& · c¶mr (m nw~m do µm & 1962, MquWo Amml P\djuNL
, k Um . . . ~1 ·k v~ lulmub chmdum huw~Mo & mnrm) NtN·
' ' gq ' = cUm Mmn) lW Nk QO7&e p 103) c'l4xx'jn;v, 1¢bn de kMmP
a w & g & jubL , , p'" m mwemkm emir (m de O. m ckw mmbuuo rmlmm kmm (dom aN um emxmu «m
. KadMWNK e cmwm plmcm. Kdmwk h «mkkmdo «moo WPmkx
ninz'hún-in " " ' S"t"o'mumn m lmnlMm Khcbcm
a rmçÁbo chm mibmrm (c "M, BAI¶K7).

78 79
gµdo" p&lem mFKxiah ;30 Conselho de Ministros para implc- que incluía restrições à reforma agrária. Quanto ao plebiscito, a
mmtar essas medidam ·.ntrrtanto, a maioria conservadora no emenda «tatuiá que, se q próximo Congmm mantivesse o Ato
Congresso, repnmmadà Fdo PSD e pela UDN. iruistia em duas Adicional o plebiscito ocorreria cm abril de 1%3; mas, se deci-
cxmdiçõe" para a artlecipgção do plebiscito. Primeimmmte, não disse prmnover urna reforma constitucional sobre as questõe6
deveria coincidir com .u eleições, devendo se realizar cm uma acima referidas, o plebiscito se matizaria 45 dias após a metade
data a ser determinmb pelo Congresso que fosse eleito cm ou- do período estabelecido para a rdorrm comtitucionaL«
tubro. Em segundo, a legislação refènente à data do plcbhcilo A dekgação de pc~s constituintes ao novo Congi'e»o,
deveria tomar a forma dc urna emenda constitucíonaL em confor- pnvhta na emenda de Oliveira Brito, abria novâ6 possibilidades
midade com a leg»bçào vigmte. à imtituiçâo das reformas, mas falh.wa em apressar a realização
No dia 18 de agom, h líderes dos partich» e o goremo do plebiscito. Eram grandes as pmb.ibiLidades de que a nova
chegaram a um acordo em relação ao plebiscito. Ch primeiros legblatura utilizasse os poderes constituinlm com que fora invés-
concordaram em garantir o quomm para a aprovaçjo de uma tjd,i, atrmando, assim o plebiscito. Para Goulart, o período de
emenda. já apmentada por Oliveira Brito, cuja votnçclo estiava espera ncria demasiadamente longo e o tempo restante de man-
marcada para a segunda semana de setembro." A emenda Oli- dato, muito curto. Ao governo intemaiva, prioritariamente, que
veira Brito era compatível com as condições apr~ntadas pelo o Cmgr~o decidisse sobre a data do plebiscito. Por essa razão
PSD e pela UDN; transferia para o Congmso a 6ct eleito em Goulart pncmuou reformular o acordo.
outubro de 1%2 a dcckão rehtiva à data do plebbcito. Entre- O mb de setembro foi testemunha de uitu1 escalada no
tanto. mais impomnte ainda era o fato dc que a emenda Oliveira pkjcc&ro cIe mdicalimção. A ~juerd."t liderada por Brizob.
Brito atribuía podem constituintes ao novo Congrvmo. Permitia- ameaçava o Congresso, propondo fechn-lo, e apelava para que o
lhe, dessa forma, alterar a Constituição em outras maté1riA8 além Exên.'ito mtaurasse os poderes do preúdente. A diiuita, encabe-
do plebiscito, abrindo caminho para uma refocrnA comtitucional Cada pelo governador da Guanabarm Lacerda, dmurniava tmta-
mais ampla.° Fh)p+ que a maioria neomária paira mudm- liva» dc golpe (CM1-2.9.1963; JB. 2.9.1963).
Cãs constitucionais fmse r«luüda dos dois teím exigidm pejo O pbinete submeteu a um voto de confiança o ·m pedido
texto vigente para a maioria absoluta de arnhis as Câ8âb do Con- t de dclqµçâo de podem para impkmentar m reformas e fixar a
gresso. Essa regra passarü a ser aplicada nw seguintm casm: l. dala do plebiscito para 7 de outubro. Mm o Congresso resistiu.
6oÍjre as cláusulas do Ato Adkionale os preceite conmitucionah íu pKe6~ sobre o Congremo aumentaram. Em 12 de se-
incompatíveis com o simema parlamentarista dc governo; Z tembro, um dia antes da data de votação da emenda Oliveira
BOÍNC as cláusubg da Constituição de 1946 referentm (a) ao ús- Brito, o CGT declarar uma gxrv" geral se o plebiscito
tema de irrymtos federais, estaduais e murúcipús; (b) à naciona- não Ío3$ê para coincidir com a eleição de outubro. A
lidade e cidadania e os direitos de imigrantes midentes no pab; situação militar tornava-se tamb&n cada vez mais tensa. O co·
e. finalmente. (c) à ordem ecan6mi,ca e social definida no Titulo V, mandante do III Exército no Rio Grande do Sul Jair Dantas Ri-
beiro, em um telegrama ao minibtro eh Guerra, Nélson de Melfo,
kid mWmdo Prb pmòdme do Cbürur~k Pm o tem crmpk¶o advertia que, em boe da intmmigência do Parlamento. da imi-
~CM, 1&&19C. nente nmúimia do gibime e das demonstrações generalizadas
Q. HMqa Olivem Mio hmínk Mo pktnejada com o dbge~ dc Fm- de d~ontmtmmnto, se smtia incapíz dc manter a ordem caso o
Ukra cW Mormm µ'b Ckmgmso aserekVtoem Qutiüm de 1962.
RN de xordo L'om m j~ tlrlkada$ pr Coulm Mn Deu dbcuno
do Wdo7hlmNo. «n l' dc rmio de 1962 \Nzr :k%ão "Ação GcwemiunmlM 48. O texto compkto da emenda etá rrprudundo rrn C"mlcllo Branco (1975. l'
m [~O A Rdmm". nmCr caplhúo.
tomo, pp. 2234).

80 81
pkbbcito não fosse aprovado." Os comandantes dn l e n Re- de uma emenda comtituciona]. Este, na rrali&de, em o procedi"
©ões Militam, Chvino Alvm e Peri Bcvibcqm e declararam mento apropriado bc a Comtituição ío6$c cmritamente oímet-
solidários a RiHim. ^p~s o comandante do IV Exército, o Te- vada?' Entretanto, Nm facilitar a votação dn data já acor¶da« a
centemente indicado gmcral Castelo Branco, Mo Be aliou a Ri- cláusula que modificava o Ato Adicional, apnmentada pelo s«w-
beiro (CM, 13.9.1%2). O minimo da Guerra, Nehon de Mello, dor Benedito Valadam, foi incluída em um projeto de kl comple-
considerou a atitude do comandante do UI Exercito como uma mmtar." Como tal, poderia ser aprovado por maioria simpb.
manifestação de ingu~iNKao. provocando, maim, reaçõê6 Uma vez mah uma ooluQo "polftica'° colocou fim m confÍito6
posleriom do movimento úndicaL O CGT convocou uma greve entru os grupem comervadom e os grupe» pró·rdormas, pás-
geral nacionnl. Na madrugada de 14 de membro, Brochado da wdo por cirna dm nomuw constitucionais vigcntes
Rocha renunciou. A emenda Oliveira Brito foi rejeitada em 13 de membro. No
Em meio à crhe política e militar um ooluçào de compro- dia Beguinte, um projeto marrando o plebiscito para 6 dc janeiro
mbso foi aniculaG." 1emcindo a fonmçao de um gabirme de dc 1963 foi aprDvAdo. Ê: interessante oÍj6crvnr o comportamento
e»querda e a nonimção do general Ovino Ahm, virwulado à dc» partidos na VOúbçjO de ambos os pí'ogétm no que se re6ere ao
esquerda, para o MinhtCrio da Guerm,!'l o PSD concordou que o conteúdo de cacb propoma (ver Tabela 2). A emmda Oliveira
plebiscito fome an|ecipado,52 Segundo o ncordo entre o PSD e Brito era jun irwtrum«·nto amplo que, além do pkbbcito, contem-
Goulart. no qual Kubiln"Mk desempenhou um NPel decisivo, a plava também a pomibüidMe de implementaçAo das reformas
emenda Oliveira Brito deveria 6êr denoW&. Pmteriormente. pela ccmmUo de fxxkrm c~tucion^h ao Congusso a Ber
weria aprovado um proPto. a ser apresenmdo Obô Congresso pelo eleito. O projeto de Valadares, por outro hdo, vigava tão sommte
mador do PSD, Benedito Valadares, marcando o plebiscito para
- mtaurar mpidamente o poder de Goulart Ab dum primánu
6 de janeiro. No acordo, o PSD dmhliu dn condiçilo exigida ante- ' colunas da Tabeb 2 repremtam o multado dm dw chamadag
riormente de que o Aio Adicional só deverin ger altcrado a partir para a votação da ornen& Oliveira Brito." O multado da pri-
metra chamada demonstm a tendência dmtro doo partidos em
49. CM, 13.9.1962. Vk1or. 1'XA p uz Deacurdo com um membro ~0 ao pr'o8eto. u que esta votação ocorrmj antes da conclusão
da "~~m 1d'cT\Km" (um gmFK) dc crwmljtom 1ígµdm a Mid|4 c cooMe
do acordo para dermar a emenda. E8W rvmiltadm revelam urru1
nado pr (°1N|w VÍmw. que prrpamu m pn¶clc» ApnmcmAda0 ao Congm»o
fK'r BmcNdo cb Roda e(xmbmmlcomGouan dumnletkxboMm mandato). disposição favorável entN 08 partidw em NÍNçÁO ao projeto: o
u pNmbdeg ml|ilanm e "r'fmlAm" ~0 (:cmumoo emm µne de um plmo PIB e os "Duim Parti6 de Ebquerda e Tmbdhbtas" (OPEI)
arqumudo m MioU, que cokxmia qC. l, , H - k . d~ dtenmtivm: cm
T'var m km & · ckC (o «mmo d· p« de kl ·p~tnwkm «' votaram em bloco pdo pigéto. o FSl) demomtmi. também um
^rumgo) dii Nrr ler cb. N"Nl|mg quchruok cumave com o 4fxjjK' ·poio significativo ao plmgeto. a desµito dA oposição de um
de Jair Danlm Rjlm·(m e (hvím AJvul commjmm u l cIII Regm MilitA· quarto dos VOtllMH do partido. Quanto à UDN, ocorreu o contrá-
m no Rb Gmn& do Sul e Rb de jam!jn0, mµx1ivMneMc Df acordo com
schjlj% " gm'" 1Fml pkTma fébCjGT K¶NA urm "pmnu 'k'juco &dr rio: a maiorin votou contra, mas 30% dog votanlcm apoiaram o
m mni lk rrul'" Ed'u'n& 'm.EÊÍ" zu-'. mo íntjtuWla "^ projeto. Também C inteimsante notar que ob volos dos "Outros
Tlentuhm Fhmm& ,k("olpe 4 d" joh")
BQ Fiem um rdmo do pruc~o 'k' MWNKão c dc» ímmmm cm FúP. ver lhp-
, pdibçj906.pp.2hRl). 53. Deule que o Ato MkkmM (uü µne eh Com|(lnçN),(m mmmdm dom trrY»
5 . Khmem um gmeml mdondbui. a quem Mmql~ cÍwnAvA dc "general do exigjd'" pam a mu&W'a 4 ccmtitujçM' leram que m' ap|k"ar A mjjdMK"a do
5Z = mamocRlm Mcrmüo par Anwml F¥h=kkme dof5D.apcb ^to ^dic«mm
5L Eme prr*'lo.µ em tmn¥Mçâo mCcmgmw rrgulmnnmva a kmnação dc um
55. e"~ prrwbôdo m) c~ dc VbC1KKú du Múerwr
& Nd Ho&
N Ü bk' ' o m^uo (mquivo
mGúêrn, NcjMmMxKm
Amaml del h,cxr$&un
CKXX"/fCV,oRio
temxck mm ncremnm dum vuUK¢Iê3. u qu" na µimmm ruo fcjC obtida a majom
¢mgid.t-

82 83
Partidos Conservadores" (OPÇ) estavam divididos, com uma li- Tabelai
Diuribuiçào de votos dos partide nas votaçõeo para
geira maioria a favor do projeto.
a nomeaçjo de primeimministro - 1962
Na segunda chamada, a posição do PI'B e dos "Outros Par-
tidos de Esquerda e Trabalhistas" mudou compktamente. O PSD
A. Andrade B. Rocha
manteve o mesmo número de votos, ainda luna maioria, para a Partidos S.(28.6.62)
Dantas (2.7.62) (9.7.62)
emenda Oliveira Brito. Entretanto, honrou o acordo, garantindo
uma presença consideravelmente maior de congressistas que vo- PSD Sim 15 98 86
taram contra a emenda. Finalmente, a aprovação do projeto de Não 84 10
Valadares, terceira coluna da Tabela 2, foi garantida pelo PSD,
com um número maior de votos favoráveis, e pelo PIB assim PTB Sim 57 14 61
como pelos "Outros Partidos de Esquerda e Trabalhistas". A Não 4 37
UDN e os "Outros Partidos Conservadores" votaram mais uni-
formemente contra a emenda. UDN S'" 7 61 31
O presidente do PSD, Amaral Peixoto, justificou o voto do N6· 53 2 31
partido como uma forma de impedir o agravammto da crise. Mas
ejé defendia a opinião de que a emenda Oliveira Brito constituía a
opEr Sim 13 18 11
real solução para a crise, pois poderia atar a probabilidade
Não 13 3 4
de reformas e também dar um tratamento específico ao plebiscito
(CM, 16.9.1%2). O comportamento do 1'1 B na votação dessas
propostas deu munição às criticas da UDN e da ala direita do ope' Sim 19 32 28
PSD, que haviam se recusado a aceitar o acordo. Durante a dis- Não 18 5 14
cussão da emenda Oliveira Brito, Último de Carvalho, um impor-
tante porta-voz da ala direita do PSD, fez urna áspera crítica a Towl Sim 111 m 217
Goulart e aos grupos pm-reformas pda prioridade que haviam Não 172 47 59
dado à questão do plebiscito, deixando com isso escapar a possi- Totú 283 2X) 276
bilidade de aprovação de um mudança institucional — votação
por maioria absoluta — que poderia facilitar a aprovação das
rdomuis. Por isso acusou-os de serem "meros agitadom que usa- a. CMtm partidos de lbqimda
vani os interesses do povo brasileiro como urna máscara demagó- PSB, PTN. PKT, PSL poe e MTR
b. Outm Partidc» Ccmervadom: PR, PSP, PRE EI-
gica para seus ataques contra a democracia" (CM, 13.9.1963). Poste- AdapRada da Tabela V-B emSa~ 1979,150A51.
riormente, em um manifesto à nação, a UDN também acusou o PTB
de ter nejeitado a emenda Oliveira Brito visando "reduzir o quorum
exigido para as mudanças constitucionab que permitissem as
reformas de base", como urna evidência do uso demagógico, pelo
govano, da bandeira das rdormasú

56, HitúMO m BNEüim. ~do pda UDN «n rkyvembwo &1962


(Arquivo Amam Peimo, CPDOC/FGV, Rb dc Jam'iro).

84 85
r'
nbeb 2 i
Dlmdbubçao de vdo0 ckm µRl6 mo VOUbçÕé0 CMTULO3

Rmen4
PRESIDENCIALISMO FRACASSO
ComlltucloM Comthucboml Pnç*m &
Pmkbo (l' Ij0w do DE UM COMPROMISO
Cp Lbw do Vakdam
chtumU) Chmm&) (149.62)
(13 9CQ) (13.9.62)
PSD Sim »
35 79
Não 17
46 IS

m Skn ¢7 l 31
Nbo 2 O l

UDN SIm 12 30 g
Dolo (mom (orlakcemm a poRção de Goubn na conrlnçâo
Nb 29 26 43
do (OKM polltkm o gamnliram k'gi|hnic|Ade n Beú governo, au·
menuindo Amim m mBibjljd,ldm de promover um progmma do
OPET' m 9 9 ndormm O primeiro foi o multado do pkbhcito; o o oeguMo
Nh l u 2'4 loi o mujwdo cb eleição de outubro de 1862.'
7
Qmnto m pdrrwiro. a OPÇebO prmklenckbla obtmm um
ope' Shn 17 7 vHôN " l' ' ' ' ' cinco de cadA wh ddtom fomm fAvoM'^
Nb 13 ?9 8 ao Momo ao mllmo pmidenciúm& Mah de9 mibam de votm
12 (omm mribukloo a um mgSme no qud Gòulm IN oeumt com
7bb Hm 140 102 plenoo podmm, n pIvd~h do pUi m númmo m dum
Nao õ? lao 167 v020n mnior do que o nümoro & voto0 « eh hnvb obtido om
28
dua eklçllo pam vH·pmúdento em 196ã
KW m M O multado do plebbdto fd mebldo com gmnde otlmhmo
?95 _
& CMm µnkkm ck Fbqçl~r Imlmhbom pdoo gmpoo de esqumb e µ6m(mmnó, Mok4ndo·lhlm a
m PTN, m, NT, m e MTK de que em forte o apoB popukir Ap Mornm.' De (mo. a
h Duim Nnkhm c Qmerv^lm' PR IN! 1¶U'e PI.
AâlN~ntrb Vil em!Wmo im. mm
l m kn um ~ mimo pobdm& µm a qiul IAIUc} 4 m|lwqd4 çwno 4
dlorM cmwúmmm Iodem o«» , , , ,, . t fina hw'm|0lAvr|quMm
¢1Mk dr rummj do mrlotkww à» diknium pcumm d.u dlim ¢¶w^mWm N
rNNllvad4r A mmpmM dcNml dcm cjMuLõW0 cmw·rvm|nnp
2. V* Nhum m 11·7 do Jmwúd & m (huno Vwúw, um nwinNu cb Nnkho
('«Mmwvhúl, dnnmí "cm «miwbuw çTrummm ,0 vWNà m pHMdho num uma
chmmWb r~ &q~ cUm'b~· IoKm Kwü ·kk:r)(lwhhIN¶du M(0·
mh m um~Wwmlvd4 FwtwôM|UA| m¶6N |Nm0lv hn|mrr m n·hmnm
6hm 6 do cjm~' ou m~nn pmmm E Iao m4hr¶uhlmmmw dek·"
(lw .r ICU).

86 87
mmpmlm µrn o pkbhcito mvolvk qumtõeo ouhtnntivm, m Nao obomnlc o otimismo doo membroo dn CQâ> ~
modkb em que o tQITW dA mu~4 do mgimo c01ava 1nevitmml· formm pelo Momo ao regime pmkleMMbW, m Mbr~ 6
mente víncubdo à qumWo dm Momm. PAm n coMKAo de m· pmdbm ninda do uim boIuçAo rwgocindm Imo nconlodn, bmk*p
quordn µU·rdormm, n mudança pam o wghno pmddenckbW mente, por dum mztXm
em concüçllo me quá non Nm a rml~o de rdormm, e 4 cam· Com 09 rmulmdos do pkbMto, Coulm1 p~ou a dedmW
µnhn mnnlhúw vincuhch c00m dum qlmt^? Por outro Indo, de mnovnda confinnça públicn, como acmluou em cditorid o
a cnmµuúw cb UDN contra o pmidenchbmo rr(okava o cam· influente e com«vador lomd b 1?nutl Ub, 8.1.1'163). Enhmüunla,
ler gubMAnljvo da dhymW peb form de mgime. A emmtCgk eh nilo dbpunM di' um grau de líhrdade IAo mnploqunnto
ddinida oÍkinlmente por nquek parlido ncenlmva a necmoidnde wguldom de c'oquerda inlcrpwmvmn. CM rrmÚlndoo do pkbbclto
de "rmmhro qdgni~od~NlmMmn~dhk|m" no pldúcito Mo podiam ¶er enc,tmdm como urrw pk)úçAo íntdmwwnte +
(/8, 13.12.1962). Embom on motivm da UDN obvinmente dúerh· Goubn ou pró-rdomm. C) falo de que dlfemrm lnlervmm mtn·
Km doo da eoquedn, dm mmtCgja moam a m~rm convk'çâo, mm mpmenWdcm m nmpb ccuUMo müµrlmrmMm nega tal
ou +: cado Comem cbdm maiô poderm ao pmidento, mudm· interpmndo. Além dmo, a hnenm mMoN dcm que vowmm
Cm pmhmdm HrÍnm lneviMveb. Por oUâ0 razOem. ô poulvel Mo Momo ao rvyime pmldmcldbln expmonvm tambôm, (l
dimwir que. em ema medkb, o rmultMo do pkbhcito expm- dmu~o gerwralkmln com o obtom NrkmentnNub e a oope"
Dou um mtntlmento gerwmlkMo em favor de Mormm 6ocÍâÚB. mnça de que a mtngMçâo ç o caa ntribulde a me bh|omA
No entanto, como vhnoo milerbmmN, ema vilónh decortvu do pudeuem wr wup«ndoo. O edjlorld do Bdelhn FIESP, rvvioln &
influente FedemçAo dm IndúolrW do Fmacío de Ho Pmôlo,
uuw "onjugÁNçN) de intervmm LAO dive que dükilmente pode-
rinm mrvk do bme pam uma cocNntc e doliva nçao N'(omÚMn. lnlllulndo "Novo Rumo, Novm Eôpemnçm", cxprimin bem
Quimo ao oegundo (mor, o mullMo d4 eleição de 1%Z de o~ oenthncnlo:
fato imlkava que e padidm comermdom Mvhm perdido sm
l...) com o mwbdodmonlo de um governo pmjdomu|MA
hogemonh, O P113 qium dobrou bua ivpmentaçâo m CAmuá
quo 00 µoN0 mjmonto a NcyvomAr. com quo vmhddmmomo
du Depuladoó, tormndo·oe amim 4 W~ ÍoFâ no Parb·
Mo komkv M lofW» ha~do m fónmç3o do um mhúp
mento: Mm cadeiras Aummlamm de 66 para 116, rvpmmmdo cório tntogmdo por mulim (ljçum ímplmdom do confiança 0 rm·
28% do IoIM. Ck µrtldm menom do cK|ue^ ou tmbalhbtm pMo t .J crlou·0e um clim do oumhmo 0 40 conllmµ quo m»
MunenWmm unnbúm oua wpm«MçAo rw Chmm dm tkpm· jwmúum (..J cbqu$ por dknw É eme o wnu·
dm pani 12% cÍM caddmo k8|glMiva0 (vor 7hbeh 3). monto gord que dc rughtm enlrv ob homom da produção l. J F»
Wmm vendo luz no honumw (Boknm FIESP ¢A6, kvowho de
x ugá c) Smwúno c Nonm Kwmm dumnw o m & domntm de 1%2, C) ICll 1'163, pA'
EWPou 'In 'mnpMm r'k) pbbbdm com um "pmymm minimo" Mvb.
d Niô 4 Iímmçauh mmmm ck lucm. o mmj mrmocom o FMI, a ^ Kgun& e rmh impomnto mmo porque uma ooluçjo
MlWôdeemm~ ·~W~ 4 w «Mim de VW dm Lm. negoclndn Mndn era nemuN ckvlnm ao (Mo de que o Com
MMocwm, um mbmm a mm mdkml, a rwo da Lei cIe N' lm a
da jWljMçM)à&doçomlmbw (=. m. r. mSdí
wNh¶ ckrhmu gir a ymao 6 Nkwmm IN oer t~ jmm mmvar o 4 (h kK|w|~ Nu|~.mr±hMm~m uNMlk·4 N¶kmlm6|+·
µme,mnk1µr do pkbwim Ur, mjziwiq), a cmn CXWNpA mia mum nim dn l'mmkAkMn Pm í\vvW4'). llvemm um µrl|mrmMUM pmµ"
Ittm& om Cl do líder dm ljjW Câmµwwmo d uo lanlou pmmdlr m meão &cmnpmM pamo Ilo. 1bm«rmm tuNjQ0 e Apob WIl|wkvnAL
bmmn Àqµmmundo quem µNmmwbuou emkKMm dkblmmw. L""mncr~cm nmiAn» qmm a c¶yo a
mukw d4 Nmrm r~m mwm Kbnnulu µm o jfN, 2.}?.1967). Emknww «m lhup de Nd& mxilkr de (mim e Qwk do
' ' ' ' " " (/8, mzwm. am CIvil Nrlm M7)

88

" _A
~ mAnlbhA um mMoN comenmdom. [k~ forma, a 0u·
fmbçAo dm 8raveb düicukbdm econòmkm por que µ~va o oon (1977) demonmrrm cap'kbde dk¶peTdb (ortemenle de
fnlorm 0XNTTKj$, 1Ah como húxm mvcb de mlArioo e a exfwctntlva
µb e a impknwntnçâo do polhkm mbldbuUvm e rvfomblno
de mvünçlbo r' pme eh» máiwm e do govmno. Em crmm~iA.
dicam, dentro do quadro lmlituciond domocMtko, dependiam
mmmo w o ccr Muwme apkdo o Pbm, C duvklmo De IcM oido
dn CAp¢lcklbdd do rwgoclnçAo cIem pmidoo pm·wformm no oen-
cnpiu cIe oIm n concod&ndn por pule cIem lmhúhdonm,
Hdo de formnr iunb conliMo µorbmenuu vwwedom.
O novo governo pNddendAlh|^ tentou dum medidm con·
emins µm mluckmm mm probkmm. A primdm Íoi o Phno
7Hend, que combinam Mgumm rdomm com um programa de
PIANO TRIENAL: ENSAIO DE PACTO SOCIAL
~11W4o e owlmt«üo do c~immlo econômico, em um
·ÚON0 do ímpkmenWr uma jxdhka «xmômka do cvnho b. Propomm em buna de apolo
ocada em uma coMiuo mullk·bmbW. A De8una foi Cl apmmW·
ÇâOo pe'b partido do gowmo (PTB). de um pMeto de emen& Em 28 de Membro do 1962. o gowmo pmmulgau um de·
comlitucioml que permitia a dompropNçAo de Icitm bem inde· cIrto crinndo o caW do minhtm extmodlMrio do Pkmk-
nimçqo pNvin em dinheiro. mento. Emc caWo foi atribuído a Cebo Furtado, que ficou enccír·
Amim m m«lhlm Ímcmmrmn porrjuo o govemo foi inca· wgmlo & pwpraçAo de um phno do govomo a mr Aprummdo
µz de obter um acordo oobru m qumlõeo ouhtmlivm que dm ao ybinelo no decorrer de BemmlA dlm.' O plnno foi concebido e
envolvhm. Faltou o ajxjjo Nxmürio doo prindpab gruptm «0· divulgMo vjmndo um duplo olyctivo: por um belo, &wria Der
nòmkoo ao Plmvo Trhmd, 0 em pouco tempo mie foi ahindomdo capnz de 81mnµr apoio político pum a tmmiçAo mm o Ivçme
pdo prúprb governo ^ lkhmnçn do CGT. confknle em .ua pNmjdeI~0|Á, ymhmdo a codimça doo gmµ'o poUlkm con·
mpidcbde dc obter mdorm 1mw(kh» inwdialm, Be qN ao ocrvndorm e do público em gemLIL' Por outro kdo, dewirk p-
Pbno desde o começo. 00 capítMklm. que hnvWn concordado nhnr a confiança & credom extmm. apcddmmo mwtorkb·
com o Plano em ÍhlMm condkiomk, Mimmm Beú aFk)ío em fm dom govvrmmenWb dm Eolach» no omWdo 'h ~1pmu
da ~¢úmía de Mvlndkmçôim mbiN|o. Mm, mmno que um rwmmbruuncnto 0 cb dtvkb wIerTIA lxmljdm,
doh grupem |jvt'NwIn (omocido fone npolo no Phno, Mo tednm moim como luni njudn finnncdm adkloml?
oido cnpíuen dc obter n concordAnck de dum própriao bmeo Ao
medidm propcmlm S. l'umjnem pnd¢morde«u~nk CkmmadcnNvü hlnm&& FmNh
Ch capilnlimas m' orgmimvam em dmcenlmli· oIuvmnIM qmll&& & 0ur~n~&wm ~ de d~nvdvmmo
udm que cMjvcun dMdkbó õobm qumtõm Hokao como o m KkmlmW - aSUIM
& C) j¶.rwb TNml h urr~o + phhm em 18 & ~Qwu do NO e
papel do Emado e dei invmtimmlo ntmngdm m Qconomh bm· lltrmlu jmn a knpmm no dk 3Lou N*, um 0emAnA enum do pkbwm,
ojkim. 08 lr,\hmh0hh)m, quo dbpunhmn de tum orµNlmç4o em 6 ch· µndm & im
centmlimda 0 hegemônk», igmbnmle Mo tlrúwm capmckbck 7 |ANçparfN NNKIo ,, . ' ..Goukn || kk '"rc'
mr um mumo µmo«dbmk$ocomo ~bmdo¢(~ doo ltmdcm l N ,
de hzer cumprir um acordo, pob o CGT no apoKva m ewhmtum a Hm de neulrdltm m µmlmbw a NmfKNIo ¢k) llrmll
obdkal corporativa vi8en|0, m qunl do cjon enlrv a liderança doo M" j'mhknw dmjude Nj poucm dW mm. O mcvmçmMMN N6N Krn.
olndkmlm em 1mnco eram muito fmcoo. Amµckbde do CGTom nmlV, (;mibN e Nmdo ocrmoçm cm dlm Anim & npmmmOn dqp Ibnn
'hhmal m) MINMo (Iklmd, 1%7, p |49). Knhm Kmiwdy d¢»mnMNm o
mobülmr gmndtm mnomo pam domonotmçW poHtkm (como do µpr1 de 1NermedMo mm o lkmll e cid PMadcm Unkkm e jmnAeNo cumm·
coMdoo) 0 myriar Af'ojo pm gmmo poUlkm oxcedh em FondNv'k rom CouM µm ldormAjo oobrv mw p«vvKj0n1m pan µ"1·
mmw o cemkÚK» µm um Mo¢do nub favodvd mim cp llmll. m lbtmhm
miúlo ~ mpackbde & contmbr u tmhdhMonm. Como Erkk·
Unkko p qp FMI (CM. 1Llj963)o

90 91
O PIano Trienal foi apmentado como um imlrummto para gemi dc implementar uma estratégia poUtka de cmtro. m +
oupemr a prvmrin 8Ítljnçllo econômica do pah. Siam mêtâ6 bási- lmlêgk pretendia atender a3 ruivlndk"açõm intcnm por rdm
mg eram combmer a infbçao sem comprome¢« o desenvolvi- mm e, ao m~no tempo. obter a aprovação do FMI e ajuda fimn·
mmto econômico e, ao mesmo tempo, promover as Mormas ceira imediata dos Estado» Unidoo.' Seu sucesso depe^ «b
econômicm imtituciomh necesurias para manter um desenvol- habilidade do governo em formar uma coalizão multic~W
vimemo posterior. Quinto à primeira, o otyctivo em r«luzir pro- 1mea& em concessões e acoKÍo6 mútuos.
gressivamente a ptvsnNo inflacionária. O Plano PNVúl uma taxa Como promotor do acordo, o governo recorreu à penunUo
de irúlação ruo mnior do que 25% em 1%3, com uma redução para mmgurar que as principah partem econômicas colaboramm
para 10% atê 1965. Ao m~no tempo, pMmdia anegurar um voluntarimrme na impkmmWçlki &1· medidas irduídas no Plmo.
crescimento anual de 7% na renda nacional, cormpondente a Uma ade de conversações com m lbdemnças sindicais foi IN-
3.9% pt" cupíla. Quanto Jg Mormas, o Plano contemplava mu- ciada pelo ministro do Trabalho e pelo próprio Goulart com o
danças no apaMho administrativo, nos sistenm hmcário e fhcal oWdivo de assegurar a aceitação por pirte dos trabalhadom.
e na estrutura Agr4riõl. Enfatizava esta última porque, de ncordo Dd mÍnÍMTD8 do Planejamento e da Fnzendn, por sua vez, Aca-
com o Plano, a emrutum ngníria existme comtituW o principal ram encarregados das conver8âçõc0 com os grupos industriaio
obstáculo pam o d~mvolvimmto econômico (PmidêrKia & Re- e comerciiik.'
pública. 1962. p. n. Dois argumentos fundmmmlavam m apelos do governo por
Os olj!jelivo$ ccmtemplados no Flano Thennl eram - coopemção; ambos evocavam a rvbçao entre compommmlos
suais. O Flano expnmavn uma unidade de pontem de vhtn mbm bmeade em interesses partkubm de aino prazo e as
a realização de&sen oN'|ive, especialmente a nec~i&de de qüêncim coletivas a longo prazo. O primeiro arguménto enfnli·
combater a infbçAo. Enhrlanto, â3 opiniõtm düeriam oobrv qual a ZAvâ as corweqüências da buna de imediathlm no
melhor forma de rmliM-los, panicularmenle lendo em vista o deoempenho da economia como um todo. Argtirnentava·w que
fato de que panô Limo beTÍijm bacnifkiog a curto e interrucs de classe deveriam wr encarados a pmlir da µn·
prazo. A" seguintes pohlkm, destinadas a conter a tnfbçAo. emm pectiva do interesse nacional. Assim, no sentido de surrar a
as bases do Plano' nmriçào saLiriaL limites de crédito e preços e crbe, os empresários e trabdhadom deveriam suportar picic'n·
cortes nas d('hpq'NM govermmenlah. Cada umn dmm poHticas temente a3 restrições necessárim, já que a debilitada economia
afetava adversmncnte Dg interesses imedjalo6 de vârioo gmpos. Mo ngüentaria reivindicações ôalmüb excc$¶ivàs nem pxu$8õc'8 por
Daí a necessid.idr dc' garantir Bua colaboração. Kktu6 miib ekvads O segundo argumento salimtava que exxmd-
O Plano 1rirnnl jxxk ser visto corno umA tentativa por pm" vm pnma&s sodais np'~m"am um F"ngo pu" " democmcia
do govemo de promover um acordo (e evenhuihnmle um pacto) JcMo Pinheiro Neto e Eurico Cruz que foram minhtros do
entre grurx)$ comerr'Ájb e industriais, por um Indo, e 1mbalhad+ Tmbalho durante a prvparaçao do Plano Trienal confirmnmm
m, por outro. O governo desempenharia um duplo píy'd nesse que o presidente lhm momendnm akrtnr os líderes tmbalhblno
contexto. Na busca do apoio de que necessitava pm m poUtkas oobrr a9 comeqüências que mivindicmõcs excessivas poderiam
pmpostâ& o governo funcionaria como o promotor do Ac'ol¶do acamar para a 6Íhjação poHtica do pMb. De acordo com Gouhrt,
erme 06 principiis gi'ufxm. Mm ele mo, UimbCm, deveria m
uma dm' pmrteií no ncodo, µ que medidas de auto-mtriçAo eram & [kLíM mlkTU gur. dhn & 'um paim mwümica emvrl o pmbmm &
emenchh pm mnnter a confiança dos vários grupcm. AkW"n pm o Nogm" cKibm. wrmMm gir cm gmm" gur b~mmm '*dA
prrµmoem um µ'K'mm|ck(hwgwdvmmo de Nbrmns de~
A cambinínçâo demao politicas macmeconômicas mlritivas
9. cxm eh% eMAcom
ÈmrrvbtA0 exiEN|ciÀ
Marqumcm imp|kjLNm¶u· Mkm
(IQM) cGrrgnd ÇI'jKL).µblb FMI (1%z
4uxÜÍjm mar
de Fml
com um progmmn de Mormas era parte de lúnA tentativa mais
1 l

92 93
um nível elevado de reivindicações levaria o país a uma situação zontais não oficiais — rotuladas de org,anizações "paralelas" po'
difícil com a inevitável radicalização de posições políticas (Silva, Weffort (1972) — dependiam, entmanto, da estrutura sindical
1975, p. 164). Segundo Pinheiro Neto, Goulart lhe havia dito que oficia]. De acordo com Schmitter,
pedisse aos líderes sindicais "para parar de exagerar do direito
de reivindicar ponjue poderia terminar em ditadura militar e alguns deles, como o Conselho Sindical de São Paulo, eram asso-
então os trabalhadores não poderiam nem andar na ma" (Pi- dações de federações especidizadas; outros, corno o Fórum Sindi-
nheiro Neto, 1979, p. 43).10 cal de Debates de Santos (PSD), eram de sindicatos do nível infe-
O apelo do ministro do Planejamento por colaboração ilustra rior; outros, corno o Pacto de Unidade e Ação (PUA) entre os
a natureza dos sacrifícios exigidos e do apoio buscado: "Se nós trabalhadores de transporbe e das docas do Rio, eram de alego-
queremos acabar com a inflação e evitar a catástrofe, o governo rias funcionais restritas; e ainda outros, corno a Comissão Perma-
precisa se unir aos empregadores e trabalhadores, impondo auto- nente de Organizações Sindicais (CPO6), uniam apenas entidaW
controle e cooperação, através de uma disciplina rigorosa e ação nacionais. [Schmitter, 1971, p. 191]
espontânea, particularmente das duas últimas classes" (CM,
No início de 1%3, o Cornando Geral dos Trabalhadores
10.2.1963). O sucesso do Plano dependia. portanto, em primeiro
(CGT) ocupava um lugar dominante no movimento sindicaL
lugar, da boa vontade desses grupos em aceitar as medidas pro-
postas e, em segundo lugar, da capacidade deles em assegurar a Congregava as mais combativas organizações "paralelas" e con-
trolava três das seis confederações nacionais existentes: a Confe-
aceitação por parte de suas bases. Assim, se quisermos com-
preender as razões do fracasso do Plano, devemos examinar deração Nacional dos Trabalhadores rui Indústria (CNTI), a
tanto as mpostas dos trabalhadores e dos capitalistas, como as
maior das confederações de trabalhadores no interior da qual o
CGT operava, usando suas instalações físicas e recursos financei-
atitudes do govemo em relação ao Plano.
ro® a Confederação Nacional do8 Tmbalhado= em Estabeleci-
mmtos de Crédito (CONTEQ; e a Confederação Nacional dos
Posição dos trabalhadores
Trabalhadores em Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos
(CNTTMFA) (Schmilter 1971, p. 191). Essas três confederações
O início dos anos 60 testemunhou uma proliferação de asso-
englobavam cerca de 70% dos sindicatos existentes (Figueiredo,
ciações de trabalhadores (conselhos, pactos, comissões, fóruns e 1975, p. 69). Duas confederações se opunham ativamente ao CGT:
comandos) que, a partir da estrutura corporativa oficial, ligavam
a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
os trabalhadores horizontalmente, ou seja, inter-relacionando as
(CNTQ e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Trans-
diversas categorias econômicas que serviam de base para a orga-
portes Terrestres (CNTTT). A CNTC era ligada ao Movimento
nização vertical dos sindicatos oficiais,11 Essas organizações hori-
Sindical Democrático (MISO), um movinmmto apoiado pela anti-
comunista Organização Regional Interamericana de Trabalhado-
101 Ryiff (1982). Semurio de impmy deGoulart, também relata cpeCbulmn havia res (ORIT), que tentou, sem êxito, criar urna organização central
expmso Eta pmcupKâoem convcrmçües «m lidem sindicab.
11. O sistema dc mprmcnl.KUo corpyativa wlabckcido durante a década de 30 de trabalhadores "democráticos". O presidente da CNTTT era
o¶$µrúzava suas unidjdes ajrwlllulivas em uma estrulum vertical e hicrár- contra o CGT, mas lhe faltava apoio de importantes organizaçõe'
Tm dikr~íida funcionalmcme dc acordo com m morus dc pmduçao, e
oLada, atmvcs do recmMcirnmto do Fmado, dc monopólio da repcv- dmtro de sua própria confederação, em particular da Federação
Desta forma, a etrutura de repmmtaOo sirdical consistia em trés
ruva deoqµnúaçm articuladas venicalmmtc de aconjo com os $elcms de setor cormpoMme e, no nfvel inkrior, Dg sirdicate csta&kcidos soM"
prodWbcr notopo. as ccmfedenK0e$ (doComérrio. Transporte 1Mú$úi& etc)' um baNe temtorial (munkipdidade) e murindo trahalNdom dc uma cate-
no nNel hwmdiário. as federaçm estaduais lipdas à confederação desem
goria eWclfkL

94 95
W ¶mbdhMonm om Fmmdm de Forro, cujo pmidenlo, Rahd dboo, ntribuLn ao lnveolimeMo emmngdro m economin umn im-
Mnnbelli. era demeado membro da dhvtorb do CGT, poMnck muito m4or do que a poúç4o mciombW do movj·
lkvklo a wu µpe1 de deMaque m movimento oindkal e a mento oíndkd poderW ncvltar.
dum li¥çòcó com o govvmo, o ¶xjio do CCI' em crucial rm o No ínkio do kvervlro. ^N um encontro com dum 1idemn·
êxito do Pkno Tri~j.u EntrvMnto, o CGT Mo Moumiu no- Cm nNm10, o cm' definiu ou4 poo1çAo contm o Phno TH~L ^
nhuma poUçAo hnedbm em mbçao m Phno. Hmbom ckx'lmmoe uder~ do cer amcontrou·« com Goubrt p4m Aprmenwr um
que o ouceuo do Plano 1Hend deµndk 'b "µMçâo dm braba. mmúlmto contendo crllkm Ibo µMtkm govvmnmenlak e unw
lhadonm", mo definia 0w p'Up'ú jx»bçjo em rvbçâo a oh, bb de rdvindkKòm. O rmnümto exprvmavn a expecmtiva dA
mundmdo que oomente no ínScio de kimMrü lrW lonmr umA elKlu«dA mclombta de que, com a mCitubçÀo doo podmm pm"
deciuo (Grieco, 1979. p. 382). oklencWh. GoulmN leme CAfNNL de A~onAr o quo Wpo'
No final de janeho, o Partido Comunima dmferiu um Iode chmnAvAm de "polltk» concWlôrW, ou n*, umA poUtkn de
ataque ao Rino TriemL" Seu ~rvuno·geml Luiz Cmío0 Prm. compmmimoo com lntermm comcnmdorm.
W, decbrou que o lbno Triend tixúw um único µmlo poMvo, a
mber, a tum contra a ~0. Mm ímklb que o probkrm Mo Com o mulwdo vmrmo cMmm·w condbçNo ITbAÍB (4voMvd$
poderia w ad«luAcbmmlo encmnhúwdo "Mm^ de mcdidm pm nomm conqubuw no wmmK) do twm ~t do µ)"0. p«'jçA~ "
de nmumm mon«Arh e Íhwncdm, k mMoN debo ditadm pelo & «mmpçN' & paIb Rimo Mn Novvm, J'jQkt p ICO)
FMI". Por cona raMo, ek enmmva o Flimo como
O Nmkknw mw ajçMA lnvmujdo eh' rKlefm «)rm|uckmAb pm4
lnkW 46 Nh)mm e'dgklm fwjA mçjo. e cluvo rmncÍAL ÍrNxÍLAW·
um IenWüv4 d4 burgum4a 1Y& ~ Inumam lntrmMoNú0 de
nwnW nwnmpm ac' ccmNNBMD cem eme ot'pu'o (CM, 6.2 19U3)
munenw o ritmo do ~voMmen|o 0 Muar a lnMçdo com 4
mAnulmao do pRvü@o do mpluú lmpombw 0 do mor agrA·
(Nr ~9 mino·) nôo oomoo pob ~1uçAo lmodkw dm ru(or·
n~xporudor. (Fm] prvcloo, porunto, oer cxvnhmldo pcüo Iqk'm
mm de Mml pqja comtllubçAo de um governo momlhw e deu
µMôtkn e popubm. (CM, 31.1 1%3]
mocráuco, llvrv do homom comprotmw com m trimm q 00
grupoo mdomr1oo. (cIMo em Nem 1906, p. 169)
Ab propomo apmentndm no PIano, nn vcMMo, ficavam
muito aquém dm rdvindkaçW poUlkm 1Mokm do movhmnlo
O mmh~xpm0mm rvl dicikü dn pm-
óindkal liderado pelo CGT. Qtumto b mformm, o Pkno nilo
mo polltim « oogwdo 00 (uWrmlnm0 u Fwvbi Udo compiovadn
propunha muito: âpenns um pmúgmfo foi dedbmdo 4 rdonnn
agária, indicmdo Bomente algum obmvo0 gemio mínhncm, En· anMomwMo em mmtm, O documento dlqµ'm que
htizava ao Momuw mnk como um meio do mmovor obot4adon m gruvm poútkmdo jujhodo 1962 porum 8Abjrwton^ciombtA ode
ao dmnvolvimento do quo como modklm rvdblribulivm, Abóm wtemlm de 1%Q polo pkbdKko hmNim moMnKÍo que

a ÍoM unluN Jo0 mbdMjorm, Alj4d4 com q» oMudmm, m


muwm P , l l, : + 00 p4U1ow4 ocra c4Ne de jmrr
nov40 e dKhlvm dorrow m)0 8n4x'g mcbomdm, que m 1lde·
mW doo µddoo polltkm, no lWlamnlo ou momo no Ko·
wmo, wmm 00 opor A vonlmk do povo. (CM, 6 2 1%3]

96 97
M xvivindimçwo e crllkm deconimn d~ vWo. O obgc- do CGT mcimmm a rrronhocw a l I do odkr m dum
livo do CGT em exmvr um pmuo cadn vez mnior oobm o rdvlndknçõeo. Pelo contrário, ncndltnndo que m omdjçw Fk'i|·
governo, cmpurmndo·o, «mim, em dhvçâo n umn poUtka indo |jc40 emm fnvoMvdo ao Avcinço do 0mj$ ol*thm e conflmdo em
agrmójva, de cunho MdoMÚún o orienlnâi µm rdormm. A oim mpacidade de cmegumr nuiiorm vmtapm hmdWm, foi
org||n~o centml doo tmbdhúlom % o minhb6rio cyWlnb mimmtando m prvmCkm oobm o governo, tmto por aummtoo
zndo por Goulm como um expmuo de uja "poUtica concib· mbrkb como por Nhlkm mcbnnlbtao e ·
tom" no inter~e dm "dlm lkkmnç·· pmklArim Wµdm ado RdvindkAçõc0 «onômicm, IMo como melhom
mtWciomb e antipopukm". Por moa mino Mo de vida e de lmbdho · pmkuhrmenlo aumente mkrido, W·
podk impimr confhnça ado tmbdhMonm. Ao poHtkm fhwn· moim n fazer pninc dn AgmdA do cm, imtm dedkmdo pdmor"
cdm e econòmkn fomm lambem cokx»dm oob fogo cernido do dklmento a ru|vjndk'AçõQ0 pdílicm. C) CGT fornQcQU npolo Advo
CGT. O mmúfmto do CGT Mirmnva que o aumento do onMo ao movimento dog funcionArkm clvh e militam por um mmmto
mínimo conmlldo em Jmwíkd u hA% Údo d»orvido peb mp"" de 70% nem mlArloo. em ojx'dçjo aob 40% pmvimcm m Pbno. C)
cubMo que em emimuk& por mocüdm como a eúmlmçâo do pux'l do CGT nemm mmµnhm em pnrticulnr dua amocbç4o
óutm$cüo do tdgo e do mmbo. Aqçument4va quo a rl|tk4 fj· com o movimento dc» mWnto% foi adrmdmnente combMldo
nancdm impiwm gnindm mcrüldoo A masw de comumklom, por wmploo mom dm Fon40 Armmbo, que 'epudhvam a inter.
deixando intomdm 00 (abuWoó lucm coNdoo pdo cApjlA| m- vmçâo da orgmlmçao c|op traNilNdorm em mia campnnha onLi-
trmngdru e ob oulmldhm pma do b|ífundiArioN e exportadorvo de riALl' Em foi o prim'íro chcyuc' onim o movimento olnclknl 0 do
cMC. O documento propunhn, enlAo, li elimimçAo dnm oubd· militam. Marfi, tandmm, o lnk"ío cIa mudnnçm de atitude dm
dbo, o eMÜdecimento de Iaxação pncWmdvA dimW e a íntevr· militam em mlmÀo à centml cIe trablhndom.
vmç3o govermmenlõú no merrMo de alml«imenlo de gOnemo Qmnto bo rdomwo, o CGT lnlerwükou ' ' " " ' com
alimenlkie. O cm" manünlava tambCm mlidark&de µm oum» grupem ' "g" l " · mqdonm& e~ WFm inkgm·
com e funcjomrioB clvh e máluum em bum Mvindbcaçòm por mm umn arywúmdo m·b mnN — · Mòbdu?çóo Po"
mMom BAIArio0, ck·nllnckvA durammte a poIRíca do govemo pukr (FMF) — com o ot*tlvo j ,, . ,, ' |,k ( · |k ·
com rvbçao am Fmlndoo Unldoo e ao cnpilnl emmngdm; exigk Entmmto, em 00w akujoo ' ' ' ' ' ' ' poútkm obtl-
cumprimmlo emrilo da mvnk'mcnlo nprovadn kl de rvmem de dm mteriormenle pok orW~o, a lkkmnça do CGT Mo k
lucm, a Mcjon^lh»ç6\o de emprrmn eotmngeim e a oxpamAo veva em conui que nm dum o¢Mm xderklm em Déu mmlhmto
do monopólio ml.itnl, lxin como n 1nlemük»çAo do intercAmbb - ou Néjà. 'm pwn polllkm & Julho e HFbembro de 1962 --.
comeirid com Iodem 00 mermdoo a fim de quebmr o monopólio como vim«, m rdvindk»Mo do cm c'oinddkm com 00 olgcti
doo pUnc¶6 "imµhdhtm". Flmjmmc. (dó l l tum rdvin· voo de Goulm e com e do um mnpb codhtAo mjrrbmmlA
dbmção poÚtic® a bâÍWT. dequo e Numo0 deiW pm m CAmmm riola ApobdA pebo núljtAmy Iodo dgúfkava que o ·uceuo em
de \krmdom e A~mblc'lm 1'Mndmb, m eleição de 1962, llvemem Mingir kw oNedvo0 polllkoo decorTl& ein gmnde medida, dn
pmntido o diMto de exenrr hur mnn&tcm (CNI 6.2.1g63r força e a qçao de abdoo pollllccm contln8entew e extrriom ac)
Com bme em unw nmbç4o oIímhla dm condlçõeo pollt1·
mo e da fçmçn poUlka da oqµúmçlio e ori» abdoo, a ljdemnç^ 1!L C) (]vhr M(lhr co Clnk ~ MmlAmm lmldk4mcmc c» 0r]dKb ô) u :r Nu
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próprio movimento sindical Em 1963, contudo, a situação havia Com sua ênfase nas questões políticas, o CGT descuidava
mudado. Constrangido por fatores de ordem interna e também completammte dessa fragilidade organizacional e não tornava
externa, Goulart estava tentando implementar uma política cm- providências efetivas para fortalecer os laços erme a central c
trista que entrava em conflito com os objetivos perseguidos pelo sua9 bases." Sua habilidade em mobilizar o apoio dos trabalha-
CGT e com sua estratégia política. Essa divergência de interesses dores, quando as condições externas eram favoráveis, criava, em
fez com que o sucesso das pressões do CGT sobre o governo se Buá liderança, a ilusão de que detinha um poder que na realidade
tornasse fortemente dependente de sua própria força interna, ou não dispunha. Erickson enfatiza vigorosamente que essa habili-
seja, da eficácia de sua estrutura orgmúzacionaL Parece, no m- dade dependia em grande medida de fatores externos, tais como
tanto, que os líderes do CGT não percebiam a fragilidade da os efeitos da erosão dos salários devido à inflação e o consenti-
estrutura por eles montada, e supemtimavam os recursos int«- mmto de militares ocupando postos chaves (Ericksort 1979, pp.
nos da central sindical. 115-30). Da mesma fornmL Checo (1979) afirma que a habilidade
O CGT era uma o%anização de cúpula apoiada rui estrutura de mobilização do CGT pra greves políticas em afetada dima-
sindical corporativa, na qual as ligações entre os líderes e as bases mmte por fatom externos tão importantes como a tolerância
eram particularmente frágeis. Dum características da estrutura governamental para tais greves e a coincidência de interesses das
corporativa contribuíam para enfraquecer os laços entre as lide- lideranças sindicais com grupos cía elite govenuunenld.
rança6 sindicais e as bases. A primeira era o monopólio de repre- Tendo em vista fatores, é posdvel argummtar que
smtação, ou seja, apenas um sindicato podia representar todos os emi fraqueza organizacional afetaria também a capacidade do
trabalhadores de Luna dada categoria em cada região. De acordo CGT em induzir os trabalhadores a concordamm com políticas
com esse esquema, os acordos salariais, por exemplo, eram extm- salariais mtiritivas. Em outras palavras, mesmo que o CGT hou-
sive a todos Dg trabalhadores da categoria, independmte de vhsc apoiado o Plano. nada garantia que teria sido capaz de
filiação sindical. A segunda relacionava-se com o fato de que os swtentar o apoio dos trabalhadores a um acordo que implicasse
fundos dos sindicatos eram provenientes, em sua maior parte, do a contenção de dermndas salariais.
imposto sindical luna taxa sindical compulsória que consistia de
um dia de salário por ano descontado de todos os trabalhadores,
Posição dos capitalistas
sindicalizados ou não. Esses dois fatores definiam uma relação na
qual os trabalhadores se beneficiavam dos esfoinço$ do sindicato
As associações repmmtativm do comércio e da indústria
nas negociações salariais, fossem ou não sindicalizados. Por não responderam de forma concertada ao Plano Trienaly Sm
outro lado, os sindicatos tinham seus fundos assegurados inde-
pendentemente da quantidade de afiliados. Essa estrutura pro-
17. Sobn· iglo, ver Neva (1%2) cGncco nem
duzia uma situação na qual, de jun lado, os trabalhadores tinham 1& [JUi3 tipcw dikrerm deonwüubm rrpm«uvam e inlervmc» 6 empre-
pouco incentivo para participar e, de outro, os Uderes sindicais padom no Bmij. O primeiro cor»tÍluia4e de oQ?rü7·jçüe3 rrguhcb¶ pdo
negligmciavam suas bases. já que a mbrevivência financeira do macio, inlcgmdA$ à estmtum co¶xjrativa de repmciruaç.w. Semelhante a o·
lrutura trabalhista, elu emm compnmdidas por sinclkate para cada ativi-
sindicato elava garantida. Por essa razão, o nível de sindicaliza- dade ccontjmkm ligMc» a 6edemçcjes cstaduAi$ queô jM'rgua ve7. mm ligadm
Cão era muito baixo — cerca de 13% em São Paulo, o estado mais a conftxk'mçm nacionais. O Kgundo tipo d"oqyrúmção era ccmilddo por
industrializado — a despeito da exigência formal, nunca cum- cmp'%adom privaW cKpniTadas voluntariamente c in&µndmtcmmtc
da alividade econômica A8 orEmubçdeg mab imprtanw detê último tiFK)
piida estritammte, de que cada sindicato deveria aglutinar, no cmm as Assaciam Comcmlús que rrprrscmavam tanto gnipm comm"iai$
mínimo, um terço dos trabalhadores de sua categoria. como industriaà.Solxeo padrão de eme®tncia e iníluência dc tais orprúza-
çõcb ver Schmitter (1971. pp. 141-48 e 17858).

100 101
rmções ao Plano variaram conforme as divisões existentes mtire gundo essas associações. mtringir-se ao estabelecimento de in-
elas no que se referia a questões específicm, em particular o papel centivos fiscais para investimentos em Betom específicos da pro"
do Estado e do capital estrangeh na economia. Além disso, a dução (Boletim Mensal 89, maio de 1962, p. 4). A CNI e a FIESP, ao
natu=a do apoio oferecido por algumas dessas organizações contrário, a despeito do decrescmte comprometimmto com as
mudou substancialmmte no decorrer do período de implementa- posições nacionalistas assumidas durante os anos 507 advoga"
Cão do Plano, à medida que seus interesses foram adversamente vam urna posição intermediária, opondo-se tanto à visão "ultrali-
afetados por políticas específicas. beral" que desejava "plena liberdade de ação" para o capital estran-
O governo conseguiu forte apoio inicial de trê8 importantes geiro, corno àqueles que desejavam "vedar ou restringir a sua
entidades patronais: a Confederação Nacional da Indústria participação" (Boletim FIESP 631, novembro de 1%1, pp. 36-7).
(CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), A CNI e a FIESP acolheram bem a proposta do govano em
e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul relação ao deisenvolvimento econômico e louvaram o abandono
(FIERGS). As Associações Comerciais (AC), a Confederação Na- do conceito "ortodoxo" de estabilização cm favor de medidas
cional do Comércio (CNQ e a Federação das Indústrias do Es- que visavam controlar a inflação mquanto estimulavam o desm-
tado da Guanabara (PIEGA), ao contrário, se opuseram ao Plano volvimento. Essas organizações expressaram seu apoio ao Plano
desde o início, muito embora houvessem saudado a iniciativa do prometendo implementar medidas de autocontenção. Em um
governo em propor diretivas para a política econômica." memorando encaminhado a Goulart cm 6 de mako de 1%3, a
Essas últimas associações defendiam urna posição neolibe- Confederação Nacional da Indústria concordou em apoiar o
ral extrerruida em relação ao papel do Estado e do capital estran- Plano, mediante o estabelecimento das seguintes diretivas, que
geiro na economia. Negavam a distinção entre capital estrangeiro orientariam a politica empmarial:22
e nacional incluindo ambos m categoria de "capital de risco"7
De acordo com elas, a entrada de investimento estrangeiro era (l) os aumentos de preços do3 produtos industriab deveriam ser
necessária para manter as altas taxas de desenvolvimento econô- estritamente limitados aos aumentos Nais nos custos; (Z) a estoca-
gem especulativa deveria ser desestimulada com o obgietivo de
mico. Dois argurnmtos eram utilizados para fundamentar suas
evitar pressão desnecessária do lado da demanda; Ç3) a produtivi-
afirmações. Primeiro, de que o capital estrangeiio servia como dade deveria ser aumentada com a cola&raçào dos trabalhado-
um complemento necessário para a insuficiente poupança in-
rés. [Sola. 1984, p. 335)
terna. Segundo, de que aummtava a capacidade de importação
do país (Reuista da CNC 16-17, setembro-outubm de 1962, p. 38). As medidas incluídas no Plano foram po$ta8 em ação no
De acordo com essa posição, as Associações Comerciais advoga- final de janeiro. Durante os primeiros três meses de sua impk-
vam o "livre câmbio" e o rúo-intervmcionismo do Estado. A ação
mmtação, elas desfrutaram rmlmente do apoio ativo de líderes
governamental referente ao investimento estrangeiro deveria, se-
industriais, particularmente os de São Paulo, que cooperaram
com o edor'ço do governo em combater a inflação através de
19. A A»cxmçao Comercial do Rio de Jarriro rrcwou« a mcbero ministro do
P1mêµmmto, cebo Funado, paim urm crã »ohne o Fiam TricnaL A M- medidas de estabilização de preços Ub, 7 e 93.1963).
Nxiaçbo Cb~rcia1 de Sio Paulo (^cslr: mumo. uniu-oc a HESP para
O segundo grupo de associações, incluindo a8 Associações
um mcrjntro com Funada Égte simplo fato pmvocou uma viokma rujção
dm outm ACS que, imcdiatammle, marcaram um mjrüo pm definir urna
=mükada dc mistência ao Plano c discutir a exclusão da ACSP da 21. Para urna deKTiç.k) detalhada da pooiçao 6w ormzaµm durante e ano"
dm A$Káaçõe$ çomeKiajg do Bmil (CM,9.1.1963). cirqücnla. ve' Lcqx»ldi (IBM. pp 310'38).
n Ruaa Wumemação corhpkta vero Bdetini Memd (M98, mio dc1%Z p. B) 2Z O texto ckmte mcmomndo foi reprodruüdo m mvbui da CNI. [kxm'dmmmto
a Fbkmçaodas Indbtriasdo Fstado da Guanabara (Fiega)- e Conjunhuu. de maKo de 196&

102 1(8
Comerciais e associações industriais do Rio de Janeiro, se opuse- exceto pelo fato de que estabelecera um limite para o aummto do
mm ao Plano principalmente em dois aspectos. Primeiramente, funciomlismo público. Essa medida era considerada insuficiente.
identificavam uma tendência estatizante tanto na atividade de
Referindo-se à preocupação do ministro do Trabalho com a prote-
plançjamento em si quanto nas políticas %pecíficas propostas no
ção dos salários, manifestada em suas declarações de que era
Plano TrienaL Subjacente à p'eocupação com a intervenção do
difícil pedir maiores sacrifícios aos assalariados e que o principal
Estado, estava a ideia de que o Plano era incompatível com os problema era pôr um fim aos salários privilegiados, a revista
primpios da iniciativa privada (CM, 19.2.1963). Entretanto, expressava a preocupação da CNI com a compressão dos diferen-
muito da oposição ao intervencionismo estatal se devia a uma ciab salariais devido aos aumentos no salário mínimo. De acordo
visão preconceituosa de que o ministro do Planq"amento era so-
com a análise apresentada, essa abordagem era contrária às tenta-
cialista e de que o governo era um representante da esquerdaü
tivas de aumentar a produtividade, uma vez que a destruição da
A Revista das Classes Pmdutoms, publicada pela Associação Co- escala salarial inibiria a especialização e a aquisição de habilida-
mercial do Rio de Janeiro e pela Federação das Associações des (Desentduimenlo e Conjuntum, fevereiro de 1963, p. 125). O
Comerciais do Brasil encarava o Plano Trienal como urna "ofen-
mesmo manifesto em que a CNI afirmava seu apoio ao Plano
siva socializante", que, debaixo do rútulo técnico e eufemístico de
expressava, também, urna preocupação com os aspectos políticos
"obstáculos institucionais", ocultava o ol*tivo de revogar o ar-
das reivindicações salariais. A CNI exigia que a política salarial
tigo constitucional que assegurava o direito de propriedade. De
do governo estivesse "isenta de pressões demagógicas" (Desem
acordo com essa revista, o Plano foi montado sob a "influência
íduimento e Conjunlum, màko de 1963, p. S). Um estudo prepa-
ideológica" de Furtado, o qual já havia demonstrado sua aversão
rado pelo Conselho Econômico da CNI argummtava que o Plano
à propriedade privada (Reuista das Classes Pnidutorus 943, janeiro negligmciava a contribuição dos trabalhadores assalariados para
de 1963, p. 10).
o Produto Nacional que, como alegava, constituía o determi-
A segunda razão para a oposição das Associações Comer- nante principal da taxa de poupança do país. Considerava essa
ciais derivava, em parte, desse ponto de vista preconceituoso omissão inaceitável O estudo considerava necessário o esclareci-
sobre o governo: elas eram céticas quanto à intenção do governo
mento da afirmação contida no Plano de que os salários de-
em sustentar medidas antiinflacionárias e ivsistir a pressões so- veriam acompanhar os aumentos do custo de vida, em con-
ciais. Por isso, em troca de seu apoio, elas reivindicavam a forma-
formidade com a taxa de aumento de produtividade. Exigia
Cão de um gabinete que "não estivesse sujeito à infkiência comu-
que fossem especificados os intervalos nos quais os ajustes
nista e não se opusesse à iniciativa privada, que estimulasse a
salariais deveriam ocorrer e as bases sobre as quais os valores
colaboração com o capital estrangeiro" (CM, 18.1.1963).
seriam determinados (Desenuduimento e Conjuntum, maio de
Entretanto, tanto as organizações que se opunham ao Plano
1963, p. 82).
quanto aquelas que o apoiavam compartilhavam a opinião de De abril em diante a preocupação com o aumento de salá-
que este carecia de Luna política salarial mais claramente defi- rios se acentuou. Além disso, à medida que as restrições de cré-
nida. Em fevereiro de 1963, a revista da Confederação Nacional
dito começaram a ser smtidas, as reclamações a respeito da polí-
da Indústria, Desenuduimento e Conjuntum, observava que o
tica creditícia aumentaram, bem como as demandas por sIla
Flano havia se omitido no que diz respeito ao problema salarial,
nvisão?' Em um editorial da edição de abril de Desenuoluimemo

n Dilam ç967.j. 158) hz um relato dctahdo da exprrssao desta imarm 24. Sola atribuiu oapio fomtcido pela HiSPe pela CNI ao PIMK)TrNN¥Ú,cm scilç
m= governo m imprrma comervadom e de dieta cm reação ao três primeirr» mcMs de impkmemaçao, às facilidades dc crédito assçgurad,u
durante csle µnodo (1984. p 344).

104 105
e Conjuntum, a CNI protestou contra "as foi1% restrições credití- As associações empresariais passaram a expressar um
dm" que, segundo argumentava, não estavam incluídas nas cláu- preocupação especial em relação à escalada de Kivindicaçõe8
Mas do Plano (DesentduÚnento e Conjuntum, abril de 1963, p. 3). Os salariais dos trabalhadores em servÍço9 públicos nos setores marí-
limites de crédito, reivindicava o editorial "devem ser iníediata- timo, portuário e ferroviário. Tanto a FIFSP como a CNI protema-
mmte elevados para um nível compatível com o aumento de vani vigorosamente contra o que consideravam aumentos sala-
preços e, portanto, de custos". Sabendo que o governo não tinha riais excessivos nesses setores. De acordo com a FIESP, ã8
condições de divulgar esses limites, a CNI reivindicava que reivindicações dos marítimos e portuários por maiores salário8
novos tetos fossem atingidos por meio da garantia de facilidades atingia os "limites do inconcebível, da ignomínia e da absoluta
de crédito para os setores mais cooperativos à política restritiva insensibilidade ao interesse nacional" (Boletim lnPmlatiuu 708,
Ironicamente, entretanto, o mesmo editorial defendia que os salá- maio de 1963, p. 4). No entanto, a FIFSP criticava a contenção do8
rios deveriam ser reajustados a uma taxa 10% inferior ao au- salários dos militam e apoiava as reivindicações desse setor por
mmto no custo de vida. Argumentava que essa desvantagem maiores aumentos (Boletim inPrmatiw 706, abril de 1963, p. 4; 708,
seria grandemente compensada se, durante 1963, a elevação do maio de 1963, p. 4).
custo de vida fosse mantida em 30% ou 35% (Deseníduimento e Em julho de 1963, a revista da CNI publicou um editorial
Conjuntura, :bril de 1963, pp. 5-6). A inconsistência dessa ieivin- analisando a situação política do palb. A po'ição do editorial em
dicação reveja as dificuldades inerentes em sustmtar o apoio a apresentada como "uma tmtativa de estabelecer as bases para
medidas nstritivas. Como Skidmore acuradammte observa um diálogo [através do qual) os interessados na preservação das
"embora a maioria dos brasileiros quisesse evitar a hiperinflação, instituições democráticas poderfiam) se entender, lançando as
n'nhum gmpo — empresários, trabalhadores, funcionário3 pú- bases de uma frente comum capaz de resistir eficazmente ão6
blicos, oficiais militam — queria começar a estabilização cor- ataques dos extrenÜsmo9 hoje mobilizados e extwmamente ati-
tando suas pr6prias demandas" (Skidmone, 1971, p. 359). vos"." O editorial é dividido em três panes, cada uma das quqb
À medida que as reivindicações salariüs cresciam, a crítica são extensamente citadas abaixo, por sua importância para a com-
dos grupos industriais anteriormente comprometidos com o preensão das razões que fundamentavam a visão dos grupos
Plano se tornou mais acirrada e foram adquirindo um tom mar- industriais sobre os problemas que o país atravessava, as soluções
cadamente político. Os trabalhadores eram acusados de querer propostas e os limites de seu apoio ao governo. A primeira pane
sabotar o Plano; suas crescmtes reivindicações 8alariai$ eram vis- enfocava as "condições para um desmvolvimento democrático":
tas como luna reivindicação ilegítima po' oljetivos particulares
em detrimento do interesse nacional. O Boletim inPrmatiw, publi- No regime democrático l...] não basta que uma pequena elite %
cado pela FIESI? criticou a oposição dos trabalhadores ao Plano teja convencida da importância do desenvolvimento: é indispen-
Trienal contrastando a sua atitude com a dos industriais. Denun- sável que o povo aceite esse fato. Isso sucede quando de pembe
ciava que estava sendo preparada ulna greve política em urna as vantagens de um major nfvd de vida e passa a desçµ-lo. Surge
grande fábrica "visando desmoralizar a política de controle de aqui um paradoxo: para que, em regimes democráticos, tenha @
cio o desenvolvimento deve o povo desejar melhores níveis de
preços na qual essa organização industrial assumiu um papel de
vida. Ora, esse desejo entra em choque com a condição primordh]
vanguarda". O objetivo das lideranças sindicais, acusava o edito- do procmso, que é a devação da poup"K" "0 portanto, a tmm do
rial do Boletim, "é a anarquia para 8obre ela construir-se uma
estrutura social e econômica que não corresponde ao desejo da «jnsumo.
esmagadora maioria do povo brasileiro" (Boletim ln/onnatiw 704, 25. Dcmudrimmloe CmjjmhunL julk) de 1963, pp. 3-6. As cÍtaçõe$q k'- - ,,k In l
·hri1 de1963. p. 4). foram retiradas cj4tc editorial.

106 107
Em p~ como o 8~1, cuµo condbçOm Uo e~bnAln~ Imo. o povo dwolvm ao gmmmo m conMnu 0 m «KN~
hvocâvoA o conmj(knw~nw um ebvado dlmunmno podo o« wAo forWW 4 Azer o mmmo pm Mo licmvm lm+
obtido a curb pruo e wm ucrüfdm 0nvpckjnm$, o proHemA
podo n« contornado. Em voMado, 4 mpld4 obwvaçao do produto A Morança a quo nop rd«kho& podo quo caiba, m Imo atuú
Mcbond propomom, lnwdWtmnonle, cortm mdhoruo no µdr4o prínclpdmmo ao govomo, Q ocra doúva do conwr com o píono
do vIda da popukç4o. A pm dino, 40 ajw wxm do cmclnwnO apo|o dow krupo0 ¢'mpr~rhub que cormndam o procouo do d+
aiam a convk'çao do quo m mpimç0m rmh amplm µidmo oer wnvolvlnwnlo l. J cmq0 têm o mAxlmo lnlermw m volw 4 um
Mondidm 4 pruo Mo multo longo Pma que em4 «invkOo do clhm proík"uo à oxpanuo oconônúm do pMp l. ) lXul Afobo Mo
firmo 0 mmjo oeuo ddcoo hm0(k·oô 0, lodmrk, 1ndi»penmvd quo Me. contudo, k¶ gmtum ou wümmj l ) Não mw dúv6& ¢W
o povo ~ conll~ mo dm emprvmmw e govermmcnW Klbrv mW000 pneus o mmdo oeta dWcü l. l Ino ontimo] «jMM-
quo Dm a Dou ¢Wq kvar 4 bom 0mno o pmcemo de ckmmvolvb mm que úmb ' ' " "' ' mmpo µm ddmm
mnio. Em outmp jmbvmo, um ude~ flmw e eihaenw co~
tuí e ~6çAO tuMmrwnwl do 'l Eme edilorid ddm ckro a importhwh que n CNI alribuk
mocmtkoô. . , . «n quadm 6
ao mM do governo. Na µUxinw Mio explormvi Mgunwn dWkuj·
Faia primdm pnrfe ê Wukb por um dkjp&tko da Mtundo: dAdm que o governo encontrou em fazer cumprir mim po11Hcm.

No Bmll, Alô monlonwnle, o mocmümo aclnw dmcdto fund+ Abandono do plano trienal
nou 4 conlenhj Ab rdvindk»ç0eo MÍM1W& m e outm m·
nu~«km d· um ~ do padmeo do via ~h okvadm (k4· Nm dum úllimm ¶beçm mootM ao dükukbW enconlm·
mm dentro ck UrNtm mui4vvh l l Com a rmâncü do Sc jANO dm em obter um acordo em mbdo b quoõlW oubmntivm
Quadm, entnnj em eme o ddk'4do equàíbno do dmenvoM.
embutklm no I'bno TrkmL Enfatbd m nmçõeo ao xordo pro·
mento democrjtk"o l l Me aW4 4 mní6lâçAo mb mp~va
pomo polo gowmo pa' ~ dm orµnLmçW mpmmWttvao
" p"ng~ de~ novo oowdo do coiw OMA no (aio de que 40 +
querug bmlklm mmpemm Dou compromWo com o dmonvo1·
de cmb um doo primipü' g'upo' econ&mkmo. Sugprl, mmbôm
vínwnlo, r knçcmmme em cmmµnhm Mvlndkmôrlm, ou do um oknco do dWcul&deo lnexuntm a 0j~õo0 Dm quo lodoõ 00
dmpko agímçao l. .l L)mjul pr dWnlo, o quo np podo eopomr ô 4 grupem concordem qmnto ado o*tlvo0 buõcadoo, mm nenhum
nwÚÍmwçdo úmm o cacía vez mAb vlruknw, da lnmÚÚK4o d4 quor mt o prbndro a nbrlr mAo de dum demandm µmlculnm,
mmu com mia mud 0ÍIMçAo. A (ormn pek qud o Plmo Triend foi npmenlndo ddxn
cImo quo o gowmo buKav4 obter a aodtnçjo volunIAN doo
Finalmente, à nwdkln que Mhbuk razòeo de ondem mo· princiµ1' Nrupo0 «xmômkxm e atxuir o mj ^YK'ÍO por meio &
PoÚtkm b dükukbckm pk)' q"" pmm'm o µb. a ooluçáo Bugmrikb|
pmimo. ~do0 na pem'pdo que linNm de bêW prúprim
" que pock wr cncnmda como um ullimmo ao governo — em polStkoo e dm forçm e fiwjuezm de 0cub MveMrioo, 00
(-J rvcomútuh no paIo unw 1ldomnµ Armo e mckwdda que dndkmm nu apoio ao Plmo. Emorajmlm por moa
pompçAo, Mo mconhcnkm a necemi&de de ndkr Mvindkn·
+ m uiwçõe0 da mqlmd4 e noulmllíe a rmM0nck de grupoo
mnoo 0kImuc|c|ob Ao chmwdm Morm de hne. bm |jdmnçA
çNm. pdo conbNldo, munenmvnm bum pwmõch por bendkloo
dwe Dor ontond1& om (unçao do downvoMmmlo do paIb. Não imedlMoo ainçÍA mnio Qkvndog. Exiginm medklim de conlmk de
00 HW, poh, do foruibcor o govwno Múwmenlo ou Fljdm· pnço0, mm Mo ncdlavam mtriçõeo noo oUbrim. Ao organlm-
~ a ~0 do um tmquW Admlnbtmtjv4 dkknb çõo0 doo cnpilabW, por oua vcl mtavam divklidm. Algunm 00
' I . com cmWm e m0ru, 00 pmbkmm MuNo Feito opmmm ao PInno dmdc o ínscio. Duim deram Deu aNío com 4

1W 109
condição de que o governo demonstrasse capacidade de man-
forma coeipnte e vigorosa. O desempenho papel por µrte
ter m reivindicações do6 trabalhadores dentro de limites "aceitá- do govemo é normalmmte facilitado pela natureza do apoio que
Veis". Elas aceitavam cooperar refreando voluntariamente seus
ele é capaz de conseguir. Ma3, ao mesmo tempo. a pn6pria pos-
aumentos de preços, mas recusavam-se a aceitar o controle tura governammtal aummta sua capacidade de manter e de for-
governa mental. talecer o apoio às políticas propostas.
Nesta seção examinarei um fator — enfatizado por Prze-
Cabe mtão a questão: o governo tinha capacidade para
worski (1983) — crucial para o sucesso de acordos em questões
exerrer tais controles? Essa questão abrange dois aspectos. Em
substantivas: a existência de garantias institucionais?' primeiro lugar, depende do3 aparatos institucionais e administra-
Para que um compromisso, tal como o exigido para a imple- tivos disponíveis para fazer cumprir os controles. Mas, em se-
mmtação do Plano Trienal seja alcançado, dois fatores devem ser gundo lugar, depende também dos custos políticog acarretados
levados em conta. O primeiro é o comprometimento político dos pelo exercício de tais controles.
grupos envolvidos, um comprometimento que deriva da disposi- Para que o governo exerça controle sobre aumentos de salá-
ção de cada um para fazer acordos. O segundo é a estruhua rios e de preços, diferentes aparatos institucionais e administrati-
imtitucional dhponível para fazer cumprir o acordo. Somente a vos são necessários. Quando o Plano Trienal foi lançado, já existia
boa vontade para fazeracordos não garante que os acordos sejam controle sobre os preços de alguns produtos (tais como combustí-
cumpridos. Para que isso aconteça é necessário que existam me- vel, serviços públicos, uansporte, pão, leite e café). Porém, a
canismos que forrem o cumprimento do acordo. Esses mecanis- máquina administrativa do gov=o era incapaz de exercer um
mos podem ser Miemos às pr6prias organizações represmtativas controle estrito sobre os preços «n geral. Faltava ao governo uma
dos atores rdevantes (estrutura centralizada, mecanismos inter- máquina administrativa que h permitisse exercer um controle
nos de coerção ou "incentivos seletivos" etc.) ou externos a essas efetivo em escala mais abrangmte. Uma tentativa sentido
o%animçõ¶e$. Nmse último caso, os grupos concordam em dele- foi feita com a criação da superintmdencja Nacional de Abasteci-
gar a urna terreira parte os meios de fazer cumprir o acordoü mmto (SUNAB), "ujo p'imipal otgètivo era o controle da especu-
No caso particular da implementação do Plano Trienal, o lação. No entanto, a nova agência não dispunha de instrummtos
governo poderia, idealmente, desempenhar um parl central em para desempenhar efetivamente sua tarefa. Além disso. algumas
prover essas garantias institucionais. Ao governo cabria assegu- das próprias políticas incluídas no Plano, tais como a eliminação
rar que as ações de cada um dos grupos principais no sentido de de subsídios para o petiúleo e o trigo, provocaram uma alta nos
avançar em objetivos particulares, fossem mantidas dentro de preços de alguns produtos básicos, dificultando ainda mais o
limites aceitáveis. Além disso, ao restringir $Uâ3 pn6prias ações, o controle dos preços.
governo garantiria que o Plano Trienal fosse executado de urna Quanto ao aparato institucional para controle de salários, o
govemo possuía instrumentos muito mais eficientes, incorpora-
2& \Sq Przewowkj (1%0) para uma discumo mab apmfunda& do pmbkma, ,· dos à estrutura corporativa herdada da ditadura de Vargas. O
tmnbçm Rrzcwowki c WMlcntcin (1982). Como acentuam O'Dúnrdl e arcabouço legal existente fornecia uxruj variedade de instrumen-
Sdunitler, também kiseade m trabaho de PrzewoNki, nu ÍOl7Tlà3 de pacto
oUKMdo 9Kjcb-cajnômko, "o que afinal etá cm jqjp l...) é a truca dc tos diretos e indiretos por meio dos quais o governo podia con-
sutmntivas dii j oHençao de um obgctivo material Nr mais que trolar o movimento sindical? Em primeiro lugar, o salário ml-
J ' - disputa. d" guea criaç» de am:E P~imen|ai$ mista.
~ m% 6 quais sacrilkicm a Krem ~ ~6 no ple t«ümn
probabilidade dc 8ert·m compe~cl6 m fui"";" (1986. p. 47). 2& Em um trabaW anterior faço a distinçaocnm·tres formas decmrok — "dm-
27. m dbc~o mais ampla xjbre a pmticabilidade de µ1cio$ imhhrio- $i$ta", "coqxmtivo" e "plíti«r — de acordo com e dikrenw
l%ai$ e imtitucicxiai$ 'kg'"" e"" µ'dkm L~' mão pan - I. .. P N
~ml Pnewocüi (1%7).
ocmtrok (Figueimkt 1973. pp. 1·-26).

IlO 111
&

Uno em eotnHlecklo fxjr decmo do Executivo, Em MYçUncjo,


Goulnrt erdnntou lambem dôNm dentro do pMpdo r %
dboküe trabMhiMm linhnm luW dmtro do própm 0lptuvlhO, Vcii\q), O mlnlntro do Tmbdho, Alnúno Momo, que no cormço
0wlAt4j, medime a íntmrwdWMo e a mbitmgem doo 1u·tiça do de Mlà gmIAo atava empenNido em obter n cobbomçno dm
Rüdho, quo tlrúw a prvmgmiva de decidir oobm a lrkóllkbd0. lmlvdbdom, pelo find de mMY) u hAvÍA b0 A~ciAdo A +
de movimente gwvklm. Findmente, o dhdto do gnnv crj limb quunW mdkd do [TB, adotimdo um pc»tura de opoójçâo abma
wdo devido a urna kl de gmve multo mtnÍÜv& Em c'mjog do kc) Plano. Ema mu&nça o kvou Wmbcm a tum msacWo milo
W~ üegih, o núnblm do Tmbdho 11Mw a Aulori(|,l(h0 legal , 0m|n·llA com o CGT.
pm intorvir nm oindkmoo. A pIUUU&Ntiv4 de lntorvh em níndb No íinnl de mnio, rumom de um rumcuwjamenlo inúnenle
mtoab podin tnmlNm mr ublúmda em cabm de grvvom pdítku n) tmnhlôrio (omm acompm}wdoo por mucjAnçnB em algumm
(irrlwive gruim de 0oUdAnech¢k com oulm oindkmoo) e dwo poUtkm emncW do lbno. O governo, Ílnalmento,
mm de Mivklade polllim e µrtidAN por pm1e do úndkmo. dou em ekvar w toem de cNdko e aumentar ob Wrioô dm
Mm um gormmo apokdo pdoo oindk'atm o dojxmdenN oervidom públicoo em 7T)%.
dela para hnpkmenlõir Deu progmm do Mormo nno podeN Goulm mommva·oe cadn voz mrnoo cfcwjoNo de airar com
utlllmr deôm Lnmrummloo µra µmntir a execuçAo de um 00 cumoo poHlkoo de mmter dou Apojo 4 nwdklm que o 1ornn·
polftkm oalmül mthHva, Por muo, Goulm be mcMm¶m vmn IAo vuhwrâvel ao fogo & ewqumb. A MuKáo como um
imitante em De vnkr ckmám imtrumenle pam kvm adknle o todo índkmw que ele havjA (MhMo m lentMÍvA de ampWr dum
Déu pi'ogmma de mtAbllhuk&). Muito emixjm, no início de acu Nnm de ajmjio e mWva pendemlo lerTUno mpi&mcnte à m·
governo, Goulart houveme anunciado que no grvveo NerÍnm + qumb. Compmndcndo m lmpÚmçdkm polltkm oitmçâo,
primidm, ele contimuivn uomdo n µmunüo o condemndo 00 Gouhirt voltou-w para ao rdormno,
extremhmoo e a inImndgWk (CM, 19.1.1'963). Nim melhomr 4
dua poUçAo hunlo Acm tmbdlMom, Goulm tmçou a oegulnto
atmlCgW: dimlnuir bua depmdêncú do CGT, medime a com. A REFORMA AGRÁRIA VIA CONSTITUIçÃO ,
trudo, dentro do movimento oindicM, eh um bme orgmimcio-
ml allemmivn quu Nlmmlmoe dua poUtka centirima de governo,
lnk'lnllva do governo
Com me objetivo lranokrlu o Alx)jo do governo, m fonnn de
túndu, prvmlgio q j'mroclnb, µm unw orgmhmçAo dndical
A wlormn n8ruriA foi bwlulch no lbno Triend jimuunmle
Ncem<riAd,m n Uni,\o Slndknl doo 7hbalhMom (UST). de com hô0 outnm canjuntoó de ~dklm. ao Mormm adminjMN
orSmwdo pohlk'a nwh modomd&» EnhvWnto, o prr*lo Mo liva, bmcârb e fbcaL» O pbno Apnmmlnva uma mw
OÍN¶V e muh,ídoo lmedlatcm que Goulm tanto rwxvmimva. O dA 0Íllwç4o ngr4ria bmúkim econcluW com o rvcanhecimento &
fhcmoo de Goulm em criar eun bme oindkd dlemmivn teve que "a vigemo cMmlum Agrúrh do pm' l.. l conmitu(k] um ado
dum conweqüôncíno lnwdktm. De um bdo, aumentou n deocon· obMculo ao d~nvolvlmmlo mekmdo dn economia da Mm
=do CGT em wbçâo m govemo e, de Duim, rdorçou a por luo torrmvam impemtívo ¶uol4& ao «'xigôncim e nomob
no do CGT. pernútindo·& aummuu ~8 AÜKjLm mbtv a dMeo do pmgvuo da comunkb& bmólkira" (pNddendA 4a '
;Fçjulkm de concllkç,1o".
Repíblkm, 1962, p. 112). EjtmmkcLL entretanto, apenm cdanw '

a m tm Mmo mmo ckühAdo u lmtmhm de Goulm Mn «Mwmlrmui 1~


'=M1 Ml·mmlvn, w* Wbon (1977, pp. IMJ7) oC.rkro (1979,
MA WrNNN) Kjjmp m plllkm pmpmW nnlmm 1)rl~L á;.,

112 113 , '..


« multo 8emig pira umn rdomm agmria, no capítulo mbm m medo de mordo com o vdor declnmdo µm o mco|hhvmõ'
"poUlicaw paru m míonmo de bmo". impemo de runda; mcbimento de Lncknimçno òegundo q vüW"
A podçAo govcrnmncnlnl oolm a ivform agMN foi ex· decbmdo pam o rccolhimcnlo do impemo tenitorid,' ou, Nwb
poota m Monmgom no Congr~o Nncioml, do 1963, oncami· mente, cMnbdechnenlo cIo valor dn proprk&de pam ddm do ' :
nhadn em mnro, no ínScio dn nova kgiòlntum (Goulm, 1963n). lndenhtnçâo medinnte nvdiaçdo judicial. Tendo em vhta quo o
O govcmo propunhn a AprovaçAo de uma emenda comtllucio- vdor da terra para deitm de m'olhhnento cIo hnpootoo em do
ml mudnndo o parAgmío 16 do Migo 146 dn Conmituiçho, que uma mandm gemL submlhnaclo, a ültinw opçllo dmm oer «m·
exigia pupmenlo prúvio, em dinheiro, poím a dmproprWção de m& como um gmto de conciliaçAo, abrindo a pomlbükbde &
terTm, e, lnmlNin, n Wuhmm|ação do migo 147 que pruvin m negockç5o caro a ('mo. Dum outnw mecliclm 8eraig fomm pru"
dmpropriaçõcs de acordo com o Mtemoe Bocja|. O gowmo pootao. A primeira era o pagmwnto da indenimçAo com Htuloo
jwtificnva o bcu µxlido akgmdo que o payunento prévio em da dívida públkm por wu valor nominal, mm Bujejto a comçlb
dinhdro ex®rin ncunw tao gmndeo que tormrin pmlicamente que comperw~ a dcmvabri7~o momÁriA cm até 10% do rmjar
lmpobmvel qudkjuer Momm ngMrlb 0jgüfkmtivn. lolaL A N%uncb em o ¢m4lbdecimen|o do "armndmnenlo compuj·
Bnmdo nema púçao, o govemo ehbomu Bêll primeiro Oriô", de acordo com o qual o pmprkuírio de Icttm fknrin cQmW
projeto de rdormn agrAri&jl O prüymo enfmlmvn n M1mdbui· lido a renovar n'un umtralcm de armndmnmto, Ema medkh foi
Cão do tom, vlmndo, bmkamente, aumentar tanto o acemo â propootn como um imtnuncnto pelo qunl dgunm formm a
tem qiumto o número de unidndeo familinm. Propunha 1gud· µrceriA q mvn&nwnto rural pude'mem Ner elimirwdm, ou 1gn,
mente corrigir no imµríeiç&m da eolmtum agMrin exiwtentc peb como um cmAgio tmnMtório píim n dmaproprhçao efetiva.
elhnlmdo dm (ormm antboociah e antkconòmicm de uso dn O projeto pnlrochmclo pelo governo Mo podln, entretanto,
tem, bem como pdn incorpomçAo dm termo inexplomdm ou Ber (ormdmente Bubjnc·lido à nprrx'hiçAo cIo C:c)ngrmgo, PQi&
cultivadm bmdcxµndmnmte. O pr*to continha uunbCm 1ncen· como propunhn o Ngmn¢·n|o de clemprupriaç4 com titubo eh
tivm µm o dtmenvolvimcnlo de cmpmm agncolm, pim a ex· dívida públkn, tinhó que Rer pr«"edido por uma emenda conotb
~0 e a cüvmWlcnçào do nlmtecimcnto de pmdutog agr1co· tuclonal, Por ewn razAo, c) projeto circulou apenm entn m + ,:"
Iao, e paru a ndaplaçâo cIo uno cIa propriedade b cnracleNticm mnçm µrlidArim. Houve comemo Bobru a maioria doo ponW :e
ecológicm regiontús. Rcgukunenlavn a dcoapmprkçâo de termo exceto doía, que plr)v(jcal,lm grande oposição e nc tornaram o
de acordo com o interesse oochl e eotabelecia condiçòm µra o núcleo dm negocinçòcm que tbé íwguimm, ój uber, o mendanmto
plmcunento e n impkmmmçAo a rdomm ngmrin por meio dc compubório e n indcniznçtlo com lflulcm cIa dívidn públkn wujeb
um Ó®O executivo ccnlml. No quo diz mpdto à indenimçAo a too n apenno 10% de co1Tcç¢io pnm compensar a inflnçdo.
o« PA8a por Icmw dcmnpr"prindm — um ponto bmtanle conlro· Em abril do 1963, Bocaiuva Cunha, líder do PTB na Chnam ,
vertbdo —, propunha que fome dnda no proprietário de termo a dm Dcpuladoo, apnmcntou ao Congrrmo o projeto de emmh .M
opMo poruma dm negúntm nhermlivao: neceblmento de indeni· comlitucionnl nocesMrio para a implnnuWío do plano do + '
formn ugráN do governo. An mudnnçm propmtao foram vblm
3L W pMmo foi chlxmidn rk Ammmü Rmk& dMNlda N""n Ip'f" 'k como uma tenWtlva cIc levar adianlc a tdorrm agrária mdkmj
RbGmMe ckmuL1Nkmmm(e %Mkm h Ildzob. ltnlrv em mwv4 pmconlm& pala comizAc) cIe twjucrda pró·rdormm, o«n '
=Y"ídmlc ¢j4 surnnlmdmdâ do Rd AgMN (sui'mp em conta a exhlêncúo de unm nuviorin comervadom no '
poµ nAVk dwo|vjaoocmumodm kb Dd¶µ&'f Arnm«udm gmoo. O projeto de emenda comtiluciond endomva m '
do ·mW~ pob pRmdm.mhbtm, EkucMdo a Hem», em 1%2. Nulo
um mmúm dmc $pipoo apm«u em Deu UvmmW mçmmo pM«o ponte contxuwrlldcm conticlcm no pmjeto de rdonm umã
comomdoo ~) de Mmtm wymN dc Mnb (lWl. p. 183). Ewcutivo. Além dhNo, incluúi tum propoma oegundo a quid '

114 115
M ,

cl ,, H,, mçÕtm hmeadm em ínçemoe 0ocáí poderiam Abnlnger m 0MAva mpnmenuido por t^ membroo dA Ak m¢úm1 do
tNMO proprkdMm nuah como iubmm. ^6 mu&nçm propoum pmbdo, Bomiuve Cunha, lkkr do prtido nA CAmm,
porme projeto dc emenda mim Ulo abmngenKm que vale a pcnn BRzo|a» e Doutd de Andmde; e o poe, pelo nncionnbW 0 M©
m)mduzir Acu texto integml: rdormno Plínio de Amida Samµúo.
1hl como npmenlncla, a cmcndn conMiludoml do m em
ml 141, S 16 càmntldo o dlMb do pmprktdade, mjvo o cano de lmodulvd, a propom de emcndcr m ckwnproprkçõm n pmp§
d~pmpmçm' pku n«~kbdo ou uülbdmb püblkâ uwdknlo m dndeo urhumo nmmnvn 00 gmpoo corwervmlorm, como um
via 1MmLmçao cm F)r oodd m h]nnA dom. 147.
ameaçn gmerdímdn ao dirrito de proprkdmk Dn mmm nw·
ml 147. O uno da propM&de o«4 condbclomdo ao bommwr
kkíú e pm4 Imo a kó jxdou inclumm
ndm, 00 conwrvMom emcamvnm como um oimpbm confbco m
L Dhpr nolm · )uW dímibubçh & pmprkdmk. com lgud Frolx~ de arrmcbmcnto compubório e de pagmnento dm
oportunidade µm todoo 0 µm omo ánkxj Mio, rrgubr 4 d~· bdmúmçõm dm propriedMm d~pmprimbN pelo vMor norvú-
pmpmçao doo &no lnd|ormv^. megumndo ao proprküRo nd. µgo em tftukm vulnedveiw à dtmvModmçjo morwlArül.
lndonlmç4o juma, modknlo Ululo a dfvkb pübúca. mpWvd» Nem dino, n emendn em comidera& demiwüódmnenle vng&
em pn0u6ç0m mi)om0 a corrvçao monomm com limite Mo qxcv· ddmndo c1Mwulm c|enwÚN para wrrm rvgulmhw por kl ordíru1·
dento 4 doí por conto ao ano; Ha, quo ivquorin npenm nuúorin oimpk'o para mia npmvnçào, O
n. DMplímr o udo d4 tom 0 mt,nhd«'er o mn'ndmnonto com· PSD e n UDN niô dtm·javmn µ'rder o mumo quo linhnm em
puhôdo do pmm0d4dob rumb,
rMoo n4 formA do garunti,w constilucionnh.
ui. O arrvndmrwnlo compubôrlo oer4 umA euµ ink'ld com
pmo dowmimdo pau a d~pmpmç» ddkülhm, A doopdto da n«'cmsidade de nogocbçAo De rmlmmlo De
N. SjO henk» do quAnqlwr u1bu^ Ihçlmâh, mlAduAí% munk1· pmten&me quo a propma tivesoo chmoo de oor aprova&, a
Pâih poe puto o (onm que a bd dmemúnu m Ierm o» bem q os mdkallmçAo q a lntmmigênck p , y, . , , duramo o pedado
4to$ quo w Nbck)mm com 4 ex«'lao d48 rdórmm 4grartj$ e em que o ~0 mtnva ~do conddemdo peb comhãoü O
~IoM1 urNna; PSD, ·egíúndo m orienubç^ & '" " ' " ' do Bmolb, Apm·
V. A cada (amllk wr4 4~8umd4 urm pmµ1odado rural ou ur· vmía m cmvmMo mckmd ocorrkh em muco de 1962, concor·
Nm, quo M1ÍN(Aça o minimo vluú quo a kl owbd«vr. IThpLa, dou
mdmcomcoma lÍllüo0
prym' dA de quem
dlv|dA , ,,, MJJÊnv&
púbh . ,, mlManlo,
hooom lnden1·
quo o
1%6, p. 507)
vdor doo tftukm fome tnbdmnmle pnMghb doo ddlm & lnb.
Derrota da emenda conMltuclonal ÇÁQo " qu' "~ pmpd'dHb Mo expbmdm temem ·ujdlm j
d~pm~o·"
Anim de Ncr mhindi& a pknAho. a emm& PmF~ pelo
PTB + que wr cwdk&t pr uma Fhrlmrmtu. Com. __
n C) deMmk«mDLn Ü M k . RóoC;mmh do'hólMvk mrlnbdo
pum de onm nwmbnm, c~ comhNki (omwb pm camkkmr a ·m NQ N4~ ck~m eh 196Qeh Nvk okb mio cumo chyputmk
tNMtk m domimcla por ck'puWdm comervadom: trh opooi- l«km1 do Ca~w& «m 26% oSo námem ka4j ck vcnb.
j3. Pm am q dbc~oa M cUmbiMo04 pmlçAnckm µm1'
donbtm intmmlgenlm dn UDN (AljomAr Bakeiro, Ernmi SMho u "==l==,m& do 151) N}('mW~o. m NMVWY' ck
0 mro AJdxo); t^ nwmbrvm ¢ÍA aÍA de cunho cIo PSD (Martim
RodtlW0, lSder do parllclo nn CAmm doo Depuladoe, Ulymm AÍMj. Km múch ao dlMMm n%kmAh th' Nmdo (omm (Y}mn||mk© mywv a
qimlAo 0 ~mm Apob 4 p'mbç4o mmunkb Np pmkSo. A "('AM ('imo.
Guhmm 0 Guowvo CANnemA); e Armlclo Cerddm, membro
Lm" e m mpoow ckm dhvt¢br6m N'NnAk maMMmm 00 nn Arrplvo
de um µqumo mrtjdo, o Fhnido Sochl pmm0km (psp). o Armml |b~ auoc/lcv, Rb de kMm VW, kml+m, CM, S. 10 0
2UJQHI

116 117
K,
3
,

.W

Dentro da UDN, a oposição era cerrada. A princípio, preva- caiúva Cunha, o autor do projeto e um do8 rep .q 1~ ld , ,: b '
leceu a posição da ala pró-reformas do partido — a "Bossa na comissão, Njcitou a reivindicação do PSD de proteçAo inmFdl
Nova". Uma comissão designada para definir a orientação do da inflação. De acordo com ele, tal medida representaria um "~ " :
partido em relação à emenda constitucional proposta aprovou gócio agrário" e rulo urna reforma agrária (CM, 125.1963). Duramo
um projeto similar ao que o PTB havia formulado?' Mas esse os debates na comissão, declarou que a posição do PTB refereMe
projeto foi logo repudiado pela maioria do partido, que parecia à emenda era "inarredável" (Tapiá, 1986, p. SOB).
mais inclinada a concordar com a posição do PSD (CM, 20 e A trajetória do projeto de reforma agrária, na arma kW"
26.4.1963). Entretanto, a Convenção Nacional ocorrida no final liva, foi acompanhada por urna intensa e veemente campam
de abril, terminou por rejeitar completamente a reforma agrária visando pressionar o Congresso para votar as reformas. Lideraa
através de mudanças na Constituição: foi firmemmte declarado por Brizola, essa campanha foi sustentada pela participação atim "
que a Constituição era intocável?' É interessante observar que a do movimento sindical representado pelo CGT, de congr~tm
decisão da convmção representou urna derrota para a tentativa da Frmte Parlamentar Nacionalista e do movimento estudantiL
do grupo "Bossa Nova" de empurrar o partido para uma posição A campanha incluía comícios, demonstrações públicas e ameaçm
mais progressista e, também um recuo na disposição demons- de greve geral Em um comício amplamente transmitido por
trada anteriormente pela UDN em aceitar uma emenda constitui- rádio logo após a Mensagem ao Congresso Nacioml, em março,
cionaly Em conseqüência, as negociações na Comissão Parla- Brizola deu um ultimato ao Congresso: a prr'posta de reforma
mmtar se radicalizaram. agrária deveria passar dentro de quarenta dias scruio outros
Apesar da decisão da UDN em rçjeitar o projeto do PTB meios de realizá-la seriam encontrados (Castello Branco, 1975, je
como um todo, o PSD continuava a endossar a emenda constitu- tomo, p. 138; CM, 233.1963). Não é importante aqui sa&rmos se
cionaL Mas recusava-$e a aceitar qualquer proposta que tornasse esses meios estavam ou não disponíveis para ele naquele mo-
complllsóri.7 a rtmovação de contrato3 dc arrendamentos ou que mento. O que impona é que os ataques de Brizolii sobre q Con-
impusesse um limite de 10% para correção monetária dos títdos gresso e suas ameaças de recormr a ações extraparlamentares
que os proprietários de terra receberiam em indenização por suas estabeleceram o tom da campanha da esquerda. As reações da
terras desapropriadas. Nessa medida, o PTB, se quisesse ter seu direita, enfatizando a necessidade de "salvar e garantir o fundo-
projeto aprovado, teria que conseguir urna fórmula conciliatória nammto do Congresso", radicalizaram mais ainda a campanha e,
para chegar a um acordo com o PSD. Apesar de sua posição certamente, afetaram a batalha na arena legislativa. Em 13 de
minori^ o PTB recusou-$e a fazer alterações no projeto. Bo- maio, no meio dessa campanha, a emenda do PTB foi finalmente
derrotada na comissão parlamentar por sete votos a quatro.
35 Pam o aboço de crncMa corbtitucionaj da UDN, que acOlava até mmmo a
c'panNb da ckmpropriaçao pura propriedackm umnm, v<ja CM. 17 e
2Q4.1963. Busca de um projeto viável
36 Marlha@ Pinto. gpvemador dc M111&$ Ckmb, apiou » tcM3 reformistas c a
dcauo final foi luna vilória dc Lacerda, governador da C;üãnabara, que cm A derrota do projeto do PTB na comissão foi seguida por
contra a mudanqa cxmmituckniL Fbr trás cja8 duas pasiçm havia [um dis-
puta µ·1a candidatura a Prusidêmia a República, «n 1965.
uma disputa entre o governo e a oposição sobrrt quem tornaria a
37. ApUs a C:onvcWak) da UDN Muvc urna troca de imcgrantes da cDmi$$ào par- iniciativa em relação à reforma agrária. A UDN queríí evimrapare-
lamentar. Chi dois mcmtxrjs ank·rior~me designaW para intqµar a comi8- cer ante o eleitorado como um obstáculo à reforma. Por
%10, Bilac Pinto. presidente do partido, c Adauto Lócioc.ardoso, IkkrnoCm-
razão, sua primeira ação depois de 13 dc maio foi reabrir a dis-
YUSX'o que acritavam urna emenda constitucional para a Morma âgm«
roram $ublituídos Nr aliomar Baleeiro c Ernâni Sátiro, que tirüiam urna po- cussão no Parlamento sobre o pr'©o de reforma agrária apresm-
6jção contrária (Castdb Branco. 1975, 1° torno, p. 169). tado por Müton Campos, que estava de acordo com a posição do

118 119
k

g'Wµmo, µ que Mo exigia ncnhumn mudama conolituciond. Pam


qmnto pelm orymiznçòcn cln mue^ Mo , , , , . , prin·
O m entntnnlo, em emenchl mnnter a inkinlivn oobrv umA cipalmcnte, pelo movimento Hndical.
queol4o que hnvh bc tormdo o eixo de Deu pxogmma de rdor- Com o objetivo de mipemr, ou pelo meno0 ^ '¶ ' '
mm. O mnlogro. µ viMvcL do Fbno THend tormva Mndn mnio pmbkmno, Gouhrt decidiu mmmir ele meomo o commdo dm
urgente n aprovação da legbkçâo oobru a rdormn agMrin. ne8ockç^ com o PSI) e, ao mcmno tempo, tmbiir rwutmúmr e
Embom houvcme Nido nejdta& m comhUo, n emendn do lnfluêncW dA aía mdk'al cIo 1'113 em oeu gowmo. Com
PTB ainda cotava progmmn& pm oer vomdn em pkru6do. Sua o|*tjvo0, em junho, mmlntturou mxi gnbinote vbnndo com loto
deuuln, no entnnlo, era cem. A fim de mcontmr tum ooluçAo ampliar o apoio µrlíunc·ntnr pN'it a aprovação dn emm& comtb
rwgochda µm o impaue, Goubrt tmtou obter o Apojo do PSD. tucionnl pnm a rdomui ,igrürln (C 'M, ').6.1963; Cmtello Bmnco,
Na Primeira rvuniao do mhüôtêrio depob da denota dn emenda 1975, l' tomo, p. 182). Almino Afomo, que mpmentnvA e ah
do PTB, ele elogiou o papel do PSD em tentar eviuir n derrota mdkal no gnbinetc, foi mbmituído no Mini»lCrio do Trabalho por
total dn emmdn, e rvdirmou oeu comprometimento com uma Amnury Silva, um memino moderado do m. O MirúoMo a
rdonm agrdN modemdn, declmndo que Mo queN "levnntnr Agrkullum foi Mribufdo n OowMdo Um Filho, que em o líder
a lmndelrn da rdormn mdjcnr?0 de um movimento dentro do PTB Fk)r rdormm modemdm (CM
Dentro do PSD, grupoo concordnvam que em nc· 8,9 e 11.6.1963). Com a nomeAçÃo de Abelm'do Jtuvnw, do PSD,
ceoüM uma emenda comtitucionM µra um rdorma A8rária pmn o Minhtêrio eh jumiça, Gouhwt eopemva tnmbCm mnpljnr o
efetiva, Ino era anilo tanto peb nln progmobtn do partido, o npoio pnrlnmmtnr para umn ooluçAo negochdn: Jumma tinha
chamado "gmpo agrmdvo", que hvorucia mudmçm mnio pro· ligiçõn com Kubilnhek e contnto0 exlemoo com membroo doo
fundm nn eotrutum ngrhrin, qunnto por dguno de riw prlnciµh pmidoo de opoHçAo. Firudmmte, Tancredo Neveo, o primeiro·
Udem, lalo como Thncredo N e Kubltwchek Eme último, u mkUtro nnterior, foi encolhido Uder da bancndA do governo m
ativamente em camµmM pmidenciü amuniu uma pootura cb- CAnwm doo Doputndoo e encmvydo do micuhr umn ooluç8o
mmenlo Mormbm. Dechr'ou que em favoMvel a urm emencln aceMvd tanto µm o PTB como para o PSD. Na fnmlo olndicnL ,
comtllucioml quo, no Dou entender, deofrumva de nmplo npoio Goulm gnnhou,unw trégua fonçadn do CGT, quo havW Bofddo
popuk' e, pomnto, poderM elhnlnar a ngitnçáo oocial (CMtello um mvCo temporúrio com a mudnnçn de npolo do governo pnm a
Bmnco, 1975, l' tomo, pp. 178&2). Finalmente, o Dimório Nado. UST, mnb modemda."O multado dboo hMA Mo o fracamo do
ml do partido eolnva, também diopomo n fazer concrmõm no QGT em oua tentativn de convocar umA gnve gemi nncioml,
mtido de atingir um acordo 6obm um projeto de cenho. p~dn pom o fim de mdo, com a (inUdnck de preôdonar o
A bum de umn íórmuln nceilável era, no entanlo, conmran· Cong~o pnm vow a mfomm A8r|rúrjA (CM, 21, 22, 23 0
gidn Por doh falorrm. O primeiro era a cmcentc opoHçAo dn ah
283.1963).
dkdw do NI) a qunkµer mu&nça comtitucioml. Além dimo, O pmcemo que vioava encontrar uxm fórmuh vüvel dentro
Mvh divergêndm dentro do partido em rdnç4o a quem&m cope- do PSD foi mmrndo peln necemi&de de ncomodnr pontoo de
dfbeMD O oegundo fmor que lhnilAvA a pouibilidnde de negocin- vbtn conflitnnta oobm mntCrim npec1flcm e neutmliznr n in·
Qo em a demnnda por uitia rdormn agMN mdkd, ddcndidn fluêncin do grupo de opodçâo A rdomm comtitucloml. Enhm-
mnio pelo próprio partido de Gouhrt. parlkuhrmente por bua lmto, por volln de meados de junho, o partido chegou n um
Ma eoquenb idenlifica& como Grupo Compcto ou Ideológico.
39. Choco um ambé d¢u~ a Ar'dnMSgo dc'Coukn com a UST,
3& mumo& mumo mínbleNKKT~ «n 17& miode 1Wi3 (AnjuWo Arrw ddlNndo mw ddlm KbN ocA|mckblck aoCX:Toe mbíúmr aµMo pm m
ml Ntmm a¶xx:/k;v). rdormm (lgm. pp 422-42).

120 121
acordo sobre uma proposta dc emenda corutitucional feita por ^ proposta do [SI) limitava lxwtante a abrangência da ré-
Oliveira Brito. Essa proposta foi apresentada como a altcrmliva [OFITbA ngxúrh advogmb pelo [TB c. pK)r imo, provocou forte rush-
com maior probabilidade de obter a Aprovaçào do PTB. A pro- thEIA entre e rrpmcntanteo dmte partido. Gouliin, no entanto,
posta mcaminhada continha, de fato. algumm . Acei- que, uma vez garantido o prirklpio da ~propriação
tava a emissão dc títulos da dívida pública para pagAr tcrm com o pagamcnlo cm titule cía dfvkb pública, (m outros aspec-
dmapropriadas e não mais exigia que tflukm fomem com- too podeMm ·cr comeguidcm por be'gj3mo ordimria. Por essa
pletamente protegidos da inflação. O PSD concordava. agom, mão, premionou o PTB para conthwar m negocú'm.
com uma corirção monetária de 30% a 50% da eventual dnvajo- O cronogramA de votnçao do projeto da UDN levou o [TB c
ri7mão da moeda anualmente apum&. lmpunhn. contudo, Umi- o PSD a urm estreiW cobbomçáo. Amim 06 partide concorda-
lações sobre as propriedades que poderiam Bcr desapromdAB. m «n primeiro denotar o ~0 Milton Campos e adiar a
Primeiramente, conforme o artigo 2 cb proposW as desapropria- dbcwsao e votação cLn emenda do PTB, a fim de pnhar tempo
ções só poderiam recair $obN a "propriedade nuul impmveita& paim ebbomr uma oobçAo de compmmimo que uma
pa'a fins agrícolas ou pastoris. ou explorada cm condiç^ antku real de wr aprovada pelo CQrW~o. Até mão, o líder do
conômicas". Pelo artigo 3 da piropc»ta. não poderinm w d. WD Mo tinha mebido a pabvm final do PTB em rebçáo à sua
propriadas as proprkdadm agrícolas que tenham pdo menoo prúp& pkuFkjbw (o antcprojeto de Brito) e mperava que ele fosse
50% de sua .hua agricultável explorada em condiçõem econômi- ApreoenlAdo como um projeto do govcmo. Por ~ lado, a bde-
cas, qualquer que seja sua áxm ou bcalimçAo". Além dhso, nm mnç^ do PFB queW garuntir a derrota do prgcto da UDN, cuja
dm7propriaçõe$ pnvistas no artigo 1, 6éKÍa "assegurada ao pm- apqruvmo jogaria por terra a iniciativa de seu partido c diluiria
prietário d reserva de metade da &n!fj desapropriada, ate o m& ao prolklbuklAdm de unw Morina mediante mudança na Consti-
ximo de SOO hcctam". O ~0 considerava "exploração «on6- tuição. Em 7 do 48Wtop o pr*to de Milton Campos foi derrotado
mica satisfatória" o seguinte: "a propriedade agrícola, pastorial m CArnam dc» Depuwdcm por 168 votos contra 67. A dieuWa mw
ou mista, cujo rendirnmto seja Mq menog igual à mCdh cíob o PTB e o PSD funcionou pela últirm vez durante o período de
índices de produtividade de propriedades eh mmmn ntgi.io, com Goulart. Como n Tabeb 4 metim 00 dob partidoo pmntiram
análogas possibilidades e idêntkm caracler1sticm de clima e juMoB, quam 80% dog vote contra o ~0. Mm é importante
solo". A pmposta inicial aceitava a dmâprop&çno de "proprie- notar que o npdo da UDN pm oeu próprio pxgêto «a uunbêm
dades valorkadas. segundo o dispcmo em lei, em comeqüência haco: nµ'nao metade (48) de oew rupmentanteô estava pmmte na
de obra pública de notória significação econômica". qudquer que ~0 em que o pnqjeto foi votado, e10% deb votaram contra.
Ío8se sua área9° Esse último item contido na propoma iinicia1·
mmte liberada à imprmsa gerou tamanha mht&wia dentro do Acordo impossível
PSD que, três dias depois, foi divu1gµ<b nova vendo dessemigo
com um adendo que exclW ncj6 cMe de demproprilK^ de Apób a rejdçÀo do pmµtto Milton Cmnpos, os cÍeitos dos
terras benef"ciadas por obras públicm. as pmprieda& quetivvs- dab htom rderidoa que constrangiam â3 negociações
m 50% de sua área aproveitável cultivada (OESP, 13.71963; entre o ITB e o PSD, reduzimm ainda mais a· pcmibilidades de
CAL13.7.1963). uma ôoluçâo mutumrwntc mitâvel. Aumentou. dentro do PTB, a
rmbtência à emen& comtiluciond propo'ta pelo PSD. e a poú-
4ã ~. 1QZ1963. Ommmo ledo putNcâdo 4aw mcaMm-ge m) Arquivo Cão ddendkb pebm mdicab do partido finalmente prevakceu.
pmkkme do F5O."m NIM Úmbmdo «h CAmom chm No início de agooto, a bancada do m comrdeu a seu líder no
(^kMvd Amml PElmo. aixx"/k;v, Rio ck JMMm). Congr~o, Bocaiuva Curú^ cía aÍA radical do pirfido, um voto

122 123
& omfíança µu"a negocinr a emen& comtitucional (CM. 48.1963). emenda leito pelo partido' proteção , ain& que Mo
No final de agcmo, em um encontro da bancada do partido no íntegml. dc» tfhjjo8 a utilizade nas indenizmm e a r"
Congresso. o PTB réjeitou a propoota do PSD. Em uma carta ao mnlia de que terras cuhivadas não seriam de$apro~' (Ca"
líder da bancada do PSD, Mmim Rodrigum, Bocaiuva Cunha margo, 1979, pp. 113-4). O anteprojeto de Oliveira Brito, que di·
comunicou a decisAo do putido: o artigo 2 dii emenda, que rejei- mÍnul7 o valor da comção monetária, repmentou, em bum
tava a desap'upriaçdo de lenm produtivas, era inaceitável. por- µ1Avmg, "ob limites extremos da transigência µmediMa" (Cnn·
que equivalia "à inglituci(mdizaao do lmüúndio" e à "perpetua- Idio Branco, 1975, 2° tomo, p. 42).
ção do monopólio da terra". O PTB d~artava, também. m Com a convocação de urna Ccmvençào Naciord que g'mntiria
i$enç^ contidas m propoota do PSD, bem como sua definição mMor cxprmmo dm Emes rumj!5 do purlkb. o g'uFK) m'ti-mforma
de "expbmçao econômica mbíatórW." A decisão do PTB de co~u rulo gó pimbar as negociações «n cuno, como também
insistir em seu próprio ~0 «n mcarada como uma questão nummtar ao r)Mibilidades de reverter a poúção oficial do par-
de $ohrevi~iA polítkn do µrtido. Por trás desse rackNÍnjo, tido. Em gurna, o encontro ocorrido em 21 de agcmo comcguiu
estava a convicção de que. De o partido aoeitaw Luna reforma mimr a própria solução proposta pelo PSD.
agrária limitada como a pmpoota pelo PSD, iria inevitavelmente Goubrl, por guá vez, hesitava mixe garantir Mgurm forma
distorcer sua posição 8oÍ'lr o munto e trair o apoio de seu eleito- de emcncb comlilucional que permitis*, pelo menem ti indeni-
rado (CM, 29.8.1963). zação com HluÍo8 dn dívida pública e as premòem por um com-
Por outro hdo. dentro do PSD, a minoria que Be opunha à prometimento rruúor com uma reforma agrária "mdk'al", como
mudança constituciond manobmva para atar ag mãos da lide- exigiam ob grupo' de esquerda. Por um lado, tentou deter o
rança naciond do pmido. Apóo munijo da bancada do partido movimento dentro do PTB contra um acordo em tomo &
no Congesso com o Diretório Nacional ocorrida em 21 de emendn Oliveira Brito. Na véspera do mcontiro emque o PTB ÍjrÍA
agosto. o PSD emitiu um nota oficial afirmando: l. que o par- comidemr a proposta do PSD, Goulart fez uma tentathm find
tido estava prrpin'do pAm lutar peh F~crvação do regime de- piam muclíu a posição de seu partido. Ccmeguiu adkr omcontm
mocrático; 2. que todm Ag Bu8em^ e opinjõe6 expressas naquele e tmlou evitar uma votação decisiva. pm Goulmt a den'oui
encontro deverinm Ber levadão em canta pelo Diretório Nacioruil cena da emenda do PTB enfraqµeceriaa mmp"rüw pcja mfomw,
do partido nas negachçW ouheqümtm com o presidente da dmdo n imprrsão de que o movimmto anti·xdonm Mvh Udo
República; e 3. que Ilma Conv'ençjo Nacional do partido deveria vitorioso. Além disso, de atava preocupado em impedir 'um
w pl'nejada para aquele ano (CM, 22.8.1963). Na realidade, isso duo dentro do PSD que colocasse o gavemo em poúçlSo dc
K¶'resentava um volo dc deoconfimça contra o Dimório Nacio- minoria e lorna6$e. assim impcmfvel até mesmo a malimçào dc
nal que. para Iodem os efeilw práticoo, Mo estava mais autori- bum tardas administrativas (CM, 28.8.1963).
ado a fazer acorcjob em nome do partido (Hippolito, 1985. Ar%lr de continuar pmsionando o PTB para manter as
p. 232). Há que 6e notar q,ue o PSD «m um partido de base rural rwgochiçdkm, no ínScio de agosto. Goulart já mvelava irdinnç5o
e que 6w deciuo oficial tnvomvel A emmda constitucional con- de Af'c'i^r a decisão do PTB e converter seu projeto no mÍoK'o
trariava a posição de interua hcmilidade elu auociações mrais central de Beú governo. Retomou também Dg contatos com n e'8-
em relação a tal medidn. O acordo intemo havia 6ido alcançado quenta radical cm um esforço para definir umjj eslratCgh cIe lula
8ommte mediante ól inchiüo de dum medidm no projeto de peb reforma ngrárk (Ciutello Branco, 1975, 2' tomo, pp. 25-6).
Mak unda, anunciou sua intenção de desencndcar uma enorme
4L Bcmiuva C+. BmW µm Mmim Rodmm Brasdk 29A196i3 (Ar- mmp'u'ha popular para "forW o Congmso n Be curvar õ\ n·ali·
qúNo Anuml N±um CPIXJC/FGV. Ribde J~m). dade", br a solução conciliatória não fúmionasse (CM, '5.8 19tk3)

124 125
Entxvunto. foi pmimmente dua "poHtkm de concàlWçâo". r~ de Der apruvmlo, o PI'B mcolheu kvújo Atê a demm Hnd em
em pmtka com a lormaçAo do novo pblrwte. que provomm o pknArio. pMendendo wim apnmenhír ao público o mpeCAcujo
bombardeio conlrA o Neü governo |Mjr poule dm or8nru^çõe0 de um Congmoo hvadorürio", heoMnte em decmW Aló mesmo
Úndicmh e de cmquerdn. Em vktn do Lmptme m arena pirbmm- rdormm mocl«lm. Fmm decido, bem como a mu~ do Gau-
mr, houve umn Hcôóbcla dm pmooõm. lnrt, mtnvnm cIe ncodo com a emmtcgüL dekndldn peln m-
Qunnto no movimento Mndknl, Goulm1 logo compmtndeu queda mdkd, de morrer a pruuõm dlMnn Bobrv o Congmoo,
que hAvLN frmmmdo em mia tmWHva de LlMr a UST para com- por meio de oqpnimçõem Mo pNrlnmmlArm e de mpddo mlú-
trulr umn bmo allemm|v4 de apolo dentro do movimento oind1· Cm. Como ljrizob ArgumentAvA, "M umA convbçAo ennr o cb·
ml. A UST Ain& em umn oqµmlmMo de bme lacni e. apemr de mor rrôkr, um certo tilinuw de ¢dpn6 e n ~dbübdMe do
fúndoo e l. , .,['.|io iqüc mrhm do governo, eh Mo oeiú cauz Congrvmo" (Cnmello Bmnco, 1975, l' tomo, p. 160). A comhlm·
de adquirir. no cuno pmzo, a (qw o~mckmm e a repútKAo CÃo de mobilimçAo populnr e pmuõeo mült Nvb do hto
mdond do cm'. monlh~ndo boo, Goulm lentou, mão, mt+ hmdomdo no pamado rrcente, lnduúndo o Congrmoo a gnmn·
mar comato com emNN ültlnm orgNÚmçAo.Q Fortalecido pelo fra· tír a pcme do Goubrf e a antecipar o pkbbeilo. Mzoía üudiu·oe
gamo de Goubn Dm oabouw o odu podor, o cm' lnlemúkou bua com cuco prucedmlco, achando que pcdk conlnr novamente
mmpanhn µ1an Mormão, oMmlmndo di nocxmMdnde dn Morma com o apo|o doN mililnm, D~a vcl entMmto, como vemnoN
agMrin por melo de Ium o~a cmmituciomL Um comido, m próxírm 0¢!çâo, m ewpadm ficaram oikmd~n, para tilintnr
oEgmlmdo pelo CG1' pam comemomr o múvmMrio & morte de ~ lnrde em dimon&nck com o "clmnor popubdZ
V~, em 23 de ngomo, foi um exemplo ilummivo da pokriu· Em 17 de outubro, em meio a unw ~ cIbo polllka e
ç6o dentro do movimento Úndkd e de como dum pmmõa cob· mlútnr, a CÁmAM dw [kputadoo mdlou a ·mm& do ITB. 00
cavam Goulart m coda bmntm. Fm Deu dbcuno pam a ime~ mujtndoo da voWçAO (m Tabeh 4) mmtmm que a «nench do
de tmbdhMom que M4htk m comjdo,° Goubd cMtou m obteve mdor apoio do qlbe o pgeto & Ckmpoo' âmqumto
bC AÚrÜuu cUm a mqueMa mdkAl. Enfatizou que m rdormnô ·pmrvw 67 (29%), ~ m voWNm a kvw do ~0
podmimn wr hnpbnmdm dentro dcm lhnibn do pkdcqmo comti- do Cmnpc», a omendn do m ~Íj0U 117 votm (41%), om 283.
tuciond e lr8lNlóltlv¢) (Erkbon, 1977, p. 140). Seu dhcumo mocho. Vak a pona notnr lambam quo a emena do m obtmm
nido foi frimnrnlo tvcvbido o lntmompldo por gritoo µdindo tom npolo enlm 00 µrlmnentam dmo µrtldo: 73% de dua
"definiçAo e rdortnm". Levado pelo mtfmulo dm mmoao, a meio hmcada votou n lavor do pMeto. O fato de que nido de dolo
mminho mudou lolMmento o tom de rua hk tenntmndo por tCKOo do jmrtido + vomdo hvomvelmente ao pmeto cIe rv·
eotúmkcer um prazo hnd pNm m rdormm: "no ano quo vem (onm comtiluckmd pmpooto por BocMúva CunN momm que,
eCmmoo cvkbmndo m Mormo" (CM, 24.&1963). nmµek mtAgbo do pmamo, teib Mo mdmmtu lmpoulvt'l umA
Embora emjw'~ pknmmmle conocbenle de que o pn*to de ooluçAo de compro~. [hda a FK)IAnuKAo dm µMçòem polhi.
rdbnm agmrin. np forrm 4pmenlAda, Mo tinha 4 menorchArKe cad uinto entrv do puhm«mm do m como do PSD, cru alw-
mmtr lmprovâvel que w comeguime 00 voto0 rmmUricm jmm n
42 W Mc'bcm (}977. PI'. 134-7) oC;Nün nm r 442 5) µçw um núlo dcm Aprovnçao, em pkMrio, de qudqim projeto conjunto. ^ opor1u·
omm quo kvamm (amím¶ a AlMmkmmr Mm pÇno de rdnr um 1~ Mler. ddmk havia ddo perdida. Antn dn convunçjo dn UDN e &
Mlhmdo~m uxr. dmow dn emon& do PTB nil comim4o µwbnwnmr leria ddo
Qb Nwkdogm llrk'bcn 'UmrN«nm ao «mkb 40ÁU) cNb e 15AXX) Dol.
~ ?T" Nmr~k" u 1~ hmj| do lbwdo eh Gu4mímm poulvel cheµir a uma ooluç3o negockdn. Um F~jukn rval1·
(lm·r¶ Ojomú ' Ú. & Rb eh kmm.mtlmou oNMKd m<b Antem dA conwnçAo dA UDN mowtmva que XX) &putadoo
"" " ' ' I tmMlhmhm (CM. 2ULW63).
Apokmm n µnlç4o do PSD cm rvbçao â rdomw ajçmrW, e mnio

126 127
90 8erjillm favoráveis a quakjuer tipo de reforma (CM, 27.4.1%3). Tabela 3
Naquele momento, entretanto, os membro6 do PI B na Comissão Distribuição das cadeiras na Câmara dos Deputadoo
não estavam convencidos da nec%sidade de uma solução nego- 1945 -1962
ciada. Não estavam convencidos de que seriam incapazes de rea-
lizar qualquer item da escala de preferências do partido sem a Legislaturas
aquiescência e colaboração efetiva dos outros partidos."
Partidos 1945/47' 1950 1954 1958 1962
Somente após a derrota da emenda na comissão é que foi
reconhecida a necessidade de negociar. A reação de sérgio Maga- PSD % 52 37 35 35 29
lhães, um dos líderes da Frente Parlamentar Nacionalista, à pri- (158) (112) (114) (liS) (118)
meira concessão feita pelo PSD demonstrou urna disposição em UDN % 26 26 » 22 22
aceitar uma solução alternativa mais viável. De acordo com cIe, (79) (BI) Q') cm (91)
PTB % 8 17 17 20 28
NÓs da PTN não podemos nos contrapor a nenhuma provi- (24) (SI) (56) (66) (166)
dência que importe, como nova emenda do PSD [aceitando
OPEÍ' % 6 6 4 8 12
50% de corrrçuo monetária) um passo decisivo a favor das Mor-
mas pelas quais estamos empenhados, sem embargo de preten- (18) (18) (14) (27) (49)
sões mais avançadas. (CM 26.5.1963) ope" % 7 14 19 15 9
(22) (42) (62) (48) (35)
Entretanto, suas sucessivas tentativas para obter vantagens
máximas, sem uma avaliação acurada dos limites da capacidade Nenhuml 1 6
do outro partido em fazer acordos, conduziram ao impasse. A outro (4) (2)
situação evoluiu para um estágio no qual os pmidos ultrapassa-
mm os parâmetros estabelecidos por seus representados9 Por Total % IDO IDO IDO IDO IDO
(305) Do') (326) (326) ('o'!)
um lado, Goulart havia se mostrado incapaz de neutralizar a
tendência radical dentro de seu partido e do movimmto sindicaL
Por outro lado, a liderança nacional do PSD havia pendido sua a. Eleição pam a Amembb&j Ccmtiluinte, «n 1947. c Eleição Supkmcntar em
capacidade em garantir apoio intemo para sua própria proposta. 1947.
b Outm Partidçjs Trabdhi$tà$ ou de FSB. PTN, m, FSF, FTX.' e
MRT. Para a lcgidatum dc 1945 irdui também o Fmtido Comunista Nb).
c. Duim Panidos Conscrvadom: PR, PSP, FRP e n- Para a ckiçao de ]945
iMui o PR em aliaMa com a UDN.
Fmu: SupnmoThbunal Ekitoml 1964.

4l \Nnderm Guilherme dos Sjmo6 cstabekce que ota C a primeira condição


45 =LP"ido%tm·em nqpcàm (1984.42).
comSame, outra condição para o de uma negociaçaoéquc
( . , , . .,' mjeitâvd panae npn»mtack» dc cada punido (lç84. p. 43k

128 129
l

Hbek4
Dimdbuiçjo do vmoo nomlmlo por PArtido · 1963 CMTUID4 E

(Númem Mmoluto¶ .

O ISOLAMENTO DE GoULAKr
l'arúdcm png«odo C4mpog
(udn) (7.&lm) ComutuckmM do i
m (7.1003) l
PSD Shn g ~ l
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N» 67
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UDN S4m 43 l
Njo 3 n

OPW Sün g 21 IMmnlado com uma cmcab& do grvvm que ., , l


Não u 14 tom opoúçào nc» die» ~alm miliwm; com um movhnmlo
de lnmmdçào dm ÍMixm mcalõm dm Fonm Anmdm «mtm
uma declMo do Supmno Tribund Fbdrml,' e com mia autori&&
ope' Sim 10 g
demfimh pdoo Mm|iwn de LmceiMn, Goulart NoÚcÁlou permi^
Não 11 13 µm d«rvuw o eMAçÍo de Mlio om outubro de 1963. O que
Towl Sim 67 117 guiu com Imo, entManto, foi nperuw dcopomr uma íi'ro7. opod·
Não lW 1¢0 CAó A mdkla, por µn1v elu todm m ÍONM do MjxK(ro poúlSC@
dentro o lora do Congrvmo. O holnmmto de Goulm no poder "
Tbtd m 2&3 chqpvn no migo. "l

· mm tbnhku TNMhbbmm eh |b=yA: NIL MN, m, NE I'TX:'c MTK PEDIDO DE ESTADO DE SÍTIO
h Duim Fbnklao Cnmdom: m u-m I'RPo lV. #'

Muludo 4 14h·b V.B pm Hnlm nm m msip


O mh do wtombro tememunhou unw mcalMa do movb "
mento 8nvímõl wegukln por um conh'cmlo enhv cm |r¢llMlhóldam
e 00 militmm devido lb mu&nO de milude dmleó úhimoo em
rukçao h pr~awm cxcMdm pelw úndknloo. A grvw eh' sanm s
foi um owmpb íbgrmlr cb nova poúçjo MmNinmlo mtignm
doo miliumm, nvm'ando mm o m rompimento com cD atlhdüi
anwrbmwnh· adotmbi dumnm o ~0 N'bmenlmbt&l O

l. Hm iml (m mNmw Nvum 4âujoouM Müwk«Mmmkmr.c


Mo qb 4r»kg. cmmo Np CMO ch ~ gmd pdn em mc

130
131
'-S

órglbo coordenador do CGT em Sanloo — O Fórum Sindical de Mo ocN Iolorucb eque o govomo 0dm tnfbdvd m
Debütm (FSD) — convocou tum gxvw gemi de npolo a uim cÍA ordem (/8, 13,9,1%3). Ao meomo tempo, tentcm
µ~âo em um hcmpitd dmjueb cidade. A gruvo geral foi gmve gemi nejpcWulo com 00 lidem Úndjc4jL Dumm m + "' '
reprimida pelo governo do mWdo de São Paulo, o qüco por mia gocWçõm, Goubn revelou mj nfxjjo lio mjvíndk»çò(Mb 6 +
vez, fez com que o cm' MTmçame com ium gmvv geral nacional gentoo, MXuwwnlmdo que eW «um poute do progmm & ~
Ub, 3.9.1963). ^ intervenção mülw odenacb pejo mlnhtm & do govvmo (CM, Is 9,1963).'
Guerm. jar Dmtm Ribeiro. pOo fim A grrve em Mntcm, C) m1· Eme eµódlo realçou novamente 4 Bjl~ dúSdl quoGcN'
nhlm <ía Guenu exprmoou também ~ dbmçno em utüônr a lm mhmtmm. Eh tírúw que luuu pm4 mmter o equüMo 1Mb
f<yrçA, 60 n«mürio. µm deter 4 gmve gml Anuncud& o que dc vei enlw m ÍoKM ÚrKÍK"MB, cmb ¶nz mab mdkUmdm _ MD
mourou eficaz pum 1mµdir a exµínMo do movimento Ub, 4, 5 e qunb N1% Dê npoAdo durante trxÍA mja cmdm, um apoio do
6.9.1963). qud Mo pcidh prv«mdir'mqude mommto — e m ~mm
A rrbcli3o doo ~nle contm 4 dechkj do Supmno Tri· Mvlndk'wçchim doo mtlMm pra um conmk ca& vez do
bundl de lheo negar o dhvito de 0ervm ekhoo µm c"'goo Nblj. movimento oindkd. Um jorml comervador, em «ütoNL exWu
coo agmvou a u term DiluKjo polltkm.' Em Wúkb à d«·imo do um "bmuC, "à coeximêncW, dentro do próprio govemo, de dum
Supmno. NebcrntH urgmlm bc mbelmmm em Bmgnb, ocu· poUlkm: uma lqµ1. wm cfk'õèTKM e multado admínbtmüv0
pmdo m edlffckm cíob MínhtCrioo & JwW e eh Mminhn, amim democMlko, e oulm bkgAL vblvelmenW oubveniv& marvuoã
como o quartel·gmerd eh pom Adim e a ~ Navaí. Pnmde. nome apd'ndke do jpvomo, chmmdo Comudo Gemi doo 1jmW
mm lambem o pmidmte em ~rddo dn CArmm doo Drpum- lhMom". MMo adiante, o editorül âdvcrtb que "M Fbm Ar'
doo e um minimo do Suprvmo THb'urwl e coruimm 08 comuNca· mMm (.o.] Mo apóá"' a pmIc 1kg,d do govvmo e mo ooguem
çõeo tekfônkm e de Mdbo entm Bmlb 0 o nmo do mbp Aµmr ·UA poHika llegnl dc' pmrerW com o CG1" (/8, 13.9.1963)o
de ter Mo domÀm& em poucm harm, a mbeúAo doo m%m|o0 Cmcln o conhvmlo cnhv ob úndkMoo e 00 militam e Mk
marrou umn exploüo de ín6ubord|MçAo miútnr dentro doo cM·a· mentava n pruoüo doo militmvm Mq miado de MÜo (Ibo
lm inferiom. agmvnda peb AMQCÍ%Ao do movimento com ob 1&9.1962), Em noln dhigldn 4 omo 0ubodbadoo, o commdmW
oindkatm. O CGT começou a oqµNmr urm gxvve gemi em do 11 RxCrrlto om suo Paulo, Nd Bevlbcqw, ac'uôou o cm' 0
apoio adh 0nrgonto$ e em mpootA Am rumom de quo 00 mínío· oulrm orHnj7mçõeN ·indicnlo, 1aín como o Nelo de Unklmk 0
troo militam iriam µdir o mudo de mho Ub, 13.9.1%3). Um ^çAo Cpu^) q o Fórum Sindical de Dclmeo (1·50) — oWuúm"
decbmçAo oÍicúil do CGT mlkntnva que "o vlgormo prohmlo COm rvgionnh "pmMrlm", cm SIo Paulo e Santoo —, de mm
doo m%mtog Mo pode NcNÍr de prulexlo pnm impor no Pab um "bbnlpo eh kl dii ordem e &0 imliluiç^ democrálkm", e
dima de alnrme com o único propóoito de Lnvmtir conlm 40 mdtou como "hunnlh,mw 01 m0ocáçào dcm mrgcntm dm FoNm
überüW democrâlicao e, µrticulmmenle, Mocar m juota0 Airmndm com 0000 Ninc|jc,l|iMno rvvoludoMrio" (JB, 19.9.1963)8
lulu doo tmbMhadom por melhom condiçõeo de v|d^ e µk
mmciµçAo cconômkn d4 mçao" Ub, 14.9.1962). 3. O ~~ mmuvo nlkM|Imidr mia rmK4o Mmvc'í0 cb líder ' ' ' " ' l '"
No decorm do movinwnto doo Humw, Goukrl dc Mb m CAmm Jim lhpimckw, 1bm'mdo Nwm.
do8upnm' lnlmul lbkmj. mm dtrkmu cµo 0
nhoua oew ministroo milimm ao deckmrque a inoubordimç4o , . dm
, mlkbddb pmw ymnur mw mqçmm o dkdlo &
QESP, 14Al%P
4. ¶mk · r~ «'mµm · ·tmm· ibm jçrrwmb NnaWtµ4 e RRMiom ~ W
im y RnckKm nm. pp m» pmw um rdolo eh mu~
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132 133
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Um incickmte adicional serviu como jumificativa final pm a demandava ujnA Ação imediata "para impedir a cAndo de cicwdb ' '
ooLicitação dc podem eme%enciailL Em UrnA enhm'ista para o COes que permitinem a repetição de fato8 que a HbtóM
Los Angeles 7imm. o governador da Gumwbam, Carlos Lacenclm nou" (Victor. 1965, p. 459). O disamo de GoulmN em 3 de ou-
"irtualmente pediu a intervenção nort~mericana na poÉtica in- tubro apeniu aju&va a alimmtar esm $u$Njta. Ele criticmm m
terna brasileira, nrgumcntando que os bladog Unidos não po- "forças oFmmmnlistm e reacionárias" que resMiam à8 reformm e
diam ignorar o que eslava acontecendo no Brmil, nem ficar indi- conspiravam contra o governo. Ao mesmo tempo, «melanto,
ferentes a resµ'ilo de quem estava govemmdo o país. Acusou advertiiL "como Chefe da Nação não rrmj|irci. por outro ^
Goulart de Mlr um mudilho, "uma versão comunista de Iun tota- que o sectnrhmo dc minorias inconseqiic"1"'· :" visão emuí &
litário à moda Mmnerkana", e. finalmente, provocou os milita- perspectiva da rralidade nacional, busque c,1n lizar justos pincm"
m insinuando que Goulart ainda continimva no pod« porrjue tos populam para lora dos caminhog da renovação padEbMb
·1es h!ilavam se NcTÍa "melhor tutelá-lo, patrüdná-b. pOjo sob assim fornecendo argumentos e pretextem ao6 próprios agmW
controle até o fim de Beú mandato ou dliµ-lo imediatamente" da ~0" (Caslelb Branco, 1975, T' tomo. p. 230).
(citado em Victor, 1965, p. 456). Em 4 de outubro, Goulart enviou ao Congnmo um pedido
O ataque da direita forneceu a Goulm um pMexlo para formal de apruvaçao dm medidas de estado de sítio. A mmm"
apoiar a imistCnch de Deus ministros em dc'cmnr estado de emer- gem presidencinl foi ncompanhada por umn justificativa dos ml-
gêrria, sem tue deôincompatibilizar com Betw Miadoo de esquerda, nistro$ militam alegando que a segurança do pab estava amea·
em particular o movimento úndkaL Ch mínimos militam; reagi- çada pela mdicalimçao dm po'içõe' poUticm. De acordo com m
ram ao aWjue de Lacerda com urna enérgica nota ~riminatória, ministros militmes, a radicalização nr'cnidcmceu no mommto «n
na qual comidemvam sutis declaram uma provocação insul- que greva polflkm lomaramm pretexto pira n conspiração po"
tuosa ao governo comlilucional com o objetivo de criar agitação e lítica. Os minimm Mimavam que essa BjhUlç.jo tinha e6eim
daordem (Victor, 1%5, pp. 456-7). Essa nota metrem o aplauso negativos sobm a dhciplina indi$rnuv¢'| ,\ sobrv·vivèrcia dm
entusiástico do cc:"r, mas a organiz»çao hndkal pruclamou sua Forças ^jrmada8 (Mensagem ao Cbngrw^o, 4 |0 1963).
oposição a urra eventual adoção. pelo governo, de poderes cx. A oMçao ao fxxíido do governo Íoj forte e ampb Cada
traondiMrios, que' pudessem ser utilizado6 pm mprimir o "mo- grupo Be vin como o nlvo dos podem' enmgcnciiíis e, por Woo
vimmto sindical e as lulas democráticm progrvsNi$ta8 de nosso K!cüsava o seu apoio à medida. Os grupoB d" "pds içao concordn·
povo" (Costa, 1981, pp. 129-30). Para Goulart, os podem de varri que a Bjhwçào exigia medidas rrj'R'B$jva9, nujs que o go"
emergência certamente 6cnÍam um imtrumcnto para reprimir a verno já âpunha de instrumentos nece$s.ino$ para tal, se tivme
cTcKEnte opohçjo de dint'ita ao governo. Mm. para os militarem, realmente a inlençlio do uü-losi. Não estavam dhposto6 a conce-
a medida serviria também para mtaumr n disciplina dentro das
der podem excepcionnh ao governo
Fokm Amuidm e conter a agitação social. Goulm foi acusado de Também 0$ gruFK'$ de esquerda okr«m·rnm forte resistênch
pretender repetir o golpe de Va%a$ em 1937, que mtabdeoera a às medidas de emergência. "xpimmndo mb&im buas descanMnm
ditadura do Estado Novo? O pN$idmte da AmocLíçjo Comer- Cãs em rehçào th inlerKõés de Goulnrt Não auditavam qw
cial de São Paulo, em uma mensagmn dirigida à Câmara dos Goulart fcme capaz de evitar a aplicação dno medidas ...,0 . k'l K
Deputade e ao Senado. lembrava o 10 de novembro de 19137, e aos sindicatos e outira9 organizações dc cNquerdn.' As tmtathmõ

S á BewnÍMD,
de Beú
umd~lnK)
db«~cntkmndo u pkjv'k("y
no qual Mverha acm mdkmb, C:ouhn gur
lidem oKdtmb ~em gmm 7&
+
(mm o apoio dcm mümm. cm ^%rãlisW e o
wm ditmum gir dumu nOto Mm ~m Iojemdm Ur. 15.9,1%í3p

134 135
, .
e'
de Goukrt de convencer m lkkmnçm do CGT de que bio Mo Fomm, entAo, rctomacbo ao ne8ocbm po~ 0'
ocormb (oram inüleh (Cook, 1%1, p. 130). Goulnn prometou mentam a mpdln doo rvlomm agrârb. EntMnnlo, m húdô do
ado grupem de mquenb que o doemo do eolndo de Mo oeM dezembro, nenhum progwmo hnvín Ulo feito nm convmwM
executado por elo mmmo, e Mo peloo militam (Cmtello Bmnco, entllv Goulm e o PSI), c Mo Ne hnvW chegado a um ~0 oolm
1973, 2' tomo, p. 86). Contudo, mmmo que m grupem olndkMo e qudkjuer medkb concrvtm Por um bdo, Gouhrt rvcwmmm o m
de elKiuer'a coníbmem em Goukrt ebn Mo pocLkm dolmr de ofervcer apoio explkilo e dc|initívo tb caMl&tum de
duviW cía mpnckbde do prmklente de conuohr m müít. u como queN o PSD. Por outro bdo, o psd Mvia voltAdoumm
Unhmn expehêncW de 0ua0 menim rmçõeo 40 gruveo. dua podçâo nnterior de aceitar a índenimçâo de terrm dmm
Findmenle, o írncamo de Goulm em oímt o apojo de oeu pNdm com lltulm cln dlvkb pública, devido à cmomk opad·
próprio partido tomou imµmfve1 a apro'mçAo do pedido no CIlo mlw mom do pm1klo, prlnclpdmcnte cm grupem & mgwo
CorW~o. HÔ0 diaó npôo dua Apmqmlaç4o ao CongNMo, o p0· central do Fmb. KubiwcN'k, rmpondendo à}6 bum bam noom
dldo foi Mmdo, Goubrt alegou que m novm chrunMAnclm ívµo, negou. Wmbôm, rumom de que hAvh dAdo dou Apdo Ó
Mvhm lormdo deoswcmMrk 41 medida Na memagem envk& rdorrm comtitucioruól, r declmou eiMMkamente que "Mo W
·0 Congmoo, Mimwm que a anAlbe Íkb pelem minhtrm d~propnAr uma pK'b¶µdA de terra produtiva em lodo orw'.
militnm mcmlmva que a ohmçâo Nvk mu&do. A now doo Em mpom, C.oubrl docbuou que Mo irin ApoWr a cnn tum
minhtroo, mtrvlmMo, Mo apmenWv4 nenhum juMifk"Miva a de Kubitochek (Cmldb ljrmíco, 1975, g tomo, p. 121).
mpdto dema muclcuk'a. Ao conlMho, a mzao que cjé¶1 o6mm·km Além çjo0 conMoo Mnlivoo A monalmçâo eh Mlmm ehb
pm a &dmên& cía medida, que níndn julgnvam neumMM, Dm n toml entw o PSD e o 1"113, a opodçâo a Goulart em cmcenlü
op~o que eh Nwk mcunlmdo e n intuAo que muitoo grupoo dentxo do PSD. Sob a lk|emnçA do pmidmte do Senado, Auro do "
vkm por txm do pedkdo, ou ·*b de que eh mu ulíúmdo como Moura Andmde, um membro do PSI), 1rúciou~ um movhmnto
ukm "anm cmm o pk)vo" ( ii ) ,, .. ao Congvmo, 7.10.1CJ63). no Congrmoo pm 4 convacâçâo de ambão m Cmm L0810lAthm "
dunmle o mvmo pMnmentnr. Eme movimento k k} á N l um
voto de d~onfiAnça no Ex«'ulivo, u que linhA o ol*~ a " ,
TENTATIVA DE RECONSTRUIR O CENTRO promowr umn "vigMncb clvlm" pnm miotir a pomfvdo 1entnd·
vm de golpe po' pmIc do prvddente. Tendo em vim moi dlvb
Depoh cía dcmm do µdido de eômdo de Mo, GOLLÍAR Ui), o Dindódo Ncdond do ND Adolou um pcmtum bdF
teMoIL mAjg uma v«l m'onMituir um Imo polflbm centrima de pendente em wbOo ao Executivo. F~ µurciA mt a únbm IMMÍM
apob ao Déu governo Com eme movimmlo, de abandonou m pek qud o pmldo poderü rrwnler dgunw imidnde mim ~
gmpoo dc aqunda e empunuum µm 4 opoúçao. O prüneho várioo gmpcm. Thnto a cobMmçAo próxima como o romphmMo
Knema nova mucl4lnç^ cvntrbW foi a mproxinmçAo com o com o govemo 1Nm provocar ~8 dbõcmdKm dentro do F5D,¶ '
abch em unw N'ntmlvn de tonwr Yodvel um acordo oobrv Convvmddo de que Mo '°onwguirin obter o apo|o do m . j
A «nm& eh NÍurnw ngríhü. O PSD 1am&m Unda «lnva 1nto· pm a rdomn conMucionnl Goukrl vo|lou·ge de novo m "
modo ne00A pcmibili&de, pnjue havia a expec'lmiva dentro oçu outro ponlvel alWdo polllko, 4 e«juerda No começo a
do putldo de que ncordoo concmtoo µdeooem oer McançMm, demnbro, ~bdeceu o dWlogo com Brizola (OESP, 4.1Llm
com ~ a foddocvr a mndi&tum do Kubitodwk EiCe vb o Nnuek momento, a qumtAo & Morm minimrW m« 00
a ~ç4 PTB·F5J como um pmdo dechivo
m ~· tm djj·tivo.
7. Um anááínn «kUHucb 4a dôvôuo dmlm do ND c PurHWN'"
(IQRM.

136 137
tormdo o prbwlpd Item d4 ngendn Fx)ll|jca.' Mmvco dA Fmnlc cenm. Fido conlrAM, dedcriu um golpo Mncln mah km ino
de MobüLmçâo lbpukr (FMI'). a (mque1rdn ínkiou uma inlenm PSD, ao tomnr público o rmcunho de um decruto — que fHNI
cmnpmiFw a fim de prvmiomr o governo pmu nomeur um minh. conhecido como o [kcmo SUPRA. O doemo rvguhmmtmm a
Mo nmiombm. A pdncipal dcnuuub em a nomeação de lhi. d~propriAçAo de lerrm locdimdm dentro de um mb <k W
zob como minlmro eh l'nmndA (/8, 13,12.1963; OESP, 2.12.1%3). quüômetm ii rmWm cIc' rodovim fedemio, ferrovjA0, barmgm
Entmmto, ao memno tempo que mpondk b exigêncüo da cd-
e pn*tm de ÍMpçAo e dwmgem." C) Decmo SUPRA N^ a
querdn, Goulm lmmva ~umr o ¶xjio do FSD e manter dou
primdm de umA útrie dc medkbo a mrm tnolltd6 por Gou·
mvolvürmto m compcdçüo do mindmcdo. Em convv~õm com
lm em mhçAo A rdorrm ngnAria
o pmkkmedo PSD, Amnml 1F¥lx«o, Gouhn ~Rou a F~ibil1-
cInde dü um míniMôrlo do owquerdn, q expnmou mw jnl~lo de
Deode o começo de dezembro de 1963, Goubut havk anum
mdhomr a coopornçào enhr o PSD e o 1"113 pam fomkcer wu
cindo umn pollllm núÚB õlgrvmiva do Executivo em rvbç4o â
Morma ngMN. Havw exprmmdo oua tntmAo de ntingk dum·
gov«no e pNNmr a MKmuo pnmidencbl (Al 13 e 14.12.1%3;
OESP, 7 e 14.12.1963; CmMello Branco, 19!75, 7 tomo, p. 148). nmte 00 jntom0oô do PSD. prtido ao qunl mribuk a mponu·
Goukut íruMrou completamente 00 mquerdhtm no nomear bü1&de polo Ímca~ da emenda conMitucíond pam a rdonm
Nd Gàlvâo µra o caOo prutendido por ljrizoh. A nommçAo ANrin. O mínimo dn Agricultum, Chvaldo Ilma Filho, mmW
Oomdn de ljrizoh CoI porreHdn pek mueKIA como unw ma- mmbCm, quo n Mlvklnde do d~propnnçno m'tía concmtmdn
nobra xralLmdn Nr Gouhn µm ob¢er o rmjummnento dm rub. nm nmrgem dão mdorm mlmdm nncionnk. IR acordo com QJOb
çõeo entru o Bmnü e m bWdm Unidoo. Ch mom de mqumb a mMoM dmmo 1citm perutmU a pm~o ljjpdm ao PSD. cuµl
Merhm-oe a ium noca de canm enhv l.yndon Johmon e Goulm1 influênch poHlkn multnm em Wvkm nao «jIm deomo eumdm
oobrv a oocolhn do minlmm dn Fazendn, Su¶jdl4vnm que Gou- de formn a lwndjdnr dum propricdmhm (OESP, 8.12.1968).
krl houvemo aput|ad mmobrado com 4 pcmibiú&de da nômea- O Dccmo SUPRA em parte de utm nova o(emlvn do ~
COO de Briirob com o obkuvo de Akmrar um ncordo com John· culivo m poUllm &mrin. Ema ofmÚvA dc Mmva em m«lklm
Don Ub, 24.12.1963; oesp, 24.12.)963; Cmleúo ljmnco, 1975, voL que iMO exigkm ação k'ghbtiva pnm nerum impknmtMh&
2. p. 156)." Convencidn do que Gouhn pwlmdk dmpívmr ap Da& a hnpcmibüldMe de Bé atingir um comemo oobm m mu·
~õc0 por unui miúor pmkipaçào cln mquerdn no governo, a dmçm comtiluclonnb ncx'mürim à rdonm ngrtírM, o governo
Fmnte de MobüimçAo Popular optou por unm oµmçáo Bjô|em4· introduziu o [kcmto SUPRA no delme poUlico como um advm"
th» e cmcvnternc'nte 48jrUMiv4 ao gowmo como um todo e ao têtEk 4w pmNidm, mrcWlmenle o PSI). O governo declmuu
pmbdente em pmkmbr (Cmtello Branco, 1975, u tomo, p. ISS). ·w time inlrnçâo de impkmentm o Decmo Ub, 22.12.1963).
ÉnlMAMo. Apckar de ter fruumdo m mpemnçm da m· F'hrvce, enlMnnto, que Goulart n·convu no Decmo SUPRA ímb
q^ Goubrt Mo w moveu em dimçAo a dkdoo de como umn (ormn de prv'mionnr o PSI) e de conduzir um Wte
findl em rebçâo Ao po·úbilidad« de obter o npoio do partklo
& ="bu P~µhmnkmmanmde(b¶mW~do MhbMo& pm a comtituciond Ub, 19,12.1963)." f Npaooe ó
q Mwo ANNt chrümu lmnlFm qtw LKKT)ln cb«hn o t'm&nuulw nnrw
no Bmll, E ,Mvw bilonMdo mqµwcmw chm lblmhm Lhúckm quo ia A SUI'M - !;uNM|mulmck de Rdorm NMm - (oí unw 4~ «Wh "' :
I q , , ,1 limo 'm ¶x'nm um MhNç4 µm inllmkbro C"o¶~o e. om 196? patu cvMmlúm q} rknckmenlo o a impkmmlKK 4 poMa
P W o NI). 1kmm&mm Andm, «mm (àmkn hwk dc Imo n. = · U6qk) 0 lmrmnlr lrmtmr qu· · lmp
, . b Nmrwr oeucuNMo mm Mo mb «~uv4 m
k µ y k IN =m
'1nom6l ' ' ' ' Mmrw · m co¢Wmo (MrMr. 1979. r '·' '· ' " ' " " Wwm¶(üvr1 0em um cmmb W '
o p¶µnwnlo dm le~ ckmpmprWW com tnukm cIA d~ "

138 139
N

4~ pdo (Mo de que eh adiou 1nddW&menlo a múnmum Em um edoW pmklo µm conclbr m


do DocMoú Im1 q do PSD. o deputado Vjclm de Mdjo, um
A rmdo do PSD ao fd .,,, , ,, . , hcmtiL O ~ prog~hw, "agmo iva". do PSD, «mduidu um mtudo «
tklo npudbu ocuno lomwdo pdb Bowmoe~derou o Dermo punha mudmçm no lkrmo. vbMKÍo H 'l ,1, , , um mdo'
tum hidmiva "imoml". ^p~ çü00o, m utm muUo oconi& Nbçao Am pontok que provocavam mMom " l ' " ~;
pm emmlmr a quaao. o putklo Ncwou« a ocdtar a pnopaA" do PSD. [JhtmM forma, aprmentou umA propo¶m curdüMNívC
de ruptum «mo gmmmo (OESP, 19.1ZM& /B,19.1Z1963). Seguindo m pooiçtkm do ND ól µopoMn de Meljo '
Eram m Negulntm 40 prbcipab ol*çõe0 que a lbdemnça do d~proprinçao m proprkdõdm locdimcW dentro doo
PSD tinM para com o Decrrlo SUPRA Primeiro, argumenumõ urbanm e m árum culllvml,w F^l4llwkx'ln lmnbêm quo 00 ~
que o Decmto viobwa a kghhçjo cormnlo oobrv m dmnpmpriti- mento8 dm jndenimçc3m dm tcruw dempmprln&o, bem como. '
çõeo de termo por ulilidnde públk·n ou Ínl«vw0 oocid. Segundo, de neuo melhormnen|oN pmdulivcm, lorlmn que mr
de acordo com da lidem do PSD, o Docmlo rvveÍAvA a lntençAo dmtro de dolo nnm, ou m proprkdmlm Mormrhm a ~
do pmldente de mar a qumWo cía Monm a8mm pam fino de prktArie mlc'rionm (OESP, 27,12.19dk'j). Ao contMrio a '
vingmçn e pe'meguiç4o polllkâ. Flrudmmto, o PSD conukmv4 do PSD, mtrvtanlo, mia propo·tn nwnllnM a (ôrm4
que o Doemo tmúivA de íomw írmponúvd o pmbkrm a de d~propriaçao. O ND rvcwou emm nwchjz porque oja nki'.
demproprbç4o. u que Mo Mpecuk4v4 m proprhxLndm a wrvm npecüicava mlccipa&menle, de acordo com um plmo ~U '
d~pmprbdm nem Aprvmenlwv4 um pkno µm o apmvdm· 1citm a oerrm d~propriadm. ti princlpd l ·. puf , h & Ud0·
mmto da terra d~pmprimh (18, 19.12.1%3). Fmc último â0· ~a do PSD era com 00 ddtoo quo d~propnAm ~NuuF '
pedo foi a mzAo prh'ipd & opoúç4o do pmido m) DrcMo. dm pmvocarWn Bobn 00 pkvçob &0 pmpdedmko rumb q A
De Imo, o governo Mmitiu que o prlmeho mboço do De· corweqüenk meão do mor rumiá medkb (OESP, 29.1Z1%3).
creto SUPRA bcluúi medklm incomtlmdomh. ^ panlr dan wn Por outro bdo, o governo nwnteve unw petum de ~ ."
çòc16 e dm mhmn(!nclm do PSD, e lemmdo quo n UDN comido. rençn em rvlnçAo a «moam doh jxmIcN. Primeímmmte. o wvulm '"
moê incomlitucbnal o Lhcmlo como um todo, Goulm ordenou queN mmter a pooÚbuk|M|e cIo d~rn'rn«jo do toda u + "
umn rvviúo do primeiro mboço)' O pmidente, no mlnnlo, do· m8 bcnúmdm An margem de eolmdm Íederab, eolmdm do hm .
clarou que emn m'ido Mo duvia ner cncmndn como um nato e nçudew. Nilo MvÍtAVA umn dm prlnclpnlw exlyôndm do FSD, mu"
m intenção do governo de executar o pkno, mm que, An|u0, Ncjã. um pRino ânud de deM4'roprhkCk'8. Em wgundo lugnr0 Mo "
derivwa & mceui&do do ajuMcír o doemo ao íimbouço kwil. nceitavn a miúdo do mio dc dez qdlônwlrow propooto no m' '
AJndn mim, era uvkknle a lncúmçjo do governo em aboorwr jolo inkid Ub, 29.12.1963, oesp, 29.12.1%3). l
m cnticm kvanWdm pelo PSD. bte último, por dua vez. Mo Foi, pormnto, num contexto ck· crmcente homükbdo mim 0
Mvh dmcartado a pomibiúcbde de negochr mudmçao no De- governo o o PSD, por um belo, q enlw o gowmo e a mlmd&/
a«o(j8,21 e22.)2.1963)." por outro, que BuNu n idck de fomuiçAo de ium codlUo dú
cenlromuenb mm aNklr " governo.
lZ H com K4o Nmm Nm & SUPRA. dÓvr~
~oWMo µm n rmkkmrM0wMr, mm 0w mm4 em

a I k , =Goulm
m rimb Mpom 1emµf
Nmwuu um(1977.
' F 112).
mn~ fW Whúr
' = Rr1xjm^ At·üMo )umn& mkütm & JMüç&e
+PLhND~ == &5ui¥a (Ia, 22JZ¶Wl).
d mmdmnb«o Mor n'pr~nwm ommhnmm pm &
1LC , , , W L, )~HwHu Nmmvmnmwcüm Nmml M «mvem ôcjwÍA
cm Morm em um
¶1MN ikwmmcnlm
(Anjum ir apm«u a
MMrjNvÍMNhC:« do
V,Rb&
m I I N ' Jmh~mu¢r~hmm hm Muµ~ µqn'
,

140 141
CAPtTULO5 t

ÚLTIMATENTATIVA:
A FRENTE PROGRE5SISFA
E"
µ_
, , +—
b-* :

ORIGEM E OBjETIVOS

^ Fnmw PrugtvmhM de ^poio ibô Reíormm de Bme fd


(ormndn Nr iniciativa de Sm 1bgo Dmtm, que Memva um
gmpo de poUticoo modemdoo do m e de outm partidoó. O
próprio San TWgo IJinlm Nlizou eme grupo de "mquenb pod·
liva". O principl ohjel Ivo dn l'nmte Progmdma em impedir o
cmconto movhncmlo compimtôdo cIo díndia conlm o govomo, A
klôb do mgruµu um jomo do gowmo ao (orem do centro (un·
dnvn·w em dum razõcN. Por um lado, o apoio denm (ONâ6 aju·
dnrk o governo a mijm'mv c) hobrvwnto políllco que, d«de a
dermui do mMbekchnento do «mlmlo de oHio, eMAvA ameaçmdo
cndn vez mah a mia carack|mh9 pom dmempcmhm dum (unçõo&
Por oulm hdo, Nervh'h Nm rvvcnor a wcaLuhi ck mdicdimçâo
do pro«mo polllko, diminuindo ômhn a pmhibükbde de ôu·
do um go1µ' de dhvila.'
N prbdp'b jm"mp'ç^ que pmvocamm 4 ~
hvnlo do mmro-nquvN|^ õôpuvrvm em um documento
por [Mnlm em nmmmbru & 1963, dirigido a um eh oew cohbomm

l. Hmmvhw mm Mmdho Mõon|um Momm (MU) e kNôc;n|Vm (ml W '


rmmdMn4 Hm rruh'uuho(mk~e 4mWm de 0( , , , .n*
mm mmmmw q Kmtnkao ah F . , . ,, ·- i-
~

143
dorv&' documento, Dm'iim kkntukm·A um prucruo do O prqçmma eh Frvnlc 1mewva« prtnclpioo e ckcti
mdknlhmçâo pollhm d«onvnte do enhv as formo luava a mmúdade de dc crkmm condjm Nm quo a alknça
pmmgi$ta8 ck centro e de muenlA. Ek pmvia que me ~ fome conmitukb Bobrr ponte» prograrMtkoo. Iodo dgMtk'ava
condo "mquenuirh" u noo µinwhm de 1964. Segundo Dm.' que. pm hclljlnr o acordo entro 00 vAriem grupoo, dmmdam oor
Lm, a exhtCncía de um núcleo cIe nquer'da ativo, "com oNt|voa excluklm dm d|gcuBB(jcB m queMeo ideoló8|cm o m negocbm
de agimçào" q %mµnhndo m quebm & Comituiçào e na hm nobm nômeo e µ'monnli&dm pra pruenc'hur cayow m lmlrwnte
NnWçâo de um ntgime de Imo", eolnv4 pmvocmdo a aproxima· muámçn mlnhlerkl.'
CAó de düemnlm corrvnlm diMlhlm em tomo de um movi- Outro olyeto de prvocupaçâo na orgmimçAo & Flrmloem n
mmto unÍMdo. 1brnAvA·0Q, portmlo, mkmm4Ho coordenar todm. conoolkbçAo dm ccmdk'õcm pra efetivação dm rdormm por
m í~ de é¶uonM — "dm trabdhbtm 40 Partido ComunhW" indo de mCtodm democrâtkm. A adveMnch, wnto pmu a di·
_ pm ÍMj0cAr 00 wgulntm o|*mvo0 comuno: rdla como pum a mque«iL conti& no dccummto origínd &
I'rvnte, dmolmm cm prvocupNdo: "A primeim pmocuµçAo dN
l. Fbnmçao do um (rvnlo popubr, Nwnlo ampk µm 4bdW
Nunte CoMÍMc m lutn intramigente em dd~ dm UbedMeo
donwnlos prognmjmm cíob pmjdm de contro, 0 nwulumdj fun·
dmnonWmenlo com o gremo do m, o Govenmdor de Nrmm·
públknn e contra qunkquer ÍOKM que ~m 1nlerromµr o
buco, m C'omndm Slndlcah "Mo conW4doN pelo mmquhmo" procomo democMtko Nm imlShúr formo ultmµmndm do
DO pc; poder pmod ou 1mµdir que Dê efetivem m Mormo do lime".
Z HANlçâo dm +úvo0 MtruôlkkD0 dMM (nmw, que muim a O primipd o|*tivo eh Frvnte foi moim ddhido:
pmormç3o do pkk oWlmM comuimcmL o wpúdbo ao
pIpo 0 a wbvmuo, a «mdrnmM de modkln como nudo do Am0Wm 'p'm prlunonw 0 populm 4 um progrmm. quo
mo e kchmnmlo do conµvm a luta conue o tmponAbmo. 4 ebmnp «mndn A Comúlubçibo. kb ordlnAdm 0 Moo âii comµ"
do dlmto 40 povo. 4 pMnubnçh 0 Mimmtmçao da po· OMa ~ÍuMv4 do Nxkr Execuuvo, dmmdoo 4 Fmuttr que w
huca ^wTm ~pqmd0nw, : rumi, 4 hm pola» m pmm~n no rw rcukammw, Mro+ a ·XfNMb4O 0 «mdlk·
brmm do bme prrmmndo cmwo do concükçAo cAp4,m de von CIlo do procmoo domocutko, 0 quobra do conunuldade do
cvr a dghkz d4 Comútubçao, dc.; Nowrm comt$tudoml, u mformm de Mh caµm de condW o
3. Ddínlç4o de objMivoo 1Atkm: a) eklçAo do um M~ da CA· ~nvo|vlmonto «oMmko, a omnciµN do paIo e a mdNiM
mma l...] conha l. l o lmµwhmm1 e o kcMmmo do Conµvmo; doÚva do nível do vida d4gcl~ô popuhm.'
b) rrpüdk» a cmdldmumo mcbmrlm ou comenmdom; C) CN·
Cão de um grupo polllko coordemdm eh hvnw Npúlm dmtb
mdo 4 rmn0« 4 unklmb dn (orçm & m~.' PROGRAMA DA FRENTE PROGRESSISTA

A F'rmte Pm6r~jw pmcumva apmcnW eme «mjunto de


mecüdm como um progmm mínimo, kmrpomndo apenm nqu"'
Z &n7bp LMntm,"Nmm wnlk. |mnkh)gmMN[m6denovmnbmcklW
MquivoklW
mmo nu p «'m
pwµj' (kmm. Anjum
o(+Ivu de Noakml.
kúckrumRbo & JAMNn'um
«mmm'jk' bioMikud
dcxm.
L Kmm pmloo (omm mµ»tcm m lmmduçao eh dcm'umeNo lnilmMn "lkwm
N~, o jpvmwkw eh IWwnhwu, a mµNo Já brmMo dum (rme do rm a lKímwMo eh nim 1'«·nAe Popdm ou PmgrmobW, Xi ah &mmbm ck
çmm<Wkm&. |lmnd|Mp kmcm ~ ârummo a Hcdk,mk mxnwuu m (Anpim Nn 1Wp lkuum. Nt|uívo Nm·km1, N) de kndm.)
& ==. ""'m~ "Nimrm~µm o ¢hg
t». |^~ BmmW". b
Qtrumbwom de Nwemtm
Nmar4 Nsk ck g [kKm~o00mq|lubdbmhlldo m» lidem â» µnkkm plnkm eqiw,com
Wunm All~mb mmnu« o pr%mm dWulpdo µü knpmem Dm levo-
1W NquivoNn Tkjp. ólnµlvu Nockmíú Kbch kmm mm & 1964 (Arqudmkm Wp tknlm, Arquhm N^mÀL kb & krwboP

144 145
km o*livog sobn' os quak «rW pcmlvd um comemo geral
titulo do "Polllkm Gemi do Gowmo", em dídgido à ôihúKAo
Mn, de fato, o progranw exigia mudmçm libo Amphg nvn pdlli·
polhka o Plo<conômka knecÍjMA. M medldm ocuµvam·w
cm govermnwnmh, bem como mucbmçm eolrutumh, que um mp«9kummW dm qumtõem do abmledmento do Mhnontw q
mhlanchlmenlo idènlko A µuta de reformm Aprmen|õBda no cW pobllkm íinmcdm, commrWl e de cxpoMçAo.
inkio & adminbtWüo de Couhrt O progmm rudimuwn o Ennv m rdormm, a MçMTÍA r«vbeu a maior hdme. O pro·
comprom«imento do governo com m Monnm e Npmentôw4 o gmrm da Prume ímimk na necm»idade de mu~ CÍA Comü-
m jximdro edono abnmgmk q Úmúnútko pm mkubr m cínn· tukAo pma r'mútir a ~pmprlaçao oem pW~nto pNdo cm
mmbs rdormm de lme. AJgumm dm m«lklm contklm 1moc,w,um dkiheho. Mm, ad mummo |ÜmpKL pmpiuúw urm ruvWo do de·
oupemr a pimbk mukmle do 1mp~ enhv o governo e 00 put1· cmo 9UPM quo o wrrw~ ~b «'duhml pdm comermdom.
doo«n n'Liçiioa çn&m rdmnaa Sendo eme um doo pdndph o|*m· buibekU que um program anual mpecükaM m ârvm oekdo·
voo da PNnle, o µogr.um imbb um ampb conjumo de medklw 4 mdm pra d~propmçjo. Nem dimo, excluh de dempropria·
oemn impkTrmubdm pdo Executivo m Antu dm rdormm. caó m jwquenm propriedmbn e m Armo ad«jw&mmte cu!üva· '
A prüMra vrruo do pmgranw prupuado por DanW c0· dm, Fm4n úllirvuòw medklm mpcmdWm X prirdNh o|*çõq$ do
m«ou w cimdar enlrv m pm1ide e oulrm grupoo Núfkm no PSD ao doemo O documento ~iUÚW também o apoio à orBA·
ínScio de jmwiro de 1%4.' Embora tóvmwm oido aprmenlMm nlmç4o nindk'd em Árvm rumio e a ímpkmenwçAo de medklm
õugem&m oobw o mboço origlnd durante dívcnm rvunúkw mim dmSvm para moa m'rkmçAo Em mbçdo A quml4o agMrin. o pro·
Danw e ¢1 lidenuWi dc» vArie pmklm e gmm polltkm. cyw gmnm rrkN-w abdn a um Qrk de mecüdm que poderiam oer
nm o Partido Comuninm Apmenlou BugmtòeN lomiah e nidrrM· do«vWdao modhnlo kgkbçjo oMhvbrin. ddxmdom. poMn,
lkm? A verMo (iml do progmrm, 1ibem& pm a hnprwm no índdlnkho. NhTMvA, entnunto, que memno nquelm modidaò
búdo de Íevm'iro, irKorporou muilm &~ Rugm|w.' ?ue Mo depen&mem de mudnnçm conMudomb poderiam
A primeira vendo do prugmnm Bubmelidil noo µu1idoo 0 wprmenlnr o conwço do um procmoo do tmmfommçAo eh n·
oulxm 8ruFK)B pdllicon conllnhn dolo conjuntoo de m«lidm.' O Nutum ngrârln do pab". O Partido ComunhW, em dum ol»ervci·
primeiro propunha Mgunm medkhw mpocdkm mbtivm 40 m· çõMb chnmou Menção pnru n n«mMjdMk de mpoeükar m medb
formão A8rúri40, lwncArici, unlvmlMrin, ndmlnimrmivn e polllka dm a o«um tomndm po' IqS~o ordlnAriú' F4ndmenle, o
ddendidm pelo governo. C) negundo conjunto de medidno, wob o progmn» clii Fmnto pmpunnn a rngulnmentmAo do ArwncÍn·
mmlo rurd q do oMabckchnento do dhdto de runovaçno com·
(k Pmpmww",
boo dncummfo, pubórln do mvndmnenlo,
cmínti¢uhub
&1mb do "1k~ m 4 Ibnmçao
26 Àkwmbm && um
19&¶ l'mNe lbpukr
(Anµ1vo cm
Nim Nyp
,Móm dm m«lklm rubtivm à rdomm agrárin, o documunlo
Dm01ow, Anµlvo Nmlmd, Rb & mm. propunha aµnno µiutm germo oobru cací4 uma dm oulnw Mor.
7. ÉMNvblm com Archer (WN, IQR6), Armml Mmno (m), e Thmrm ('nvNo
(M6). C) &cumcnlo pn'p'mdo Fb IbnkSo ComwNMa (0( mvkch a IMMM
mm. NopunM que o dmema empmarhl fome mmruturaclo
«m um c4mq & Nmm, o kcnMM rml do k, «Imo um mmdbukm µm que permitlno umn rrtkjpaçao cmcento doo 1mbalhado·
µm mmrlKm emcuna Wmnmwcvm um rdkb do quo hme m. O eoboço de Dmmo mmbem w mferb â Morma admlnimra.
ium ctjµ Acàmkn (^mtúvos4n1u4p tm~ ^mlm Nackml Kmk k. Uva pmpoMA por ^m0¶m| Pdxo|o:j'mjdenle Nickmj do f'SO;"
Mm). nmtmmmmbr, eme dncummo KN mkmb m mNaum cwnwm
¢mnomKb4 µ·Kaodrw cbK (n~ &~, mo &µndmck NA). Mm o PC ougMu quo m artlgoo mmnw b Mormm lxmcAN b,
& Km o como compklo, ver (M, &Zl964.
9. "~ µm · FbrrmOo de wm N~ Pbpuk'ou RmE=r. 2Yb & cb
mNm dc 19tíj (Anjum W 1Wo ~vd L Kbo ck J4· lã "A NNµmhw( 'umun~r (M|WvoSún nqµrm~. Nycdvo Nm·hma1. Rb
MK)P M NkDrrW 0 prtk do Wm kMO NWvm a eme &cummo. e & Kmid). Thrmn N~ Kumu MjQ&Wmímk 1QbL
"mm W h4' 'M"m n. ^vMmj Mmo m o Mlnbçm 1MtwmNmo mm e Rdcnm ^dmmômmnvA
e u (WÚM rWlnmb um pUm de Nksnm

146 147
«npnmnd c adminhtmtiva fcmem toullmenle rvvbcdos. Qumto temümçlbo 0 eh nlk)jntervmjo, e a pm1!fkn mim
A ndonm pohtica o documento prup'uúw qumm modklm: am· 00 blocoo do lmle e do Ocidente.
plkçâo do direito de voto adô 4nAunbete c ac» pmçm de pró; a boa jMnwím verMo do pmgimrm a Pmnte Mo do Merk A
elegibilidado µm mrgoo públkm µm tocho m p~om com poHtim mlnNL Em omi0 commMrioo oobm o proymm o Pm"
direito n voto; 4 dimimçAo dm |hnjlnça0 ad penonam derivadm lido Comunim propòo que ema quemâo foooe ínclukh q ougeriu
d4 ui da Sogumnçn; e n livm oqpnimçAo de pmidoo polflicoo, dum mxúdm eopucdk'm: o rmjusle µriódko do mlAHoo de acordo
lnclmive o Pnrtido C'onuinhm. O K' ougeriu que a Lei de Segu- com a lnfhçAo e o mmbekcimmto do wMo prafbúomL Como
mnçA e o Dermo n' 9.070, que mgubmenwva m grmm. tomem , e00M ougmtòm foram inoorpomdm na vemAo RmL
rUvo8Ádog." PrururlkL uunbcm, mulAmentAr a p'opqµ"d" p"" Em 5 de (everriro, cl verUo final do progmrm foi kva& a
lítica Nm que w elimtrume a corrupçAo ekiloml. públko. O documento divuKAdo pcja impmma em aprmenmdo
Enuv m pidFk~ tvbtivm Ab poUtkm gemb de governo, como um progrmm envWdo pelo pmidcnle Goulart. m ínho-
duçAo rdldb ium lenlntiva de abmnger 0 ·mpb fMm de jµupo'
WtAcAmo$ m wguintm:
l. na 4rva fimncdm o documento propunha conter a inM· a que 00 dntlnava. Mimava:
cão q o dC(1cit público, melhorar o oblonw lribuMrio, lmndorir
A Pwnlo Mo tom o propõúto do Mmorvor, oupomr ou oMmquecor
pam o Banco do Brmü (l Nopon0ablljd4de pdo controle do cN· qmhquor pmidos ou amocáçõ0$, fwntn 0 grupoo, aipo mem·
dito q "m'gociar um NÍinmcümmlo 4 longo prazo (10 ou 20 Imo w achom neh lnlqpmdm ou Mo. lgudmonw Mo pMmdo
moo) dn divida bradkim"; dmcor um pmgmrm c'ompbmo ou pnonurlo do jpvorno rob
2. mb irra conwn'WL pmpu^ m oeguinlm medidâw a CM· yndó e wgiudo pbno ab Mvlndbc+g e provbd0ncko quo nok
çAo de monoµúo MtAlnj pnm controbr o cAmbio de mocdn e o mo ntoµm apõt4dm. A Frvnte ve lkniw 4 chnwar ao 40jMM·
comércio do café; 4 rúgulmnentnçao a kl, apmvD em 1%Z COm µra m qmb fd powvvl oIm buo ampü do aNo 0 qu"
podam 4Mhn wndo. convemme 4 cuno pmo. em mlkbde, db
mtringbdo a Urmrmoa de lucroo; e a dWcnükaçao comercial mmütndo 40 tpmChn tnlonm q cNMo condbçoeo para o m~
µm ntimuhr o inlm'Ambb comerrbíl com 00 pabm wochlhlm gdnwnlo de um obra wnovdora de govomo, m Miode &
e da América lminn; mocrmkm. (CM, b 2.1CjYA)
3, m Arva «hicnclonnl, propunhn n diminnçllo do nnnlhb+
thmo, a nfomm univemiMrin, com a Nr|jdNçAo deliva doo A lnhxxluçjo ao progmrm conchiLi com a Mlnnmiva do que 4
atudmeó na adminhlmçAo ebô univeni&W, e a exr~o dm Nmle wpnmmWva o cxmymmNmenlo mútuo de mw yup'tm com"
eocolm Kcuncltrim públkm; ponmtm e do Prmkknta' pami apuim e emuuu o progmmn comum
4. qiumlo â polllica dc abaMechnenlo interno, o programa kkmlmndo no dcrumcnlo então aµmmtmk' (CM 621964).
p«)~ "comlmer a corrupçAo e 4 intennedbçAo e (..J intr'o· A wruo find ctifrrúj úgndicmivamente & prüMm, uinto
duzir medklm e(elivm pma proteger h «onomk popukw", em· m dua (omw de aprmenWçâo como no conteúdo. Ao medklm
bom omilkoe m nwdidm coM·NLm a 0etvm impknwn|adag; propootm foram rmminjacW de mordo com m Ímtrumenlo0
5. na diva de polllka exlomci, propunhi a rmnulençAo a 1qµk prvviMon pma n mui impkmenwçâo: dbttnpdn pmµiotm
quo oxiglnm mudnnçm comliluciomk de propoolm que pode·
"poXtica exlemn independente", a delem do princípio da nulod+
mm ner hnpk'mcnuidm por meio eh kgbbçAo ordlnArln, Um
teirdro ccwYunlo ck m«lidm conünNí "Atoo do Rxocutivo". Qiwnlo
ii Enw decnmn era um NWlkrMmOo pmvbôm de ymve. dmvude Nm mm
m m~m¶up nwdkW muN» NMRQÍVM µm 1mµMir c mmmór MlvkjN ao conteúdo, o µogmnw ddinlúvo apmmtou com rmb âmm
Wpvvbw dlgumm m«ud~·mkm·

148 149
Entre as polftkm ii erem implementadm ntrnvêo dA plmejmnento nnunl para demproprinçAo de temi, já previsto na
forma da ConsliluiçAo, o programa distinguia as seguinteo: ' , primeirn vcrúío; 'A' versão final cxcluk n d~propriabçao de ,ÍlVã!b
extensão do dinMlo de volo aos analfabetos (não mencionava ocupadas rr pantaçõcs. pastagens e rewrva8 florestais. Excluk
praças de pré); 2. diruito de todos os eleitores regi»tTad@, WnbCm propriedades de tamanho médio, mm não especificava
exceção dos amlfabetoz de ímumir cargos eletivcm, ínchui exnmmentc o tamanho dessas propri«bcbn, que, conforme sm-
dkiiús milituus desde que ti deixado o ticrviço ativo; £ tentnvn o PC, deveriam ser apenam aquelm menores do que qui-
üdição da "vilalickdade dc cátedra" nas universidadím; e, fíhú; ~108 heclam."O documento não incorporou as seguintes su-
mente, 4. a nSormn do artigo 141, parágrafo 16, e do artigo 147 a gat+ do Partido Comunista' pnmermçAo de 30% dm terM9
Constituição. pua µ'rmitir 4 d~µopriação de terms no ínlem6ê ~propriMIA$ pira serem doadas; ampliação do prazo de paga"
·oci'í1 e o pagamento & indenização com tÍhljo6 da dtvicb Füblic& mento dn terra comprada por c0unroncgeE c desapropriação de
A ~0 ruhliva A6 pollticm a semn impkrm'ntadm por pr'op'i"dndm que não cumpri~m a kgbbçjo trabalhista. Por
meio de legislação ordinária incluía as seguintm medidas: l. + outro belo, n proposta incorpmu a Bugeblao de que a reforma
gociação do artigo da lei dc Bc8umnça nacional que n·mringk q A8Tárin deveria ter o objetivo de eliminar o lntifúndio e doar
registro dc prticlos polllico$ pcln jü6tiçã eleitoral"; 2. rrvoyiçX tenm nilo cxploradas.
do Decreto n' 907U, que regulamentava greves. e a aprov%Ao de ,Am Mormas urbana e univcmitáM também foram inclukW
nova legislação de greve; 3. estabelecimento de kghbçao reg4· mtrc 48 medidas a serem impkmentadm por meio de atos do
mmtando o anendamento rural, abolindo o sUtem de pmreria Executivo. A reforma tributária constava dm medidas que depen-
(meüw e leras) c de Imbalho Mo µígo; estabekcimcnto de teto8 diam dei k'ghlação ordinária. m rdormm administrativa e em·
pm71 renda derivada de aluguel mrat direito de renovação com- pmmrinl foram suprimidas." Com referência à Morma bancAria,
puhória do aluguel ruml quando todas as obri91çõe8 livcmcm Apmm umn única proposta pcnnnneccu. Ela se referia ao cem-
Udo cumprida' pelo locatário; 4. uma reforma progr~kta no tmk díi expuwilfo do crédito para impedir espxML ção financcim
ohtema tributário; a proCeçjo & pequena e média emprma e do e hvomm a produção e a comerdAlimçao de produtos básicos de
artesanato, e um rigor cnmcentc m pmição da umcgaçjo de consumo «tensivo. As medidas clnt«gN&B para a reforma urbann
impostos; 5. anistia para priaioneirus políticos; e, findmcntc. in· 1imitamm·w às inveslipções mbre an ncccsúdadcs de moradia
eluindo a sugcslão cIo Partido Comunista, 6. o ruajume periódico dm "ckw'cs ppuLim" c de pliúwµmcnto pim iilmd«a mís nccm-
e geral dos salárit». a+. Com mrgo à idormi unhvNl.íM, o progama fird dc"
A terceira e mais extcma parte do progmma. intituhda fcndiA a abOlição do sistema dc cMrdrm. · criação de institutos e a
"Am do Executivo", compreendia tanto as xdormm de Ime Futk~o dmcstudantes m admirúmçàio6 univenàda&a
qumto as ~didm já incluídu no programa original ¶ob o tllujo Com rulnçâo Íb3 outra3 polítkm gorab de governo, ao bdo
de "PoKtica Geral de Governo". de poHticm que visavam conter li iníbçjo, foi proposto um con·
É importante nomr que, com mpeito ao Decreto SUPRA, a junto de polSticm nacionalistm: l. moratória unilateral soIm o
veiMo fim] do pWmmn a Fmnle propôs medidas ~ pr'ôxi-
~ ib posições ddendidm pelo PSD." Manteve o priMpio de IS, "^ Nmiçbo à» çcKnünistu", Nuunm Rh~. mo de!·Né!ho & 196L O doeu.
memogue «mtinN à nmiu de Armmj Nmom · o mesmo t&madK)
1/ ootgcúvo d~ nwdkLA H pmnkira kâyúiLKao do Nmdocomi@w. rejvMKMo pek» comurumm.
1& Mmml Nixodo rukn?-$e à mbllcMA orm" pc6cm' cumunWm à hK1UMo dc
14 ^jgµ~ dcm tmlidu mlâocxmA6cm um docummo kxMlÜA&noM4Ij|vD oeu nomo como Anlijr da Mofem Mlmlnbtnmv4 no pdnwim wboço do pm·
Amaml Rimo com a K6ulluc ¶kn1 mmmuW "emerdàmuocom o mhbm Xm~ Nwlmkmwnlc. Damas p«Hu·lhe que Heme aruü~ em q""" 'h'
$mnwjr. Nnamj 1Hmm w«Hwceua m~ dA rua mm Mn (d mrz de cummo gê · acciavd ao PC (Enuevbw cvjm NtxoKL lw6).
1demi&síro rmr¢w'o~fko & à~nmo (Emm~«xn MmNnjW6).

150 151
pagamento da dívida; 2. "defesa da indúmrin nacional. mediante Desde o início, porém, a Fimte Progr~bui encontrou resis-
proteção adimneira adequada e ccm~ de Íirumciamento que tência da Fnente de Mobilização Popular (FMI'). Eita resistência
th' permitam ocuµir e desenvolver sua capacidade de produção, decorria primodklmenle da dnfiança dma" grupo com rela-
exportar manuíaturm brasileiras e resistir (..J à concorrência da ção à intenção de Goulart de implementar luna poHtica de e6·
indtbtria estrangeira'°; 3. o fortalecimento do monopólio estatal queda (Castello Branco, 1975, r tomo. p. 184). Como vimos.
do petrúleo e Mhj extenuo às nefinaria6 privadm e à distribuição para assegurar umn r)lítka nacionalista, a FMP conduziu umjj
do petróleo; e 4. CTÍAçào do monopólio estatal de intercâmbio de intensa campinhn, durante o nês de dezembro. para a nomeação
mcxxla e café, c o estn&'k'cimento de uma µMtka matal sobre a dc Brizola para o MinimCrio da Fazmcb. A campanha foi fhw-
exportação de miner.ih. trada pela nomeação de Nd Galvão, que foi percebida como um
movimento om direção opoda. Por e68à razão, a FMP concordou
em colaborar com a Frente somente sob a condkAo de que fossem
KjSIçÃO DA ESQUERDA realizadas mudançm imediatas nas polltkm econômica e cx-
tema. Declarou que, naquele momento, uma política ecxmbmka e
O papel dcwmpcnhido pela esquerda m formação da externa nacionabui em IAo importante quanto o programa de n-
Frente PhogresÚôm iao pode ser analisado 0cm que se considere formas de baw (CM, 17.1.1964). Assim, npemr de Dua miinif«ta
m di6eirentes Íacçõm que compunham é$$a heterogênea entidade "disposição em dhculir a crise nacional com o Presidente", a nota
coletiva. Como vcIvmcn, cada ulna das mAh importantes emitida pela liderança da FMP assegurava que "a evolução desse
de esquerda $ustentiiva uma posição diímvnte com respeito à diálogo depend(ia] dA mudança da política governammtal num
tentativa de formnr uma aliança para apoiar o gowmo. sentido Fk)pulAr e mcioniílbta" (CM, 1'1.1.1964).
Denln' es¶eg grupw, o Partido Comunbta (KJ foi o que Com oBn poolura, a FMI? expressava ii pndominância da
o6mceu a mak próxima e 6i6temática c'obbomçjo com o go- posição ·ustenta& pelo grupo liderado por Brizola. Esse gmp°
verno, desemrmhludo um papel ativo na oWuüubçao da Fnmte ofemmj a mah forte mi$thKia à Frmte. Brizola havia sempre
Progressista. Foi rí'pmmtado nas conv'emaç6 pam a orgmiza- expressado rüo apcnm desprezo peb tmWtiva de incluir o PSD
CÃo da Frente pelo dépumdo federal Tavarm Coelho, um de seus em uma aliança pam a realização de reformm, como insistia tam-
mais importantm por(a-voze&n Além mo, contribuiu com um bém, repelidamente, m impesibilidade de mermo de qmkjuer
número signiÍicalivo de mgestões paim a ebbomçào do pro- programa que l .h .. h ul.kl. de aprovaµ' do Congresso. Na sua
grama da Frrnle." Ao garantir um apoio gume Rondicional à oµüão.a Fnmlrde OM|h~rviriaa~ pura mmluro statusquo. o
Frente, o PC seguia a «lralégia de formação deuma firme unida qixt, decidühummle, Mo cm do da mqimdii revohjckjnária
com as fokas pmgmshtm dii sociedade contra o imperialismo c Ub. 1521964). [k fato, BrLiooh já havia atundomdo Beú rmndato
o latifúndio, definida m V Conferência do partido em 1960. O comoccmgx~im pm detvotarmasene®m jx'hticm n movimentos
Partido Comunista rüo ~ondia sua ^poãiçiio em fortalecer o extmFEuhmmtmm, lais Gomoa FMPou o Grupo doo Chué?'
p"d« pessoal do presidente da Repúblk" " a:h' m' pm"""
Mineia no governo am o final de seu mandato. miússc j NTjc1Qo de Gouhn (Mo~ c Víaim. J'M2. p lalb Uel t'mbcm
Cmleüo Bmnco (1975, u tomo, p. 184). [k k~ cUm C~, m«nho do
comitê cmlml do ir', mm dednWao teve um ddlo jwnurhnW nm ncgock"
17. Rrumvbt.u cYjm Mrhrr(lBB6) eCoelhí cim. 1>mtúm ('Mtelb llmnco (1975. m da Fmvie PMCT~bUL um vez que a rekbMo &Goulm Mxncnle wria
7kmjx). F m ~1VcI MmvN & umA mudmça ocmtüucknM (tmjyuvavd mquck mo-
1& Yèµa 0êçãKj ~ o PWn~ cb Fh~. m f"mu" mperükm.
meruo) cm dc um gdpe demudo (Em~u com (hem. lCW.
IA Em tumcMNvbw cm µndmde 196L LuuCarkm Fhm4m, 0«'nurio~jdo 2Q Emes guµw «xmtulmm cmm tcrutiv". pk'c pane de Bd^üb pam embd"-
PC mhniciu 4 p~ibükbde do apoio · uma enwncü ¢UQwÍQIKhmm '¶Ube F'·
cm rmticm cMraµrbmenAam de È . ¢, N . l Mormm. No firul dc 1963. 1ln·

152 153
como "em Nrte NrlAmenlAr e em pmI0 extmp~wntAr", O
Akm ~0 "kkológkm" que o prvdkpiuúwm
contra a pmidpçao cm umn Fnmte que inchume (oNao ck SemMMo dimuwa:
centro, o comportamento do Brizob em &tormWdo também
Um dm mom «julvocm doo no "mdWh" lgn'po bn+
peb competiçAo com m cunhado, Goulm, pcb Udumnça doo
liou] foô jummcmlo o & 00 múmmm ~ glom do ampo de
gmpoo de e$quema. O oucmoo eh Nvnte, com o mxjjo do pmído
hm do CongrrMo 4 prvkxlo de que o c'ongr~o e rmc1omno 0
Comunium partido de fodo Muênck no movimento oindkd e nA« poi® tmbm dos a (em aíí (. .l a nov4 Fwnlo dom, por
mtudmiL fortnkceria oignüknHvammte n U~a de Goukrt ~, dar bmuinw ~K4o a luw no PmümonlcL ondo um mim
6obm ao demõii» íorçm de mquonb. sob o Neo de dc bobr, m MIva, opmom e bom ononw& pelo levar 4 muom mc1onÁ·
Brizob não podk Nê µmnilir fazer urm oFk)úçAo nbcM 4 Prume. Ha a voLar de acordo com m inlermm do |x)vo, como ocomu
Além dhoo, n Nume eMnvn compromulidn com um progmmn cIe nu eme» da Ntrobm, dA lno|robrA% da rumona do lucron, 0tc.
rdormm e dewfrutnvn do apoio de oulroo 8rup(N de mquodn, (O Sçmmdno, 1622.1.1%4j
Por «m ruão, Brizola adotou uma pooiçao õunblyun om mlnçAo
A Fnnte. Ap~r do íazot fnxj(bentm cbcblumç^ a odu (4vor, cem- O Semanário criticava uunbôm m demcindm de Brüob por
tinunva a exigir muclmvçm hnedkuw mo rlllkm de govwno modlíkK* pmvw m polftk·a econômim como condbç4o µm
antes de prantir Bc'u 4pK)b IoWL O Nn/fela um wminAdo pubú· 0€u apoio. Apontnva o 8mpK' lklemdo por ljdzob como o único a
mdo pelo gmpo de Brizok ·xigh: opK)r dificul&id« ii lornmçAo dn Fmnle:

D«nonMm o gamemo com (Moo cdn'nk» (dom· l ..l 4 (orrmçÁo d4 hvnlo Únk4 Mo 40v0 &pend«, m ·u4 pn·
~ de medô48 de CAMW l Iv . g po&m m lonwln m imra Imc, do quo o Covemo, ou, mmo pr«Wmonw, o PrrMdenle
Am do ex«uuvo) a bua & envm&r, ofouvmmnw, pdo a Repúblk·A, 4leMÍA e ~ pmv1mmnto, com pruvldtmim 4d.
cmntnho dm rdormm e eh UlmUç4o mdond. (D¶kj10 dWo) o núnhtmüvm quo de (Mo perwic«n A mw ÚçA&, Mjudm Mvln·
apbo dm Íofµg rrum nqfü íoWL incondkbnM, qUo terá dk&ç¢mb MormMm mAb ov«Admb & FMP p FPN K ódio µk
pn'ço e 0¢ rmni(mwr4 por 0o&o ao mmwlm em pram púbUcm ck qwo 4wndk~oDA UI^Mv|ndk+ l. J deµn& prmm·
e do ArmA$ mn nMoN, Ne mrmMrlo". (O Nn/hlo, 17,2.lWjo twnk de que 4 Nmw Ú! u mWtd«i& · em 06çao. mobúuo a
opKUo pübúm «n wwímo oem pNdumkl^ cMndo pma " W
o jomd o Semanário, pom-voz cM Fivnle PcirkmenMr Nn· verno 668 coMKM quo om ÜWl (dwm o qw o Nblllwm a chu mpokm
cionabui, criticava dummente m rdvindkum de Brízob por puiw» mús«m«j(knwe n«'«mnm. jo Smwmblo, 12·183 Nrl)
mudamm poUlicm e mw p«dpiúKÀo em almndomr n mvm pirb·
mmw. Apmentava umn opbrUo modem&, que o quMUkaN Ao Macar a atitude de Mzob e de oeu gmpo, o edlloriM de
como exprmüo do quo Dmlm chmmm do "eoqumb poMvd. O Semanhio Auegurâva que dm mWvmn úmplmnwnle odgindo
Ccmcodmdo com %n Tbigo Dantm m ddlnllçAo cb Frente que C.oubn, "piNvW e individudmenle. r)r um 0lmpkg mo do
governo e Mmvç9 de minhlm mquedbW, malLmme a rvvolu·
CÃo que cG 0onhAvam". Fimlnwnte. dLrigírdo·w, wgundo bum
pdhvm. lbqudm H pMendbmn Impor caMUç^ "MüngMlC, o
uh a~ u~ bnrhuw & µiçi~ "mg'" r'w"' ' 'wWUmçm) editorial (aüj um Apeb Nm que eme pipo Mentnme pim m
& "Wpm
lllmwo de cinN
Bmu «m Km". pm pôrlkmmbcum
a mrl=emKkmL Mn owruç&o0 MnM.mim
orhmm ¶çmm
grur
comeqüêmW pcmfveb de bum açüc¶k
pm bmm çuWuí~m "cm vw a Me hMjiwM, emm e (mmmao do
=&Ckmkn" Eúkmmp mhómh)debmM«)&mj)lwkk4
Caím0 oqul l. J um 4dvorOnck a rMí4 Aquokm quo m'ddtmm ao
o omwW & l nk, chimu qwmpmw 'pmmC:mpw dm C)Nm Mb. cMmmonlo a Fwnto Únlca, pMondondo o carro adbnto doo
mn núl nmnhr»mp+& m (O N*bb » & cmnmh 1904J

154 155
br)b bio ô, pruwndendo que um Prmldenw (ormuk e mojv4 + mçao clm Mormno qunnto pam a delem CÍA kgdlkbde e do pro·
Utam e prrvUmcntc locW as pmpc»içõm do mdk'dhmo wvolu· ceuo democrático (C) Semandho, 12·18.3.1964).
aomno para a depois dlmo ~~r o 4pok) quo múdW Fbk O Semandno ddendk um (oRe npolo ~ a Goubn e
que w Imo (o~ pcmlwl wm rbco pua 4 1qµlkb& &mocm· pmBAvA a unkbdu entre cm grupoo de ewqumb, o único melo
Ebc& ou nuja, com 11Km µm IodK a nNom«k) µ qmmw obvb. que conoidemva viável Nm Azor fncr j opcMçAo & dbdw:
meme reaúza&. (O Scmamno, »26 2 1¶64j
RrNnd«m quo &w~ pm'm pr dm do " ' "" l
A mjuer'da mdicaL lkleró por Brltob, oeguk a e0|mtCN cjmnkj a GoujmL wµ qmn0o aos no~o "m ,
do confmnto. De acordo com mm emmiêgk. m prvmõm deve- huvcldoo" fBrlzob · DOU Bmrq pm munubr o mAxlmo bkw'
mm oer exercidao mo apenm oobrv o Cangmuo "rrnciorúdo", ça0 «n tomo de um progmma mlnüno dc Momm L.,] B wúr
mm tmmbem mbre o prvmidente dn Ropüblk» "concilhdor". Já ~ Imo & prrpkxkbde e coMum dh1Q& pm oim ~
que eme grupo havia üundmwdo a anm µrlmnenWr como vb conuruuve 0 IMK r'mponmvd em que w cukk rmlnwnw & m-
efic&c pra canalimr mm demmdm. p~w a cürigír 0qw mlor· mlv« 00 probl«mo do pMd · Mo & brincar & (u« mvohão
a boqm pua (dm l .l AchA~ por h0o que 1númmQ$ 0 ldkMÜF
m exdwivmnente em dinNao à m?ukr. boe cuno
crAMm rM~B do medo dgum pNrvakc« m nov4 mcu·
de ·çjk) impooúbWtava Acopdm e bcuyuihm polltkm. Na opUUo kçAo do (mcm quo w p~~l vWndo a m|~ pm6bm W
& um dcm cob&mdom de tknknm, dumnN a oWln~o & rdonMh CaÍ como bdc» MN. µtnow, o d~µmm. (O Smm6
Pxmte F!n%nNb$buL o" gmpoo mdknb de «bquelrdA "mWvmn con· m, lb22 l 1%4j.
vmcidoo de que maú pomSvel rmllmr um p«WTunA maio mdk·d
atmvH de comkioo e mobWmçAo pohlka, oem Ivcamr à bvir· o jomd Uimbôm crilkavA a dmconfbinça a nquerda mdb
eµnhA política. Emnvam convend6 de quo 86 condiçòm pam o cd pmu com Goulnn, bem como n ivlutAnck cía Nente de Moblú-
confronto «lavam nwdumo e que o conhunço lheo fAvomvrin",?l mçllo Fbpulnr em lho gimntlr um npolo mdo fode. De ACOKÍO
O Scmandno Mvartb mndA oobru m rücoo 4cArTvWdog pelo com o «lllorid do periódico, com eooa Miludo 00 grupoo de 00·
confmnto: "É l...] engano oupor que 1ocÍa ~çAo wvolucloMN qwrdii, no 1nv& do dc opor b mnnobmó da dhdw em dlru'çAo n
d~mboca (Mahnente m rrvoluçAo. Pode muito bem d~mbo· um golpo conlm o govemo, 00lAvAm endoomulo m Acu+ dn
car nn contra-mvoluçào, como o demomlmmm 00 cmm nkmjo e dírdln cIo que Gouhrt pmenclW Nrmnn«m no poder. De mordo
ilnlhmo" (O Scmandno, 30.1-5.2.1964). com o jomnl:
M«mo ante8 da propoma formnj do Dmlm de ownj7^çao
dn Frvnte Prugnmbla, o oemmMrio dn FPN havln endo0mdo Inwpww CWUb8 conlemporlzaçm ou cerw rmnobrm de Jango
íum opinllo favorável em rubçAo A klck de 48|u|inAr h gmpoo como dgNficando o dou prupôdlo do continimmo, como ~
p'oUtkm progmdms cía emjuenb e do cenho em tomo ck um dominp p~& w lnúnuou num «|uIvoco pmnuncWmcnto &
Prvnto Nrkmonuw Nm'iom|í0ll e (4ÍW de pmpe'úm poUtka, e
bandeira única. A concbnwçjo µm que k formmne ld (nmto
bmr cavmx» pm a fojµwlm do lnhnjgo, ó oewlr 4 omo uchmbtq,
decorreu dc um diagnómko d4 oHmçjo. wgundo o qud n com- & Bibe Hnloe üconb l. J lbb qu· 4 Prunw Únk» bnpôo flnmM0
bçAo de forção poUtkaô Mo acotuelNiva Avenlumo, 0* cía a- 0 Mlmw·oo logo, 1ndoµndenlmwnw da coMkkrKbo &
mim ou & ~juer'b (O Senwnddo, 31.10-6.11.1%3). 1k~ fonm, do Nvúdenw da Ropâbúm e do quo 4 ele w wlbuL dele bc ~
a orWüzAçâo de uma frvnte, oimihr 4 propooW por Dmmo, cm p0N ou dob w e»pero A pmom po|IUc4 & Frvnlo e 4 Klkb
«mm& como o ümrumenlo mAb úkqmdo, tmnlo rm a md1· polltkm quo eh dewn44deM 6 que Nvemo cIe pmvú«mr mim 00
Mjtmvhmo9 e ab conyctumo. E wrk um em7, 0qiMo momo um
jMurdo que d& 4 Frvnw. corm4~ 4 bua campmM com m W
n RMmvW comcmpd (1%).

156 157
Wtíab volWin contm um Mkdo nobôdo, o PNm4donto Jójo ~ potm". No migo, Prmtm Mirnwva que 4 pro~ find aprvocn-
krl ao tnvn de + volw µm m vmhdekm lmmpoo Um ub& por Smi Tingo Dántm em o rmultMo do um poHtkn conci-
. N . µm qmnWo do CDIWWM, A l~ lbtóM que dimorck umn pbtMonm de unl&& µm mmder
Uutlvcl unkb& (O Srmmdno, I2j03.l964j 4ob intemm doo mom mckmArioo. Afirmou wmHm que o
progmrm era Ínc¶NA1z de forn«vr ooluçòem dumdoum pm "'
A dmµito dn mockmçAo pmgmb por C) ScvmMRo e do probknm mciomb, ou de kimr Adkn|e m rdomm de bme.
apoio ynmtido inicblmenlo polo Partido Comunhln, a eotmlb Apnmentou, entAo, umn bnBA bln de medldm n oerem docnm·
ghi de confronto pruvakrm vntm cm grujx'o do mquenln. O Pmb dm "oem a inlederCnck do PArlAmen|o"g Pamdomlmenle, no
lido Comunim, nhtmdomndo oim pcMçAo mlerioc exigiu a ex· entanto. mulim cían rrwdidm durmndMm der!rdkm dn Monm
cluMIo do PSD da Fwn|e.22 ^o (Mor bio, livrou o PSD do dn ConmitukAo, e, prtnnto, do Congmm. N que nilo dependiam
embamço de ler que velar a ccmlizllo, pK)k, como vvrumw, o PSD dc Morma conmituciomL por mia vez, ermn ldôntkno b quo
küa Qriao objeçõm à µmkiµçào do grupoo ·xtmparbnwntamo «lavam contidm no progmm dn Frmle, IR Imo, como Sm
m Fmm, O Partido comunkla, o gmpo do muerdA mnh dk· Thgo Dantm µ havbi declarado mim, o progrnrm a Frvnle
pomo a cohbomr com o governo, no enwnto, enfnmtuva um Proguuima ruo em muito dikrmte do Pmémvm cía l'mnte do
db0emlj interm em iuWAo A dua poobçno a mjMlo a Prumo MoblHmçAo Popukr (CM, IS 2.1964).
Fh)gr~tn. Ch grum mAb prúxhnoo doo obdkmoo qwuún A Fnmte de centro~llw^ que Sm tWp DMM0 lentou
impo' uím pIum mótb mdkd." Nem dboo, c~ía dmhu do ·gAMmr tomoume hvWwL lnydklo µk» A«mkdmen|cm, Goii-
PC e de outu» grupw de mquendn. como o CGT, 4 cN!nçA de que M tmnNÍeriu ·eu Apojo â ímlpknte Prmle Urdem de Fmjucrda.
a mumb poderiA lançar amdbdmo própdo A ·hkAo prmklm· ddmdkla ^de o ínScio pdo Wpo bMobw.
chi de 19&5?' Fmpmlmdo oeu apobo a um hmk que conwv4 No comício de 13 de maNQ, Goulm íhwlnwnte mdnou o
com o PSD enlne kub membroo, o PC po'doiü dAr 4 entender que Decimo SUPRA e um decmo &pmpdmdo a6 wfimrim priva.
hiava Aroiando El candidMum de Kubíhchok Enlm 00 membrm dno de ruúko." a pmkipçao deGoukul no comkio foi comi.
do PC em tom a mimônck à mndklmum do Kub|lKhek,» demda uma mudançm ddiniüva de poMum poblllca, e pmv ler
Anim que o rro8ramA cía Pmnlo foi dNulgMo, o PC rvu· diniµido m m'npdWo cntn dd grupow maio mdicab com rvbçAo
nhi·se pira nnaliü·lo. A poòIçAo final do partSdo vdo m forma à bua inlençAo de omlenlnr um prugmmn nnclonnllm e do nt(or-
do um migo, «cAto por dou mruMdo·gem|, Ibmtn, e publicado mm, Um nrligo, eocrito pr Mrbom l.lnm Sobrinho, um parla.
no jomd comunim Nemo Rumoo, com o lllulo "00 C:omunbmo 0 mmw oocinbW, intlluhdo "M llbquerdm tem um Novo Co.
ao Neg«'kçõcm". Neme migo, Pmleo NMlrmou o demo doô mankle"," uumm 00 dellcm que a nova Mltude de Goukrt
comuniotm do mnnter ao nogochçm. Mm o Apob do pmklo, produziu:
avhou ek, «uwb coMkiomdo a que o gov'umo dmvume me·
didm concrruw em wz de "um longo e cktdhmdo progmma no
qud µbvmo ebbomdm mcondkm um conteúdo vazio e
2tí c) mip comphm «mo qy«m Mn ~ Km~ (61ZM964) e vrjmdu
a e qkmúo «m Ndm, N~h o«nurbjµm1 do Nnkb ('omwvbLL ·N Mo em C"mNmo (lW2. W. MAI)
Déu muwt¶d a Uruo $bvWic& , , , , , . ..em um rruNN} n. Ocumkb de 13 de mAmp KpÕ mrmudorwc»lM mm ,, ,. .
dm lkkm & cer llpdm np Nrlkb ujmuNMa O cmmdo (d pknmN'kp
cum [Mnm, qw o K' FUI) p'xkm µdk1fW em um l~ cuqn Mmml
~0 (EnNnwbu com Anhm, 19Mb) µm m o pdrMm de um Mho ck &mcmmml & . «mo µno d4
nove mmi¢N de rNMkmM(pcmmm'rm lnmkulrm Nbmwb.
n Rmmnia
Rmvvbm com
mm Cneho
c4jem 11M6 ,
24 mmvbwmn ('^p lW6. kmHm(M, 70 ».ZWU4. 2& O wo ck» termo mql~ m pluml em momo mmum 0 d«mN & num mal
tiplm dlvbN» M(|ka0.
.

158 159
W' O dlmno o 00 moo do 13 do imKO mmamm um nova (me.

N
, , , , , , , . , p
~ o Pmidenle de oer Armotado ou envolvido pqK0 «muntos
tmNlhbw, para falkr como um v«dadoko comndanw. E o prb
moho dolo dom Mhudo (d unúímr ao muorcl^ Figumo prm·
IJgbm do movímonlo, «quor& nepuva ou poNúva, ludo como f
0

quo pma para wgundo plano, do um hom µm ouwl porqw


tum voz do comando 0q foz ouvir no coMdo & Contrd do Bm· F'\doo Aphwo0 com que n eoquerdn rvcebeu a nova pootum
dl. (Semm4do, 193·1.41964)
de Goulnrt, dlflcllmente ve poderW nnteclµr bcw efeltm oobm a
já A8l|ndA com poKtkn. No próximo capítulo abordnrd 00 ~0·
Louvando o pwoidente, continunva:
bmmmtoo dn mudWn dc' ntitude de Goulnrt e buli conlribujçAo
pnm o dedecho flnd do rvghne.
Mó memino os advorMdo$ do governo atual Mo mcondem bum
apmmõoo quando vodfkam quo o cormelo de 13 do kmpço ruv+
km o 1íd« quo o pmprb pkbbcho Mo chopm a Apmenw, o
líder quo Lambam Mo comogudm aµrvcor m mwumçao do ru· KNçÃO DO PSD
gimo pmidonddkw. O comkb do 13 do mAKo rvvdou múm
um líder q um comndo.., No dh do pkbMm o Sr, joão Goukrt A poMçâo do PSD em rdnçao à Frmte Progvubta de Apolo
mcohu um crúdlto do conílança do quo, m vodado, mo ooubo
ào Rdormm foi condkionncln por dois conjuMoB difemnteo e
apmvoMmo j.h.) AcaN do mcobor 48OM, como muluido do Bem
atoo 0 do dum pdavm, ouuo crúdko lmonoo, no apolo lrmtdto
coMmdit&ioo de fatoreo: o primeiro, que levava o partido a bw·
do convntn popukm q a convicção, que todoô tom, ó a do quo car coordmaçâo dentro de K·u0 próprioò quadroo com o o*tNo
mQ novo cNdho não m mMNmwdo, como o ouuo, em mm de npoWr m mformm, e o oegundo, que dificultnva a cooperação
Ha0 daçncontmdao e oom oonÜdo. [q SçnMMRo, 193·1.4.1964r do pmido com 00 edorçog (runtbtao.
M razõo0 quo impdhm ob lídom mcionnio do PSD a adori·
O editorid do O Semandho adoçou umn µmiçNo nvú amle6, rem 4 Prume deconimn de bua meta imedinm de promover mu·
ap~r de conlinunr npohndo fcmemmte o pmidenle. OboervotL no dmçm no Decreto SUPRA. Além do maio, oeu apolo à Frente
mtnnto, que Goulíut NMa escolhklo o "rbco o«n pwNlb": fortdecerin a cnndi&lum de Kubitochek à pmidênch em 1965,
A revido do Decmo SUPRA foi, de ínio, a nhvancm utüb
O Pmldenlo da Repübúca, pomo anto o deoMlo gume uMnhne e, mch por Damm pam conwguir que o partido Dê inlemoane em
prlmipalmenw, pom ante o dmfb de oew próprim corrvllgb participnr da núança propom (Cnmello Branco, 1975, 2' tomo,
Mrioo, 10vq do doddbw cmn 4 MlorMuv4 do Neo cMcukdo 0 a p. 162). Apemr cía tendlo enlru o PSD e Goulnrt a mpdlo do
do Hko oem pwvHo. Optou por ne. bio C, vendo quo Mo Decrulo, nenhum deb cMava intervmdo em romper ao negoda·
podk aperar indo pela prúvk moHUmçao (runthtA, que Mverla
çõeo. Pam Goulnrt era importante mnnter o npolo do PSD m·
do mpddar o doúocho do bum µdentn rmnobrm de lmli6
quanto decidia que nuno dar a oeu govcmo, Como vlmoo An|m,
o fato de Gouhrt ler adindo a mhnntum do Decmo SUPRA
* R Hemome nuuir, cxmAucktqne, em um eMrwbcA µmnnor, 1M~ Um incücavn quo eh Mo tinha nindn dc decidido oobrv tum mu~
ulíllzoumc dcmm mmvw 0çõlw µm índimr a 1Nençao eh Cmkn definitiva de poHllca. De fato, ck havia delibemdmnento nc+
m 00mo¢« o Mddb µKílku llk Mimou que "nunm Nvk vIMO um ~ rido a medida pm obter umA mdorcoopemçAo do PSD oohm
mo rmb compklo de«0m mµt. & kvanlmm oFkmKAo de lodm m (oRW
mckmb" q «xduiu quo "Mo m ocomelMvd dmdkr + m brW + a queotao dn emendn comlltuciond µm n mformn agMrla· 3ã,.
¢W0mmmno (empo (ljnw Sobdnho, im. pp. 3894KN. A fim de npmenlar dum ougèMNm, o PSD formou um . ,."'$.

160 161 Ét

,
,.
,
comWo pm examiMr o Decruto SUPRA." Contudo, a comb· Outm rmrAo que impelLi o PSD a ApoWr a Frmte d«ionb do
ao Mo cMlou a uma concluMo, poio m divWboo blemm do fato de que, atm+ & cobGmç4o. o prtklo mnnlerk dua b-
pmnklo w ncentuaram. A aln m·rdcmnm do PSD, o "yupo fluência pohlka nAB ded~ gownwnmtnb, partkuhmmw
48mdvo" mpr~nWdo nn por Vkdm do Moúo, mm· m imhwnte mudmçn mlnj0teriALM ^ mdc mpdlo. o pmãio em
pm com 00 outu» membím da conú+. Em urm mm ao pm1· movido por bua "vocação govemkm". EWe mero fato tommm
dmte do PSD, Amml Ntixoto, m qud Minrww (dAr em nome mMô dWcil o mmplmento definitivo do PSD com o governo do
de qumvnta depulnde pró·mformm, Vkím do Moúo criticou m GoujaR. Por IMo dmm nljlude mtAvA, ê ckro, o pnpe'l crudd quo
o|*'çNm do panldo ao Dccmo," EntMmto, como vimoo, o pro· o controle dnn (onteo de climtelhmo oemprv hnvln wpmenmdo
gram flnnl dn Frvnle inco¶xjrou dum mudmçm propmlm pelo no d~mpenho eleitornl do PSI).
PSD, ou oeja, a pmymmnçâo anunl de demproprMçllo de lerm e a Flmlmente, n c'olnbomçAo do PSD com o governo nummüi·
excluMo dm propriedndm de uumnho médio q dm Anm oclljM- dn também ao poMib|ljdnde0 de oblençAo do apo|o do m µm a
dm por p1An|K'õe0, pcmngcm, ou mermo f)omtdo, bom mu· candidatum de Kubitwehek A |mrrtAm'k do gnmntlr o apolo do
dmçu no [kcrrlo SUPRA pmvcWm odk'kntm pani obter o Goulm pam a cnndidnlum de Kublhchek · eh rrcompdçAo eh
apoio inkid do PSI) â l'rmle. dllnnça eleitoml entm o PSD e o m tormvn·w ovidmte µb
Em rrbçjo A qumlAo a cmdkblum de Kubítochek, a com quo a lldomma nnckmd do 15D 1M\1AvA convm·
proposla por 1)miim em encmda como um lnólmmento cer Gouhrt a d«bmr apolo ao mndidmo do pAnbdo,»
efkmz pam o íor1akx'imenlo do cm'dkbto do partido nA ekbçAo Se m mz4 AcimA compelWm a lidemnçe do PSD A CObbOu
de 1965. hió poryue, enlrv outm mzòeo, o oucmoo cb Frente mr com o mfoNo de [kntao, t^ outm (atmm MaWvmn o
gmantW a conlinukbde imtStucioml e o procmoo ebdtord, que pmrtSdo a ~& O phmelro em a dhmWCnch. dentro do pm"
nUjvAm oendo ammçMcm póía ermemo mdkdhmç4o dm (orçm ddo, em rvbçAo A A8endA de mudmçm Hklo<c\ommkm e poR
poHtkm. A lkkmnçn nadond do PSD miava convencj& de que tko·imtitudondo. Ch mom mab conmvMom, comtltufdoo
"erxjumto µ'mMue a cauh dn cNe µMlScn do pW, Mo Mve· principalmente por mpmmlnntm de Minm Gemio e da mgíAo
ria o clirm de lmnqüiúdnde nemMrio µm a mllmçao de ekb centml do pab. emm contmdoo a qmkjuer modüimçllo na 001Tu·
çõeo" (CM, 8.1.1964), 00 lidem do PSD decbmmm que cederinm tum ngMdn. TmnbCm Dê opunhnm â kµlimçllo do PmNldo Co·
00 rofomm pnm gamnllr m ddçò00µ MN dndn, o prôpdo (aIo munim (CM, 2, 7 e 18.2.1964). Ch mpre¶len|nn|cg de Mimo Gemio
de n Frvntc aNhr m rv(ormm, odgjdm por vdrioo mom dA h mbehr «mim o Dlmódo Nm'kmd do mie npokm a
oockdmk e quo contnvam com ar)bo popubr gprwmümdo, 1or· j¶µ~o do te (OESP, 13.2.1964). ^ aía p'Dg~kul do PSD — o
nou hnponlvd n opodçâo (mnld e püblk"a do ND em rvbçAo a "çupo ngrrmivo" —. por outm bdo, em hvoMvd ^ mucbnçm
mh demmdno."
mommmm qne mcm úrhmn um mnpb 4rNo rymkr N 'M¢db) llmnm, im
3Q A «imbuo híl Iuinm& r V¶dm cbn Mdh um memlm MN' 4' ;çr' uuxm. p. M)
:==r""'""w~~m&~m^dmo vm 34 Woeµww a' muw Ikk m do NDdrrkmrrm 'rm4 mul(lkm mHM«WMD
«n p¶p nm ' mrm & Pv~ e quo lmm 'w!Eµr0uA
3l ¶Mm de Mchn, lkma¶rm Amml IH+ Rk eh Kh 21 ck µmm & fylnkg|MKÀo no Kkyvrmp kwntüc «mGnuhn (c "M. 17.1 ]m oesp, Lkuç6qk
N64r a'Two Mmml I mnl C71XJC/FCV, Rb & A um Mm bryp tmem+ m) ("mim ck liwm (Hl eh CI¶XjC, Amml
n =1:1~L [h KUvÜmvpm Ardwt, Nn Thjp Immm µ l . k.k pdmo &1m)U ckm, em mulim P'~T"0 a ~mAm4 a 0|~ ~0
m do FSD&«µn "Mgumm rubmw ckveNm 0MMVÓW, cmo«mmm FSD e o mi µm a cmMkWnm & kubbldwL Eb dlMboJJW "O JouVp 00
mh hnpmfvd mmvlero m©nwd~k·mtkvr (lhliwm «jm mhc 19mp). ·pmvdiou muito do limvltm rpb mr'bmmo0 do l vB µm Mm q
n FW~ doofnWo pôbúm ~0 coim, ppjo NOA Am ck JwcdimT numo, 1qjr3, p. 47J) Itk m rmml Ma lmrm~ om dum +
oNrmrm ck~mm Mnkm de KuNlmdwk ~ a qumlAo çtW Mtmnm, lmvbtA pmtmkw (|Wqjno, M6).

162 163
imediatas na eslmhun agária. bem corno mudanças polftkm e Um expressão sigiúicativa ckma disposbçÃo fwomvel foi a
dechmçao pública de Kubitschek em favor dm refonnAB. d~-
inbtihKionab. Amlxmmgupos tinham um mocmsiderávd dentro
do partido. mm ~um«mseguia imµ" 'ua própria paúção. fiando bua principal base polllica cm Minas Gerab (Ib. 31.1.1964).
A segunda ramo que dificuhou a participação do PSD na O apoio do PSD tinha, contudo, dois pr6mquiMtoo. Primeiro,
Frente foi sua d~onfiança das intençòeo de Goulart com relação urm definição precisa dcm limites das reformas e, òegundo, o
à reforma comtituciomL Era gmemlizada, entre os membrm do apoio definitivo de Goubrt à candidatura de Kubif»dwk ^ mlu-
PSD. a opinião de que a emenda comtitucional poderia ·er utili- tândA de Goulart em aceitar quakjucr uma 6 exi*ndm
zada como um inolmmcnto para promover outras reformm além apenm pm alimentar a ckmcodiama mire 00 mcrnbm do pmttido
da agrária — em ebpeciaL a alteração da clmüla constitucional sobm bum ruais Íntcnçõt% " pam daMar o partido dm M!8odAçõe&y
que proibia a ívekjçjo do presidente. Devido a suas divisòcm internas. que a amblgüidade de
Finalmente, e do partido também eram célÍcoB Goulmt exncerbara. o pu1ido dcmorrm em torruu uma posição
quanto às chanct* de Búcesso da Frunle, devido à impreciüo do ddinitivA Bobre a Frt'ntc. No final de fevereiro, pnmou n impor
p'ogmma mínimo e eh falta de apoio do prúprio Goulart (DESA condk* mais estritas pma a mui parti'ipação. A primeira foi a
16.1.1964). A dcckmçào de Goulart, expí~aMo suas dúvidas de edçncia de um compromino prévio por parte dm µictanla em
que o Congnmo rvali alguma ação pró-reformas detive rvíbçbo m medidas contidm no programa. que o partido conside-
fomentou dentro da liderança nacional do PSD a convkylo de ravn muito imprecisas. A mgund.i era que e 8rupog Mo parla"
que seu comprometimento com a Frente era dcbiL Eles dedam- mmtnm, tal como o CGT c outras organizaçòcm de trabalhado-
mm que. com atitude, "João Goulm rompfia] talvez com a m, (oB$cm excluídos da Fnmtc (Cmstello Branco, 19'75, 2' tomo,
última possibíli&de de entendimento Mo bÓ para a reformuk- p. 188). Emas condiçm rrfktúim a pref~erânciA comervadora
Cão do governo como, mbretudo. para a mpmmtização do tema dmtro do PSD e, portanto, a derrota do "grupo agnmivo" que
dm reformas cm Ruem vüveis" (OESP, 19.1.1964). havia tentado empurrar o partido para urna posição lavorável à
No início, prvvakcemm os (alom que favoreciam a partici- Frene. Um lSder de~ gn'po do PSD observou que aquela era "a
p%ào do PSD na Frunte. Durante o mb dc janeiro e o imcio de últimn oportunidade que dc ofenxjia) aos pirtkh» da órbita ú-
fevereiro, a liderançn nacional do PSD emeve empenhada em tuAcjonjgtn para mcontrar n5o 6ó a solução viável pira a6 que6-
garantir o sucesso da Freme e demonstrava boa vontade Nm tOm relacionadas com as reformas, mas também de montar um
discutir e negociar 00 p'inápais pon1« do programa mínimo. dbpcmlitivo político que fpudesse] servir de garantia para o p'""
Compelida Nr ·eu intemseem comolkhir o apoio à eandidatum cemo ekitoral" (CM, 5.3.1964).
de Kubitschek c em exercer influênch Bobrr o governo, a 11& Dnta forma, o comk'io de 13 de março apenm comolidou a
mnça nacional do PSI) foi capaz de supmr 011ab dissensW int«" opodçAo do PSD ao governo, uma oposição já vidvd pelo hnal
nas e somar eafoK'oA µm criar a Frente. No processo de negocia- de feverdro. Em sua Convenção Nacional em 20 de março, o
ções para sIla formcjçjo, o PSD foi mprmmtado por ¶cu PSD decidiu lançar Kubitnhek como seu candidato preMenciaL
pineúdknte nacional Amaral Peixoto, e pelo candidato pmidm- Dumnte a Convmçâo, o "grupo agressivo" e o minbtro da Jus-
ciai do partido, Kubihchek A Frmte contava também com o tlim, Abelardo Jurema. lentaram ninda obter o apoio do partido
apoio ativo da ali "agnmsiva" do PSD. Renato An"her, um chuã- para m reformas. Mag foram aconselhadog por Amaral PEixoto,
cMo membro do gmpo, desempenhou um importam" pape'l
como â$$i$lenle de ÍJAnt,u nas convenaç&m com outros gmµm?'
37. m
[k mindo mn Aimml
µrmóimna N~no?mkn
cu«rdido cpxn'hdo,(kmlm
Fb| .ii). Nxoutnj mm µm 0mpre^
NW m
Moem Rmmir$eu ·poóo4 KubbcNk (EmwkRn «m Mmmj pHmkumb
3& F.ntmrbw com Ardrr(|%6) eCcdki (19QC6).

164 165
pimldente do partido, a Mimr Mm propomm que cerúmen mumrdt|b de um bdo, e m tom de centro, mpm«mdm pejo PSD,
oerhm dermtmlm. Amaml Peixoto convenct'u-o0 dc qm o m de outro. Como vime», ao enfnmuir o probkrm de ~lbmr que
jamnlo darin um "cheque em branco" a Goulnrt" Em oeu ~ dhvçâo Ur n oeu govemo, durante o mh de d«mmhro, Goukrt
cuno como cnndicbto oficial do ISO, Kubibchek nxnnPrceu a m Mvh frwtmdo a expecwüvu d dob grupoo' a mud~ m pou"
ceoMdade de rdormm, mão aununentou que elao poderiam m tkn «xmômkn Mvindkn& µh mjumbi Nbo foi abendjdAQo +
rmlizadno Dom n mudança da ComtltuiçAo: "ch'gdamoo a ban· do do [kcxrtto SUI'RAqunm provo""" '"n' ruptura com o m0
ddm dão Refonnm, mm Mo a Monm cía lkuukim", nfirmou9 A Frmte projetadn por Súin Tiago [)anlâ0 colocou Goukrt
· mdo umdvez em um emdo dc equilíbrio inmdveL Suão poodbb
lidada de acolM eram apennw dum: ceder An
ATITUDE DE GOULART mdkalimdno por rdormno ou aceÍIM c)0 limitoo impoom pilo
PSD. Qunkjuer dão allemmivm colocavòro em umn Nhbao eh
^ ntitude de Goulnrt em wlnçâo ii fonnnçào da Frvntc Pro. dopmdôncia com um doh grupem. Ncnbc wntido, a hodta·
gmobui foi nmrrndn peino nmbigiücbdm que carmterizamm Deu Cão de Gouhrt em dc comprometer com unui demão dtemmivm
comportnmento em outroo momenle cruchb do período em que pode oer interpwln& como uma tentativa de gmhar tempo µm
eoteve no poder. Por um bdo, mvolveu·oe em negockçõm com formar unw bíuie de apoio político independente. Neooe mtldo,
dó v&doo grupoo polltkoo indotindo µru que npoümem a tmtou um acordo com algum 0e8menlog chi cNluerda, pairtku"
Frente, concmtmndo edorçoo oobm grupem de cKlueKb e úndb hrmente o Pnrtido Comuniotn, que cInde o início havia demom"
catw, cuk particiµção encarava como emmckl ao ôucemo çÍA trado uma grande cbpodçâo µra moderar buab rdvlndkaçõeo e
Frente (CM, 17.1.1964). Por outro Indo, dmcmditavn publica- pra pmntir n udernnç4 do Goulturt oobm o movlmmto dndknl
mmte o eoíorço de Omino, e expruomva Déu cetkhmo a mpdto e 0obN a ebquerdn como um todo.
do umn coMtrAo de centromlwrdA que vi0ane o «tabekcb Entrdanto, para atender m condiçõcm do PSD, o ritmo q 00
mmlo cb$ Mormas. Declarou que Mo }1AVÁ mribuldo nenhuma lixniteo dm rdormm deveNm oer colabekcidm de formA pmcb&
mbüo a Dantm, mm aµnm coMentim em µnicipar nm nego" 00 grupw de cenho encamvam n Frente como um inótrumento
ciaçt que eme cMavn promovendo. [kclnruu ainda que concox" com o qud poderimn mtringir o comprometimento de Goulart
cbva com Brizoln que um progmma dc rdormm que dependme com Mormo mah profundno: ela o induziria a definir o empo
dA aprovaçno do Congreno Mo Dê mo«raria viável (OESP, dm rdormm. boe Wumm|o mlmenle em utilimdo µm "vm"
18.1.1%4)." Fimlmmte, acnbou Eor nlmdonnr o projeto origirvíl der" a idêh dn Frente dOO grupe comervndom." Mm, U~r
de cmtro e promover n "Frmle Unka de Eoquerdn", oummuub de oer endoooada pdncipnlm·ntc FIon contwrvadom, n idCla de
pd" gupo' &'mue^clw excblm 00 partkkm e gmpcm de cenho. Dê definir n nl'mngênck e o ritmo dm trformm era também nm·
Ao oMbçõeo de Goulart em dum mkçW cotn a Frvnte plmnente aceita entrv a mjucrda modc·mda. AOlunenuwa« que
cortmnente rvvokvam tmçM de dua pmomli&& e emüo poú· oem ~a deflnbçAo óoda imp<mfvv1 miliàuu' ag rdomm dentro do
ISco. Mm devem Der vbtao pdmodklmente como mulhido de
arcabouço lmtituclonnl exbtente."
oeu imltunento em face de 0euò principalô abdoo potenchio: a
41, lk Acordo emi C»tcllo lkmvxh ( kmlm hvj 4vlmub dc' quo etc ~MMO
:. Rmrwbw com Nhum Cm, p. 481). Mvi4 do mmmdo «mvíKKrnte Nw N'};m ÍdçWV do pmXmm & Fmo m
. g. O dbcumo compkNo =mdu'drdc) em CM. 223.196L Momo, p 163jj,
4Q O jomm «marvacbr O 7Utb à S. ~ publkou um odíuMM cdtkmndo 4Z O próprloHn p [knw Kmducw
em um drmamdo cklc1vor dcm pc»6çMx Bmm
dummmlo m d«úmçom do pmbdmw 0 dm Mhude Mn Maçao M nqpcla. dNmno ~¢ R~u~ Bmmlnm (1'Kà p !b),odoum a ~m
ç'Nm Mn cuna m~ Wmw: 1'Am Akurvb 4 Moma mxíá c$çnv fkur µwK~umo~

166 167
Definir precisamente a natureza e a abrangência das refor- poderes à União para garantir urna distribuição justa de tmm
mm propostas significaria excluir da coalizão os grupos de es- através da desapropriação por interesse social, de acordo com
querda mais radicais. No início de março, Dantas tentou adotar critério a ser estabelecido por lei ordinária; e 3. o estabelecimento
ema estratégia, mas nunca foi apoiado por Goulart. Seguindo do arrendamento compulsório. Quanto à rdorma política, enfati-
essa estratégia, Dantas declarou que "os extremistas subversi- zando a necessidade de abolir discriminações "inadmissfveiC
vos" estavam excluído3 da Frente e reafirmou seu comprometi- em urna democracia madura, a Mensagem propunha a amplia-
mento com a manutenção do processo democrático (Tb, 3.1.1964). ção do direito de voto aos analfabetos e aos sargentos e praças das
Comentando a tentativa de Dantas, Carie Castello Branco, já na Forças Armadas, assim como a modificação das condições de elegi-
época, observou que seu sucesso iria trazer tranqüilidade à arena bilidade para os cargos eletivos. De acordo com a Mensagem, o
política e dissolver a tensão existmte, facilitando assim as nego- direito de ser eleito deveria ser garantido a todos aqueles que
ciações interruicionais sobre a difícil situação do país. Outra e tivessem capacidade de votar: "são elegíveis os alistáveis". Com
ainda mais importante conseqiiência do bolamento da extrema essa mudança, as restrições existentes à elegibilidade cairiam,
esquerda, salientava esse mesmo jornalista, seria o fato de que inclusive as mais importantes, que proibiam a reeleição para car-
isentaria Goulart da suspeita de ser o co-autor de um "processo gos executivos e a candidatura de parentes de detentores de car-
subversivo", para usar a linguagem do líder da UDN em sua gos. A primeira afetava o pn6prio Goulart e a segunda relacio-
campanha contra Goulart (1975, 29 tomo, p. 187). Entretanto, na- nava-se com a possibilidade da candidatura de seu cunhado,
quele momento, Goulart já estava preparando o comício de 13 de Brizola. A Mensagem reivindicava, também, a delegação de po-
março e sua definitiva guinada à esquerda. dem legislativos para o Executivo, revogando o prirdpio da indek-
A Mensagem ao Congresso Nacional, enviada em 15 de gibilidade dos pod«es da União. A dekgição de poderes, como
maro de 1964. passou a ser o programa da nova Frr·nte Única de expmsa rui Mmsagem, visava cxm6erir ao Estado o instrurrmto k-
Esquerda (UH, 203.1964). A Mensagem propunha mudanças gislativo írio para permitir urna ação rruús rápida e eficiente.
sobre cinco questões: as reformas agrária. universitária e política, Esse pedido era justificado pela abegada irmmpitibilidade mtre as
a delegação de podem legislativos e o plebiscito. As principais tardas de jun Estado moderno e a lenta ação legislativa. Finalmente,
medidas propostas em relação à reforma agrária eram as seguin- propunha um plebiscito, paira que o povo fosse consultado sobie a
tes: 1. a revogação do parágrafo 16 do artigo 141 da Constituição, questão das Rdormas dc Base (Goulart, 1964, pp. XLlX-ljX).
que exigia pagamento prévio em dinheiro para desapropriação Independentemente de suas razões ou intenções, o compor"
de terras; 2. a mudança do artigo 147, de maneira a tomar o lamento hesitante e ambíguo de Goulart em relação à Frente teve
direito de propriedade subordinado ao de bem-estar social e dar duas conseqüências imediatas. A primeira foi a de estreitar a sua
margem de escolha, empurrando-o inexoravelmente para a radi-
mulada, $ervirkjo maís de a ruiviMicações isoladas,quc somam fôr- calização — a alternativa do "risco sem pnvisão". Essa alterna-
ças no sentido da violência. crKjuamo para outros é uma forma de contemp liva, além dc ser supostamente contra sua inclinação política pés"
rização conscimte, ¶inada a servir de ankeparo a um csío© de pmervaçao soai, era também contrária a seu interesse político, devido ao
das etmturas aluai& Essas forrnal8 de deslealdade com a hbtória não «mise-
guem Ber, prum. dc duração pmWpda. Sc o ~menlo democrático ruo risco que representava para a continuidade de seu governo. Em
for capaz dc ÍorTnujar cm teime» válidos c imdigfveis a Morma social, ma segundo lugar, o comportamento vacilante de Goulart impediu o
abrirá o seu caminm anlidcmocmtkamcruc. pr'r'jue no quadro dm tcrUOc3 sucesso de uma solução mociada para a crise. Sua guinqda final
Nemas da seriedade atual ag força3 que mpiram a uma pani'ipçao mais
ampla nos H'nc(kios da vida comum são su . ' m cm intemidadc às que para a esquerda alimentou a suspeita de seus opositores em nebçAo
pmcumm deixarem segundo plano ampl~ção, para se limitarem à dcfma à sua intenção de permaneoerno poder. e. com isso, reduziu
dag chamada.¶ gamntim ckmxntica. para que eles mesmos rompessem as regras democráticas.

168 169
CNITULO6

COALIZÃO ANTIDEMOCRÁTTCA'
O CONSENSO NEGATIVO

Goulm MounÚu a pNdd~ oob a m~çe de um pIpe,


que pmmneceu prmmte dumnle todo o Deu
Como vlmoo, a tentntivA de romper 40 mgirm conullud~ eh
·ucmuo e depor o pmdente dA Repúblka talhou em 1961. A
Mrmçn de golpo dividiu dd miútmm q encontrou IunA fommb-
têmk Wnlo fxpr pm10 ebô (oNm pm·mformm que Apoh¶mm o
pmidenlo corMtucjomL qunnlo por pnrte dm fokn0 comem.
dorm pmocupndm em mclnter o pmcemo ekilord e pmntlr a
múmçllo dm ddçíN» pmidmchb de 1965. C» miliwm que
Udemvmn cl lenlAtjv4 do golpe fkarmn hobdoo, mão p~vem·
mm em nell0 mforço0. Em mono0 de + ano8 Íomm, flmlmmto,
Hm oucedklcm. Neooe momemo µ Mo m4h muwnm m. N~
período vArio· Krupoo polflkoo e oqcWo hwiam De juntado m
movimento contra o governo corwntucjomL hMb hnponanie
mn&, a pura Íotç4 niô foi o únko nwjo empmµdo. O golpo
conlm o governo, m 1964. foi mudado com mlbíWo por ru·
po' '"j' opúçAo A jnlorvençAo míúlnr Mvia Mo crucW em
1961. Go oignWk'n quo a canopímçâo foi uma condbçâo Mc~rh
mm Mo Mkknlo µm o 0 do golpo de 1964. MWW ou.
componer um gnqx' pjpbw mborlt4do ema Iurw
troo (Átomo conldbulmm pam foml«« con0p~o 0
amph «=

de apoio 4 durmba& do gowmo comtiludomL

m
A CONSPIRAÇÃO Goulnrt. Tendo como loco a formnçAo do IPG e m alividadm
ompmendidm por ena tigôncia, em conjunto com uma fmçâo doo
milham (Uydn à Fmoh Superior do Guerm — ESG), nb6 n der-
A compimçAo nempru mcontrou adeptw entm nlgum lide- rulmdn do govemo, Dwihm enfatim a ação poUtkn da burgumb
m miúmm c polltkw, auim como cntN membm dA comurú· como chué, mribubdo ao IPÉS um µpe1 cüdgente e coordem·
cbde empmarinL Entm 00 miúlnm, 00 conopimdorm de pri· dor na compimçAo contra o govcmo. Para ele, a compimção foi
melra hora Mo bc ddmmm afelnr pelo finoco de agomo de 1%1. um empmndimento conjunto, lidemdo por um agante poUtko
Como Mata Cordeiro de Farim, montar a complmçno foi um único e unifimdo — a burgumh —, que ampliou Mbilmente dua
tmbdho lento. 7èndo d~mpenhndo um hnporuinte pnpel em influôncia, dirigindo outm grupog µm 00 obmivo0 por ela de·
pemundir 06 militnm Cl aceitar a mluçào µrlmnenudota em Dejade. Pam chegar a ema concluUo, Druifum centra dua aruübe,
1%1. logo cm oegukh Cordeiro de Parim panou a dedicar tempo exclwivnmente, nm camctcNticao poMvm intrlmccm à compi·
integral A comphuçâo: "(..J dumnte todo o governo de Jango vivi mçdo, link como a capacldnde do grupo de moblümr munoo
em dolce ,Nr Meme. NAo oxenei qudquor cargo, civil ou mlútnr (..h] pam bum mlvidadeo, dua competêncW em conotmir umn rude de
Flqud com tempo mtcgml pm complmr" (dindo em Cnmnrgo e doutrinnçAo i&ológjcn atmvdN doN meiem de comunicado de
~, 1981, p. 535). mmoa etc. Entmanto, de pama por chnn doo cfcitoo de outroo
Dentro da UDN, oempxv houw mmMemçm ÍAvoMvdo a fatoreo inhdmecoô que poderiam ter pmvocndo a inibkAo dm
intervmçAo miúlnr. Durante a convenção do µrtido, em 1963, Açõé0 do gmpo·núcko, ou pelo mmoo ter impedido o d«envo1·
Bibe F4nlo, pmklmle eh udn, µ hnvk convocado m Fokm vlmmto linear que dcm'revc. ,lbsim, cjeKMtâ 06 Íatom que dhn1·
Armmho "pwa interromper o cuno vbfvd dcon prucemo xuvo· nuWm a capacicbde doo compiradom de mobiliznr apoio m
ludoMrio, mlituindo a tmnqüdlkhde à hmflb bmoikim" (ci· comunl&de empmarid ou de huer dhnçaw. Mdo aindn, neglb
lado em Benovklm, 1981, p. 124). gencm o µpc1 de fatorm extrfmecoN, tab como a »itunç4o econô-
No pmlodo imedhumente pomorior A crim mcemórim um mica do paló e o conteúdo de pollticno govermmenWo apec1fi·
grupo ntlvo dentro dn comunldnde empmarinl começou a oryi· cm, falom que poderMm contribuir pam facilimr a camecuçAo
niznr n opookAo ao governo. Mouvndog pelo que percebhun de objQtivog dog compiradoreo,
como uma e0caka crmcmte lb mquerda e a comeqüenle necemi· No que diz mpeilo aoo fatom inlnmecog que poderiam
cbde de defender o "dotcma dc empxma privnda bem como n inibir a "«ao de clmse" da burgueoia, comidemmog "o problema
liberdade e a deinocmcin", empmúrioo intmmigmlemente nnti· de neão coklivn" a oer enfnmlndo pelo núcko c'ompimtório. Élmer
comunioW crinmm, em novembro de 1961, uma agCnck que define um "probkim de ação coletivn" como nquek em que
Uhn como obmvo bAdco a doutdnnçAo política — o Irwtituto de todm do bendicinm bc todoo coopemwm, mm cAdn um nc Hndb
Peoquhm Scx·iaiw (IPÉS).' cía mab dc bc nbmiver de cooµmr3 De ncordo com nlgum NÍA-
Em bcu livro 1964: A Conquida do Eslado, DMfun dirige Min 1«, em problema em cbmmente pexrebido peloo Hdem do m0·
atençAo pam o pmpel d~mpenhado pelm "intelectunb orgAni· vlrrmlo conlm o govomo. Rderindo-oa 40 diflcul&&o de rvcrumr
coC — a quem chnmn lecno<mpimürim — m organimçào eh Apoio pam um opodçâo políticn oryuúmdn ao governo enfim 00
burgwü como um Mor poKtico dumnte o pedodo do govcmo membmn de bua própria cImé, um doo fundndom 0 figumo

l. Scbm bmWkb a Mrulum 1ormM,o Iímnckmemom o nluçao dolPfN, 2. A 1ó©m & +coKNM lai enuncLNd4 porCjbcm(1973) cio moquuf ~
=Dtd(mo (19Qllo Pf 161.20R) Rdmcm do lkkr do ||1S:Rub ^ym f4lNí, omcdlo µm o mo dói Hão «mem|ôn4 «mm o governo ó e
0w «bOsó c M vk|4dm, µxh'm Der mcommckm em Skkrmn (NA) e ·&Ndo a chrumlAMm. Nm um dbcum4o ~ Mr( do
Aym PüNj(1W). "pmbkm ck hçao cUjdív4", ver ltbler (19&5, pp. 358·71 c Mv, pp 174R
,

172 173
ombenteo do IPES quebcou-oe do quo 0$ "empmürioo hnvhm mamo Bupondo que a "l)uWumW (falímdo malo comumente,
mnuncindo A vkb pública e A poHlkn". Criticou. tmnbám, a indi- a opooiçAo empmnrid Miva) lenhn dmwmpmhndo um papel
femnçn de 6CIl$ companhdro# dc cImé pnm com ob probknm centml eln poderia ter influencWdo apenm o grupo de mlútmm
polnicoô, dimndo que "eleoi Dê vollavam npenm ymrn ncub pró- jn envolvidoo em nlividMcm compimtõrim. No que diz mpdlo
prioo problemm com ob negódoo como dc íoooe pomlvel molvè- am militnnm, de umn mandra geral, 00 ofklnb mvolvklu m
Ido tom de um guncho mnb nmplo de ooluçNm mcionnio" (Aym compimçâo contra o governo enfNntavAn\ um probhm 0çjlÚvA·
Pilho, 1965, p. 248). Continuando a rulembmr m dlfkuklndeo lente ao "pmbknm da hçào coletiva" da burgueob: doo ttnhmn
encontmdm, no começo, µm gnmntir apoio Íiníinceiro A orWú" que convencer oew qutidrcm dn necemidnde de derrulmr um pm·
znçao, ,Aym Filho ol»ervn que oidmte conMilucionnlmente eleito. Stepnn chnrm ntençllo pam a
poúçAo legnbtn dm Forym Armndm. Ena podçào, juntammle
algum (mombrm a comunl&& empmadd] Mo contdbuhun com o medo de diviao em mno fikirm, como hwin Acontocjdo
pongue pomvmn quo QMÁvmnoo Qmdo$; ouüob Mo o fmúmn em 1961, ntunvn no oentido de inibir tentativm. par parte dm
porque pemavam quo emAvamm cmoo mm Mo quoMm Dê 0n· Fomo ArTru}da$, do derrubtir Goulart (Stepan. im, p. 189). th
volvor (..J poucob lndlvlduow emmm dbpmloo 4 corm o Rko
pohtko do utm coMdbulçAo dlmw pam o IFES, que 4 lmpmnm acordo com a emimmiva de um demeado conopimdor mühm
comunbuí hAvk pronwm«m mtubb do "muáoMrkj" e 4c"mmjo 80% dcm altoo oíiclah mantinMm umn pooiçAo legdhM em 1963,
do qouwa oorviço dm "impmWWs". (Aym Filho, 1%5, p. 249]? embom eolivçmem cadn vez mnio nprvemivoô a mpdlo a oitun·
Qo do pafo e eh unidade e dbcipúnn miúlam. loto olgndflcavn
Faim últlmog mlavmn, «gundo ele, "cegm em mhçao no que ekm ainda Be8ujnm o pmidente om bua cnpAcjdAde formd
intemne de mia prúprin auIop~naçAo, (e] mcuoavnmm a con- como comnndmlemm·dwfe dm FoKm Amwdm (SCepan, im,
tribuir pam ao atividade do IPIS por modo de mpN!NAling m- p. 8¶. O mimo de Aym Filho ~1mce como eme fato em pemu
quexlblm ou de cortes cruatkio8 indwjdcm por A8êncjm fede- bidó pcloo compimdom civb mivoo:
rah dc cmdito" (Aym Filho, 1%5, p. 249).
O «gundo htor, que hnpedh a "burgueda" de d~mpe- A opção b4úca do oubmhmo b aulori&dn comtHuldm por
nhar a função integmtivn que Druifuu lhe mribui, derivava dn pme dm Forçu ^rmAW tornou multo md» dl(kü a ação &qw
nalumm de Ruá nlhnça com 00 militnm, É qumlioMwl a degn· In quo Ré opunhmn a inflltmçAo comunbw L..) Ch oervlço0 de
CAó de que a burgímh leve um p'npel de lidemnçn e decooMem- lntoUQnck do Exercito, MarlnhA e AeronAutka mblam a 1nfü·
CÃo nn compk«Ao9 Panco, ao conlMrio, que hnvia divemoo gxu- waçllo comunjw em pobicn govcrmmmwb chwo o nos oíndim·
poo compimndo dmho dm eliteo mllitmvo e dvh, e, n deopeilo too. No cntAnto, enquanto kÚÜwAçAo De dom nem llmhn &
chi lnleraçAo enlm elem, C exngemdo conoidemr dum nçdm como kl e & Comütulçao, Hm parrck que nada pododa kt feito para
combGla. 0~ (orrm, on miliwm hoúwvan Nr moúvm do
tum compimçAo única com um comnndo uniRcado? Mm, tmdkao 0 do ncrápujo», enuv a obrlyçao comlltudond do O»
dOnda ao Nmldonto 0 a obrlpçAo oupmor do dokndor ao lmtb
3. AnMímndo miiçm dilmmm ck' 8Turw mmmkm m mbçAo a pdãkw Nu tubçCkm do pM8 (Aym Filho, im, p. 246]
±1HlMlvm. (ICJM) rvmMm qm m cmpmrk» gmhnmo cxmkktmm
rjd~ r mmwçrnA dekmlv4, mmmo Kb um jpw~que die»
4 »chhnltm porcxc'npb, nqµA cmlmlhh&do µM dA bur6~ 4oaÁmvw À medida que o µulnmenlaNmo definhou e o governo
quo o p1µ
'E? que mde~c1Açom
1%1 (ol pnndµlmMo ium c umlAn
òmjmMMW ~|\mm b mllluu.
MM&« lSk nxmwv
crmqgmôo gmhou terreno com nN ek'içõeo de 1%2 c a vilória no pkbbdto, o
núcleo de complmdom lntemWkou bum MvidnW. Seµndo
. ~ ruo mrltml ímrnwü docblv4 a biogh|mmor, 1971, r. m
3. VdSíhm NmopmpmMMo&D'Idhw ruem vAcxb|&«ck~vâncw Cordeiro de Fnrim, "podemoo oitutír o ínScio a con0plmçAo0
Vu~0umnmocb IkkkmW ONC|IWVA & bu~ MDC cWW6« como ntlvidnde polllica rvlnlfvarrwnte oryuúzndn, no mommto

174 175
em quo Jango m'upexou todoo 00 podem, apów o pkbbdto que — empmthioo individuaio, ofidnb nÚÚtAN0, q 00 denmb mem-
mamou o pmidenchílhÁo" (Cnrmrgo q Góem, 1%1, p. 543). bm dm Forção Armadm —. pam Mo fakr de outroo 0e®mmtog
Para ele, "00 prinwiroo Ompoo do governo do Jnngo Mo 1mpira· dn populaçAo. m oxpoMnch do 1961 00 miútnmo hwimn nprun-
mm gmnda lemonm, Fk)íb o dmma parbmentariôm Mo cíava dido a Uçao eminnch por Mnqukvel de que complmç&m um
miúlo «p%o ao pmidente. Não cm de quem decidh. Mm o Apoio populnr mo fadndm a fmcmsar. EIco mo querWn conur
padmnenlnNmo bc dmeriomu". O µrlanmlnNmo, Hgundo ele, o Neo novammto. Mnmo a linha dum doo miútam hwvia con-
Fwvin npamcido "como uma fórmub excelente poh prupunhn n cordMo que 'bem mnnifeMnçõeo inequívocm da oplnSAo púbúca
c'oeximênch dn kgnlidMe com n emabili&de pdílicn e o exerc1· â8 Forem Anmdao Mo bc oentirúun autorimdm n inlerv ,'
cio competente do govemo. Mas n experiCncin mnlogrou, e n O Apojo maio gemi que on compíradom bwcavam, q que
compimçAo dc tomou inevMvd" (Cnmnrgo e GÓcn, 1981, p. .42). Be mostrou decbivo para o 0uc'mNo dn compimçilo, vejo npemo
O man«hn1 Dennyo, minhlr'o & Guerm de Qundroo, dA a mcmmn no find do governo e foi ativado pcW açòeò do próprio Goulart.
Como Stepan (1978) acemdmnenle enfatim, em ncu último mêo
verão:
do gowmo, Goulnrl não aµnnw gdvmizou a opooiçAo contm d
Falhando ob pnrudw polltkoo m compmnMo do perigo comu· meomo, como uunbcm minou o apoio que poderia ter obtido dm
nim pm o qud o Brâdl canúnMva, Mo 4cNdjwndo pdmdra· forem de centro. Na próximn 60çAO mabard m fatom que 1eva·
monw na convonOnck do knpodknemo o dopoh rupudWndo o mm mom dedoivoo, individuaio e colelivo0, n entruvervm a poo"
poder que ünhmn mb tmoo, com o µdAmmtArhmo, m prvcho ôibili&de de um ooluçao miUuir para a crioe cmcente e que dó
que Ob mllllam µwmom a ©r 1··.) Depolo do pklmcíto foi 4u· indudmm a ndorir no movimento compinMdo.
montando µdaúnamenw o número de militam dbpo»to» a rm·
u (··J. lciwdo em SUva, im, p. 202]
A CJDALIZÃO ANTRGOULAW
O comporlnmento dow compiradom cívíb ligndow ao IPES
k$iúu um caminho wmelhmte. Novnmente o líder cIo IPÉS, Logo no começo de 1964, jA Mvia oinnb de que a crioe
Aym Filho, cM um iememunho mlnmedon poHlka In Dê molver do forma vioknla e não peh negoclnçAo. A
Htunçâo eru de gume total incertem. Ck probkmno econômico¶
Em (In» de 1962 a Wvidado de muim nwmbm do IPÉS como· w m:umubvam à medidn que a laxa de cmcimenlo cnín nbrupw·
çou a mudar. No ÍnScio, a klólA m mbtír e mo Awcar. Tocíob
mente: a infbçAo dioparavn. emjunnto o probkmn dn d(vjd4 CX-
quorlAmo$ que Jango wrminmo o odu rmn&¢o. &b(amoo que
pmcm om outm pann do mundo tkAr1mn contm Mb 00 o do· tçrm contlnumm Bem oduçâo. Deodc a lentmiva de «lado de
puHwmo». Mm à medkh que o govemo de Goulm wrnou·oe Milo, pehí qual Goulnrl foi nctwado de encmnr um golpe bom·
mAjg Agiwdo, ficou Mdonle quo a mbtômü inlokctud Mo la µRiMa, m oímpdtno em rvbçAo do ouno intençõeo cmcemm de
(uncbmr sufk'knumwnlo rápido. Enqmnto o IPÉS conttnmvj forma gcnemúzada. ^ crença de que ele recorreria a podem
mm proµgandâ e Deu lmbdho odumdond, m«nbrm Mdlvlduab oxcopcbndo gnrnnHu o 0u~o do movhnonlo Udomdo polo pn·
a orgânlmçao conwçmum a pmcumr mneím kmí6 dhvw do sidmte do Congmoo, Auro de Moum Anchado, visando niwpen·
mooum sm opodmo. lcmdo em Skkrmn, 1964, p. 149]. _ .
6. lk acdkúo com 4lv& mw dcdMo foi tuwúmcmmle MdlA rkm mhblm
ApeNnr de nua in|en0ifkAçao, m atividn&o antigoverm· m||il4m
mu de0wdmc
kY 'N routmo µnklµmm
a p~ ÈGoukn civb do tum
nm. p 248).Sleµn mbWrvunWocjw acor'
urm MlnmçAo
mmtah do núcleo de comphmdom alivw emm imuHckn1« alô hknnmnc,
nmmo para 8Amntir o apoio de oeuo pr'6prioo "Npmentado0" 14nn (Nqvin.(dl4 b pnc'mi
mFr. m Collmy, um dcm prlrx'lµb ccmpímdom mlli.

176 177
dor o nccmo µirbmenlar' Pam a oFkddHo 0 pm impoMnbn O movimento dc opeiç4o polflka evoluiu wnbdtm pam o
grupoo econòmkoo Mndn Mdwnleo em mkrir Oló movimento confronto. Dd cQooervadom radicaio KMÍmm-oe lmtmüe con·
contm o gowmo, cmcW dmmAtjcAmont0 o cumo eh nAo~o. íknleo µm mnmçnr MalióòçNm politmo e a dermbmb do pmb
Umn útrie de medidm tomndm pelo governo ajudou a dmto, em nação a µmlvuh inkWtivm cIo Mormm. Nm pMa"
burgwmW n wperur o oeu "problemn do qçAo coletiva", empur· vmo de Último de Cnrvalho, depuWdo do PSD de Mimô Gmmh,
rundo capitnbtm indivkhmh 0 moochç&m corpomlivm pam a "4 óorte dm nonm propriedmko (..J em dngidn lb doM do mm·
ojx»içào política Mm1a. A eme mpdlo, dob eventoo (omm par" cInto do Pmoidmle dn República l...] Se o Pmokknte confbcar
lkulmmenle importnnlm C) pnmdro, a demiWo de Cmrvdho nooom proprhdA&o l...) Mv«4 uunbcm quem confbquo o oeu
Hnto do Minhlcrio eh l'azencb, em dezembro de 1963, dhnin@ mmdMo Ip..]" (cIMo em Cmtello Bnuwo, 1975, 2' tomo, p. m
mormemenlc m mpemnçao doo lndubtmh de obter "o clhm Em meMoo de jmwho, o prmidenCe da UDN, Bibe Pinto, denun·
tmrqüjo e ordeiro de lrabdho q conlwmr, lm como demm· dou unw "guerra wvolucioMria" iminente, que, dimwva, 1oN
ado pelo pmkhmle cía FIE5P(Bolenm lnknmlhju 742, dezembro o Apojo Wcito do prmidenle, qumdo Mo òeu envolvimento MÍvb
de 1963, p. S).' O Bc6undo epbódio, a eldçAo, em Jtuwiro de 1964, Pbr Ino, ek concbmva publicamente 40 fonm de o|púdo â
pm a diretoria da ConfcdemçAo Nnclond dm Thbdhndom m rmMo armada Em0 movimento demomtrou a dbpodçAo &
lndâotrin (CNTI), rdoNou n cmnça Ia donümnlo mlw 00 empxv· UDN em N'corrur A nçAo dima. A Mternalivn kgnl, a oaber, o
oArim de que o governo Mo miava diopcmo a mthngkm Mvin- (mp«ichmcnl, foi deocamdn, npeoar do nkgmlo envolvlmenlo do
dkmçõeo doo oíndkmm O multMo ddçAo foi µtcebido prmldmle no pruceno mvolucjomrio,n
Em nmdoo de feverripo, o gowmo munciou a múnmíuu
peloo empreürioo como um evldônck clmm & lnfütmdo eomu·
do [kcmo SUPM. ^o mémno tempo. o generd OovW ^l~
Nblw no gowmo. Unw chAµ compoow por migo' p"kge foi
pm4dento u Pdrobim, .muncimm a mcíomúmçAo dm wflm·
d~fwb por um dwµ µlm"~ µ1o CGTr O¶oio "dvo de
rim de µ¢Mko (CM. 18 e 21.2.1964). Nenhuma dão modkW
Gouhn àcNpci do CGT fd mm ·0m vitddL F~ddçbo
comtih.k um^ inequSvoca m rdvjndk»ç6 n^çjon^-
em dn INÚor imfx)rtArdA Imo µm 00 bdw~ como µm oCGT,
bino e pró·wíormm Ao contrário, mnbm «uivam fn&âw a
pmyue a CNT1 abmngh rmmdo doo tmhihclom oqyuúmdm e produzir eK·Mbo6 e(eíto0. A nncionalimçAo dm rdlmrkò der
(ormdn a prirdpd hmu oqymimcioM e (imnodm do CGT. Dqpob lr'ôk'o nfcmvâ um odor que era cmenclMmente brmilelro, e ud·
da ekiçllo, n pdmm FU51' mmpm com Couhrt" içava inlomdm ao compnnhiaw norte·americmm do dblrlbu1·
Cão de pelrôko. Maio ainda, como mlicnla Skidmore, n
7. De KuMo «m 4(:un0|lluKNK nn 6nwrvâo mlrr oçmaum kgbWWm. o Hm. opemçao dm rdimrim Mo Mmµlhava a Pctmbm, e rrm
deme a RqmjbHce ¶b6 · pn'myWlve de dcurur o eMMk a mo oem a
'C'wo previa do c"mçn~k ~1ava um edoFo privado mene» úgnifkmivo do que a dbld·
L kkmua ~çK)'umor'rmAâw &S&d'âub,& WMJ 196zcwm bukào de µ4rüko (Skjdmom. 1967. p. 289). o Decimo SUPRA,
Mno &Nrm Gone 4rb w comuN&âh ·mp~N1 W^ buda Sw embora em pdncfpio lúhA medi& ÁSrâriA de pand· almnco, m
m o MbnbúMn. m Mnrvm do 1WMnm· ·m ~ «b ¶m, Kn
um 0mw,v4 cktmnokN ~ opb ao NjNmm btbmLem vbW & (mmmo «xmomjmmenlo lnviAvd devido J permAn&wk da c1Aumh cmw·
do Plm» TrkmM. ütudond quo exigin paguncnto anteciµdo em dinheiro pnm ler"
9. Bdcbun ím um mlmn damlwb ¢kmA dek4o q cb %mK 1Alhm doCoulm mn dmaprupNdm.
Aló oeu Apob ((ml A chmM d4 mµmh (lV77. pp. 141· ).
lã llmmNui mm ||uBk) do Nm m. dwk b|~p de C'am CMI dumnw o
Goulm e dlmor dA unnm de KcUwvmo & Nnm do lhmü m n Hm dm dm~mjbcN¶|Ip4kwwA qwhiwwnModbulMWmwµm
a~ a CN11, IR KcwÚo«jm NN, prb Mmdm vm 00 lnduo. o oindk"mo ikw mmtlmoo e que Armmnmcm hwkm udo oMbmdm em
~Mmm o pmkkme e Mhmmm (m Mo mb pockNm 0fKUT o dôvemm lbomkm. 11nmmwk ele + ap~müu 'rkµ'rpiu¥4 &0w0 ~
NN"m' . \N'rC'mh·üo Hmnco (W/S u to~. pp 16;m)j OlbPe CM ajjm

178 179
Abda mm o mero anúncio demm modídm levo repor- dauwa o Congr~ como o CMbAÍ oidwbmto pam
clm^ poHlkm imediMao O doemo de Mc|oNd~o foi p0t· m mudamm n«~Arim. O pmkhmdm Mo ddxou chm
cebido como uma ameaça hontd ao dhrllo de pro~de. O como iria ob¢« o comenlhnenlo do Can®r~o µm iun phbbcilo
Decimo SUPRA, por biw vé7. devido emuunente A impcmíbilb com eme objetivo. Se mtcriormenle o Executivo Mo hwvk Mo
cbde de bua impkmenlnçâo, mnpúou enormemente a expecW- CAfMZ de conmguôr o apojo do Ccmgmoo µm a conólb
liva de que o governo em bwve ÍIU coNbmr termo e de que m tuckmd µra a Morma agrârW, 48orâ, em um contexto de ~·
propheda&o ~m invAdjdm por camponmeo. Nôm dino, em cente dmconfWnça e coMIRo, tornjivA-w evklonte quo o Cm"
termoo lmecúntoo, emao exp«clalivm Metnmm advommmte o ~0 não IN nprovnr muclmçm comtjtudoml0 do mdor
valor comercial dm propriedmhm rumio. Juntoó, çmm Mom, Abrun8encin. Nob clrruloo govemnmenmb dbcutlnm n poóoMU"
extrlmecoo à complmçAo, oervimm µm exµndir o cIrculo iv0· dnde de que o pkbhcilo tome c'onvocnclo nwclknlo docmo do Hw
trito de opoôiçâo miva ao governo e Aunwn|nr m wnthnentoo culivo," O Partido Comunbuo oxiµ lnmlmnqiw o pkbbdto kme
neptivoo em rvkçilo ao govemo entiv wgnwntoo bcdímdoô convocado Nlo Congmm ou r o Exoculivo,n
fora do núcleo de complmdom Mlvoo. Como luna mlmICgb polllica, o pmklente acirrou dum
Em 11 de mAKo, m Convenção cb Conhdomçllo NM°jonm crllicm à Comtilujçào e ao Congmoo. Didglndome â mormo
de AmocKç^ Comerrhk do Bmdl, que conWvn com 4 pmk1· multidão que comµmwu ao comkio eh 13 do mmço, Goulm
µção de trrzentoo empwMricm cÍA índúMN e do comCrdo, uma pedk urgênck pum a mucÍMKA eh "mrdca" CoMtihúçAo, imb·
~0 arrmda foi abmmnente concbmmb. Pardmmndo um Undo que ela "Mo mAh corrmpandia 40 mpimçm do povo (..J
dimdo crhtâo. o pnmkknte cb MoocbçAo Comenkl do Rio de ponqu' kEpliT^lv4) IunA emmtum ecorômka obookln, %W e
Jmdro incitou h'lw pmm: "Amwi·voo um ado outrrm poryuo Mb dmummm" (CM, 14.3.1964). ^ mqumb mdkd rvpmen^ por
u eouimc» anmdcm" (DN, 123.1964). A convm» divulgou um Brúob wugeriu que o Congmoo íomq oubtihúdo por um M·
Manúemo dm Chmeo Produtom que cdtkava o pmidenlo & õembkla Comliluinto. mlunmlAvA que Apmm óoluçam imlitu·
Repúblkm por agir como um cheto de pmldo e n4o como 4 cionab radjcnh poderbm kmr 4 cAbo m míormm p|m(maaL
milod&de aupmmn do pab. Advrdh lambCm que oeuó mom· Em oeu dhcumo no comício, M7día IdI mnio |onN nlndn em oeu
broo cotavam vigilnnlm e prontm pnm rvngir A HÃo de fonm nlnque ao Cong~o. F.xlglu "a elekâo de um Congmoo Fbpúbr
orgtlnl7adn0 que, com o comentlmenlo do governo, eolnvnm con· com n pm1iciµçAo de lmlmúwdom, cnmponmm, NaWmlo0 e
duzindo o pnl$ a uma dcmrdom gmwraümcb (RerNm da CÍmk0 oflcW mcionablm, do qunl m mpoom wlhm dn polllfm tmdj·
Pmdutoms 957, mak'o de 1Q64, p. 24). ckmd temem elimhnclnC (O Pun/lelb. 163.1964). O kquo de ~
Ihpoh cIo comkio de 13 de wyiKo e & Menmgem ao canhmm inmitucionab dtemmivoo píopomm no comkbo, ao 11·
Cong~o Naciond, o terrw cb rdorrm tomoü·00 bexlrlmmm1· mknir µmogmivm do Con®r~o, wrvímm Aµ!nm µim exncoMr
mmte ligido ah qucotòem po1Hkm: Goukd pMendk continuar ain& mAh ao ouopdtu µ kvanlmW em wbçao m dommdm
no poder? im acaim ao normm conMituckmúo µm ínmituir m por mudlmçm ouhtmHvaô.
rdonnm anunchdm? ^ prop~ de Goulm do que fmoom mu- ^omkào Mbütrwnlo m ·poderou do lenw cdlko & Kba·
dmdm m mgrm da 0Ucu)o Ajudou a alimmWr a ouopdW de que lkbde. Segundo bua munenWão, do mmmo rmxlo que a emm·
eh Mo im manter ab regm do jogo pm'n a prúxhm ekbçAo 1%1A adota& por Goulart pam impkmenWr o pmgmnw do n·
pmddenciaL Eim mqdta em agmvmb peb ombmo de Goulm
a mpdto de poodvdo cAndkbtm A dua OW~AO. a ooluçAo 1nmi· n. Cmcllo Hmncn. mcTrv«u) m«mwço dr PMfVk Mlmm cµe8m T|4P ~
tudaml conli& na Memagem com o prupódlo do lmlituir m W Mvk cNk~(hpmlA pmp·w nm, u (nmohr. m).
KL Nem dôv*dA rb('om||tcmm| do iv". Mn . de tmnu do IQ64
rdormm, ou Wa. um pkbhcilo com um ekitomdo nmplkdo,
im. p. l

180 181
formas âm%ça4'a as ngrm imtituciomb vigenbem e cm canMs que subscreviam o Wumcnto que dWociava a autoBde do
comtitufdos de dteiUo política. cspecklmenle o . tam- presidente di autoridade dn lei e da CorwtiluiçAo (OESP, 173.1964;
bém o presid«ite perdia o dixdlo de ¶er obedecido de acordo
CM, 18.3.1964; Vetor. 1965. p 483).
com essas mesmas regms. O eixo do ar6umento C mumido por O movimento pela "kpúdade" e pek "lbmbcW culm1·
um jornalista de O Estado de S.Paulo: nou com a "Marcha da Famflia com í~ pela UberdMW', «n 19
de maNo, quando a opoúcào levou SOO mi) pc66om b0 rum de
Se o goremo se põe contra 4 ordem jur1dkm, lolo 0. contra a C|~ São Paulo. O movimento "ofcnúvo", anteriormente confimdo a
tituiçào e a IcI o natura] C que h crie m ophúâo pública tum círculos civis e militam reMrito$, WJou-9c. A "compimMo"
dissidência entre os que wguem um e outro É pncuo mcolhoi
transformoú-K em "n.·vojuçiio",j' Com a "Mmt'hn & Famàin",
mtre os dois contendom um, a quem »crvir (...l Abúm m deli.
em março, o "limite critico"" foi ullmpmado. jj¶xjb da mmdw,
nem as poúçòes. este cslàuü com o rugtme e contra o governo; o
um grande número de mom pabbcbij Cl ntribuir uma Mia prob
outro, com o governo e contra c) Ngkne.
Para as Fokas Armad4$ Mo M omo, dentro da Icó. ^ comam- abilidade de Bücesso ao movimento contra o governo. DM em
Cão lhes impõe um dever expmao e ineluuvel. o de tmnwr a diante, o custo de participação em ativkbdeo antigovemamm·
ordem jundica Prrsumeme que. portanto, cícv4 «xneµr por man0 tais decn»oeu marradimmle. Junlapoe ao movimento tomoum
ter o gowrno. porque Be pmmõpõe que o governo encarne 4 atraente não só pira os grupcw que potencialmente o apoiavam
«dem jur1dk"a c Mo po~ colocar-w comn 4 m~m l. -l N4 b.
mas também para 09 que anteriormente eram neutm.
oomebtvel situação de luw enh o P\rrüdenw a Repüblbm e a KL A tese da defesa dA kplidadc. que opunha o "governo" ao
p'm'ajece · bei. (OESP. 173.1964)
"regime". forneceu um forte arbumento para quebrar a mhtên-
cia dos setores kgalhtas dm Forçm Arrmdm e pam urüfkar 06
E"" argurrmto ganhou um apoio cada vez mah amplo da
militam. Contudo, de%v·$e otmervar que o governo mo tinha, na
opinião pública. Na realkbdc, ôerviu de bué paira o apelo dm
verdade, tonuido nenhum pamoo ikyil. Porém, o Imo de que o
lideranças e forças políticas civis A intcrver@o dm Fotçad Arma-
argumento fora comtmfdo a partir dc uma amença imputadn, e
das. De acordo com o argumento dcmnvolvido ncimn, "a ddeaa
não de uma ameaça rual como em 1961 tomou·oe irmkvante
da democracia" exigia a ruptura dm rv!!8mg democráticas. Estava
armado o cenário para o golpe de baixo ciMO tentado em 1961,
IS CAstcllo BrunL'o (URA) (ou db|ilkjo ¢¶1|w canlh'r â'kmivo ç' cAr1Á(er okndvo
A 8Ítuação experimentada naquela ocmino foi revêm ida. Dema da cwwpimç.W. Ele utiliía o termo "rrvcp|lKM)" que C O múb emprqµdo
vez, a ampla coalizão que bc formou voltou-w contra o go- pelem crmpirukm». µm oyçNRmr o mwirmw aN o qud a cumpimçao
Verno constitucional. okrwiva adquiriu um míüor q(nmo·
Tá Este termo — cnlbd thmúdj - cimMcb jxjr Nonkn e CoUber (1906), kC
O presidente do Con~o. Atuo Moura Andrade, que, tmpüado nr» lmhdhcm dc C)'Ckmnrü (Iw5) c rm wonkj (M6) Ikú acordo
nessa mesma posição em 1%1, havia deferdido a jxme de Cdu. com F¥mm»kj a «pcruttva do aw em N?bµp m» oucmo & cim caiútüo
IMO IbÔ gcrve dc moúvaçM» â ·u4 µnk'ÍpK»ml um m(wumm«muNµA
lart, proclamou a disµWção do Congmso "em ÍA7er fode o»
libemliuçâo ('m 'obp«'). cmno umNm mumru a pmbubüWmk de õumoo
HKrifkio6 para impedir que Dê ddlngr oobív 4 N4çao a terrível do mcvvimmo. ^mím, um Unuw ô um numrmwRdeMe&
desgraça do fim de 6Ua comtihüçâo dcmocmtkâ" e em pmcrvar 8kkcb mntu umÀ àm r~dhcb& ~ oum0o 0 mwimemm C~
pp. 54-5). O Dkmm·ú mulua cm cAbrukw dc c1wk80 e NteCkKw qw q0
"a autoridade da kl"." Sum decldlmç^ beiram o ajxjio de
·nscciµm pam Dm pmh'rçack Naco^kpcTjm ek, um ccmltmo
= empmariajs, governadom e polltkoz tcKÍoB aqueles KdidKjo (ou «Upc') & drmnmcü MVYF o limíooqumSo um rvánwocm·
ccMede ·1on» u'mpja em wh K(kr de mmdm que cm cwKm &µrúdµ·
çao ·cµim gmndemcnCe dímbnum (MX p. µ). Ivo mommoo
14 Dbamo pmnumiMo Tu elmum & kjçblMum cm 15 dc mnryuSe 1%4 (em o deito Rnck'agm, ou kµ. o eumemo "Krçmjvo de , c wddo
Di8f$bEàmõmkD 177. maio junPode 1964. p un
(1985. p. 7)).

182 ie
. '0.'

"%mte a ~ dcitoo. O apoio públko exibido «n nmrço pmlpb cruciAÍ e, como obocrva Stcpn, unificam 00 mllltnm, Moim, n
tou a AçK miútnr. poúçâo de Gouhrt tomou-w muito mnb vuhwMvd, Mo dó mim
O primeiro oind de que 00 oetom militam, que anterior" 00 militam quo connpiravmn ativnmento contm o 8oNmmo0 mm
tnmbém entru 00 oficwb kgdblm e mc memno entm oetom a ele
mmte npohvam apenm um eotrmégk dd«wiva, hwimn oido
convertidoô pcim unm pooiçâo ofemiva, veio na forma de um fnvorâveb (Stepan, 1978, pp. 130·1).
Ch pedide dc inlcrvcMüQ militar dc oucedemm Auro de
ordem do dia de Humberto Caotelo Bmnco, chefe do eotad+ Moura llmdmde, em nome da inMiluiçâo que preoidh, rdterou a
mMor do Exército, a 0cu6 Bubondimdoo, e indicava que a int«" prontkWo do Congrrmo para Ínzer "o que fone n«múxio" pam
vençao militar era iminmte. DW: "É imtrummtoo militam defender a democracia c a liberdade — "com a Nação e m Forem
nnclonnis e pennnnenteo Mo devem oer umdoô em def~ de um
progmmn do govemo, muho menoô µm dua prupa8Andn. mm Armndm". Argum·nt,w,i'
para gnmnlir u podem comtimdonMo, Deu funciommento e o
cumprimento cía KÍ",¶7 A PAIM, a Lol, a Ordem e m podem comútudomb rvpoumn m
ddom q m pmntk que lhm pomm &r 46 Forç» Anmdm lj
De acordo com oeu autor, a defhúçao de uma poúçâo dm Para No a Comtilubçao d«lmou·m imútulçm pmmnenw 0 u
Forção Armndm em neceiUria por IMo mzõeo. A primeira cm a «Iglu com buw m Mmrqiu e dbdplim l...) A Nação d'wêo p04&
intmKKlüilj&de e o oobmoaho verifkadoo CMN oew oubordim- rvunlr·w «n tomo do um Forçm Arrmdm. Dqvo cxíµ que do
doo apó® o comício de 13 dc muCo. A ocgun& era a pemµcliva mpdlo bua hkmrquk 0 quo Mo h oubv«u dua dbdpúm. [Oh
dc «mbdecimenlo do uma AmombWh Conmituinto para irwli. gomo Econônúco 177, mmo·junho de im pp. 40·1)
luir m wformm, o que comidemva "mrolucionário". O general
Cmldo Branco Ncúmva·oe µmmptoriamente a nceiWr o envol- Em 31 de mAKQ, um editoMl do jornal de cmtxo e pró·rdo'"
vimento dm Fonm Armndm neon pr'ogmm de ndormno. Fim1· mm, Cômio dci Maniú exigia a wnúncW de Goulnrt. A reacMj
mmte, o documento conddemva que 00 miútarco deveriam bc wmnda contra o governo começou rmoe meomo dim Dó princi·
definir ante a ampbçAo <ía "agiWçh" promovi& pelo CGT, tum pio comnndant« do ExCrclto dc juntnmm 40 forçm ~cío6m. A
organlznçAo que. oegundo de, Nprmenulva um "poder ikgnl". ddeoa do govemo ficou mtriui ao III ExCrdto, no Rio Grande do
Um (Mo Adkiond e dechivo pm El intervenção militar teve Sul, depoio que o comnndnnte do n Exército, Armury Kruel
lugar umn Hmana apóo a dimriz do gencml Cmteb Branco: a oupommenlc kal a Gouhrt, Dê juntou ao movimento. Goulnn
rrbcliAo doo mnrinhcirogy O tmuimento que o govemo deu a pnrtiu pm o Rio Gmnde do Sul, de onde Brizoln quio wpetlir o
me ncont«hnento foi mio um «límulo à ação doo militam. movimento de mhtência de 1961. vez, entmumto; lxin"
Goulart reverteu a ordem dmh pelo minhtro dn Mnrinhn de deim cln kgnúdnde u hnvia ôido cnptiundn peln coaÍi7 o gol-
ruprimir o movimento, levando à bua demiWo. Nem diMo, con- pima ^pxDveitando a au»ência de Goulnrt dn capitnL o próprio
cedeu auüMia aoô marinheiroo e eocolheu o novo minbho com o Congrvuo deofechou o golpe final no governo ao declnmr vaBo o
apoio de lidem oindkab Ugndw ao CGT. Com ema Mitude, Gou· cargo preddencWl.
krt foi acumdo de tramgrudir, de próprio, w princlpioo do hie·
mrquia e dbciplim dm foWm mmndm. A queolâo de dua Aulo-
pmervaçAo, ntravêo do controle oobm a dbcipúnn militnr era

17. O imo lnlqpd ô mmxhukk}em i~ cl d (1964. pp. 132.3).


1& Bm mç~ medkbo dbdpúmm oM«wW Fk) minblm d4 MaMN, (xx)
mMNdm h ndxümm q w anqumNmm m oodc doShdkmlo doo Mcm.
iá®ajo do Rb do kMm.

184 185
CONCLUSÃO

ENTRE DEMOCRAãA E REK)RMAS

No prh'lpio doo moo 60, no BmdL democmck e Momm


emm pombkfnn como objetivm polltkoo conílitnntm. Durmo o
período Goubrt, tomoum imponível a conMruçllo de um com-
pmmimo que combirume democmcW 0 Mormão em um projeto
político comiMenle. Dücmntm cwlkòm formnnunm em tomo
de cmb um degm ol*tivo$, cólmtumdm, m mdork dm ,
em função de um q em detrimento do outro. IR Imo, em düenm-
too conjunturm do prócemo polltko, di naúmçao de um
o|*ljvo0 lmplicnvn, om gmuo varWdoo, conceuõeo om rebçno
ho outro. A mtrulum do codlho político e dó llmitm impoótoo
peb oitmçâo econômim ceruunente dükmlWvam muito a molu-
CÃo de conflhoo mhmntivao dentm do qundro lnmótudcmd 'd·
gente. AJncb amim, Mo em tmpoomwL dmde o ínScio, uxm ooM·
Cão mgockdn. Em c4kía um dmm momentoA, dúemntôo fmom
contdbulmm pum o fmcM0o em abmçar um equilíbrio acelMvel
mim mgmo democn6tkm de compeMçAo poHtkm e mud~
ôdcbmonômk».
Em Agomo de 1961, a democmcb foi mAnudA pcmjue e
corwervadonm De amegurarmn do quo, com 4 mudmça p4m o
mgime pnrlmnc'ntnMa, ocNm caµzm do manter oob controk o
mnio e o ritmo dm rdormm, Gmj'kj0 ooqwrdkw q prú·rdor-
mm exigWm que ah regraô conmltucbmb pam 4 0whâo prvd·

187
f estritarmmte obáervadm a fim de .BHd,u aGoulart na obtenção de reformas g'aduais, limitadas. A coalizAo prô·
a plenitude de poderes que a CQmtihúçAo inmtia a pmidência mfonrm niô linha motivos para fa2er e adiar Duas
da República. Apesar dimo, a soluç» kgM no conflito mostrou- demmdm. porque m integrantes sabiam que poderiam contar
·e inviável. Os grupos corwervadom, que dominavam o Parla- aincb com dum ojpmuúdida para aummtar o seu jµxhitr e, com
mento, viam a manutenção do pmidenchlimno como uma ameaça 1880, tiunbCm a pmhibili&de de obter reformas ituií8 pnofuncW
aog interesses que n'presentavam. Por outro Indo, a disposição da A primeira era a eleição de outubro de 1962, que poderin
extrema-direita para ignorar o "formabmo" constitucional a fim alargar a repmentação parlamentar das forças pró-refomm.
de impedir o "comLuÚ6mo"f mcontmva pouca simpatia mtre Além de amplkr e comoli&r o apoio extraparlammúir, a tálkm
e"se5 µupos. O intemse dc» comervadom na manutmção do dc mobilimção política servia também a propósitos ekitomh.
jogo ekitoraL tendo em vbta m ckiçõm de 65, levou-os a rejeitar A ·egunda oportunidade era a restauração do -
a alternativa de ruptura institucional. Entirutanto, a fidelidade dos lbmo. Por es&u razòn, a coalizão pró-reformas ruo mtava motb
conservadores às rrgras instituciomh exhtentm Mo em tão forte vada a fazer conce$$õc$ e a abdicar de suas demandm.
a ponto de impedi-los de remendar a Comlituiçm para garantir- A naturem do comp~nisso parlammtarista legitimAvA m
lhes um poder ainda maior no pmc«oo dechório do que aquele reivindk'4lçòcg de poder de Goulart. Embora os gn'po' twjucdb-
de que já dispunham por selrm maiorin no Congrrmo. 148 e pró-rrformno rüo tivessem participado do compromixo quo
Para os conservadom, desejmos de protelar mudanças Mlerou o BjMcma de governo, uma avaliação realista do equilíbrio
mah radicais. o rugiíne rrlAmentarigla repnmentou a $oiução de poder prt·va1ecmte na crise sucessória os havia impedido de
institucional mAisj conveniente. Entretanto, a conjunção de inte- mdkdimr a lula pela kpliâidc. Para ases gmpos. a campmhn
'mses de g'mpos políticos impediu o go'emo parlamen- pelo Momo ao prrMmcialismo era também uma opKmunjdAde
taxista de funcionar efetivamente. para promover o Km programa de rdormas. Mais ainda, geu
No meio da crise sucesUN. Gouhrt havia ~oNdo um-] apoio à cmnpawíha aujnmtou sua influência sobre Goulart. Ao
emratégt3 "avesm¶ ;1 ráco", ou +0 a que lhe F "' ' ' " poder. virwular a rcmihúção do plmio poder preüdencia] à impkmcnW
ainda que limitado. Assim que amumiu o cargo, Bua primeira Cão do progmma dc rdonnas, os grupo" de esquerda obrigavam
prioridade foi a luta pelo pleno pode' pnmkkncial. Rua ~c fim, Goulnrt a um comprometimento mais forte com o progmma.
obteve total e incondicional apoio dcm gmpcm esquerdistm e na- Em Mlmn, essas comiderações não imediatas ditaram 119
cionalistas. Apesar das diferença6 entn êneo grufm formou-se, ' ações empreendidas pela coalizão pr6-reformas dumnle a expe·
durante o período parhmentmista, Iunn codiuo prirUplmente riêncin pirh~ntarim. Era irracional aceitar mudançm peque-
em tomo da necessidade de uma Morma Ag|rária mdica]. Con- mo, graduab, De novm oportunidades para mudanças maiô pro·
centrando suas atividades na mobilimçX ampb & população, a fundas jxxkriam Ber criadas. Entretanto, duas comeqüências
coalizão radical pró-reformas adoçou uma emratçgià maximalista dcma estratêgk. à qual retomarei. devem 6cr considemdm. A
que despremva a via da negociação no interior do Rulamento. primeira rdereme àg futuras p<mibilidades de formação de uma
Em vista de SUd frágil 'vpmentaMo no Congmso e das coalizão meno0 mdkal. porém mais forte, em favor dão reforrrm.
pranlüw adicionais que o novo regime dêmia contra a imple- A wgunda rdere-oe m avaliações. pela coalizão pró-mformm, de
7ntação de um programa rápido de rdormns, ob gmpos pru- sua própria força pohtica e de sua capacidade de 6ê confMnlar
m omas podiam esperar resultndm &olante limitados em rela- com a8 ÍqK'M de opohçao ao programa de rdormm.
m ao programa que haviam lançado. NAo MlAvam intere88ados Enhrtimto, m ações de Goulart e dos grupo' pró-Mormm
na btmca de intcm$eg dc mais longo prazo não foram o único
L ~Wum~ de Lacrnk «mm a µ~&Cmkn. obucub ao funcionammto efetivo do regime parhmenmrbW

1& l 189
Flleo encontmmm fortm alindoo entre m udemnçM nncionAh com que Bnir perdendo. Sua moluçao dependjn da conotruçâo de
oervadom» e pdíticoo que miavam preocuµdm, antm de mAj6 uxyw coaÚUO oobru um projeto cnpaz de ngluthwr o apoio dc
nndA, com Min Bobnvivênch política. É0té& ao contmrio dn coali· uma maioda no Congmoo.
uo pmdormm, ngimm com bnoe em comidemçõeo de cuRo Pela própria nnturem dm medidm de emabilhmçno com·
prazo e objeHvos hnecüalbtm. Movido por oeu in|emR em per· pmendidm no Plnno THennl, em difícil obter a concordAnck vo-
mnnecer no cargo e contr'obr fonleo de clientebmo, um númom lunMria dog grupm por elm Melados. Pnra oer bemmicedjdn, n
cmcento de cormrvndom 00 mourou dhpooto a abrir IMo dm hnpkmenlaçdo deooao medklnô eidgin, cerlammte, o pagamento
@vagunrdm lmtituciomb conlm mudmçm rápida ofmcbdm de cumob no preomte pam que benefícioo incerlo0 foooem obtldoo
pelo N8hnc parlmnentarbtn. no Muro. O governo, como urm tercetm prto, ~~u om
A eleição de 1962, de fato, ampúou a rvpmentmAo dm moegumr n coopemçAo doo pdncjpm0 grupoo envoMdoo: Fhm
forem pr6rdonrm no Cong~o. Ch muhadoo do plebiocito obter a nquieocênch d~eo grupem An polllkm propootm, o go-
legithnamm o mandato do pmidente. Foi cIndo um novo ímpeto v«no diopunha de dolo meiom coerçAo e penunMo. Entmtnnto,
b mpimç&'o por rdormno, ~ dolo eventw, enttvlmto, Lnm· pam implemenuir uma poHtkm coercitlvA leria que oupemr duas
bem ddlnimm 00 µrMneuoo polítkoo dentro doo qmb c00m ordeno do dWkul&deo. Primeiro, o buído teria que pomiúr um
demandm podeNm r rt'dizar. Dentro do gumbo inNtitucional apamto efetivo pra controlar aummtoo de mlárioo e pnço0. O
exhtente Mo miava nonhum outro mumo de poder a Der con· governo ponuüi um nmplo conjunto de imtrumentoo, corporüi·
qublado. Não cmvam prvviotm ekjç^ µrlmnentanm me 1966. cadoo na legbhçâo corpomtivbta, que lhe permitiriA conter o
O pmidente miava invemido dm pmmptivm mnpúndm quo o movimento lratmlhbtn e mant« dentro de limitm ncdtAveb ao
Nglme pmidencinlbtu atribuk ao muço. Mm m ckmjndm Mor· rdvindkaçõeo por maiom oaWriu. No entnnto, com relnçAo no0
mm Mndn dopendiam de um Congr~o pNdominantemente mpimbtm, faltavam mecmbmoo nece'mrioN pam impor-lheo
comervador. uma polítkn do controle de pmçm. A oegundn dificulclnde rde·
Se o ruginw pnrlamenmriota foi inmµz de produzir qua)· dnme tis condkõeo polnicm pnm a implcmenwçao de umn polh
quer nOlo m ngenda de rdormnn, Bem dewmpcnho na árm eh tica coercitiva, Para jun governo cujn princlµú bme de apoio
economh foi nindn nwb d~rlhmdor. Dmk 1%1, a oltmçao eco· emm on tmhdhndom e Mino ormznçõc0 ojndlcnb, oerin muito
nômica da nnçâo hnvb De doteriomdo rapidnmmW. O cmc1· anriocndo, neMo impcmofvd, umr a cocfçAO contm eMA hme poH"
mento per cmpila do PIB caiu de 7,2% em 1%1 paru 23% no ano ticn, pmiculnrmente De Be mootm~ incnpaz de impor, por outro
oeguinte; no mo µrbdo a infbçâo nubiu de 4Z9% pm 55,8% Indo, umn polllka de controle de pnçob.
(Wnlkmeixt 1980, p. S). F fmom, «·onòmkm e pohticw, bdüàm· Dofrontado com emng Mlernmivm, o govemo optou por
vam o cuno dm polílim8 govemmnmW no começo de 1963, tmr a pemuiuo. Entmtnnto, a efetividnde dcme rumo de ação
O Plmo Triennl e n rdormi a8MN propooln pelo governo dependin gmndemmte do rúvd de confiançn de que dhpunhn.
emm doh tipos dbtintog de medidão e bc voltnvam pnra a molir 00 hvqüenteo movimentoo de Goubm jmm a dhuita, durante o
CIlo de probkmm divemog que dó poderhm Ber rmlim&o oob regime µrlnmmtarbtn, paru auegurur n mtitubçao do pleno
dúervnteo condk'òeo. O Plano 1'riennl poderia produàr bendkioN poder, kvantnvmn dúvidm m eoquer'ch Bobrv dua intenção do
a longo prazo pam lodm n$ fmç^ e cía8hb, ainda que 1mpli· promover m rdormm. Suno mmobrm no cabo UST mimmtamm
CA00ê em oacrífkicm hnedktoo. O 0uceuo de Dua impkmenmçâo ain& mdo Quo omtimento. Mnb Mndíj, 00 gmpoo do e»querdn
nxjueN um comemo em rehção aos mcriílcie a mvm nrcado* tinhíun também uma poMçAo rndkd Bobm a Bolmo do pro·
por cAdA grupo. A rdomm agmria. por outro Indo, em, omanchl· blemn da infindo. Como colocou o deputado sérgio MA8AHe00
mmte, tum medjch MJMributlva. lmvitavulnwnlo alguém teria pmidento dn Frvnte PArbmenmr Nncionabta a e«juerda mm-

IBO m 191
tlnhn "uma diveryênch doutrimrin com o Plnno THend poryue GoujmN leN mquek momento umn cxcdmte oponunidnde de
ek partk dn oupodçâo de que a infbçno muhavn de dmtquill·
foruikcer a poúçao do minimo da Famnda, San 1kgo Dantm, c
brioo ommentârioo e pmblemm firmnceim inlemoo e não (..J dn
nHim aummmr ao chanctw de 6uc~o do Plnno TPkmL No m-
alSvldade de gmpoo intemnciomb". Para elo, o Plmo rvvelava
umn "poHtkn conciúmórW e ínlhava nn dd~ dA "idéin de um úmlo, como c8cNwu m Cpaca:
dmnvdvhnento independente da economia" (1964, p. 120). m
Evhando um compmnwthnenw lold, o PYmklenH dommtm quo
lidemnçao doo movhnentm do6 tralmlhMom concordavam com lmlw nwmo q de$confki 0 ddm Omo um mnco pm ponlvub
eooa poMçAo. Entmânto, como µ ohervd nntm, meômo np o ruclradm atmtóllçic4», tao do seu nulo. Se o k Bdzok comogulr
CGT eolive~ inclimdo a mponder podlivmnente ao apelo cIo mobüWr mom imporúmtcm dA oplniao pública contm a polítk»
governo pam mtringir mlArim, Mo teria oido capaz do aMegu· do Mhúolro a l'mmdm mlmndojho as condiçm do exito, o
mr a &quj~nLu de tmbahmdom. Rmldenle podorW em Nêwmla dim rrcupemr büâ pmiçao anlo·
Ch c^pimblM Mo pcmuúun oyÍzAçW LyntrAuzadm, q dor, artlculmdo« pam a Mpõ~, que Qk mmno µ (ormubu,
m princ1µh môocüçW nmgimm de forma diwma ao Nino do apdo ao povo em (acu do um Mqµda imuíldem do cobk
Trienal m mociam ComercW opmeram·n, duele o co· ração dm dom d4 indüwk q doo mgmw do com«do. 1~
moço, ao Pkno. Am AMOCÍAçN!1b lndwtriMo, que apojnram inkhl- Idio Branco, 1973, l' tomo, p. 125j
mente a poUtica govemmncnlaL vimm-oe dinnle de um problema
mmílogo ao da organimçào centml doo tmbdhMom: Mo dhpu- A côquerdn Np¢tja que Goulnn Mvia d+
nham de mecani»moô apropNdoó µm conlrolnr on capitabuw mponlndo m mµmyaô colocadm oobru 0iw adminimmçAo np6o
ind|vjdluú0, Mn|g importante Mndn, enm oWlrlimç^ oxighm, o plebbcilo, indmindo no fmcamo de oun "política concilintôrin",
como pwcoMiçAo para bêú apoio, a dcmonslmçAo eh cnµwidncle dn qual o Pkno Tnknnl cm comidcrado n princiµú QxpreMAo.
do governo de conlrolnr Mvindk«õeo mlnriMo. E0úiva em jogo Ihga MegaçAo, no entanto, lmcava-oc cm uma avMi«lb otimima
a capacidmk do govemo de mbtir a pkvmõc0 do movimento em Nhçno à oxlendo do apoio concedido a Gouhn por ocmíão
dndicnj. A ~alnda dm rdvlndkmçõeó mhritho e m elevaçN» no6 do plebiscito. Se, de (alô, com o pkbbdto hnvW nido wnovado
6alÁriog no Mor público induziram u gxujm câpimbtm a ado· um volo de confW'a no gowmo, Mo foi chdo a Goulart o grau
tarvm umn podçâo mnb rígida em ruhçllo ao Plano. de liberdade que m gmpog «querdimm imblhm em afirmar.
Goulm1, por bua vez, Mo demomtmva um compromeli· Apmar de ruconhecer a hnportâncin do bucomk) do Plano, Gouliu1
mento firme com o Phno 1Hmd. Com boo, no mmmo temp que oemµu ndulou em Uw empmw apoio integral. E esoa rdutAncin
pedia npaio enhv ncub aliados à e«|ued© dhnenlava m díeweon· minou de formn irremediâvd dum pouibili&dm de suamo.
fhnçm dog gmpu lb òun dhuila quanto à dua dhpooiçâo pra Em 1%3, umn ccmlimo viloriom poderln ter oido formndn
mhtir ao ruivindkam doo primdm. Dede o momento em em npoio a umn rdormn agrúrb. Pmtknmenle lodos w grupos
que o Phno foi pomo em nçAo, oh mommva um tendôncW µra concordavam que uma Morma agrthia era nec@ün(l. A6 clhlor-
colher 00 oeuo íMob wm NW 00 cumor. Já em kvcnúro de 1ÇKh% çòeo na mtrutum ngMria emm demagindMnen|c evidemes. As
em Bua colunn política, Cmtello Bmnco comenlâvA a inmiúaçdo, propriedndeo mdorvo de quinhentcm hectarm, cormopondendo a
enlm betom polllicow iníluenteo, com o que eko oenthm como 2% do número total de propriedndeg (43 mil de 33 ,mi|~),
um npoio imuficimlo de Goubrl pam Damão no Minblério da ocupavam 58% do lodn a arra rumi. Entmumto, e propriedn·
Famub. Como rrmtm a anábo da dlunçáo (eitn por jornn- da rupmenWvam apenm 3,5% a Aruã cultivMh lolal.' hgo in·
bW a poMçAo Ambgua de Gouhn em rulnçâo à cAliça cía co-
querdn ao Plmo THeml em enWo evidmte, De acordo com ele,
?. Wr Wr(l%5, p. 1$7),Qmdm 74

192 l m
dica que apenas um punhado de gmndm f'oprktáricm dc terra A falta de informações precisas dificulta a avaliação da
terin sido afetado por urrw rdormn ngrúrin. abrangènch real de urna reforma agária m termm prDpoBtog
Existia consenso, entre um amplo c¶x!clro de grupos. de pdo PSD. Uma rápida olhada em algumas cifras, mtreuinto, in-
que o latifúndio improdutivo conmitub um grande obstáculo ao dica que, embora a Morma proposta não tivesse sido uúkiente
desenvolvimento da ngricullum e ao cNM'Ímenlo econômico. Os para alterar a cMrulura dc propriedade da terra, os aew efeito»
eleitos positivos de uma Morma agrária na expansão do mer- redhtribuHvos não teriam sido de todo imignifkanta. A dem·
cado interno em outro ponto de comemo. µmkubrmmte LTlhe proprimao de propriedades improdutivm maiom do que qui-
(is mom industriais. Em wLiçjo a M&m doh âbfMNt'W, C inteíes- nhenloo hectmm teria atingido 65% da área rural total mmando
6ânte notar que tanto o IPÉS como o Partido Comunista concor- 15,1 mlu~ de hectarrs. Isso correspondia à áreu ocupacb px'r
díwamú 220 mil prophedachm entre 50 e 99 hectares. Além disso. o pmelo
Embora ninguém queshomuc a n«múdade dc uma mu- do PSD deixava margem para ser definida pditicamente o que
dança no mmpo. penmnech abda a »eguinte questão política: comtituirúi exatmmnte uma "área explorada cm condiç^ antie-
"Que grau de mudança r 1880 teria que ser molvido na arena conômicm". Comidcmndo a proporção de propricdadcs maioreo
parlamentar. quequinhente hectares ocupadas por planWõm (3%) e po' pás-
A postura intmmigenle do PTB em relação a seu projeto de mgem (52%), pode·se ·upor que boa parte das últimm não emm
emenda conslilucional contribuiu para MÍrmr n mição dos con- "explomdíw em condiçm econômicas satidatóriaC. Ema Ulua-
m'adores radicais. A imklêmh do pmido do governo em um Cão poderia fornecer um bom a%ummto para a dmapropdaçAo
prujeto. que. dada sua abmngèncú, ma imceiúvel âo6 grupos de pane dcuas lenas com a finalidade de aummlar a produção
centristas, impcMbililar'a um acokío mbn' uma alternativa mais de alimentw 3
Quíiunáo, após o pkbbcito, o governo tentou impkmentnr
viávcL Goulart. novamente, adotou unu po61urj ambígua Em-
bora tivesse, inkíilmtmte, rrconhccbdo w imporlSncia de obter a o Phno Trienal e passar urna lei dc reforma agrária, a coalíuo
%ncordàncij dos conscrvadom para o µWmento da indeniza- radical p+Mormiw talhou em perutber que a dtuaçao havia
ç¢ o com títulos da dívida pública, Mo sumenlou ema linha de mudado e que não mais contaria com uma nova oportunidade,
raciocínio c, por várim vezes, cedeu oiS pkl¶wõc1n do PTB. no futuro próximo, µm aummtar seu poder dentro dog linúleo
A proposta do PSD de que a de8apropriação dm proprieda- do quadro inmitucionàl existente. Se os grupem pró-mformm ti-
des majoR.·3 do que quinhimlcm hectares deveria nc limitar àg que nham pK)r objetivo aprovar as reformas dentro das regrm demo.
fossem improdutivas ou exploradm cm condjç^ mieconbmi- cTâticm vigenlm, deveriam ter mudado sua estralêgia. Ao manter
cãs. não foi aceita pelo PTB, Bob o argumento dc que constitufij a eMralêgb maximalht.i. pema «n ação durante o regime pmÍa·
um "negócio agrário". mmtmbw, e a Iátka dc buscar fora do Parlammto o apoio para
medidm que dependiam da aprovação do Congresso. ebn estar
I M cilr» acirM Be Mcmm a pmpmmbdm e ruo 4 pny"hmnmb Kbo üNfka vani Agindo inconústmtemente. Estavam pmticaMo tum espé-
= ;"ümem th' mrriimncm em 4~ menor &qir o mm«u dc µupric· cie de mdkalimo que cormpondia a "um desejo impaciente de
explorar ao máximo as possibilidades do momento prmente íb
4. Vbr a pnHkaçao & 11'15. lérPnm A\XNN — Pnübme, 8~1 .çduçüb (IN.
1Q64) e também 'Iapu (IINL pp. 534-UJ). 1mnlun o IBM), no âxmmcnko Re-
=diuuw mbm · Kr/~ AjNM (1961), ^4 4 m»ma rmim Sabeu a 5. A Ionte ~ inlormuao e o c' N71k'o|a de ]95O;gob " mmmm cm¶p·
,nn.T &1RAD, ver Ihr (l^ rip 4(d Q) e(bmMYp(lg79. pp.6&5). Aym ruo Mo mIAO dbprmíva no ("cmode 196O(IBGE, 1çw., p. 56). Seu 1»0, min"
un lkkr do 1115, rricn·-w h dúkukh&» que' Úvemm mm emüdecer 14Mh rnMnmevalldo fKNjuc ruo M indicKao deqw a Úlukâo t~ mu.
uma alikmçai com os grmxk» pn'r~rkm &wtv4 okvkSoA pmbç» favmãvd dmo de um dCc»da pam outm. A WmmWn de Am cuhivMl& Fr
çhg ms ml heLK3o 3 rrhmm agmrb (cm Skk~L 1964. p. }4ln. ·wmph em &3% em 195Oe35% em 196Q

194 195
cugia da criação ótima dc novas possibilidades" (Élmer, 1978, vida pública, e o Estatuto da Terra fomm ajmvadm com o voto
p. 144). Além disso, praticavam um radicalismo mórico que Mo de parlamenlan's do PTB e do Partido sccklhuí que ainda rema-
·e adequava a algumm de mim propostas específicm de politica vam apa o expurgo Bofrido no Congmmo? O projeto de rdomuí
Por exemplo, as propostas de "Morma agrária radical" Khúam agrária então aprovado era muito malo lknitado do que a pro"
o que o Partido Comunhta chamava de "medidag paxrüb". poma do PSD.'
Tanto a Declaração de Belo Horizonte, de novembro de 1961, É difícil demonstrar como o Íracm8o em abmnçar um
como o projeto apmentado pelo Conselho Nacional dm Ugm acordo Bobre a8 mformas influemiou m probabilidades futum
Cnmponesas, em junho dc 1963. propunham a "d~propriaçAo, de moluç4o dA crise Bem ruptura inmitucionaL Uma constataçlbo
pelo governo, das temjg Mo 4provcitada$ das prripri«b6 com tmrupamite e imediata foi a imfiacbi do govemo.' Em 1963, o
ansa ·upcrior a SOO hccuim a parti' das mai' Fk'pujo"u¢ gov«no leve urna atuação ainda pior que no ano anterÍoE O
dm proximidades dog gran^ centros, das principah vias de crmchnenlo pr' capita foi negativo e a inflação dispajrUIL As úni-
comunicação e rvmervag dc águn".' O fato de que o ppjeto do cas conquhuw legislativas significativaô — a kl restringindo a
PSD contemplava e8$a meoma medida, à8sÍm como o µgamcnto remcma cIe lucros e a legidaçào previdenciAria pnra a área rum]
dm indenizações com tíhjjoB da dívida pública — condição sine — µmuimceram sem aplicação.
quá non para a realização cja reforma agrária —. foi ignorado. No início de 196L já em tarde dermih pm ccmsolidar umA
A recusa do PTB a mudançm em seu ~0 de reforma Frente. tiíl como ccmaebida por Sari Tiago Dantas, a fim de conter
comtitucional exprmsava b lógica de uma ideologia que Mo a mdicalimçAo poHtica e obt« um Aconjo mbre um programa d"
aceitava nenhuma allcrnnüva aquém da solução ótirrw" (Santos, reforma agráda. A radicalização µ dominava a cem política. A
1%1, p. 157). Por trás doma pouum, amplamente adotadn pelos ação independente, isto é, cada um viver in|cnN,1m¢mte seu pr6
gmpos de esquerdn, cBtava a convicção dc que a atividnde parla- prio papel. tomou-n a estratégüi domimnlc.
mentar era Luna mera pbtdorrm para pmpaganda radical e Mo O clima político estava tomado por ·'upeilas, acusações e
lunA via para rdormm gradimb. Por razão, 'mcs WP°' contm-acumçõeo. Avultava o «pecho de um golpe seja da di-
eram extremamente cn~ à cooperação com forças de cenho. reita ou da mquerda. Exxµanlo a direita rWx)najbilizava o presi-
Além disso. os grupoo pr6·mformase de mquerda nÁo ncredi-
lavam na eficácia cÍã8 medidas propostas, sçja do PLmo Trienal 7. Ncma ocníao, em âcc da ofx»bçao ofem'ÍcÍA pela UI)N c de pua m
ou dos projetos de refonm agrária apresentados no Con~o. F 'p'u' " r*to 'k' governo. o relato' do nt::' foi ° ckjputado gociúbta
^um6o Vom. Él rmvel que. mmmo dkp" A:l| ' que Nwü ·fxUdo e.
mai8 importante ainda. mantinham a crença de que oairWn pmmo, M'b um pvutk) cm que "cmdüva". a 4,)/Y ccmtinuou se opurdo A
favorecidos de um confronto com as ÍOKâ$ de opcmiçâo. F~ emn& «mutrrknú µm · rdomu agmm
era, talvez, a razão principal que levava a coalizão mdical & M ~rmpmçõa' kmm cxxÚímdm m armo de cmfhto a K% LmnbCim F'-
deu m o1Eiv¢m rcdbtributive cruatuMc» pck'o gnjrm prú·rdúr~ O Fb·
pró-rcforrnm a sustentar sua cMratCgia maximalista. Eme câ1· Imuto eh ürrm mkrou uma ênfme muito mmor nA lomwçao de grande¶b em·
culo, no entanto, mo6trou-w üwormo. O confronto Mo multou pnmm Akrkx'|m do que na amplkçAo & pmphedMIc 0 um núm"m gmrde &
nA vitória da reforma A8n¢hú demandada. Entretanto, ê inCem- lmnllW |KN chum a McMo tmntiCm µm o bio de que o F~atnbukk~
µpd d" gm"dk' "E?" Wkd" m' EMatuw & Tem c mim rmicx TEm
Bante notar que a reformn agráN foi mantida na agendn do ~) Mmdolf w.qrxpmüe~· r'w~ hmílijr cimp=
primeiro governo miliwr. Prrcimmmtc um ano ap& a dérmea eh g. Pan um mcrkb de ruµum dc regime qu' mmrrm a dWkü 'k' Sp
propoua de em«da comtituciond do PIB, a Emenda N 10, ver uru (MN). IXu define a eficAcÍA ermo a "c~dMk de um reµne,µm
cncxmtmr oojWNm
61McmA plftko pan' eque
(e Mjuekm pmbkmm lmkvo
De oalkmam cm «m que De
quMquer ddmuLófkd),
mommo uüjµcr
permitindo o pagmnenlo & d~propriação com titule cÍa di-
qne Ao W«Ybídcm rmb comomtbhtórkm doqiw mmtblmônc» porcida&»
á Fhm o temocomphso dc~ &cu~mo. wr (1%4. pp 12L3A c«wdcnkm" (1978, pp 20jk

1% 197
dmte por fomentar a revolução, a esquerda aguçava $êtl9 ataques maior parte dc» grupos de esquerda e do movimento oindkal
sobre sua "política de conciliação". metrava pk)uca preocupação com a organização de Blm baMm.l'
As atitudes da maioria dm alom pK)lflico0 eram permeadas Imo h tornou muito dependmteis de cirrunstàndm favomvck
por inconsistências. O PSD atava à beira do rompimento com o das qmh tiravam proveito com habilidade e rapidez; mm emm
governo, mas seu apego no poder era niais forte. O wiaíb impor- incaµizm de discernir n natureza derivada de acu poder. Mak
tante, pm o partido, em a vitória de Kubitnhek nn eleição presi- ainda, a ecKluerdn mdkal mostrava-se cética com rdaçAo â Fona e
dencial de 65. à audAcin de 6êw inimi808.
Goulart radicalizou bua poHçAo, mão. apOa o comkio de 13 Todm C88êb wpectos ficaram tnínsparentm rim
de 1tuòh,o, tmtou reavivar a Frente de Dantaó e A66umir 6Ua cook akança&o pelo encontro do comando nacional dw Grupe» doo
denação. Dessa vez, entretanto, esWva dhpooto a correr 06 físc\o& Onze, oconridn em 24 dc março de 1964, com o obktivo de anAli·
Algumas horas anta do comkio, di~ "Hoje vou correr todos os bjt a Úlunçao FK)Htica vigmtc. O encontro foi presidido por Bri·
riscos. O máximo que pode me acontecer C Bcr dqxmo. Não zob e contam com a pmjcipação da liderança do movimento
renunciaM [como Quadm], ou cometerei mkklio [como Var- doo mrgentoò e dos marinheiros. Eles concluíram, primeim-
gas]. De agora em diante govemaM apenm com o povo [·..)"(ci" mente, que a organiznçAo da Wuerda n!volucioruSria em muito
lado em Callado, 1964, p. 256). Abda moim, como sua própria fMgil e, por imo, rulo seria capaz de mfrentnr sozinhn um golpe
declaração indica, ele estava candente dm Nüçòea que poderia Fm segundo lugar, consideraram a probabilidade de Goulart len-
provocar. Por isso, não foi km vacibçõos que embarrou em urna tar um golpe. Se isso ocormge, achavam que Mo havcrin opoh-
eslmtégia radical. A sua tentativa de hohr á ~jueMa radical çao porque Goulart levantaria a bandeira das idormm e timria
durante a oryuüzaçáo do comkio mdou a tendelrKk de Goulart vantagem do ódio fx'pujar a Lacerda. N cabo. aOummtA-
cm buscar um «juiHbrio tom eh radkalímção." Mm o comkio vam, BêTÍA nccaurio emprêgír as mesmas táticas utilitzacW com
havia desencadeado foNM 4 mqueMa e à dixita quo o governo no comício de 13 de mako. ou seja. participar e tentar
não mab podia ·ontndar. Emjuiuuo Goulm cKoÜúa o KiKo pre" wumir a dijmÀo de cvcntm. traiwfornwndo o golpe no inkio
viso. e militares cakubvam czkía jmmo, ntê cm momentoúl da revolução. Finalmente, no caso de um golpe de direita — o
Apenas a esquerda radical agh combtentemente tmtando que a maioria cíob µirticipantes do encontro comiderou a hipO"
Bempre empurrar o govemo pira podç&m mais mdicais. As "vi- 1~ menog pr'oviível —, concluíram que as chancm de miotênch
tórias" de 1961 e da antecipaçAo do pkbbcito criaram nesses a ml golpe depená do mnanescente apoio militar ao 8ovemo,u
gmpos um senso inealista de poder." A coalizão radical não foi Entrutanto, lodu as considerações acima 6obrr an ambigüi·
capaz de perceber a innuênciA de outroo fatojm que não o beú dadm e irromblêMm dos atores políticos devem ser encaradm
próprio poder. nos resuhadm oNidoo nemag ocmíõ¢!$. De fato, a A luz de urm Ütuaçào que lha' impunha tanfm c(mtmdjtó~ e
fomentava a ambigíii&de e a besitação." Além dimo, a rapidez
lã Eica tendência csalknuch µ)rumcjt~vmorNlnkoW Mubedem~m
que Coubn tmCou ruo AfK!T6M &r um tom mmm mdocal ao comkio, mas 13 sdúnh¥b cTmhjmdl|x de lkúnk mxRvceo huodequro mdormu de
tmmNm c3tâvj iMcíbo em minAr m dcrmcm munrbckm. mjprciMmme o ld bua hmw~'efn oyntar nw6ãs quco gmtcrdmmtjn (IBM p ZXJ). Hk
dcmlo ck mcionaliuçao (CWelb Bmnro, 197!5, 7 tomo. pp mm. SoIm a
AÂrmA que a cmnbmçlbo _ Gmp dcg Onze carmjçou muito Lmh' $KMÍjlE ao
lcmutiva de excluir Brizolii o mi 1TijN ver Schüllng (lWl, pp. 223). bdzolbw cmumim Q*rmmh "pm'mb mckmajbw µra hn'r a Nrvdtanr
n. De ocondo com Com, usmem aN o Aµ)k), em 30 de março. do Coman-
(IBM p. 244).
dmle do [I Exército. &~m1 Amury KnirL c» mühóim cnnchifmm que a IL Mapnruçm ~Uncrmtro 1weimn« no mimo de um µnk9panle ç5dNll·
1Nerv~o Moera um avenlum mm um rbcomkubdo ÇIQ64· Lm im 1qq'1. r 54k
12 (h ¢!ktíw da ~cHIj mm&meme dc mk·iúm a mim dab ep~dW \ÃCT IS ·xrmpk'.
Uma cnmrm"ao
que pudecom o c~ dúkno
0« corUjcmdo umjpde
lkkrilummr
pdltkoeme r~
itwí0 AlkmelbC
NtNlkkme
mmúmcmro joFMj K!mAnd pulUMo M' 6rum & Brbtob. O Pm,À0H

198 199
mm moderadno, jxjrém, à cuda da rupmdo de gir'ev« políticas.
com que os eventos Be denenrobm e o nível de incertem que
Esse movimento poderia ter tido o cIcRo de ampliar o apoio da
caracteriza urna sittujção de ciüe podem reduzir grandemente a
cnpicidade dos atores em avaliar Beú pirúprio papel e o de outro& centro-dirrita no Congresso de formi a pamar a emmda constitu-
cional sobre a reforma agária. Por outro bdo, Goulart também
Dentre cm várioo multados imaginável' que p'id~em
combinar, em variem gram. democmcia e ndormm, algum eram poderia ter Udo capaz de neutralizar a opoúçao de extrema-dl-
hnpossíveis ou altammte improvâvcb. Um cenário no qual Ag reita. Duim Úluação concreta nn qunl democracia limitada pod""
rugra6 democráticas temem lnlegralmmte mantidm e m refor- ria ter-w combinado com reformas linútndas aconteceu em
mas radicais realizadm, por exemplo, estava compktammte fora rrulNo de 1964. Mesmo nessa últinw conjuntura, Goulart poderia
do leque de allemativm pcmíveis, devido à maioria comervn- ter Udo mµz de manter geu rwindato « bc dispusesse a distan-
dora no Congrvmso. A imlabçào de um regime autoritário meio- cia~ de 6em aliado6 na· oqµNmcòes ·indicmh, «n troca do
Mista de esquerda caW. de implantar as reformas mdicab, apoio dm militares e do Congrrmo. A decbmçâo de Kubitscheke
também parecia impcmívd jxmjue faltavam à muercb ruvolu- de algum militam instando Goulm a governar com 06 partid«
cloruria a organimçao e o apoio militar nece88árjcm. ÉrltNtanto, e com m Foras Armadas e não com m oWlni7Açõe$ de trabalha-
cuê resultado não era dcmcamdo do repertório de allmwtivm dom corrobora a hipótese de que Gcmbn poderia ter mantido
contemplado pela esquerda mdjcal. Por outro lado, a manutm- ku mandato.'" Tal curso de «Ao, como Goulart havia anteci·
do do status quo, ou seja. plena democracia e nenhuma Morma, pado. acarmtmia um mombe custo. Ele, muito provavelrmnte,
era igualmente um multado allammte improvável. dAdag Ag leiria Udo 1oNndo a conduzir umA reprr'mão generalizada contra
cre8centcs demandas por mudança e redistribuição, bem dd gnum de esquerda. e, umn vez alirúwdo com os militam,
como a tendência para o aunlento da representação de fowAõ ficarin "nmarrado" a rjê3 por um futum inlpluvbível,17
pró-reformas no Congmso. Findbnente, um terceiro muluido pcmível poderia ter en-
Entrrtanto, além do multado realmente ocorrido — ne- volvido a impbemmtação de reformAB moderadas 6ob o quadro
nhuma democracia e nenhuma reforma — três outrem ceTÁr1jog democrático existente em uma dão dum ccmjuntum : ou durante
eram possíveis em um ou outro momento. O primeiro e mnh o pedodo pidiunmtarista ou imedjAtMncTltL' AfÓlb O plebiscito. Du·
remoto era a combinação dc "dgumn" democracia com Mormas rame o µirbuncn4mo, a coalizão pró-rdormas poderia ber aceito
mdicais. Se Goulart desfrutam de um apoio nacionnlhta maio rdormm graduais. Entretanto, ruo tirúw motivos µira fazê-lo. já
forte entru os militares, 0j deckmção do estado de sítio poderia ler que a' oportunidades para obter reformas mab profundas ainda
conduzido a esse mulmdo. Para que esse multado Be realiza~, miavam dbporüveis. Depois do pkbbcilo. 06 g'upo' pró-refor-
no entanto, seria nec~ârio que a esquerda confk~ inteim.
mmte na intenção de Goulnn em promov« rdormm mdicnh. já Em 31 de mAKo, KuHwcXk c o gcncml 1k·vib«pw. cheh' do Emck»Makw
Um segundo ceruírio — combinando alguma democracia e dm FoRm Armdu,tiveram um kmp cxjnvcru m qml pmsionamm n'a1·
mento c:oulm a ucdlaresle caminho. Para mia cônvena, ver Silva (1975.
dguím reforma — delineou-w rim circunstâncias r'eah Bob ng p. un) e enuevbla com KnHtochek (1974). ~'Mo o 61Lncral Zertjüú. q'"
quah Goulart buscou governar com poderes extraordiMrioo em mwv4 nn «mando d·trop» Imb k) N~no m nIµo de Cmpwa no di4
outubro de 1963. Se a tentativa de Goulart para estabelecer um 31 de mArV'. " ~ KnxL commdmvte doli [htmto, de $cµmNuao
muvtmemo ~m Goukrt fel a enm~ euçncw. A m~ deGoulm fã
atado de sítio tivesse dado certo, ter-m-ia ~do próximo n
que dc nunc4 tinN gido mpu dc «mim «ym cm mükmm e quc,"gm ruo
uma dtuaçâo na qual de teria Udo capaz de implementar Mor- 17 = "lwukmrm foirçu q'" ""r ,°'pkmm (Zcrtinl 1974.p. 7).
o nuib do que (m fàtom 8Ijuna'm p'rStepm a pmrpçao qnc Couhn
tiniu cía mwçaocm quese encrjntmv4 eleve u'-b 1Nhúd& a assumir o Neo
kgkmmente mab cmÚMcnlu do que Gouhn. apmmtou poMum ocmeúun.
de "Hmr ao 1a& do pov'0"·
W em Mguims ocmm. \ikr Vakrunwk (1978).

200 201
0
mas tiveram novamente uma cÉulrKc de conquistar rdormns
mais amplas. As razões que levaram a coalizão pró-rdormm a
repelir essa alternativa foram revistas neste capítulo. Além dessas
razões, um outro fator contribuiu para impedir a realização de BIBLIOGRAFIA
quakjuer das duas possibilidades de combinar reforma e demo-
cracia, ou seja. a visão instrummtal de democràciL mantida tanto
pela direita como pela esquerda. De fato. os gmm e'quelndhlag
e pró-reformas buscavam essas reformas ainda que ao custo da
democraciay Para obter as reformas, propunham e meavam dh-
postos a apoiar soluções não dcmocráticm. Aceitavam o jogo
democrático sommte enquanto Fo$6c compatível com a Morma
radica]. A direita por outro lado, sempre esteve pronta a quebrar
as regras democráticas, rvcoinnendo a essas regras apenas qumdo
lhes eram úteis para ddmder interesses ent6heirados. Aceita-
vam a democracia apenas como meio que lhes pmibilitava a
manutenção de privilégios. Ambos os grupos suH'nviam a Andrade, Auro de Moum, um Cbngnmo Conlm o Anbílno — c
noção de governo democrático apenas no que Rrvjsse àib 6uag Mcmónw — 1%1-1967, Rio de kneüo, Nova FrontêkL 19$Z
conveniências?' Nenhum deles aceitava a incerteza ineirunte às Nít·&r, Remo, Remo AxM (Dqpommlo), Rb de knetro. CPDOC/FGV-
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