Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I '
..,;gios ele Seu "-"''~>~Yim<n!O. po< alguos IDlicoa
meus da comurudadc: da h1Réna da Ane. e eom eb
di.scutidas. panu.:ularmentc Nan Ptene, euja obra tccr·
ca do cineuct~ 1110!IU'(MH!t swnamenre esclarece-
dora paro mlm. c Andréc: llayum So\1 profwulamenlc
grata pOr suaJa.ugctiiÔCII, bem como por àquelas apre-
senládas por Karcn Kcnne•ly e a pinlOiit Susan Crilc.
M inh.;l t'rlltorll f\11 V1lr-ina Pre-t~ll, B1ubàrt Ou"'• forne-
ceu a &Juda c o c~imu l o nec~sáti os a um projeto dcs-
:;a natureza. Sou artiW por )êU tato e éOmpetêncta.
Como C!J'C h\rodc:Uifta·ie, em grande parte, a cstu·
d:mtcs, é minha esp.'fllltÇI que reflita o cntcndrmcnto
cbs perguntas r c;uênc115 ~u.~:itadls pdo contato LID·
aal com OO,ecos ~ JCOit A meus p::ns.. ~ lan~ e
Bcnba Epslem. ()) pnn~ a aguçar-me o ~udo
dessa o:pcriêocia. tinto em iOIS aspectos protimw.•·
cos como pra.zcroiOS. dtrijo o meu nw$ profundo .,.a·
decimemo
..•
seu J<roignific~UI<'I brotá de um conjunto intctramerttc J. llobtrl SIN\I!'I!rl ( 19311-1
di· ~..,.,-. t960-
'~ dt apdM à COn'lt1êocia cpe o
~ tem ~-·-SIII•Ll91
seu 1W'Oprio tempO ao \rivenctar " obra. No úux·ot>lftde ._.~ fllrt. (ooot'"de
e, V>~h ikllo (l...,l'r41t!CD CiOhl "''
Lc'l~ing: cvidcutemcnlé compreendeu
1~-.;o Acre~·
11 ' tou. à 'lln <:i\.~ dutt_nçào erue aru:s semporais
c c:.<pa·
I
...... -""" -· •
-do
cau.,allcbJc:. do "\"ÍN'IIIArn~ <M' ~f<edloc.~ WM ~USG$,
que doepcndttn, pn; !!CU própno nlacionamento, da
tempo. """ >«Wos xvm <XIX. piluo-
rn t ~ui~ amb~~.:IOSOS acc~am sem contestar •
~de que o ~po cn o meió através do qU3.1 • ló-
gtca dJ.!IIn.,llfluçôe!lsoc:iaJs e mora•s se m-c-Ja"\'3- dai
11 po!ti(lo de ~taque que éonfenram ã pintura hi.siO-
rW:a corno &fnc'ro e~ monumen•os htSIÕric"os. A his--
tóri.ll em <:Ompr«-ndida como Urna espécie de narrati~t<l,
en..·olvcndo a Prosr~o de um oonjunco de stgnirica-
do' que 1t< reforç;un e ;c eJtplicmn mutuamente. e que
parecem movtdos por um mecanismo divino rumo a
u1nr• con<:lus:'lo. rumo :•o significa do de um aconte<::i-
mc:nt(l
A5Sim. qnanclo Frw.,.,.. Rude foo incumbido de
t~ma das ocuhldl do Arco do Trianfo. c::c:JflSMk:rou
que ~ trabalho nasccndia a simples representa·
c; io de um momcnlo da Revoluçlo francesa. As asp•·
.,,~,.úe~ j:)('lr tri.« da Mtrf"(t>/lt,..<ra, também oonJ,ecida
t um(l A partltlo dos ~Y)/tmt6rios (flp. 4). de 1833·36.
111.ull ulOI.Icl:.~r a compO!!içlo como uma espécie do
\otiW klllllOI'td cap.1/ de pcll(trar nlé m da dcsónlcm
•I•• tllt.:ltk-"1\h.'~ 11i~t61icoq c revetn.r-lhcs o significado.
.,.
Tll aspo~ ~~-por Rude com...,. COO·
ter~.,orlneos.. fora artiCUlada no final do ticu.lo XVIII
por Gonhold l..c:ssing.. A obra de arte '·rcu.al, '"em s:uss
composições coexistcntcs-, argwncnllr\·a, "ni\o pode
ut•hur mais que um único momc:niO de eçlo c, por-
tunlo, deve t'SCQiher o mai.."i fecundo dele,, 11que!e que
~ maít !IUgcstivo do que ocorreu Mteriom1ente c do
que deverá ocorrer na seqaêncm"'· Na Mtm'l~lltesa,
tt,u(lc consegue captar esse momento. abliOhlti'Unentc:
lê:çundo, de fonnas focaliza~ at~ um ponto de inten..
stdude absoluta donde se verd cmera•.r cntlo o ~tgrufi
cado, ligando cs.u composição JQ1jcular oos acontt-
cimenkll que formam seu passado e seu furuto.
Pan at1ngi.r esse foco, Rude orpruza 1 cornpo6i·
(lo em tomo dto doiS eixos: um t'ixo hori:Eol'lral~ que
tepr~ra o f'ri:so de so.Jdadc::$. na metade infcnor da obra.
da forma estc::odida da vitóri.a alada que ocupa todo o
ampo superior; e um eixo \-crt'IQl, que apruma o
eapaoo panindo da c::abeçá da vitória. pussando pelo
meio de ~teu corpo e descendo att 1 junçlo dos do1s
soldado~t eentrajs. O siguificado do composição - e,
oonscqUcntemente, do momento q 1.0 rctrllln gim em
tomo do pónto em que esses dois ebtN se imcrcep-
uuu Rude produ2 a senr.:tç:'ln tiP " m n\0\' imento do-
rot.açJo em torno do eixo \'trlic-al. sobrepondo os cor-
pot do campo inferior de modo a formamn um semt..
c1reulo A hnh» dos soldados ~ cntc1'Jir da a~
ma domm, do proprio plano de fuodo do 11<0, <....,...
.. - - pora • &ente ' medida QU< .. desloca
pon a e<qumla. O pooro em que.,... ..,... ele corpos
elin.ec sua c:risu é o ponto de COI.Uio com o eaxo ~oer..
tical. e:nl que as duas í~guru CCillT'IiS rtcOnhccem o
a.imbolo d& vitória. Nessa juoçio. em que eles espe-
lh.1m B 1magcm SUSpensa acima dçlcs, Oi soldOOos
parecem dctec o Ouxo borizontal do mov•mcnto no
l.l!lp:l çO e no tempo. F.x.plorando o rt.'<:urso fomlfll da
t~inlCII ia, Rude cria um ícone que in\ represenlar um
mcwr.entO particular: o su,.PmcntO d:t eanc;ciênc:ta dó
significado da ~bcnl.ade. E enLio. ><guindo pora a .,._
quetda ao longo do frio,o bon7.0n1AI, as figuroH pare.
cem continuar seu n'tO'\'imenlo, dessa yez em dn-eção
ao futuro.
A organizaç3io da Mar.l't'ihesa é ess;enc:i.'llmentc nar-
mtiva. Os diferente!! gttlUS de relevo, QISOlamento dos
fl'l\lmbroe d::ls 11sur'*!l pcll' m lomlotocho 00 pl~nej :lr\"oe'l\lo,
a fim ô: mtcnsificar o efc.:ttO rilmlco dos geSlos dispos-
tos on partS.. a t~nsio cture o movimento lalernl suge-
rido pelas figuras da pane tnfcrior do campo e á rigi-
dez da figura supcnot. ~CmC:ltwtte à de um icooe -
c:udo 1SSO são~ pekb (lu:u~ Rude estrutUra a nar-
ntn<t para o observaJor E o eMC:or::ial para a~
laÇAo dessa oamh\'3 é o fato de a obra ,er em tde\.'0.
ls5o porque, por $\la naturt't.a ~MS~na. o meio de c:x~
pressão do releYO po!:!>Mbthta • lettura da namrtiva.
A frontalidadc do ~IC\'O obriga o obstr\'3dor a se
posictonar dimametUC dianee da oln !)ara vC~Ia e,
dessa forma. assegum que o ef1.1ito d."' oompostção de
modo algum seja dilutdo. Além dt!ISO, o meio de ex·
pressão relc"o dependi! da r~ l n~lio trure as figuras cs-
,.... erubo:; I" tf'u l'l:~nn ,, f11ntln I ltn~ ve;o; que se com-
pOria como o fundo tlu....iomstll de uma pintura. esse pla·
no abre uoo espaço virtual o~tra\'é:. do qual as f~:guras
podem dar a in~ de ,e tnO'Io uneowem. ·~s.se
lllO\-imeuiO - a ap&Rnte crnerséncia do fundo par.ll
·I\"111C -O C101ftor pode: proJetar OS \-alortS temporal5
da •wntro·~-. Mais ampocUntt. o meio Rlevo i:nteriiga
a' lloibilidade dl escultura c • eomprttnsio de seu si&-
IUfK.ado. J)()Io.:, do ponto de ~ç~único, i frente
da cobra, 1mbs a~ irnplicaçllb gesru.us. lodo o .stgmfi-
' .t,ln da fonna scrilo nccess:.namentc transmitidos.
<) rciC\'(1, porlmllo, penmte no t)bsccvador oom-
l'h'•·ndt.-r t-inmiUu'lcluncnee d uu.~ qualid3dcs t:'CCipro·
, •• .1 loJ•tna em :;w. co.·o1udo no espaço do plano de
fuodo c o sipirl<ado do 010111<111o> .,.,.__em
KU c:onrexto histórico. Muito embon o obit'r"\''ldor
nlo te de$:1oque efeci,;vnente c:rn •orno da ~hura..
recebe a itusio de dispor de tiDta lnfom,çSo quanto
tena k pudesse cireunavegar as formas llllvcl mois
a~nda. j â que lhe é dado visualizar. em umn ónicn ~r
CCp(âo, umto o desenvolvimento das m:.JL"IlS como
IIUil copocidade de exprimir um !tlj!nlf'irudo Se a atl-
tudc do escultor para corn o relevo 6 a de um narrador
onisctcnte a. comentar a rclaçAo de causn c cfeilo dàs
formas, no espaço histórico c pl'stioo. 1 utitudc cor·
~spondence do obser\'ador é ddi.n.idra pela r'lalurua
do proprio rdn--o.: o obscr...dof assumiri uma orus-
amtaa p.v.t.leia em sua latura da obta em .oda 1 luci-
do dtsa.
Com deito. os teóricos ot10CC:011~J que r~
ram acm:a da escutrura Jlf'CS(1'CViam que toda fom\3. s ~ ~ 11...0. 1•1
fosse c l.t independente ou nrto no C)p;li('O, <kvcria al- A (IOffHJ(> it'JIHno. 1110 I
ll!cl!u!t>, S,48 m •l6~ mo ti
cançJlr a cla.reota que parece constilutr 1 cs~ncia mcs- ftll.\t~iM~'"'(II! Atl fi
mn do relevo. "'Todos os detalhes da form~ devem reu- A J. 1\y.Jn. l(JIÓI)otlo d.!t '" 1 h
..._ -........
• [JiTIIMl Olllrta.... •
.........., t:iltõltle . , . . _
.....- - · ·.......!14
.......
· ~,..,.._.
Uot•·a.·- ..._
.._~
ç.lo. com e~tceç;1o do Gnauto em que C'\ta relacionádo
1;1 plaoo de fundo da obra E~o~ie duplo aparecimento~
........._,_
maJS. '~ ()ni(lolo& Olllr.A . . .
armu do século XIX - por metO do UIO mtcnciooal 1114t0z;a:d ( I&U IW I......
de sombras reais fii'O:Ieladas SIObrc o plano de fundo •1.11"' u ........... ,...
. .
•
...,.. ..
-ia
n1o 1au um •~~;oulo de 'isio que stria o ..com.-co• -
nenhum POIIIO de oósen...to qoe p""sse <11>pr<S1ar
10
h r..,.... A Opl<idade- por Rodu!
fundo do rc~. na Purto, e ao de$cm.'01vintento
dM rd~ natn.ll\"15 sobre we é a mesma Ople'Kia-
de qut lnlpnmc aqui aos corpos de suas f~.gUns: uma
opacidade entre os ,estQJ atravé$ dos QuaL.; el:l-.; ~.
a;an no mllndo tO 115tema IAatômico miemo J)OrCUjO
in1ermédt0 Ncs gestos seriam ..c;q,licados...
Eun op~1cidadc gc.stuaJ em Je s"is bellt- ê ma1s
pronuncul(,)a ninda n:• figura isolada de Adà() (f!~ lO e
em 111111 trfplice urmru;iio. como as Somhrus que enci·
mamA JNH'ta do l'tfemo. Em Ad<lo, podemos obSCJ"Vt•r
o C'ttrtmo alongM1eoto tlo pescoço da figura e o o~wo
lumamenlo nuu.:iço de .seu onJbro. Vê-se de que modo
CSSil$ dUJJ Pllt'IC$ do COI'J)ó ~O colocadas em Um
plano pra1.c.uncnte hori.GontaL como se um peso enor·
me 11~-es...e puudo' ca~a a1é dcsJocá.fa, de fortn~
que o ombro e:st4 d•stendldo para trás a fim de .aJudar
a $Uo)lcntj.la, E a rdaçio co~ as pernas - uma esri·
CAlb c a oun fkxionada nio produz o efeito ttb·
:urdo do contniPQIIIo. tm que o peso Sapon.ado DOr
uma JK.u.. dl:tu a ourr.t ln.-re pan formar uma be
t un11. Em lupr dJ~. a perna dolnda de Adão e:stâ
sorridl c n:puuda. a w.u alongada a quase o dobro li ""'*'
AoiiiQ. 11110 . . _
'"••Q."••t.n~~n
do COtnptlmtn(O da Ol.ltla. """Ooll"""· ..,tftf~P!t .. 4-1
Que causa C.lema produ.c. essa pcl5tUn aronnentacb
em lldJo? Que at<abouço omemo podemos coocd>er.
30 observar a ligur.~ de rom, capá% de t:<pticar as j)OS.'ii·
bilid:•dts: de sua d•slerulão? NO\Iruneo(e. sentiJno.,D()jõ
contra um muro de mmt.ehgibilidade. F\lis não é como
se exl,ti* um P<'lltO de vista d!frreJJ/e que pudéssemos
procurnr e 11 parhr do qual pudéssemos encontrar e~
Slt« ro!lpo~lo:t. Hxceto um. c nOO é exatamente um lu·
gar do qu11l &e llaa Otmi:No~r n obra - qunlquer obrd de
Rod.1n -. mas. antes, uma~ Padc.Tianw:». ducr
~essa tonebçio é uma m:nça na. ruanift::::tlJ trKIIIJ·
bllubdt: das ~es. o que imphca rcnt.anl.!"• a
cerw noç&s de: cansa. eoq,wKO rdok:KJO:kb ao "il"'
nifteado. ou aceitar a possibilltlítde de Npuf-..~
xm a PfOio'l ou a '-erifJC:aÇio da causa. luo ~IJ.mfa·
na aoetw que os prôprios deitO$ &e apbcam a SI mo..
moi que $ÃO :ilg:nifi~t.,;;. ineiU!f;;"·e n.a .a--.~t'l:ltCI" de\
que se poderia considerar o fundamento k)&too que
lhes dá origem.
é possível avaliou o stg.mficado do que denominei
f(;~a "condição"' pela força com que desafi a 11 imagem
normal que se lem do eu c do modo como esse eu se
reluciono oom outros eus. ISS() porque nornu.lmcnto
consideramos o eu unu subjetividade com um 11~110
espoçial a seus próprios estados de consciência. um
nccsso simplcsm<:nle negado a terceiros externos a
ele Umt1 vez. que cada individuo ~gisua tt!) imprts.-
!IÕO ~soriais 01cdi.a.nte .seus mecams.m<J8 peSMlais
de tato ou visão. aquilo que ''ejo. (lUÇO ou sinto me 6
disponl,·cl com um tipo esptt aal de imedlaçào mdlJ.o
peru.á'"' a qualquer outro. 03 rncvna foriN. I'TIC\t_\
pcm.amentOS pam:cm tr.10.Sp01Rotcs a maAha ma~tc
ClU 8 mtn.Jial toOSCtmaa de UIXI mociO que IOCDCCIIC ll
msm é dm:to e preseoae. A unpn:s&lo que 5C tem C que
" QUI! penso pode apenas ser mfcndo por OUita pel*
- . pode ~~~~~g>-la opcuas iodu<Wnente. oe tu .....-
rur transmitir meus pcnsamtoi.OS.
I ssa ima&em do eu des:frutAIKio uma rd.c;lo pn\'i·
lt~tad~ ~ dueta com (lS conteúdos de sua oonsclêl'll.!IJ
r uma mugem do eu como sendo ~icamcnte pr1\'l•
dn e dt~reto . É uma im.agetn que C'o'OCa todo um C()n·
IUOhl de \·;g,•iflcádos derivados de unm c8rcru de
l'"ll!:nências pri\•tulas às quais cada um de nós ten\ um
m l'IIIIU .,ubje1i>.'O, signific~ôos cssc.sque existem 11n1c·
1101 nll'tlté 11 MS$\ comunicac3o com os outro~ no prc·
f!ol1111' ( \lll"-lilUem. pode-r-se-ia dizer. o próprio runt.kl
mento JObrt: o qual essa comurucaçio de\ t Mf COM-
InlldL o <uMinlO do qual da-. origwr.... ~ oomcn•
te pt'lr ter cu essa txperi!oc:ia antenor • meu contaiO
tOm ouLra l>eloSOa que po5so saber o que ela pretende
di.r.cr com IIUII$ diferentes ações, seus d1fcn:ntes ges-
tos c ICU~ dtfcrcntes discursos.
Se tr~msrerida a obSCfVação para o domínio da ell-
cuhur~~.• a hnpr...~liin que ~ tOO\ i a d9 q ue umr.1 hng1.1B
gen'l ~cul turn l somente pode tornar-se coerente c in-
u:Jiah·cl K estf!.•er direcionada para essas mcsmat; con-
diçõei )UbJaccrues da c:t.periência. Sei qu< meu fO'(IO
aofrc ddennlnadas c:onuações musculares 'lua.ndo c1t-
pcnmtntodore que. porta:nbl. essuoontraçôa u l<lr·
..,. uma ..prns;o d< dor, .... repmeo!OÇio cb10,
p c l l ' - d ..... S<• q u e - -r~
anatonuea, ~odem a drtenrunada~ IÇÕel por
mim pniJCadas.. ~omocammtw. erguer. vtru-mee C"m-
purrar. Pli"C«'na, ponanto, que o tee01~hoc·bnento de
tau configur&ÇÕCs no objeto escultural r~c ncce:s~
rio pam a identificação de seu SISJltficado, que devo
ser CQp.tl.c. de pcrcd>cr. a partir da configumçiio super-
ficil&l. o S\lbscrato an.'ltôntico da possibilid.lldc de um
~~lo a fim de perceber o significado deste. é t,!la to-
m~uJJCaçO.O entre u superlk1c e as protun<Jel.lls an<~lÕ·
mu:1a~ que é fru"ttrnda por Rodio. Ele no~ ofctcte &C41~
tos dc.spr'O'o'tdo§ do SupOrte. das ai~ a seu "uMtn-
10 ..,.lômiCO propio. sestas que o3o podem r<p>nar·
se de rnaoc~n ~a lliDil oossa nptriénl.::&aunenor
rtCCJGhcci"el
\1M e se o stgntficado não depmcln' desse ttpo dt
cx.peritnc:1a antenor'' E se o significado. em lupr de
ante<:cder a «pcrilncia. ocorrer na experiencin" F se
o cotlh«1mento que tenho de uma scrn.aç.1o, a dor,
por çxemplo, nlio depender doe um c:onjuuto de lem·
bt-at~<t..i !ICn'>onais, m.ns for inve•nado de fonnu inédi·
la c 11111~\Jhlr cada vez que ooorre comigo? M:m ainda,
c ~. n l'im de ~xperimcntá·la, eu liver de ioentir 11eu
rqpsuo por meu corpo em n:laçlo .o modo como
pessos me obscn-a e reat.t 1101 meu~ gestos de
01.111'3
dor1 E. no que se refere b sen~ de um omro.
podcnamos indagar se Mo cx.i slc uma certa s:ufici!n·
cia nn expressão ddas J){)l' pa~ t e desse outro. wna
liUficiência que oão roqu~r que co~ul tcmos nosso
léxioo particular de signiflc.aldO~ JUirn compretndê-Jas
so, no. verdad e-, lúl ~.ll.pt!fn.•'lo n (So nmJ)Iis. na10:tto l~xi.
co pessoal, acresccntnoclo-lhc um 1ermo llOI/O, ensl·
nando-nos algo ncwo na própna ori.atnnlidade de sua
ocorNnc-ia
&53 imagem do signifi~ c:nquanto S.IOC'rónico
c:om a experiêoc:ia. e Dio nccc»anammtt anterior a
tia. r.. c~csan-onida por Edmund H_..t ti&S!I-
1938). UID filósofocmll.Í,,idldt llpoeaem ~a car-
mra dt Rodin esla\"'8. nn su.~ m.tundade-". Abordando
o que f01 chamado ..o paradc·rto do alter<;o"', Husserl
queSJionsva a noçiude wn cu essenc:ialmcntc: 1)3Rlcu-
l:u e inacessh cl (sa h·o mdi.r~tlmentc) aos outt'OS. Se
tlc:\ês.<iemos acreditar nc~s" noçAo do eu particular.
JU~u rnentava, cada um de nós scritl uma pessoa paru
nc)Ji e outm pcma pnru o~ outros. Parn qut o cu seja
11ma moma el'ltid;)(le p.ua mim c p:1na meu interlocu·
'<>I' <le\'0 tornar-me tal como me mnnllc:<Jto aos outroS;
m ·u cu deve ser formado n.J JW1t;do entre o eu do qual
ltl'lh•-' ~,;OOSCiêocia c o obJeto cxcerno que \etn à tooa
mlodlti os atos. gtSt.OS c lOO\oÍtnCf'IIOI de meu corpO.
t..l~.~:dtl mlbora Rodm Dio tenha tJdo. aaé onde- se
.,.bc. ncrltun. conuso oom a filok~fia de HUSSC"f'',.
u.u tkUitwas maaife$Qm uma noçJo do na que tal
I I tliOfaa c(lmeç.ara a anvtSt1~ H' ntla\ uma falta de
1 n11 'l11a.;ào. uma falta de conheumenu> pWoao. que
r ltdqx:ndcc imclcciUaJ c emocionalmente dos
h• l' lll(IVimculos d.:t~ riQ:U1'31 no momento em que
1• , c\lcnorizam. Uó ponto de vista nnrr;uivo,
••I .t • 1•11111 mcrgulh.;•-11c na percepção de um acon·
1111 •• ·~ n•• uwmcuio em que Cilc se plasma, sem o
distancitunento com rdnç lo a essv ac.:ontecimcnto que
uma tnuória de ;;uas Clllt u CXlftfcnria. Na Puna CIOmO
Ufl) todo. bem como em ~ figu.
1il mdivldual. ~
delidoot na supcrllcie.
A 'uperOcic do corpo. a hontetl'll entre o que con~
sadcfamos inkf"nn, parucular. c o que reconhc:ccmoe.
como cx&emo c p(,b)jco, é a sede do ,,gruficado na e.
cultura de Rodin. E. é uma suoe•·Ocie <11.. npre .eu
tgu:&l.mtntc os resullados das forç1~ internas c t"Xtet •
oa5. Af. forçu tntem as q~e condicionam a 11U()C
ffiC1e
da flifUra são, evidentem ente, anmómica~. m usculu ~
I rc:5 A:, forças que dão forma à figura
a partir de xu
exterior PfO\am oo aru'ta o ato da maAJpulaçio. o
anific1o, seu processo de claboraçAo.
Certas esculturas de Rodin quallc poderlnm servir
de du>lraW.S pota um maouol de modela&= em
bron lc, tamanha é a claru a com q~ doc~mentam O.!t
protcli..~S de SUII ronnaç11o. Escul turas COmO
O Turso.
de 1877 (fl;g. w. estio crivndas dos acide okt da fundl·
ção ontocioo olo •·edadM eausadoo por bolo u de ar.
rug.oaid3des c bolhas sura.idas no e<;lig jo de molda·
gem o não limadas - umu superOcie mannorizada
com tb ~ do ~ que Rodin n.lo rtmc::JVetL
"'*-" ,,un~·~. ct. modo • ClOn\-cncu..--..~ em le5te LI. o:r-J! A~· hoo •
tnu·
nho..~ viswus dn p;:1ss.aacm do m~::•o de expre 1817.8 !00"' ~,8C•··~
ssão de 19,8 (111 ..,.,_G il f\tltl I
wn e5t~gio a outro. fi'4nt 'IGI>o I~
Tal ~~ da ftitw a No k" bata aos ati-- n l»t1 .....of!YA•
dentcl do bronze derrccido oo proc:esso de t\mdiçõ.o. o,.,..,... •"»>
~
~~~\ l&H lltonlt.
As figuras de Rodin també:m eslilo martada~ com ,.,.. N.ill)l! • (;~lfly, 1,1,\;ljh!t,jl
oah q~ falam de seu5 ri'os de ~m durune o :foto.. ...,..... ,fl(l
-ia
um ato que deu fOfma l fig\ft ao klngo do wnpo. E
ui pcrccpçio comute-« em outro ft~or ~ impor ao
<>~>«n11da< c:oocl><lo • quo .P.., ..rcri: o si@DI·
fw:ackt •Uo precate a cx-penêncl&. mas ocone oo ~
"'~ nlitSlOO da cxpenênc:ia. C(lincKbn na supc-rf'teae
~L1 obra dois scn1idM de pf't'W!csso: nela a exterioriu-
~;o\•) do ges~o cncontr&·!iC com a marca impressa pela
·· ~·,\o ctn m1t~la (I() dar rornu à obra.
l~m ncnhum:t oulm obnl de Ro(lin essa locali:roçiiu
,lu "'~mrkmlo ua :wp..:rficic t le,·OOJ a cabo de ronna
'' ..,, .. dc•~J\il.:rU\! c du'tCI do que no monumtnlO a 8<,/~u·
·:f110 'Sl. que Rod1n produ;.riu por encomenda em 1897,
Emb<n 1)\ ~tl.Jdo\ prthmi~ de Rodin para a obra
~jam de unw fipr1 ou.a. a \us,io f mal ctwoh-e por
complcfô o c:orro do tienlor tm lõC\1 robe. Mal se oon~
wguo tlkntofi~ JM .Jd.wi'u da vesdmeob OS~
~ u ~ •ICilri-la fumemeote~ c o robe meb tio
pautO do corpo o lcctdo cai doo!: ooiJros até <b ~
..... ,,...,..
J.c..c.... -...,.. .....
__,,
ll'tt• .._--.
,_,_~
-
('YWIIC;O AHoliiJri:O ~ll'iUOE CONSWJJ lf5") SS
·"··
-lo.~, ..• UI ( tJ/WUI
..,.~~ ~~
--~...._....
..
«>. ()C1IIIOA,A (\Ql.UID&, r..
•... ....___..,.
~f11U.......--·
~. '(M.(IIJI ..,_. ~ .
1!19"20......,_.~
wtt' ('ID 1919-20'•. 'tOlO \1_ ..- ICI>'WI.
·~
\ftU ter urn rerço a
I { , r~t~' um m·esb-
• ttH •h ~;ndo três gr!n-
":~!':;,'::·~ IIUl' fUIIÇIOilatl3Jn
~ ·\ (\lltl! o.; .~o: tcma da
I douu ~~ptra t ~ a.sct-n-
..,,.,,, tli!l cor•x:~ond c
e~ lumcll que dcve-
ilo•••·•·•'"'· ' I .tthn planejou
que o vofwnc: inferior. que SC'na um gigamesco tam·
borde 'tdto.. gu-ana k:otamenle. à 'oekx:Jdade de uma
n>Ca<io """Pida poo- ano; o •'Olume ~qW..., de: ror-
ma pnmadal. ~&ma rocação compkt.a a cacb
mk. f'fiQYAIII.O o Yolume superior - wn S3lão cü.iodrico
coroedo ror um hemi.srcno- f:uia uma rotação ~
rlcta a cada dnt
O r"f'f'N'•Jn d.o 'r:.tlm d~ um ••espaço re2l e ma~~••
~11"' n:dunda. ponanto, em um uabalho ideolos-ca
mente Of)O.'íto Am..-.quete de Gabo no que se refere aos
dôt'\ a»pectos que vimos enfati.Gmdo. Em primeiro
lugar, •~• e.!Jlrutura foi removida do interior dQ objcco
píltll o liC:\1c:xlcrior. Ê evidente que-não há aleoessidade
allguma de se penetrar mais além da supcdlcie d~•
cnvol16rio de~. iilé uma região interna que guard!t..
l"in ou oc.:ullaria umõ~ lógica $rutural. Ao conlrário. n
lógic<1 é ~a I:Jela superfície, e a noção de uma
ei~ d~,gli~<t co1re interior e exterior é resolvida por
lmenn&lio de uma unifi~o visual do sigwficado da
earutura cxtema e do centro experienciaJ da obra Em
-.qundo tupr, alorrc de Tathn distingue-se da Cofunu
de Oabo ao pr'Oma\"tf uma atitude complecamoente dt·
'~para COII'II notio do ltiDIIO. A lnlllSpadncia tb
CoiwN> de: Gabo. 1a1 coaoo o cort< -.o da Ganvfo
de Boodoni. ofcrccc ao observador uma $ÍDICSC per-
t'C'pll''J tm que 01 momentos passadcb e futtuos do
anubcb. Uma Uruca "isào do objet:o é apromtada
como a soma de todas as visões possíve'-" cada uma
dcta.•c cntcnd1da çomo parte de uma eirtuoao.~açJo
continua do obJCto que se estende pelo espaço e o
tempo, m.l.li uruflcadas c conttoJadas pdo tipo especinl
de informJç$o que a Cta.nspatência do objeto transmatc
com clare;r.a ~·m o observador. Nessn \'mica vis.lo, u
cxpcd~nci<~ do tempo e do espaço é. ao mesmo tempo.
ll!intcta:r.ud1' c cransccudnla. Em contraste oom isso, 11
10rre de 'l'btlin ~1/1 comp1'0metida O(lf1) .a experi~nci.1
li• 1 11'1'" r~;.a) Seus hnbilnnles iriam ocupar CODJunlOll>
11 ~~o~rar•am k:otamentt no espaço. OsoonJuniOS iriam
I ~ \' rtl&.)$ legl"<bl n• e c::eriJO$ ck uaf01 u.çio
1 l,,. !• (I JOrnais e OC(Idl05 de rádio e cmcma CUJO\
luu, ·•• ~cr u a de d&ngir c rtgistrar o de:~cnvol vimcnto
4i1 111111' lllll.r,tção po1ítica r'e'Volucionâ.ri:.. A torre desti•
1111 • fl~>rtauto. a \rma Qperiênein temporal. cujas dt·
I I • ,,,lo podrm Jier conhecidas de anlmaio. A 101Te
d• 111o11 rt: .prilo aos proc:essos de um de1en'o'Of\1ll'k'ft·
I!! 11 l·u•~•' do que à lrllnscendê:ocia dnte. Par.r. Tatlin.
11 1 'uul"u•a I!'Stâ. vi~t •,oclmente poSUI a totl"fÍQO de uma
.,, uiU.'III I'\!\'OIUCÍOilá fi a por meÍO da qual ti lu.stÓri3 J>O"
t.; • muldada: tXIra G..OO. é: wn modelo de coo.hed-
•·• •' •nluto por meto do qu.aJ o fucuro ~dado enio
tntr do
~" ,1rJarmos atrnagem utila..cb por Ei:seostr:~:n
.. , r ''''"''m u imagem da ave mecfin•c• - pet\ieiJç..
'' 11111 qw: ct:t assume um s•gmfi cado c um.n n:tev[hr
ta pal llo·utarcs em rdacào à escultura 00:, c.:ontempO·
IIÇ':In. .:11• c•neasta. Na otcbciz;ação da t«nologia por
t ...._, rr.:onlnmOS uma coa~ d.u atiludes prr·
tn1lr' .-tl,,s pelo aut6muto. ao passo Q\IC na manipola-
14/iu oi.J h.'..:nologia por Talhn. enconln'IIY'IO.'I uma tema-
••w• 1l • 11111\:\~ l::t p:u1c do processo rlinli'tirn
No ,, ·•o da décadl de 20. esse nr.nlO do coostru·
tn vn> r 10 a que 't'taTIOIS cbamando ...Idealista.. ou
ml 1 \ tu.tl- começar~ a ter f't'pcrtu.•la<:s na E~
'"~o lo w.,l Uma das mtÕ4:S em o fa1o ~ <labo e Pevs·
1u' hu~~rélll 1rocndn n R(tssia pela Ffllnça c a Alemil·
tdlll ··•t\1' t:ontin~nun • construir esc.:ulluras dotadallo
~Ai 11 ' -r rmc:-i.a e dl clareza dos model05 m.atemau·
-. r ,....... A OUIII cna que a aun.de 1dca1isu em
~·· .1 c,~ulrura tomou o rumo do <Xuknte e apor·
lou r\.1 n1\uhau'i., por •nh..'fméd•o dos escrllos c das pin·
h•• 1 1!\· l'l Lissit7k)', cujQ estética "demen121nsm.. ba-
A , 1,.'(10)1) a de (i.:&bó. em forma" d~material iT.a-
das c:oMCnllda:i ~ eallldnCJn.-nlf , .
scçiodcpanoo
A u1fluéncia de: Ussilll.')'Cfq
Oauhau.s com relação à forma ,~. ti
por meto de dois homens que ct•nt,, • •
eul 1921. e nos quais causara um.• I'
silo. O twimciro deles em o"' "'''' IH
Moholy NaQY. qu~ fói parn 11 U.tul!, +
qualidJde de org:mizador e pwh''~' .,
dutótiO de ma1erini~ e de.s1gn O u
dê! Thco \ottn Ooesburg. um pi 111" 1
do C001 n:lac"10 à fonna tnd.uncn 1 •111
-~~~- ·
--~~ti.Q-t9 SI
.....
-~ ... ..n~
(:a.,..~~
~~~'IOri..
4t ALIY~ A (111\Sl.t....,....
'"•lnel' (lee&ol962)c ~
tm o.- 0.0. '941 Bmnn> <ICVil(fO.
111 e-~' '>0 Hm ~4l,B<m
Alllllj'll Kf'l:l;t M o.ruw-,. eur<lb.
"' V I).'U(;IO lho s.a,mout H, Ko!Qo.
~uon. t1t.
lfOIO c.-bfltg.M,Jyi'I<IXJ f!l(_)
~ ACJMA, lXTREM.t. OIIEifA.
tt ..... ou,v · ta90ol9-ll)c
1>oAI .. (Jr01c 1911
n ton'O d.u teoti.as de: Lissit:tit)•. e se reOc:l~m em
de\ br.ao;So dlfC' a esuurura.. dauda de 1924: ""A
lfQllOI.1111'3 e anJrib/Ca. w 3C,a. cl• nio tm•
...._.,.., &J dafcreo~.es cétubs espaciais funciOftalt em
bl.• («h.ado . AnlleS. lança 15 células ttpadai'
• nm t ) ccnuifupmcnte do núdeo do cubo. 1::
""'" ' ti.,.-;_-..."'> meios. altvru. l.argrnu. pmj,m./td.ull r
tJ 11~1 C. uma entid:wk quadricbmenslonal una~)•
, •• u.uw1ha para uma e:q~ress.'io plásuc:a totalmc:n·
'" • n••-. csp~ abertO$, [)essa fonmt.. a arquitetu·
' hl t•u•c u•n aspecto LU3 JS ou menos flutuante:, que.
" un dvcr, :.tlu<'l contrariamente à.s forçtL~ gravno
• ''' n tlt nnaureza:· A dcc:laraçào n:flete 1l det(lrmi
·~. •• Hlll"''"h"•~Lá de que o objeto sc:jn (liC nrqu•·
1 • '"" '' uu f..'""cullur~•l - ap•'Cscnte-se mnis como uma
çoCL\ItU<.:Jo mC'ntal do que como unu coocretude dto-
,. e matcnal <h ,aJon:s (armais de aparerue ausênc1a
de ~ t de n:sislê:ncaa á gr.t\-i<bck dmoum o des..:~
jo de w.a OoelbWJ de QUC" • OClftSirUÇào fosse ass;mu-
ladl ~ ltf'fi'K» •dcadorutS ou cooceituais de um ~~
pa<Onl<nt&l
O impacco ck \'M Doesburg sobre a Bauba...s !111:
deu dC'PQis de 1921. Quando ele e.briu em We~r um
ate-li~ 10 ~o da1 dependmeaas do institulO. Foi sw
~cnç:. en1ro 1921-2.3 que: tornou imper.rtio.·o para
\Valter Groruw. o diretor da Baubaus. com·idar M<r
hc,ly·NRS:)' a inltarllr rua equ1pe. um passo que rco--
rlcniOU o J)Cnsamenlo do m...-tnulo na direção do cons-
lnlliviwno <liOt-- n • n1. O 1rabalho de Max Bill, que foi
aluno do Jl.l1uhnu., após a chegada de Mohoi)'·Nagy.
"''''·'•ca o ciCito tlc:-.:,e oon"trutivismo transplanto ~
'u.- l'l.tltLa escu11uml <rg ~. A <:xtmj>lo da obra de
'"' ,. 1\:l:..t~:•. Bill çl.,bnn modcloo de conccito!l.
..,.,,~..111...:'-'"~ em fonnôl de C!M:Uhul'lll. A intenção do
"' cnar t.u~ obJetos tr:lO dt que apressassem
lnllo.k' mak."''IWI...:o lk pc1UM'" e que impress~
- - > Clb«r\-.do< Cft<jWnlO COO<IIUÇÔC> potalll<O-
tlltlcc'lua.b.Como um autor nprimiu, -~ru Bill
I tca1a dtmlbar b \t.IJJC1ra!i ~ int\l.içio aru."iiica
~l«l:ll'ICOIO (ll"'lllfJCU, [lt \'~I gcomc:tria.. a5 f'C--
IW.'llllall de :Wj>crli.:•ct e lanhas. como o funda-
mo I'C'IIIlurdml de tvda a forma. Ai rts-ide tambCm
t "''' dil cxprcs)<.;.io c!ltét1CI de figuras matemâtjc::~s.
Au .t u 111\lll lvnna concrctu no pcn~nmcnto abstr.ttO
tm•• "''" modelo~ nwlc•n:llic(l$ do esp~wo -, introduz
I " "' \'l cn~ento o;cn"h'!.:l''11•
u "'''" ' n:laç."o :.os
• n h1 ,, de llill e de
~ 111 <õuhtil UUUI J)OSi•
111 • I~< abalbo esc:ul·
IC 1.1ndo corpO ao
.do cano..,..
'"''"' ""'' ""n 1110 tm-esbgari.·
" '' • ~<~o de bomen:;
I IIU Ih li é domi•
u ,~or; , pmj cliw e-con-
1• lllc 1U ~I ~1 C, repetida· ,l 1\0i.IUIO... tAsli(I IAollolf·MIII f
(11~ 19di)l (on~t"'(.aodtl\1'1-'
" '' •l•' 'fiiC-.e afí~rura 1W I I e'IO ~·a. 11411tl
1 1 1.1 na. s..me1na, Jlo;l~~~t~I•..O,IIÓ;),ll~)-~
.... ~,~_... ..... ~AA. N:llll
IL"'::II j SCf'l$1· DNOeM-u sw;
......,~ ... ~s-.
II(Wttnder
·-·~••fM,;(:II\1::\Jn a. ... ~o ...._.Gf~•Alf:l
ten-
'-4 AM&lo!O MoP 1i11 (llCJS.-): AMI
11•· " ll\,, 3 escultu- f_.ho.,( l)t].~l<adOWI
•lu 1 •JII!,' modcln. vi:l '""' (.dlrt dt;out\tdl:) . . . . ~
O"illlln• J6.1 un • 68.$cnu.l9<m
1 t 11111) d~• obscrvaOOr n
lill\ 1- •Jwcovm
t ~~11119
~~=:~~"~""' ld•~
! dosig,U·
1~~.: !UIdo
mo tempo. a
COQ$-
t
a.~ ãllnemorw a ~tdun: de l.d re1 :afric:aJIIo
••,. dt '"na n=-çào vWnha derrotada. A fc:s1â..
111 I"'' um grupo de Nufrap europeus que ca-
lmcnu~ do artl:d3:t t•rcçnc:cs e cien11sms. consislC
11ft mn.a \C ti C de c...pcutculo!l, cada qual mais fantásti-
' 'til n m1tro, c o;cm nenhum vinculo narrativo entre
W. l••••••vio, ~ imprc~tSno de d~"SOOntin uidaóe entre
• ',pcttáculos dc11np;•rcco tl1o logo o espectador ou
' •llln,."(nllc o tema '<\tl:'ljace:nte a cada ato do fesl~-
JO. 1:n.r!Caldo """" ...._ • - do ...,. w.;. do
mllqulll3S prinú!JV3S que O'lbolhom pora amw um pro-
du1o semelhllnrr:; cada qual tmOO-c um llllnncado ~
JUntO de mecanismOIS que temu.oam IJrodw:.ndo "ane..
liA, por exemplo, uma mâquina de p1ntura: uma
chllJ'I:'I f(lcossensívtl presa a uma rodl• com vários pin-
c:Cn. Ar. 1magens de paisagens (IUC incidem na chapa
8liO reui~lnlda.li c tmn«mili(b!t 11n mN.•uni~mo c1ue inl-
pulsion:• OIS pincCis.. que. por sua ''Cl, r'\.'Qiiltrumll ima·
&em em tinta sobre 1ela Exi~c. Lilm~m.. uma n\o'lquit\..1
de ml•siCõl: um grande ''crme (a ..c<lbn~" d.u ltmbran·
ç.J< do DIJ<harnp) que despeja gow d '""" do uma ga-
mcb com as carM.J.lsões de seu eorpo. f.~ &0'-l.lt cac:m
an n111icllo tuS cordas de ~.Una cara. rrodUlmdo Nm·
po!ti..6es mu$1cais. Outro ~ arnda ~ a miquina
do,.._,., um....- JJXMdo JlOf pú. ...._por so.
brc um :lll'OiO qye com: como "'um mlitrumcmo mulli-
cal tulencioso. tangendo cordas ou tocando IJ]>Cjos...
enquftnto tece wna 1magem lummoaa e comple-.xa da
c:cna blbliea do Dilúvio
O es1~ço li1erfuio das lmpre.HUt•\' ~ h11hit:.do, por-
tanto, por um grupo de pessoo~ 'I '~ mCCIIIliãlnun 11
rocina da criaç.io arlÍSlica. A$ fo•ças biol 6a:ic:t~s c thi 4
. . . . . . -,. . -de
ct.mp ..:M'Oi"C'" X di.ct.u~ COID produtoo;: mdll."-
lrt.;US pop .lcrl:~ chiOS. 810 Cn&T' $Ul$ duas prink'tlõll't
bic;eleta presa..., bonco de
co.nnha ~cana annaçjo par1 secar gam.fas.. prodlujd.,
axncn.:Ltlrnmre. qw de se limrtou a assinar Cf\9 s,.. [m
outru J)lll"ru. unh11 n~ na fase madura de ~ua
('.ilfl'Cira, mW'Ci.ld.1 por uma OOJlSialllC' obsessão pel01 JlN-
aunla: o que "f.u'" um~ obra de an-e?
O po11a-prrafM assinado, seu primeiro n·ód).··mtt·
d~. 101 1mn~lu.n11\do do mundo dos objems ordin.:'~rius
p..lro'l o domin-o da firte reJo s.1mp1C$ fiuo de ter sido~
$inndo J)eiO orli,hl, Nes1e <:aso (bem <:orno no caso dos
rt'tl~ll"'fllu~k.v sub..~Ocmes, como à pá de neve. (1uc 1\!
ccbcu o titulo de /11 Atlwmce ofa Hroke11 Arm lAnh::-.
u .. lo• - •~r.•l qucbr.ulo] lho. ~1. de l915, e o mictório,
ulul.••l••fo,tal,tt• IPuntc i ii'O. !illl, de 19 17), o artista
' .. ,,, 11tt: niln fabficoo ou oon...;tr~•iu a escuiiUra. Em
' .h""o. elegera um objeto tntre o número quase
1nfinilo d.., p•'Odutos: induscrializados que p!'eeudmun
J}.1Sbi\'amenle o esp:~ço de sua expcnéncin <:otidu1n.1
Um OhJCto sobre cuj a feitura ele não 'iveru o mcnm
oontrok. 1\lr conseguinte, nâQ poderia ser tom•<ill etlfll()
porU•dur d:• mar<.:n de um ato erintjll()_ou seja. o ohJí.'·
"li'Jl.a ,oo., algo JW'O'C"ntentc do muaocial de
c n~nr,~ flO."'CJaD do iltCISII.
r ...·n11do, o '"'trabalho"' de J)uchamp ao lançar
1 ui ,..., elo no mu_ndo da IU'le era semdbtl.llte às
l ' ' •njqlllll~s de Row;sel em Impressões do
•""'""'
-\ rucurtt.a ~"iC n:coobccimouo difere daquela da
.aruti\o\<roaa ou c:ubi:sca. Nio te !rlta ck
UII ((ltl
f 1 1 \' "' rniÇào formal do obje1o ou o modo
11 r-"'"' podem rt:bciooar-se ll't\ltu::uncnte na
iooo,,.. ,;a,.,., ,,.,lO\ ou conjuntOS de signifi<OOo. l:. um
1h«•w ·nto que. mu•to embora deflagmdo pelo
,.y'•' 1k: \.'tl l.l fúfma não di:. respeito ao objdO. E..
• .,,,,m•IIII<J\lO, nOOe.stá re-Lacionado ao tempo em
u "" ' ~·t•, tm '>i existe ou em que o observndM o
IW•uu• nt.1uu wmpreendc. fsto é~ ó momen1o nikl "C
m• Ih•~ t\ 1'11'to:agem linear do tempO deCOC"rido entre
1 Ao • .k, ~~hl\:~u e a l•preçnsiio de sa1significado. Hm
'" ~ 11po tlc arco. a forma desse momento tem
mutto rftiaU o c:aráb:r de um artulo 1 ftWma c:ucuJ::v
de ama~.
Curiosamente, a forma ~ por~ momcn-
10 (a de remettt continuamente o t);pt'CCador 00 mic1o
da pergunta "'por quê?"') ~t.á rclac:•onada A fonua llo
••conto" rousseliano, em que:~ (•Jiima fr11'0C é ..idênu-
c::.·• àquela que lhe dá início. 6 uma fonno. <1ue, ironi-
cta~ntc, «~l::afXI o eur.:o "'••nhm•l" do unw Mrmtivu
com oomeço, mel() c fim. VoiiJd:t pam 11i mççma, Cll>.."l
invers.,o da narrativa sub$hcui a estrUié&ia de uma inr-
ci:un'3 autocrrtica para á produçio de um f'C'SuJiado.
E»a forma ciraJlar dada por Ouctwnp i txperiên·
cia da twte bSUme sua tOnna IDatS lih!rl.l Ril.l. pnxb--
ç&s da sáie: Rrose Sé:tavy. que o arnq1 d('li\amtmc
montou em cbscos giralórios. de modo que as frases
homo~ parcces.'ímt oãodq;ar a urn ponto f mal"
(Ver, ro< exemplo. a fig. S1.) 1:.0 lupr dis,o, pode·
riam MT lidas como uma inces~to.~ntc crunsmU1açâo, cJi..
dente, do som: ..L"a.fpiront hubiltJm-t:l c/ moi j'aWii\'
1'/tnhitt> M ~pirt~le ", póf exemplo. l'oi~ "tlt \fJimh·" se
cnlcnde como uma (fllnsposiç:lo dali t~tlabaJi: de ''/';"-IJII
rom" e prorl:\0\'C. assim, a ctcns:u;-11o de que o fin:tl d:.
loCfllença se fhnde Mm h lnfr1n n11 tii"II('Mboe:l nele".
T.al como nn.~ frases de 1odo6 os outiOfl duc():'l:. o 'l:tg
ni(teado des1a é de:- dific1l aprtcnsào. dt.,.1do b du.tor·
çcks grarnatlcais e a ooa esuanho u.w cW rtl~ \~·
bc:Hubswurvo. Em dlxorr(lkÍil daA n('~Url u W ·
pcrlk-te ~ . . . da tcntcAça. 0 ktklfiOUVUllt
~ """""J"do a....,...., ao -.o homotOOooo, ou oro-
cadtlho&., que ema.n3 dos SOftJ du pal.avtti p-onu:~Kia·
da~ F no caso de todos os d15005. 1al &uble~tto é emt1~
co por narun.::z:a". Portanto. os diJCOJ levam a cabo a in·
jun('l\o do p.seudômmo entlwegadO por Duchsmp como
erl~dor dos 1f"(')C..1dilhos, todos eles auinados por seu
nutodc$ignado ~lter-ego ...Rrose Séh1vy" E11~ nome.
ele próprio homQfonicamcmc pronunci:ulo ··f..:mt. <· 't~t
'"'' Il·m§ é a vidal, 'iC 1rudu.z como \Jma declaraçJo
• t '• ··~ual ou do sisn•fi<:udo erótico da v-ida. 1:\ ê
·~ttuhcadó quo não apenas wbjaz á pront'mcaa
''' • 1 do:. discai. como lambêm parece ACOtnpa-
• ,., ""'Ç3 escullural de ""'"os rem/y-modd .
\ , 10 a fQp,dtlk , ., -.. podemos percd:Jer de
MOt!.• uni Sl.lbU"xlo tn\Ctoo !liC f cu 10 objeto por
...,..,m dn rror.~totlilhn VL'"WI su~rido pela forlll<l
t•lojolu em sua novt~ orienuaç!kl. Pois lUa pos1çlo c
.t•tnt ••tu km oefcitu de ancropomorfizar o mictório.
'f'' t.utdu ao dcs<'nho hl.'lliO de seu interior oc::o a
ttüu \l.r uma forma utmna e à sua superRcic: as
-.. ''"JtlkJW 10 corpo ftnunino.
t .~ ..-neste ponto. a obJeção de que. ao SUJfflr·
~ rtbção tnft o eon.o lU fcminiao e 2 forn'WI
u, :t• f,., tn'fflido, e>~ariarl"'I!õ respOndendJ â que);t$()
'""'I''', t'lo.)r Duchamp n s.nber. o que "faz.. urna
n• .1 1nte em fiwor do mC-1fiiOrn. Ou se;a, c:su.mos
11111 h u»l~ o gesto de tmn.sfonnação do urtist41.
· . <~~l de um objeto lnduWial c:m uma imagem
...M., • orno aquilo que oonsciw• o trabalho de cria·
N<ll t:a...nda l(wailw. porbn. o aao c:riaiJro do II'IIJ·
•••, ·'• wmcnre míntmo c • tranr:sformaçlo mc""ii'na
•llb '''''"ment.: insipu(tea.ote (ao dei.ur o mM:tÓno
.r 111• '* •&u::JI a todos oe demais exemplan.>s do
••·•· tltlé, em lugar d:ltmptess.'o de t<'nnos encon.
h• '''" ltt•spo:;ta, devemos oos confrootar <:fim toda
t1 tw.h .~ <~Crie de que!iC~ e.stélJcas A meU! fora cL'I
"' tdn parece tcr "'14o fOfjada Qu fabricada por
hltnp mas sun ~lo ~n-adar. Assim. 1-~ que._
lt\ '"'ra.J..s e~ m n:II!''O * qU*1 i • c-'p«·
•' I\" '""'''"'3do
'' (lU~ que projel.aJJlOS oas obn,., de
as oonctbenlOS como declamçõeoc QU\l
111 11 ;lllSll,itir ou matcrialiUJT algum COCliC(Ido'/
ltm •li ,.,,., se tu I éOnt<:,\do é geradQ por nós mc:!lmOl!>
''' ",,, nec~idadc: & encontrar um signi tJcado •
acriJU.SCar.cado acn:diW1D05 own ,-inadoc..u.....J ck.~ ·
. . tonleudo <001 o criador do ob)C!07
AM:tm. mesmo depots de identir)ÇIJ'm()t a ..dctb-
raçlo" metafõnca dQ roiclório. somos mncttdos de \·oh.ll
à mesn" percepção qoe tínhamos ck'le quando o per·
ceblnmos como um ..mero·· objeto oomercud 1~11.'1 ~.
!lomos rtmel!dos a uma percepçllo do objeto oomu
ulao do~vi ncul ndo de Dud uunp no ~cn c ido l'lC!Sso:al.
oomo algo existente, em lug.1r disso. na tlfcrn da'
ques1ôcs impessoais form.ulad.J:J. Essa tc:n,ao en ~.re
uma mctáfcn eró1ica. fisitameotc earrtpda. e wna
qua.tio conceiruaJ incorpórea correspondc: a outra
rcn,., que sentimos ao confi'Ontar o rmd)""Wílt•. Pót~
I /VnttJiM, C0111 SU3S refU2l."'JDCS~'35C COI'iiiiCUnU dc-
pCII'CC:bna bnlaca. tem ~.~na p:c;;cnça que proo.oca O(KS8
·~' 11Uai ordinária aos~ dl: Wk; wna te-o-
poeta que lmde a piOO)O'\''er um CIUlDlC anahiK:O. C~
mo \'lmcll no caso de outras cscultul'l~. cli,.. onfeh~
em-oi\"C o eSiabelecimento de uma relaç!io e-ntro a f!j: -
lrulum interna e a supcrficie. a deoodaf•cnç!lo dn~o for·
mo.s 10-rnndns visiveis mnh·és de conto~ e (llun~.
ou umn resposta â compo..sição de ma~sa11 c: vn1io" 1\
limUml<'. cntrc...1.U.nto, termina 1)01' fr!J..'Jtrnr tl<ISC impuI
!JO IUl(llliico. Cont"ron.l3doo com o t~o~.l~·-t•lu•l;.·, IW.t c
<IIWkluer tc-ntati\i>l de dec:odtficaçio fOrna.1J n~ é "e-
d;ada l ~w porque. conforme J-ã tOmos ltwdola w-nlat
repccklob \I!"Lts. como nio foi Outhamp q.tt ··pn:tt-n-
dell" .. ~ formais do mlelóno. Mo .. rode.,..,..
pm:nckr o 1~lbo como tendo codiJicado Oi Jt,JJ'Iifi·
c-adc)s \ tiCUiados p« decisões fonnan... A nn.tcyia
dt Dutham.p foi :spre:se:r~tar wn trahafho que at.n.ihsc
fMNLI nlo possa redutir. um trabalho que etik'ja de\-o.-·an·
cul:uln de seus: Sttrtimentos pes.soois e que nfio ofer.:-
Qfi nenhuma resposta aos nossos esforço!! ~m dt<:olli-
fi~ll·l o ou compreendê-lo. Seu lm~al ho n~o pretende
c.Kpor o objeto pard. que seja examinado, mas ~im co;miu
çar o (II'ÓJ)Iio alo da traosfo.nnaçOO ntétk ...
,. uh~ quinze &DO&. swpu uma~ de rnc>-
•1 ,.. ~ fiObre Oocbamp ' . f.ntre outras coiSU. das
h ••te te propõem l.d des't"11damen1o pSican;W-.
•h u nagl~ica de wa obra. Ao faü~lo. prerendem,
1 1 •u• nlc com o .autor d..la Psu:opatologia da 1'ida
l•olllol , t.(UC O oompOt'lrullCniO q ue ra~e inadver~
••·I' rMI:Into. desprovklo de ~·snaficado e, pelo
'I
. . lo-·
.,..,. O«><<ode rclac\lft -~'U AO qual OOjcoo OU
pOdclll .... ~
t "'''' nameu~ a essa noçio. untJ obra c:omo Gli$·
I ' llfo·nant rtn .Móttfút d Eau tn Métaux rh~.tlnG
111 ,,,,,,, ~.:ontcndo wn moinho d'&gw em metais pró-
"'" 1 ~sl" 1913·15 (liiJ stJ, !>us.ptndt " m objeto ilu.-su~
I I. • 111 11111 (undo litCntlmCnte t:rOilSparente. Ü desli-
li u , " mmn ho d 'fagua dl) ll1 ulu sl'lo nprt!)Cntados etn
• , 1 lllt'ralla pcrspccta\'a upheu.da n um pajnel de vi·
dro. úte é monrado,juntamcqc com ouuo painel co-
loc:eclombre a u.&em. em uma ~wa mtti.ILC.a se·
m~II''CUlar pres3 à parede por meio de dobradtças.. O
trabalho gtra então perpendicularmente: a esse plano
de parede. Assim. a imagem do momho d'A~u:t parece
uen objcco soho no e.<>p3ço, preso enlre du11.11 J)e(aS d~
vidro como uma borboleta ou outto cs~c1me btol6gi.
co. 111m::sctllado como wu pcduoo de vida (lue foi ca~
turudo, COtlgclado e suspenso paro o exame cut<L'l cJo..
'10 do observador.
O .. fundo" de vidro do GliSJi~ro runctana como a
aJUIIeie cbttta do fundo ptctónco comeneton:af. con
"·tncionalmenre tnnspare:nte e que: not pcrmttt ltnagl·
IU.f O ~h-imentO tspaClaJ do ob)CIO qye oontrm.
O Nnclo ele: Ducbamp é htcnlmmoe . , _ . , ., dc<-
tnundo a ..SUSpcttsão da iDctcduli<b.tc... potJ o obset.
'-.dor pode aammar de fato o objcco de codos os [n.
~uLot e pe:reeber o espaço delgado e p iMO que ele ~r
dadc:lmmeme ocupa. AJem d•sso. enqu.11nto o fundo
tradicional fornece um manancial ou contexto namlli·
vo JJatn o objeeo disrjniO daquele em que se encontrn
o ob"ervndot·, o paind trnnspm-cnte do Glio;,\'li!fl> lnnca
por h~t·m (;il:s<t scparnção. Atm\•é$ du 1\mdo de vid.J'O, o
ob~~ervudot' cn~ 3Õ."l:'lpl~çn~ um:. C.OtUÍu u.a..-Ju ~lo.:
:~cu própno espaço. E o cferto disso ~ ~cmdhwue no
d:t coklcl(ào arbitrária do ~Wldy... ,.,nd, no e!lpat;O dt
uma plena: obrip: o observador a conctmar Ria aten-
clo na C"Sit11lbeza do eoa1e.'to csti:ttcopn- <u> Como o
aplot""" ele: boot>olcu, o.., C>ltlico ele .......... ob)<·
'O de .stu contexto real e c:oloci-lo em um contexto
p1c.tónco é ~ibido com 'istu a um curnc ponneno·
"'* Pstéril como matriz 11USIOJUS1a. o fundo de"'
dm t;e atinna como uma malriz. dialetw::a. revelando o
1\ltld.'Untnto de uma lradiçào narrativil, me...~mo ao rt....
jeitj•lll,
Confonne disse, os estudiosos d.<J Duc~t mp têm-se
COIJ)Crth~tdo por r«olocar parte do ••fu ndo" que o pn't-
1rt1~a h:n u. ~hmitwlo. Rurcam ressuprir seus
1111111 d~" ~nno ôe wna nlnmn psicok)gjca
1'!- •nula "ki' t5!!0 ob,~. Fazê-lo. evidente.-
\ tolar a importânc:11 tltralêgjc:~ da obra de:
I~~ l,;all\1'· (,;('ontudo, .a tentaç~ ~ trrcsLStivtL como se
'''' • 1-..c uma. dlll\'C que o JV'ÔJ)tio 11Mi<;la ti, esse
uh ~>1,, 1\ns IJuchamp :afirmou: "meu trabalho ê
11h ·" ' permitindo aos \lli1UdÍO'iOS identificar deta·
ttw• d••wa hlógf<~ft:a como tJertinentcs ao signifieaOO
•• ,,hra. Lm 1923. Ouchamp ··deixou.. de ser
t • 1 c r.......ou a dcditar-.!te ao cnx.adri.sm(l. Ao mes·
• tlll"' no \:nto.lZUO. contnbuiu pGIII':l o dLc;curso estê·
-'Jbmdo JWõl o mundo 01 tmbltmaS do ataque
""''"''u <OOood<>< .,. prodU<io dos rrad}.......d<J. Pn>-
111 ..._ a1.'lun.. uma tmslo entrt a qu:al•d3de Jeod;íria
w.a prn;onahdade. ioC'U cU.I~ de"~ e a forma de
w:'n)htaçâo ~ (C)I'b11l\lll o s•;,nilic:ado maior
i'-.;~::=;.:t"'lnfC\.-u..~«
'"'P'l' A obra um.'\ uxa
cunc:rc:ml de
• acnditar q~.tt se tnb:\'3 de
:
:•;~~;:,• su~tull' a n.vnll\il bJStÕnC'3 ou psicok>-
~;.uuiaçón. de uma ~\postclo c:pnse ..cien-
• otpr'lll'.açjo CS~n~tun.J da forma.
le1nnc que se,.
o nh"el de: ruh73Çio de sua
• d• UrancuM d a.burad.l de modo do rermado
I• ,, \ic nuchamp tão agreMir\1l ~ improvis3da
"'" tk \ t·.lu l'orm:tl , ambot ~rluam-se à parte
u • 1111h: mporânu~ d.., uma maneira semelhante.
u'" tl!htm\ a csculturu IIUt n:ahito, que se dcscn·
u tua dl"t:.ldll de lU, h:nhll cxplomdo determina·
I' 1.. ~ d11 ubhl d~IC!I. ~ objcnvos do su.m:ali~
rM mm de tal on.iem que ~ 1'-"rte do <r-Jt m ma•~
r.dtcal na c:oncepçio que [)uch.amp t Bt~neasi li·
nham da CS(Uinn roi quer igooracb. quer tran;fomu
da. Na \erdade. foi apenas na d6cada de 60 qllt' o anl~
res:oe de Ouchamp pela escullura como uma e'r~·._.,._.
de estralégia estética. e o mtt-I'C&..<.e de nrnnCtl\t pd:1
(OI'Illtl COQU.31UO nt.'Ulif estaÇJIO da ~uperRcie, 3sMJIIH
1\Un uma posição cenl.rdl no pc;llll(lltiCi1t U dt.' umn nu'\·a
;crutão de tseultorts.
UM PLANO DE JOGO:
OS TERMOS DO SURREAUSMO
..
._--.......
-~ ... ~
~ ntc<lcndc dar ao teU J"'tt''l.
TRJSTA.."i 17.AilA
........
~
com o tipo de mo'•imcnto que incorpora. pois, ao con·
trário do f)esem'OI1>imeniQ 1/a mnu ~:armfu no tJJ)U< r
ctl(l. 1fiJ. de Boccioni. que t>rOjcco cnl tomo do trabalhe
uma ilusão de movimento gr:K;n!lt açao da espiral d~
!oll~a·rolh~ 4 fffll<r ;~tt.:~pt•n.ur i!mpntend• um tnc)VImen.
to n:àl. Como cxpheou Gincomcm, ··apesar de todO!
05 meus tsfOtÇOS. cra~me impossl't'el tolerar então urno
tse:Ufnn. que desse wna1luslode fDO't.imemo. wm rc:r
na ~se. wn tnco CfJUido ou uma c:abeç;
olhando para o lado. [u 16 podeNI cnsr esse m<n i
mano~ de. f~ ral c conemo. TambCm queria da
a scnsaçio de: um ~ uncn~ que pudesSe ser ltldun
do..". Coruo o movuuen10 na Bola wr:pensa é real. •
\·eiculo temporal em que ele !it dá t, corrcsponJentc
mente. htcmL }ljàQ M' 1mta do momento fecunOO d
I hldtbrand e Rude. ou \lo tempo annlitko de l)o~,.:utl
ni e (iabo o insWnte oompaCh) em que uma scqucu
ci.a de momentos aulcuo•c!l c po..-.t~riore~ estilo cHnh
dm t' a1u n~mer~1e proJCtaclos. Trm-~.10 contri--
nu. do k."TnJlO real da «periêocia. alxno c ~f..::.
mente n~~;ontplcto. Tal recurso ao mt'J\unen~ real e ao
l«:mJ'U bteral e uma funçio do sigmfícado da IWTelh·
d.:tdc, que tem lug_ar ao longo e dentro do mundo em
~t.:nt Kio amJllo, panilhando as condições temporAd as
ll c,~c niUndo, mlt'\ sendo moldada po r um11 nc<:c!lllidll· 8l AIIAIK.O M.« I "
de intel'inr. ~10011'-V<\ •
E o fato de ser moldada pelo desejo responde pela Cf.Jelle~·····
I'ICIIIr' L\tftN,.,
scgundll cumctcri!ltjca da C!)cultura. que a tornot q'*in- •oor~(AmJ!
t'rt f.a.lmojlo (
tclJM!"'CtUimcnte surreallSUi: ao çoloc:~r a bola su~n· Ollll".A c.- •
sa e a meU-lua no inttrior do ""Oium.e c:Ubi<:o d.1 ptola.. 4~0."'"-A
G1aaxnctli pamue-sc um subtafúgJo quanro i 4Ítua-
çio do obJftO amerido em um espaço l*nl Pmnite'-w -~·
111c.l4i.:-
u--otu--
f:lmdckumponicipe 3!!lhi>'lleoledo<Sj )O(Odomun·
do. no I!Ciitdo que. ao mesmo tempo que !ICU mownen-
to Cob'vtamcntc hte:ral. seu lugar no mundo e~ con..
raMdo ao 1»loo e:spec:ial de uma gaiola et&j il!IOII!!do
d:ls ooi~ queo.tAo I} sua volta. A gadJ hmcicmll. por-
lanto. p:ttn J)t'OCIIImar o carStcr CSJ>CCtal de su:t Sttuaç!lo,
pnra t mn~;rotm.A·-I <l em uma espécie de bolh;'l de v1d1'0
impene1nh·el a flutuar no reservatório ~t•cial do mun·
du~l.
Av 1\ul:l\.'111 paH~ 00 .::spaçu real e, no ~ol.mto, c:i"
t;u~m <I!.! alauma fornu. alijados dote, .a bol:a sulipen
a;a c: a me.a-lua buscam abnr uma físswa n:l ,upcrfl-
ctc: C(IOtinua da realidade. Assim. a esc:ultarn enq1a
uma 1!'\ptft~nc-ta que h '~ &crn~M. oa '1da IIC'Of\b.
ela. wna apenêncu de dc:scontunacbdc cnue dt(c:-
rcnlc" t'tapncn1os do mundo. Virios "en.,I05 acor-
n,:m l m-..·ntc Um dtles se dtu oorrugo qUHdo me
tlll'ontrn\·ll 1\11 companhia de alguns amu;:os em um
pequeno '-'CI!tibulo, p~tes ~ entrar em urnn llftla
m•ic•r umll' já ttnha começado um OOI)Ce•to de musi-
C:I~ c:ll:trilntc:ll, l luvíamos todos parado por umuu.tan·
te jtuuc•A J'llllll, nJuo;t:lndo nossos o lhos :i ntdn·lll/ dfl
c~ora~·• ~.:n~u mto procuJávamos lugares para l1Cil111L
Durante essa. pausa. pcn:cbt um JOVtm segurando um
lrombone contra os lábios. suas bochechas expandin·
do·:te c: contrnindo-ac: t;.Om o at, 1.71"1\lollnlo sue miio
e~qucrda m~n:imcntava a var:l do Instrumento. Com-
plmmeote: eooc:e:ott:.do. o homm1 rocava silenciosa-
mente seu trombone. MC\d &m!.p nio o viram. Eles
e todos os dema.~s ~a,-am atKonM no 50111 c:Jeuõni-
co que era o foco do aenc;lo 00. ~t<S do sala. a
rv.ào para est:arem ali. l,;m momano an1es cu csti\'C-
ra uruda a eles naquele esraço companilhado intcn-
ClOnal. mas agora est.a\-ll J)resa :\ eACCUçi\o silenei~
do tromboni.sta. que ó colocava totalmente à parte do
resto do·cspaço. enquanto !IC:U corpo t~ l ;mç:l\'a num
tinno diferente. Isolado de tudo fi mais a seu redor,
e le abriu uma fendá na n:alidnde cuntíuua llc meu
(."SJl.'IÇO.
Sos: ~ Nodjd e L'AI«ttOIr Fo.. Brc:!on rclm
virios ~ do gCnero em iUI t\pcnéncia pes~
soal. "'!\\UD fi m de tarde no 1100 pai$$11do-, cscn.."''t,
..nas coxias later.tis dó •P.tlilcio EJi'lrico •. uma mulher
nu.. que deve ter entmdo ve11indo ~penas seu sobre-
nlCIQ, vagu"a lívida, de uma f• le1m de cndeir'ólS a ou~
tra.ttt• A imagem de Brcton é 1'1 de uma sile•,ciosa rup--
lurn do C3pt'IÇO 4'Q\ô(umo lro d<~w.it oinem~ - com ~ua
consciência subttamcntc deivinda. do flu,c.o ela aten,ão
d.1. p1a~éia voltada parn a teiJ Na estranh."'l natrali\'3
piccôrica La Femme 100 Tit~s (A mulher 100 caOO.
çaJ). Max Emst projeta urna wne de eoJagens de ih~
trações..,_ . . dinglda:; pn • mc<ma omsaçkJ Focma-
cbs por gn» onsdo oé<ulo XIX. <»-lSCOlageos ofm:.
cem ao obsen'ador um "~Cnudo C'tftl de coonrmidade
b()acial. assim como uma pa-sp«~jva de traçado tra•
diciooal estabelocc as coonknadas s imple5 de uma pa•~
sagem ou de um interior De um modo extremamente
furtivo. Ernst introdu.t então nesli3s cenas elemento.'>
que lhe:~ s.'o e.•nmnhos. por vezes objetos cxttoJdos de
m.ttJW.Ii~ c.Jc: COj<:OhaJia. OU detali'lb de cat'k
lsos
de
rnoc:b obJC'IOS cuja tc"'tun e escala distinguettt-IXK
do rundo da col1'1gtm, ~ICIOS oom rclaçlio ao<~ quats. Q5
ocuronl~ daqu ele e:.."p;~ço estão ab.<õOiutameJUe
alheios.
0 ~IL'Ido é a tnans:f(lf1}1ôlÇio do (IOnCatO
de uma sa-
b. ~ ass.~m. oonnal no espaço f lSic;amc:nte fra-
cionado do cinema de Bn::ton. Ao proceder dl.ll>.<õt~ fo,...
nm, Cn....,l ao• upc u c:omtnuldade nltial isica
do espaço
sem <Mp t ou IUIUiar ..., prolimdodade.
Ex.•ue. é claro. wna cAperiên~;•a bem n\Zus fre-o
qücntc dessa 1uptur a de um mumlo comp.~rtilbado:
.ma e.w~riêncll qut tem o prosaíSinO e a scn~ da
rc:alidade, ao met;mo tempo qUI: ~. no entanlo. toeal·
mente privada. Trnla-sc ria expcnê~iu do sonho. ~ra
Brewn. o sonho era a pcdru de toque cb surrc:altdô:lde.
pOis, o IUI1'eal m (()l'tiO wn saoho IC'Onbdo - um
fragmento do Cfol:~ço real slt.:rado.J>O•.s e criado pelo
desejo daque le que sonh:~ mas se upn:sento simulta-
neamtm~e a este como iDikpeodc:n~e de
sua vont1dc:,
aJgo eom que ele aperub topou por acaso.
É por éllSa mzfto que Ot~MX~mcui se referiu a seus
craba.lhos como ''proJCÇôe'J"' que almcJa..-a "-c-r coocre.
tiz.ada ao mund o obict1VO- mu quf' niin poetend~.a
fabm:ar ptssoahnente•t. é: por es!;3 nu:ão que ~le os
cQflfi iUt n wn pequeno palco scp:u-ado e lJlK: Jbes
t-
propno, mesmo qwmclo bus<a pram ir que pom:crão
cmtmuos ao ~o do n:al. Um dos tipos aenCnoos
que Giaoometci Ulilt.r.a com e:s•.<>a finalidade 6 ll cscul-
luill ""01'00 tabuleiro. Fim de j<Jgo (1932). Homem.
tmúlk T ~ crloJ t(O (193 1) e Cím1 1tô ptiiTJ *Ma
proço
( 19' I) mclucm· '>e nessa categoria (t~ et-o._ F.xiste.
ne'><>c" l mlxl l ho~. a nw:sma relação fi~icamemc oontí-
rwa ~trr eb e o ~ da Bi>lo saspciUO -
a
não "Cf p!)o faHl de que nos tabuleiros o lnO\>'Itne:nt
O
pendul.n da bota é suhsllt"fdo pel o~ "jogada"" que o
~n•ldor pOOç f:azer com as ~M da
escultura.
lllQ\-\.'tldo de um lado para outro ao lona.o de sulcos no
plan o ôo oabulc:iro. Ao filar ôo """' ime mol i""'l
""'
CXtCl<l ne~ tntbalhos, Giooomeuj oorcscentou: "que
-
ria que fosse possi,.'eiiiCntM na e'lcuJturu., cam.inb.t.r so-
bre da e rte()l!ltlr~ oda- .'.1\i oabl ' uma aculhn.
como
!ie ~la fosse um jogo de xadrez e w:n
ev•dcnte co•Mte
a Wà espb:ic de imcdLa.çãQ ll4õica.
Smv.dtaoumence. ~ o próp rin bhnk ~
ea a sensação de uma ewanha paisagem sepatro rada da
r<Y.~Iida.de conlinua. em que {IS relações
de causa e
ef~110 cstiio imph cit.lm Mte suspensas.
. com o no caso
de IIOffJt'm. mwllw!r I! t"ria llfll (t19- ·~· em que o• dife-
rentes sulcos em que llil três "peças.. se mcwem hnpe-
dcm que c~ se cnccntn:m. Com sua costuu-.einl
ambn-:t~ia. esse tt1ba tbo ~
srtuar-st oo fadQ
da I'C'Jiidadc materioJ.
Muito embora Guw:ometb exclua a maior pane de
suas escultura5 do ~ em ~ ~imulando uma
reahcbde "'proJetada" - usando g3~~s ou a csarutégia
do tabuleiro - , a~ olns foram insc:rida.s de modo
maes di:rào na cc:n mtt du e:spi(O ~te. -'11Jitcr
com n gtrrg (mln cortada. de 1932 trog m,
(oi um1ntba-
lho colocado diretamente no ~;hJo, a fomt.:• huma
na for-
ml'Wh • p:utW dot um. m.i3tura de aC'VQt.t
ll~ ~
mdh:ancti:Me 1 uma p1lha de tr.lstcs ''tlho s na qual o
ct.p;."Cu'Cior podena U'Opeç.v. Objeto J,...,·n~;mdú\<t·l.
de
19) I ifllfl.a ). uma fOf"nla fâJiea de lllôldl:n com pc:qv
e-
nas ~ilhas brotando na extm nidad c:, dts1i
na,11·~ a
ser t.'Ulorodo em cnua de uma me.o;a, como wn ul cn.~>i
bo ll<>mCslioo que aLauém pud.i;ll~ peg;ar por cagano. A
- • - " " ' ma última obn rroje la c a de um obje-
to qu.hc comum tomado pertul1>ador por uma c.slmnha
<.kfttlrn:•çOO. Nesse setlli do. a obra inclui-se em uma
<Ok>""" <'I'C"i31 da J"'IÔ ÔÇii ...... ...... . da CfiOI
'an~,'ó tnll.-pn,nte~ do grup o panic-ipav
am - a talcgoria
dt~ '\,bjcl n~ liurrcaho,l.ils". ou. como
0!1 cba.m:r.~l SaJ-
..~. lbJi. ~de F.;J o Sob ól.ca -.
Ongi nária~ da noçlo de ''rrady-mude assiStido- dê
Ou~o:hamp. diaS obm;; roram criadas enxCrlood<rSt"
uma pele cbsparatad.J ou um dc:ulhe estranho oo cor·
pode um obJetO comum. Como re Bola S~tSpMtQ de
Giacomeui, enton lt3100 3 llmÜ)df. uma temporrdidadoe
Literal nesses objetos- um O)l)o.•inle11lo real que r.incro·
nUa • cxistbw:ia dc:ks cora aquela dia ~nda do
obw.."nõldor. A •·~nw tk M1lo com ''f.n~las, «h! l)ltí, de
1930 tfi 9, n>, e um (leliSCS -:xcmplos. ~.: o Obj<.tv"" sC'r
dl'"ffruído. de Mao Ray, de 1923 ttiQ.to), é outro o pri·
metro. uma ~una em geMO ~o R:'lo't:Sti:mcnlO cor·
póreocstá fJt•ado de modo quea laum u rt&J~ da. SUo-
pernt lc são transform.,d.'IS em frentes de g<wct:u q ue
podem .ser aber1as por mero de pequenos pwtadorcs
guamecidos de tub; o tit'gUDdo. um tDCO'ÕnOmO com
:a roto recortnda de um olho afixado~ 4 extrmudJde: do
bmço pendular. t:ot{ando,scm corpo, o espõlço 1r.o ritmo
do tempo real.
Ntal sempre era o monmcnEo re;al q~ N;&\'3 em
quc:~tào. truas sim o que k rtoden.'l denominar
o 31gnt·
ficado que b1'0la da metáiOrn. Nes~ s casos , uma sim·
pies coojunçlo roloca.na em [1"10\'ltucnto cack.a s de
~lnc ~a ou
&:»>Cl:açào narratn-a como oa Mit11 de'
d,.... .-lr:un:mct~menle suueridas peht fiJeira de prego s
fixOOQs. com ll'l pontas para fota, no fooe infcnt H' de
um fmo de pbsa " em ~Mille. de Man Ray, de 1911
tflll tl). ou no CTOti.smo or.\l.sugerido pda X~Mn~ rn-n-
ridu tfepele, d!l Mcrd Oppcnheim. de 1936 tffCI t2), f..m
COil~eqúêncitt <kssa asg()Cia(âo de duas entid1
des dis-
pere5.. o objtto f nnd1 o na tc:mpOfahdade da fantas
ia:
pode aet o rec•ptet~te @ C).per iêoç~ ~ampli ada do obser~
I
hwr.l.S de Gon~lc-L. " dc11cnhar "o esp:.ço...
liq):anhoL GõtU:ii~J t'fil tlnlign ti.- Pi t-:1~0. l'l:lr:t. o
qual trabalhou por um b~c: pcriodo oom<l assistente.
Foi Goftzãle:zquc. em l9JO. se i.ncumbtu efcti-..'á.Jllen•
te da sokiagcm da ~1111('00 d~ ul'fflflr tfie. m semc-
Uun~r a uma grade. conccb1da por Picuso an 19'29.
Assim como a ÚllJ!tfa de Gonz.ále-z Cflit. • · a COIU·
~ ÔC: PICUSO. IOienOr a da, é um t:..~icio de
\'()1ume virtuall maoetra de Cabo, usna \o'lriaç:ão do
método coostrutivLS~a da tratbiXIrfllCI&..
Uma ttehç.a trid.imen'>ionnl de hastes mecálica. :~
obra sugere <l pn::scnçu de um volume. CUJa fnnna
externa C u de um pnwna trinngu1nr de bibe rewngu
lar. Entretanto, a IOrnw rc:-.ultante também pJr..."t:c: uma
projeção externa do; uma coMigumção central qw:
....... do d<twJo .,... fora. . . - - - cb obra.
I~' m pant interna da escultura encontra·~ um
ttillntuln aloni;iJdo df\'tdido ao meio que faz b \·e7e5
lia c:..runt\.1 e dos braços de wna figW't. CUJOS braços,
4110 <;Q C!IICI'Idem para a frente a partir cks41a mmri.t: de
li~U corpo. "''o repetições triangulares deMa premilisn
anntômica. P.sse'l braços.. mauifcslándo 01 doi11 lados
1'-"~fiii i"IM dh r•·i ~ma. prOk:Jn~m~ com (Uroç-l\o ll ("oe
frontal do \'Oiume, onde se fucam a duas h.aMt"l ltl'õoCll-
mcnte rtcur.·OOas A sugestlo e'Vidtnte é que a fta:ura
C.\li cl'e-11\amenlt segurando rédeas c que: 1 obfl como
um todo~ um• cspéc•c: de paródia em ba:,tc:J da c:ocul-
hn cl~ m.1t5 especiftc::amenle do Aurip dt LNJ..
'"' Nlo do 1peaas as -micos" que l'fO'I'O'Cm .,, ...
'«ia~;lo, camo wnbém o uso. por Plc:a""SO, de fonnas
ceomttncas rnminas: a parbt das quau contma • C$o-
tuhura. bnn como sua aftnnaÇão fOrmal da rcc•rmc•-
dltde entJ"t os suportes esqucletaas do corpo e a 'i~"M
tno do \'Olumc 56hck) em que cs1e se cxte•ioriza. A es-
culturn funcionn, portanto, como uma c•·hlc.'l direta e
c11pÍI i1uosa da trnn.sparência cQmo meio do cxpre~.:;no
,la esculturít. Revdn que a traosp;;1rêocia conercta d:.1
w.mdc tnduncnsional ê essencialrntnte a mc!lrmt que a
tr..n..parcncla conoeilual da figum claSlStca, que. etl'lbO-
r,t m.t..:tÇG em ..u de abcna ã pcnctrnçOO '\isUJI. em-
bom monolítica em \'C:Z de tonStruída a par11r de: uma
mie de hnhas. tem cambém como prcm1ssa o metndi-
mcokt ~k-....entar da. rdação ractOI'tll cottt: cscrutura c
Wr'l(l'lk"IIC
Ac' nlt'Q'nO •empo que crii\.'3 sua parodut cri1tc:a da
(',trucurJ c~~oica, Picasso rmaCl:pnlênciJ\ com •
nu\.t\1 "''r~ahst:t da escrurura pela metifon. a,raç'~ i
qu.tl .t c""'ulturn se ill1roduz. no OYXo tempotnl. Jt\ em
l\114, P ic.t~st• introdt.u:ira um objeto comum em sua
CC\tttp\f~tt;àt l t.oscuftuml. 0 C()J)O cfe ltbJflltO (flg. 100)•
u111.1 muu t..culll maqucte de bronze. lrtt.Zi:t uma colher
tlc eM ~ct\lit dCtrá tl.it abertura entre OS planos frag:-
nknladooi do ob.,tetO ~ e o twate r estnn ho
oonfl"ndo à obr:'l pela 1m'M~ do tt.ILI na esfera do du·
Wrw motivou JJrcton a incluir a obm na c:xposição de
ObJCI~ .su.rrcallSinscle 19)61'".
C'cabqu dl ''"''/terClil ,.,). ama figma em pé cri•·
cb por Pica~ em 19JJ. Ct;J>IOra a VJCU1dade natural
de um obj eto aéhndo no 3cntKio de pnvnr a fonna hu·
Olln.'l da lmp~ de- um..a c$trUruta subjactntc
Ao
li.pr _. bomid .no:s ck do.' w..Ju ra 1ncUlkOS 1*'*
formar o c:rinio da figura.. Pass o reforça a imp:lC'IJn-
ciJ• da supertlc:ie medianle o uso de um elemento lllC·
t.1lico. plano<: 0\'al. ao 1ntU1tO de sugerir o rosto como
a1,o ""J>U3(1o. ou que t -1• el scpomr. do resto do
~ - como unu m3scar1. Por caus:a dessa scpera·
ç-do rc.ul com rc:laçào ao conlô que se enco nr~ por •rlis
dela, a máscara funciona. nessa escultura. oomo uma
ncpçA o do pnn<ipio c - scgUIIdo o ..,ai a super·
ncie de wna forma conswui o efcrto e:xtemo de uma
cau ~:a i:ubjnccntc. Aplicat.la de modo arbilrário, :a más·
cam n.1o tem nenhuma li.pç4o lógica com a forma de
"'" 'IUpC)Itt: . . . . . ckmoruoaçào da opocidade das ....
perficaes. A fiaura criada por Ptca.sso em 1931 CXJ>tes·
sa 1 IIC()o'l.r.'lçâo dn másc.arJ em dois nh'<:IS! o plano do
rQj(Q dc:'I;ViRI'ul•-~e do ..,oi um• Jn cobcç• 100 ()IIIJIA fl\t,.....,
cxi.steJJb;l por ~
tni.\ dtlc c opi)e-lle a ete: e 01 COidores furaWs. por for- ..._....,...lt!-4
_I GolIWf'
uwtan 1.1n bulbo OCô, parecem conter o ''01u:me crama-. ~I;II!Mf
"'J(n-N (ll! !IIMIIIII
no, ttn mesmo tempo q ue nJo revelam coisa algurno de 101 (XIIIf.lotA(lll>.!l"',
sun estruturo ("~ .1111..\'i-•, I o •
lloll...,. 1000'1'1> 1
N.\., primc1nu cclcb raçôn do irral;.on:d por parte .........
du" ..bda:iS&aS., u má.sc::a.ra.\ 11\"tfit m o papel de wn un-
port;wte occs~. Nas primeiras apresentaçõe s dn"
dahl !~. no 0:1lxaN \bltai re, em Zurique.~ SXtttielpa.nte!l
u"onam mái<uu, &aolo como alusão ao peosamc:nro
pnn•1!1\0. n:.O...rac.:iort.2L oomo para cclcblar um a\>Mir·
do Jli\'M:ftte em que um:1 6uperf'icic dr•norcid.tl )JUdia
harr;u· a ()CIX:CJX;,lo de uma C"1rutum r;1cionaP•.
Jean Arp deu forma inicialmente ã llu..1 e-.~.:uhhl '
~cvundo o pnncíp10 da máscara em 1916, mc'uu' .111•'
e m que se integrou oo g;rupo dadablà do C.1h;u~ Vil!
1mrc. Sobrepondo várias camadas de form a~ imnn\'11
dll'l. I\!COr1t~ das com uma serra fico·tico, suhr~· Ulil
fundo oval em JOC'R\3 de máscara. conferi" tl ~ulll\ l l·
'l•l•hctMc: ta.ohÁI que detmnillata a.t
.....'""''"de
ii
......,..,..,.,...,. de-·
.,)C) « .41~ sombras- rmu10 •
,. ..,, o1>n em formo de aW<on. Arp
_,_ • c<>mpot ex>lagens por lll<10 das
li
li
Em 1950, D,a, 1d Smith construru ~ TallkrOJf'm I I
(fi-:1. 1101 . Ao cortar noss<' hnh ~ de visio, o composiçâv
da ~ultura.. semelhante a uma lâmina. exibe um
achatamento QUI~ agres sho- uma insistc:t:Ue quah -
dade pl.:ma que iU5el tou em seus primeirw obsen a-
dores um sentido imcd1ato de estr:m hcua. Conll'(l o
paoo de fundo de wna ob~11ivt preoc:upaç~o com o
"'otwnr: (seja ele rnl ou \inu.a l). qu.e forma a tnch-
ção da escuhum no Kculo XX. o TanAiole.m /5e apre-
scnt.'l com a mSu 'IU~-ntabili<Ln cJe ele um r~:u. E c c 1u 1,,..
pe:J cr" 11CJI
Com seus dots demeru01 em forma de disco IIW-
peOSOI em wn g.runde suporte vertical, a obra ckm.~
seu título do fato de evocar ll amagcm lL1 figura huma..
o.a. O daiCO infenor. moldado a pan1rda tampa de urn
tal'lqtJC oa de uma caldeira. corres;pondc: ApQRC 1r
Jc-
ctc d,lf.IUdc c•unp(} c, ao ootnrário dn...'i 1mu.gcn'i lt'pre- 16,hm Colo·\•• <li
scnln c ionni~. quo podem retratar objet o~ reais l!m uma
••oto llutkipllll•• •h
11? (l(Titli~A 1 11111
~c.alo1 nl.'lior ou menor que nquela du ubJclo mesmo. o lleui,IWf> 11 ~li
~.l'NI
181).~ 0'1 . ltc....:o ...
~Ar!.tbooo
....,..,-'!III'Cntorl f
cmhlcm,l h:uu,1em t~o:i.stir na C'iellla em que manifesta 1'1) AOUA .~.>I·"'
1191: :061 o,.... .,.
a s1 prt'r••u e no material c~ que é f~tto. )Ob-.1Pio\ 111,1 t!!! I
Tolltlli cliNI~ quolidnde' frontal idade., centrali.at 4
lfotoouo f ""'"''"'
çào c l,unauht• c t.uperlicu~ litcmis caracterizam u
lrnbtllho nmaduR-ciclo dn m11inrta dos pintores expres.-
.SIOtWitas al:>õlotmlt)ll; me..me> <L,qucles que, como Pollock
c: NC9omtn ~ temnnsssem pOr a~.nd«mr. lj:un"
de..c;ses alributow emblemilticos, oontiooat;_\•n u tr=•h:•lh.u
com o aspecco mais central do stgno tiO t:mbkml\ 1 1:
este o modu d..: o emblema dirigir·se au uiJ:.~• ~.•~i.õu 1•, ,,.,
ao mc:;mo 1Citll)0 ~1 ue podemos CQC\.'tilk• ill qu~· 11111 tiLl.l
dro ou um n:trutotn.di<:ionais criam uma •~In\ Ih • \'1111\'
..... ~ ubJdo.. que etl$le iodepcodeo&emmr,c de obftT..
\.lolf'C'I. nAo ~ drrigindoa oinguc:m em puncutar. de·
Hm~h con~iderar que um signo ou anblcrna cuwe es·
pl"'l •fl~anle!ll e em relação a um receptor. AMumc: 1 for~
m11 de uma diretriz dcstmada u alguém. uma d1renü.
qu\1 t.•d\t~. por assun dizer, no esp;'lço de confrontaçl5o
~nll-c o signo ou emblema. e aquele que o ob•u:lrva,
A lnnu.,l'lci:l dn f::U.f'l"fo"lllit>mo sobl'9 David Smith
rws d écada.~ de 30 e40 voltou a atençlio do nr1i ~Ul pam
uma cscuhurft lmbulda de uma q.tratêgi.a de confron-
tação e para ttmas cnvolvcodo objetos n~1Cot como
f'd.ícht$ c: totens. A ooofroolação é wn dos principais
n:au101 de MulMr cON a grugcut/0 ~.de 0•3--
C\lmdll .,._ rn; o ktich1Sm0 é onipre.scme na otn de
IJ<IImc< ou O.li. Pomn, W como scuo COIII<mpori·
Df:iM do mmdo da pinn.tra, Stmtb retrabalbou por c.om-
pk'lo essas fontes. Cnoo. a panir dt:lü. uma dccla,...
çlkl ucultural que se totoou uma contrapanidafiwntt,/
do que Smith considem\'ll a essência do próprio IOtt'-
mi~m o. As:nm, a fortnll de seu trabalho c u noçOo de
li.Mem oonvc11cram·se em duas mclároms int..:rlí~•das
e rccl1>rocas a tlpOntar para um mesmo aspoc1o: uma
dcclam~io acerca de como a obra não podin ser poli~
~uidla' l"'rn qoe se perceba o modo como i)M) ttC pro..
du~ t pn."'Ciso e~inar primeiro o que Smath c:ntend1a
cun:10 a estrutura do rotemismu e. em scauJd3.. o tipo
de upn:s.,ao formal com que: ~a 5e daal\vl\'il em
... ol>ra
~ codcmoo de"""- clao ....
rq,~mu a~ rtferentes a t5CUftutal c c:nagmil;t-
..o.""""'
s..;lh
c.... C\ln"\!Jics da$ JdéL&S que o intert:SA\am, encon.
U'olmc>!! ~nhCJI.(I de objetos c.Jassificados oomo '"'lotem"
c rcfm!ncia!l a textos psicanaJiticos. C.om.idemndo o an..
I C~\"' de Srmlh DO crabaJbo de Freud. 6 pro\'áVCI que
su.:avali,10 d<l tolcmismose baseasse csscuciolmenteem
Tntm11 C' filha, um lcxto que ,.•inc:uJava insililcntcmell1c
as pn'llic.Js pnnutavn.$ à estrutura moderna das rciiQI)e:~
ws C(W1lO desaiW pc:.. rat.nãfbt:. Para Smttb. por·
tanto. o 10ICm não cta um obJc'to ll't4KO. mas sim uma
c:xpR:!õsio poderosamente abre\·uada de um rompJ.:,o
dt sentimentos e de-SCJOS q® rer«bia atuante<> nele c
na sociedade como wn todo.
Em poucas palavms, Frcud ~creveu o modo co.
mo o totemisn\<1 atunva no IICIO das sociedndes pntuiw
ilVA~; éomo ~·m s.istrm" f'll•"* (\MW.,-,..\'er o incesto. ao Ji!:ü~
mntir que os membros de wnn ddcm1ináda tribo ou clã
nJo se C!lsanam entre si nem conbttariam. m.'LS s.enam
obripdos a buscou panxlrot fora de ql:).i famíli~CS tri
bais. Cada tribo <;e idc:nbri~;aria C\lm um objeto~~
co putio:u!ar - do rinino um lli\U1l&l • cada .,.,.,.,.,
da u i b o - o nome: do IAI objdo. de modo que ho-
mem e ro4em se fazaarD um. Cnada a tdeatif.eaç:io, r.
kis cp.~e se apbC-a\am 10 :"umat f04êmico passl\'am a
aplicar-se logicamente ao mdividoo humano que por·
la\-a o seu not\lC. ~ leu. 01t taM, eram em sua m~uo·
ria proibitivos. protegendo o tC'Itcm e tomando-o lnvio·
13\'el. O totem 11."10 crn cst~tbelcc•do apenas como u10
obJeto sagtado ou vcncl\1do: ora tombém colocado:)
parte de todos os demais obje1os que pOderiam ser li·
'I
<::ir.:unentc aproortadoe. Nonnulmc11te o ani.Lnal csco-
ll'lkto não podklSCf morto, actVIr <li! abmerUQ. nem n-.."' I
mo :.er toeaôo. Para &]&umoa." tnbl.a. o tabu cheg.t\a n('l
pOiliO do proibir que OI......,.,... da uibo se """"imar
stm oo até olbasitm pw~ o totem. Uma w-z que 0$ t.o.
mcll$ e~ da tribo 11nhlm o nome: do~ tan-
bém. as leis do \lbu aplicavam«. por oumãP. a c: te-..
tomando a uni1o li)Cest\1011. unla ' JOiaçi(l dlTda da lci
tribat Freud VIa nó totenuuno 1 mamfo.Ltção t.k um
desejo particular agregado a um fi:t<,tema par3 •mpt:dtr
sua consutna('ào.
Aos olhos de Smith. tNill C!ICt\llur:u;àcl do rd.• ~·L\l·
ruunento de doi~ membr~ de um ~rupo de C{~ I mtllln
que a apropriação ou " viol~n.n d~ um pelo nutm ~
pme.crita ganhou importinci:a na
década de 40, taniO
por mz.ôC'\ J)Cl'S<l;)Í) como pol íti
cas. Grassava a 11
Gu ma \hmdaal. c Smith idcnta
ficava sua carmftcina
em h:nnos st"li.Uais e canibalillt
i<XU que I«Da\·am o
to~ subtt:amenr.e
rdeo.'Uite. O que começou :1
ter lugar na arte de Smtlh fot 1
formuJQÇio de wn a
cstratégja da deu hu ra no ~udo
de traduzn 01 rabult
do IOt tmi sm o numa linllu.n.aem
tia fõm1ll ~ • mc::t.t
dth e Cif orQ O fOI'mAI ~•. apa
rentcmen1e. trarugredtr
Oli tntercl\lllbtos eot.,o
e:~tobeltei<bo: entre obs
e OO,~o C$Cu.hural, que. confor ervador
me vtmoli. havaom-sc
I.Xlnver1ido em um 41iitema quer
<k aprornaçlo in&e--
kcr ual . camo no construtwism
o. quer de pos~ l'iC fl·
Su.;tl , COIIlO tta obr a de
Henry \fo on :
fm 1~9·~ Sm tth con solida
ra ess a linguagem
forrnaL bn wn aaOOibo mtitu.l
Jdo 8~,.,_ C"Gn.çdo
ck ""'fr't Trl ro trla1Klh:, dc:'\crc\"t!
un\A sinta."te Q~.:ultural que 1e pod a fisura human.n com
eria qua lir.ex de gn •
IU IU do di~Junçâo visWII cx1rem
a. Tal disjunção ,se
ap6la oo fato d.: ser iltlp0)$1\d rela
c:K~nar a• d. s priD-
ctplus vt'itas d.1 ob n uma â ou tra
- 1 fronwl rr.11 ••aa1 o
a de perfil,.._ ,._ pelo modo CC
Qtt\JtJ\ 1!111 da cnn.-
parfnc&a tntcma, que se tornam
o pnncipút rer""o da
CO illp !)Sl (a(i C'ctultur.l
l Jb«tra.U 10 kwlgo cbs QU 3tn>
dC..:ada~ .ilntertn~
Podctnos enc ont rar o tipo de tnn
do llOr 8/t~ekburn. po r exemplo, spu êtl cia evita·
on Figu,.a criada em
1926 (1.;1. llt. ftll illt por Jacqu
n lipc
o JHincipio de con su· uçl o é tns l'litz. Ne sa obra,
enr dWt!\ silh uetas
pncicwnco.•c tdt ®e as tm incuto
co,l;~c;; tl'l vislali apn:.se
reto, de modo que
nlem un) conjumo ~tnelha.nte
de lornlól~ 1aas; pctfis. q~o~
e lembram os dos. i•H
g1nlos Je unw cor« nte, se afiaura erli·
m tom o a m1nife" 11. . e 1 * $a11t1.
l~io nte ma de uma ~. ""' ,..,;:.;:;,;:\<
'"'c:es'\lo
c:-.sfericlh, A~11un, d.• ooe~ ma form tmema de v:\ZJO~o ~II<Si. 1941l·SO '"" "'
a 'lue slo id~nti ca41 117 470 ""•1
tod as as '-iSlob de uma ~fern, ~ t ...,...~
uma \C'Z que todas são
Out.bv"1'
grndas pela rq><U~ de umo,.,...,. forma~
U'1C4, os \uios inlnlOCU \'IIÍ\'tiS do T<wwt ôe Lipebill
parecem '"'hados para todcMI: os lado!> da obra rgua1·
mente. Em termos VJsu.au. o trabalho é um sastema de
intel'ligaçio no qual as viJOIBII de perf1l podem ser de-
du.zidas com base n;~ vio;ua frontal. enquanto esta pode
ser determin~da ru rntq;t·n alrtiVCs do simples exame
hucml da obra. N'-'SSC !l(:nLido. suol Flkltra atende li~
exigêocias de cntc-mlimcnto c dta orgnnizaç.ào concei-
tual que já •;lmos atuar nu e~cultuta tUtunsta 4! cón~
truti\'ista.
\
.,. ...,loo """ da. BIO<i<bwro pro,... -
'"' ''lfW
humano oomo uma espk1c
• ,.., .•. em que 1odos os delalbes cscuJtu·
''' ~o1do empurrados para a pmfcna do
""'"'" em ~eu interior um \'az:io aberto,
r•nlc ~tru,tssar f#eitmcnte até o es~
punle) de visão, a obra se mostra como
111\ltAii c:~ dA li.g\lr.l hunútnil. rront~ li "'"'
,,.,,c u\oorpõrea- o corpo reduzido a
,.,,. h.l:-.tts de aço dobradas. O elpa<;u
•" ··m:ia de seu interior. con~l.a oom M
- . ; 111~u. de aço (cootrapioos. dobmdJ·
cn-;unlr.tm em alguns pontOS ao lonJO de
'''"no.. Ao oonmírio da &otl.&aüdade da
'" ..._ cb G"""fa de Botto001 •• ,.
.t. l ('Chtll, a ' 'i$1.1 frontal de Bl~
1 ._-.rco.·eladora. Nio prepara o obscfvl·
IOJII"'"'""""Em
as outras pcn;.,.,aiva> do obj ..
LuJo~.
8/ucAburn é $1mplcsnle1Ue
ttllllhl~ pre.,.is.ào acerca das dcma•s vifo.
p.1rt<:C ter atxandonado o cuidado obsc:s·
1 tn1Cmll3Çio que identificamos em oucms
l''' '"'ruidas.
t n~·l c:tlculnr a visOO latetal <1e IJ/m.k•
· na frontal é porque a pnmeiro oontim
~~~~:~~dc~""~pres
I 1111 ~ I l'ilb \.4)d'itl: '9-
sões aoVisco
. ""
~._.,
I'JH..)O ...._ l ll o""
segunda. da ~tento
mc:smo tc:mpo ,_.,... lll#'IO ·~ ~ ., ~ .lt\
c cum~JIIuado por uma série de inca•
"';,~~:::::·
• l preeoehido po< UDlll ~loo de
como • prateleira de uma ofteuY
1l'k-11 de f«rameat:as velhas e peç~ D0\'3S.
e~~,.upada por uma irregular sobrepoMçào
,, '<li>Ut lateral transmite a imprc5SilO de
..k:-.ntdcm, ll(l passo que. vislo de frente.
r '"'':crh :wcrcno e n::~da CQnfuso. A rc.:lnç!lo
,t,•,'l\ e o corpo é diferente em cada Indo
· I m lug;ar dtt ckctaraçâo frontal de si me--
I
l tot A~U"iHOS ~ l\l..t.liU AA MOI)I'~NA
!iS.l&r~ r••,
I+
.;o
que af\lrt'n~mcnte f01 causado par
n..,.ilo> do rnndp>O de <boonlmwdade•
.,..la& hi\Unlc entre as dJbm'es
paoOII a 1tuar no Unbllo de qualquc:r
\'JSIU
1<. ck1-
cnmnr.n~... em .;,eu lugar. uma esqutmãõc:a referência
a '"" canhjo - -.ma rm.gem que traduzia drretamen-
dali. ...~ação pe.sooJ < politia de s..dt
totn 1 'k'lllmcq
Em /11 JJ • . .. peça$ curvas de aço, que formam
d1fa'mld JWb rubu.J.a.res. projctam-.se de uma plata-
forma u~hnade em fOnn..l de diaman~.susrentada por
urn vc\1....;-u de "IK<t (te aço eolotacb sobre rodas. O
cnri1cr de lrldt\itria dcsS'l moot.agen1.. tnmbém J)rc'scn-
l<e nn Zig.' l'fl c Jl/11 Cl9b.l). 1em sua gênese- nos trn-
baJit~ da clb.:adot de 40. que expressavam. de modo
h.1.,:1an1c direto, o honor de Smllb il guerra. Ent Clõ(UI-
mras como ..C ,;ota,-do tf1t ,. , lt.utorai'Ml de J:lh.Ym.
Pãssaro J•~rü.ni«J c FlUitas""' do guuro (todu dt
1945), Smtl\:a fa1 do c:anhJ.o wn sbnbolo do roc-k-nn
militar e atribui a de o J)."t~l de mutilador.
Ncssa..o; ~\lltUI'III Clltmnhomeote O~S"IV:l" t l l'il
a nos 40, S'llith tr.m~formll o canh?io de ohJCh) em
ator. uma rn(l.quina ck~u.d~• de cnracletls,ica~ animk ·•
pecul ~rcs. ~empre dM:.Ildo-o densa~. Smilh nt~1m .1 1
mmre monta 1 boca do c.anhJo sobre rocb:s. lll3$ por
,,y~, Ih~ da pernoa c pés humanos. Em cada ca$0, a
bol~a 00 conhlo ~ I'Cfllllltlld..1 como um obje10 fàllco, <k
modo qu~" ' 'iOiêncaa publk<~ da b'UCrra é representa-
da t:otlloo um,t rran~~5Jo m.1is prh.'<'tda. o estupro.
F,M" cauMC'I o1ado 'ICXu.ahzOOo '>utgtu pela primcn'3 vez
em umu lléta~ de quin1c medalhões intiMada Me-
du/Jm~ 1/u ~lnoma ( 1 939~40) tr;;,. 12:9). O fu ndidor com
qu~.:m Smhh cmh,tlhuu ucssa. .série presenteara-o <:erln
vez com uma estranha lembrança de seu relacion ~
mento profissional: uma pequena réplica, em prata.
de um falo alado clássico, um objeto que o arcjsta h·
nha viSto em Pompéia nos anos 20 e que contjnuava a
fascinil lo. Smith ton10u essa forma de ori_gem antiga
4
~
Ul rQ.tt.)lt
<1- --~ ...
o-..... '"··
c~,_.....,
AWIC:mcnte tem r"'r obJetiVO n:jl:itar c derrotar. no
IIW\C'I ntrutu~ mab. bâsico. a polh:ic:a cR ~ re$UI-
tWliC de seu próprio ciclo l)tiõ'IOO I de desejo~ rrmor·
so. Os comandos Cricos e formnis que sua obm busca
codil 1c-nr esrJo. por1anto. inccr.rdacioRJ<bii~ a eficl1J.
cia deles c::omo nrulh lm depe-nde de: sua rnaauac;io
simuhãnea Cf~;~~ m• e U1tt. No tnicio doi ano~t SO, o
J\!ahsmo oompiu '3IÍ\O desses 1mmeiros tmbnlhos com
o c11nhllolfaJo ~ ab$0rvido na eomrrKk.iio cunu•terisri
ca c.la!i peças mcciniças que formam as fiiPJras do
Tmd.Jou.,.
Conforme apontei. e na rrloriio entre Jl auHa.xe dtS·
juutiva dessa composição c o materia l temático que
r't~idc u origmalidade de Smith - e o que o coloca a
parte de seu' contrmpor&xlol: runericat'IOIIo Poas ~
DCMa ~!ação que ck COõStgUe quali(JCar o sasn•ra.
do que as imagena como o cotem ou o obJCio Sllcrifi-
cal tem em sua obm.
Na~ mb de Lrpton, Fcrbc:r c Harc. tcrn~ muito
semelhantes foram elaborados rm forma dt csculn n.
.,.. ele ,.. modo oinda dqJenclen•• das r~ estên-
caa qht moldarmn a formuh•çRo surreahlifl ongjnal
por ))IU'Ic deles. Zeus surr (J(.'/(Jillll 11. criado por Ferbc•·
em 1947 éflg. u~. nlo apeniU pede. por 100.--nn&:ho de
~~~para .... ~.,Ju uu QJIIIIC::UO dO OX)-
vunc:ncO europeu. comG também abSOn·e a linguagem
f<'rm~l de cdttda c contenção qui! carac•crizu a cscul-
1uta de Giaoomrtti dos aoos 30. Com sua protraída
c5{)(nha dorsal tan:undada pcLb fortl'.IIM obcm:s,. di.
c:arnc wper11CLII, k'mdhantc:s a \oageGS• ./..nl'~ pa:reoc:
uma \-êrsiio da MrJ/her oom a gtugan ta Nmnda, de
<Ji,1 ~;omcui (fi~J-11), erguida do c.h:lo para se •ornar vc:T-
ucttl Ao longo dcH. anos 50. Kbcr trabalh'l)l.l t:om um
f<WP\.I kl de es..:ukur.t que consi \te em coutineme abcr.
10. CO!n as tua~ m~:liJicas rtlorerdas que formam seu
intcrrttt col~dllO: explicitameme em lcnsdo oonll'a a
ronnllt.;\lerna do \'Oiume que 11 Clrcunda. A medida
!fie as tiras mec'-litb mtcmu 1c: 110rnam fWO:$te\."n a·
mente ftcxhet$. SUl IClturl. ~UI\ita~Ja pela. aplicaç."'k•
de ~ntos de nkp.acl c chumbo lisos ~ a
evocar tiras de ctme. O e'lpn:~ionismo apnsionadv
que se debate em Ci1hgmfiu t•njllulm/o com penca n.•
1 e trabalhos si mllare~ do mlcio dos anos 60 revi..·em
o drama sunealista dn posse. O eontcúdo de Fabcre ••
linguagem tbrmnl que utilila f)ara expres.'iá·lo '>âo
pen:epdveL'> rw Ql:)ra Oc 11.1rc c Lltnoo lgual.Juerue.
Ollma-.dtH'Spí'ru, de fiare (194-4), concebe o corpo
humano prcc-isamcrue n011 tennos da .sinistra oc:rcn
que se \"Íu nos obJd<M fcdchmas de M•&riue. Dali e
Giacomeui e o mesmo 1e apbca a O "UVJJ(), de Liplon
(1951).
Em O 11141JJO ~'-"'a fl.1ur.a tolêmica ~ CODStnÚ·
da mediaa•e o agrup1mento "~acal de formas seme--
lhantes a "~ge11\., ~~delas rftkh~ para m.-clar
uma coluna 1.ntcnnr qltf percorre: o wu centro. O cOn·
j'mlo da figura é emtxunh.1do por d01s '>emicihndr...,...
que pore«m oomprimir ou conter a figura e que tra-
zem á lcmbranç.n 11 imau.c:m su•n;;Jiista da jauJa. En-
conu•tunos tambén1 n11 obm, t>Orém. um diálogo cmrc
o contidQc o rcvclndo, t, nc~"' to.(:tltido. O mmJto che~
j,;l\ qualle a con"tiiuir umA rcd"bo•·~o 410\eJ i...:au" \1.1
1olémica Figuro,t."Ti..tda em 1925 por Upchit7 lfog• 11'-
• t t"'l. poiS tem a dcsemba 1açada eo~nbinaçâo das ima-
gens surreahstH com • um..1coc~.a coostnlli._.isca em
que ê possi"el «1m~ o auclco rndado COI'IliO o
gaador da forma e,1ema d.l ohra.
Essa fusão et"lb'e C<'RMI'UII" I"'TTI e surrea.h~ pro-
duziu. DO u-abalbo dt LJ)..-.11\\ c llppold obJCI(l'. tfUC
tmçam uma aoaJogia emrt u l«nulúgK..-o e o mav•~''
m. gtumetrltLS que 'ie imlduun de um n(ICico ou ~.:cuau
são fçitas de <lra111e L1ppold l[lrandtJ no nr um cntu:
Lac;amcnto membro no~ e 11 iduuctlS•oual J~ funmt\, -c
Ul$.);ólw forjando volmnc11 a p.:u'1 i r d-e gralk~ cmn.-.;.·•1•
zaW e nde11sadas com lig.amcntos so1d.l.dos. Os dois:
bomcftll têm em comum um faschtio pelo cosmos
(o
Sol, de lippold. e a Via Láctea, de LaN w), ao H
Jc:s-
mo tempo como uma pr~seoça lnansparente c como
um mnténo DlcH'ktOftllizá:,"CI.
__
140, • 14)) llm!'""l
i'WI!l' <f ~11'0 I• '
,
19GO o\ÇO" I'Wú •
ln.S ll'l'loa,t
Wller): ~ 11:11
doo Unidos como na la; gb
urr
lhos de Philip KiJtS. por exe a Os pri~iros tra ba -
mplo. tam~m pessucm
essa qualicbóe de: um \o'Oium
e totahzado. uniillrio, que
dispensa um arcabouço intern
çio a roneentrar.sc na cla
o. obritPndo IOda a aw:n-
bomçik'l de sua $Uperflcie <f"9
uou O tipO de 6CUhun que .
: Cbambertain c K.tng es14•
vam criando dnha ·lle introd
u.tido. po rta nto , oo ter r.. _
rio Ollêlico que: pasMa • ser
oo.nhcc:iOO ma~ Ulrtle como
art e minunallita. Se Jud
d. um do s princ;,.lfl..,.,..tic•"-
,es ç o vvt uH'02 do mmirnaJi
smo-. dcmousuoo interes-
se pela ob tl de Cbambertain
foi pc:>lqUe ''~U nel~ a pos..
siblltdadc de um toWJ realmh
.1.mCnlQ da Jritica c:scultv--
r:\ l ~ RIOr'gantlal;lo vtrta
a ter
a escala, u coloeaçio e os ma profundos tfett()S 501Jre
tenais da esatltur1. bem
como sobre Oli proecdimco
iO.'i do sua t l!lbornç®. Mais
importarde. V1ria a mo dirtc~
r noo;sos ~to~;
ao siQ.mficado de wna Cieultt.n. quanto
COI'lbldo. an tes de da,...
c:uttr os tcnno s dessa mudança, 6 ncccs..~n
o cxruninar-
mais um exemplo da. perm
m< li
Smith na ~1da de 60 anente 1nfluência de
-·-
ti'Oio Mir!lt" 1...., 1
C!I!PÇO em c:p: ~ exp:ll!iCM projetando \ft ~ caJJ)o !Sl ~· ~•
bWnt de hu:Q no espaço OU usando m."Uf'!!iiS OOIUO tV( S... .....,. "~
alto-falantes ou momtores de \'Ídoo :a fim de imerl•gar """ - .
\llt IJanes SCjKiradns de um espaço ém uma an:na for·
m.lda, em oontTJponto. pela npresent;~Çio. Quando o
tnbllb o aio t.JV*\~ trnnJ.(U f"mV s a(llta.l.d adc de • •
~o ambu.11k em um con1.,:10 teatriJ Ol.l dramát
a·
co. freqüctl1emcntc: imemahr.nva um senhdo de teaJm·
hdnde- projetando. oomo &U.'l ruiso11 d 'im..•• um senli·
do de si mesmo oomo lltOr. como ageut< do IDO\' iJnen..
IR Nà.sc wnttdo. pode te ~ lodo O e:spcctro
tJa e.cultl.l1'3 emetiea como vmculado oo c:onoeno de
lca~rnlidade.
r•or con..,c,uintc...,eati""Jiidadc'• é um termo de- scn·
tKin amplo. qut 'W! pode "n"':ubr tanto t ~ tioêtica
'~'""' ã arte Oc lu1eS.. e i C'ICUlrura amtn~tal e II(K
qu uJros vivo11, t~ l ém de fi~ artes performâllcas mal'
\'\lllicilns., ('OIIM'I os lr<1ppt't~f11J:.'1 ou O.'i nc..:.,sónos céni·
tot C(lft)lruídos por Robtn Rauschrnbetg P"- ;1 ' cu·
~mf1a..c; de Merce Cunnmgtwn. Porem.
c,:(lmcl 'tç 1
trahcW.dc" tomou ...~ um termo polêmlco na crítu.:u ti 1
CIICUhum m o derna- u m termo oondenátório. C(lllllllltt
en.,rno de 1-ricd. ou enalloccdor. nos lábios doll de-kn·
_,..,.,...
~tieiiJJ fiO!'« dc~ti \'ârias iOICJill\'11.~ • de\'CffiOS procut iil ~'
...-·
C)Jre«r 1 noção de: acatraltd.ade. )c;..<;O por 3itf da de~
'"'"
l.ftll)·~
m.blado densa c coa~ f 'ta n:pleca de (()fl[hd~\\c5
1nt<m.u. de moci'os c mtcnçõn C<IQfhamt.es.. A qtk
1Ju u-., t $o11xr ,.: dc::-tcrrm"*"lo a ortl~~ p,...~loirnm
ap.xlcr~u·-sc do espaço do palco ou explor3r o tcmpu
drtllluhico projetado pelo movunento real; a qu c:l!.l ~o é
1J.11bcr J)l)l' q~e pretenderinm eles :t)lOdcrar-se ou f.lt.cr
u10 dc~sas coisas e tom qoo obJe1wos es:tétic<K.
Ao pôr ordem ne(.q confw.Jo. ê preciso votw.l .,.,.
por.t ~ prooóljpoo da «Nhn "tauar' do""""' do
o:culo XX. ... pntn6nliclo da- do: k-. por~··
tm !lUa flngmt a po.mr !l: c:ons~ acerca do a;pJ
to cl!fiko. Dois cxcmpk!S IIQ)frem à mente: o Ac..•náno
rk llt:. de Moholy-Nagy «1-;J.IS-l~. concluidoem 1930, th:...
tinuvn•o;e Ufunciottal' dUI'MIC UlliO ll)>t'C5e:Otaçâo 0011 10 UIn iI
P'f()JCIOI' mscalodo no p:tlco.l«Cndo em tomo de R'U ccn-
b'O n.:JCai.M) um largo •ecido de luz. e SOl'lin. O~~
<riodo po< Pic>bia pon Rtl.idw ... ,.._ pmdo®> I"~'
o..u.. s~ er.a lftt f*'D • oo.:-. fi-1m,... lM "''lrll\
eacla qual rdàrçado p(lr um rdkcor de met.\1, No 1n1t.:...,
00 ~ndo ato. a plattla cna IC"ouda qu3SC à cq:ocu.1
qunndo aquele arscnnl de lut \:111 :teC!Kl.
Amho-. os anl:.LaS ctiunlm trnbalhos tx))(CI;:ii\IHCIIh:
destmados ao palco c CX~Iuidcro' an1 a funç.ão doi.· .1 "
a!s;,."C) inumameoa= hgado ol<l ~rolar dos .t~."C ~~ 1
nk... ll;b I~UJpOiais ~ dr&mÁhCt>~ sobre- C»e pi..."'-'; alo-
ma~ ambos ~-vn a luz C(ll1lO eneq:u. nlo
como uma mõlSsa cstitk:a. t, (l'llrt;mto. corun ~ "' 'ek u
lo em <~i mesmo temporal. Por conS4.'guinh.;, rh,.,kiii•J
SCI' lcvudos a in1erlig.a•· uto ll<'btllllo.' de ;nnll<l'l 1 111.1
\1."1 l.jlll' ,.. llll) hc como o oenârio de
o o.f(1"SM.Ín'o rl~
Rt-ffi., h.•liC "'-"'-"m do~ da tuz elétrica para sol~
o "'""" li<JCO do objeto quo é • rorue deSS< brii!Jo.
nr!oruldo o r... de""' •Lu se projeu pua klr>&< de
$la fCJfll~ c per com: o~ ar~ ttpow::tr a uau certa
dência do propr;o obJcto ""' lupr oeupodo ...,._
bem J)(lo ~ - . podcriamos ser leDl3dos a Jtll
g;lr que ftiC& tnbalhot cboobriram. JtW. me:rmn 'm-
tltf,) u.. rc-.. a•b•l•do.d~ foro~ W rw: como melo cte
t'l(prtss;lo da c~ultura. Estari.amos, porêm, cometendo
um equhoco porque o ACC!Ss6rio de luz faz as "eln
ck um1a ~a. é um ator rtuma roupagem IIXOOiógt-
c.a, o que 11J1J é o Clil!Q da sêric rle J10spo1S de Pirobia
Em k:rnJO> de dc1eabo~ o Aa,)()rlo .ü 1.: c um~
,er-..o ctabomd:a da C.oJuna de G:lbo h .o Sua: '"S-o
tt\lhn pnnQpal dcptnde da conjunção lk 1rb plt~noi
\U'htal~ tnbbpatentt:S para cntu um \Oiun" JfGI'\.,1~
ou '\o'trtual !\o intrnor das três pill1'I!S ~tSultar~-. dauo
llltll.liumc. que gira em torno de: um eixo ttr.lr:ll ("''k:tlt,.
tr.un·~ \·úrios discos e plMOSjXrfuradas <~Ira\·~\, dn.,
(J\Wi' um jogo de luz ~.-"Tia uma ambtcntac;~M J\· kll~;
xo11 e sombraS- À medida que o Act<s.\útio tf,•IJJ 11•r·•
tcn\0~ n:1o urn. mas dois grupos d.: ttvcsllm~·llht· r
l(.'f'I~OS a 1rafcgat em tomo do csquck1o:ahcrlü ''l' "' •
~1 uin.a gimtóriá. O primeiro é :KJUC:le d·n' dt~··•s t•pl.t
noll de lc1tt nu:,ãUca, que vão possmtdo, ~111'11""' ~· 'k"l'
par.x~~.·nJo de' 1111.:1 para file lornate"m um
re''C(;timcato
Cõ.lmbwnte porém permanente a oomplelár o<:;:I!>U&o ime~
di.ato d.."' trabaJho O SCJ;.~ndo é Wf'I'IP05tO ~ projc -
~ ~ p.-loA~-~ nas paredes
do paloo. uma
fo1ma cambJante que descreve o volume do t':'oPIU.:Oem
que u objeto '!C encontn1 mstab do. como um recinto
di.áf;u.O manh do pela C'llC'IJPll e: a ~do .kC':S.S6-
rio d'" t1c, Tal oomo uma f•gura humana, o Arxss
ôrlo
de lu: dispõe de uma c:~nnum int,~mJt qut.> af~~ sw
~pcc10 externo~. de manetra maU crucial. uma fon~e
1rnema de e:ner;,ta que J'0'5ibilita "t.'\1 mO\l mtnt o. E.
tal como um ..gcn1e humu no. o tmbalho p1~1 ende afc·
tar seu tspét;o Ok"'diantc os ~estos rtala ndot pot de
ao
loogo do: um dde~ periodo óe 1nnpo O falo
de e.~~es gestos - as funnRs de lu7 projetod;t c as for·
mas cambiante~ (IUé se relacionam por roda SU."'l
estru-
tw"a lnltrm - 'lt modit"Kan:m ao kJrco do &crnp
o e pM·
mirel n um J!I'01Z't'lf'!UI cornpkl(o ronf"ere ao obJrt n uma
quahd.1de amdn mais humana - (>01'\lue apat'CIIIcmen·
te -..-olitiva. Ac;~ím. por m;us al>m ta$ que SCiiUU suas
fonrw e $UI (unçio. O Aro'1t.$Õno de. hc C uma e'SPé·
cie de robô: u lug.AI' Que ..e destm.1vn a ocupar n() paloo
era o de um olor mcc:ànko.
Nt'"" sel)j~. o .;k~u,;,o W /tc. é hmle iro •
uma ti"Sch çlo quo ~ • .,... l.sl'> l'dtl CJla!i ele ano11
na htlllót'ia da muomaçno. Pur tr:t<~ dele há um persill-
tentc ímputso mimêcico. uma PQtd o por imicar não
8p(GI D O aspec to da criJIU P'I 'i\"a. rnaJ pc.-
rcpro duw
igualnlCnce sua llnjmação, seu dt41ogo com o pas:M~•
gem do tempo. Em seu livro Beyond Modi!I'Jt Sculp·
wn. Jack Burnham óerende a Kk1a de que: a ambtÇio
nlal~ fundamcn1al da escuhura., dcldt' os SClb
pnmó r·
dios. é a de ser Umtl rCplttll do vid.t. Se até muito rcw
cc-nlcllk."ntc e'l...a ambiç-Jo preci~ rt::.""lrinsir«-. no
âmbtlo das bela,•aneot.. • rtprc scnta çio fid poril
n
cscãt t~,• de figuNill humanii.S ou ammats, as
mtcs nte-
uurc<~ ''u populat"t.'S abriKoJram., de longa
dãtu, lt ntati·
\'1)!1 de romper os lim1t~ ~:la imobiJjdadc <h MJtll"
-
160. (;;oi..-. (0'!11'~ """
1927, cujas apre'lcnca<:ôe $otrnfam mufti(IM.;. ~ lU1 i ~ 1!120 14,hl~mt1.lllc.l • ..
---•.C 'il .) ...-.. "'•'•
ta5 ~: mús:icos pllr.l seu qu;arto em Montpam:.as.sc:. Fm
meados da deada de 30, \lU1ha Gnlw n pm;<bcu
~ mobil es a dramatic1dad e inata de sua atuaç3o e
en-comendou uma srrie OOie., em fOrma ompliad;a. pa-
ra fuocQlárcm como "inK'TI(adios pláslacos" dwaftlc as
-oa çõe s de ,.,. oompoMia de dança. AU>cla <m
mcoulos dos ano!l 30. Calder des.:nhou um cenário J)ll·
r11 uma produ-ç!lo do SOcm ttt de tric Salie, quand
v de
kã encc-R31Cão no Wads' A«th Atbencum em Har1f0td.
Coon«tJcUC A ocult un de Catder chmsn z:a seu mc>-
vimmlo no mc:!lmo sentidoQI.Ii! oAreS.\'6riod e lu:, pois
prol{lngn a t04:olul:.dc de seu \i'Oiume adquil'ido por meio
de uma scqU.:nc ia temporal qur: $C desenrola leo&arncn-
te, saliifai.ÕriJ em sua 16gica. em s.ua previMbil
i{tu.lt•
O aspetto dnm iheo ~ inlcnsificado pela llcubtb.:
,,~,~
de ta mud~n que proJ<:Ut à medida q,tc ~:if)OOI.1C
caprichos de sua forÇa motora, que apen n' fixa C'M'
\."t~,.
~~o'lldor 81)e'UJS pcnfcriearnanc. Mas A.hJf az« ao
~~que o obJeiO se: qw.lif ica como cmC'b co :"-l rr·
flt.1ir que '"a expcnCnciJ de todo um tmb1e nte repleto
d.;! 'burys' é algo diferente Através do ~Uêncio, é JJOS•
$1\el st:nn"r o ru.ger de cordas, carre&Cis e fc>nn.a'
ínt4!1'l.tg3Cbs.. \todo de tocl.a\ as~- Para aJtm ck~
cantos dos oiMs, centena~ de tnO\'imcntbS muh•ll-.:n-
sua•• têm lugar imperceptivelmente. TaJ como no \1.1'!1·
oo de um ,-eJdro, madeira~ força contra madeu-. cn 4
nunar-.
Pcrccbcmot-, na dtsc:nçio de Bumham. uma l!utal
c~ui
m utlan(~ de di~çl\o- rle um posic:ionrunento da
4
Nrl como o ator ~icJto oe: uma exll>lçao dn~li'-"1"'
ra uma posiç lodc n:atUrtza dntrS&. '\ieue~~·, p
te-nor. uma sala rtpleca de: 'bul')*'' cngenllm um ambh:n-
te muito especial de alerta scn5ual, um nmbtcntc t11...: t e<~
uahz.a o espaço ao pOt'I.IO em que o yh,~,vaJqr f'"~"" :1
ser o ator em questi o. O drama do mM llmt'nl tl .,
dmma oomplct.ldo pelo c~ctador ou 1n-.p~•p.w c
to ao tmbalho em seu C:OnJunto. sua purticip.-.ç.lu tk
sc:mpcnbando. ~ larp escala ou em ~~;,.tCK c\.rli··•t••'
a -.ti\ 1d:lde subhmmar"" tUJUtda ptln tr.tbalht• -\
culturn fat do obser\·ad<'lr um cllmph..:c da dm·~o 1, •
~>Ua "jornada" otravés do tempo; uu ..~; r MJ.;I pl.ltr•-
•· il
tspect.ador "~ oom·erte. automatican~o·nt~· cu1 ..,,. ,,,. ·•
Nesse ~lido. pockmot pensar • escuhura do
gOOero quadro ,n, como o trabalho de <irorJ!c
Sega1 tr.g. ,~ uu Ed"ard K•enholz - como tea.tQI,
CIDbora nenhum me<:~min\0 interno leve o~> ah.tt~:•
esculpidos a "atuar"' em tempo. ~ antes o movuncntu
do obscn-aclor oo cummh:ar em torno do dmrumu
escultural ou se deter pura interpretar o sigttitíCallo
nl'lrrtttivo dos thl'erettlllll di>tllllhM rln flu~rl m Vi\'n que
empresta a dises lrtJbalhos um tempo dram:itko. O
uso de banheil'a;), mtll'quh.es de teatro ou lettus hospl-
talares de \'tfdadc no~ quai$ O'! nunequin.) de g~~,,
m instai~ a.;entw o acntulo de oonti.ouidack: entn
o mundo do obKrndor c • aanbieolaç;ão do trabaii'M'
A escullUI'I de: Claa Oldtnburs também se ocpnlhl
em amblentn uu quadRK Yl\'05 c recorre igualmeut~:
a imagens extraidM do nlul'ldo nio-cstcrili.zado tb
cultura popular. Ela trabalhJ com o mobiliãno dC'
"suires·· tf-9. lr.cl._ ~t.lnauuios. 1eltfones, hambtlrgueres.
batatas fritas ou pontas de cigarro.
Ma.s o que deYemOII IlCn~ar de uma ponta de d~ar·
ro com mnis de 1.20 m de CQmprimemo ou um suni
tãrio de lona l"on.-.do com palna wo 110)- OOtblrui(l,,
t"i'lmi'l um tm\'Cll:.cdiO elaborodo c murcho? Tais obJc·
tos. mootad~ oomo h'&Muhres obstruÇÕes em no~~l'
es~. sem dU\·1W teatndillm seu ambiente. sem
dú' ida r~cm de: DÓI (IOttÍCipcs ou at«eS do dr.am.a
que aprcsc:o&adl M.. que npo de IIORS e em que
CSj'écie ele.,....,...•
-. Os dou pnDCi~ rea.nos formais ~.ldt"'
pof Oldcnbwg rara cran.. fonnar o ob,teto comum ~
as estra1églas do Q.JganlhmO C•'OIJ d3 ma6c-l. 1 k•
constitUem ob.\lrw.,·~ do e~~:paço do obsen·ad~'' 1lt•l
terem-se totnndo vJuiaçõcs coJoss:.is de -.uo.l ç,~,_,,~;,
natunl1 c por pmnl()\'CI~IR um scnli,lo de intc, ,n,.h, c n
que o observador é um panidpante. :~cnd~l 11 mii'IM,
dos objetos \."'ruMuídu em tc1mo..lS que \lhtl't(lll u
curpu liCic próprio - llexivel e macio. como a cam
t.
O u~'ador é fon:ado a recoMc:cer. ~ doh.
fa·
tos ··rsts s sl4 as n11nlttLf COJS II\- os ol>jetos que uso
di;uiruncntc'"', e "eu me J)Qrt ço com ele!!"
O ~umálumo (puucu.btmence oa pantwa) r««
·
reu a noteotas a.hct11çôcs de e&c:ab a run de abnr uma
fcod:1 uo pluno de: fundo condnuo da I"C\llidade, e
o
sentado de mal;~. de Oldeoburx ob\ iamenle est.i ~la·
c1on.1do a e5sa fonte. Purem, 5C\b ~ üo dlfa-
en-
lcs e o eqUilíbrio entre platéia o objeto •P•'i:~ta uma.
s.utal modifJCIÇ!o. Bn:too ()()nai,Mtefa\·a u altc:neôes
oo mundo nttm o confirrnaçõe~ obJd H as de al&Uina
parto do eu do al1tor - ~u as n ecessidade~; inconscten
-
tes ou seu$ dc:.<Jejos. O cnconuo wne alu• a era conce
--
bido eomo uana csp«.te de pr'O\'I de que os ob;J~
os
pochom ser moldado" JX>r esse .-specto do cu. Os ohjt ·
tos. port:uttó. emm m11nifçsraçôes do eu em seu pmoJe ..
W·t c para fora '. Eram o cumrn:memo da
prev1sio de:
.,
(.~
~
:~()~~~
..... ~.
....... .....
Tzara sobre (') poema, de que cs1e ··11e J).:uecen:\ com 11 M:.fi.<w·
vocC... oode por ••vocC" !lubentende-se o autor. Ma,~; a
reaç~o à obra dc: 01cJmburs J.D'o me es;sc:) : '"'llnCI!), t\....,n..
tando na assctÇio ·'eu me pareço com eles". em que o
"eu" é o espcçUidor e "eJes''. os obje101 b3naiJ que
"""uiU'l1 o seu espaço use mM tr é acompaobado
de
um.a percepçio que <n•.nac bem nuus profundamenle
uma
"is.3o npt'iotbtica do cu. segundo a qual Clik é tjdo c~>
mo e.~. em seu iiê'nbdo nws Nnda rncat al.. an--
tenormente à t:\pcriênc.a.a.
Ao disculinnos a obm de Rodin. fahunQS de uma
a.ltcmali\'3 a essa noçl o 1• Rcft~ a uma
'i~
qun do a qu,l sen.a. possh·el considc111r o conh~Xi·
mento de alguns dos confinsmtull íntimUoS do cu como
tenchl'íido adquirido com 00$: no comportamc:niO de-
ten:c•ros - em seus ~os de JOfri.mtnlo, por c:Acm
·
ptv. ou de nmor. Falamos dll u1versão por Rodtn da
fhnh,: de sil!.nl/icado do gesto, 10 lr.Ulsftrit seu wnti
·
do do c:eaLro da lisura ptlm sua pele
. tom:
po ssl vc luw ..,. ~. pr or mdo-~. se é
Clal. Stn nmOJ; um cen o tc:ITOf q uando
-. .e s.opnf'~
pensamos no eu
como coowuklo IW expcriCncia e olo
lerrOf porque ê preciso nbd icar de algu aoltriof a e:ta.
ma:~ noÇôc.s de
conuolc, porqut: ai~ «<WZB$ ace
rca da foote ou
da funçlo do conhecimento deverã
o ser modiftcadas
ou relbrmul•das. Coeuudo. o otinuJM
O na obra de
kod1n bro ta du fõ:tto de que , altM
I de eonta~t.. a fotmA~
çi'lo do gesto pda e;q>c:ri~nci:J é alg
o ainda humano.
C«D Olõ enb urg . o &om .,.; torna sardóni
co c a cin ugi a
intelectual mais r:tdical. porque a ifn3
&:cm da i.nnuio-
cia sobre o cu t ~ de:: objetos.
Emhorn suavi:ta.ckt e velada pela it'O
nia. a relaçào
do llabalho do Old<nburJ com ..,..
pi>!Cia t do aares-
slo. A mactez das cscullura.s nbala as
con
euruaura raclOOJI. e s.uu assoe~. pan venções da
a o obk r\'3 -
dor. atRCam os pressupostos deste de
<1ue ele: é o a..:en·
te conceitual do ckw O\'O I\'!m eiU O lcln
pom.l do n1:nto.
Quando Ptcabta dtngiu 010 holofnaes
,,ara a 1Jiaté•B de
R~lâclt~. seu ato de inc orp ora
ç'lo fot,
po, um ato de terroris.:uo. Se o trnbalhoao me sm o lt:m -
de Oldenburg
é teal flll. ele o é no .sel)tido de ~e
tnM M te-:ttro oom cnc ton ol,
alo 1106 ter·
~ucr ess es term os seJam
realizados pelo movin:M:nto do An~
n6rW d~ lu:, de
Mohoi)I·NliJY, qu « pelo na!UI'<za <>llÍ
t!CO do quadro
eseuhural v1vo.
O elo <DU< o tn1balbo de Oklenl>u'll
e u noç õas de
um ..lciHro da crueldade:" for ro•jndo
no f'waal dos anos
SO e .nk lo dos 60. medaante a par
uca
tor JJ:Jli nuuufesuu;õcs temrnis conhec paçio do C$CuJ.
idas como lr.tlp-
~ning,••. Os ltapprniRgJ cm
n ac( )nte cim emo s dr'3·
m~·hicos enoenado~. em
&Wl mnioria. em Nova York,
J)<lr arti.s~ e seu.s am.i~ que
atui i\W l\ em sillios..
~U~1enas. ou. como no caso de
Oldeob urg, roohadlb de
luj:.s (11 nu Conforme obs cf\o u
Susan Son tag . três
carnctcristicas hptcns do llappmmg ,.,nruJam-l'lt• a
concc:pc;.ão annudiána do 1c:.atr0: "em prtmeiro htrnr.
seu ttaltllllenlo t.uprapeswal ou impessoal da' l"!:t-
SOb;em segundo, sua ênfase no ~ulo e no w: ~.
com um desdem pela paJ:wra: e. em tcn:caro. M:U pn-..
objetivo de tom ~r a platéia de assalto.. ". Au
f'e11~do
de~re\'Cr esse úllhno aspecto. Sontn~ escreve:
grlmll a motOf •
-
-
--
914<1 l!rlO, Itl•,.'
anolC 50. tornara aces.."hel aos artistas do inicio da dt- "l'll~ , ........ ..~
...... *-'lt ft
cadl tqt\li ll•t (k. f t_Conr:odn h i uma uftp<~onnnte d•
fC'rcnç:a ealrc t'l atitude dos art1111ns mrnimah!i1as e JJOP
parti com o n·ady..,,uJ~ cultural. Os arta'lfrti pop tra-
brafhl'íllll c:om im:!geos já altaa entc difi...tacbs -. ,.,
como fotos de artisLaS de cincmJ ou i~cns de h• ~·
IÓfli'll. em quadrinhos. ao passo q" e os mmhnaJis
tns SC!
,·aliam de c1tmeotos IOii qt.:Ws nenhum tipo espc:d t1·
co de oontcudo fora conferido. Por ~ rviio . con~·
guiam tratar o re(ld)'-mndt> como uma un icladc ab~Hl·
ta c conoco1rar ll atcnçft.a 113$ que~ mais gen.é
rita'
n:l.-tl'\-as a como St poderia dnpo r desse. Sua pr.J&tica
eon••st•a em C'Xplorat u idêLa 00 rt'udy.moúe de uma
fof1R' bem menos aned6tica do que os artattu pop.
~ .ntes suas iJ:rlplic..aç6e t:SUUnamts do que
- ,m()lk."a(Õe$ temáticas.
f\ pnmcrra delas dtl respeito ti ur'llidadts bcbK:aJ
de..,.. C!;Cultura e i descobena dt que dcttrrnJnados
)cme"IOI!I tiJOim refratirios, por e-\Cmplo r'Qt511-
~ uo "PC'tto de manipulação. A idtta de nlo terem
s:.do (,1brie:ados pelo :mista. mas sim para aI&um outro
'.... 11•1 wc•cdadc em sentido amplo - na eonstruçào
•~
de e<Jillctos, - , con ,.ert' a esses c I ememo:t umn ·• •
vviiCUrl ·
ctatk ""h1r1•l ~..rn difidl, em OllffM ().'l l m;l';\~. int.~r-
ctA•IOL'l sob uma perspectiva iluswni.sta ou idemJfi.
P~ t~ciCI 1 olus:lo a uma \•ida uuenor ~ forma (da
~''" como a pedra erodida ou caJh.1da no contexto
de'-""' e~Cultura pode aludir a f~s biol6c;icu intcr-
..,1 f.111 lupt dtiso. os tijolos "'fhdriot ,......,..
cttn .,cxtwa\'thnt'llle cxtaoos, COl'DO objtc~ de ~e
110 (lCIII'O \"CCCUIO.S de ~ NtMe llnUdo. os
Jtr0C11D I'NJ)-m<kk sâo tapó'lin de! rmns.mtar, em
ern 111,'(1 puramente abstrato, a idé1a de $tmpiQ c:\IC-
~Ond.,dt
AC) cornbm:ar v&rlos desses elemtnt06 de modo 11
forn1ar um a&ruparnento que pu<k.sse ser chami!do de
Ollli)I)Siçâo C!ICUILumJ, O$ artistas nümm.aliliiiiS expio·
;uttlll' oulrn 1mplicaçâo ainda do elemento rromo J)ara
\ $- A produção em massa garante que cada obJCLó
0 im1.1C\limJv
..i. ,111111 funnll ç um l1UU"'u l1v li.l4"tfiMJJo.,
'
• h'Jcmrqu1
tJIIqUCI' n::It('OO
I<•• .ca entre eIcs. •- vr eon»
:V 1n1e. u ordens composicionais que, partu, de\."em
8:1 da tq'Ctle» ou
~ para c.~ wtidades são
da~ ... S<OC: ordem~. . . q.... de
.,..... roca.. logicamente detenninlodo<. q..., de li·
itet t'lti'DOIS d1lldos in-remamen1e. Ji t'arrunarnos
m,uu~Jo dos trununa.listas pda $imp~ rtpc:Liç:lo co-
~ pWtodo paro evítar as wterfe-n.'nci:~1 da compo5i·
iO r<:laoM:Imd. Ligar elementos em seqlí~nda a~~.'1n um01
~pfa)C ou uma tcnnina('âo 16gie-u equivale cl~trumentc
04l(A'I:O NrGIItnll> UMA ~A SHTI.XF I'AAA I. ESCWUAA JCU
J0\.6 cn •
UICM-GMU~o
,_1
f1fill'-oJiifar·
c-. ~r....,
"'* ...
Cicf!!bol kl<'tU.,
luall4.
.
, . Olll'ltA Mo.,.. · -
"'""""" .......... ' ..
l61,6cn:ao,l,o4u" A
-~C.....rw:fl•~ ......
~""l>'dl'll.......... .
"'Q'#-'"'1 ,.,., o
tfr:u~ Ci.,.......f
bolho; ....,.... úmnando qU< o proces10 ck: CN<.lo
da forma e, para o cseultor. \lffi3 mecbtaçlo ..,ͧU.ll eo-
hrc lllógica de.> próprio dcscn\ról,imemo o~üuco.
No caso de artistt\§ c()mo Oabo e 1\:vsoc•·· q\IC cm-
prc~ram um voc.nbuh'lrio bem m.ai$ geométrico c ~~e
Ul1h.t111um dos matel'ioi'J do• cn in<hmri.al, o conteúdo
itnroiato do trabalho é difermtc. porém o ..-ign•f.cldo
r..ndomcrnal é ....,.lhonlt. A <>CUiluB ck: Oobo ••
ttat e Pe\sner Mo gtN t,., lnntô do plá$nCO. do a.xn·
P"'>óódo e da fo!ha-do-fl.~ mms do que a ck: M~
glrr1 ""' l()rno dO calc:Miu uu \lv t.""W ~ullw. PM• ~ ru,-
Ml5, á lógic~ da connrvçOO. dirigi.nckH!C simdnca·
mente paro fora n p<u1ir de ccnlros re\1e1ados, m uma
forma de apre~--ntar vi~ou~ hncntc o poder crl:ulvo do
pc:nllllt'ltnto, uma meocht1~1k> sobre o cresc1mento c o
deccmohimento d3 ldt1a. Pbr trás da su~cie de
•'* formas absln:W ha"' ll sanprc: a indicaçlo de um
\ida da cs.--
•ntcrKW'. e era desse tmenor que ema:IJ3\'lla
alltum. Eta C$SC o t•ra de ordem. ou poneípto C()nS-
trutivo. a que Judd :!;C rof~nrn como "'mc1on~h ...tll e
liUbjaccnte.., c vinculado o um<~ filosofia icle.'lli..-ht
Conlrtlriamente ao11 procedimentos de 0!'1bo ou
Moorc. os escultorts minnnah'>tas.. tanto em suu cliCO•
lha dor materiais como em seu mdodo de O& compor,
tmham por objeâ\'0 nqar a U.erioridadre dt forma a-
rutruda - ou ao mc:n()6 rq)ucbar o inlerior das ronnas
tomo ronu: de seu sa;.nifi.:ado. Sua noção do real ~·s·
nafi~ado de se descobnr ··c.-omo é o mundo" ex.clul:a a
pO!isibalidadc de formulôlnnos qualquer h1pfl1c:l!oe cs·
téuca segundo a qu:.111lud0l;."Scmos investigar em pro-
fundu:lade o centro d3 mat~ria c dar-lhe vida mctafo-
ncamC'I'Itt.
Nõo é c1t .....,.....-q ue tal posrura reMI af...OO
a ~-lo desseS artiSZD 10 tmbtlho de seus contcmpo-
rincol. Esc:rt'\--cndo 10M a o."Ulwra de M:ut: ds Su·
\CfO lfl9. 191), por exemplo. Oonald Judd ohJcl:a\'tl que
.. (eleJ ullhza vigas como '>e fossem pinceladas. 1mi~
tando mOOrlmauo. i mõlfu.--ira <Ir' Frnnz K.linc:. f).., n
rWs nunca ~ntam 'Cu fl10111'imen10 prtirri.1 U
"iP empurra. um. peça ck fi:rro acomp...tu
gesto; JUDiaS. cLu fonnam uma f~ oalv~nU
antropomórfta.,..
No tnkeo do~ •n<"t. 60. QWindo Jodd c:mi1iu,.
gamenLo ne)tlilf\'0, o pUblico da escultUI'1 m<-xlt·n
sua ma)(Kla, C..'Oillil<krou os termos de ~ua cniJ\·,, .1
mente pcn·\::r~a.. Se. argumenta~·run. o signili~·'''''i'
deve brotor da iluttlkt do ruovuncnto humaul), r•u ti~ 1
c~ligêncta humonn artxu.ndo·1c ~o m4tetiu.la"·h• I" ~>.1
de o escultor cr·i.rr mct4foras. <::orno podcr;i ,, ;~t 't
arte tl'afflcrncb' o,ua condiçlo de simple:\ mal~·~~ • 1
te e dcspi'O'r'U.I:t d< liet'thdo') Não estará Judd 11
ttca. oq.ando i QI.:Uitum 1U3 dnica fonte t.k M ·n•l
do? Não csWÍ ddendcado a Klé1a de QU( .a r•.,.
l: ID&almcnk de:~ida de Jtpifteadu~ ( 't'llr t
esse
tm a~
__..,ele""' o llllllUnafumo "'"e.."
I própna pot.... ibilidade de Sl}:-tltlt~JCL
artetonstJturu • ba!õe dl.ro~ inK::i.al a.• nua 1
mo - t.anto por ~u;. adepco11 OOrTKI por lM:U.' ~ki• 1
O próprio lermo muli mn li ~mo apontu p.11;1 •. •
de wna r"t:duçlio du tuce a um ponto de .....,w •
exemplo do$ 0\ltroll lcnnos, como ·•n~..~~tllu l itl '"'
"'niilismo''. utiliL<ldoll J>.1rn carac1eriwr a ~~h• ·•
:mistas'.
tntrecanto. Judd n:Jo e:stll'o'a sendo p..· '"•
niili.'ita em '100 flprcc•açdo de d1 Su,·c:rro I·
plesmen~ enf(k.;íindo o aabalbo <k um <•YII<i,...
oeo segundo um ''->tl!'ft'll <k \11~ int.t.••r.
\'0. Para c~-.:ndn- a nattnza da ub;cdl, tk
~ de$$3 forma. pcm:bef oom mau~ dartll o
miJtimJ.h'mo bVICII\"J ltl\'atll(':ftiC '-~li-lnf
pO!iitJ\''0 de um nO\oo concerto de es.:ultw ~ t.GI
con\'cniente CXJLnurtJrmos 00\lliU~nh: ,, ·i
sobre di Suvtm. O element(}.chnn· n:t ••I rc<l"'"'
1udd é su.a rcfcrtncia ..r fmn-r. Kline ~ 11 J• u
1'90 nQUUIIO.t. Gelo< ~
......,~~ . (. . . . . «<t''""'*"lt' J
lfto;1 M\lll!fS
lltl ~O do~· í-.:M
"*'""""'
IOtll.$2 MI)'J.!rôl l!' AA l90cr!l
(O@UI> tf.: l'!!i"'
fohmon,
( «f'o><htiiL lfoto Amlo""
"''' lt\t!!;ll)
•
traÇa catre ü pinceladas de tinta~ mbre um fundo
branoo r..... ..... - < as jusuposoç&s de •ipo ele
aço e modo,.,. pelo pnmcm>.A ocusaçio de Judd. uo-
e.ando em mnldos.. i a de que nio t mais poNhtl h ·
balhar segundo a mórKa da arte de Kbne uma n:tc)..
nca idcnt•fic:ld."l com os amstas americanM d<K ;~~
50, os Cl{prl:blonbtas abstratos- pots.. p~lléjlue Jud-.1.
..(uma I htraa parcelo de seu sigo.ificado é ind1gnll de
crédito"\
O tugniric:.lldo nlcncionado por Jucld como ;'india·
no de cred1to" ê um ~:>i gnificado mribuido nto ex:prtll-
stOOiimO a~llõ\IO por alguns de seus primeiros ckrcn-
sorc:ll Harold Rosenberg, por exemplo, desc:l't\cu tal
StgJuflcado como á tr.utSCriçào das emoções tntenon:il
de um artuõla por melO de um -a!o.. piclórioo ou c:KW-
Iunal . ..A punura que é \D.JAO-, escm.-aJ RosmbtrJ.
-~ Í~\cl da btogl"a("0 do 111Í$l3.. A pinrunt em 11
é um 'momtoto· na trustura adultftada de sua \'Klt."'
Ou 01mcb· "'A arte(•. .) ('t1()fD3. emdmçào 6. PJIIIUII por
intenntdta da pslcOIGg~a. Como \Vallaee SIC\-cnll dJl
acerca drt poc~m. 'é um processo da persotl.11idadc: do
poe:t11';'•
Ao ral1lr nc11~ tc-nnos, Roscnbcrg está oquipamn·
tio à llrÓf>lin plnturn ao oorp<> fisioo do m•tista que ú
criou. Do IUOliiiUl forma que o artista é f~lo f)Or um
Ollpn~ fh,onúmioo exterior e um C'J'IK.ÇO pt~icoi6Qi('o
inlerior, 1 pu1tu1-a consiste em uma superlkic matc:nal
e um mLenor que se revela tlusiônisticamente por ris
~'~ wpc:ri'lae.. Essa a.oakJgja ~ o m1erior ~M:"A>-
16&ioo do áltl!i&a c o aaacrior ilusiorusu da pumn per•
mlk que ~ '\C)a o obpo ptctôric:o como uma mccafo-
ra dos cmoc;olC'J humams que ......,.... d>a proJUndt. 1'U Wl-0t~ ... ~~
zas dewa cbs espaços interiores (Xlnlclot. w., "» No l'llo':'óflWI'aO~ T'JW ( I •
,.._lOlOI'Illln.ln•-"
caso do t:tp~55ionl'>mo abstraiO. Roseobcq enUfJa illf'Mio:to"JM~ .......
Nl, No<~ Vll!lo;. t'ooil\.'o d "
cada liiR.III sobre a leia OU cada po$1CIOnameniO OI\&~
l:lr de um1' peça de aÇ:(I no comcxro de untJ inLt:nsa
txpêriencia iol'-!fll.IL Pllra de, a superf1<:1C ClUCI'na d.1
...
d<lll't \W<IJI"' Ulr--·um d
.._. ,
A~il'\ Ar: (fom 0.•01 .....
obra e~.icia QUe te Ntw.-~ 1*'1 ela como um mapa que
pcnrulb.•\t • latun. cl... CQTCI'ltc.\ inlimlb que Mn\es-.
~a p!nOa;tl~ una c:apécie de~ do
cu inlerior e tft'\ ioU\cl do atUG. L ma \"CZ que a cscu.t-
tura ou a pantura cnm c:omproendKias como llm ».Kle-
dànto 00 Jrbst'.l. que ac uhhza da lmJWI8Cill da forma
JXr.l trarbmlht 'MI.'l t:'peri.mc.:iA, U~S signifiCados pcroe-
bJ<b no «:prb,IOftl \nlO ;~bo.trato depel'ldiam da anal~>
g1a ent~ a tn.1C(:S!tlbllul.adc do c"P:.ço ilusiooist3 e a
in1en.11a exn~llblCUl da P"''lk:idadc do eu mchvidual.
Qu.1.ndo aflrnYl <iut lais 'ignifi~dos não são mais
tHgnc>s de c~ito, Juckl C'illl rcjc11ando uma noção do
eu and.,.·M:lual que supõe l>cr;onalid&de. e(ll(IÇ!Ito e sis-
rofteado oomo demen:o. cus&l"ftiCS em cada um ck
• sefXII'OOaull;.opte. Como ~:mo de: sua ft'JtJç io a
esse •nodclo d" cu, Judd pretende- repuchar um.1 arte
que baseia SC\&1 sjgmficados na iluo;:So (::()O'Kl uma ror;:.
oàfon <bqudo -~ privil<zi>do(pOt·
qll< privodo).
Ao reOct •nnos sobre esse ataque à credibilid.'lde de
wn modelo iti.I..S&OOis&a (OU interior I de si"'if1cad0 na
arte. serã J~RAC•toso CXIRsidtrNmol as fon11e'\ •media-
ta~ do nliui1 md•omo. ~n piU'ti.eubr o ttaOOlho tle Jlb-
per Jobns, dcllcnvolvido em meados da déc:lda de 50
c que c:lOru>tttwu uma eritt<:a nad.W ao c:xpre-.--.Kllllsmo
absU'Ico. No que se refere .l escullura. ma criltc:a rea-
li7:ou-se em obras como ns !AleM de t-er\<eja Ale. de
1961) liiQ. 191), em que Johns fundi u duas latas de cer-
\'ql Ballaalinc Ale an broaze e dcpol S p1Mo u
suas
supu fic•cs . tk: modo 1 n:pro dn:nr o asptt to da.s 131»
origmais. Na pintura, JQhn!> uli1i70u um método sc:-
l~
mtlha nte. Em A/1() ("()fJt ll''atr o ro.\.UH, de 19SS (119-
por ev:m plo. o desmho do armu 'impl.c-smc nte re·
produ7 as d•"ío;(lcs intCfn.<b de um objeto pi'\XlU 2ido
ce>mca-cialmcntl!; sua (Xploroçâo do desenho t.lc um
•I\ o plano que se acha •u> comercio nega à P•ntura o
upo npc:c í[k:O de~ ilusionrlla. ~ qc..:: c::oo-
tnminam a nn:"' americana do pós-a:uctra.
O Al\'0 do Jobns . ou liU:.LS l.afil,\ (/e ct'n 't'Ju Ale:. <10
nepm n a int~:malidade do quadro C\prc ssion •u a\Js..
rnuo, ~1111\ ao mblll O ~a u~dadt õc seu
e!ipaço e o ear.\ter part•~ular do '-'U para o qual esse
~paço setvhl t.k. ulodelo. A rojeic;Jo por ele m:uuf
esta-
da rcfma-~ a um espaço ideal que e'(i"ii t aoccnur-
mcnle i ecpentncis.. ttp.'T Udo pua ser ~bi.do. ~
a um modelo psicolóllJI.'O se&\)ndo o qual o cu aistt
repleto de seu~ significados. anttti unnente ao conta-
to C'OID saJ mundo. O lhlam ento do n:4d\~ por
J"'hfl.'l rtforça\a sua QPl))•çâo a 10I.b a idt da am
como pura c:tpress\>; MU cntmdimer:'uo deste ~
.tin nJo ml drn:ção, m~ !'. p.ua louge. da exprt.,,Jo do
cu Na '\•trd:lde, Joh.ns vm oo reudy-made a in<h<:ncào
do (tllOde não ser necess!\l'io \'ÍllCUio JU>nlwm cmn: uau
objelo de :u1e fina l e a malri7 1~iook'>giea de onde 1)1"0--
"cm. uma \'ez que. no ta~ do rrody..mode, tal ~1bi·
hdade é 1m'Wo~l desde O pnncip;o. A RJnlainL cr>e tN.
JkW (!~lo. Mo foi ren;a por ~ """ lpc:n;b
J~dooooacb por tk Pt'lr COI'btgUinte, não h.i mci!Ot de
o mi<:lóno po<1et -exprt!t"'r' · o anJSQ.. É como \ luw ~~ ..
tença d1ng1dá ao mundo sem que seja sancionada pela
voz de tl m orador pos.tndo utrá~t dela. Uma vc'l que o
crindor do objeto e o artu11a llào evidentemente di11tin·
101, n.io b.i meios de o mu.:lório SCI'\rir de C.Atcriotita·
ç1o do es&ado ou esti!C;Ios de: e.p
irito
du;rir li obra, f., por não nmcionar UOdo an•sta ao pro-
m.itiea da pcn ona lkb de euétaea. f moldes du gra-
pod
que a Ftmtainc estahclec:c mna dist e-se considerar
.~ncia entre a:i e a
l10(3o de pe -M lod < p<r H.
John.111 e o11 llrt1 513..<i muumalistas
ins
du.Lir obras que refut2.Uctn o car .ba istiam em pro-
)mgu1ar. pnvado
e inll«MMivel d.1 experiência. Tc•l rcft
oo dmbõto das an.:s vtSU>is, a qUC>t& naçào 132:1• eco.
sd o )c\·ant adiUI pei~Y.l fiiA~ofo
s que ba• wn
11 !ntei"C$:utdv:. •Jo mOdo
pelo qua l a lin pag cm VCfbal com
ooica um 1 e:xpc~
cil unema. pebOal. A obra de Lud
en1 sua (alie final. por e.xemp!Q, q\ICwig Wingcnstein
"4.ana a 1diia da
~h:cl ni~Cncia de algo que
pu~-~semM cla!lsifi-
c.:u· como w~1.J linguagem p:trticular Ul'b
a lin Jua tem
em que o sigmfic:adc> é decenmnad
gular da experi~cia int mu do ind pelo cm'áter sin-o
i\i(duo de tal mo do
que, se IC)$ OUIJ'OS nlo é dado f <"f
ess.•npc116nc1 1, não
lhe11 é dndo con~r venladeirtme
nw o que delenni..
nada ~ cks ipa com as pa)
dc.scrcv6-lo. avms quo usa parn
C.onoeo~ m ltnguag
cm da resp~ta p'I:JOOo
Jôgica - a$ palavrall empregadns p.1J
ll ~rever im-
~ dos KO iidM , una
SC"b meauus e sensacôes
pcltSOai• -, perguntou se scw1 verdad
~',.,.. qld .lqu c:r YC:riJ'....~
elramcnlc imPOS•
ClOema do ~bdo das pala-
\'flUI que crnJ)rcgamos pma indica r
no.~sa experiência
pe~soal. lle o s.ignificadc> pro
priunecnc dito de\ U'I I ser
n::ft:m dnqucle video rnd1viduaJ de
unpressôes regis.-
trudas pela 1ell do mo nik lt mcl'l4a
l de cacla um. Pots.,
se 1sso fosse ,-crdade, a hllb'lla.vcm
uma es.p(cie de !iiOiiP"SZDO no qual oe11tari.a n1oladu em
da.'i pala\·ras ser.a conferido a clns 11pifacado "m r
por
scparadamenle. Se:o~~ sentido. me cada um de nós
u ..,"Udc.. e manha
•dcJrde cabeça.. ind1canam aqu 1lo
qgo eu wj o c sinto.
da mesml form:tque o "\-erdc-" e
a '"dor de cabeça"' de
out tm' l designariam apenas
o que é pen.:cbido por
001.ft0a64o t() UIM tc:M. '·"''Nil ....._A~ )IJ
-que
lógica de wnafortte pu~icular de signi.fK:ado e nJo no--
podo um Slguifoc:odo ao oi>J<to es~ébco "" abooluto.
lisiJo .. o "~~~"roc:odo oqa ....., «>mm
onauWio para C$tmd...'tl1\05 a a.oalogia com • hnp-
ccm - de wn espaço pUblico e oão priv'.J.do.
Pam que se \'cja como iJ!IO se clã em um meto de
cxprcllSão visual, tal\'e:l' sej:t proveitoso cxnmimu· um
exempk. pictórico anie,. de abordarmos a c<JCUIIUra
produz:Lda pelos minintahttti e peJos artistas que os
IOICCdetam oo mkio doi.,.. 70. O ttabalho do: Frank
SitUa prcSIOU um tmpOC1&0fe 5(:n-iço j escultura ao
nt<bUaC <IC que mudo aQ ... ~ívcl ~roo.'Cilar o uco
por Johtb do ob:feto c:uhu.ral n.'Dáy-motk pam fins maat
nbs1ruttn, mais amplamente gcncruliudo s.
Dlc fàhne H<Jchl (nt. ~~. U.Lll.'l pinturu pre1a ct i:tda
~"W>r Slclla em l9S9, esh\ rel~aci.onada â explnraçAo por
JohM do ~made como uma cst.rurura e,;tçnulmcn-
oe dado. em panicular a o!rie doso: baseada .. bondeo·
ra americaDa. Toda\ ia. em I~ de utilizar wn mode--
lo do: boadeita conh<ci&>. Soeila chega a uma conr,....
rado própria. atnundo um pgdrão de fai.Jt.a1 do rato
ext~mo, fis1co, do formato da ptópria «ela. lnicaando
no11 pontos iutcnn ~iários do" lados horizont.o i ~ e wr-
ltCAtll, 1mpôe às t:tb:n!( umn doclaraçlio repc1itiw c
ítlíncmupta do coq>an.Jo elo< - quadrani<S da ,.,.
turu em um oonjumo duplo de •musões espelh3(bJ.
N!L.\ pu\luras posterion:CI em tinta de alum{nJO.. em que
ali telas $00 tOnnndá!> por chanfraduras reool'lodns do
rtt6.n~ul o pictórico tmdicsooal, as faixas cxeroem mna
f'C\~ mais a1.1.10-ev•denl.e para denuo a partir da
ronna do quadro ., c~o...,. ,..,.,.._ pa=cm dcpondcT
mau abe• ta:n'l(Oft ainda •~\11 carac:•erisuca hltnl
do _,... pocumc:o o cfc.co desse tipo de super(~<~<.
pvui.......S... \.OntmUAmo,;-1'11\} pgt.. mate:.\ de ~rua 4!1(11'f'm•tb..
de. ''a.rrc de $i o espaço 11~iom!õota. atingmdo umn qua·
!Idade plana que constihu uma ineJ{I)fável apl'e"~:nta.c.~o
do c:~~paço pictórico eomo algo tOO..So-mcnle exttl'nó.
Contudo. as marcas ft~lkntc:s nas primeirtUI puuv-
ru liSU'adas de SitUa do nll.i> que .simples C:JCprt'kWei
dt q J b formas lnmtiJt ou do c:ariler pl:ano de -.u. su~
P'.11'tcJC. DW Fdhll~ llot:lt' (~ c:omo mUdas OUIIIs
tetas de Stdla) chega ll uma configuração p;arttcul.ar,
n conri@\il';\Çio de um:~ cruz. Poderiamos quJhOCJr o
fluo de acidental, é claro, da mi!Snw fonna que pode-
,;amos ooneeber como acidental o fato de u c•-uz t>rn--
pnan1ente drta esw rtlacu.)l)8(1a ao mais prim1t1\'0
ra pro)Cbda (;(latra a h•
MJI'IO de um objeto no tt-J'IÇO: alinha \'t'rt.ic:al da ftgu-
de borizoo.l~ de um fundo
unplkiiO. \las a rtla<lo 1111'01"' amalgamad a oo lonio
d.1 "upcrfteie hSb'lkb tt..-....\0 quadn:kS c u:ma csptde tle
arJumcnttlçio em fa...or da haação lógica entre o carô-
lc:t cruc1forme de toda pic1oric,dade. de toda intcnçio
de localizar uma coisa llC!ite mundo, e o modo como o
slano conw.>nci<lnal ncMc caso. a cruz c=merge n.atu-
ralnw:ntc de um refere"t·•al nutente no mundo 1 n-
1
-
-10.
A ~ótica da O>ln&lon """'J>'<>ti>a, é mos-
Inda ....,. iNqlOii,d da JOan do SÍjiDO. Cada ama
rHpOnJcr pela Olll1l c, ao r..t-lo, solicotam-
OOOQU<~a bo>ló<ia .-..Ida tin~cm
ptttón(l como tal_ O vcrdatk•ro mérito dessas pmtu-
197~~ .... ~
~·'*-,...... .._
~~iN, )41.1Cfllo 1111&
<~wt ..a"hl<lrl t
COIIOWC'UCII! lh"r -,,.,.111
'"""'"'
198 Al10UI.Jnta. "•''""-''
.m U. l!lfiS Ccmp..tY~tJ I"'"'
1<~l.l<m • 2o..a~,.,, .1... 'lt
~) <Cif!Yto l'ldp """'1"
COI'IIen("' /Fui" lluth>i<•'•
""""'-
ra... é terem me•gultwdo pút' completo no siil\Pificl&do,
mlb IUKia OOflSCi:Uirem rlll(:r do significado rm fj:II.II'U.Ii
f\lDÇio da superfk;ie do espaÇO ex1emo. pUblico. qUe
de: modo a]~ . .. . _ . ... cooteúdos de: 11111 -
.,..o~e parto<Uiar. O signifiCado olo "l>llr·
KO do ilusionismo por Slella é inin1eligivtll<'nào pot
~e propósito de alojar todos os signtficadol dentru
dali coLwençõcs de um csp:lQo pltblioo.
A impooUne,. da one ""iida oos &tad... l!oloJ,
oo inino dM lnOI't 60 consasae em 1cr- cb pr.~UCõkJ.•
pela pr<áslo de 11111 madelo de upf~ .....
das~ de q,itun...a.ctc de um eu par1h u t 1
é o sentido em que C:.S!CS arustas comprcc:nd ''
ambiçjo <:omo tllrcladJ 1 um 110'\'0 corpo Jc I' "I'
ções sobre '"como é o mundo". Dessa form;~, "~· 111
pre«armos o trnbalho de StclJa, Judd, Moni, ,.,
F'la\'jn ou LeWitt ~ÍmJ>k<~merue como porte-~ d-..· wu t.
to de reOrJt~~n wuçno IOrmaJ. c~õtan..""ffifs neyh.,•l'Ut • ... t
o signilicado mats fund t1TlC11tal de seu tmh.1lh·•
Os ese-ult01'1:& mmunalill.tas oomoçaram c:um
procedimenlo para d6.;1ara.r a cxlerna.Iidat.lc tJ,, ••
íteado. Como ,.rnlOt. CS~~ca artiSla:; reagiram •:oan
ilusioruqoo beultlnl que COD\mc cada material
saanifieador ck- o-mo: 1 pedra. por e:umplo, nn
- um ilusM;Jru<~~mo Q!Jt I"CUU11 o obJetO escultura1 do
paço hteraJ e o ~.ali em um espaço metal·••~o I
SCS af'tbUb l"e(!U'Iil\'lm I Utih.tação de o:lnlt.lfll ,_ f Jt
nos pam dar forma n. u.m ub)Cto ck modo que ~u11•
gem externa SUJ.CrÍ'I:IC um princípio de COI;',,u, •"
ordem oo ttnlliio subj:tccntes. Tal como 11<.1 "'' .f, 1
está implícito nc,~r~n o•dem u fato de ela 1\:Mdu •I 1
dos simplc-: O~JlCCtOS c.-:tcmos do objeto su' I• n
ou subslància • dotandn n IPf~ri.tn ohjN(\ <k '"''
péc:ic de oentm lntcndon.IJ Qu pnvado
Essa ex1rao1'1ilfl!na deptndência oom n·J.,~t· lli
a.spectcl$ tto:lenore. de um objeto. a fim de dr1
nar n qw ~~~ ;, ocom.- na t$CU!tur:1 sem litulo e
rada por Rohm \forru em I 965 t que !'C uh I
crts grande< L> de c:ompcn>a<~o. !\<»e ''*'""
1915)., Mc:Jt1'b aprnen1a cri-. formas rdénii~,.'U t'm
remes pos1çcko! ~:om n:l.a.;.ào ao piso. O pn~""' un I
\ertical, o segundo )C up6r.a na latemJ c o h."H .. ,.
apôia. em su:b du.u e>:trc:midndes. Tal di'>fll"''-·1•• 111
ra visualmente CIUL'l unw. Ws forma~. udcn.-.<m1l•• •• "'
mento inferior d!l primei•·n unidade ou em\ .uuiH •
da terceiro OcliA~ fonna. por mals clarnmenu.-
~ ~ cnNnút.·r que os ttês 1-11
são idenl~
,frurura e dnna1.1ões). f ·~.J\-cl m.\t'flá-1
os
uula mcw a ronm, Por c~--gu mte. Mom s pa-
oar ditm do que o "fato" da similitude: do,. objc -
l~ i
rlmC C I uma k'lp :a Q'llt aiit e tm
oo mom ento d.1 cxpc ri~cia,
lj>•·••~<U<>O: 1M porq ue,
, e\:J* "tnc ia. ("' l..s dc:nota.m eqa lógica e tor·
-difcn:n&o... S\la -'iguaJda dt.. pc:rt tnet lào-so-
. a uma ll!lhu tu•-' tdca l \lm :;>)r inter ior <l'w- nlk)
10s en'lttrt,;ar. Su.o diferença prnence a ..eu cxte·
ao ponto em que desp(•ntan no muado púbtic::o
''' ~, e.xpc.wiencta. t·:&Sa ..dtf~rença'" oonsiste em seu
'1cado e&euJtural: e tal ~igni.fíciW.Io depende do
lo dessa_, ~ COOl 0 Csp1IÇO dl. C.\:p erien cia.
N1\ pmpOfção em que a e"cultura t<;tá connante
·
fonna.ndo uma analogia com o corpo humano.
halho de Moms diriJe--se ao SJgmfQd o proj eta-
f!\ li" no:s.stl$ próprio" corpo11. quesuonando
o reta·
' d~·)>sc S.Í#niftcado com a idéta de tmvacidade psi·
"'"'"<3. O arusta ~~~ sogenunodo que os SJgntf'ieados
\'rULmos c expr e~sa por intermédJo de nos-
' orpos e nosSO!i eestos - dependem p0r comple·
o!. ~ ÔC: CUja
ti• OUTJ'O' ~res JMt1 0$ qUII S 05 Cfl3m
dependemOS para que C:~ Slgn tfitad Oll rnç>lm
"""' '"'· E&tA wgt nnd o que 1 unag cm <10 eu como
:OOo cont•do (t n. ~e lfX U~ pva si mesmo
OI''""" \'CtdoJdeS que 6 cap.1.t de con,tJtuir) se dcsin-
da.an1e do aJo de: ..."i.ncular·se e. outros eu11 e ou·
..:nteS As "VÍg3ll c:m L de Mom " 1\m ciou m <»-
cncia
'"" un>a çsp~c1c de <:OiJlato d~8Sa frn nca ~ndcorp o no
tr:DÇ"ào c: do s.ignif'ic:ado com relaç.A.o 11.0
ao mue do em cada paru ·
nto em que doeotponta
tOS e gr:~I O! - isto
cool.u·u.lade e.ocrna de seus mO\' Imell
J,, ~que: 1e faz enlcnder 1penas 1\4 expc:ri~"cia.
Ao can« ntra r-se no mom mto an que o tnba
lbo
uwal ida o
atHcsetltt enl um e11paço p(lblieo, Morris
..,....-.....,
. . . .4 . . . . . . . <*~·
Jh•Otoóo.ll9.3 (1111a.
mCldo em que a JUpttfkk. na escultura nd)C.ono.l. f
cntend.Hla como o ~fk'o de um arcabouQo ou uma
I 9 em o UO.I IJ" lq,~oôlto
\211,& em.,; l\S.9 O"' li c<)trutura iorema preai$-ltnte. Em suas esculturas dcs-
I ~l'-!!'('ll.li!O~ ~ mont(l\rcisd e fibm devidro criudasem 1967.aera um
h;~ G.ill.-,:MOI'4 V<lr~ (fOI~ b
J:.,:Wt•lllh..rl.-~lllt) ttpo t.le cs.trutum (#ig1. •tk. b • d desprovida de (JtUtlquer
o•'dem interna fixa. uma \'t~ que cada esculrum pode
~~tt(e era) continuamente rwrgaruzada1 ronanto. a
noçio de um arcabouço õntemo rígido. capo> de ..nc-
IU o .-up0o eu do obs<n Jdo< - r..- no lnlt&J'a
antmormente i cxpcnb'lc:•a -. deSmOrOOa com a c:a-
pa.cidat.le d<ls dJfc:rcnt~ partes para mudarem de po51-
ç!io. pora formularem umu tdéia do cu exi.st~ntc upc·
momento de cxternalidade e no #hnbitu
n a~~o 11aquele
dnqu('/o experiência.
Atlrl'f5"tk /l.,..lodoiC<mcfqdecortus~de 1%9
do - dá - m c n J O 10 pro<CSIO do uabolho de
\1om, cooua a esculrun tomo metáfor.t de um ccwpo
dt\uhdo etllle intenor e t"tc:oor. em que o si,ptfica·
do dellst corpo depentle d.t ulé•a de um eu ínremO.jXtr-
ticul<lt. A simphctdnde do forma d3 escuhuril 5\lgcrc
inle i.. lmcote a preilel\(~ de um arcabouço i~ l subja-
«ote. poiS a.sume a 001lfi1UJ111Çio de: um
c:ubo. forma
que parece ptnencer a uma lóaica
::ucmpoml c ntlo ao
momento ck uma cxp ene otl L O
obj eti\ '0 de Serra.
pOfém. 6 invnlirl:.r n pT'Óf)rill noç
.lio de~ hle all!ltno ou
dessa atcrnporalidade. e fue r ckpeod
tr a rrõPru ni !r
téncia. da escultura de cRd:.\ momento
esse tün. Serra cocwóã o Out;olo ti~ passt~&eiro. Com lCJl Dl8 t.l
tart tJJ apoeando ' - l "* -'
quatro placas de chumbo. de 250 kg ~ ICfli lt'lbd o t.W.I
cttda, UITUI contra
\1
~~'l c.....-t~o. •l'-'""' •··
a outr:~, criando poatos de: contatO
tOI Dt'n ft em seus li .. . . . . . . ~...
_
•
can1os ~upenores e sem utilrzur me
aum p.1Ja fuó..las tm su pos~Jo. io permanente al- .......,
.-..-~"'" ~'ILO"l ,.,
IWL\Jt
VINCAR
DOBAAR
AllMAZa4AR
('URVAR
ENC'Uk'rA R
TORCER
TRANÇAR
MANCHAR
MANCI IAA
f'S\tJGA.Ui>\R
APlAlNAJt
RASC"lA_R
I.ASCAJt
""km
COnAR
SEl'AJWt
SOU'All"
Brancus•: a frogmcntação do
~lllõl
uma 1
CI~
.e
n:mcrra
r:
libcfUlr o significado de um gesto f'Jarlicul.nr de wna
ímpreo.>io do que o.,.. .... e ~ pela
e:sttutura subJ•Cente so tofPO, compreendido como
um todo coen:nlo. Muito embora seu estilo seja muito
dif~te. MriD agarmndo chumb o tl!m um signif
ica·
do mwto pról.•mo ao de obras como o ~ ,..., ~
-eles>.
sn 1~ c. pon:uuo. dificult• AO!'~ proj('!Çlo no
<>cultunl, do.....OO III>CtOSIOdoo OS nos-
llln!l ~-julgam\!ntos jâ scdtmentadOf\. Cnlretanto, nosso
oorpo e nos!la experiência de nosso corp-> cootmuant a
).~.""f o tana ~.. e:S~CUinn mesmo qumd o uma
obra
t (unnad:! por '.lflt i ctmc:n.&S de IO"'Ielall:u de 1ern.
O Dupfi) ntgalh'O ~9' - . e~ uma IC'frlplana·
&an 04"Uitut~l de: \tic:bael Hc:JUr. foi cnadocm 1969
""cbmo ck 'k\ada. c...,;.,. em clJ3s fendas. cada
qual com 12 ,. ck profundidade e 30m ck COinpnrn<n-
•o. esce'lklu no COpo de doas mesew s.~tuad.al um.1
defronte .I out.nl e separacbs por um desfiladeiro pto-
fundo Dado1'i IS aua:s dunensões ~e a 'IU.tloc~:~4
li-roç~o. a ún1ci"' forma de: se expcnmemar o trubalbo 6
c~.:uulo dentro dele hábitã· lo :i mane1m eomo imQ·
ginanlO~ hubit.•r o espaço de nossos CflrJXIS. Pottm, n
unngcm q1.19 t~,om \J/) 1h; uo:s:sa própria rclaç:to com no~·
so oorpo é u de ~uu·mos certtrados no int~rior dc'ltC,
o conheci~nento que temos de nós mesmos ~tlUJ·no~t.
por ft§.,un d•ur. em nosso uúeleo absoluro; somot to-
ca1mt-nle ttaMparentes a nossa ptópia OONoc.Cneia. de
wna forma q\ae DOS pemurc dllft':' "'sei o que: n perho
c s•nr.o. IDa) r/~ Aio.. N'csse senttdo. Dtqtlo lltg'fltu'O
rUo~ W1"Dtllwlç. com a imagem que 1tmOii do m()o
do como ha~1:amos nós mc:srJ)l)$. Pois.. mtborn ~J• ,j.
mêtnco e poA'W.l um centro (o ponto intnmcc:h~tO do
de.•liilndctro que ~a as duas fend.:ls), C impo:s,h•cl
oc:uparmo'i t$~c ccnti'Q, POOemos apenas no. col-ocar
em um dos t5J)acos fendidos e olhar parn n frente em
din::çlo no ouuo. Nu verdade. é somente olhondt> pal'f1
o 0'111'0 que podemos formar uma imagem do c:;paco
no qual no" enc::onltamos.
Ao •mpor·nos essa posição excêntnea l'tiJtÍI. 11· .
menle ao oen1ro do trabalho. o Duplo lf<'gflfii'O suge·
re uma alternam.. para a imagem q..e terMl de not.'-0
conbecm'CT'IW) de DÓIS mesmos. Le\'J-OOS a mc:d!W Ker·
a do cunhe\':imento de nós mesmos formado ptla til·
tud< ck ,. oUw""'" feno em busca das ~dos
OlJClOi. ao nos dnoherem esse olhar. E tma mcclfor.a
do eu td como conbccido mediante $Ua opari'nda Pll"l
o outro
O efcuo de t>uplo nq;atil'Q é de<:lamr o exccnlri<:i·
dade d:a posiçiio que ocupamos refatl\•amente a nos11os
fls:ic::os e psico~ Eou~a01o. w1 att mH-'
c:entftb
nK) al&n dasso. Uma ,ez que é nccessario ollaar 1tr"'•
vês do doflbdeiro para en.xcrgartD05 a Unaecru rcflo-
tida do espaço que ocupamos. a extensão do dcsfil.,
deu-o tm s:i de\"e ser incorporada ao recinlo form:fdo
pela ~sculrura. f'or conseguinte. a imagem de Hci7Cr
reproduz a intervenção do espaço c:xtcmo ná ex1~an.
Clll int~rior do cocpo, ati se alojando e formando sdlt!l
molivacões e seu!> significados.
Tanto 11 noção de cxocnlricldade como a idêi
a da in-
..,~--\o deum mundo ao c:spaco focbado da forma M
..
parecem c:m outra tcrrnplnnagcm c:scu1tural,
concebida
na mesma época que Duplo ~t~gath-o. mas nm
oo ano soguin1c no Gn nde Laso S.llf'do
.cJ da
em UUth. O
Q11ebrtHflhr espiral, de R.obcrt Smittwon
( 1970). é um.; t
lrilba fonn >da ptlo xúm ulo de b...OO
e atcia. com
4,$ m de largurn e que uvança 45
m em espi t'al pelas
áSWS ..,mnelbas do la&o o:n RozcUe Poi
Tal como Duplo negatnn, (1•1ttbro..nm,.
nt,. .. l ~ _ ,
NfH tul ~ti
m ·k a ser fiskamentc pmeltUdo. Só é
poss
c1ar o tnlba1bo ~ seus an::oc, queJ ..-el apre-.
se ~trei
tam à medtd{l que nos fll)roximarnos do
firW I
ScOOo uma ttpi ral, essa oooflgllnÇio )>O$
$W no-
~tõariameme um cencro, que nós. como es(>OOtadOfC:s.
podemos efetivamente ocupar Coatudo
. a expenênr..
do trabalhO é a de esta rmO S sc.ndo oont•nu
cc:ncrali..wdos em meio à vasta extc~o deamente dcs.-
la&o e du
O pnlp rio Smitlbon. ao esc:revtr ~
seu
contato com o local desse tnlxlJbo. eo.·o pnmeuo
ca a rea(!lío
ven 1gi. noq ao tê per cdx r descentrall2
:1do: "'Cook:m-
plando o 1ocaJ, ele I'C\'I!rberava pam os
bori
g<:nndo um ciclone imóveL enquanto a llQ 10ntcs su-
bruxulean-
te fatia e-oru que a pal.iil~em uue~ra Jl
ll~ sa.cudtr.
Um terremoto dormente Pftli)OQ:I.Ya-"e ['W"ol'
unta imt n
,. cUcuJ.ndadc o.... - guol6no SUIIIU • ros·
S:tbllidadc do (}uebrtunar e•piral. Nen
huma id6ta,
concerto. \lStema. cstn tlur a ou abscraçio
tentar-se dtante da reahcbde daquela pi'OV iam sus-
pod
8 fenomeno.
1 6~ica.''
11