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Escola Comunitária Sagrada Família

Professor:
Penildo Frer- Data: 10/10/2019 Classe 12
mal de Carla
Mauelele Texto de apoio no 01 Turma A
U. Temática no 01 Turno Diurno

Tema: Introdução à logica III: Noção e divisão do raciocínio

Objectivo Conhecer a tarefa do raciocínio na logica.


Gral:

Objetivos 1. Definir o conceito de raciocínio;


Específicos: 2. Mostrar a importância do raciocínio na logica;
3. Mostrar as subdivisões do raciocínio.

Existem varias formas de definir raciocínio. Das definições geralmente dadas,


1. Definição
do conceito umas são mais plausíveis que outras. Mas, como forma consensual, opta-se mais
raciocínio em ver o termo raciocínio como uma convenção erradicada da palavra “razão,”
proveniente do grego logos. A razão e o que fundamenta o método usado pelos
filósofos (i.e. método racional) e detém todas ideias necessitadas pelo homem.
Por estes meios, e razoável definir raciocínio do seguinte modo:

1. O raciocínio e a operação mental a partir da qual passamos de juízos conhecidos para um


ou mais juízos novos ate então desconhecidos e que são o seu fim lógico. O raciocínio,
enquanto operação mental, e composto por juízos, e o argumento, que e expressão [...]do
raciocínio. (BIRIATE; GEQUE. 2010:18)

2. “… raciocinar, ou fazer inferências , consiste em ‘manipular’ a informação disponível—


aquilo que sabemos, ou supomos, ser verdadeiro; aquilo em que acreditamos—e extrair
consequências disso, obtendo informação nova. (MORTARI. 2001:4)
3. Raciocinar é, na linguagem quotidiana, sinónimo de pensar. Pensar, tal como raciocinar, é
uma actividade complexa. (REIS, 2000:89)

Os três pontos levantados acima sobre o raciocínio elucidam que o raciocínio e


caracterizado pela formulação de um juízo complexo a fim de conduzir a uma
nova informação ou conhecimento. O juízo e formado por quatro elementos:
os termos (que são dois), a relação e a mente ajuizadora. Dai que o juízo e um
fenómeno complexo.

O juízo tem sempre a seguinte forma xRy. Significando que x e y são termos ou
elementos ou mesmo ainda átomos lógicos. x e y indicam um ponto no espaço
logico e R a sua relação. O espaço logico, neste caso, devera ser visto como a
mente ajuizadora.

A complexidade do juízo nota-se em asserções tais como: Sócrates e homem,


ou o carro e veloz, entre outras. Em casos como estes, faz-se uma generalização
logica de tais afirmações dizendo que x e homem, x e veloz… significando que
cada sinal x colocado, indica uma presença de funções proposicionais.

Uma função, aparentemente e um dado puramente matemático. Mas no


tratamento que será dado a seguir, uma função devera ser tomado como um
dado tanto matemático quanto filosófico, de modo a facilitar o entendimento da
logica enquanto um campo que partilha de mesmos fins tanto com a filosofia, a
matemática e as ciências, restringindo-se das demais áreas do conhecimento pela
sua linguagem, que e fortemente simbólica.

Uma função proposicional e na sua essência ambígua. Visto que a proposição e


aquilo que e denotado na relação proposicional, então a função será aquilo que
denota. Assim, nota-se claramente que a função proposicional tem como
valores as proposições que ela mesma denota.

Seguindo que foi acima exposto, nota-se que o raciocínio tem sempre como
finalidade a novidade discursiva de tal forma que necessita de juízos complexos.
2. Importan- Que o raciocinio e importante na logica e evidente logo a primeira vista. Mas ao
cia do ra-
ciocinio na se assumir uma possivel presenca da logica nos diversos ramos do saber torna-
logica. se de igual modo dificil discernir o poder da logica em si e do proprio
raciocinio. Isto deve-se ao facto do raciocinio empenhar-se na formulacao de
cadeias de argumentos que conduzem a novas ideias.

A logica elementar ou da primeira ordem subdivide-se em tres partes a saber: 1)


Logica Proposicional, 2) Logica da Prova e 3) Logica Modal.
1. Logica Tradicional: Nesta logica busca-se uma esquematizacao de
argumentos.
Representantes: Aristoteles (384—322 a.C.), os medievais… ate George Boole
(1815–1854), ao publicar, em 1947, uma forma nova e mais complexa de se
fazer o calculo das proposicoes. Contando com Augustus De Morgan (1806—
1871) e C. S. Peirce (1839—1914).

2. Logica da Prova: Busca-se a sistematizacao de toda matematica a um numero


reduzido de axiomas.
Representantes: Gottlob Frege (1848—1925), Giuseppe Peano (1858—1932),
David Hilbert (1862—1943), Bertrand Russell (1872—1970), Jacques Herbrand
(1908—1931) e Gerhard Gentzen (1909—1945).

3. Logica Modal: busca-se a explicitacao da matematica sob ponto de vista das


leis que ela obedece.
Representantes: Ernst Schroder (1841-1902), Leopold Lowenheim (1878-1957),
Thoralf Skolem (1887—1963), C. H. Langford (1895? - 1964), Kurt Godel
(1906—1978) e Alfred Tarski (1901—1983).
Em todo caso, as premissas apresentadas são importantes (de forma implícita)
para se considerar o raciocínio como algo fundamental na logica. O raciocínio e
importante por constituir o momento operativo e mental da inferência. Isto e,
no momento da inferência, são manipulados dados que podem corresponder a
uma das três logicas já citadas: a tradicional, a da prova e a modal.

Num raciocínio, elabora-se juízos que, em primeiro lugar são formais e só


depois da presença da mesma e que se identifica o seu lado sensível (a parte
material). Esta forma de proceder e importante porque liberta a criatividade
motora de qualquer um que se proponha a estudar, seja em áreas intimamente
ligadas a linguagem como logica, computação, matemática, linguística entre
outras, ou as ciências, como, as naturais (física, biologia, …), sociais (historia,
…), humanas (psicologia), ou místicas (arte, moral, religião…) entre outras.

A logica, como dizia Aristóteles, e em-si um Órganon para o pensamento. Desta


forma, dela e possível produzir 24 silogismos, os que Aristóteles tinha
descoberto em numero de 19, significando que o poder do raciocínio tende a
aumentar gradualmente, visto que, nesta perspetiva, lida-se com as inferências e
as suas regras.

Da logica tradicional, a elementaridade das regras do raciocínio e ainda mais


evidente. Pois trabalha-se de modo directo com as proposições e o poder
demostrativo e em grande medida filosófico porque tratam-se de esquemas que
obedecem a forma x e fulano sem que se reduzam os mesmos a variáveis nem
funções.

Na logica da prova, há um acréscimo no raciocínio. Trata-se da redução de


princípios restringidos na filosofia sob forma de princípios/fundamentos em
axiomas. O método de raciocínio e indutivo e intuitivo.
3. Subdivi- O raciocínio pode ser: 1) por analogia, 2) indutivo e 3) dedutivo.
soes do ra- 1) Raciocínio por analogia: nesta forma de raciocínio são usadas expressões
ciocinio
como: “e muito semelhante a…, e quase tao… como, tem ligeira diferenças
de…, só me faz lembrar…, o nosso coração funciona como…, o universo
assemelha-se a…, e parecido com…, segue o modelo de…” etc.
2) Raciocínio indutivo: há três tipos de indução - i) indução aristotélica:
consiste numa enumeração completa, onde a conclusão não acrescenta nada
ao já dito; ii) indução baconiana ou amplificante: consiste numa
enumeração suficiente, onde a conclusão ultrapassa o numero de casos
conhecidos, por isso, da um salto ao desconhecido; e iii) indução
probabilística: consiste em inferências estatísticas, onde na impossibilidade
de se concluir com rigor absoluto, torna-se valido o mais provável.
3) Raciocínio dedutivo: e contrario ao indutivo, este parte sempre do geral ao
particular.

Sintese O raciocínio e uma forma de elaboração de juízos não so validos como também
uteis para a formulação de um discurso coerente. Isto torna o raciocínio
importante, tanto filosófica quanto logicamente. Por sua vez, o raciocínio divide
-se em três partes: i) analógico, ii) indutivo e iii) dedutivo.

Avaliação 1. O que é Raciocínio?


2. Qual e a importância do raciocínio? Porquê?
3. Como e que se divide o raciocínio?
4. Existe alguma relação entre raciocínio lógica, matemática e filosofia? Se
existe, qual?
Bibliografia: REIS, Alfredo. Rumos da filosofia: Introducao a filosofia—11 ano. Lisboa,
Rumo, 2000.
BIRIATE, Manuel; GEQUE, Eduardo. Filosofia 11: Pré-universitário. Maputo,
Longman, 2010.
MORTARI, Czar. Introducao a logica. São Paulo, UNESP, 2001.

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