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Apostila Didática Parte 1 PDF
Apostila Didática Parte 1 PDF
Niterói / RJ
2012
2
Sumário
Parte um
1. Unidades legais de medida....................................................................................8
1.1 O sistema internacional de unidades..............................................................8
1.2 A escrita das unidades do SI...........................................................................8
2. Conceitos gerais em medidas...............................................................................14
2.1 Definições básicas..........................................................................................14
2.1.1 O que é uma medição?....................................................................14
2.1.2 Valor verdadeiro (de uma grandeza)...............................................14
2.1.3 Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza).........................14
2.1.4 Mensurando....................................................................................14
2.1.5 Grandeza de influência...................................................................15
2.1.6 Resultado de uma medição..............................................................15
2.1.7 Indicação (de um instrumento de medição)....................................15
2.1.8 Resultado não-corrigido..................................................................15
2.1.9 Resultado corrigido.........................................................................15
2.1.10 Exatidão de medição......................................................................16
2.1.11 Tendência..................................................................................... 16
2.1.12 Calibração....................................................................................16
2.1.13 Ajuste............................................................................................16
2.1.14 Correção........................................................................................16
2.1.15 Repetitividade (de resultados de medições)...................................17
2.1.16Reprodutibilidade (dos resultados de medição)..............................18
2.1.17 Rastreabilidade.............................................................................18
2.1.18 Faixa de indicação.........................................................................18
2.1.19 Faixa de medição...........................................................................18
2.2 Erros de medição............................................................................................19
2.3 Classificação dos erros....................................................................................20
2.4 Propagação dos erros......................................................................................21
2.5 Distribuição de Probabilidades......................................................................23
2.5.1 Tipos de Distribuição de Probabilidades....................................................26
3
Parte dois
1. Introdução à medição de faturamento..................................................................47
2. Potência Instantânea e Potência Ativa................................................................48
2.1 Potência Instantânea.....................................................................................48
4
3. Diagrama fasorial................................................................................................48
4. Conceito de Potência Ativa e Reativa....................................................................51
4.1 Conceito de Potência Ativa............................................................................52
4.1.1 Valor Médio e Valor RMS..............................................................52
4.1.2 Conceitos de potência ativa por meio de fasores.............................53
4.1.2.1 Potência ativa para cargas resistivas...................................53
4.1.2.2 Potência ativa para cargas indutivas e resistivas.................53
4.1.2.3 Potência ativa para cargas capacitivas e resistivas...............53
4.2 Conceito de potência reativa..........................................................................54
4.2.1 Conceito de Potência Reativa por meio de Fasores........................54
4.2.1.1 Potência reativa para cargas indutivas e resistivas...............54
4.2..1.2 Potência reativa para cargas capacitivas e indutivas...........54
5. Potência Aparente................................................................................................55
6. Triângulo de potências.........................................................................................55
6.1 Triângulo de potências de cargas indutivas e resistivas..............................55
6.2 Triângulo de potências de cargas capacitivas e resistivas............................55
7. Fator de Potência...................................................................................................56
8 Principais sistemas de fornecimento de energia em distribuição............................57
8.1 Fornecimento a dois fios monofásico..............................................................57
8.2 Fornecimento a três fios monofásico..............................................................58
8.3 Fornecimento a três fios, bifásico, com neutro...............................................58
8.4 Fornecimento a três fios, trifásico, sem neutro..............................................59
8.5 Fornecimento a quatro fios, trifásico, com neutro.........................................59
9 Teorema de Blondel..............................................................................................61
9.1 Exemplos do teorema de Blondel....................................................................62
9.1.1 Medição trifásica (kWh) sem transformadores de corrente (sistema
4 fios – estrela aterrada) – BAIXA TENSÃO.........................................62
9.1.2 Medição trifásica (kWh/kW) com três transformadores de corrente
(sistema 4 fios – estrela aterrada) – BAIXA TENSÃO...........................64
9.1.3 Medição trifásica (kWh/kW) com dois transformadores de corrente
e dois de potencial (sistema 3 fios delta ou estrela isolada) – MÉDIA
TENSÃO.................................................................................................64
5
Parte três
1. Instrumentos elétricos de medição.....................................................................116
1.1 Instrumentos elétricos de medição analógicos.............................................117
1.1.1 Instrumento de bobina móvel imã permanente............................117
1.2 Instrumentos de ferro móvel........................................................................119
1.2.1 Instrumentos de núcleo mergulhador...........................................119
1.2.2 Instrumentos de repulsão.............................................................120
7
Parte 1
As unidades SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de
símbolos.
Ex: metro (m); segundo (s)
Os nomes das unidades SI são escritos sempre com letra minúscula
Ex: quilograma, newton, metro cúbico
Faz-se exceção a essa regra quando o nome da unidade vier no início da frase ou
quando nos referirmos à medida de temperatura em graus Celsius.
Certo Errado
segundo s s. ; seg.
metro M m. ; mtr.
quilograma Kg kg. ; kgr.
hora H h. ; hr.
Símbolo não é expoente, por isso não deve ser escrito como tal.
Toda vez que você se refere a um valor ligado a uma unidade de medir, significa
que, de algum modo, você realizou uma medição. O que você expressa é,
11
O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil.
Portanto, não pode ser usado sozinho.
Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora,
minuto e segundo. Os símbolos ‘ e “ representam minuto e segundo em unidades
de ângulo plano e não de tempo.
Observações:
Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do
prefixo desejado na frente do nome desta unidade. O mesmo se dá com o
símbolo.
Ex:
Para multiplicar e dividir a unidade volt por mil
quilo + volt = quilovolt; k + V = kV
mili + volt = milivolt; m + V = mV
Este é um exemplo básico de que medir é comparar. Agora, você estaria ou não
realizando uma medição, da mesma quantidade de café, usando uma balança digital?
1,000
2.1.4 Mensurando
Objeto da medição. Grandeza específica submetida à medição. (Ex: pressão de
vapor de uma dada amostra de água a 20°C)
A especificação de um mensurando pode requerer informações de outras
grandezas como tempo, temperatura ou pressão.
2.1.11 Tendência
2.1.12 Calibração
2.1.13 Ajuste
2.1.14 Correção
18
2.1.17 Rastreabilidade
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão estar
relacionado a referências estabelecidas (geralmente padrões nacionais ou internacionais)
através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas estabelecidas.
0,2 0,2
0,1 0 0,1
0,2 0,2
0,1 0 0,1
Fazendo uma conta rápida, a quantidade de café então seria de 0,85 kg e não de 1 kg.
Alguém poderia falar que isto é um erro, o que é verdade. Entretanto, este erro não é a
definição de erro de medição.
O erro de medição é a resposta para a seguinte pergunta: o valor de 0,85 kg medido pela
balança está correto?
Por vários motivos, o valor da medida correta pode ser, por exemplo, 0,95 kg. Esta
situação nos traria dois tipos de erros:
Erro absoluto (X): é a diferença algébrica entre o valor medido (Xm) e o valor
aceito como verdadeiro (Xv). Assim pode-se dizer que o valor verdadeiro situa-
se entre:
X m X X v X m X
0,85 0,95
100 10,5%
0,95
A figura anterior irá nos auxiliar na compreensão dos conceitos expostos anteriormente.
Supondo que quatro atiradores A, B, C e D tenham atirado a uma mesma distância e o
mesmo número de vezes, sobre os alvos.
O atirador A apresentou um espalhamento muito grande em torno do centro do alvo, no
entanto os tiros estão aproximadamente eqüidistantes do centro. O espalhamento é
devido a um alto erro aleatório e a posição média das marcas dos tiros, que coincide
aproximadamente com a posição do centro do alvo, reflete a influência do erro
sistemático baixo.
O atirador B, além de apresentar um espalhamento muito grande, não conseguiu que o
“centro” dos tiros ficasse próximo do centro do alvo. Este atirador apresenta elevado
erro aleatório e sistemático.
24
Onde as derivadas parciais podem ser positivas ou negativas a a, b, c, q são as
variáveis de cada uma das grandezas associadas.
O fato de se tomar o módulo de cada uma das derivadas parciais garante o deslocamento
de cada um dos erros parciais na mesma direção.
Erros de inserção
Suponhamos que o valor teórico de uma grandeza seja Xs. O valor teórico dessa
grandeza, com a presença do instrumento, que apresenta uma resistência interna Ri (na
freqüência considerada), é denominado Xc. O erro de inserção do instrumento é:
Xs Xc
ins 100
Xs
25
Total.de.eventos. favoráveis
P=
Total.de.eventos. possíveis
No exemplo apresentado, com 1 dado temos que a probabilidade de que o número 1 seja
obtido como resultado é de 1/6. O mesmo acontece para os demais números.
a
u ( xi )
6
s
u ( xi )
n
Onde “µ” é a incerteza padrão que corresponde a um desvio padrão, “s” é o desvio
padrão da amostra e “n” o número de medições.
29
1 n
x xi
n i 1
A variância experimental
s 2 ( xi ) informa uma estimativa de quanto as
observações individuais diferem em valor por causa das variações aleatórias intrínsecas
do processo de medição.
x i x
2
s 2 ( xi )
i 1
n 1
s xi
u xi s xi
n
reconhecidos, é ainda, tão somente uma estimativa do valor do mensurando por causa
da incerteza proveniente dos efeitos aleatórios e da correção imperfeita do resultado no
que diz respeito aos efeitos sistemáticos.
Método de avaliação da incerteza por outros meios que não a análise estatística de
uma série de observações.
Listamos abaixo alguns exemplos de avaliações Tipo B:
Resolução;
Livros e Manuais Técnicos;
Dados técnicos de fabricantes;
Especificação dos instrumentos e padrões;
Certificados de Calibração;
Estimativas baseadas na experiência;
i 1 xi
c
Onde r(xi, xj) = r (xj, xi) e -1 r (xi, xj) + 1. Se as estimativas xi, xj são
independentes, r(xi, xj) = 0 e a variação numa delas não implica em uma variação
esperada na outra. Em termos de coeficientes de correlação, que são mais prontamente
interpretados do que covariâncias, a equação pode ser escrita como:
34
n
f n n
f f
u c2 ( y ) u 2 ( xi ) 2 u ( xi )u ( x j )r ( xi , x j ) (4)
i 1 x i 1 j i 1xi x j
Considere duas médias aritméticas q e r que estimam as expectativas q e r
de duas grandezas q e r variando aleatoriamente e calcule q e r a partir de n pares
independentes de observações simultâneas de q e r, feitas sob as mesmas condições de
medição. Então a covariância de q e r é estimada por:
1 n
s ( q, r )
n(n 1) k 1
(q k q)(rk r ) (5)
Onde qk e rk são as observações individuais das grandezas q e r, e q e r são calculados
a partir das observações. Se, de fato, as observações não são correlacionadas, espera-se
que a covariância calculada fique próxima de 0.
Assim, a covariância estimada de duas grandezas de entrada correlacionadas Xi e
Xj que são estimadas pelas médias X i e X j determinadas por pares independentes de
observações simultâneas repetidas é dada por u(xi,xj) = s( X i , X j ) com s( X i , X j )
calculado de acordo com a equação (5).
Esta aplicação da equação (5) é uma avaliação Tipo A da covariância. O
coeficiente de correlação estimado de X i e X j é obtido da equação (3):
r ( X i , X j ) r ( X i , X j ) s( X i , X j )
s( X i ) s( X j )
f f f
2 2
u (G ) u (a ) u (b) u (c)
2
a b c
f f f
n 2 n n
u (G) u 2 ( xi ) 2
2
u ( xi )u ( x j )r ( xi , x j )
i 1 x i 1 j i 1xi x j
uma extensa fração da distribuição de valores que podem ser razoavelmente atribuídos a
Y. Tal intervalo é também expresso como:
y U Y y U
U é interpretado como definindo um intervalo em torno do resultado de medição
que abrange uma extensa fração P da distribuição de probabilidade, caracterizada por
aquele resultado e sua incerteza padronizada combinada, e P é a probabilidade de
abrangência ou nível da confiança do intervalo.
Sempre que praticável, o nível de confiança P, associado com intervalo definido
por U deve ser estimado e declarado. Deve ser reconhecido que multiplicando u c(y) por
uma constante, não acrescenta informação nova, porém se apresenta a informação
previamente disponível de forma diferente. Entretanto, também deve ser reconhecido
que, na maioria dos casos, o nível de confiança P (especialmente para valores de P
próximos de 1) é um tanto incerto, não somente por causa do conhecimento limitado da
distribuição de probabilidade caracterizada, por y e uc(y) (especialmente nas
extremidades), mas também por causa da incerteza da própria uc(y).
Onde:
- uc: incerteza combinada;
- ui: incerteza padronizada associada a i-ésima fonte de incerteza;
- i: número de graus de liberdade associado a i-ésima fonte de incerteza;
- N: número total de fontes de incertezas analisadas.
37
O valor de k pode ser retirado de uma tabela da distribuição de t-Student, por exemplo.
f
Ci
xi
3.1 Aproximação
Neste caso, se o último número for menor ou igual a quatro, simplesmente descartamos
este número.
Exemplo:
13,403 13,40
Se o último número for maior ou igual a seis e menor ou igual a nove, descartamos o
último número e aumentamos em uma unidade o número anterior.
Exemplo:
13,406 13,41
Se o último número for cinco, temos de observar se:
- O número anterior for par: apenas descartamos o cinco.
13,425 13,42
- O número anterior for ímpar: descartamos o cinco e aumentamos o número anterior
em uma unidade.
13,415 13,42
25,5 5,05
39
4 Exercícios Resolvidos
4.1 Uma balança foi utilizada para medir o peso de um Peso Padrão Calibrado em
1000g. As indicações da balança foram:
X 1 1014 g
X 2 1016 g
X 3 1015 g
Solução:
x i x
2
s xi i 1
n 1
s
u
n
Dessa forma, temos que:
s 1
u 0,577g
n 3
4.2 Consultado um livro de física, encontramos uma tabela que informa os coeficientes
de expansão térmica linear (α) de diversos tipos de metais e ligas. A tabela informa que
o coeficiente de expansão térmica linear do alumínio (α Al ) pode assumir qualquer valor
no intervalo de23 a 27 µm/m ⁰ C. Determine o valor esperado para o α Al e a incerteza
padrão associada ao valor esperado.
Solução:
23 27
x 25m / mC
2
a = 27 – 25 = 2
a 2
u 1,15m / mC
3 3
Solução:
a 3
a) u
1,73C
3 3
b) u u(C ).Ci 1,73.(0,2) 0,346g
X1 = 1014 g
X2 = 1016 g
X3 = 1015 g
Resolução = 1 g
Coeficiente de temperatura da balança = 0,2 g/ºC
Temperatura durante o ensaio = 22 ± 3 ºC
Usar fator de abrangência k = 2 (95%)
Solução:
n
x i x
2
n 1
s 1
Desvio padrão da média: u 0,577g
n 3
U 0,1
u 0,05 g
k 2
Resolução de 1 dígito = 1 g
a 0,5
u 0,289g
3 3
a
ui Sendo a = 0,2 . 3 = 0,6g
3
0,6
ui 0,346g
3
Incerteza Expandida:
U k.uc 1,4678g
42
Solução:
f
C T C T L. aço → C T 0,05.11 0,55m / C
T
f
C C L.T → C 0,05.3 0,15mC
5. Exercícios Propostos
(g) O resultado de uma medição deve conter informações sobre a incerteza da medição.
5 – Ao comprar maçãs em uma feira, uma pessoa pagou R$ 5,00 reais por 0,65 kg da
fruta. Para confirmar o peso pago, verificou a medida na balança da sua casa e
encontrou 0,55 kg. Sabendo que a balança da sua casa é exata, essa pessoa pensou em
duas possibilidades para a diferença de 0,10 kg encontrada:
( a ) Grosseiro e periódico
( b ) Constante e sistemático
( c ) Aleatório e sistemático
( d ) Constante e grosseiro
( e ) Sistemático e periódico
Se o instrumento tiver sido utilizado em uma escala de 50,0 V, então o erro de medição
relativo à escala foi superior a 2 %.
ajustada para atingir o centro “verdadeiro” do alvo da mesma forma como tentamos
assegurar que o experimento fornecerá o valor “verdadeiro” do que se pretende medir.
A imagem mostra o alvo e o seu centro e onde os projéteis atingiram quando quatro
instrumentos distintos foram usados com o mesmo objetivo: atingir o centro. Use esta
imagem para discutir os erros estatísticos, erros sistemáticos, dispersão, exatidão e
precisão.
MEDIÇÕES
1 100,0015 mV
2 100,0003 mV
3 100,0022 mV
4 100,0000 mV
5 100,0000 mV
6 100,0012 mV
7 100,0020 mV
8 100,0009 mV
9 100,0017 mV
10 100,0019 mV
MÉDIA mV
desvio padrão
da amostra mV
desvio padrão
da média mV
Estabilidade
tipo
0,0025 mV retangular
PLANILHA DE INCERTEZAS
INCERTEZA COMBINADA mV
INCERTEZA EXPANDIDA mV coeficiente k 2
EXPRESSÃO FINAL ± mV
47
6. Referências bibliográficas
[2] INMETRO
Consulta ao material no site:
www.inmetro.gov.br
Publicações:
Sistema Internacional de Unidades – SI, 8ª edição (revisada) Rio de Janeiro – RJ, 2007
Vocabulário de Metrologia Legal, 3ª edição Rio de Janeiro – RJ, 2003
Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de metrologia, 2ª edição
Brasília – DF, 2000.
Parte 2
3. Diagrama fasorial
Fasor é o nome utilizado amplamente nas áreas de engenharia elétrica e
eletrônica, de modo facilitar a análise e cálculos das grandezas elétricas com forma de
onda senoidais, podendo ser definido como um vetor girante. Em um diagrama fasorial
setas substituem as formas de onda, como apresentado na Figura 1, considerando-se que
elas estão girando para completar um ciclo, ou 360 graus, da mesma forma que as
grandezas que estão representando.
t t
360
o
V(t)= V . sen(wt)
I(t)= I .sen(wt-90)
Um fasor pode ser deslocado para qualquer parte do diagrama, desde que sua
amplitude e sentido sejam mantidos.
A direção de rotação de todos os fasores em um diagrama deve ser a mesma.
Fasores só podem representar ondas senoidais.
A notação de duplo subscrito é usada para designar entre quais dois pontos está
a direção do fasor. Por exemplo, a tensão Vab indica a diferença de potencial
Va Vb , da seguinte forma:
Nos diagramas fasoriais referentes aos tipos de cargas ilustrados acima, temos,
na representação da carga capacitiva + resistiva, que a tensão V está atrasado em relação
corrente I. Já no diagrama fasorial referente a carga do tipo Indutiva + resistiva, temos
que a tensão V está adiantada em relação a corrente I. Na carga puramente resistiva, a
tensão V e a corrente I encontram-se em fase.
Quando as grandezas tensão e corrente são aplicadas em um medidor de energia
elétrica é importante verificar quais fasores estão sendo efetivamente combinados de
modo a proporcionar o registro correto da grandeza que se quer medir, seja energia
ativa, reativa indutiva ou energia reativa capacitiva.
T T
1 1
P p(t )dt v(t ).(t )dt
T0 T0
T
1
Valor Médio: Vm f (t )dt
T0
T
1
Valor RMS: Vrms
T 0
f 2 (t )dt
Podemos obter a potência ativa para os três tipos de cargas citadas no tópico
anterior, fazendo o uso de diagramas fasoriais.
P V .I . cos( )
5 Potência Aparente
Potência total fornecida. Máxima potência útil fornecida
6 Triângulo de potências
56
7 Fator de Potência
Razão entre P e S no triângulo de potências. Do triângulo, temos que:
P P
FP = cos( )
S V .I
S 3 S A S B S C V A I A VB I B VC I C
S 3 3S 3.V .I 3.V f .I
P 3 3P 3.V .I cos( ) 3.V f .I cos( )
P 3
FP 3 cos( )
S
9. Teorema de Blondel
A medição de energia elétrica em sistemas de distribuição de energia elétrica,
que muitas vezes apresentam diferentes configurações e topologias, deve,
independentemente dessas diversidades, atender ao Teorema de Blondel (1893),
conforme a seguinte definição:
“Em um sistema de fornecimento de energia elétrica com N condutores, são necessários
apenas N-1 elementos de medição (sendo um elemento composto por uma
bobina/circuito de potencial e uma bobina/circuito de corrente), apropriadamente
conectados, para medir corretamente a energia entregue à carga. A conexão deve ser
feita de tal modo que todas as bobinas de potencial estão ligadas em um ponto de um
dos condutores no qual não está ligada nenhuma bobina de corrente”.
Em resumo, podemos afirmar que para a medição de um circuito trifásico a 3
fios é suficiente um medidor de 2 elementos, e, para o circuito trifásico a 4 fios, um
medidor de 3 elementos, independentemente das condições da carga.
No circuito apresentado na figura a seguir, três wattímetros (W1, W2 e W3)
possuem suas bobinas de potencial conectadas a um ponto comum D, que pode ter uma
diferença de potencial em relação ao ponto N, igual à EN. A potência instantânea da
carga é dada pela expressão:
PL = Ea*Ia + Eb*Ib + Ec*Ic (1)
Ea = E’a + EN (2)
Eb = E’b + EN (3)
Ec = E’c + EN (4)
Ia + Ib + Ic = 0, ou seja,
PL = E’a * Ia + E’b * Ib + E’c * Ic = W1 + W2 + W3 (7)
Deste modo, os três wattímetros medem corretamente a potência da carga.
Considerando o ponto comum D localizado em um dos condutores, a tensão na
bobina de potencial do wattímetro conectado na respectiva linha, E’b, é igual a zero e a
equação (7) se reduz a:
O mesmo raciocínio é válido para qualquer ponto comum escolhido nos outros
condutores, provando ser necessário apenas N-1 elementos de medição para obter a
potência requerida pela carga.
Pot = Van x Ian x cos1 + Vbn x Ibn x cos2 + Vcn x Icn x cos3
Figura 23: Demonstração de como o valor da potência a três fios pode ficar negativa em um dos
elementos.
Onde:
- R0: Resistência ôhmica que representa as perdas de potência ativa por correntes de
Foucault e histerese;
70
Potência Reatância
Fator de Resistência Impedância
DESIGNAÇÃO aparente Indutiva
Potência (ohms) (ohms)
(VA) (ohms)
C 2,5 2,5 0,9 0,09 0,044 0,1
C5 5 0,9 0,18 0,087 0,2
C 12,5 12,5 0,9 0,45 0,218 0,5
C 25 25 0,5 0,5 0,866 1
C 50 50 0,5 1 1,732 2
C 100 100 0,5 2 3,464 4
C 200 200 0,5 4 6,928 8
Figura 2: Cargas nominais para Transformadores de Corrente.
3. Classe de Exatidão;
4. Carga Nominal;
5. Fator Térmico;
6. Nível de Isolamento;
7. Corrente Térmica Nominal;
8. Corrente Dinâmica Nominal;
9. Polaridade
Potencia (watts) =Vn * In * 1.0, na velocidade nominal Wn (rotações por hora), logo:
VN I N 1
KD
WN
Para um medidor monofásico de 120 Volts, 15 Ampères e velocidade nominal
1000 rotações por hora teremos um valor de KD = 120 x 15 /1000 = 1,8 Wh/rotação.
Esta constante é utilizada para aferir o medidor tanto em campo quanto em laboratório.
Além do KD, outras constantes importantes do medidor eletromecânico são aquelas
relativas às engrenagens do registrador e sua correlação com a constante de disco do
medidor:
Rr: Relação do registrador;
Ra: Relação de acoplamento;
KM: Constante de multiplicação do registrador;
Estas constantes se relacionam da seguinte maneira:
Rr Ra KD 10000 KM
11.3.2.1 Por que medir demanda para fins de faturamento de uma unidade
consumidora?
O termo demanda quando aplicado no setor elétrico significa: média das
potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da
carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo
especificado. A demanda é expressa pela grandeza kW (quilowatts) e pode ser obtida
pela seguinte expressão:
Este conceito pode ser ilustrado na Figura 36 onde é apresentada uma curva de carga
típica (Demanda x Tempo). A demanda representa então o valor da potência que, se
mantida constante, iria produzir o mesmo consumo da carga real, no intervalo de tempo
especificado. A área sob a curva representa o consumo em kWh, naquele intervalo de
tempo.
Conversor
Tensão Amostrador
A/D
Ao Registrador
Microprocessador
Conversor
Corrente Amostrador
A/D
Onde VA W 2 VAr 2
Para um circuito monofásico:
VA = V x I
WATTS = V x I x COS
VARS = V x I x SEN = V x I x COS( 90 - )
designada como “Q”. A equação que relaciona estas quantidades é dada pela
seguinte expressão:
2Q W
VAr
3
W V I cos
Q Vq I cos60