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Resumo: O artigo discute quem são e que papel desempenham as personagens jornalísticas que
ganham voz nas narrativas radiofônicas, especialmente o lugar ocupado pelo ouvinte. Para isso,
toma como referência a Análise Crítica da Narrativa, com base em Motta (2013). Apresenta
considerações a partir da análise de narrativas configuradas no programa Gaúcha Atualidade, da
Rádio Gaúcha, sobre três acontecimentos distintos: a queda de uma marquise, protestos contra
reformas do governo e um dia de chuva intensa na capital gaúcha. A partir de uma análise quan-
ti e qualitativa, o artigo discute qual o espaço e o papel ocupado pelos ouvintes que, ao interagi-
rem com a emissora, são elevados à posição de personagens jornalísticas, exercendo diferentes
funções, de acordo com o projeto dramático adotado pela rádio em suas narrativas.
1. Considerações iniciais
A interação com os ouvintes faz parte da história do rádio (QUADROS; LOPES,
2014). Desde quando ainda experimentava suas primeiras transmissões ao redor do
mundo, no início do século passado, esta mídia já era vista como uma possível ferra-
menta para uma comunicação mais horizontalizada. Bertolt Brecht (2005, p. 42) foi um
dos pensadores que anteviu este potencial, antecipando, em escritos publicados na déca-
da de 1930, que o rádio poderia ser “o mais fabuloso meio de comunicação imaginável
na vida pública [...] se não somente fosse capaz de emitir, como também de receber;
portanto, se conseguisse não apenas se fazer escutar pelo ouvinte, mas também pôr-se
em comunicação com ele”. Hoje, quando nos aproximamos do centenário do rádio bra-
sileiro, a previsão de Brecht parece mais próxima da realidade – mesmo que ainda não
com o caráter democrático que o pensador alemão defendia.
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3. As personagens jornalísticas
Enquanto dispositivo discursivo e, portanto, argumentativo, a narrativa é, também,
um espaço de disputas, em que distintos interlocutores buscam sobrepor suas versões e
pontos de vista acerca da realidade representada. A narrativa jornalística, dessa forma, é
construída pela articulação de diferentes vozes. Para compreender o funcionamento des-
sas vozes, recorremos à metáfora dos balões sucessivos proposta por Genette (1998) e
adaptada ao estudo do jornalismo por Motta (2013).
O modelo apresenta três narradores. O primeiro narrador equivale ao veículo
jornalístico. A ele está subordinado o segundo-narrador, o jornalista, responsável por
configurar a narrativa, de acordo com os limites e constrangimentos implicados pelo
primeiro-narrador. Já o terceiro-narrador, subordinado ao jornalista, equivale às perso-
nagens da narrativa, que representam, principalmente, as fontes ouvidas e acionadas na
construção do texto.
Categoria intradiegética da narrativa, a personagem, então, é uma criação do nar-
rador, inserida em um projeto dramático. No Jornalismo, podemos entender como per-
sonagens os sujeitos em torno de quem a narrativa é construída, bem como as fontes
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Para tanto, Motta (2013) sugere sete movimentos analíticos, que promovem a
desconstrução da narrativa, evidenciando aspectos como as intenções dos narradores, as
estratégias enunciativas empregadas, a caracterização das personagens, os recursos de
encadeamento dos fatos, entre outros. A análise individualizada destes elementos permi-
te ao analista descortinar o processo e o contexto de configuração da narrativa, inclusive
os conflitos pelo poder de enunciação, fator que nos interessa de forma particular.
Dentre os movimentos indicados por Motta, nos concentramos em três deles:
1º movimento: compreender a intriga como síntese do heterogêneo: este movi-
mento tem como objetivo compreender a intriga central da narrativa;
4º movimento: permitir ao conflito dramático se revelar: visa identificar o frame
cognitivo da narrativa, ou seja, o enquadramento ou ponto de vista a partir do
qual o narrador organiza os elementos;
5º movimento: personagem – metamorfose de pessoa a persona: leva à identifi-
cação e caracterização das personagens da narrativa, seus espaços e designantes.
De forma complementar à Análise da Narrativa, nos baseamos nos pressupostos
da Análise de Conteúdo, com base em Bardin (1977), para obter elementos quantitati-
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vos acerca do número de personagens presentes nas narrativas, dos designantes textuais
empregados pelos narradores e do tempo ocupado por cada personagem.
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Pouco antes das 9 horas, o repórter Cid Martins chega ao local do acidente, de
onde descreve em detalhes a localização e as condições do prédio. Martins também en-
trevista fontes oficiais, como um sargento do Corpo de Bombeiros e um agente da Defe-
sa Civil, e fontes independentes, como o subsíndico do prédio em reformas, e, mais tar-
de, em uma segunda entrada ao vivo, um familiar da mulher morta no desabamento.
Com a atuação da reportagem in loco e o esclarecimento dos principais elemen-
tos daquele acontecimento imprevisto, a narrativa sobre o caso toma outro rumo, vol-
tando-se à explicação das causas e busca por responsáveis pelo acidente. Essa virada na
narrativa foi marcada pela realização de uma entrevista, via telefone, pelos apresentado-
res Daniel Scola e Rosane de Oliveira, com o secretário adjunto da Secretaria Municipal
de Urbanismo (Smurb) de Porto Alegre, às 9h30. As mensagens enviadas pelos ouvintes
e inseridas no programa, por Rosane de Oliveira, também mudaram de enfoque, passan-
do a reforçar os questionamentos sobre as causas do acidente.
A narrativa sobre a queda da marquise no centro de Porto Alegre não encerrou-
se no programa Gaúcha Atualidade, estendendo-se ao longo da programação da Rádio.
No programa Gaúcha Atualidade, a narrativa sobre o caso foi composta por 15 sequên-
cias narrativas (SNs), que totalizaram 32’55s do programa. Das SNs identificadas, sete
foram classificadas como Participação do Ouvinte (6’05s), quatro como Reportagem
(21’06s), três Teasers1 (1’23s) e uma Entrevista (4’21s).
5.1.2 As personagens
Os segundos-narradores – que, como vimos anteriormente, conforme o modelo
de Genette (1996) adaptado por Motta (2013), equivalem aos jornalistas – são represen-
tados, nesta narrativa, pelo âncora do programa, Daniel Scola, a apresentadora e comen-
tarista Rosane de Oliveira, o repórter Cid Martins e o produtor Tiago Boff.
Os terceiros-narradores são as personagens da narrativa, sujeitos que ganham
voz, subordinados aos segundos-narradores. Neste caso, podemos dividi-los em duas
categorias: as fontes ouvidas pela reportagem e os ouvintes que interagiram com a emis-
sora, enviando informações e comentários sobre o acidente.
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Consideramos como teaser as breves menções dos apresentadores aos casos narrados, geralmente na
abertura e encerramento dos blocos. Semelhantes às suítes, os teasers ajudam a chamar a atenção do ou-
vinte para novas informações ou a continuidade da narrativa, funcionando como elementos de coesão.
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seatas, em locais distintos, informando sobre os avanços dos manifestantes pelas princi-
pais vias da capital gaúcha e o impacto no trânsito.
A narrativa sobre o dia de protestos, no Gaúcha Atualidade, foi composta por 22
sequências narrativas, que ocuparam 23’24s do programa. Destas, 10 foram identifica-
das como Reportagem (14’15s), quatro como Participação do Ouvinte (4’16s), três co-
mo Teaser (41s), duas como Manchete (1’06s), e outras três como Entrevista (1’17s),
Notícia (43s) e Comentário (1’06s). Assim como no caso anterior, esta narrativa não se
encerra no Gaúcha Atualidade, estendendo-se ao longo da programação da emissora.
5.2.2 As personagens
Ocupam as posições de segundos-narradores, nesta narrativa, os profissionais da
emissora: o âncora Daniel Scola, as apresentadoras e comentaristas Rosane de Oliveira
e Carolina Bahia (de Brasília), e os repórteres Vitor Rosa, Daniel Fraga e Caroline Ávi-
la. Já os terceiros-narradores, as personagens da narrativa, novamente podem ser dividi-
dos entre fontes oficiais e audiência.
Nesta narrativa, as fontes e os ouvintes ocupam um espaço reduzido, em relação
à participação dos repórteres. Quantitativamente, os repórteres ocupam 14’15s da narra-
tiva, enquanto as fontes e ouvintes são restritos a 5’33s. As fontes, além disso, não têm
voz ativa: a EPTC e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) são mencionadas através dos
apresentadores e repórteres. A terceira fonte a ocupar um espaço na narrativa é a então
candidata à Prefeitura de Porto Alegre Luciana Genro 2, que foi questionada acerca de
sua postura em relação às manifestações. Nenhum manifestante ou liderança sindical
envolvida no protesto foi ouvida pela reportagem.
Os ouvintes foram mencionados seis vezes, em quatro sequências narrativas.
Três menções têm caráter genérico, em que foram empregadas expressões como “ouvin-
te”, “muitos ouvintes” e “vários ouvintes”. Em outras duas situações, os ouvintes foram
identificados pelo nome e sobrenome, e, em um caso, com nome e localização: “Jéfer-
son, de Alvorada”.
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Durante os meses de setembro e outubro, o programa Gaúcha Atualidade realizou uma série de entrevis-
tas com os candidatos que concorriam à prefeitura de Porto Alegre, nas Eleições Municipais de 2016.
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5.3.2 As personagens
São segundos-narradores nesta narrativa sobre clima e trânsito, o âncora Daniel
Scola, as apresentadoras e comentaristas Rosane de Oliveira e Carolina Bahia (de Brasí-
lia), o meteorologista Cléo Kuhn, os repórteres Vitor Rosa, Daniel Fraga e Cid Martins,
e o produtor Bruno Teixeira. A posição de terceiros-narradores é ocupada principalmen-
te pelos ouvintes. Além deles, tem voz ativa na narrativa o então candidato à Prefeitura
de Porto Alegre Nelson Marchezan Jr., que, assim como Luciana Genro, foi interpelado
sobre a pauta principal do programa durante uma entrevista. Defesa Civil, Companhia
Estadual de Energia Elétrica (CEEE), e as distribuidoras de energia Rio Grande Energia
(RGE) e AES Sul Distribuidora de Energia foram mencionadas de forma indireta.
Os ouvintes, então, tem um papel de destaque nesta narrativa. Diferente das an-
teriores, nesta percebemos que os apresentadores, principalmente o âncora, Daniel Sco-
la, convoca a audiência à interagir com mais frequência, reforçando diversas vezes o
número de telefone para envio de mensagens, via Whatsapp.
Há 33 menções aos ouvintes ao longo da narrativa. Em doze delas, os ouvintes
são identificados pelo nome, nome e sobrenome ou ainda nome e local de origem, como
por exemplo “Dona Irene, da Praça Elias Jorge Moussalle” ou “Augusto, de Porto Ale-
gre”. Nenhum ouvinte foi identificado por sua profissão. Outras 21 menções empregam
expressões genéricas, como “os ouvintes”, “outro ouvinte” ou “vários ouvintes”. Há
ainda o uso de outras seis expressões que, ainda que não mencionem nomes ou a pala-
vra “ouvinte”, referem-se à parcela da audiência que interage com a emissora durante o
programa.
A principal função dos ouvintes é contribuir com a cobertura realizada pela rá-
dio, fornecendo informações sobre outros pontos da cidade, não alcançados pela repor-
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6. Algumas considerações
A partir da análise das três narrativas selecionadas, podemos tecer algumas con-
siderações acerca das condições que habilitam os ouvintes interagentes como persona-
gens das narrativas radiofônicas.
A primeira delas diz respeito ao tipo de acontecimento narrado. Na cobertura de
acontecimentos inesperados, como a queda da marquise, em que a reportagem não se
encontra preparada, as contribuições dos ouvintes se tornam mais relevantes, conquis-
tando mais espaço na narrativa. São eles que alimentam a cobertura, com as primeiras
informações. Já em acontecimentos previstos, como o dia de protestos, as mensagens
enviadas pela audiência são preteridas em relação à atuação da reportagem, nestes casos
previamente posicionada para dar conta do relato dos fatos. Por mais que os apresenta-
dores elogiem a atuação da audiência, chegando a empregar expressões como “nosso
exército de repórteres” ou “rede de repórteres voluntários”, os ouvintes-enunciadores
não substituem os profissionais, que mantêm seu poder de voz na narrativa.
Na cobertura de intempéries climáticas e seus impactos na cidade, por outro la-
do, mesmo com a atuação da reportagem, o acionamento e convocação dos ouvintes à
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Há que se ponderar aqui que é possível que muitas mensagens cheguem à redação sem identificação, o
que justificaria o uso das expressões genéricas.
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nas narrativas jornalísticas segue condicionada aos interesses do veículo e seus profissi-
onais.
Referências
BRECHT, Bertolt. Teoria do rádio (1927-1932). In: MEDITSCH, Eduardo (Org.). Teo-
rias do rádio: textos e contextos. Florianópolis: Insular, 2005. p. 35-45. v. 1.
GENETTE, Gérard. Nuevo discurso del relato. Madrid: Ediciones Cátedra, 1998.
LEAL, Bruno Souza. O jornalismo à luz das narrativas: deslocamentos. In: LEAL, Bru-
no Souza; CARVALHO, Carlos Alberto (Orgs.). Narrativas e poéticas midiáticas:
estudos e perspectivas. São Paulo: Intermeios, 2013, p. 25-48.
MOTTA, Luiz Gonzaga. Análise crítica da narrativa. Brasília: Ed. UnB, 2013.
SCHMITZ, Aldo Antônio. Fontes de notícias: ações e estratégias das fontes no jorna-
lismo. Florianópolis: Combook, 2011.
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