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PROGRAMA DE APRIMORAMENTO

PROFISSIONAL
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO –


FUNDAP

Proposta de uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica para


Pacientes com Osteoartrite de Quadril

Alessandra Kelly de Oliveira


Orientadora: Larissa Martins Garcia

RIBEIRÃO PRETO
2014
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO
PROFISSIONAL
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

FUNDAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ADMINISTRATIVO –


FUNDAP

Alessandra Kelly de Oliveira

Proposta de uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica para


Pacientes com Osteoartrite de Quadril

Monografia apresentada ao Programa de


Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP e
FUNDAP, elaborada no Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo – USP/ Departamento do
Centro de Reabilitação – CER.
Área: Programa de Aprimoramento Profissional
em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia do
HCFMRP-USP
Orientador(a): Larissa Martins Garcia
Co–orientadores: Prof. Dr. Rinaldo Roberto de
Jesus Guirro e Amira Mohamed Hussein.
Supervisor(a) Titular: Prof. Dra. Marisa
de Cássia Registro Fonseca

RIBEIRÃO PRETO
2014
Sumário

Resumo .................................................................................................................................................. 3

1. Introdução ...................................................................................................................................... 4

2. Objetivo .......................................................................................................................................... 6

3. Materiais e métodos ..................................................................................................................... 7

3.1. Levantamento de dados ...................................................................................................... 7

3.2. Ficha de avaliação................................................................................................................ 7

3.2.1. Escala visual analógica ............................................................................................... 7

3.2.2. Testes funcionais .......................................................................................................... 7

3.2.3. Avaliação da força ........................................................................................................ 8

3.2.4. Análise da marcha e do equilíbrio .............................................................................. 9

3.2.5. Questionários .............................................................................................................. 11

4. Resultados ................................................................................................................................... 13

Ficha de Avaliação de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia................................... 13

para Osteoartrite de Quadril ..................................................................................................... 13

5. Discussão .................................................................................................................................... 16

6. Conclusão .................................................................................................................................... 19

7. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 20

8. Anexos ......................................................................................................................................... 24

Anexo1. Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis ..................................... 24

Anexo 2. Harris Hip Score (Modificado)...................................................................................... 27


3

Resumo

Osteoartrite (OA) do quadril é uma doença musculoesquelética quem vem


aumentando estatisticamente entre a população idosa e, que traz como
consequências a redução de força muscular de membros inferiores, alterações de
marcha, limitação para atividades de vida diária e déficit da qualidade de vida. A
fisioterapia vem atuando na reabilitação destes pacientes, apresentando como
principais objetivos controlar a dor e melhorar a função.

Para uma reabilitação adequada se faz necessário uma avaliação criteriosa,


entretanto, apesar da literatura atual sugerir vários métodos para avaliação de OA
de quadril, não há nenhuma padronização na forma de avaliar e reavaliar estes
pacientes. O que se tem usado amplamente são testes funcionais e os questionários
que possibilitam a avaliação da dor e da função, tais como o Western Ontario and
McMaster Universities (WOMAC) e o Harris Hip Score (HHS). O objetivo do presente
estudo foi elaborar uma ficha de avaliação fisioterapêutica para pessoas com OA de
quadril a fim de padronizar as variáveis a serem avaliadas nesses indivíduos. Para
isso, realizou-se um levantamento de dados nas bases de dados Scielo, PEdro e
PubMed sobre publicações dentro da área de fisioterapia que sugerissem métodos
para avaliar pacientes com tal doença. Foram considerados estudos que
apresentavam questionários que permitem análise da qualidade e vida e função em
pessoas com OA, testes funcionais, análise de marcha e força muscular. O resultado
final foi a elaboração de uma ficha para avaliar de forma criteriosa estes pacientes.
Acreditamos que a aplicação desta criteriosa ficha de avaliação irá permitir a
detecção de pequenas alterações musculo esqueléticas, o que possibilita a
realização de uma intervenção fisioterapêutica mais direcionada às necessidades do
paciente. Sugere-se a realização de estudos adicionais que apliquem a ficha de
avaliação elaborada no presente estudo a fim de que haja uma padronização no
método de avaliação dos pacientes com OA de quadril.

Palavras-chave: osteoartrite, quadril, reabilitação, fisioterapia e avaliação.


4

1. Introdução

Osteoartrite (OA) do quadril é uma doença musculoesquelética caracterizada


pela degeneração e perda progressiva da cartilagem articular, estreitamento do
espaço articular, esclerose do osso subcondral, formação de osteófitos e contratura
da cápsula articular (Bennell et al, 2011; Hoeksma et al, 2004). Estudos demonstram
que cerca de 36% da população americana com idade superior a 45 anos
apresentam sintomas e destes, 28% exames radiográficos compatíveis com OA
(Krauss et al, 2011).

Como consequência às alterações da articulação, estão presentes o déficit de


força muscular, a diminuição na velocidade da marcha e marcha assimétrica
(Arokoski et al 2004; Arokoski et al, 2002) que podem resultar em dor, limitação
funcional para atividades de vida diária (AVD’s) e redução na qualidade de vida
(Jigami et al, 2012; Iversen, 2012; French, Brrennan e Cusack, 2011).

A fisioterapia tem um importante papel na reabilitação de pacientes com OA


de quadril e visa, sobretudo, controlar a dor e melhorar a função (Peter et al, 2012,
Iversen, 2012; French, Brennan e Cusack, 2011; Bennell et al, 2011). Atualmente
existem diversos métodos de tratamento conservador para OA de quadril que
incluem técnicas de alongamento, exercícios de fortalecimento muscular, sensório-
motores e areróbicos (Aboott et al, 2013; Bennell et al 2012; Hoeksma et al, 2004).

Para uma reabilitação adequada é necessária uma avaliação criteriosa. A


literatura atual sugere vários métodos para avaliação de OA de quadril, porém não
há nenhuma padronização na forma de avaliar e reavaliar estes pacientes. Grande
parte dos estudos envolvendo OA de quadril, que apresentam entre seus objetivos
acompanhar a progressão dos sintomas, traz como método de avaliação o uso de
questionários que permitam a análise da qualidade de vida e função destes
pacientes, tais como o Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis
(WOMAC) (Anexo I) e Harris Hip Score (HHS) (Anexo II) (Paans et al, 2013; Abbott
et al, 2013; Brantingham et al, 2012; Eitzen et al, 2012; Tak et al, 2005). Em relação
a dor, um método amplamente utilizado é a Escala Visual Analógica (EVA) ( Pollard
et al, 2008 Hoeksman et al, 2004; Tucker et al, 2003). Para os testes funcionais,
observa-se o uso frequente do teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e Timed Up
5

and Go (TUG) (Paans et al, 2013; Abbott et al, 2013; Jigami et al, 2012). Por fim,
análise cinemática e da força muscular também são realizadas (Eitzen et al, 2012;
Krauss et al, 2011).
6

2. Objetivo

O objetivo desse trabalho foi elaborar uma ficha de avaliação fisioterapêutica


para indivíduos com OA de quadril a fim de padronizar as variáveis a serem
avaliadas nesses indivíduos.
7

3. Materiais e métodos

3.1. Levantamento de dados


Para o levantamento de dados foram utilizadas as bases Scielo, PEdro e
PubMed. Como critério, estabeleceu-se a busca por estudos que realizaram
avaliação, intervenção e reavaliação de pacientes com OA de joelho e/ou de quadril
ou publicações dentro da área de fisioterapia que sugerissem métodos para avaliar
pacientes com tal doença. O levantamento desses dados ocorreu no período de
Maio/2013 à Janeiro/2014.

Foram considerados estudos que apresentavam questionários que permitem


análise da qualidade e vida e função em pessoas com OA, análise de marcha e
força muscular. Os descritores escolhidos foram: osteoartrite, quadril, reabilitação,
fisioterapia e avaliação.

3.2. Ficha de avaliação


A ficha desenvolvida foi dividida em etapas que constituem anamnese, exame
físico e aplicação de questionários.

3.2.1. Escala visual analógica


Fez parte da ficha de avaliação a Escala Visual Analógica (EVA), que é
utilizada para avaliar a intensidade de dor relatado pelos participantes, sendo
graduada de zero a 10, onde zero significa ausência de dor e 10 a pior dor
imaginável (SOUZA e SILVA, 2004).

3.2.2. Testes funcionais


Estabeleceu-se como testes funcionais para os participantes com OA de
quadril o teste Timed Up and Go (TUG) e o teste de caminhada de 6 minutos
(TC6M).

O teste TUG foi desenvolvido em 1991 por Podsiadlo e Richardson, sendo


uma modificação do teste “Get-Up and Go Test” proposto por Mathias et al, 1986.
Os autores descrevem o teste como o tempo necessário em segundos para que um
sujeito percorra um trajeto, partindo de uma cadeira padrão, caminhe 3 metros de
8

distância por uma linha reta e volte, sentando novamente na cadeira (Bohannon et
al, 2006).

O TC6M é um teste de capacidade aeróbica submáxima que tem por objetivo


mensurar a distância máxima que uma pessoa pode caminhar em 6 minutos. É
considerado um teste de fácil administração, sendo executado em um percurso de
30 metros de distância. Para o cálculo da distância prevista são considerados o
sexo, o peso, a idade e a altura do indivíduo que está realizando o teste (Steffen et
al, 2002).

Por se tratar de um instrumento de avaliação do esforço submáximo, reproduz


a carga de trabalho necessária para realização de atividades de vida diária,
correlacionando-se então com a qualidade de vida do indivíduo avaliado (Moreira
Júnior et al. 2007). Sua avaliação é multissistêmica englobando os sistemas
cardiovascular, pulmonar e muscular periférico de forma integrada (Britto et al.,
2009). Redelmeier et al. (1997) definiram que um acréscimo médio de 54 m do TC6,
após intervenção clínica, estava associado à melhora do quadro do indivíduo
avaliado.

Para avaliar a dispnéia e fadiga, antes e após o teste de caminhada, tem sido
empregada a escala de Borg modificada (Singh et al., 1992; Rosa et al., 2006). Este
é um instrumento que gradua a intensidade da sensação subjetiva de desconforto
respiratório e fadiga do indivíduo. É uma escala vertical quantificada de 0 a 10, onde
0 representa nenhum sintoma e 10 representa sintoma máximo. (Burnetto; Paulin;
Yamaguti, 2002). Mesmo sendo dados subjetivos podem trazer informações
adicionais para avaliação do paciente (Hommerding, 2008).

3.2.3. Avaliação da força


Para avaliação de força muscular optou-se pela análise dos movimentos do
quadril (flexão, extensão, adução e abdução), que serão realizadas de forma
isométrica e mensuradas com auxílio de um dinamômetro isocinético (System 4 Pro
- Biodex®). Antes do teste de força, foi estabelecido um aquecimento de 5 minutos
em bicicleta ergométrica (50-100Watts).
9

O eixo mecânico de rotação do dinamômetro será alinhado com o trocânter


maior do fêmur (Frost et al, 2006; Casartelli et al, 2011). A alavanca do dinamômetro
será colocada 5 cm acima da interlinha articular do joelho do membro avaliado. Para
adução e abdução, o quadril avaliado será colocado superiormente e com
alinhamento neutro em todos os 3 planos (Nakagawa et al, 2012).

Para cada grupo muscular, os indivíduos completarão uma familiarização


submáxima seguida de 3 repetições máximas com duração de 5 segundos cada
contra o braço de alavanca fixo do dinamômetro, com intervalo de 60 segundos
entre uma repetição e outra (Frost et al, 2006; Casartelli et al, 2011). Comando
verbal padronizado será oferecido pelos investigadores durante a realização do teste
(Casartelli et al, 2011).
Para o teste de flexão do quadril, o paciente será posicionado em supino com
o quadril a 20° de flexão; para o teste de extensão do quadril, o paciente será
posicionado em supino, porém o quadril permanecerá a 40° de flexão; para o teste
de adução do quadril, o paciente será posicionado em decúbito lateral e o quadril a
10° de abdução; para o teste de abdução do quadril, o paciente será posicionado em
decúbito lateral e o quadril a 0° de abdução. (Steinhilber et al 2011). Para os testes
de adução e abdução o joelho permanecerá a 0° de flexão (Baldon et al, 2009) e
para os testes de flexão e extensão o joelho permanecerá a 90° (Pinho et al, 2005).
A pelve e o tronco serão fixados à cadeira do dinamômetro por meio de cintos
(Casartelli et al, 2011).

3.2.4. Análise da marcha e do equilíbrio


A análise da marcha será feita no Laboratório de Análise do Movimento (LAM)
do Centro de Reabilitação (CER) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto. O laboratório conta com um sistema de oito câmeras de emissão
infravermelha da marca Qualisys modelo Oqus 300 posicionadas e fixadas a
aproximadamente 2,6 m do chão para captura do movimento do corpo a partir da
colocação de marcadores refletivos na pele e duas plataforma de força da marca
Bertec, modelo FP 4060-08, medindo 60cm x 40cm, sincronizadas com o sistema de
câmeras, trabalhando com frequência de aquisição de 100Hz, fornecendo o CoP (X
e Y), Força (X, Y e Z) e Momento (X, Y e Z).
10

Para a captura do movimento, o sistema faz uso de dois tipos de marcadores:


os marcadores de referência ou anatômicos e os marcadores de rastreamento. Os
marcadores de referência são necessários para a construção do modelo
biomecânico a partir da identificação do comprimento dos segmentos e a localização
dos eixos articulares. Desta forma, é atribuído ao modelo um sistema de
coordenadas para cada segmento, de maneira coerente com a definição de planos e
eixos anatômicos. Os marcadores de referência são esféricos, com 19 mm de
diâmetro. Os segmentos construídos serão pelve, coxa, perna e pé bilateralmente.
As referências anatômicas para a colocação dos marcadores são identificados por
meio da palpação e incluem os seguintes pontos: cabeça do quinto metatarso,
cabeça do primeiro metatarso, maléolo lateral, maléolo medial, calcâneo, cabeça da
fíbula, epicôndilo lateral do fêmur, trocânter maior do fêmur, espinha ilíaca ântero-
superior, ponto médio entre as espinhas ilíacas póstero-superiores (sacro).

Os marcadores de rastreamento têm como objetivo rastrear a trajetória de


cada segmento durante o movimento por meio de no mínimo três marcadores por
segmento, posicionados de forma não-colinear. Nos segmentos coxa, perna e pé
serão usados os marcadores de rastreamento fixados lateralmente no ponto médio
de coxa e perna. Para a coleta dos dados cinemáticos, os participantes serão
orientados com relação a utilizar roupas de banho, permitindo a visualização do
membro inferior. A colocação dos marcadores será realizada pelo examinador
(Collins et al, 2009).

Primeiramente, será obtida a posição de referência, necessária para a


identificação dos segmentos pelo sistema. Para isso, os participantes serão
instruídos a permanecer em posição ortostática, com os pés alinhados, no centro da
passarela. A captação desse dado será realizada por cinco segundos. Após esta
coleta, os marcadores de referência serão retirados, permanecendo apenas os
marcadores de rastreamento. Em seguida, os participantes serão instruídos a
caminharem descalços, em uma velocidade confortável, ao longo da passarela
emborrachada em que as plataformas de força estão incorporadas. Antes de ser
iniciada a coleta, o voluntário realizará várias caminhadas para familiarização com o
teste. O pesquisador então dará o comando verbal “pode ir” ao mesmo tempo em
11

que acionará o computador do Qualisys. Como o sistema é integrado, o


acionamento do computador disparará a coleta das câmeras de infravermelho.
Serão coletadas três voltas de cada participante em toda a extensão da
passarela, realizando entre oito e 12 passadas em cada volta, de acordo com o
tamanho do seu passo. Além disso, o voluntário permanecerá em apoio bipodal
durante 30 segundos por três vezes sobre as plataformas de força com os braços ao
longo do corpo e o olhar fixo em um ponto dermarcado. Após cada volta, sempre no
mesmo sentido, a qualidade dos dados será verificada e os mesmos armazenados
para posterior análise.
O ângulo da pelve será computado usando como referência as coordenadas
globais do laboratório. Os ângulos do quadril e joelho serão obtidos usando-se como
segmento referência a pelve e a coxa, respectivamente.
Para o ângulo do tornozelo será primeiramente construído um segmento do pé
denominado segmento virtual. O objetivo do segmento virtual do pé é alinhar o pé
com o segmento perna, de forma que os dois segmentos tenham a mesma
orientação na posição de referência com zero graus de rotação. O ângulo do
tornozelo será computado usando como segmento o pé virtual e como segmento
referência a perna.
Em seguida, será aplicado um filtro passa baixa de quarta ordem, com a
frequência de corte estabelecida em 6 HZ às trajetórias dos marcadores, para
diminuir possíveis artefatos.

3.2.5. Questionários
Para análise da qualidade de vida e função, encontramos como questionários
amplamente utilizados nos estudos com OA de quadril os questionários WOMAC e
HHS.

O HHS foi desenvolvido em 1969 com o objetivo de avaliar os resultados da


artroplastia de quadril e atualmente vem sendo frequentemente utilizado para avaliar
programas de intervenção fisioterapêutica em indivíduos com OA de quadril.
Apresenta uma escala com pontuação máxima de 100 pontos e sua avaliação inclui:
dor, função, deformidade e mobilidade. A pontuação máxima é de 100 pontos e os
resultados são classificados da seguinte forma: 90-100, excelente; 80-89, bom; 70-
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79, razoável e < 70, ruim (Guimarães et al, 2010; Jigami et al, 2012; Brantingham et
al, 2012; Brantingham et al, 2010; Hoeksma et al, 2004).

Desenvolvido em 1988 por Bellamy, o WOMAC se tornou uma ferramenta


para avaliação específica da OA, sendo identificados 41 sintomas relacionados à
doença. Estes sintomas foram agrupados em domínios que constituem o
questionário, sendo estes: dor, rigidez articular, atividade física, atividade social e
estado emocional (Fernandes 2003; Bortoluzzi, 2008). Apesar de não ser uma
medida válida e confiável para OA de quadril, o WOMAC vem sendo amplamente
utilizado em indivíduos com esse acometimento e isso consequentemente facilita a
comparação com outros estudos (Brantingham et al, 2010). É validado para a língua
portuguesa e escores mais baixos indicam melhor condição naquele domínio
(Brantingham et al, 2012; Fernandes, 2001).
13

4. Resultados

Ficha de Avaliação de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia

para Osteoartrite de Quadril

I – DADOS PESSOAIS

Data de nascimento: ___________ Idade: ________Sexo: M( ) F( )


Peso:______Altura:______IMC:______kg/m² Classificação: __________
Estado civil:__________________Naturalidade:____________________
Nacionalidade:___________________Raça:______________________
Ocupação atual:_______________Ocupação anterior: ______________
Diag. médico: ________________Médico responsável: _____________
Data da avaliação: _________________Avaliador: _________________

II – ANAMNESE

QP:

HD:

HMA:

Medicamento em uso:

Estado funcional:

III – ESCALA VISUAL ANALÓGICA (EVA)


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IV – AMPLITUDES DE MOVIMENTO (quadril)

D E

Flexão

Extensão

Abdução

Adução

Rotação externa

Rotação interna

V – COMPRIMENTO DOS MEMBROS (cm)

Direito Esquerdo

*EIAS até maléolo medial

V - TESTE DE CAMINHA DE 6 MINUTOS (TC6’)

TC6’:______m PAi:________mmHg PAf:________mmHg BORGi/f____


*Valores de referência: Enright e Sherril
Homens: distância TC6 (m) = (7,57 x altura cm) - (5,02 x idade) - (1,76 x peso kg) - 309m
Mulheres: distância TC6 (m) = (2,11 x altura cm) - (2,29 x peso kg) - (5,78 x idade) +667m

VI – TIME UP AND GO TEST (TUG)

1º ______seg 2º______seg 3º______seg média:_______seg


*Valores de referência TUG: adultos < 10s / idosos < 20s
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VII – WOMAC

Dor

Rigidez

Funcionalidade

Pontuação

* Cálculo WOMAC: (dor + rigidez + funcionalidade / 24); 0 = melhor função / 100 = pior função

VIII – FORÇA MUSCULAR (dinamômetro isocinético – valores em Nm)

Média de pico Média de pico


torque torque flexão
Déficit em Déficit em
extensão
% %

Membro lesado

Membro não lesado

Média de pico Média de pico


torque torque adução
Déficit em Déficit em
abdução
% %

Membro lesado

Membro não lesado

* Flexão - supino com o quadril a 20° de flexão; Extensão – supino com o quadril a 40° de flexão; Adução - decúbito lateral e o
quadril a 10° de abdução; Abdução - decúbito lateral e o quadril a 0° de abdução. Para os testes de adução e abdução o joelho
permanecerá a 0° de flexão e para os testes de flexão e extensão o joelho permanecerá a 90°.

IX – Marcha

O resultado será anexado à ficha de avaliação após a realização da análise


no Laboratório de Análise do Movimento.
16

5. Discussão
Para a elaboração desta ficha de avaliação foram consideradas as alterações
mais evidentes na população com OA de quadril, sendo a dor, a dificuldade em
realizar atividades de vida diária, o déficit de força muscular e de amplitude de
movimento, algumas das principais queixas desta população acima de 65 anos, o
que pode ser explicado pela perda progressiva da cartilagem articular, redução do
espaço articular e formação de osteófitos, que afetam de forma mais comumente o
quadril e o joelho (Stanos, 2013; Arnold et al, 2007).

Em sua revisão sistemática, French et al. (2011), compararam a influência da


terapia manual na OA de joelho e quadril, apresentando o estudo de Hoeksma et al.
(2004), que avaliou pacientes com OA de quadril antes e após a aplicação de um
protocolo de intervenção e que utilizou como ferramentas de avaliação para a dor a
Escala Visual Analógica (EVA) analisando a dor em repouso e durante a caminhada
e o questionário HHS para avaliar dor e função. Outro estudo evidenciado em sua
revisão foi o de Perlman et al. (2006), que trouxe o questionário WOMAC para a
avaliação da dor e da função em uma população com OA de joelho também antes e
após um programa de intervenção e uso da EVA. Assim, podemos observar a
importância de uma avaliação pré e pós-intervenção, de forma a evidenciar os
resultados obtidos com a proposta de cada autor.

No que se refere aos questionários, observamos o seu amplo uso como meio
de quantificar o impacto que as alterações relacionadas à capacidade funcional, dor
e qualidade de vida causam na vida de um indivíduo com OA, muitas vezes
apresentados como forma de avaliação pré e pós-intervenção fisioterapêutica.
Abbott et al. (2013) evidenciaram o uso do WOMAC para avaliar indivíduos com OA
de joelho ou quadril; neste estudo o questionário foi aplicado pré, pós e em um
follow up de um ano pós intervenção. Hoeksma et al. (2004) e Jigami et al. (2012)
trazem o HHS como método para avaliar dor e função em indivíduos inseridos em
protocolos de intervenção. Com base nesses estudos, podemos notificar a
importância dos questionários como método para uma avaliação mais criteriosa.

Rydevik et al. (2010) relataram que o maior déficit de força muscular ocorre
em flexores de quadril e extensores de joelho nos pacientes com OA de quadril de
grau leve a moderado. A literatura atual defende que alterações da função do
17

membro inferior acometido podem ser resultantes do déficit de força muscular


(Jigami et al, 2012; Iversen, 2012; French, Brrennan e Cusack, 2011; Bennell et al,
2011).

Casartelli et al. (2011) publicaram um estudo sobre a análise de força


muscular em indivíduos que apresentavam como diagnóstico impacto
femoroacetabular, uma das disfunções que pode levar ao desenvolvimento precoce
da OA de quadril. Esse estudo evidenciou a ausência na literatura de pesquisas
envolvendo a análise da força muscular nessa população, e apontou outros estudos
que trouxeram o déficit de força muscular de flexão de quadril em indivíduos com OA
de quadril. Em sua pesquisa, foram realizadas as análises da força de abdução,
adução, rotação externa e interna de quadril com o dinamômetro de mão (Lafayette).
No presente estudo, sugerimos a análise de abdução, adução, flexão e extensão de
quadril a serem realizadas com o dinamômetro isocinético (System 4 Pro - Biodex®)
que é um instrumento padrão ouro da avaliação de força e que irá proporcionar a
avaliação de parâmetros como a função muscular, força, potência e resistência
(Pinho et al. 2005).

Ao analisarmos o déficit de força muscular associado a alterações que


ocorrem na articulação do quadril em pessoas com OA, não podemos deixar de citar
as alterações que podem ocorrer no padrão da marcha e que, em muitos casos, se
torna uma marcha assimétrica e lenta (Krauss et al, 2011). Entretanto, não há uma
padronização em relação à colocação de marcadores para a análise de marcha de
indivíduos com AO de quadril. Com base nessa informação, podemos citar aqui o
estudo realizado por Collins et al. (2008), que realizaram análise da marcha em
indivíduos saudáveis e sugeriram o uso dos mesmos marcadores propostos neste
trabalho para a análise da marcha da população com OA de quadril.

Ao avaliarmos pacientes com OA, é comum encontrarmos dismetria entre os


membros inferiores. Gofton (1971) defende a diferença de comprimento como um
fator etiológico para desenvolvimento da OA; Nahoda (1977) defendeu a
necessidade da correção da dismetria como forma de prevenção para OA. Outros
estudos apontam a necessidade de investigar a dismetria como possível
consequência da OA, uma vez que ocorrem alterações no contato entre a cabeça do
fêmur e o acetábulo (Cibulka et al. 2009). Portanto, consideramos importante
18

acessar a diferença de comprimento de membros para possível intervenção quando


necessário.
19

6. Conclusão
Após o levantamento de estudos envolvendo avaliação de OA, nota-se o
amplo uso de questionários e testes funcionais para avaliar esta doença, sem
entretanto haver uma padronização do método que proporcione aos pesquisadores
maior confiabilidade ao reproduzir tais estudos. Além disso, acreditamos que a
aplicação desta criteriosa ficha de avaliação irá permitir a detecção de pequenas
alterações musculo esqueléticas, o que possibilita a realização de uma intervenção
fisioterapêutica mais direcionada às necessidades do paciente.
Sugere-se a realização de estudos adicionais no Centro de Reabilitação
(CER) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
(HCFMRP) que apliquem a ficha de avaliação elaborada no presente estudo a fim de
que haja uma padronização no método de avaliação dos pacientes com OA de
quadril.
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7. Referências Bibliográficas

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24

8. Anexos

Anexo1. Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis


WOMAC
Instruções para os indivíduos

As perguntas a seguir se referem à intensidade da dor que você sentiu nos últimos
três dias (72 horas). Por favor, marque apenas uma alternativa com um “X”.

1. Caminhando em um lugar plano.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

2. Subindo ou descendo escadas.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

3. A noite deitado na cama.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

4. Sentando-se ou deitando-se.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

5. Ficando em pé.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

As perguntas a seguir se referem à intensidade de rigidez (não dor) que você sentiu
nos últimos três dias (72 horas). Entenda por rigidez a sensação de restrição ou
dificuldade para movimentar suas juntas. Por favor, marque apenas uma alternativa
com um “X”.

1. Qual é a intensidade de sua rigidez após acordar de manhã?

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]
25

2. Qual é a intensidade de sua rigidez após se sentar, se deitar ou repousar


no decorrer do dia?

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

As perguntas a seguir se refere à sua atividade física. Entenda por atividade física
sua capacidade de se movimentar e cuidar de você mesmo(a). Para cada uma das
atividades a seguir, por favor, indique o grau de dificuldade que você teve nos
últimos três dias (72 horas). Por favor, marque apenas uma alternativa com um “X”.

1. Descer escadas.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

2. Subir escadas.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

3. Levantar-se estando sentada.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

4. Ficar em pé.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

5. Abaixar-se para pegar algo.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

6. Andar no plano.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

7. Entrar e sair do carro.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]
26

8. Ir fazer compras.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

9. Colocar meias.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

10. Levantar-se da cama.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

11. Tirar as meias.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

12. Ficar deitado na cama.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

13. Entrar e sair do carro.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

14. Se sentar.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

15. Sentar e levantar do vaso sanitário.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

16. Fazer tarefas domésticas pesadas.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]

17. Fazer tarefas domésticas leves.

Nenhuma [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Intensa [ ] Muito


intensa [ ]
27

Anexo 2. Harris Hip Score (Modificado)


NOME: HARRIS TOTAL

DOR
Não tem, ou é ignorada 44
Discreta, ocasional (sem comprometer a atividade física) 40
Ligeira (não compromete atividade física normal, só a mais intensa) 30
Moderada, tolerável (mas com limitação clara da atividade) 20
Marcada (limitação séria da atividade física) 10
Incapacitante (dor em repouso, imobilizado na cama) 0
Total dor

FUNÇÃ0
Claudicação
Não tem 11
Ligeira 8
Moderada 5
Severa ou com incapacidade de marcha 0
Marcha (auxílio)
Não tem 11
1 Bengala em caminhadas longas 7
1 Bengala a maior a parte do tempo 5
1 Muleta canadense 3
2 Bengalas 2
2 Muletas canadenses ou Incapacidade de marcha 0
Distância percorrida
Ilimitado 11
1000 metros 8
250-500 metros 5
Deambula só em casa 2
Só cama e cadeira 0
Atividade Funcional
Escadas
Normalmente, sem corrimão 4
Normalmente, mas apoiado no corrimão 3
Com grande dificuldade 1
Incapaz de usar escadas 0
Calçar sapatos/ meias
Facilmente 4
Com dificuldade 2
Incapaz 0
Transportes Públicos/ Veículo próprio
Consegue utilizar 1
Não consegue utilizar 0
Total função
28

MOBILIDADE
Observada Cálculo (Se somatório)
Flexão (0–140) ≥ 210 5
Abdução (0-50) ≥ 160 e < 190 4
Adução (0-50) ≥ 100 e < 159 3
Rot. Externa (0- ≥ 60 e < 99 2
50)
Rot. Interna (0- ≥ 30 e < 59 1
50)
Somatório ≥ 0 e <29 0
Total
Mobilidade

DEFORMIDADE
Contratura em flexão < 30º ou ausente Sim Não
Contratura em adução < 10° ou Sim Não
ausente
Contratura em rot. Interna (em Sim Não
extensão) < 10° ou ausente
Dismetria < 3 cm ou ausente Sim não
Se 4x Sim = 4, qualquer outra combinação = 0
Assinale um só valor para casa questão.
Faça o somatório dos valores totais de DOR e FUNÇÃO.
Em MOBILIDADE, faça o somatório das mobilidades e assinale a pontuação no intervalo correspondente.
Em DEFORMIDADE marque sim ou não.
Assinale o Total de 4 só se houver 4 respostas Sim, ou assinale 0 em todas as outras combinações.
Calcule o SCORE de HARRIS Total, com a soma dos valores Totais de DOR, FUNÇÃO, MOBILIDADE E
DEFORMIDADE.

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