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ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS

01. Município: Uberlândia. 02. Distrito: Martinésia.


03. Designação: Coreto.
04. Endereço: Praça São João Batista s/nº, Centro.
05. Propriedade: Pública.
06. Responsável: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Eduardo Bevilacqua (Secretário).
07.Histórico:
O coreto integra o conjunto urbanístico da Praça São João Batista, constituído pela própria praça, a Igreja de São
João Batista, o Salão Paroquial Evaristo Feliciano de Morais e o Cruzeiro. O conjunto encontra-se numa área
próxima onde foi colocado o primeiro cruzeiro, como pagamento de um voto feito a São João Batista pela mãe de
Joaquim Mariano da Silva, fundador de Martinópolis, atual Martinésia. A partir da colocação desse cruzeiro, a
comunidade local passou a, anualmente, organizar festas no dia de São João Batista, futuro padroeiro local, a
fim de arrecadar fundos para a construção de sua capela. Tempos depois, foi construída junto ao cruzeiro, uma
pequena capela, edificada em madeira, nas terras de propriedade do Sr. Hipólito Martins, que mais tarde
passaram por doação, ao Município. Posteriormente, à construção de uma segunda capela em adobe, foi
construída uma nova igreja no local, desta vez em alvenaria, no ano de 1920, por iniciativa de Padre Pio, então
vigário da paróquia, e, junto a ela, o coreto, com recursos provenientes de doações da própria comunidade. A
construção do coreto partiu da necessidade de um local para a realização dos leilões, característicos das festas
religiosas organizadas pela igreja católica. Sendo assim, o coreto possui prateleiras, para a acomodação das
mercadorias a serem leiloadas e um porão, que era utilizado durante os festejos para o depósito dos animais
doados pelos moradores locais, antes de serem leiloados. Desde sua construção, o coreto manteve sua mesma
função servindo às festas religiosas na comunidade, tais como a festa de São João Batista — padroeiro do
distrito — Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Abadia, São Sebastião e
Sagrado Coração de Jesus, que, ainda, são realizadas no distrito.
08. Descrição:
O coreto encontra-se implantado num terreno em aclive, que constitui a Praça São João Batista, na porção
sudoeste desta. Apresenta planta de formato pentagonal, elevada do solo, gerando um porão que serve de
depósito na ocorrência de leilões durante as festas religiosas. (Cont.)
09.Documentação Fotográfica:
(Cont.) De padrão bastante simplificado, é construído em alvenaria de tijolo cerâmico, estruturado em concreto
armado, apresentando cinco pilares circulares localizados nos vértices do pentágono no qual é inserida sua
planta e sobre os quais se apóia a cobertura da edificação. Esta, conforme a tipologia da planta pentagonal, se
desenvolve também, em cinco águas, com telhas cerâmicas do tipo francesas e estrutura de madeira,
apresentando internamente um forro em réguas de madeira. No forro, há um detalhe central no formato de
estrela de cinco pontas, cujo centro se encontra uma única lâmpada que serve de iluminação ao coreto. Fixadas
nos pilares circulares que sustentam a cobertura, existem seis prateleiras de madeira maciça apoiadas em barras
de ferro. Duas estruturas tubulares metálicas vazadas, com cerca de 0,90 metro de altura e 2 polegadas de
diâmetro, fragmentam o espaço interno, definindo uma pequena porção voltada para a parte frontal do coreto.
Externamente, o coreto apresenta pintura branca sobre reboco simples, ornamentado nas fachadas constituídas
pelos lados do pentágono que o formam, através de almofadas executadas em massa, também, com pintura
branca. O acesso ao coreto, é feito através de uma escada lateral de sete degraus, executada em concreto
armado, com acabamento em cimento queimado vermelho (“vermelhão”), material, também, utilizado no piso do
coreto. O porão supracitado é acessado por um pequeno portão de grade metálica e apresenta em suas laterais
aberturas semicirculares para ventilação, com fechamento em chapas metálicas perfuradas.

10. Uso Atual: 11. Situação de Ocupação:


( ) Residencial ( ) Serviço ( ) Própria ( ) Alugada
( ) Comercial ( ) Institucional ( ) Cedida ( ) Comodato
( ) Industrial ( X ) Outros ( X ) Outros

12. Proteção Legal Existente 13.Proteção Legal Proposta:


( ) Tombamento ( ) TombamentoFederal ( ) Tombamento Integral
( ) Municipal ( ) Tombamento Estadual ( ) Tombamento Parcial
( ) Federal ( ) Tombamento Municipal ( ) Fachadas
( ) Estadual ( ) Entorno de Bem Tombado ( ) Volumetria
( X ) Nenhuma ( )Documentação Histórica ( ) Restrições de Uso e
( X ) Inventário Ocupação
14. Análise do Entorno - Situação e Ambiência:
O coreto encontra-se implantado no setor sudoeste da Praça São João Batista, em alinhamento ao Salão
Comunitário, que ocupa o lado oeste da praça. Esta apresenta forração em grama, com cerca de 15 árvores de
pequeno e médio porte dispostas aleatoriamente no seu espaço, além de alguns bancos de concreto armado e
duas mesas do mesmo material.
15. Estado de Conservação:
( ) Excelente ( X ) Bom ( ) Regular ( ) Péssimo
16. Análise do Estado de Conservação:
Estruturalmente, o coreto apresenta bom estado de conservação. No entanto, a manutenção é precária e
medidas de conservação como limpeza, manutenção da cobertura e pinturas, geralmente, ocorrem através da
iniciativa dos moradores locais. Desse modo, a cobertura apresenta algumas telhas cerâmicas quebradas,
provocando infiltrações e início de mofo no forro de madeira no teto, que se encontra bastante deteriorado, assim
como as prateleiras fixas nos pilares. Não há iluminação interna devido à ausência de lâmpada. A pintura, tanto
externa como interna, encontra-se bastante desgastada e suja, pelo tempo e por atos de vandalismo.
17.Fatores de Degradação:
Desgaste pelo uso, intempéries, falta de manutenção e vandalismo.

18.Medidas de Conservação:
Pintura externa e interna do coreto, recolocação das prateleiras, substituição do forro de madeira no teto e
colocação de uma lâmpada interna.

19. Intervenções:
Desde sua construção, na década de 20, o coreto não sofreu nenhuma intervenção significativa que provocasse
alterações em sua tipologia arquitetônica. Estas, não passaram de medidas de manutenção, como a pintura do
local.

20. Referências Bibliográficas:


ALBERNAZ, Maria Paula. Dicionário Ilustrado de Arquitetura. São Paulo, Pro Editores, 2000.
CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999.
CORONA, Eduardo. Dicionário de Arquitetura Brasileira. São Paulo, Edart, 1972.
Referências Complementares:
JESSÉ, Alessandro Geovani, et alli. Martinésia. Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo, Trabalho apresentado na disciplina Ateliê de Planejamento Urbano e Urbanismo. Uberlândia,
Dez/2000.
Entrevista com a Sra. Margarida Alves Borges/ março de 2004
21. Informações Complementares:

22. Atualização de Informações:

23. Ficha Técnica:


Fotografias: Camila Mariê Data: março de 2004
Elaboração: Camila Marie / Polyana Vieira Fideles Data: março de 2004
Revisão: Giovanna T. Damis Vital/ Luciano M. Pena / Rodrigo C. Moretti Data: abril de 2004

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