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que ele havia visitado Galo quando esteve em Constantinopla.[2] Juliano só sobreviveu pela intervenção da imperatriz Eusébia e
depois disso seguiu para a Grécia no intuito de completar sua formação intelectual e religiosa.[3]
Juliano escreveu, em grego, várias obras de filosofia e teologia pagã, de influência neoplatônica. Uma delas é o libelo anti-cristão
chamado Contra os galileus.
Ascensão ao poder
Em 355, Juliano foi chamado à presença de Constâncio, na corte em
Mediolano (atual Milão). Nessa ocasião ele foi nomeado césar do
Império do Ocidente e se casou com a irmã do imperador, Helena. Logo
depois foi enviado para as Gálias com o objetivo de combater as
invasões bárbaras que assolavam as fronteiras imperiais naquela região.
No início, Juliano contou com uma força de pouco mais de 300 homens,
um contingente muito pequeno para a tarefa a ser realizada; porém,
Soldo de Juliano
segundo o historiador Amiano Marcelino, o jovem césar surpreendeu a
todos com a sua experiência militar. O adolescente amante da literatura e
da filosofia provou ser um bom soldado. Nos anos seguintes, ele lutou contra as tribos germânicas que tentavam pressionar as
fronteiras do império. Além das habilidades militares que provou ter com as numerosas vitórias sobre os bárbaros, ele também se
mostrou um bom político e administrador.[4]
Dentre as suas ações militares, em 356 Juliano recuperou a cidade de Colônia das mãos dos bárbaros e derrotou os alamanos na
Batalha de Estrasburgo. Ao término desta batalha, Constâncio II ordenou que as tropas de Juliano fossem em seu auxílio na
guerra contra os persas. Juliano era muito amado por seus soldados, e estes se recusaram a obedecer a ordem de Constâncio e
aclamaram Juliano imperador. Seguiu-se um clima de tensões entre Juliano e Constâncio II: nesse período, o império teve dois
imperadores, cada um tentando conquistar para si aliados para uma futura guerra civil (essa guerra só não aconteceu porque
Constâncio morreu 361, antes de se encontrar de fato com Juliano).[5]
Paganismo
Em 12 de dezembro de 361, Juliano entrou em Constantinopla como imperador único, sem precisar vencer nenhuma batalha,[6]
como um eleito dos deuses para defender o império das provações que se apresentassem. Ao assumir o comando do império,
Juliano assumiu sua crença no paganismo e se colocou sob a proteção de Zeus e Hélio.[7] O período em que Juliano governou
ficou conhecido “restauração pagã”, pois houve uma tentativa por parte do imperador de restaurar a cultura pagã do império. O
novo imperador, embora batizado e educado no cristianismo, adotou as antigas crenças pagãs greco-romanas, o que lhe valeu
posteriormente o apelido de "Apóstata". Apesar de ter tomado medidas como a proibição do exercício do ensino pelos mestres
cristãos, e das ordens para que abrissem os templos e restituíssem o culto aos deuses, o governo de Juliano não foi marcado pela
intolerância religiosa ou perseguição aos cristãos.
Morte de Juliano
Depois de muitos preparativos, Juliano partiu em uma expedição contra os
persas em março de 363, no intuito de resolver uma disputa por fronteiras com o
Império Sassânida, que se arrastava desde o século III. Essa campanha contra os
persas é conhecida em detalhes pelo relato do historiador Amiano Marcelino,
que nutria uma profunda admiração por este imperador. Três meses depois,
durante uma batalha, Juliano foi ferido por uma lança desconhecida e não
resistiu ao ferimento. Morreu ao anoitecer do dia 26 de junho de 363, no sexto
ano de seu reinado como césar e aos 32 anos de idade.[8]
Joviano, um dos guarda-costas de Juliano mais famoso por seu pai do que por
ele próprio, que o acompanhou na expedição, foi eleito pelos soldados para
ocupar o trono.[9]
Juliano na ficção
Imperador e Galileu, 1873, peça teatral de Henrik Ibsen Juliano, esculpido entre 361-400
Juliano, 1964, romance de Gore Vidal. (Julian - 1964 - ISBN 0-375- Museu de Cluny, Paris
72706-X)
Ver também
Amiano Marcelino
Paganismo
Cristianismo
Referências
6. Amiano Marcelino 397, 22.2.1-5.
1. PEREIRA, 2009, p. 34.
7. PEREIRA, 2009, pp. 40-41
2. Amiano Marcelino 397, 15.2.7.
8. Eutrópio, Resumo da História Romana, 10.16{{la}} (h
3. Amiano Marcelino 397, 15.2.8. ttp://www.forumromanum.org/literature/eutropius/text
4. PEREIRA, 2009, p.40. 10.html){{en}} (http://www.forumromanum.org/literatur
5. PEREIRA, 2009, p.40. e/eutropius/trans10.html)
9. Eutrópio, Resumo da História Romana, 10.17
Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em castelhano, cujo título é «Juliano el Apóstata».
Bibliografia
Cultural. Rio de Janeiro: MAUD; Vitória: EDUFS,
Amiano Marcelino (397). Os Feitos (http://penelop 2006.
e.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Ammian/).
CARVALHO, Margarida Maria de. "Paideia e Retórica
Roma
no século IV: a construção da imagem do Imperador
Juliano segundo Gregório Nazianzeno". São Paulo:
CARVALHO, Margarida Maria de. "Gregório de
Annablume, 2010.
Nazianzo e a Polêmica em Torno da Restauração
Pagã de Juliano". In: SILVA, Gilvan Ventura da; PEREIRA, Fernanda Coimbra da Costa. Filosofia
MENDES, Norma Musco. Repensando o Império política, resistência e identidade no baixo Império
Romano:Perspectiva Socioeconômica, Política e Romano: um estudo sobre a reação dos filósofos
neoplatônicos ao avanço do cristianismo. Humanas e Naturais da Universidade Federal do
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Espírito Santo. Vitória, 2009.
gradução em História do centro de Ciências
Ligações externas
Howard Williams, "The Ethics of Diet": Emperor Julianus (http://www.ivu.org/history/williams/julian.html)
"The Caesars" (http://www.attalus.org/translate/caesars.html,)[ligação inativa], sátira de Juliano, por ocasião da
Saturnália de dezembro de 361.
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