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Belo Horizonte
2017
Delmer Aguiar Cesário
Belo Horizonte
Faculdade Ietec
2017
Cesário, Delmer Aguiar.
C421a Avaliação da maturidade no gerenciamento da manutenção: a
consolidação da manutenção na gestão de ativos / Delmer Aguiar
Cesário. - Belo Horizonte, 2017.
154 f., enc.
Bibliografia: f. 142-150
CDU: 621
AGRADECIMENTOS
Especiais agradecimentos aos meus familiares, em especial aos meus pais, Sr. Geraldo
Cesario e Sra. Anísia Ribeiro Aguiar Cesario. Mais um sonho realizado ! Mais uma vitória de
vocês!
Aos meus adoráveis filhos Isabella Cristina e Lucas Henrique um legado que deixo para
vocês, ou seja, nunca desistam de seus sonhos e estabeleçam sempre seus objetivos de vida. A
minha ausência temporária resultou no alcance dessa vitória familiar. Obrigado filhos ! Kelly
Cristina, minha esposa; valeu pela força e pela paciência.
Ao meu Mestre George Leal Jamil, um exemplo a ser seguido. Inteligência, competência e
parceria dignas de um profissional diferenciado. Pela paciência demonstrada, o meu eterno
agradecimento. Sorte minha ter sido orientado por tão nobre figura humana.
A Beatriz Leal Jamil, meus agradecimentos pelas correções ortográficas. Toques decisivos!
Ao meu eterno prof. João Esmeraldo da Silva, um exemplo de pessoa e de profissional, o meu
mais sincero agradecimento pelos ensinamentos, conselhos e parceria. Se as nossas
universidades tivessem mais profissionais como o Dr. João Esmeraldo, o nosso Pais seria,
certamente, um berço ainda maior de talentos.
Ao mestre José Helvécio, meu mais nobre exemplo de humildade e sabedoria, um especial
agradecimento pela dignidade demonstrada durante o período de orientação.
Aos meus colegas da COMAU do Brasil um especial agradecimento pelo apoio irrestrito e
pela confiança depositada. Ao meu superintendente Laerte Scarpitta o meu eterno respeito
With the advent of PAS 55 (2008) (Technical specification of The institute of Asset
Management (IAM) for Optimized Management of Physical Assets) and the ABNT NBR ISO
55.000 (2014) (asset manager standards) the question of management of physical assets in a
structure and methodical way gain strength and enable organizations to define their assets
management strategies when setting their strategic planning. Putting the focus on the physical
assets management, and understanding that the structuring of the maintenance area is the
gateway to achieve the maximum efficiency and performance of the asset throughout his life
time, recognize how is this fundamental area, is a critical factor on any certification project in
assets management. Some statistics of the Brazilian maintenance characterize this department
and reinforce the need for focusing actions in the search for a structure to be considered
critical success factor in the pursuit for excellence, among them those who claim that the
maintenance organization is present, nowadays, centrally (structures with responsible and
working team working in all areas) in about 47% of companies (and with growing trends);
that the percentage of own employees in maintenance is, on average, 24%; that only 7.4% of
maintenance staff have a college degree; that for the multi-expertise (multiple functions), in
the maintenance area, it present itself as a trend in the last 10 years; and the maintenance cost,
on average, are 4.2% of the gross revenue and of 3.6% in relation of the fixed assets of
organization. Are we ready for the Assets Management? This work aimed to propose a
method of measuring the maturity level in the management of the maintenance in the
Brazilian industries, regardless of the sector the belong. This diagnosis will be set through
answers to a questionnaire is structured in five pillars, where tree companies of the
automotive, chemical and the transport logistic sector, which participated in this sample, were
informed, as recommended by the principle of Terotechnology, of how the maintenance areas
the same sector, in countries like Germany, USA, Japan and England. In these countries, the
monitoring of the entire lifecycle of assets, are already a reality, remembering that the fourth
industrial revolution, in originated companies in these countries, cannot be considered as a
novelty. Another point realized is that specific strategies for maintenance in the Brazilian
organizations are, in many cases, non-existent, since this crucial area is seen as the one that
production process. Armed with this results, this organizations, within
the model proposed by the PAS 55 (2008) and validated by the ABNT NR ISO 55.000
(2014), will be able to define their respective Asset Management Planes (AMPs) so that
strategic objectives are achieved.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................19
1.1 O problema ............................................................................................................20
2 OBJETIVOS ........................................................................................................23
2.1 Objetivo geral ........................................................................................................23
2.2 Objetivos específicos ............................................................................................. 23
3 ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................25
9 CONCLUSÕES..................................................................................................136
REFERÊNCIAS.................................................................................................143
1 INTRODUÇÃO
Considerando todo o ciclo de vida de um ativo físico, da sua concepção ao seu descarte,
Lafraia (2014) afirma que o mundo da manutenção, foco desse estudo, deve estar em contato
com o mundo das finanças e das decisões estratégicas, onde todas as ações dos stakeholders
devem estar baseadas em uma avaliação qualitativa de risco, monitoramento de desempenho e
correta gestão de custos. Diante desse quadro, é questionável se a área de manutenção nas
empresas brasileiras está alinhada a essa nova realidade.
1.1 O problema
Dentro de um contexto de definições variadas a respeito do que venha a ser ativo, porém,
mantendo um alinhamento de que um ativo precisa ser devidamente gerenciado, é
fundamental saber como está o nível de maturidade das organizações brasileiras em relação à
gestão de seus ativos físicos.
Analisando a Figura 2, as atividades do ciclo de vida, segundo PAS 55 (2008), que são
consideradas base da pirâmide da gestão da organização, são as atividades de concepção dos
equipamentos (adquirir/criar), operacionalização dos equipamentos (utilizar), manutenção
dos equipamentos (manter) e renovação ou descarte dos equipamentos (renovar/descartar), e
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Laplante (2014) afirma que o gestor da manutenção, ciente do seu papel e dos desafios que a
gestão de ativos, segundo a norma ABNT NBR ISO 55.000 (2014), impõe, deverá focar-se no
estabelecimento de políticas, planos, competências e sistemas de informação que serão
integrados para apoiar a gestão de ativos necessários para alcançar os objetivos estratégicos
estabelecidos.
Diante desse desafio constante, os profissionais da manutenção tem procurado novos modos
de pensar, técnicos e administrativos, já que as novas exigências de mercado tornaram visíveis
as limitações dos atuais sistemas de gestão (MOUBRAY, 1996).
Mas, antes de definir os métodos de manutenção, é necessário definir qual tipo e em qual
equipamento aplicá-los. Portanto, a busca pela combinação ideal dos diversos métodos de
manutenção é a essência da estratégia de manutenção. Isto é ressaltado por Esmeraldo (2010),
ao afirmar que estratégia de manutenção é a definição dos tipos de atividades de
manutenção, bem como o agrupamento entre elas, para um determinado equipamento/linha de
produção de acordo com objetivos pré-estabelecidos .
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2 OBJETIVOS
Para que o objetivo principal seja atingido, foram estipuladas as seguintes metas:
a) determinar, com base no arcabouço teórico e na experiência profissional de
manutenção, exercida ao longo dos últimos 22 anos, as principais áreas de
conhecimento da manutenção que asseguram um bom nível de maturidade do
gerenciamento dos processos de manutenção;
b) elencar, em cada processo, os quesitos essenciais para avaliar as principais atividades
de execução/gestão da manutenção;
c) estabelecer os níveis de maturidade a partir da aplicação das áreas de conhecimentos
pertinentes;
d) realizar pesquisas de campo, em empresas nacionais e estrangeiras, com o propósito de
testar a aplicação da metodologia de diagnóstico da maturidade no gerenciamento da
manutenção;
e) construir uma ferramenta de simulação para auxiliar e apoiar a alta administração no
processo de tomada de decisão gerencial. Ela poderá ser utilizada pelos gestores de
manutenção nas tarefas de priorização e planejamento das ações para eliminar as
lacunas de maturidade apontados no diagnóstico. Essa priorização se fará tendo como
referência, por exemplo, a disponibilidade financeira e o benefício imediato para a
execução desses projetos, a serem definidos nos Asset Management Plans (AMPs) no
período considerado.
3 ESTRUTURA DO TRABALHO
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Uma das possíveis origens do conceito de manutenção deriva do latim, manus tere, que
significa manter o que se tem (VIANA, 2002, p. 1).
4.3 A Terotecnologia
Acima de tudo, terotecnologia é uma concepção. Concepção esta responsável pelo estudo,
desenvolvimento/escolha, construção e montagem de uma nova instalação, máquina ou
equipamento. Essa concepção, criada pelo Ministério da Grã-Bretanha em 1970, é relacionada
com a facilidade de manutenção em máquinas, equipamentos e sistemas, consistindo na
participação dos operadores finais na fase de concepção dos projetos ou serviços. Essa visão
fora da caixa facilitaria a manutenção desses equipamentos.
Como resultado desse distanciamento, entendem-se o baixo desempenho desses ativos e, sob
o ponto de vista do gerenciamento de riscos, o quão dispendioso os processos de
transformação são caracterizados.
estrutura.
Para Parkes (1970), terotecnologia foi concebida para se obter uma resposta das informações
produzidas em todos os estágios do ciclo de vida do ativo. Essas informações deveriam
retroalimentar cada fase (da concepção de engenharia à montagem), para que uma otimização
da manutenção fosse possível, e de que uma sistemática de análise das falhas fosse mantida,
visando testes de novos projetos e treinamento de operadores e mantenedores.
31
Já Esmeraldo (2010
dos sistemas de produção e de serviços porque, quando ele é incipiente, grande parte do
sistema produtivo e/ou serviços é afetado, ou seja, a confiabilidade dos equipamentos declina
e a capacidade produtiva da planta industrial despenca drasticamente por causa da
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Esmeraldo (2010) afirma que a missão da manutenção é garantir a preservação da função dos
equipamentos e instalações para atender a um processo de produção e/ou uma prestação de
serviço, e também preservar o meio ambiente com confiabilidade, segurança e retorno atrativo
para os stakeholders.
Como observado por Dhillon (2006), manutenção preventiva envolve os serviços repetitivos e
programados, tais como inspeção, detecção e correção em estágio inicial de falha. Para
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Monchy (1989 citado por HAMAOKA; LOPES, 2004), é uma intervenção de manutenção
prevista, preparada e programada antes da data provável do aparecimento de uma falha.
Para Nunes (2001), a atividade de manutenção preventiva sistemática é aplicada quando a lei
de degradação (evolução do desgaste do equipamento) é conhecida. O objetivo é restaurar ou
substituir, em intervalos pré-determinados, componentes ou peças que se deterioram com o
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A Figura 5 contém os métodos de manutenção que podem ser aplicados aos equipamentos,
sendo que a manutenção preventiva sistemática é um deles. Esse método também é conhecido
como Manutenção Preventiva Cíclica, Manutenção Baseada no Tempo e Time Based
Maintenance (TBM). Conforme Vaurio (1997), a manutenção preventiva baseada no tempo é
feita em intervalos de tempo definidos, levando o sistema para um estado tão bom quanto
novo.
É importante ressaltar que a manutenção preventiva sistemática não depende da condição dos
componentes, pois se baseia exclusivamente em intervalos de intervenção. O método que se
baseia nas condições de componentes é a Manutenção Preventiva Condicional.
De acordo com a distribuição normal, 68,26% dos dados da distribuição estão no intervalo de
mais ou menos um desvio padrão em relação à média; 95,44% dos dados da distribuição estão
no intervalo de mais ou menos dois desvios padrão em relação à média, e assim por diante.
De fato, com relação aos tempos entre falhas de um determinado componente e a sua
distribuição normal, pode-se determinar o intervalo para a manutenção sistemática desse
componente como sendo a média menos dois desvios padrão. Dessa forma, a atividade de
manutenção preventiva sistemática do componente será realizada antes que,
aproximadamente, 97,7% dos tempos entre falhas ocorram. Isso quer dizer que a
probabilidade de ocorrer uma falha antes da atividade preventiva acontecer será de cerca de
2%, conforme ilustrado no Gráfico 2.
Suponha, por exemplo, que um determinado componente de uma máquina teve seus tempos
entre falhas monitorados ao longo de certo tempo. Esses tempos entre falhas foram agrupados
e uma distribuição normal foi obtida com média igual a 146 dias e desvio padrão de 21 dias
(isso significa que o componente falha a cada 146 dias em média, com dispersão dada pelo
desvio de 21 dias). Ao se lançar esses dados no Gráfico 2, obtém-se um intervalo de 104 dias
(146 2 x 21) entre as atividades de manutenção preventiva para esse componente. Ou seja,
se for feita uma manutenção preventiva sistemática a cada 104 dias, o componente tem,
aproximadamente, 2,28% de probabilidade de falhar.
Com o advento das primeiras máquinas têxteis e as movidas a vapor, este cenário começou a
mudar. As tolerâncias com atrasos na entrega diminuíram e as exigências por maior
produtividade se fizeram presentes (MOUBRAY, 1996), conforme as mudanças das técnicas
de manutenção, ilustradas na Figura 6.
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A partir desse acompanhamento, é possível verificar o tempo de vida útil dos componentes
dos equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado. Ou seja,
quando o valor dos parâmetros atinge um limite pré-estabelecido, é tomada a decisão de
intervenção, que será realizada pela manutenção condicional de execução, que são atividades
efetuadas para eliminar os potenciais de falhas detectados nas atividades de inspeção.
É a Manutenção preventiva condicional realizada para evitar potencial falha detectada pela
manutenção condicional de inspeção. O que deve ficar claro é que essa atividade não é uma
manutenção corretiva, pois ela atua sobre os potenciais de falha, e não sobre a falha
propriamente dita.
Em resumo, a MCC parte do estudo do equipamento e da função que ele deve desempenhar, a
fim de auxiliar as equipes de manutenção na tomada de decisão acerca das rotinas adequadas
para que os objetivos sejam alcançados (MENEZES; ALMEIDA, 2002).
Segundo Takahashi e Osada (1993), a manutenção produtiva total é uma campanha que
abrange a empresa inteira, com a participação de todo o corpo de empregados, para conseguir
a utilização máxima do equipamento existente, utilizando a filosofia do gerenciamento
orientado para o equipamento.
4.7 Uma visão simplificada dos principais tipos de manutenção e comparação entre a
prática e o que seria ideal
A partir da análise da Figura 8, verifica-se que, além do custo da manutenção corretiva não
planejada e da preventiva ser mais alto, é preciso considerar, ainda, que leva a uma maior
indisponibilidade e, consequentemente, a uma maior perda de faturamento (ESMERALDO et
al., 2014).
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Observa-se que o percentual de manutenção preditiva apresenta uma diferença muito grande,
justificando, de certa forma, que 80% das empresas ainda estejam na condição de medianas
ou atrasadas (ESMERALDO et al., 2014).
Convém ressaltar que, entre as empresas consideradas excelentes, as que possuem melhores
resultados são as que adotam o monitoramento dos ativos em um espectro mais amplo. Além
de acompanhar as variáveis relacionadas com aspectos ligados à manutenção (vibração,
temperatura de mancais, estado do lubrificante, por exemplo), também monitoram as
variáveis relacionadas ao desempenho operacional do equipamento, tais como pressão, vazão
e corrente elétrica (ESMERALDO et al., 2014).
Um exemplo que pode ser citado é o das refinarias de petróleo que empregavam o
monitoramento em tempo real para grandes máquinas, que são equipamentos críticos e não
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possuem reserva ou standby. Há pelo menos 12 anos que foram incluídos no monitoramento
em tempo real, máquinas de uso geral (bombas centrífugas, ventiladores, motores elétricos),
de modo a permitir o controle das variáveis ligadas à condição dos ativos bem como permitir
o acompanhamento da operação, privilegiando os pontos em que o equipamento apresenta a
melhor desempenho (ESMERALDO et al., 2014).
Do ponto de vista da vida útil do ativo, para um determinado período de tempo e sob as
mesmas condições de funcionamento, pode-se afirmar que os sistemas e/ou produtos ou
componentes com maior índice de confiabilidade tendem a ter um custo do ciclo de vida bem
menor do que aquele sistema e/ou produto e/ou componente menos confiável. Isso ocorre
porque, muito provavelmente, os sistemas e/ou componente e ou produto menos confiável irá
falhar mais. Consequentemente, irá exigir maior esforço da equipe de manutenção e
consumirão mais recursos materiais para repará-los e isto aumentará os custos de produção e
impactará no preço final do produto. Portanto, a disponibilidade e o índice de utilização serão
bem menores, e consequentemente, a planta produzirá menos.
Em resumo, a vida útil do componente menos confiável será menor e o custo do ciclo de vida
será, significativamente, maior do que aquele que possui um índice de confiabilidade maior.
Além das questões abordadas aqui, verifica-se que o custo de aquisição de um produto mais
confiável certamente será maior, porém, esse custo inicial será compensado pela redução do
custo do ciclo de vida útil do ativo, como representado na Figura 8 (ESMERALDO et al.,
2014).
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a) açúcar e álcool;
b) alimentos;
c) automotivo;
d) construção pesada;
e) energia elétrica;
f) hospitalar;
g) gráfico e portos;
h) metalúrgico;
i) mineração;
j) papel e celulose;
k) petróleo;
l) petroquímico e borracha;
m) plástico;
n) predial, aeronáutico e telecomunicações;
o) prestação de serviços (equipamentos);
p) prestação de serviços (Mão de obra);
q) químico, farmacêutico e saneamento;
r) siderurgia;
s) têxtil;
t) transportes.
Essa análise toma como referência a forma com que as empresas brasileiras entendem suas
respectivas áreas de manutenção, no tocante às mesmas atuarem de forma centralizada
(estrutura organizacional com responsável e equipe de trabalho atendendo a todas as áreas),
descentralizada (estrutura organizacional com responsável e equipe de trabalho para cada
área) ou mista (coexistência dos tipos de manutenção anteriores). O Gráfico 5 mostra uma
predominância pela organização centralizada, porém com forte presença das estruturas
descentralizada e mista.
Essa análise toma como referência algumas atividades sob responsabilidade do órgão de
manutenção exercidas por pessoal próprio e/ou contratado, com especial destaque para os
setores de manutenção de equipamentos e instrumentação, instalações de Telecom, tratamento
de efluentes, compras, almoxarifado, ferramentaria, tratamento de resíduos, utilidades,
instalações prediais, instalações industriais, comissionamento e refrigeração.
Na terceirização, uma empresa prestadora de serviços é contratada por outra empresa para
realizar serviços determinados e específicos. A prestadora de serviços emprega e remunera o
trabalho realizado por seus funcionários, ou subcontrata outra empresa para realização desses
serviços. Não há vínculo empregatício entre a empresa contratante e os trabalhadores ou
sócios das prestadoras de serviços.
Kardec e Xavier (2001) abordam que a terceirização é uma ferramenta estratégica que veio
para o Brasil para resolver os problemas das empresas, tendo como objetivo a estratégia
global dos resultados, porém tornou-se modismo, visando apenas à redução de custos. Os
autores abordam ainda que há uma diferença entre empreiteirização e terceirização, pois a
empreiteirização é uma situação tradicional, não tendo uma relação de parceria e confiança,
onde não há compromisso da contratada com os resultados, tendo assim uma baixa
produtividade.
dados decresceram até 2000, quando 159.454 empregados eram próprios, com uma média de
1.123 empregados por empresa. Essa situação se manteve variável, porém ascendente, até
que, em 2013, os dados apontam um total de 164.289 empregados próprios, com uma média
de 1.187 empregados por empresa.
Tendo como referência as informações do Gráfico 9, pode-se validar uma realidade comum
nas áreas de manutenção, onde a mão-de-obra qualificada se faz mais necessária e presente
em relação à uma mão-de-obra de produção, por exemplo. Entende-se que um profissional de
manutenção, diante dos desafios cotidianos de interpretação de desenhos, esquemas,
procedimentos técnicos e funcionais, ábacos e definição de materiais empregados, apresenta
uma proporção maior entre o emprego de mão de obra qualificada em relação à mão de obra
não qualificada. Outro ponto de análise é a manutenção do percentual superior a 15% de
profissionais de nível técnico e de 32% de profissionais de nível superior, desde 2003.
Já o valor médio do turnover na área de Manutenção, nos últimos 20 anos, é 2,74% com um
desvio padrão de 0,64%. No Gráfico11, pode-se observar que este valor aumentou muito nos
últimos anos, concluindo que a empregabilidade do profissional de manutenção está
diretamente ligada à sua multifuncionalidade. Empresas buscam este profissional mais
rceirização, ou seja, atividades
mais especializadas sendo executadas por especialistas de empresas terceiras (focadas no
negócio proposto).
A Tabela 4 contém dados, por meio dos quais, pode-se mostrar que, dentre os setores
avaliados pela ABRAMAN em 2013, 90,60% alegavam estabelecer suas previsões
orçamentárias, o que poderia levar a uma falsa impressão de que os custos de manutenção são
totalmente equacionados.
Interessante avaliar também quantas dessas empresas delegam, aos seus respectivos setores de
manutenção, a responsabilidade por gerenciar e executar seus orçamentos de manutenção.
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O Gráfico 12 mostra os resultados das duas últimas pesquisas realizadas pela ABRAMAN
(2013), porém, segundo esta entidade, de 1995 até 2005, as empresas pesquisadas davam uma
grande importância na preparação da previsão orçamentária para a manutenção. A
manutenção é um negócio dentro das empresas e, portanto, aumentou significativamente a
importância que é dada aos custos presentes na manutenção.
Em relação à composição dos custos de manutenção, Nascif (2015) apresenta quatro grandes
vozes que, conforme dados históricos apresentados no Gráfico 13, apontam que o custo com
pessoal manteve uma média histórica de 34,02% do total do custo de manutenção médio dos
segmentos pesquisados. Já o custo com material manteve uma média histórica 21,96% do
total do custo de manutenção médio dos segmentos pesquisados. O custo com serviços
contratados manteve uma média histórica de 25,13% do total do custo de manutenção médio
dos segmentos pesquisados, e outros custos, significando uma média de 9,95% do total do
custo de manutenção médio dos segmentos pesquisados.
57
1
MBA em Gestão de Ativos (notas de aula).
58
A pesquisa realizada pela ABRAMAN (2013) teve duas abordagens específicas relacionadas
à aplicação da informática na manutenção. Uma, em relação aos softwares utilizados para a
gestão de manutenção, e a outra em relação à aplicação prática desses softwares, ou seja, sua
função. Na primeira abordagem, as variáveis consideradas foram, quando utilizadas, se os
softwares eram de desenvolvimento próprio, externos adaptados (customizados), externos em
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De acordo com o Gráfico 18, percebe-se, até de forma surpreendente, o alto nível de aplicação
de software próprios desde o início de realização dessa pesquisa em 1995, porém diminuindo
gradativamente, à medida que os sistemas computacionais de mercado foram se tornando
mais comuns e a popularização destes se fez presente, apesar de, ainda, apresentar, em 2013,
um índice de mais 15%. Em contrapartida, os softwares de mercado mais populares vêm se
mantendo com boa aplicação, variando na faixa dos 28% a 32% de aplicação nas empresas
participantes da pesquisa.
O Gráfico 19 evidencia que a aplicação dos softwares de manutenção, sejam eles próprios ou
de mercado, customizados ou não, mantêm as funções básicas para as quais foram
concebidos, ou seja, em média, 28,5% das empresas participantes da pesquisa utilizam essa
funcionalidade para execução do chamado Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) /
alvo de maior detalhamento no referencial teórico dessa dissertação e em média 18,5%, no
controle de custos nos últimos 7 anos. Vale a ressalva de que os softwares de mercado, em sua
versão completa, já oferecem a maioria das funcionalidades apresentadas na pesquisa, porém
vários players comercializam ferramentas específicas para a análise das quebras dos
equipamentos e gestão de estoque, por exemplo.
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Analisando o Gráfico 20, pode-se concluir que, com a utilização das tradicionais ferramentas
de gerenciamento da qualidade, largamente disseminadas no final dos anos 90, ainda se faz
presentes, porém com o incremento, desde o início dos anos 2000, de ferramentas mais
elaboradas, como a manutenção centrada em confiabilidade (MCC), Seis Sigma e Failure
Mode and Effect Analysis (FMEA) - ferramenta que busca, em princípio, evitar, por meio da
análise das falhas potenciais e propostas de ações de melhoria, que ocorram falhas no projeto
do produto ou do processo), o pessoal de manutenção se apresenta cada vez mais em
condições de tomada de decisão com dados empíricos e pautados em confiabilidade.
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Estatísticas mostram que, na maioria das empresas brasileiras, a faixa de idade dos
equipamentos ou instalações está na faixa 15 e 18 anos. Conforme mostrado no Gráfico 21
observa-se que em 2013, assim como de 2005 a 2009, esta faixa estava, praticamente,
estabilizada na casa dos 17 anos. Porém, em cerca de 13% das empresas brasileiras, a média
de idade é de 3 anos. Em contrapartida, em aproximadamente 2% das empresas pesquisadas, a
idade dos equipamentos ou instalações é acima de 40 anos. As técnicas de manutenção
aplicadas nessas empresas também foram alvo de pesquisa da ABRAMAN, e compõem
grande parte dessa dissertação, mas, certamente, quanto mais antigo for o equipamento ou
instalação, maior os custos com manutenção, tomando como referência apenas a natural
dificuldade de aquisição de sobressalentes, assim como a obsolescência destes, levando a uma
perda de capacidade produtiva ou ineficiência técnica.
65
4.10 Especificação para a gestão otimizada dos ativos físicos PAS 55/2008
Segundo essa especificação, ativo é uma planta, um maquinário, uma propriedade, prédios,
veículos e outros itens que possuem um valor distinto para a organização.
É importante ressaltar que existem diferentes níveis nos quais os ativos podem ser
gerenciados. Isto significa que, diante do tamanho e da complexidade da organização, pode
existir um portfólio diverso de sistemas de ativos, cada um contribuindo com os objetivos
totais da organização, mas apresentando vastas oportunidades diferentes de investimento,
desafios de desempenho e risco.
Em resumo, a gestão de ativos visa cobrir a gestão do ciclo de vida dos ativos e, em particular,
dos ativos mais importantes para os objetivos de uma organização. Portanto, um sistema
integrado de gestão de ativos é essencial para coordenar e otimizar a diversidade e a
complexidade de ativos, alinhado com os objetivos da organização, prioridades e perfil de
risco escolhido. De forma mais objetiva, pode-se afirmar que um sistema de gestão de ativos é
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vital para as organizações que dependem da função e desempenho de seus ativos físicos para a
entrega de serviços ou produtos, e de onde seu sucesso é significativamente influenciado pela
administração de seus ativos (PAS 55, 2008).
4.10.1 Elementos típicos de um sistema de gestão de ativos físicos proposto pela PAS 55/2008
Essencialmente, a gestão de ativos contribui para a geração de valor para o negócio, por meio
do equilíbrio dos custos, das oportunidades e dos riscos, em relação ao desempenho desejado
dos ativos existentes na organização em diferentes escalas de tempo, ou seja, ao longo do
ciclo de vida do ativo (ESMERALDO et al., 2014).
Em decorrência da visão de longo prazo, os gestores passam a considerar todo o ciclo de vida
do ativo, cujas decisões gerenciais tomadas no presente impactarão nos resultados da
organização no futuro, mudando, assim, o modo de gerenciar o negócio. Portanto, o sistema
de gestão de ativos deve ser capaz de aferir o estado e a qualidade dos ativos em momentos
determinados, baseado em avaliações de riscos quantitativos e em informações detalhadas, de
modo a apoiar o processo de tomada de decisões.
Certamente, com o advento da publicação da coletânea ABNT NBR ISO 55.000 (2014) como
um padrão mundial de gestão de ativos, o novo movimento das organizações será na direção
da readequação dos processos organizacionais existentes para atender aos requisitos dessa
norma e obter a certificação que será reconhecida mundialmente.
Consiste na atividade coordenada de uma organização para obter valor a partir dos ativos
(ABNT NBR ISO 55.000, 2014, p. 16).
Período compreendido a partir da criação do ativo até o fim da vida do ativo (ABNT NBR
ISO 55.00, 2014, p. 15).
Sistema de gestão, para a gestão de ativos, cuja função é estabelecer a política de gestão de
ativos e os objetivos da gestão de ativos (ABNT NBR ISO 55.000, 2014, p. 18).
A Figura 10 ilustra o relacionamento que existe entre os principais conceitos aqui expostos.
São os estágios envolvidos na gestão de um ativo (ABNT NBR ISO 55.000, 2014, p. 15).
Ressalta-se que a designação e o número de estágios e as atividades em cada estágio,
usualmente, variam em diferentes setores da indústria, e são determinados pela organização.
É o custo total de um item ao longo de sua vida, incluindo custos de aquisição, operação,
manutenção e remoção. Equivale ao termo LCC e à expressão custo do ciclo de vida (ABNT
NBR ISO 55.000, 2014). Os custos do ciclo de vida dos ativos são compostos pelos custos
operacionais (CAPEX) e os custos de capital (OPEX), assim denominados pelas suas
características contábeis.
Os gastos de capital não podem ser integralmente deduzidos no período em que são efetuados.
Os ativos fixos tangíveis são depreciados e os ativos intangíveis são amortizados ao longo do
tempo.
:
Gerenciar ativos foca no que a organização faz com os ativos.
Gestão de ativos foca no que os ativos podem fazer para a organização.
A abordagem baseada na gestão do risco é o diferencial da Gestão de Ativos. Isto pode ser
observado na definição de sistema de gestão em combinação com a definição de risco. Um
sistema de gestão assiste a organização no estabelecimento de políticas e no alcance de
objetivos. Nesse caso, o risco pode ter um impacto positivo ou negativo nestes objetivos
(ESMERALDO et al., 2014).
Por exemplo, riscos positivos podem ser oportunidades a ser assimiladas para garantir o
sucesso da organização. Ao contrário, os riscos negativos são uma ameaça a estes objetivos.
Portanto, é razoável que os sistemas de gestão também auxiliem na gestão de risco para
atender aos objetivos (ESMERALDO et al., 2014).
A norma ABNT NBR ISO 55.000 (2014) destaca que o efetivo controle e governança dos
ativos, pelas organizações, são essenciais para a obtenção de valor por meio da gestão dos
riscos e oportunidades para alcançar o equilíbrio desejável de custos, riscos e desempenho.
Conforme destacado na norma ABNT NBR ISO 55000 (2014), um sistema de gestão de
ativos proporciona os seguintes benefícios:
a) propicia a melhoria do retorno sobre os investimentos e a redução de custos,
preservando o valor do ativo e sem sacrificar as realizações dos objetivos
organizacionais de curto ou longo prazo;
b) permite à organização melhorar seu processo de tomada de decisões sobre
investimentos em ativos, a partir do balanceamento entre os custos, riscos,
oportunidades e desempenho;
c) ao garantir o desempenho dos ativos, pode acarretar a melhoria de produtos e serviços;
d) melhora a habilidade da organização em demonstrar sua responsabilidade social por
meio de suas práticas de negócios responsáveis e éticas e também sua capacidade de
administração, reduzindo emissões e conservando recursos e adaptar-se às mudanças
climáticas;
e) risco gerenciado: a redução das perdas financeiras, a melhoria da saúde e segurança, o
patrimônio de marca e a reputação, minimizando o impacto ambiental e social, podem
resultar na redução dos passivos, tais como, os prêmios de seguros, multas e
penalidades;
f) conformidade transparente: com as exigências legais, estatutárias e regulatórias, tanto
quanto a aderência às normas de gestão de ativos, políticas e processos, podem
permitir a demonstração da conformidade;
g) melhoria de imagem por meio da melhoria da satisfação do cliente, conscientização
das partes interessadas e confiança;
73
A gestão de ativos tem grande efeito sobre o nível de serviço entregue aos clientes, o preço
das ações, a participação no mercado, o demonstrativo analítico de lucros/perdas, o perfil de
risco e a reputação da empresa (ESMERALDO et al., 2014).
De acordo com Esmeraldo et al. (2014) o Plano de Gestão de Ativos é derivado do Plano
Estratégico de Gestão de ativos, podendo ,
Estratégico de Gestão de Ativos.
Conforme a mesma ABNT NBR ISO 55.001 (2014), a política da gestão de ativos descreve as
intenções e direções da organização expressas pela alta administração. É um critério abstrato
de tomada de decisões em alto nível que trata, essencialmente, das dimensões voltadas às
escolhas e variáveis envolvidas, do porquê, dos requisitos subjacentes, e dos resultados
pretendidos.
O Plano estratégico de gestão de ativos (SAMP) nada mais é do que uma informação
documentada que especifica como os objetivos organizacionais serão convertidos em
objetivos da Gestão de Ativos, a abordagem adotada para desenvolver os planos de Gestão de
Ativos e o papel do sistema de gestão de ativos para o alcance dos objetivos da Gestão de
Ativos (ESMERALDO et al., 2014).
Ainda segundo esses autores, os planos de gestão de ativos (AMPs) nada mais são do que
informações documentadas que especificam as atividades, recursos e prazos requeridos para
ativos individuais ou conjunto de ativos, de forma que sejam atingidos os objetivos da Gestão
de Ativos.
Uma forte corrente originada na Alemanha em 2012, denominada Indústria 4.0, por alguns
De acordo com Hennin (2013), da Academia Alemã de Ciência e Engenharia, entidades que
lideram este projeto em uma fábrica inteligente, trabalhadores, máquinas, produtos e matérias-
75
primas se comunicam de forma tão natural quanto pessoas em uma rede social. A estimativa
da Academia Alemã de Ciência e Engenharia é de que, em vinte anos, boa parte da indústria
Trazendo essa vertente para a realidade brasileira, nos apresentamos como aqueles que ainda
não se deram conta dos desafios que nos aguarda, pois, segundo estatísticas oficiais, em 2013,
o Brasil comprou menos de 1.300 robôs industriais, enquanto a Coreia de Sul adquiriu 21.000,
e a China 37.000.
Outro levantamento que reforça essa tese é que, no Brasil, a idade média de máquinas e
equipamentos é de dezessete anos, conforme levantamento feito pela ABRAMAN (2013),
enquanto que nos Estados Unidos essa média é de sete anos, e na Alemanha, cinco anos. Em
uma era de imensos ganhos tecnológicos, as empresas brasileiras estão presas a tecnologias
ultrapassadas, o que afeta diretamente a produtividade do país.
Um estudo foi realizado com o objetivo de identificar o nível de maturidade nos vários
segmentos industriais na Alemanha, Reino Unido, França e China, por meio de entrevistas,
com 433 executivos de organizações industriais na área de manufatura avançada (KUMAR,
ENOSE; SHIMITZ, 2015). O estudo indica a indústria automotiva como aquela com o maior
nível de maturidade, e sugere que os próximos cinco anos serão vitais para a adoção da
Indústria Global 4.0.
O estudo mostra seis características necessárias para que as organizações alcancem o sucesso:
a) gestão da informação;
b) aumento da habilidade para gerenciar a complexidade;
c) velocidade de execução;
d) modernização tecnológica por meio de parcerias;
e) concentração em ganhos rápidos;
f) mudança de gestão.
76
Para obter sucesso, o alcance da eficiência dos ativos se subdivide em quatro pilares
(FIGURA 12):
a) eficiência da manutenção;
b) eficiência operacional;
c) eficiência da informação;
d) eficiência energética.
Nota-se especial atenção em como as práticas de manutenção e operação são entendidas como
pilares no processo de estruturação/alicerce de uma organização para a Industria 4.0.
Referenciando este estudo, e alvo do proposto por essa dissertação, uma medição do nível de
maturidade em gestão da manutenção nas organizações não poderia deixar de abordar todos
os subitens destacados pelo estudo, ou seja:
a) monitoramento da condição;
b) manutenção preditiva;
c) serviços de manutenção;
d) planejamento e controle da manutenção;
e) análise de causa raiz.
Uma abordagem semelhante foi proposta por Stuber (2014), em que é contextualizada as
questões de comportamento, motivação e recompensas (FIGURA 13).
77
Quanto às funções de apoio, elas são executadas, de forma diluída, por toda a estrutura da
Manutenção ou por grupos focados, como a Engenharia de Manutenção.
De acordo com Silva (1996), do ponto de vista organizacional, o 5S deve ser implementado
com o objetivo de
tornando-o altamente estimulador para que as pessoas possam transformar os seus potenciais
em realização.
SEIRI = Sendo de Utilização. Utilizar os recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio,
evitando ociosidade e carências. Identificação dos equipamentos, ferramentas, armários,
materiais necessários e desnecessários nas oficinas, bancadas. De uma maneira mais direta,
manter, no ambiente considerado, somente os recursos necessários.
79
SEISOH = Sendo de Limpeza. Praticar a limpeza de maneira habitual e rotineira. Não sujar.
Eliminação de sujeiras, como excesso de graxa, poeira e detritos. Decoração do ambiente de
trabalho, pintando, colocando plantas, revestimentos de pisos, e adornos que tornem o
ambiente mais leve e saudável.
SEIKETSU = Senso de Saúde. Segundo Silva (1996), estado do indivíduo cujas funções
orgânicas e mentais se acham em situação normal.
Segundo Kardec e Nascif (2004), a Manutenção possui uma função estratégica dentro do
contexto empresarial. A manutenção é uma área cujos objetivos estão intimamente ligados aos
objetivos produtivos, e para alcançar os seus objetivos de manter os ativos em condições de
produzir a um custo otimizado, que necessita seguir alguns processos fundamentais para o seu
bom desempenho. Esses processos são:
a) planejamento e controle de manutenção;
b) fluxo de ordens de serviço de manutenção;
c) controle dos recursos humanos alocados na manutenção;
d) controle dos materiais,ferramentas e peças de reposição;
e) controle dos indicadores de manutenção.
O CMMS nada mais é do que um software, ou pacote de softwares, que mantém uma base de
dados sobre as operações de manutenção de uma organização. São sistemas criados para
informatizar, gerenciar e aperfeiçoar os processos de manutenção. O CMMS pressupõe a
capacidade básica de registrar, armazenar e recuperar os dados de forma lógica e rápida. A
Figura 14 esquematiza essa capacidade básica, porém fundamental do CMMS.
A base de dados de manutenção obtida a partir da utilização do CMMS permite, mas sem se
limitar, às seguintes atividades:
a) auxiliar o pessoal da manutenção a executar seu trabalho com mais eficiência (por
exemplo, determinando quais almoxarifados têm as peças de reposição necessárias);
b) apoiar os gerentes a tomar decisões baseadas em informações confiáveis (por exemplo,
calculando o custo de manutenção para cada peça do equipamento usada pela empresa,
possivelmente conduzindo a uma melhor alocação de recursos);
c) permitir a outros setores acompanhar, por meio de gráficos e relatórios, o desempenho
das áreas contempladas pela Manutenção.
Wireman (1989) e Swanson (1997) afirmam que o software atende a outros setores da
empresa além da manutenção, e esse sistema mais abrangente recebe o nome de Enterprise
Resources Planning (ERP) ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial (SIGE), ou seja, o
CMMS é parte integrante de sistemas do tipo ERP. É importante ressaltar que todos os
sistemas ERP possuem funções de um CMMS, porém os CMMS não desempenham as
funções de um ERP.
As características que o CMMS deve possuir irão variar de acordo com as necessidades e
demandas dos usuários. Portanto, a avaliação deve ser criteriosa, a fim de não se adquirir um
produto que será subutilizado, ou que não atenderá às expectativas. Dentre as funções básicas
de CMMS, a Figura 15 faz referências às mais usuais. Caso o sistema já exista, a avaliação
ajudará na identificação de características que devem ser melhoradas ou desenvolvidas no
CMMS, por meio de informações claras e objetivas. Pode, ainda, indicar que determinado
sistema não é adequado e sinalizar para sua substituição.
Um equipamento crítico pode ser definido como aquele que exige gerenciamento crítico no
que se refere à produção e a qualidade, para aumentar os efeitos da manutenção produtiva
(TAKAHASHI; OSADA, 1993).
A gestão da manutenção em uma empresa que possua dezenas, centenas ou até mesmo
milhares de equipamentos na planta pode demandar uma quantidade muito grande de recursos
técnicos, financeiros e humanos, se for dada a mesma atenção para todos os equipamentos.
Esta situação é inviável, visto que os recursos são limitados. Mas para direcionar
adequadamente os recursos da manutenção, as seguintes perguntas devem ser respondidas:
a) Qual equipamento ou máquina para a linha toda?
b) Qual pode provocar danos ambientais?
c) Qual deve ser atendido primeiro?
d) Em qual equipamento deve-se aplicar a técnica de manutenção preditiva?
e) Em qual máquina deve-se investir?
84
Equipamentos AA e A
São equipamentos cujas falhas podem trazer perdas humanas, ambientais e produtivas. As
perdas produtivas podem provocar problemas com faturamento, multas, imagem, etc. Esses
equipamentos devem operar a plena capacidade. Portanto, a estratégia de manutenção para
esses equipamentos deve estar voltada para a prevenção e eliminação total das falhas. Não
deve haver intervenções não planejadas. Eles têm prioridade de atendimento. A classificação
AA determina, dentro do grupo A, os equipamentos ainda mais críticos ou que possuem
algum agravante específico (como alguma legislação, por exemplo).
Equipamentos B
São equipamentos que participam do processo produtivo, porém as suas falhas não provocam
perdas significativas de produção e podem ser compensadas. Portanto, a estratégia de
manutenção para esses equipamentos deve estar voltada para a redução das falhas e eficiência
do reparo. As intervenções não planejadas devem ser mínimas. A prioridade de atendimento
deve ser negociada caso a caso, em função das circunstâncias.
Equipamentos C
São equipamentos que não participam do processo produtivo e suas falhas não provocam
perdas. A estratégia de manutenção deve estar voltada para a eficiência do reparo com a
aplicação mínima dos recursos da manutenção (pessoas, materiais, etc.). O atendimento é
realizado de acordo com a disponibilidade de recursos.
Na literatura sobre manutenção, existem diversas indicações genéricas sobre qual estratégia
de manutenção adotar de acordo com a classificação de criticidade. Estas indicações devem
85
b) frequência de falhas;
c) contexto operacional;
d) redundâncias existentes;
e) leis e normas técnicas;
f) questões ambientais;
g) questões de saúde e segurança.
Em resumo, o PCM é o responsável por definir quais atividades de manutenção serão feitas (o
quê), em quais equipamentos elas serão feitas (onde), como elas deverão ser feitas (como) e
quanto irá custar essas atividades (quanto). O porquê dessas atividades serem realizadas é um
pouco mais complexo e não depende direta e unicamente do Planejamento. O porquê envolve
88
Já Ganim (2003) afirma que a gestão de falhas de uma empresa está diretamente ligada ao
incremento da produtividade, permitindo a adequada alocação dos recursos em busca de
maior qualidade. Ressalta-se que a utilização destes métodos é recomendada e exigida por
normas técnicas e sistemas de qualidade, e atingem a grande maioria dos segmentos
industriais, adaptando-se de acordo com a natureza de cada processo produtivo. Entre as
normas que recomendam a utilização dos métodos de análise e solução de problemas podem-
se citar a ABNT NBR ISO TS 16949, ABNT NBR ISO 9001, ABNT NBR ISO IEC/FDIS
31010, entre outras. No item 8.5.2.1 da ABNT NBR ISO TS 16949 (2002) é descrito que:
organização deve possuir um processo definido para solução de problemas que conduza para a
identificação e eliminação da causa raiz.
89
Conforme ABNT NBR ISO IEC/FDIS 31010 (2009a), a análise de falhas é aplicada em
vários contextos, e em diversas áreas, como:
a) investigação de acidentes;
b) controle de qualidade dos processos industriais;
c) análise de falhas de máquinas e equipamentos, confiabilidade e manutenção;
d) análise de falhas no desenvolvimento de produtos e aplicações de campo;
e) análise gerencial dos processos do negócio.
De acordo com a norma ABNT NBR ISO 31010 (2009a) (B.12.3), as entradas básicas (dados
e informações) para iniciar uma análise de falhas são todas as evidências possíveis coletadas
referentes à falha que será analisada. Os dados de outras falhas também devem ser
considerados. Neste ponto, cita-se a importância do correto registro das falhas. O sistema
informatizado de gerenciamento da manutenção (CMMS) deve ser preparado para o correto
tratamento dos dados e as ordens de serviço (OS) devem conter campos personalizados e
padronizados para facilitar a inserção dos dados e posterior análise.
A análise de falhas é um processo reativo, já que ele acontece devido à ocorrência das falhas,
ou seja, a razão de ser da análise de falhas é a falha. Existem várias tipologias de falhas e,
90
desta forma, diferentes ferramentas para efetuar as análises. A Figura 18 apresenta uma
proposta de características, visando à classificação dos tipos de falhas, bem como das
ferramentas de apoio. Para a classificação, consideram-se as características mais prováveis
para cada tipo.
Segundo Kardec e Xavier (2001), confiabilidade é a probabilidade que um item tem para
desempenhar sua função requerida, por um intervalo de tempo estabelecido e sob condições
definidas de uso. De acordo com a norma brasileira NBR 5462 (1994) (Confiabilidade e
Mantenabilidade), confiabilidade é a capacidade de um item desempenhar uma função
específica, sob condições e intervalo de tempo pré-determinados. Portanto, confiabilidade é a
capacidade expressa pela probabilidade de funcionar corretamente, ou seja, cumprir sua
missão por um determinado período de tempo preestabelecido e em condições operacionais e
ambientais especificadas.
A diminuição das quebras não programadas, com a redução do estado dos equipamentos,
aliado ao uso dos recursos de lubrificação, da organização, padronização, planejamento das
intervenções, além da quase obrigatoriedade de um planejamento computadorizado do sistema
92
4.13.10 Produtividade
Falconi (1992) nos mostra que a produtividade de uma organização pode ser medida como a
relação entre input e output, ou seja, seu custo de produção e o faturamento.
Considerando este conceito, e introduzindo também a questão do real valor agregado das
atividades de um profissional de manutenção à realidade de uma empresa, reforça-se a tese do
quão preparada esta área deve estar para alcançar os objetivos propostos pelas organizações.
Estatísticas recentes comprovam que a produtividade de um americano é mais de 5 vezes
maior do que a de um brasileiro, conforme ilustrado no Gráfico 23.
Essa diferença vem aumentando e se aproximando de dados estatísticos da década de 50. Isso
é explicado pelo baixo nível educacional no Brasil, problemas relacionados a infraestrutura,
poucos investimentos em inovação, baixa tecnologia presente em solo brasileiro e baixa
qualificação da mão-de-obra.
4.13.11 Mantenabilidade
A Figura 22 ilustra alguns fatores que devem ser levados em consideração para entendimento
do tempo total gasto para uma intervenção.
Portanto, a mantenabilidade está associada ao tempo gasto para recolocar o item em operação.
Sob essa ótica, pode-se dizer que mantenabilidade é a probabilidade de uma dada ação de
manutenção efetiva para um item, sob dadas condições de uso, poder ser efetuada dentro de
um intervalo de tempo determinado, quando a manutenção é feita sob condições estabelecidas
e usando procedimentos e recursos prescritos.
Nesse método são criadas facilidades nas máquinas e equipamentos, objetivando melhorá-los
continuamente, alterando, conforme necessário, seus projetos e padrões de
operação/manutenção. Busca-se, com a manutenção de melhoria, estabelecer os seguintes
pontos:
a) contramedidas para prevenir falhas e/ou anormalidades nos equipamentos;
b) modificações de componentes que falham;
c) modificações nos equipamentos que facilitem as atividades de manutenção.
O resultado da manutenção pode ser definido como a maneira com que a manutenção
assegura que os itens materiais continuem a fazer aquilo que os usuários esperam que faça
(MOUBRAY, 1996), como mostrado na Figura 24.
Os custos de manutenção de uma empresa podem ser de naturezas distintas, sendo definidos
como custos diretos (de funcionamento dos serviços de manutenção), custos indiretos
(relativos às perdas de produção diretamente ligados à manutenção) e custos de posse de
estoque (de materiais existentes em estoque no almoxarifado), conforme mostrado na Figura
25 (KARDEC, 2006).
Os custos gerados pela função manutenção são apenas a ponta de um iceberg, pois diante de
uma visão míope de algumas organizações de que custos de manutenção são entendidos como
aqueles decorrentes apenas de mão-de-obra, material usado nos reparos, contratação de
terceiros e, em alguns casos, spare partes :
como são encarados os custos da indisponibilidade dos equipamentos (MIRSHAWKA;
OLMEDO, 1993).
As perdas e os desperdícios são definidos por Tenner e Toro (1997), considerando que um
determinado processo gera uma saída específica em função de uma entrada qualquer, como
segue:
100
Perda é quando existe entrada no processo (utilização de qualquer recurso: humano, material
ou máquina), mas não existe saída.
As perdas e desperdícios são medidos em unidades físicas (horas, kWh, peças, etc.) e podem
ser transformados em custo, que são medidos em dinheiro.
5 METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo tem por objetivo descrever os procedimentos metodológicos utilizados pelo
autor para realizar a pesquisa, inclusive com as respectivas justificativas sobre as razões de
cada escolha. Inicialmente, apresenta-se uma conceituação do que é uma pesquisa científica e,
em seguida, são apresentadas as discussões relativas à natureza da pesquisa e a forma de
abordagem do problema, visando caracterizar a pesquisa ora proposta. Logo, em seguida, são
apresentados os procedimentos metodológicos que foram utilizados para construir o modelo
de diagnóstico proposto. Finalmente, são descritas as escalas que foram criadas para
determinar o nível de maturidade no gerenciamento da manutenção.
De fato, a pesquisa científica requer: (1) apreensão, análise e interpretação da realidade, à luz
de teorias por meio de um questionamento sistemático crítico e criativo (DEMO, 1996, p. 34);
(2) uma intervenção competente na realidade, ou diálogo crítico permanente com a realidade
em sentido teórico e prático (DEMO, 1996, p. 34).
2
AGNEW, N.; PYKE, S. W. The science game: an introduction to research. In: __ The behavioral sciences. 2 ed. New York: Prentice-Hall,
1978.
102
De acordo com Silva e Menezes (2000, p. 20), com relação à natureza da pesquisa, existem
duas classificações a saber: pesquisa básica e pesquisa aplicada. A pesquisa básica tem como
propósito gerar conhecimentos novos, os quais contribuem para o avanço da ciência, porém
sem uma previsão de quando será possível aplicá-los na prática; outrossim, em geral esses
conhecimentos envolvem verdades e interesses universais. Já a pesquisa aplicada busca gerar
conhecimentos que sejam úteis para a solução de problemas específicos, em outras palavras,
aplicações práticas direcionadas e focadas em verdades e interesses locais. Portanto, o
presente trabalho enquadra-se na classificação de pesquisa aplicada uma vez que seu intuito
é gerar conhecimentos sobre a maturidade no gerenciamento da manutenção, ou seja, avaliar
se práticas de gestão da manutenção estão consolidadas, e também verificar se existe solidez e
estabilidade na implementação de conceitos universalmente conhecidos e difundidos na área
de conhecimento da manutenção.
3
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1985.
103
Merriam (1988) também ressalta que na pesquisa qualitativa é adotada uma estratégia
indutiva, sendo que a análise do fenômeno social estudado é ricamente descritiva. Gil (2002,
p. 42-57) destaca que as pesquisas também podem ser classificadas de acordo com seus
objetivos, a saber: exploratórias, descritivas e explicativas.
Pesquisa exploratória tem por objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. De modo geral, utiliza o
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram participação com o problema
pesquisado; e análise de exemplos que estimulem a compreensão" (SELLTIZ et al., 1975).
Elas, em geral, assumem as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de casos (SILVA;
MENEZES, 2000, p. 20).
Com base nas características supracitadas, a presente pesquisa possui um caráter qualitativo e
exploratório.
104
Para desenvolver o modelo de diagnóstico, foi elaborada uma classificação e um guia, visando
maior detalhamento para atribuição de notas a cada uma das 27 áreas de conhecimento na
gestão da manutenção. Tomou-se como base uma planilha específica que fez parte da
evidência de realização do diagnóstico. Em seguida, todas as 27 áreas de conhecimento foram
classificadas em 5 dimensões níveis de maturidade , referentes às práticas de
manutenção utilizadas nas organizações. Esse processo se deu da seguinte forma:
a) resposta ao questionário, com a graduação acima descrita, enquadrando as práticas
analisadas nos 5 níveis abaixo informados;
b) atribuição, a cada área de conhecimento, de notas de 0 a 5, variando da inexistência da
prática até a excelência implementada.
Cálculo da média simples das notas obtidas para cada dimensão analisada, assim
configurando:
a) de 0 a 1,5 é atribuída a avali
b)
c)
Essas etapas são fundamentadas em práticas descritas no referencial teórico desta dissertação,
em que um questionário (avaliação prática) foi estruturado para permitir avaliações alinhadas
com conceitos de manufatura de classe mundial e requisitos da gestão de ativos, envolvendo
106
também algumas áreas de suporte à manutenção, dentre elas, recursos humanos, logística,
qualidade e engenharia de processos.
Essas informações devem ser respondidas de forma franca e transparente, pois serão validadas
na segunda etapa, a de realização de visita técnica para auditoria in loco.
Uma vez definida essa tabulação, novamente validam-se as classificações com as notas
variando em uma escala de 0 a 5, assim definidas:
a) estruturação:
i. aspectos gerais de organização e limpeza (5S);
109
b) preparação:
i. existência e consistência de Metodologia de classificação dos
equipamentos;
ii. existência e consistência de Metodologia de decomposição dos
equipamentos;
iii. como se processa as atividades de manutenção básica;
iv. como as normas técnicas aplicáveis são gerenciadas;
v. existência e aplicação de procedimentos e instruções de trabalho no piso
de fábrica .
c) organização:
i. existência de práticas de eliminação da degradação;
ii. existência e consistência de Metodologia de Análise de Falhas das
máquinas e equipamentos;
iii. como são definidas as estratégias de manutenção Corretiva nos
equipamentos.
d) consolidação:
i. como são definidas as estratégias de manutenção preventiva sistemática
nos equipamentos;
ii. como são definidas as estratégias de manutenção condicional sensitiva nos
equipamentos;
110
e) otimização:
i. existência e como os projetos de melhorias são gerenciados;
ii. existência e como os estudos técnicos de materiais são executados;
iii. análise da produtividade do pessoal de manutenção;
iv. como os princípios da confiabilidade (RCM) são entendidos e
implementados na planta industrial;
v. como os princípios da mantenabilidade são entendidos e implementados
na planta industrial;
vi. como a gestão de custos de manutenção é realizada na Empresa.
111
7 ESTUDO DE CASOS
Nesse capítulo, são apresentados os resultados que foram obtidos nas pesquisas de campo,
realizadas em 5 empresas (3 brasileiras e 2 estrangeiras). As empresas brasileiras que foram
pesquisadas são oriundas dos seguimentos Automotivo, Logística de Transporte e
Manufatura. As duas empresas estrangeiras são do segmento Automotivo, sendo que uma atua
no México e a outra na Argentina.
Toda a metodologia citada nessa dissertação foi seguida à risca, e as pesquisas, bem como os
resultados obtidos, e as informações deles oriundas, são mantidos em sigilo, assim como foi
mantida a lisura de todo o processo avaliativo.
É uma empresa de grande porte com, aproximadamente, 530 funcionários, sendo 48 da área
de manutenção (próprios) e 5 contratados em regime de custo fixo por processo de
terceirização (contratos renovados por licitação a cada ciclo de 2 anos).
Possui uma produção seriada de 3 produtos distintos (carros chefes da empresa) e se configura
como uma multinacional de capital misto com outras plantas em território brasileiro.
As atividades de manutenção se caracterizam como mistas, pois algumas são executadas por
pessoal terceirizado cuja contratação é feita em regime de licitação realizada a cada ciclo de 2
anos. As principais atividades terceirizadas são: Utilidades, Manutenção de refrigeração e
tratamento de efluentes.
Identificou-se uma infinidade de indicadores gerados, tanto pelo CMMS quanto pelos
controles paralelos. Porém, uma ligação entre eles, aliada à definição de ações especificas
para priorizá-los e devidamente monitorá-los, é latente. Foram identificadas boas intenções
em se monitorar o tempo médio entre falhas (MTBF) e o tempo médio para reparo (MTTR),
assim como a disponibilidade média da planta. Estima-se que a proporção entre a manutenção
preventiva e a corretiva está em 40% e 60%, respectivamente. Vale a ressalva de que a cultura
do controle por indicadores é fortemente presente na planta fabril. Boas iniciativas na busca
das causas raízes das quebras foram observadas, mas ações de contramedida para não
reincidências não vêm se mostrando eficazes.
Por se tratar de uma empresa multinacional que adota iniciativas de qualidade e produtividade
padronizadas com outras plantas ao redor do mundo, percebe-se a boa iniciativa na aplicação
dos princípios do Total Productive Maintenance (TPM), 5S e Círculos de Controle da
Qualidade (CCQs), porém bem aquém de poder ser consideradas como ferramentas
implementadas no chão de fábrica.
A empresa é responsável pelo transporte de commodities por todo território nacional e acesso
a todos os portos brasileiros. Atende aos maiores conglomerados empresariais do Brasil e
mantém conexões com vários outros países da América Latina.
A área de manutenção atua de forma descentralizada, em que para cada planta, existe um
responsável pela manutenção (Gerente de Manutenção), que, hierarquicamente, responde a
um Diretor Nacional de Logística. As outras atividades de manutenção são executadas por
equipes dedicadas e multi-especializadas e fogem à abrangência da pesquisa junto à área de
manutenção fabril. Existe uma intenção para a terceirização de grande parte das atividades de
114
O turnover da planta estudada está na casa de 3,0% (dados de 2014).A idade média dos
equipamentos da empresa é de 22 anos, e a área de manutenção é responsável pela definição
de orçamento anual para gastos oriundos da disponibilização dos equipamentos. Porém, a
execução desse orçamento é fortemente monitorada pela área de controladoria, e percebe-se
claramente a indisponibilização de equipamentos devido a essa não autonomia por parte da
manutenção.
Não foi apresentado qualquer controle sistemático de manutenção, mas existe um consenso de
que a proporção entre a manutenção corretiva e preventiva está na casa dos 70% e 30%,
respectivamente.
A empresa não adota qualquer tipo de CMMS de mercado e mantém parte do seu
planejamento de manutenção gerenciado por um sistema caseiro (base MS ACCESS),
monitorado por profissionais da área de Tecnologia de Informação (TI). Existe uma rotina de
registro das intervenções de manutenção e uma periodicidade de atividades a serem
executadas, porém sem controle de realização e/ou reprogramação.
Poucos indicadores específicos de manutenção são coletados pelo CMMS caseiro e não foi
percebida a organização e disseminação dos dados de forma corporativa. Existe a intenção de
unificação de indicadores junto às outras plantas, mas essa iniciativa será coordenada pela
matriz. Em todas as áreas de manutenção visitadas, os indicadores disponibilizados são
corporativos, ou seja, indicadores de atendimento, satisfação de clientes, custos operacionais,
dentre outros, são de conhecimento de todos. Já os de manutenção, apenas um pequeno grupo
115
os recebe, e não se percebeu uma tratativa de disseminar essas informações por parte do corpo
técnico. São aplicadas atividades de manutenção corretiva e de manutenção programada,
assim como inspeções diárias.
Trata-se de uma empresa de grande porte com, aproximadamente, 740 funcionários, destes 69
são da área de manutenção (próprios) e 5 contratados em regime de custo fixo por
especialização, ou seja, contratos fixados para manutenções específicas nas principais
linhas/máquinas da planta estudada.
É uma empresa de capital multinacional, com sede na Europa, responsável pelo fornecimento
de componentes para indústria da mobilidade.
O turnover da planta estudada está na casa de 2,98% (dados de 2015).A empresa não adota
nenhum CMMS de mercado e mantém parte do seu planejamento de manutenção gerenciado
por um sistema próprio (base MS Excel). Porém, um plano de investimento em um CMMS
foi apresentado e aguarda aprovação de budget por parte da matriz, que detém o controle e
liberação do orçamento para as atividades ligadas à manutenção.
116
Existe um início de estruturação para o processo de análise de falhas, porém, pelas evidências
coletadas, ainda não está funcionando adequadamente. Existe reunião de análise de causa raiz,
em que são discutidos os impactos das paradas de máquina para a produção e definido plano
de ação. Não foi evidenciado um controle da efetividade das soluções mitigadoras das causas
raízes.
É uma empresa de grande porte com, aproximadamente, 850 funcionários, destes 81 são da
área de manutenção (próprios) e 18 contratados em regime de custo variável (demanda de
serviços programados pela área de PCM).
117
É uma empresa de capital multinacional com sede na Europa e presente em mais outros 4
países da américa latina, inclusive o Brasil.
A área de manutenção atua de forma centralizada (na oficina pesquisada), formada por
equipes de manutenção mecânica e elétrica. A empresa, como um todo, mantém a mesma
configuração, onde cada oficina (área produtiva) é responsável pelas equipes de produção e
manutenção, ambas respondendo a um gerente de produção, e este se reportando a um Diretor
industrial.
Os profissionais da manutenção têm escolaridade média de nível técnico, mas vários jovens
engenheiros já atuam na coordenação de equipes e planejamento das atividades de
manutenção.
O turnover da planta estudada está na casa de 0,58% (média dos meses de janeiro a maio de
2016), e a empresa tem atuado em 3 turnos de revezamento nos últimos 3 anos ininterruptos.
O Custo de materiais de reposição está 170% superior ao budget definido para 2016 e este é
definido pela área de manutenção que tem plena autonomia para gerenciá-lo.
A idade média das máquinas presentes na área estudada é de 08 anos, conforme informações
obtidas junto aos gerentes de produção e manutenção.
118
É uma empresa de capital multinacional com sede nos EUA e presente em mais outros 3
países da américa latina, inclusive o Brasil.
A área de manutenção atua de forma centralizada, em que cada oficina (área produtiva
estudada) tem um gerente de manutenção, responsável por chefes de equipe de manutenção
nas especialidades mecânica e automação. Cada gerente de manutenção responde ao gerente
da planta e este se reporta a um Diretor Industrial.
Todo o budget de manutenção é definido anualmente por cada uma dessas gerências de
manutenção, e a execução é de total autonomia delas, porém custos extras não são muito bem
recebidos pela matriz e um acompanhamento rigoroso é feito pela área de controladoria
119
foram presenciadas, o que levou à crença que o controle de manutenção, apesar de preciso,
não pode ser considerado como fidedigno. Estima-se que o custo da manutenção está na casa
dos 6,5% do faturamento bruto da unidade estudada.
A idade média das máquinas e equipamentos da unidade estudada é de 10 anos, porém uma
célula completa de produção acaba de ser inaugurada, com capacidade de 350.000
unidades/ano.
Práticas de TPM foram observadas em toda a unidade e os conceitos dos 5S está muito
presente em toda a fábrica.
Porte da Empres a Gra nde Médi o Médi o Gra nde Gra nde
Nota Obti da / Concei to 2,14 (Sa ti s fa z pa rci a l mente) 1,06 (dei xa a des eja r) 1,22 (dei xa a des eja r) 2,91 (Sa ti s fa z pa rci a l mente) 2,50 (Sa ti s fa z pa rci a l mente)
Qua nti da de de Funci oná ri os na á rea pes qui s a da 530 112 740 850 600
Próprios 48 23 69 81 73
Contratados/terceiros 5 4 5 18 20
Efeti vo da Ma nutençã o
Regime do contrato dos
Cus to fi xo / l i ci ta çã o Cus to fi xo / es peci a l i za çã o / Li ci ta çã o Cus to fi xo / es peci a l i za çã o / Li ci ta çã o Cus to va ri á vel Cus to va ri á vel
terceiros
Periodo de renovação do
2 a nos Contra tos es pecífi cos Contra tos es pecífi cos Contra tos es pecífi cos Contra tos es pecífi cos
contrato dos terceiros
Si s tema de produçã o Seri a da Atendi mento a contra tos es pecífi cos Seri a da Seri a da Seri a da
Li nha s de produtos 3 produtos di s ti ntos Tra ns porte de commodi ti es 12 produtos di s ti ntos Tra ns mi s s ões pa ra a utomóvei s Automóvei s
Es trutura orga ni za ci ona l da ma nutençã o Centra l i za da Des centra l i za da Centra l i za da Centra l i za da Centra l i za da
Tra ta mento de efl uentes e ma nutençã o da s
Uti l i da de, Ma nuteçã o de refri gera çã o e Tra ta mento de efl uentes e refri gera çã o e
Ati vi da des de ma nutençã o tercei ri za da i ns ta l a ções de refi rgera çã o e técni ca s Refri gera çã o e a l guma s técni ca s predi ti va s Tra ta mento de efl uentes e refri gera çã o
tra ta mento de efl uentes técni ca s predi ti va s
predi ti va s
Es peci a l i za çã o do pes s oa l de ma nutençã o Es col a ri da de médi a de nível técni co Es col a ri da de médi a de nível técni co Es col a ri da de médi a de nível técni co Es col a ri da de médi a de nível técni co Es col a ri da de médi a de nível técni co
Funções que os ma nutentores executa m Mul ti pl a s funções Mul ti pl a s funções Funções es pecífi ca s Funções es pecífi ca s Funções es pecífi ca s
Ati vi da des de engenha ri a de ma nutençã o PPCM (i ni ci a ndo) Inexi s tente Inexi s tente PPCM / Confi a bi l i da de PPCM / Confi a bi l i da de
Ges tã o orça mentá ri a da ma nutençã o Autônoma Autônoma Centra l i za da na Ma tri z Autônoma Autônoma
Cus tos de ma nutençã o pel o fa tura mento bruto da empres a 5,00% Nã o i nforma do Nã o i nforma do 3,28% (es ti ma do) 6,5% (es ti ma do)
Ida de médi a dos equi pa mentos 19 a nos 22 a nos 18 a nos 08 a nos 10 a nos
El a bora dos na prá ti ca pel os profi s s i ona i s da Ma i ori a i ns peções ba s ea da s nos ma nua i s
Pl a nos de ma nutençã o Pra ti ca mente i nexi s tentes Ins eri da s no CMMS Ins eri da s no CMMS
ma nutençã o. Nã o exi s te um PCM es trutura do dos fa bri ca ntes
Sistematização Nã o di s s emi na dos a toda s a s á rea s da empres aCol eta dos de forma precá ri a e nã o di s s emi na dos Ba s ea dos em pl a ni l ha s de OEE Control a dos pel o CMMS Control a dos pel o CMMS
Disponibilidade 89% (da dos de 2015) NA NA 92% (meta pa ra 2016) 98% (da dos de 2015)
Exi s tem i ni ci a ti va s de i denti fi ca çã o da s Inci pi ente, com reuni ões peri ódi ca s dos
Si s tema ti za da com 2 reuni ões di á ri a s (uma Boa s prá ti ca s em pel o menos 50% dos
Aná l i s e de fa l ha s ca us a s ra ízes ma s , a s a ções el i mi na -l a s NA i mpa ctos da s pa ra da s de má qui na s pa ra a
em ca da turno) equi pa mentos
contra medi da pa ra nã o s ã o efi ca zes . produçã o
Uti l i za çã o de ferra menta s pa ra a mel hori a da qua l i da de TPM / CCQ / 5S NA NA TPM / 5S TPM / 5S
Nesse capítulo são apresentados os resultados globais das pesquisas, onde foram compilados,
por meio da construção de gráficos de barras e gráfico tipo radar, para cada empresa
pesquisada. As notas globais obtidas, bem como os níveis atingidos para cada dimensão
analisada, fornecem as informações necessárias para uma tomada de decisão mais estratégica,
de onde os pontos de maior criticidade serão priorizados, com o objetivo de uma consolidação
do processo de manutenção.
Com relação à preparação a empresa A atingiu uma posição relativamente boa, pois
também encontra-se entre os níveis 1,5 e 3,5 de maturidade. Porém, a questão da
decomposição dos equipamentos não foi considerada consistente o suficiente, motivo pelo
qual a maturidade nesse quesito foi classificada como N0,
organização
das práticas de eliminação da degradação dos equipamentos, que está no Nível N3 de
ao que seria ideal. Mas a
aplicação da metodologia de análise das causas raízes das falhas atingiu o Nível N0, ou seja,
125
Destaca-se a seguir o gráfico tipo radar (GRÁFICO 26) com a compilação global dos
resultados supracitados.
Destaca-se a seguir o gráfico radar (GRÁFICO 27) com a compilação global dos resultados
supracitados.
A empresa D é de grande porte e multinacional, com plantas presentes em vários outros países
da América Latina. A gestão da manutenção é centralizada, onde os gerentes de produção são
responsáveis por suas respectivas áreas de manutenção. Apresentam-se na Tabela 12 os
resultados globais do nível de Maturidade da Empresa D.
O gráfico radar (GRÁFICO 28) contém a compilação global dos resultados de manutenção da
empresa D.
131
A empresa E é de grande porte e multinacional, com plantas presentes em vários outros países
da América Latina e com sede nos EUA. A gestão da manutenção é centralizada, em que os
gerentes de manutenção reportam a um gerente de planta. Destacam-se na Tabela 13 os
resultados globais do nível de Maturidade da Empresa E.
132
No âmbito da ,
entre N2 e N3, notam-se boas intenções de efetuar as análises das quebras e atenção ao
volume de manutenção corretiva, mas como evidenciado, não extensivo a todas as máquinas
da planta analisada.
Com relação à , uma classificação geral variando entre N2 e N3, atestam que o
. A relação entre manutenção preventiva e
corretiva está em 45% e 55%, respectivamente, validando que algumas técnicas de
manutenção sistemática e sensitiva são conhecidas. Mesmo utilizando um CMMS que poderia
levar a uma melhor estruturação do PCM, percebe-se que um direcionamento mais adequado
a essa área de conhecimento deve ser priorizado.
Os resultados dos níveis de maturidade da empresa E são apresentados no gráfico tipo radar
(GRÁFICO 29).
Em todas as 5 empresas estudadas, o conceito da gestão de ativos era conhecido, mas o papel
da manutenção era encarado, na maioria dos casos, como importante, porém não essencial.
Esse paradigma fica claro quando se analisa os resultados das pesquisas. Portanto, aplicar
projetos específicos para alavancagem desse departamento é fator crítico de sucesso, não só
para o alcance de uma sustentável gestão de ativos, mas para consolidar o processo de
manutenção no chão de fábrica .
9 CONCLUSÕES
II.
Em relação aos quesitos relativos à estruturação as empresas brasileiras se
apresentaram com diante de grande parte dos itens avaliados
estarem entre os níveis de maturidade N0 e N1, o que significa que a gestão da
, exceto, os seguintes quesitos:
a) organização e limpeza 5s: Empresas A e C
b) g
Entretanto, mesmo assim, as empresas brasileiras não possuem uma gestão adequada.
Questões fundamentais, como a gestão da documentação técnica dos equipamentos,
137
Conclui-se que, apesar das empresas estrangeiras possuírem uma certa deficiência
, elas ainda têm melhor desempenho do que as empresas
brasileiras. Em outras palavras, tendo como referência o que se propõe no modelo de
diagnóstico proposto nessa dissertação, existe já implementado um ambiente
estruturado para a consolidação da área de manutenção.
III.
Em relação aos quesitos relativos à preparação, as empresas brasileiras apresentaram
, devido à grande parte dos itens avaliados estarem entre os
níveis
Entretanto, mesmo assim, as empresas brasileiras não possuem uma gestão adequada.
Louváveis iniciativas de classificação dos equipamentos são feitas, porém, sem uma
continuidade lógica, por exemplo. A mesma empresa que classifica seus equipamentos
se preocupa em realizar uma decomposição até os componentes críticos. Essa área de
conhecimento é, praticamente, desconhecida. Já as empresas estrangeiras mantêm
melhor desempenho do que as empresas brasileiras (N0 a N2), pois grande parte dos
os seguintes quesitos:
a) classificação de equipamentos, decomposição, normas e procedimentos:
Empresa C com nível N3
b) m
c) procedimentos de trabalho: Empresa D com nível N4, ou seja,
IV.
Em relação aos quesitos relativos à organização as empresas brasileiras e estrangeiras,
de forma geral, se nivelaram, pois foram avaliadas, em média, entre os níveis N1 e N2.
Algumas ressalvas negativas podem ser feitas:
a) metodologia de análise de falhas: Empresa A com nível N0;
b) metodologia de manutenção corretiva: Empresa A com nível N1;
c) metodologia de decomposição: Empresa B com nível N0.
V.
139
VI.
Em relação aos quesitos relativos à otimização, as empresas brasileiras e as
, porque grande parte dos itens
avaliados estão entre o nível de maturidade N1 e N2. Isto significa que a gestão da
o seguinte quesito:
a) metodologia de análise de falhas: Empresa D com nível N3, ou seja,
ferramenta ora proposta foi utilizada com sucesso para apoiar a decisão dos gestores
em busca da priorização dos processos e na elaboração das estratégias de intervenção.
É m
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