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Discordâncias e Mecanismos
de Aumento de Resistência
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DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA
• Em uma escala microscópica a deformação plástica é o resultado do
movimento dos átomos devido à tensão aplicada. Durante este processo
ligações são quebradas e outras refeitas.
• Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente envolve o
escorregamento de planos atômicos, o movimento de discordâncias e a
formação de maclas
• Então, a formação e movimento das discordâncias têm papel
fundamental para o aumento da resistência mecânica em muitos
materiais.
A resistência Mecânica pode ser aumentada restringindo-se o movimento
das discordâncias
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS E A
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
• Discordâncias em cunha movem-se
devido à aplicação de uma tensão de
cisalhamento perpendicular à linha
de discordância
• O movimento das discordâncias pode
parar na superfície do material, no
contorno de grão ou num
precipitado ou outro defeito
• A deformação plástica corresponde à
deformação permanente que resulta
principalmente do movimento de
discordâncias (em cunha ou em
hélice)
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS
Direção de escorregamento
Plano de escorregamento
Uma distância
interatômica
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM
CUNHA E EM HÉLICE
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DENSIDADES DE DISCORDÂNCIAS TÍPICAS
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CARACTERÍSTICAS DAS DISCORDÂNCIAS
IMPORTANTES PARA AS PROP. MECÂNICAS
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INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
• ATRAÇÃO • REPULSÃO
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MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS EM
MONOCRISTAIS
• Durante a deformação plástica o
número de discordâncias
aumenta drasticamente
• As discordâncias movem-se mais
facilmente nos planos de maior
densidade atômica (chamados
planos de escorregamento). Neste
caso, a energia necessária para
mover uma discordância é
mínima
• Então, o número de planos nos
quais pode ocorrer o
escorregamento depende da
estrutura cristalina
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Planos e direções de deslizamento das
discordâncias
• Sistemas de delizamento:conjunto de planos e direções de
maior densidade atômica
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Maclas
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Mecanismos de aumento de
resistência dos metais
• Aumento da resistência por adição de elemento de liga
(formação de solução sólida ou precipitação de fases)
• Aumento da resistência por redução do tamanho de grão
• Aumento da resistência por encruamento
• Aumento da resistência por tratamento térmico
(transformação de fase): será visto posteriormente
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INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS EM
SOLUÇÕES SÓLIDAS
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Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão
• O contorno de grão funciona como um
barreira para a continuação do movimento
das discordâncias devido as diferentes
orientações presentes e também devido às
inúmeras descontinuidades presentes no
contorno de grão.
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Dependência da tensão de escoamento com o
tamanho de grão
• esc= o + Ke (d)-1/2
• o e Ke são constantes
• d= tamanho de grão
• Essa equação não é válida para grãos muito
grosseiros ou muito pequenos
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ENCRUAMENTO OU ENDURECIMENTO PELA
DEFORMAÇÃO À FRIO
• É o fenômeno no qual um material endurece devido à
deformação plástica (realizado pelo trabalho à frio)
• Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de
discordâncias e imperfeições promovidas pela deformação,
que impedem o escorregamento dos planos atômicos
• A medida que se aumenta o encruamento maior é a força
necessária para produzir uma maior deformação
• O encruamento pode ser removido por tratamento térmico
(recristalização)
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VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS EM
FUNÇÃO DO ENCRUAMENTO
O encruamento aumenta a
resistência mecânica
O encruamento aumenta o
limite de escoamento
O encruamento diminui a
ductilidade
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ENCRUAMENTO E
MICROESTRUTURA
• Antes da deformação • Depois da deformação
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RECRISTALIZAÇÃO
(Processo de Recozimento para Recristalização)
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MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO
DE UM MATERIAL ENCRUADO
ESTÁGIOS:
• Recuperação
• Recristalização
• Crescimento de grão
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MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO
DE UM MATERIAL ENCRUADO
Ex: Latão
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RECUPERAÇÃO
• Há um alívio das tensões internas armazenadas
durante a deformação devido ao movimento das
discordâncias resultante da difusão atômica
• Nesta etapa há uma redução do número de
discordâncias e um rearranjo das mesmas
• Propriedades físicas como condutividade térmica e
elétrica voltam ao seu estado original
(correspondente ao material não-deformado)
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RECRISTALIZAÇÃO
• Depois da recuperação, os grãos ainda estão
tensionados
• Na recristalização os grão se tornam novamente
equiaxiais (dimensões iguais em todas as direções)
• O número de discordâncias reduz mais ainda
• As propriedades mecânicas voltam ao seu estado
original
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CRESCIMENTO DE GRÃO
• Depois da recristalização se o material
permanecer por mais tempo em temperaturas
elevadas o grão continuará à crescer
• Em geral, quanto maior o tamanho de grão
mais mole é o material e menor é sua
resistência
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TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO
• A temperatura de recristalização é
dependente do tempo
• A temperatura de recristalização está entre
1/3 e ½ da temperatura de fusão
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TEMPERATURAS DE
RECRISTALIZAÇÃO
• Chumbo - 4C
• Estanho - 4C
• Zinco 10C
• Alumínio de alta pureza 80C
• Cobre de alta pureza 120C
• Latão 60-40 475C
• Níquel 370C
• Ferro 450C
• Tungstênio 1200C 31
DEFORMAÇÃO À QUENTE E
DEFORMAÇÃO À FRIO
• Deformação à quente: quando a deformação
ou trabalho mecânico é realizado acima da
temperatura de recristalização do material
• Deformação à frio: quando a deformação ou
trabalho mecânico é realizado abaixo da
temperatura de recristalização do material
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DEFORMAÇÃO À QUENTE
VANTAGENS
Permite o emprego de menor esforço mecânico para a mesma
deformação (necessita-se então de máquinas de menor capacidade
se comparado com o trabalho a frio).
Promove o refinamento da estrutura do material, melhorando a
tenacidade
Elimina porosidades
Deforma profundamente devido a recristalização
DESVANTAGENS:
Exige ferramental de boa resistência ao calor, o que implica em
custo
O material sofre maior oxidação, formando casca de óxidos
Não permite a obtenção de dimensões dentro de tolerâncias estreitas 33
DEFORMAÇÃO À FRIO
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VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES EM FUNÇÃO DO
ENCRUAMENTO
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