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MARKETING PARA DJS

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Todo mundo, em qualquer carreira, começa de algum lu-

gar. Algumas pessoas começam a sua carreira de DJ até
mesmo por acidente – a pessoa gosta de música, os ami-
gos percebem que ela tem bom ouvido... daí para as festas
de amigos, sets em lugares pequenos, até chegar em um
nível realmente profissional, com qualificação, é um pulo,
se houver real interesse e empenho. Mas já vai longe o
tempo em que bom gosto e uma excelente pesquisa mu-
sical bastavam para se destacar no ramo da discotecagem.

Os tempos são outros, e, hoje, com tanta gente inserida no

mercado de DJ, ser um bom profissional já não é o suficien-
te – você precisa de uma comunicação eficiente, para que
as pessoas e o mercado te percebam.

Daí veio a ideia de juntar algumas dicas para ajudar quem

está começando nesse universo, ou mesmo quem já traba-
lha no ramo há algum tempo, mas tem dificuldade em se
encaixar no mercado. Esperamos que essas dicas sejam
úteis para você e tenha em mente que isso não são regras,
mas sugestões. Boa leitura!

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Escolha um bom nome artístico

DJs são conhecidos, na maioria das vezes,
pelo seu nome artístico. Mas a escolha pode
alavancar ou estacionar sua carreira. É impor-
tante dar um toque pessoal, e escolher algo
que te represente musicalmente. Alguns fa-
tores são essenciais na hora de escolher seu
alter ego:

• Relevância
Não é uma regra, mas é interessante que seu
nome artístico contextualize o seu trabalho
como DJ, que defina o seu caráter como ar-
tista. Isso é bastante subjetivo, e um nome
errado pode atrapalhar mais do que ajudar.
É por isso que a maioria dos nomes não que-
rem dizer nada, só soam legais. E, se você
estiver em dúvida, esse é o caminho mais
seguro a seguir.

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• Permanência
Um bom nome artístico deve durar bastante. “DJ + seu nome” pode funcionar, e até mesmo te representar
durante muito tempo, mas só se você não tiver um nome comum. Além disso, as pessoas podem te con-
fundir com outros DJs que tenham o mesmo nome. Leve em conta também que usar esse recurso vai te ex-
por um bocado, inclusive quando você não quiser atenção. Uma dica: muitos artistas de sucesso apenas
modificaram um pouco seu nome para soar melhor. Então, simplifique – é você e sua música que importam
aqui. Escolha um nome ou modifique o seu de uma forma original baseado(a) nesses princípios.

• Maturidade
Escolher um nome relacionado a um gênero musical ou mesmo gírias pode não ser uma boa ideia. Su-
ponho que você queira construir uma carreira duradoura, então “DJ LOL”, por exemplo, pode até soar
divertido e interessante agora, mas não vai durar muito tempo. Uma boa maneira de pensar isso é se
perguntar: “Meu nome vai continuar soando legal daqui a 10 ou 20 anos?

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Escreva uma bio decente

Biografias são uma ótima maneira do público se informar sobre você depois de uma apresentação – e dos
promoters te avaliarem também. A dica mais importante aqui é: tenha muito cuidado com a sua gramática.
Ok, pode ser que seu sucesso não dependa exatamente da sua habilidade para a redação, mas um texto
bem escrito ajuda a manter os seus fãs e contratantes na leitura. Mesmo que você seja um bom escritor,
peça a opinião de um ou dois amigos – é normal que alguma coisa passe despercebida. Um texto limpo e
bem escrito ajuda a passar a imagem de um DJ profissional.

Da mesma forma, é legal pensar na estrutura da sua bio. Uma introdução, um ponto de partida consistente
e um tema que ajude a desenvolver a história que você está prestes a contar, aumentam a qualidade da
sua bio. Claro que isso não é um livro, mas não há razão para que você não faça o melhor texto possível.

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• Para isso, leve em conta algumas coisas:

»» Não caia na mesmice e evite frases genéricas como: “desde pe-

queno, Ffulano é um apaixonado por música”. Qual DJ não é?
»» Evite entediar seus leitores com detalhes excessivos sobre sua vida
ou carreira. Ao invés disso, foque nos pontos mais importantes e deixe
seu texto enxuto. Uma lista interessante de assuntos a serem aborda-
dos seria:

1. Como você começou?

2. Quem ou o que te motivou a ser um DJ?
3. Quem são suas referências, seus artistas favoritos?
4. Em quais estilos musicais você é um especialista?
5. Como você descreveria seu estilo como DJ?

Certifique-se de listar suas maiores realizações profissionais tam-

bém, e, caso você tenha, cite também o apoio de nomes conhecidos
da cena. Por fim, encerre o texto com suas informações de contato,
sua agenda de eventos e outros projetos que você desenvolva. Faça
com que sua bio impressione, ou, ao menos, mostre às pessoas que
você pretende propor algo novo ou diferente com a sua música.

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Faça um set matador

Um bom set promo é uma obrigação. Ela mostra suas habilidades técnicas e de curadoria. Quando bem
feita, o set te ajuda a ganhar novos fãs e chama a atenção sobre o seu trabalho. Para isso, basta seguir al-
guns princípios:

• Planeje seu set

Decida qual ou quais estilos que você pretende mostrar, o tempo de duração, como você vai distribuir o
set, pra qual público se destina. Um set para o público em geral pode ter mais tempo, como uma hora de
set. Já uma promo voltada para possíveis contratantes deve ter bem menos tempo. Lembre-se de que em-
presários do ramo em geral não têm muito tempo a perder e um set longo vai fazê-los desistir rapidamen-
te – o ideal é entre 20 minutos a, no máximo, meia hora.

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• Pesquisa é tudo
Técnica é fundamental, mas resista à tentação de mostrar to-
dos os truques de mixagem que você sabe fazer. As pes-
soas sempre vão preferir escutar uma seleção bem feita de
músicas do que um set cheio de truques, mas sem boas
faixas. O alcance do seu set depende diretamente da suas
escolhas musicais.

• Brinque com o velho e o novo

Colocar alguns clássicos no seu set pode ser uma excelente
maneira de despertar a atenção sem muito esforço. Só lem-
bre-se de dar um toque exclusivo às faixas, como um remix
menos conhecido, para manter a curiosidade sobre o que
você está tocando.

• Equilibre tracks instrumentais com vocais

Boas faixas instrumentais podem ser excelentes para a pista,
mas não caia na armadilha de fazer um set só com elas. As-
sim como numa festa, seu set precisa criar um vínculo com
o seu público – então dê algo para que as pessoas se sintam
confortáveis ao ouvir seu set.

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• Crie novos temas

Fazer um set em torno de um único tema pode ser um processo divertido. Temas criam um envolvimento
com um determinado público e criam expectativa. Mas, cuidado: temas específicos ou obscuros demais
podem afastar o seu público alvo, ou então criar um vínculo tão forte que pode ser difícil para você se
livrar dele depois.

• Descubra remixes para incluir no set

Um remix bem feito pode tornar uma música memorável. Se você descobrir um bom remix que é pouco
conhecido, usá-lo pode ser uma boa maneira de dar destaque ao seu set. Dica: isso fica melhor ainda se
você puder fazer o seu próprio remix.

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• Faça mixagens perfeitas

Se algo não funciona na seu set, corrija! Certifique-se de que
suas mixagens foram feitas com precisão. Isso pode parecer
bobagem pelo fato da mixagem em si ser um processo rela-
tivamente simples, mas ninguém vai te agradecer por fazer
uma mixagem bem feita. Em compensação, mixagens mal fei-
tas farão com que as pessoas associem seu nome a elas – e se
sua mixagem não é boa, você também não é.

• Vá com calma nos efeitos

Efeitos podem ser uma boa maneira de mostrar seu estilo, mas
quanto mais você usá-los, mais fácil será para os ouvintes no-
tarem a presença deles. Se as pessoas começarem a prestar
mais atenção nos efeitos do que na música, a magia do seu set
se foi.

• Olho nos níveis

Níveis muito altos de som vão distorcer e prejudicar a qua-
lidade do seu set. Se forem baixos demais, alguns detalhes
do som se perderão. Mesmo que tudo pareça bem, faça uma
masterização adicional, se possível. Isso pode fazer toda a
diferença para a o seu set.

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• Conheça bem o seu set

Certifique-se de que conseguirá reproduzir o seu set em apresentações ao vivo. Suas mixagens são a re-
presentação da sua visão sobre aquelas músicas, e saber como apresentá-las é o que torna o seu set único.

• Grave ao vivo
A gravação de um set ao vivo pode ser complicado, especialmente se você não usa softwares de dis-
cotecagem. Mas uma gravação ao vivo pode ser bastante gratificante, e, até mesmo, ser uma das suas
mixes mais fortes, se feita corretamente. Muitas vezes, as melhores decisões sobre o que tocar são toma-
das no calor do momento, e um set ao vivo ref lete perfeitamente isso. Você terá que monitorar tudo com
muita atenção, ao mesmo tempo em que mantém o controle da pista, mas o esforço valerá a pena se a
gravação ficar boa. Muitas vezes, a gravação ao vivo pode não capturar o clima do evento, mas é melhor
arriscar do que se arrepender mais tarde de não ter feito.

• Se puder, marque as tracks do seu set

Assim, se alguém não gostar de algumas das faixas, fica fácil pular para a próxima – e isso aumenta as
chances de ouvir a maior parte do set. Soltar um set de duas horas sem marcação de tracks é pedir para
que as pessoas desistam de ouvi-lo. O software grátis de edição Audacity permite esse tipo de edição.
Outro detalhe importante é verificar e preencher toda a lista de metadados que uma faixa digital possui.
Isso facilita a busca de uma música por um ouvinte e a lembrança do seu set. Na maioria das vezes, basta
colocar o nome do artista e da música. Se tiver a capa do álbum ou single, melhor ainda.

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• Dê um nome bacana
Crie um nome que mostre às pessoas o que aquele set representa, algo que seja atraente e que as pes-
soas memorizem. Isso vai ajudá-las na hora em que forem comentar sobre o seu trabalho com alguém.
O nome do seu set deve trazer um significado, uma síntese da sua música e do que você pretende co-
municar com ela.

• Capriche no visual
Seu set pode ter ficado incrível, mas adicionar uma arte visual vai aumentar o impacto. Embora isso fun-
cione melhor com mídias físicas, uma arte bem feita pode comunicar o conteúdo do seu set antes mesmo
dele ser tocado. Se você não tiver habilidade para fazer sozinho, vale investir em um profissional para
que ele crie a arte para você.

• Compartilhe online
Hoje, é a coisa mais óbvia a se fazer. E a mais necessária também. Existem várias plataformas onde você
pode postar seus sets, é só escolher o que lhe agrada mais. Ao mesmo tempo, é justamente porque hoje
tem tanta gente no mercado compartilhando sets que você deve ter um cuidado especial com o seu.
Pode ser a diferença para que alguém escolha o seu set e não a de outra pessoa. Mas evite liberar o do-
wnload, a não ser que você seja o compositor das músicas ou tenha autorização para isso.

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• Saiba como distribuir

Caso você opte pela distribuição física, existem algumas formas de fazer isso. Você pode dar seu set
para seus ouvintes em uma festa em que vá tocar, ou mesmo distribuir para amigos ou fãs do seu tra-
balho. Isso fica ainda mais fácil no digital: as plataformas de hospedagem e as redes sociais são uma
excelente ferramenta nessas horas. Só tome cuidado para não exagerar na divulgação, ou as pessoas vão
fugir de você.

• Tudo certo? Então comece de novo!

Simples assim. Ache a periodicidade com que você se sente confortável – um set por mês, uma por se-
mana? E repita tudo de novo. Uma vez que você assimilou o processo, ele fica cada vez mais fácil de se
fazer.

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Crie um logo
Um logo bem feito não é só uma imagem para você fazer adesivos ou colocar
como capa das suas mixes – ela é uma ferramenta eficiente para que as pessoas
lhe identifiquem, exatamente como seria se você tivesse uma empresa – mas
nesse caso, você é a empresa. Uma logo se caracteriza por temas que remetam
às necessidades dos clientes e pelo seu impacto promocional. No nosso caso,
isso quer dizer que sua logo deve ref letir o seu estilo de música e sua imagem
pública, ser simples o suficiente para ser facilmente lembrada, mas, ao mesmo
tempo, ser original e diferente de tudo o que os seus fãs tenham visto até agora.

O primeiro passo para se fazer uma logo é a escolha da fonte com a qual ela
será escrita. Depois vem as experimentações com formas e o desenho, até que
se chegue a um resultado de acordo com o que você imagina que deva ser a
sua imagem pública.

No entanto, uma logo significará muito pouco se você não usá-la da forma cor-
reta. Isso significa aplicá-la em tudo que você puder – de CDs promo a adesi-
vos, nos f lyers das gigs em que você tocar, site, redes sociais, blogs... as As
pessoas têm que ver a sua logo e conectá-la com a sua imagem, para que você
possa tirar proveito dessa conexão.

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Construa um site
Sabemos que existem inúmeras redes sociais, plataformas de compartilhamento de música e imagens,
vídeos, etc. Mas, e se você pudesse juntar tudo isso em um só lugar, e de quebra ainda coletar dados
sobre seus fãs, como e-mails? O lugar disso tudo é no site!

Comprar um domínio não sai caro, e com a possibilidade de se construir sites em cima de plataformas
de blog, como o WordPress, facilitam muito a sua vida, e a de quem busca informações a seu respeito na
rede. Mas, para que um site seja realmente útil para você, ele deve conter no mínimo esses elementos:

• Um campo onde o visitante possa ver as datas das suas próximas gigs;
• Links para as suas redes sociais – aqui, tenha um cuidado especial para que o seu site não fique po-
luído, principalmente se você usa muitas redes;
• Um player de áudio e um de vídeo – você pode usar os dos canais que você tem conta, como o You-
tube e o Soundcloud, por exemplo. A maioria deles possui um código para que você possa incorporá-los
ao site;
• Um campo para que seus fãs possam colocar seu email, para receber newsletters, promos, etc;
• Um campo de download de presskit;
• Um botão de assinatura de RSS;
• Um blog para postar notícias a seu respeito, interagir com fãs, criar promoções, etc.

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• Porque você deve priorizar um site ao Facebook

Este é um assunto controverso, mas fácil de entender. Claro que o Facebook ainda é uma boa ferramenta
de divulgação, mas tem perdido força principalmente pela sua política de restrição de alcance. Exemplo:
se você tem mil seguidores na sua página, uma postagem sua terá um alcance orgânico médio de 1%,
ou seja, 10 pessoas. A única forma de aumentar a visualização dos seus posts é pagando. Se você somar
toda a despesa que você terá para promover seus posts no Facebook, verá que construir um site sai mais
barato. Outro motivo é que redes sociais, em geral, têem prazo de validade – você se lembra do MySpa-
ce? Por outro lado, um site não “sai de moda”. Isso não quer dizer que você deva abandonar o Facebook
– ele continua sendo uma maneira de divulgar seu trabalho, mas não deve ser a única.

• Emails ainda são uma boa forma de se promover

E o motivo para isso é bem simples: a maioria das pessoas ainda prefere receber a informação, do que
ter que ir buscá-la. E existem serviços de envio para listas de e-mail grátis, ou com valor acessível. O im-
portante é saber o que sua audiência quer receber, e criar um material que atenda essas necessidades.
Uma dica extra aqui: crie um título para os e-mails que chame a atenção diretamente para o conteúdo
inserido nele. Isso desperta a curiosidade de quem recebe. E faça uma assinatura pessoal no fim dos
e-mails, com o mínimo possível de links – direcionar para o site é uma boa ideia.

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Crie seu canal de vídeo

Ter seu próprio canal de vídeo era uma coisa impensável até uma década atrás. Hoje, as câmeras digi-
tais portáteis, e os canais online, como o YouTube e o Vimeo, são excelentes plataformas de divulgação.
Existem vários programas de edição de vídeo que são fáceis de usar, e uma boa busca na internet pode
te oferecer muitos tutoriais que ensinam técnicas de edição, posicionamento de câmera, etc. Crie um
conteúdo que seja do interesse do seu público e mãos à obra! Você ainda pode buscar vídeos feitos por
outras pessoas e postadas na rede, para então editar e publicar no seu canal – não esqueça de pedir au-
torização para o autor. Além disso, você pode e deve publicar seus vídeos no Facebook e no Instagram.

Faça fotos promocionais de qualidade

Vivemos em uma era em que a imagem é supervalorizada. Assim, fotos são uma importante ferramenta
de promoção. E, em um mundo tomado por câmeras de celular, a baixa qualidade das imagens impe-
ra. Sob esse ponto de vista, apenas imagens com qualidade profissional poderão mostrar seu estilo e
impressionar seu público. Não importa o estilo que você toca – para ser considerado um DJ profissional,
você tem que parecer como um. E não há uma maneira mais permanente de se fazer isso do que com
fotos. Além disso, as fotos são essenciais para f lyers, press kits, etc. Em geral, uma sessão de fotos não é
barata, mas compensa o investimento.

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Postura profissional
Ser profissional não é ter a agenda lotada de gigs ou uma residência em um club. É mais sobre como
você interage com as pessoas à sua volta e que estão relacionadas ao seu trabalho, sejam parceiros pro-
fissionais ou fãs. Seu profissionalismo – ou a falta dele – podem afetar diretamente as suas oportunidades.
Então, é útil que você não se esqueça de algumas coisas:

• Sua atitude conta muito

Entre as pessoas que trabalham no meio artístico, existe um consenso de que pessoas que são mais
amigáveis e de cabeça mais aberta, tratam os outros de maneira mais gentil e, com isso, conseguem
mais oportunidades. Isso é verdade, ao menos para a maioria delas. No entanto, isso não quer dizer que
você não possa ser uma delas.

Tudo começa na sua atitude com os outros. A partir do momento que trata as pessoas com respeito, essa
imagem amigável percorrerá a cena onde você se situa e chegará a promoters e donos de clubes, que
costumam avaliar cada detalhe antes de convidar alguém para trabalhar junto. Assim como você, exis-
tem inúmeros DJs iniciantes que estão procurando seu lugar, e ser profissional o coloca em vantagem. Ter
uma atitude positiva irá lhe ajudar com negociações, interações com fãs, esforços conjuntos de promo-
ção, relação com outros funcionários de bares, eventos e baladas, e todas as pessoas com quem um DJ
deve lidar.

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• Não faça overbooking

Marcar duas apresentações na mesma noite apenas para garantir uma reserva é uma das piores coisas
que você pode fazer. Não há problema em fazer dois eventos no mesmo dia, se houver intervalo sufi-
ciente entre eles. Mas se apresentar em um lugar e não aparecer no outro é péssimo para a sua imagem
profissional. Dê preferência a quem te chamou antes, peça desculpas a quem te chamou depois e colo-
que-se à disposição para um evento futuro.

• Controle suas emoções

Como um artista da música, a emoção pode ajudar muito na sua carreira. Mas quando se está cercado
por outros DJs, performers e artistas, as coisas podem sair de controle. Independente do que aconteça,
você não pode perder o controle de suas ações e palavras. Se alguém lhe provocar, isso é mais um
motivo para não ceder. Seja profissional, não insulte ou ofenda ninguém, ou as pessoas começarão a te
olhar de forma negativa.

• Não beba demais

No nosso ramo, não há problema em beber um pouquinho. Todos sabem seus próprios limites, mas nós
tendemos a subestimá-los, e isso pode arruinar a sua apresentação. Não faça nada de que você possa
se arrepender depois. As pessoas que te contrataram não serão tão compreensivas em relação ao seu
comportamento como o público. Isso pode danificar seriamente sua carreira e colocar seu futuro como
DJ em risco.

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Faça um contrato
É bem provável que no começo da sua carreira, você tenha que se promover sem a ajuda de terceiros.
Fazer contratos é uma boa maneira de se prevenir contra imprevistos. Talvez você não antecipe todos os
problemas que podem ocorrer, mas um documento bem redigido pode ser uma proteção. Em caso de
eventos maiores, é uma boa ideia ter um suporte jurídico para a redação da papelada. Verifique se ele tem
os seguintes elementos:;

- todas as partes envolvidas devem estar no contrato;

- todos os direitos e responsabilidades de todas as partes devem estar descritos;
- descrição do local e espaço que você utilizará durante o evento;

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- data do evento e o horário em que ele será

realizado, assim como o tempo que você irá
tocar;
- descrição detalhada do evento, incluindo
estilos musicais – isso evita mudanças de últi-
ma hora não combinadas;
- os termos de cancelamento devem ser cla-
ramente indicados, para protegê-lo de uma
eventual quebra de contrato;
- descritivo do equipamento a ser utilizado
por você – ele pode ser mais detalhado em
um anexo que chamamos de rider.;
- toda a parte financeira deverá ser descrita
também. Se o acordo for cachê fixo, porcenta-
gem de bilheteria, etc, . tudo Tudo deve estar
devidamente documentado;
- prazos de pagamento devem estar regis-
trados no contrato.;
Se você prever todos os possíveis contratem-
pos, não importa o quão improváveis eles
sejam, e incluí-los em seu contrato, menor a
possibilidade de das coisas darem errado.

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Determine o seu rider

O Rider é um documento anexo em
que você estabelece quais equi-
pamentos serão necessários para
a sua apresentação, assim como
outros itens, como bebidas, convi-
tes, etc. Normalmente ele vem em
um anexo ao contrato e serve para
que os contratantes providenciem
o necessário. Eis um exemplo de
rider:

- Este Rider faz parte do contra-

to. Quaisquer alterações propos-
tas devem ser primeiro acordadas
entre o contratante e o artista ou o
seu representante antes de serem
feitas. Caso contrário, todas as
cláusulas devem ser respeitadas.

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- Está acordado e entendido que o contratante irá proporcionar:

o Refeição antes da apresentação para duas pessoas;
o durante Durante a apresentação: 1x garrafa de vodka de boa qualidade; 4x garrafas de água.

- Está acordado e entendido que o contratante fornecerá os seguintes equipamentos:

o 2x CDJ 2000;
o 1x DJM 900;
o 2x monitores profissionais (retornos).

- A FALTA DOS EQUIPAMENTOS DESCRITOS PODE RESULTAR EM FALTA DE DESEMPENHO.

- O artista ou o seu representante fornecerá uma lista de convidados com vinte (20) pessoas, sem qual-
quer custo para o artista;.

- O contratante deve fornecer uma rota do local de apresentação que indique o caminho pelo qual o
artista e o equipamento devem chegar.

- Este Rider deve retornar juntamente com o contrato.

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Coisas que você precisa além de talento

Talento musical é, sem dúvida, uma das coisas de que você precisa como DJ, mas, em um mundo que
julga seus pontos fortes e fracos constantemente, apenas isso pode não ser o suficiente para lhe destacar
da multidão. Assim, é preciso levar mais do que talento para o mercado.

• Crie uma base de fãs

Trabalhe duro para conquistar a sua base de fãs. Isso pode levar tempo, mas uma base sólida vai te aju-
dar, e muito, a conseguir espaço. Lembre-se de que isso, mesmo com todos os aspectos emocionais e
artísticos, é um negócio, e ele depende de pessoas para funcionar. Donos de balada e promotores de
eventos querem um público que consuma o que eles têm a oferecer – e não há nada de errado nisso.
Claro que é uma vantagem se você souber como entreter o público, mas, no fim do dia, o tamanho do
público é o que importa para os donos do negócio.

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Ser um DJ popular significa que, em algum tempo, você não precisará mais correr atrás de lugares para
tocar – na realidade, as pessoas procurarão você. Para isso, use as técnicas de promoção que sugeri-
mos. Vale tudo: redes sociais, e-mails, ligações. O que importa aqui é sua capacidade de mobilização.

• Prática leva à perfeição

Quanto mais você faz, melhor você se torna. Em algum tempo, você terá uma grande lista de contatos.
E, com um pouco de sorte, isso será o suficiente para fazer com que um contratante veja que você tem
mais do que talento para oferecer e no futuro ele se sentirá mais confiante para lhe contratar outras vezes.

Esperamos, de coração, que essas dicas lhe sejam úteis, e ficaremos bem feliz de ver você tocando cada
vez mais e melhor. Boa sorte, e nos vemos na pista!

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Sobre o autor - Hermes Pons

DJ, autodidata, iniciou sua carreira aos 18 anos. Começou sua
carreira como residente do Orb Club, um pioneiros da música
eletrônica no Paraná; além do Orb foi residente dos clubs Elektra,
Birinites, James, Vox e Soviet.
Em 1998, criou o grupo Beat Dada com Alex Pons e Jorge
Falcon, cujos singles resultaram em duas indicações na Escolha
da Audiência do Prêmio Fun da Gazeta do Povo. Foi um dos
fundadores da cooperativa de música eletrônica Zootek. No
mesmo ano abre o show do grupo alemão Atari Teenage Riot.
Foi professor de discotecagem junto com os DJ Jeff Bass e
Rodrigo Gorky no SESC da Esquina em 2003. Acumulou
passagens pelos clubs Rave, Legends, Bali Hai, Mediterrânea,
Cabaret Pagliacci, Circus, Wonka, Roxy, Retrô, Kubrick,
La Lupe, V.U., Bar Code, JPL Café, Lique e Taj. Foi nomeado
embaixador do Rio Music Conference Regional Sul em 2014.
Seu podcast “The Friendly Hooligan Show” atingiu
recentemente o 1º lugar no chart de UK Garage, 3º no de Disco
House e 6º no de Indie Dance na plataforma digital de música
Mixcloud.

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RUA MARECHAL DEODORO . 344 . 2 ANDAR
CENTRO . CURITIBA . PR
[41] 3363.0113

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