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Greve Dos Caminhoneiros 2018 - Enfoque Sistêmico
Greve Dos Caminhoneiros 2018 - Enfoque Sistêmico
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Barra Mansa
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Barra Mansa
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5 CONCLUSÃO
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
REFERÊNCIAS
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
APÊNDICE A - Questionário de Pesquisa
Erro! Indicador não definido.
APÊNDICE B - Roteiro da Entrevista
Erro! Indicador não definido.
ANEXO A - Direitos autorais - Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Disposições preliminares
Erro! Indicador não definido.
ANEXO B - Capa do livro: Normas para Elaboração de Trabalhos
Erro! Indicador não definido.
4
1 INTRODUÇÃO
A greve iniciada no dia 21 de maio, e que durou pouco mais de uma semana, tinha
como reivindicação principal a redução do preço do óleo diesel, a reformulação da
política de preços da Petrobras, e a fixação de uma tabela mínima para os valores
de frete; mas ao longo da greve, discursos anticorrupção também se juntaram às
bandeiras defendidas pelo movimento.
Ignorando aos avisos, no dia 19/05 a Petrobras eleva os preços do diesel em 0,80%
e os da gasolina em 1,34% nas refinarias. A escalada nos preços acontece em meio
à disparada nos preços internacionais do petróleo e em consequência da nova
política de preços instaurada em julho de 2017. Entre julho de 2017 e maio de 2018,
o aumento para o consumidor foi de 21%, sendo 8,2% somente entre janeiro e maio.
No dia 25/05 a greve causa reflexos pelo país; aumenta a lista de aeroportos que
ficaram sem combustível. A falta de combustível limita circulação de ambulâncias e
cancela cirurgias em alguns estados. Universidades federais e escolas suspendem
as aulas por causa da greve. Com tom diferente do adotado no dia anterior, o
presidente da República criticou uma "minoria radical" e acionou as Forças Federais
de segurança para desbloquear as estradas.
No dia 26/05 onze aeroportos do país ficaram sem combustível. Até as 11h30, 544
pontos foram desbloqueados nas estradas, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF),
mas ainda registravam 596 pontos de bloqueio. O ministro da Segurança Pública,
Raul Jungmann, disse que a Polícia Federal instaurou 37 inquéritos em 25 estados
para apurar prática de locaute durante a greve dos caminhoneiros. O ministro Carlos
Marun, da Secretaria do Governo informou que o governo começou a aplicar multas
no valor de R$ 100 mil por hora parada para donos de transportadoras.
1 Locaute (termo originado a partir da palavra em inglês lock out) é o que acontece quando os
patrões de um determinado setor se recusam a ceder aos trabalhadores os instrumentos para
que eles desenvolvam seu trabalho, impedindo-os de exercer a atividade. Ou seja, agindo em
razão dos próprios interesses, e não das reivindicações dos trabalhadores (RIBEIRO, 2018).
6
É notório que a greve dos caminhoneiros trouxe grandes prejuízos para Brasil de
uma forma geral; tendo rápida repercussão, e afetando setores como:
abastecimento, alimentação, transportes, indústrias, entre outros.
A crise do Diesel como foi apelidada teve uma rápida evolução, ocasionando
transtornos nos dia a dia de todos. Com as paralizações várias rodovias ficaram
bloqueadas afetando o abastecimento de vários estados, a escassez da gasolina,
por exemplo, acarretou enormes filas nos postos com preços absurdos, afetando os
voos, com muitos atrasos e cancelamentos, as linhas de ônibus tiveram sua frota
reduzida o que prejudicou a locomoção das pessoas. As aulas e provas foram
suspensas em universidades e escolas. Em todos os lugares via-se pessoas
desesperadas, sem saber como agir em relação ao que estava acontecendo.
Outro grande setor afetado foi o alimentício, com vários produtos em falta nos
mercados, preços elevados. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados
(ABRAS)3, já dois dias depois do início da greve, os consumidores de pelo menos 10
estados sentiram falta de itens perecíveis, como frutas, legumes e verduras; tendo
como consequência o aumento de preços de produtos com alta demanda, como a
batata. Além disso, os consumidores também tiveram dificuldade para encontrar
carnes suínas, bovinas e de aves, em decorrência da paralisação de cerca de 90%
da produção nacional de carne. Em 23/05 a BRF, dona da Sadia e da Perdigão, já
havia suspendido as atividades em quatro unidades de abate de frangos e suínos e
relatou uma falta “considerável” de abastecimento de ração para cerca de 1 milhão
de animais. Nas palavras do presidente da Federação da Agricultura de São Paulo
(FAESP), Fábio Meirelles, a situação “é uma verdadeira bola de neve”, o aumento
A greve dos caminhoneiros ocorrida no ano de 2018 teve grande impacto para
todos, mas principalmente para as indústrias de bens de consumo, que viram seus
produtos estragando sem ter como transportá-lo para chegar às casas da
população.
Além disso, houve grande desperdício por conta do tempo de duração da greve,
como o exemplo do Agricultor Valmir Sergio Mendes, produtor de leite que descartou
cerca de 5 mil litros de leite, por não ter condições de escoar a produção, um
prejuízo diário estimado em R$ 8 mil; e no Espírito Santo onde cerca de 1 milhão de
pintinhos foram abatidos para não entrarem em fase da canibalismo dentro das
granjas. De acordo com o diretor executivo da associação dos avicultores e
suinocultores do Espirito Santo Nélio Hande, a paralização dos motoristas também
não permitiu que aves que aves abatidas fossem levadas até os consumidores e
como elas não podiam ser congeladas também foram descartadas causando
prejuízos de mais de R$ 30 milhões.
FONTE:
11
No setor pecuário a grande perda se de pela falta de ração, que não foram
entregues nos longos 11 dias de paralização, por este motivo muitos animais tiveram
que ser sacrificados. A falta para o armazenamento de leite também foi um
problema, pois sem ter como armazenar de forma correta e nem como transportar
muitos litros de leite tiveram que ser descartados.
"Para chegar a esse valor, a gente usou diferentes metodologias. Não só olhando a
indústria, mas o consumo de energia e também o que aconteceu na crise de julho de
1999, que houve uma crise de caminhoneiros naquela data, menor do que essa,
mas que serve para balizar o que vai acontecer”.
Outro segmento que também obteve grande perda foi a do ramo de combustíveis,
que tiveram suas entregas paradas e no período tiveram suas vendas congeladas,
após a greve se reestabeleceram mais rápido que os outros segmentos.
12
A Petrobras perdeu R$ 126 bilhões de seu valor de mercado e caiu para o quarto
lugar de empresa mais valiosa da bolsa. Antes da greve estava em primeiro. Apesar
da garantia de que a Petrobras não terá perdas com as concessões do governo para
os caminhoneiros, os investidores reagiram com pessimismo; e as ações da
companhia fecharam com queda superior a 14%.
13
A falta de matéria-prima imobilizou as linhas de produção, que por sua vez não
conseguiram concluir o seu percentual estimado de mercadoria. Se não o bastante,
os poucos produzidos, por exemplo, produtos manufaturados e alimentos foram
perdidos e desperdiçados, ou até mesmo, chegaram com baixa qualidade até o
cliente.
RIBEIRO e RUSSI (2018) mostram que pelos dados divulgados pelo IBGE em julho
de 2018, o setor industrial teve a 2ª maior queda mensal da série histórica; onde 24
dos 26 ramos industriais apresentaram resultado negativo. Com quedas mais
significativas foram registradas em veículos (-29,8%) e alimentos (-17,1%). Em abril,
a indústria havia crescido 0,8% em relação ao mês anterior.
A greve de caminhoneiros fez o fluxo diário de exportações brasileiras cair 36% nas
duas últimas semanas de maio, fazendo com que o saldo entre as exportações e
importações brasileiras também foi afetado pela paralisação. Em maio, a balança
comercial fechou o mês com superavit de US$ 5,98 bilhões. O resultado é 20%
menor do que o observado no mesmo mês do ano anterior. A média diária de
exportações passou de US$ 1,06 bilhão de 1º a 20 de maio para US$ 702 milhões
do dia 21 ao 31.
Em maio, a indústria brasileira recuou 10,9% no mês na comparação com abril. Foi a
maior queda do setor desde dezembro de 2008, quando a crise internacional
prejudicou a indústria e derrubou a produção em 11,2%. O mês de maio mostrou
também o segundo pior resultado da série histórica iniciada em 2002.
Confiança em Queda
Um dos principais prejuízos foi a queda na projeção do Produto Interno Bruto (PIB),
que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é utilizado para
medir o desempenho da economia. Diante desse quadro, as projeções do
crescimento do PIB de 2018 que no início do ano chegavam a 3%; estavam
próximas de 1,5%4.
4 ECONOMIA... (2018).
5 GERBELLI (2018).
18
Resultado
6 BATISTA (2018)
7 Ibid.
19
O saldo de empregos formais acumulados no ano continuou positivo, com 392,5 mil
novos empregos com carteira assinada. Em junho, a atividade com melhor
desempenho foi a agropecuária. Os piores registros ocorreram no comércio, e na
indústria de transformação.
O Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil empregos formais, puxado
pelo setor de serviços, que gerou 398.603 postos formais8.
8 BRASIL...(2019)
20
6 CONCLUSÃO
9 BONFANTI (2018).
22
7 REFERENCIAS
RIBEIRO, Mariana; RUSSI, Anna. Saiba o quanto a greve dos caminhoneiros afetou
a economia até agora. PODER 360, 30 jul. 2018. Disponível em:
<https://www.poder360.com.br/economia/saiba-o-quanto-a-greve-dos-
caminhoneiros-afetou-a-economia-ate-agora/>. Acesso em: 19 mar. 2019.
BRASIL teve em 2018 primeiro saldo positivo de vagas formais desde 2014. Exame
Economia, 23 jan. 2019.Disponível em: <https://exame.abril.com.br/economia/pais-
registra-em-2018-o-primeiro-saldo-positivo-de-empregos-formais/>. Acesso em: 08
mar. 2019.
23
SOUSA, Yvna. Ministério da Fazenda diz que greve dos caminhoneiros causou
prejuízo de R$ 15,9 bilhões à economia. G1 Economia, 12 jun. 2018. Disponível em:
<https://g1.globo.com/economia/noticia/ministerio-da-fazenda-diz-que-greve-dos-
caminhoneiros-causou-prejuizo-de-r-15-bilhoes-a-economia.ghtml>. Acesso em: 08
mar. 2019.