Ou bola de marmeleiro; Embaixo de timbaúba Ou detrás de juazeiro No lugar do olho o tato Farejando feito gato Por instinto traiçoeiro. . As ovelhas indefesas Seguem em fila, em procissão A qual passará por onde Se atocaia o vilão Para um ataque bandido Contra o fraco e desvalido Com gesto de traição. . Porém o que mais desperta Este olhar expectador É a covardia expressa No aceno do pastor Que age perversamente Entregando friamente Ovelhas ao predador. . O pastor se sente esperto No gesto cruel, ímprobo, Pois entregar cordeirinhos Na bocarra vil do lobo Traz para si proteção, Maspensa assim o vilão “Depois eu janto esse bobo.” . Caberá aos cordeirinhos Juntos numa só canção Mudar o rumo, o caminho; Conduzir a procissão; Serem seus próprios pastores; Superar as próprias dores Para vencer o vilão. . Dessa narrativa faço A seguinte analogia: O político é o lobo Que nos sangra todo dia. O pastor é o sindicato O qual nos vende num trato Que muito o beneficia.