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exigências da vida acadêmica e do nível de expectativa gerado
sobre eles, por vezes pela própria família, a desenvolverem
algum tipo de doença relacionada à saúde mental.
Nesse sentido, estamos realizando alguns movimentos
importantes. O primeiro deles é o de reconhecer a ansiedade,
a depressão e o suicídio como “fronteiras identitárias” que
precisam ser melhor compreendidas e “confrontadas”. Isto
significa investir todos os recursos possíveis - humanos, materiais
e financeiros - para gerar, junto à comunidade universitária,
processos de informação, formação e, principalmente, de
acolhida.
Outro movimento que está se dando é a criação de um protocolo
de atendimento e encaminhamento. Com ele, será possível
realizar a triagem, levando em conta a gravidade de cada caso,
para então encaminhá-lo às redes de apoio especializadas,
em busca do acompanhamento adequado. Nesse sentido,
destacam-se dois serviços oferecidos pela PUCPR: o SUEM
(Serviço de Urgências e Emergências Médicas) e o SEAP (Serviço
de Apoio Psicopedagógico).
Por fim, tão e mais importante é a elaboração, por uma equipe
multidisciplinar, de um programa de prevenção, que articule e
potencialize uma série de atividades, qualificando a experiência
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universitária dos jovens na PUCPR. Alguns projetos já existentes,
como os Clubes Universitários, têm mostrado que a criação de
lugares de encontro, de partilha e de “descompressão” são
fundamentais para uma saúde mental equilibrada. Somado a
isso, é essencial desenvolvermos uma rede interna de referência,
que conte com a colaboração de outros jovens, pois como já
sabemos, eles são, muitas vezes, os primeiros a identificar os
contextos mais delicados.
Com este breve boletim, dirigido aos educadores, queremos
colaborar com esse esforço maior, trazendo a análise de dados
significativos e que podem servir de apoio nessa causa, que
necessita ser de todos nós!
Fabiano Incerti
Diretor do Instituto Ciência e Fé
Rodrigo de Andrade
Especialista do Observatório das Juventudes
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S O B R E
1.
S A Ú D E M E N T A L
SOCIAL FISICO
MENTAL
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Diversos fatores sociais podem colocar em risco a saúde
mental dos indivíduos, entre eles:
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2.
A N S I E D A D E E
D E P R E S S Ã O
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O termo “agorafobia” tem origem no grego antigo ἀγορά, ágora, que
significa praça pública, com o sufixo -φοβία, que significa fobia ou “medo”.
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Com 9,3%, o Brasil lidera o ranking mundial como o país com maior
incidência de transtornos de ansiedade, sendo a população feminina a mais
atingida. Na sequência temos, o Paraguai com 7,6% e Chile com 6,5%.
3,6% da população mundial sofre de transtornos de ansiedade (OMS, 2017).
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O episódio depressivo maior é o mais comum e mais
grave estado depressivo. É caracterizado por estado de
humor extremamente deprimido, com duração de pelo
menos duas semanas e inclui sintomas cognitivos e
funções físicas perturbadas, gerando situações em que a
mais simples atividade exige um enorme esforço.
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• Falta de prazer nas atividades diárias
• Perda do apetite e/ou diminuição do peso
• Distúrbios do sono — desde insônia até sono excessivo
• Sensação de agitação ou languidez intensa
• Fadiga constante
• Sentimento de culpa
• Dificuldade de concentração
• Dificuldade para tomar banho, ler e até assistir televisão
• Automutilação
• Ideias recorrentes de suicídio ou morte
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No mundo, cerca de 322 milhões de pessoas sofrem com depressão.
2. Cuba
5,5%
1. Brasil
5,8%
3. Paraguai
5,2%
Chile 4.
5% 4. Uruguai
5%
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A ocorrência da doença é maior em mulheres.
5,1%
MULHERES
3,5%
HOMENS
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A depressão é a doença que mais provoca suicídios no
mundo – 800 mil casos por ano. Por isso, o suicídio
tem sido tratado como um problema de saúde pública,
estando entre as dez causas mais frequentes de morte.
SC
RS
15
3.
J U V E N T U D E
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situações sociais – como a violência e o consumismo
– das cobranças escolares e acadêmicas, e a baixa
resistência à frustração vêm deixando esta população
mais vulnerável a desenvolver transtornos mentais. O
descontentamento com a imagem corporal, o
medo do futuro e as desilusões amorosas também
são fatores geradores de estresse significativos.
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De acordo com o recente comunicado da OMS, publicado
no dia 9 de setembro de 2018, o suicídio é a segunda
principal causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos,
tanto em países desenvolvidos como em países em
subdesenvolvimento. Mas quase 80% desses óbitos são
identificados em nações de renda baixa e média.
O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, criador do Mapa da
Violência, destaca que o suicídio na população brasileira
aumentou 60% desde 1980. Em números absolutos,
foram 2.898 suicídios de jovens em 2014, um dado que
costuma desaparecer diante da estatística dos homicídios
na mesma faixa etária, cerca de 30 mil. O sociólogo ainda
aponta os Estados do Centro-Oeste e Norte em que a
taxa de suicídio de jovens é maior, num fenômeno que
os especialistas costumam associar aos suicídios entre
indígenas.
https://nacoesunidas.org/oms-quase-800-mil-pessoas-se-suicidam-por-ano/
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O que mata mais os jovens?
1,3 milhão
de jovens morrem no mundo anualmente,
vítimas de causas evitáveis ou tratáveis
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N A
4.
U N I V E R S I D A D E
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• Cerca de 20% dos universitários têm
ansiedade ou depressão.
• A falta de qualidade do sono e a mudança repentina
de ambiente estão entre os fatores causadores da
doença.
• Universitários têm seis vezes
mais chances de desenvolver
transtornos mentais como
ansiedade e depressão.
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Um estudo publicado na revista científica Nature (Março
2018), aponta que:
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Por isso, NÃO É NORMAL:
• Deixar de lado sua vida pessoal por conta de
questões acadêmicas
• Não ter horas de sono suficientes porque está em
semana de provas
• Ter que tomar remédios para conseguir manter o
desempenho nas aulas
• Ter crises de ansiedade por conta da vida acadêmica
• Ter vontade de desistir da faculdade por sentir-se
incapaz
• Ter crises de choro “sem motivo”.
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6.
A Ç Õ E S P R E V E N T I V A S
E D E T R A T A M E N T O
24
“mente sã, corpo são”
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VIVENCIA
UNIVERSITARIA
Alguns programas e serviços oferecidos pela PUCPR
podem auxiliar na prevenção e no tratamento da saúde
mental:
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Clubes Universitários: grupos de afinidade propostos
e liderados por estudantes. São espaços temáticos que
promovem o encontro, a convivência, a integração, a
partilha de conhecimento e a reflexão.
Informações: cienciaefe.pucpr.br/clubespucpr
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Serviço de Urgências e Emergências Médicas -
SUEM: oferece atendimento aos estudantes, professores,
colaboradores e visitantes em casos de urgência e
emergência, tais como:
• Desmaios ou alteração da consciência (mal-estar /
mal súbito)
• Sinais potencialmente graves (dor torácica, cefaleia
intensa ou falta de ar)
• Alteração de dados vitais (pressão elevada,
taquicardias e febre)
• Acidentes com traumatismos
• Cuidados de enfermagem (aferição da pressão
arterial e curativos)
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Vale ressaltar que somente um profissional da saúde pode
diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Dessa
forma, em caso de sintomas característicos de ansiedade, depressão
ou outros transtornos de humor, é fundamental procurar ajuda em
uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
CAPS
A rede pública de saúde – SUS – conta com os Centros
de Atenção Psicossocial (CAPS), que funcionam
como complemento para tratamentos intensivos sempre
que há necessidade de cuidado próximo com ou sem
permanência dia ou noite do paciente no serviço.
Os CAPS são instituições destinadas ao acolhimento
dos pacientes com transtornos mentais e dependentes
químicos, estimulando sua integração social e familiar,
apoiando em suas iniciativas de busca da autonomia,
oferecendo atendimento médico e psicológico,
juntamente com a equipe multidisciplinar.
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CVV
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio
emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária
e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24
horas todos os dias.
Telefone: 188 – ligação gratuita
cvv.org.br
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E NOS
educadores?
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Além disso, podem-se criar ferramentas acadêmicas
como a mentoria, que aproxima professores e estudantes,
e espaços de cuidado para os casos de risco ou mais
graves, oferecendo atendimento especializado, médico,
psicológico, ou espiritual, dependendo de cada caso”.
Marcelo Demarzo
Professor da Escola Paulista de Medicina e do PPG em
Saúde Coletiva da UNIFESP, médico do Hospital Albert
Einstein, pós-doutor em Saúde Mental (Universidade de
Zaragoza, Espanha).
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REFERENCIAS
• Centro de Valorização da Vida (CVV)
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EXPEDIENTE
Waldemiro Gremski
Reitor
Vidal Martins
Vice-reitor
Ir. Rogério Mateucci
Pró-reitor de Missão, Identidade e Extensão
Fabiano Incerti
Diretor de Identidade Institucional e Instituto Ciência e Fé
José André Azevedo
Gerente de Identidade Institucional
Rodrigo de Andrade
Especialista do Observatório das Juventudes
Saulo Geber
Coordenador do Serviço de Apoio Psicopedagógico (SEAP)
Andrei Souza Santos
Analista de Comunicação
Deborah Naomi Kosaka
Designer
Aline de Almeida
Estudante do curso de Psicologia
Gabriela Gonçalves Cezar da Costa
Estudante do curso de Psicologia
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V. 4 – Agosto de 2018
observatoriodasjuventudes@pucpr.br
cienciaefe.pucpr.br/juventudespucpr
(41) 3271-1546