Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cap 02 Fna-2
Cap 02 Fna-2
CAPÍTULO 2
FAINAS COMUNS E ESPECIAIS
2.1 - GENERALIDADES
O objetivo deste capítulo é apresentar uma descrição sumária dos aspectos mais
importantes de algumas das principais fainas comuns e especiais de bordo, abrangendo as
fainas de incêndio, colisão, abandono, faina de homem ao mar e de reabastecimento no
mar.
2.2 - FAINA DE INCÊNDIO
2.2.1 - Introdução
O incêndio a bordo, ao contrário do que sucede nos estabelecimentos de terra, é
normalmente combatido à curta distância, palmo a palmo, compartimento por
compartimento. Em situações de guerra, o combate ao fogo, dentro da Doutrina de
Controle de Avarias, não se constitui uma faina apenas destinada ao salvamento puro e
simples do navio e de sua tripulação, mas sim no esforço total de um punhado de
homens para manter sua unidade na condição de maior eficiência em combate, até que
a vitória lhes sorria ou o derradeiro sacrifício lhes venha a ser exigido.
2.2.2 - Faina de incêndio
Quando alguém constatar a existência de um incêndio a bordo, a primeira providência
que deve tomar, considerando-se que o navio não esteja em postos de combate, é
COMUNICAR AO OFICIAL DE SERVIÇO. Em postos de combate, logicamente essa
comunicação deverá ser feita ao reparo do CAv mais próximo.
Há uma certa tendência, errada, de que essa primeira providência seja relegada a uma
segunda etapa, por um impulso natural para iniciar o combate às chamas com os
recursos mais ao alcance de mão naquele momento, nessa situação qualquer pequeno
erro de avaliação poderá transformar um início de incêndio em um sinistro
incontrolável. Aquele que decide erradamente vencer sozinho o incêndio detectado tem
contra si entre outras, algumas hipóteses perigosas, tais como:
a) encontrar o extintor portátil vazio;
b) descobrir que a tomada de incêndio está sem água por um eventual reparo;
c) iniciar o combate ao que imagina ser um início de incêndio, quando na verdade já
poderá ser o fogo secundário de um incêndio maior lavrado em outro
compartimento;
d) ferir-se e ficar sem condições de solicitar socorro.
2-1
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-3
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-4
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
por outro meio, como, por exemplo, o navio a contrabordo ou a rede do cais, se
houver. Se isso não for possível, mantenha ao menos uma bomba portátil pronta a
operar, no convés ou no cais. Teste-a duas vezes por dia. Mantenha sempre alguém
escalado para operar a bordo.
As fainas de controle de avarias, entre as quais se situam as de combate a incêndios,
constituem responsabilidade de toda a tripulação do navio.
O fato de parte dos homens a bordo não possuir função específica prevista nos grupos
de CAv, não os exime de responsabilidade nesse setor. A manutenção e o cuidado com
o material constituem atividades permanentes e que envolvem a todos, sem exceção.
2.3 - FAINA DE COLISÃO
2.3.1 - Introdução
As avarias por colisão são quase sempre graves, por normalmente afetarem as obras
vivas, dando origem a alagamentos; paralelamente, podem ocorrer incêndios e ruptura
de redes.
De um modo geral, as avarias por colisão, bem como as originadas por encalhe,
assemelham-se àquelas provocadas por explosões submarinas, requerendo as mesmas
ações por parte do controle de avarias do navio. A possibilidade de ocorrência desses
acidentes em tempo de paz, no mar ou no porto, sem que a estrutura do CAv esteja de
prontidão, como nos postos de combate, requer que seja fixada doutrina de
procedimentos, da mesma forma como na faina de incêndio.
Duas situações podem ocorrer: o navio está com toda a sua guarnição a bordo, ou está
apenas com parte da guarnição a bordo.
Estando com toda a guarnição a bordo, ao soar o alarme de colisão, devem ser
guarnecidos os postos de combate, pois, conforme exposto anteriormente, é nessa
situação que o navio dispõe de todos seus recursos mobilizados.
Estando o navio no porto, com parte da guarnição licenciada, o grupo de CAv de
serviço formará junto ao oficial de serviço, para início da investigação das avarias e
demais providências de reparo em emergência.
O GRUPO DE ATAQUE, em ambos os casos tem por função o pronto estabelecimento
da condição ZULU de fechamento do material abaixo do convés principal, de forma a
limitar a extensão do alagamento tanto quanto possível às áreas adjacentes ao local da
avaria. ATENÇÃO ESPECIAL DEVE SER DADA A EXISTÊNCIA DE PESSOAL
NESSAS ÁREAS. ESPECIALMENTE OS FERIDOS. A atividade do CAv, a partir
desse instante, expande-se em função das avarias ocorridas.
2-6
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
O alarme de colisão deve ser acionado logo que constatado ser iminente que ela venha
a ocorrer. A antecipação do alarme tem por propósito fazer com que o pessoal que
esteja cobertas abaixo inicie o estabelecimento da condição de máxima estanqueidade
e, ao mesmo tempo, aqueles que não estejam guarnecendo função possam se deslocar
mais rapidamente para o convés
2.3.2 - Faina de colisão
A seguir são discriminados diversos detalhes que devem constar das instruções
relativas à faina de colisão.
Generalidades
Nesta faina são estabelecidas normas gerais de procedimentos que devem ser
observadas, não só nos casos de colisão propriamente dita, como, também, nos casos
de encalhe, explosão interna ou qualquer avaria que venha produzir água aberta.
A água aberta pode ocorrer:
a) Com o navio em “Postos de Combate”.
b) Com o navio em viagem (cruzeiro de paz ou de guerra), ou no porto, com toda a
tripulação a bordo.
c) Com o navio no porto, com parte da tripulação licenciada.
2.3.3 - Com o Navio em Postos de Combate:
Se a colisão ou água aberta ocorrer com o Navio em “Postos de Combate”, a faina
deve ser executada inteiramente pelos Grupos de Reparo e o Serviço dirigido pelo
Encarregado de Controle de Avarias. Não é tocado alarme geral e o procedimento
seguido pelos Grupos de Reparo deve ser de acordo com a doutrina estabelecida na
Organização de Controle de Avarias. Se a colisão ou água aberta ocorrer em outra
qualquer situação, no porto com toda a tripulação a bordo ou em viagem, deve ser
tocado “alarme geral” e avisado pelo fonoclama: “COLISÃO A BE OU BB NA
ALTURA DA CAVERNA, OU ........ GUARNECER POSTOS DE COMBATE NA
CONDIÇÃO IAA”. Esse brado é passado de boca em boca por todos os homens da
Guarnição.
2.3.4 - Com o navio em viagem ou no porto com toda a Tripulação a bordo:
a) Procedimento:
I) A faina de controlar as avarias decorrentes de uma colisão ou água aberta
cabe ao Reparo responsável pela zona onde ela ocorrer, de acordo com a
Organização de Controle de Avarias.
II) Ao primeiro sinal de avaria ou brado de colisão iminente, todos os
2-7
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-8
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
exposto é uma das fainas mais comuns de serem realizadas a bordo de um navio de
Guerra em qualquer de suas fases de adestramento no mar.
A surpresa do acontecimento e a rapidez com que ocorrem os seus desdobramentos
indicam a necessidade do estabelecimento de procedimentos e de respostas imediatas,
visando evitar que o homem seja vítima do próprio navio ou de outros nas
proximidades, sucedendo-se providências para seus resgate e salvamento.
É uma faina de vital importância pelo efeito de alto impacto psicológico que causa a
guarnição quando vê, pela presteza e precisão da manobra, ser salvo um componente
da tripulação.
Em um Navio de Guerra reveste-se esta faina de maior importância, tendo em vista os
riscos que envolvem uma operação no mar, principalmente, quando navegando em
Força Tarefa.
ESTA FAINA DEVE SER INICIADA IMEDIATAMENTE PELO OFICIAL DE
QUARTO, tão logo chegue ao passadiço o BRADO DE HOMEM AO MAR POR
BE/BB; é, portanto uma manobra da competência de OFICIAL DE QUARTO.
Os procedimentos aqui descritos estão calcados nos usados pelos navios da antiga
Força de Contratorpedeiros; genericamente, em um Navio de Guerra, dá-se o nome de
OSCAR ao homem que cai ao mar.
2.4.2 - Precauções de segurança
Antes de se fazer ao mar deve um Navio de Guerra tomar diversas precauções de
segurança que lhe garantirão a eficácia da faina de HOMEM AO MAR. Entre elas
citamos as seguintes, como principais:
a) passar um cabo de vai-e-vem pelos dois bordos do navio a fim de permitir a
locomoção da guarnição pelo convés principal com segurança (tanto mais
importante quanto se tenha notícia de mau tempo). Contudo, convém observar, o
cabo de vai-e-vem só é passado após o término da manobra de desatracação, com a
finalidade de não prejudicar a manobra de espias da proa, popa e meia-nau;
b) manter bóias salva-vidas, com as respectivas lanternas funcionando (especial
cuidado deve ser dado ao teste das pilhas), distribuídas adequadamente pelas
anteparas do navio;
c) manter em local adequado no Tijupá com o Sinaleiro de Serviço, facilitando o
lançamento, fumígeno químico ou pó marcador amarelo que visualizarão o local
onde aproximadamente caiu o HOMEM AO MAR, orientando o OFICIAL DE
QUARTO, na manobra a ser realizada;
2-9
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
que por ela seja feito), normalmente é feito por aparelhos walk-talkie, semáforas ou
pirotécnicos.
j) Manter informado sobre o recolhimento do OSCAR, quer pela lancha, quer pelo
navio e suas condições de saúde.
k) Ao término da manobra, quando o recolhimento for feito pelo navio, o OSCAR
deverá estar por SOTAVENTO.
Observação importante:
Cumpre esclarecer que o OFICIAL DE QUARTO deverá se preocupar com a manobra
do navio, atendendo, contudo que a responsabilidade da faina e o desempenho correto,
visando o salvamento do OSCAR é de sua exclusiva responsabilidade, embora nos
navios em que existam ajudantes do Oficial de Quarto, este tomará as providências
complementares, tais como: apitos, aviso no fonoclama, içar bandeira OSCAR, etc.
2.4.5 - Manobra de BUTAKOW
A manobra de BUTAKOW deve ser executada da seguinte maneira:
a) carregar todo o leme para o bordo da queda do homem, até o navio guinar 60/70
graus, parar por algum tempo a máquina do bordo que caiu o OSCAR, a fim de
evitar que o homem seja sugado pelo movimento do hélice e aumentar a rapidez da
guinada, voltando a manobrar, logo a seguir, com as 2 máquinas;
b) assim que atingir 60/70 graus de guinada, inverter rapidamente o leme para o bordo
oposto (essa lazeira de 10 graus é para dobrar a guinada e começar a inverter
efetivamente o giro);
c) manter o leme carregado até faltar cerca de 30 graus para atingir o rumo final,
quando deverá ser aliviado rapidamente e quebrada a guinada, o necessário para
entrar, rapidamente no rumo final (inverso do original); e
d) ao atingir o rumo final, o homem caído ao mar estará aproximadamente pela proa
cerca de 700 jardas, no caso dos Contratorpedeiros, sendo então necessário
manobrar com as máquinas, dando atrás para quebrar o seguimento e com o leme
de modo a parar o navio um pouco para barlavento do homem caído ao mar. A
utilização correta do regime de máquinas e ângulo do leme será, sempre, fruto do
conhecimento do comportamento do navio e vivência de passadiço do Oficial de
Quarto.
e) Esta manobra é recomendada quando a noite ou com visibilidade reduzida.
f) Na marinha Americana esta manobra é conhecida como WILLIANSON.
2-12
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
M A N O B R A D E B O U TA K O W
IN IC IA R G U IN A D A
G U IN A D A C O M P L E TA
U M D IÂ M E TR O TÁ TIC O
X - U TIL IZ A D A A N O IT E O U C O M
M Á V IS IB IL ID A D E .
N a M a rin h a A m e ric a n a e s ta m a n o b ra
é c o n h e c id a c o m o
W IL L IA M S O N TU R N .
FIG 2.2
2-13
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
M A N O BR A D E A N D ER S0 N
- U TIL IZ A D A C O M B O A S
C O N D IÇ Õ E S D E V IS IB IL ID A D E
3 0 0 jd
C A R R E G A R O LE M E
PA RA BB
FIG 2.3
ao rumo anterior.
último navio da coluna recolhe o homem, a menos que outro navio melhor
posicionado possa trazê-lo com segurança.
Navios em Linha de Frente ou de Marcação: O navio que perdeu o homem deve
manobrar como for necessário para recolhê-lo, evitando guinar para cima dos outros
navios, a menos que possa fazê-lo com segurança.
Os demais navios devem manter rumo e velocidade.
Navios em outro Tipo de Formatura: Se um homem cair ao mar de navio grande, o
navio pequeno mais próximo ou o navio designado pelo OCT deverá manobrar para
recolhê-lo.
Se, contudo, o próprio navio que perdeu o homem puder manobrar com segurança, ele
poderá recolhê-lo.
Em qualquer caso, os demais navios manterão rumo e velocidade. Se o homem cair ao
mar de um navio pequeno, ele deverá recolhê-lo, devendo os demais navios manter
rumo e velocidade.
Em formaturas cerradas, nenhum navio da vanguarda da formatura deve manobrar
para recolher um homem que tenha caído ao mar se existir risco de colisão. Deve
manter rumo e velocidade, a menos que receba ordem em contrário do OCT.
Helicóptero de Salvamento: Se um homem cair ao mar durante o dia e a situação tática
e condições de vôo o permitirem, um navio equipado com helicóptero e designado
pelo OCT deverá lançá-lo para auxiliar o recolhimento.
Os demais navios devem tomar as devidas precauções para não interferir na manobra
do helicóptero.
2.5 - ABASTECIMENTO NO MAR
2.5.1 - FAINA DE PASSAGEM DE CARGA
a) Generalidades
As Forças Navais em operações no mar precisam dispor de capacidade de auto-
sustentação que permita prescindir, durante tempo considerável, do apoio de suas
bases. Diversos meios navais ou aéreos podem ser utilizados para prover Apoio
Logístico Móvel, mas o emprego de unidades especializadas, sobretudo para
reabastecimento, maximiza a eficiência desse apoio.
Em fainas de transferência no mar, um navio é designado fornecedor e o outro
recebedor. Além disso, um dos navios designado controlador, atua como para o
navio que se aproxima, designado “aproximador”. Normalmente, o “fornecedor”
2-16
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
A sinalização na faina será feita pelo método ótico, utilizando a bandeira ROMEO,
BRAVO e o galhardete PREP de acordo com o quadro adiante.
O rumo e a velocidade para a faina serão determinados pelo COMAPEM ou pelo
Oficial Diretor do Exercício(ODE). O bordo será estabelecido de comum acordo,
levando em conta as possibilidades das estações e, naturalmente o rumo escolhido,
em relação ao mar.
Os navios deverão estar com o costado safo, defensas arriadas, em condição ZULU
de Fechamento do Material do 1º convés para baixo e detalhe Especial para o Mar
guarnecido. Todos os homens que trabalham no convés, próximo à borda, devem
vestir coletes salva-vidas.
Em caso de emergência, cortar os cabos mais próximos possíveis da borda, a fim de
evitar os efeitos das chicotadas violentas que, fatalmente serão desastrosas. Agir do
mesmo modo quando um cabo que estiver sendo entrado, fugir. Nunca tentar
segurar um cabo que estiver fugindo, mesmo em se tratando de simples retinida.
b) Responsabilidades:
I) Do Imediato – Encarregado geral da faina.
II) Do Chefe do Departamento de Armamento – Responsável pela parte
marinheira da faina.
III) Do Encarregado das 1ª e 2ª divisões – Auxiliares do Chefe do
Departamento de Armamento.
c) Deveres na preparação:
I) Ao Oficial de Quarto compete:
mandar anunciar pelo fonoclama, com a devida antecedência, “preparar para
o transbordo de material (BE ou BB), AV ou AR”.
Entrar a lancha no bordo da faina, caso esteja disparada.
Arriar cinco defensas, cerca de um metro acima da linha d’água, distribuídas
pelo costado das 1ª e 2ª Div.
Estabelecer condição de fechamento de material.
Mandar guarnecer o D.E.M.
Observação: As tarefas acima devem ser cumpridas tanto pelo recebedor, como
pelo fornecedor.
II) Ao Chefe do Departamento de Armamento, compete:
Providenciar a subida para o convés de material necessário à faina (faxina do
2-18
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
Mestre).
Instalar um moitão no olhal do tripé no teto da torreta 52, já gurnido o cabo
de sustentação (faxina do Mestre).
Instalar patescas para o retorno dos cabos de sustentação e de vaivém (faxina
do mestre).
Aduchar o cabo de sustentação, em cobros, já gurnida a carretilha do saco de
transbordo (Faxina do Mestre).
Aduchar os cabos de vaivém, em cobros. (Faxina do Mestre).
Aduchar o cabo de distância, em cobros, transversalmente, (1ª Div.).
Aduchar o cabo de telefone, em cobros, transversalmente, (1ª Div.).
ter o material a ser transportado, preparado para a faina.
Observação: As tarefas constantes das alíneas d e h são cumpridos somente
pelo navio fornecedor.
d) Pessoal e postos:
I) Para o desenvolvimento da faina no convés é necessário o seguinte
pessoal:
1ª Div.: além de toda a Faxina do Mestre e pessoal do DEM, fornecerá um
sargento, dois cabos e cerca de 20 (vinte) marinheiros.
2ª Div.: Fornecerá um Sargento e cerca de 10 (dez) marinheiros, e um
Enfermeiro com Caixa de Primeiros Socorros e cobertores.
II) Após o reparo de material, o pessoal guarnecerá da seguinte forma:
Um homem (1ª Div.) guarnece o telefone 1JV de DEM próximo à estação de
transbordo
Um Oficial guarnece o telefone entre navios (Passadiço).
Dez (10) homens (um sargento e nove marinheiros da 1ª Div.) guiam o
socorro de cabo de sustentação. Se o navio for recebedor este pessoal não é
necessário.
Oito (8) homens (um sargento e sete marinheiros da 2ª Div.) guarnecem o
cabo do vaivém.
Cinco (5) homens (um cabo e quatro marinheiros da 1ª Div.) guarnecem o
cabo de distância.
Quatro (4) homens (um cabo e três marinheiros da 1ª Div.) guarnecem o
cabo do telefone.
2-19
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-20
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-21
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
SOLICITO INICIAR O
VERDE BOMBEAMENTO OU
INICIAR A TRANSFERÊNCIA
SOLICITO PARAR O
VERDE BOMBEAMENTO OU PARAR
A TRANSFERÊNCIA
EXECUTAR CORTE DE
VERMELHO EMERGÊNCIA
2-23
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-24
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-25
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-26
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-27
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2.6.1 - G
eneralidades:
Esta faina trata da transferência de óleo combustível no mar entre o navio e outro de
igual ou maior porte considerando o caso do navio ser o recebedor.
As estações de recebimento devem ser identificadas, por uma bandeira vermelha e
quadrada de 60cm de lado, colocada em local visível, no caso da faina ser realizada de
2-28
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
dia. No caso de ser à noite deverá ser usada uma caixa de madeira e iluminada de
acordo com a convenção estabelecida no item 2.5.4.
Esta faina é semelhante à faina de Transferência no que diz respeito ao rumo, à
velocidade, à aproximação, à sinalização, as precauções de segurança e à manutenção
da posição,.
2.6.2 - Responsabilidades:
a) Do Imediato – Encarregado Geral da Faina.
b) Do Chefe do Departamento de Máquinas – Responsável pela parte da faina que diz
respeito ao Departamento de Máquinas.
c) Do Chefe do Departamento de Armamento – Responsável pela parte marinheira da
faina.
d) Do Encarregado do Controle de Avarias – Responsável perante o Chefe do
Departamento de Máquinas pela transferência de óleo no que diz respeito à
Máquina.
e) Dos Encarregados das 1ª e 2ª divisões – Auxiliares dos Chefe do Departamento de
Armamento.
2.6.3 - Deveres na preparação:
a) Ao Oficial de Quarto compete:
I) Mandar anunciar pelo fonoclama com a devida antecedência:
II) “Preparar para a transferência de óleo combustível por BB ou BE, AV ou
PAR”. “Navio fornecedor....................”.
III) Entrar a lancha do bordo da faina, caso esteja disparada.
IV) Mandar arriar cinco defensas, cerca de um metro acima da linha d’água,
distribuídas pelo costado da 1ª e 2ª divisões.
V) Estabelecer a condição de fechamento do material.
VI) Mandar guarnecer DEM.
b) Ao Chefe do Departamento de Armamento compete:
I) Providenciar a subida para o convés do material necessário a faina, (faxina
do mestre).
II) Preparar a estação designada para o recebimento. Nesta estação de
recebimento devem ser instaladas talha de 2 “e duas patescas de 5” as
quais serão fixadas no olhal mais alto da estação.
III) Mandar instalar patescas para o retorno dos cabos da sela externa e guia do
mangote.
2-29
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-32
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-33
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-34
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
Esta faina é análoga, em sua parte marinheira a faina “Transbordo do material”, sendo,
porém, normalmente realizada AV, em virtude da localização das tomadas d’água de
reserva e de aguada.
São usadas seções mangueira de 1 1/4" ou de 2 1/2" com 15 metros cada uma, ficando a
sua união montada em sela própria, aproximadamente, a meio de distância entre os dois
navios. A sela é suportada por carretilha, laborando no cabo de sustentação, e manobrada
pelos cabos de sela em número de dois, um do fornecedor e outro do recebedor, os quais
substituem os cabos de vaivém da faina de transbordo do material. Tanto o fornecedor,
como o recebedor, usarão o número de seções de mangueira que for necessário para
atingir a respectiva tomada.
O bocal fêmea da mangueira a ser passada é abotoado ao cabo da sela do recebedor,
aproximadamente a 15 metros da sela. Desse modo, ao entrar este cabo, a sela é posta em
posição e o bocal levado ao recebedor.
Além do pessoal constante da faina de transbordo de material devem ser escalados quatro
homens da Divisão “R” para manobra com as mangueiras e um Fiel da Aguada para a
manobra de rede.
2.8 - TRANSFERÊNCIA DE PESSOAL E MATERIAL POR HELICÓPTERO NO MAR
2.8.1 - Propósito
Estabelecer normas a serem observadas pelos navios por ocasião da realização de
fainas de recebimento e/ou entrega de pessoal e material no mar, utilizando-se
helicópteros para tal fim.
2.8.2 - Responsabilidade
Comandante do navio é o responsável pelo integral cumprimento das normas aqui
estabelecidas.
2.8.3 - Execução
As fainas aqui tratadas serão designadas genericamente como “Operações de PICK-
UP”.
Requisitos mínimos:
a) Estabelecer comunicações bilaterais entre navio e aeronave. Normalmente tais
comunicações serão radiotelefônicas, sendo usuais as freqüências 135.9 Mhz
(VHF) ou 234.6 Mhz (UHF), podendo, porém, ser estabelecidas outras. O navio
guarda não deverá fazer experiências nestas freqüências;
b) navio deverá manobrar de forma a ter o vento relativo entrando a 45 graus por BB,
com intensidade de 15 a 20 nós. Quando operando em GT, o Comandante deverá
2-35
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
b) O navio controlador exibirá as luzes de contorno(duas luzes azuis com setor de 135o
, no bordo da faina), de modo a facilitar a aproximação do navio recebedor à noite.
Caso o navio controlador seja maior que 183m (três luzes);
c) O navio controlador exibirá as luzes do jeque(navio fundeado) e de esteira durante
a aproximação, apagando-as depois que o navio recebedor estiver em posição a
contrabordo( a figura 2.9 apresenta as luzes utilizadas pelo navio controlador,
durante a aproximação.;
d) Utilizar chuveiros de luz encarnada na estação de transferência;
e) Substituir as raquetes de sinalização por lanternas(verde, encarnada e âmbar);
f) Todos os militares na estação de transferência utilizarão uma lâmpada encarnada
individual ou cyalume preso ao colete salva-vidas;
g) navio recebedor exibirá luzes de obstrução encarnadas, delimitando a área da
estação de transferência e obstrução existentes;
h) Instalar lanterna individual ou cyalume em cada acessório componente do
dispositivo;
i) Utilizar pombais em substituição aos painéis; e
j) Utilizar rebolos e retinidas banhados por líquido fosforecente (cyalume).
2-37
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-38
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-39
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-45
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
2-46
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
a) Use toda a sua roupa, incluindo sapatos, Não use capacete. Guarde seu chapéu
dentro da camisa. A roupa, os sapatos e chapéu, serlhe-ão úteis mais tarde. Os
sapatos podem ser retirados dentro d'água e amarrados à sua cintura;
b) Assegure-se de que seu colete está bem amarrado, pois a falta dessa preocupação
poderá resultar em ferimentos ou dificultar seus movimentos dentro d'água. Veja se
a ampola de C02 do seu colete não está violada. Se o colete for inflável, só enchê-lo
quando na água. Se de paina, mantê-lo junto ao corpo quando pular;
c) Só desembarque mediante ordem;
d) Caso seja possível use um cabo, escada mangueira ou rede para descer, tendo o
cuidado de não atropelar os companheiros e, uma vez n'água, afaste-se do caminho
dos que vem atrás;
e) Se tiver de pular, olhe primeiro para ver se não existem pessoas ou destroços no
local onde cairá;
f) Sempre salte de pé, com uma das mãos a tapar o nariz e a outra a proteger os órgãos
genitais. Nunca mergulhe de cabeça; e
g) Procure abandonar o navio o mais longe possível do local da avaria, evitando a
popa, se os hélices estiverem e movimento, e preferencialmente pela borda da
direção de onde vem o vento (barlavento).
2.12.6 - Sobrevivência no mar
a) Ao voltar à superfície, faça-o olhando para cima e, caso haja óleo queimado,
movimente os braços para espalhá-lo.
b) Se tiver que flutuar, controle a respiração pela boca, fique de costas para as ondas
na posição vertical, mãos para baixo e pernas flexionadas, movendo-as como
tesoura;
c) Dirija-se para sua balsa ou para barlavento, para evitar as chamas, o óleo e o
abatimento do navio;
d) Mantenha-se calmo e evite o pânico. Obedeça, ainda, a estas regras:
I) Conserve suas energias; não nade durante muito tempo sem destino; pare e
descanse de vez em quando;
II) Se o navio afunda rapidamente, nade para longe para evitar o efeito de sucção;
III) Mantenha-se afastado das manchas de óleo. Se for impossível, proteja seus
olhos e vias respiratórias mantendo a cabaça elevada ou mergulhado;
IV) Se existir perigo de explosão dentro d'água, boiar ou nadar de costas;
2-47
OSTENSIVO ORIGINAL
OSTENSIVO EN-132
O navio possui uma lancha com capacidade máxima para vinte (20) pessoas (em
mau tempo: 13 pessoas) e vinte e uma (21) balsas infláveis com capacidade para
quinze (15) pessoas cada.
I) Os três métodos de lançamento das balsas são:
Puxando o pino do mecanismo hidrostático de escapamento da balsa;
Cortando com faca a cinta ou cabo a ela preso; e
Funcionamento automático provido pela válvula hirostática no caso de o
navio ir ao fundo.
II) Os dois (2) métodos de inflar a balsa são:
Funcionamento automático por meio de cabresto amarrado à superestrutura
do navio quando ocorrer o descrito em "b" III acima;
Acionando o cabresto quando a balsa já estiver n'água.
Tão logo as balsas são lançadas n'água deve ser usada a boça a elas pertencentes
para trazê-las junto ao navio enquanto o pessoal embarca. Essa boça não deve
nunca ser presa em qualquer peça de bordo pelo perigo de a balsa afundar com o
navio. Haverá sempre a bordo um homem mantendo essa boça na mão até o
momento de a balsa afastar.
2-49
OSTENSIVO ORIGINAL