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Atuação de policiais em Paraisópolis será alvo de

apuração, diz comando da PM
Em coletiva de imprensa, polícia reafirmou informação de que os agenets foram ao local para
atender a uma ocorrência

Aline Ribeiro
01/12/2019 - 15:24 / Atualizado em 01/12/2019 - 18:39

Policiais usaram bombas e tiros de borracha para dispersar baile funk Foto: Reprodução

SÃO PAULO -  Em entrevista coletiva na tarde deste domingo, o tenente-

coronel Emerson Massera, da PM, disse que ainda não é possível avaliar se
houve erro na atuação dos policiais militares que estiveram no baile funk
em Paraisópolis, onde nove pessoas morreram pisoteadas depois de um
tumulto. Dos mortos , quatro já foram identificados.

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- Tudo isso vai ser objeto de apuração. O que nos relataram é que foi uma
ação muito rápida, não houve outra alternativa a não ser usar a munição
que estava ao alcance. Precisamos aguardar o resultado do inquérito
policial para verificar se teve algum erro ou algum problema. É cedo para
acusar os policiais de cometer algo incorreto tecnicamente, assim como é
cedo para defendê-los - disse Massera.

Leia: Sobe para nove o número de pessoas mortas pisoteadas durante

operação policial em baile funk em São Paulo

Massera afirmou que, durante a dispersão, os policiais utilizaram quatro

granadas de efeito moral e duas de gás lacrimogênio, além de disparar oito
tiros de bala de borracha. Até o momento, a PM descarta a informação
repassada por testemunhas de que os policiais atiraram com armas de
fogo.

- A informação é que foi somente disparo de elastômero (bala de

borracha). Não sabemos de nenhum policial que atirou com arma de fogo.
De qualquer forma, preventivamente apreendemos armas de policiais que
participaram da ocorrência. Isso é uma praxe.

Leia mais: Testemunhas e polícia têm versões diferentes sobre o que

causou o tumulto em Paraisópolis

O tenente-coronel defendeu o uso de bala de borracha na operação.

Segundo ele, em ocasiões como essa, a recomendação é o uso progressivo
da força.

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- Começa com a verbalização, depois a contenção com munições químicas

e, se necessário for, o elastômero. É claro que é um dos últimos recursos.
Ali é possível que tenha sido empregada de maneira correta.

Vítimas morreram depois de perseguição seguida de troca de tiros durante uma operação policial em um baile funk na
comunidade de Paraisópolis, na região Sul de São Paulo.
 

De acordo com Massera, seis policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de

Motocicletas (Rocam) participavam de uma operação de prevenção nos
arredores do baile funk quando dois suspeitos passaram numa moto e
foram abordados. Segundo ele, os suspeitos não pararam, atiraram contra
os policiais e fugiram em direção ao baile funk. Havia cerca de 5 mil
pessoas no local.

- No momento em que a polícia se deparou com o baile, o

acompanhamento foi perdido. Os suspeitos usaram os frequentadores
como escudo humano e os policiais tiveram de pedir reforço para sair dali
- disse Massera.

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Leia ainda : Letalidade policial no Brasil se iguala à de Venezuela e El

Salvador, diz estudo

Depois que a confusão começou, os policiais pediram reforço. Um total de

38 agentes participaram da ação. Durante a correria, uma pessoa teria
caído numa viela, depois outra e outra - assim teria de dado o
pisoteamento.

Massera afirmou que nenhum dos dois suspeitos foi preso depois da
perseguição. A polícia também não sabe suas identidades. A motocicleta
também não foi apreendida.
Mapa de onde aconteceu a operação, em Paraisópolis Foto: Arte

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