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CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO
CURSO DE PEDAGOGIA
NATAL/RN
2015
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Orientador:
NATAL/RN
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO
CURSO DE PEDAGOGIA
__________________________________
João Tadeu Weck, Dr.
ORIENTADOR
__________________________________
Drª Adja Ferreira de Andrade
MEMBRO EXAMINADOR
__________________________________
Drª Sandra Mara de Oliveira Souza
MEMBRO EXAMINADOR
(José M. Moran)
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Josias e Sônia e minha irmã, Carmem Priscila, por sempre
acreditar na minha capacidade e nos meus limites de superação. Não posso deixar
de agradecer em especial, pelos pais e familiares maravilhosos que sempre
acreditaram no meu potencial.
Ao meu namorado, Breno Baracho por estar sempre ao meu lado acreditando
e me incentivando a buscar novas conquistas, além de compreender o tempo
dedicado ao estudo e a minha profissão.
1 INTRODUÇÃO ……………………….………………………………………....... 14
1.1 TIPO DE PESQUISA ……………...…….……............................................. 17
1.1.1 Universo e Amostra .……..…………………………………...………... 18
1.1.2 Instrumento de Coleta de Dados ................................................…..... 19
1.1.3 Tratamento dos Dados ………………….........……………………..…… 21
2 SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE ..........…. 23
2.1 SOCIEDADE, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO .....….....…………………..... 23
2.2 FORMAÇÃO DO PROFESSOR LICENCIADO ..………............………… 26
2.3 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM
PEDAGOGIA ............…………….………………………………………………. 40
2.4 PORTAL ACADÊMICO ……………………………..………………………..... 47
2.5 PERFIL DO EGRESSO …………….......................................................…. 52
2.6 PERFIL DOS PESQUISADOS ....……………….…….....………………… 56
2.7 A PESQUISA EM SI ................................................................................... 57
3 ANÁLISE DOS RESULTADOS …………………….....………………....... 59
3.1 PERFIL DOS PESQUISADOS ……...........……...........……..........……...... 59
3.2 DADOS AVALIATIVOS ……...........……...........……........…….................. 61
3.2.1 Avaliação sobre tecnologias ……...........……...........……...........…….. 61
3.2.2 Avaliação do uso das tecnologias ……...........……...........……........... 63
3.2.3 Avaliação do Portal Acadêmico ……...........……...........……............... 65
3.2.4 Avaliação da formação docente para o uso das TICS ……................. 67
3.3 PROPOSIÇÃO DE USO ……………...................................................…. 73
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..………………………..……...... 75
REFERÊNCIAS ..............................…………………………………………..... 78
ANEXO 1 – SUMÁRIO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO
CURSO ANALISADO .........................………………………………………. 83
ANEXO 2 - ESTRUTURA CURRICULAR B DO CURSO DE PEDAGOGIA
ANALISADO .........................………………………………………............... 85
APÊNDICE - FORMULÁRIO ELETRÔNICO APRESENTADO NA
PESQUISA .........................................……………………………………….. 87
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
Assim, esta pesquisa teve como propósito não somente analisar o processo
formativo destes profissionais, mas também identificar no Projeto Pedagógico do
Curso (PPC) estratégias para que os graduandos adquiram habilidades e
competências exigidas pela Sociedade da Informação, bem como, se os seus
professores formadores possuem perfil e atendem a tais exigências, principalmente
nas incorporações realizadas em sala de aula, através de práticas inovadoras e
com a utilização adequada de tais recursos.
aos usos e funções dadas às TIC´s, atreladas ao contexto pedagógico, bem como,
na sua atuação docente.
Para aquisição de dados dos resultados foi necessário realizar uma pesquisa
de campo. Já quanto aos fins da pesquisa, ocorreu uma investigação exploratória,
visando promover um maior conhecimento sobre uma análise da formação de
professores quanto ao conhecimento e uso mediado das TIC´s em contextos
escolares, de forma a avaliar quais determinantes fazem com que tais tecnologias
não sejam efetivamente incorporadas à educação superior, objeto deste estudo.
Sobre esse tipo de descrição Vergara (1998, p. 45) define que a investigação
exploratória “é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e
sistematizado...”, ou seja, área esta que será necessário realizar todo um estudo,
através de coleta de dados, investigação e até mesmo conversas informais para um
maior conhecimento. Roesch (1999, p. 126) comenta: “(...) é comum que na fase
18
exploratória se utilize uma postura de ouvir o que as pessoas têm a dizer e participar
de eventos sem a preocupação de que isto possa influenciar os respondentes ou
processos em andamento.” Com isso, poderá se averiguar o andamento da
formação de futuros professores, licenciados em pedagogia quanto as ações e uso
mediação das TIC´s em contextos escolares, bem como, se estes se sentem
preparados para executar tais papeis.
De tal modo, quando o formulário foi concluído, este foi aplicado aos
discentes do curso de pedagogia que o desejassem responder de forma voluntária.
Como se tratava de um formulário eletrônico, a análise dos resultados tornou-se
facilitada, visto que ele mesmo apresentava os resultados em planilhas eletrônicas e
gráficos. Assim, sempre que havia alguma resposta, ela era enviada para uma
planilha, indicando as informações, como horário de acesso do participante e as
suas respostas, o que tornava ainda mais fácil a visualização dos resultados,
conforme enfatiza Ciríaco (2008).
se expande e se integra a realidade social das pessoas, sejam através do seu uso
pessoal ou profissional.
Mas, para que isto ocorra, não basta apenas inserir computadores ou
tecnologias similares ao ambiente escolar. É necessário que as instituições de
ensino estejam capacitadas como um todo, (ou seja, professores, alunos, direção
e um projeto pedagógico relevante), diante da realidade do uso, potencialidades
das novas tecnologias e da inserção da informática educativa. Dessa forma, os
professores não serão meros transmissores de informações, mas sim,
facilitadores da construção do conhecimento.
Assim, para que essa formação plena quanto ao uso das tecnologias e de
formação de sujeitos críticos ocorra, se faz pertinente formar docentes para o
26
ensino mediado por tecnologias, caso contrário, como este poderá cobrar de seus
alunos essa postura, se nem ele próprio a utiliza?
assim o papel de orientador/mediador. Segundo esses autores esse papel pode ser
descrito da seguinte maneira:
Orientador/mediador intelectual: aquele professor que trabalha de forma, que
as informações e conteúdos se tornem mais significativos para os alunos,
integrando teoria e prática.
Orientador/mediador emocional: se apresenta como um motivador da
aprendizagem, com autenticidade e empatia.
Orientador/mediador gerencial e comunicacional: se torna um elo entre alunos
e demais grupos envolvidos, fazendo-os caminhar por suas próprias pernas,
mas auxiliando-os quando necessário.
Orientador ético: vem ensinar como os alunos precisam vivenciar novas
experiências, assumindo o valor ético que pode ser construído
individualmente e coletivamente.
que assim, eles possam buscar refletir sobre a sua própria aprendizagem como
discente, e sobre a conduta prática docente.
Essa orientação, deve acontecer de maneira, que o aluno perceba seus erros
e acertos e que o professor naquele momento instigue-o a desenvolver uma prática
investigativa, através da construção e a apropriação do conhecimento. Este
conhecimento poderá ser adquirido, por meio de pesquisas, bem como, pela
parceria, com o próprio professor, quanto, com os demais colegas que possam estar
envolvidos nesse processo, havendo assim uma troca constante de experiências.
Logo através da prática da pesquisa, o processo de reflexão dos saberes ocorrerá
de maneira mais consciente e emancipatória, conforme relata Demo (2009) quando
informa que pesquisar coincide com criação e emancipação. Através da pesquisa se
estabelece um verdadeiro diálogo com a realidade nos permitindo construir uma
consciência crítica, um espírito crítico. Por isso, não se trata de copiar o que já foi
dito, mas reconstruir oferecendo novas possibilidades, conforme ressalta Freire
(1987, p.93), quando destaca que o “diálogo é encontro de homens mediatizados
pelo mundo”.
Porém, essa bagagem cultural precisa ser estimulada, a fim de permitir uma
melhor compreensão e desenvolvimento do conhecimento adquirido. Desta forma, o
Daí percebe-se que o conhecimento deve ser construído pelos alunos e não
dado como uma fórmula pronta pelos professores. O aluno precisa compreender que
essa construção só ocorrerá a partir do seu olhar crítico sobre aquilo que se estuda,
bem como, para a própria realidade a sua volta.
Logo diante da temática apresentada neste estudo, ou seja, o uso das TIC´s
na prática formativa de futuros professores verifica-se a importância da formação
continuada nesta área especificamente, visto o uso e a exigência de tais aparatos na
sociedade atual, a qual é chamada de sociedade da informação.
Para se entender melhor quais são as políticas públicas voltadas para o uso
das TIC´s se faz pertinente apresentar o PROINFO, Programa Nacional de
Informática na Educação. Todas as informações referentes a este programa
encontram-se no site do Ministério de Educação e Cultura (MEC), diante de tais
dados adquiridos em Brasil (2004 apud Braga 2004, p. 16-17), pode-se descrever a
verdadeira finalidade dele:
que realmente façam sentido e não que venham ser aplicadas, somente por serem
cobradas como uma nova tendência.
Assim sendo é pertinente pensar que a tecnologia, seja ela, da forma mais
simples ou sofisticada, necessita estar articulada com contexto social do sujeito, e
com o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o pensamento do novo fazer
pedagógico do professor deve estar imbrincado no projeto político pedagógico da
instituição de ensino, de forma que essa relação do uso de tecnologias seja
expressada no seu cotidiano social.
Logo, o ato de ensinar não pode ser algo vazio, com a única intenção de
pensar nos alunos como uma tábula rasa ou um mero repositório. O professor
necessita propiciar melhores condições de conhecimento, atuando como um
mediador permanente e retratando o tipo de uso da tecnologia que ele faz. Seguindo
esse raciocínio, Freire (1996, p. 47), defende que “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua
construção.” Portanto, isso só será possível, através de condutas docentes maduras
e ressignificantes para os discentes, bem como, para o próprio docente.
A partir de tais reflexões, ele estará contribuindo para a autonomia dos seus
discentes, de maneira que eles compreenderão o processo de construção e
assimilação dos saberes estudados, percebendo então, a integração e articulação
dos conteúdos, numa perspectiva construtivista, possibilitando suas próprias
ponderações, bem como pela aprendizagem mediada pelas TIC´s.
A fim de preservar a fonte desta pesquisa, não será divulgado o nome desta
IES. No caso de ocorrer alguma citação onde haja a identificação desta, a
pesquisadora substituirá pela sigla FMN.
Entretanto até o momento desta leitura não fica claro quais as competências
que serão necessárias e nem como estas permitirão uma evolução científica e
tecnológica para a sociedade, bem como para a formação do pedagogo serão
realizadas e alcançadas, ou seja, como as tecnologias efetivamente serão utilizadas
de forma mediadora e não mecanizada.
Desta forma ao realizar a leitura deste documento foi possível verificar vários
pontos do projeto em que os termos: ‘tecnologia’, ‘tecnológicos’, ‘inovações’ e
‘informática’, são utilizados, porém de maneira muito genérica, não deixando claro o
papel das TIC´s na formação destes futuros pedagogos. Aliás esse termo TIC´s
(Tecnologia da Informação e Comunicação) em nenhum momento sequer é citado
no respectivo documento. Portanto se tornando totalmente contraditório ao cenário
educacional contemporâneo, quando enfatiza a utilização de mídias nos diversos
formatos tecnológicos.
Assim, de acordo com tudo que já vem sendo retratado no presente trabalho,
quanto a importância e real necessidade de uma formação docente significativa,
principalmente ao conhecimento dos diversos tipos de tecnologias educacionais
presentes na sociedade, será verificado qual o uso que se faz do portal acadêmico
da IES pesquisada neste estudo.
Acadêmico;
Serviços;
Plano de Aula;
Financeiro;
48
Biblioteca.
Acadêmico;
Prova Colegiada;
Plano de Aula
Serviços;
Biblioteca.
50
Além disso, deve propiciar o uso dos mais diversos gêneros de linguagens,
relacionando-as com os meios de tecnologias e comunicação aliadas com
metodologias didático-pedagógicas que permitam aprendizagens significativas.
ampla, podendo ocorrer uma outra interpretação quanto ao seu uso, principalmente
quanto ao trecho da citação acima, “Esse novo profissional está capacitado para
atuar em um mundo em constante transformação, com novos paradigmas
educacionais [...]”. Será que nesses novos paradigmas está incluída uma educação
com uso de novos aparatos tecnológicos?
Processo ensino-aprendizagem e
desenvolvimento do educando;
Tratamento da diversidade cultural, étnica e racial;
Uso de tecnologias;
Desenvolvimento de práticas de pesquisa;
Compreensão e atuação política;
Trabalho em equipe.
Essa relação de linguagens atreladas ao domínio das TIC´s não quer dizer
que se dará apenas no âmbito das disciplinas específicas a temática, mas pelo
contrário, essa relação deve haver durante o decorrer de toda a formação docente e
isto só será possível através da efetiva utilização por parte de todo o corpo docente
do curso.
Para que seja possível uma melhor noção sob a carga horária do curso
pesquisado, observa-se uma quantidade de 3.200 horas sendo 2.700 de disciplinas
obrigatórias, 300 horas de estágio supervisionado e 100 horas para o Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC), segundo PPC (FMN, 2013).
2.7 A PESQUISA EM SI
O principal objetivo desta questão era verificar qual a real compreensão que
os alunos possuíam sobre essa temática. De acordo com as respostas apresentadas
verificou-se que a grande maioria dos representantes dessa amostragem
apresentaram respostas semelhantes a estas:
Dando continuidade à percepção dos autores desta análise, foi solicitado que
de acordo com a lista apresentada, quais eles considerariam tecnologias. Os
resultados encontram-se no gráfico 05:
os itens: lápis de cor; óculos e caneta, que também são consideradas tecnologias,
pois são instrumentos que visam facilitar, solucionar problemas e trazer melhorias
para o homem, só obtiveram entre 41.2% a 45.1% das respostas assinaladas.
Desta forma deixando claro, que ainda não há uma compreensão totalmente
correta sobre o que venha ser tecnologia.
Este subitem tem como propósito avaliar qual tipo de uso, os participantes
desta pesquisa fazem das tecnologias.
seja, 82% acessam, através de suas casas, de acordo com os dados do gráfico 07.
Logo, demonstrando assim que a maior parte dos pesquisados tem acesso a esse
recurso em suas residências.
Ademais, quando foi apresentada uma lista de itens sobre os tipos de uso que
estes fazem na internet, dentre as respostas assinaladas e demonstradas no gráfico
09, duas delas chamam bastante atenção. São elas: 92.2% usam para realizar
pesquisas acadêmicas, bem como, 66.7% destes pesquisados utilizam para acessar
Redes Sociais, do tipo Facebook.
65
Três (03) pontos positivos do Portal Acadêmico (fatores que você avalia como
bom uso).
Três pontos negativos do Portal Acadêmico (fatores que você avalia que
deveria existir ou deve ser melhorado).
Entretanto, vale a pena salientar que os recursos das TIC´s não estão
associados única e exclusivamente ao acesso à internet, visto que há outras
possibilidades de uso, através de vídeos, músicas, TV, rádio, DVD´s, dentre outros
que não necessariamente podem ser digitais, mas que também podem se
apresentar como ótimas oportunidades em sala de aula, desde que sejam
planejadas previamente.
Dentre as principais respostas exibidas, sintetiza-se que este canal foi criado,
principalmente para:
De acordo com o gráfico 13, aqueles que mais se destacam são: Power Point
com 70% de uso, vídeos com, 64.7% e com o mesmo percentual de 54.9%, o Word
e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No entanto, é pertinente enfatizar de
acordo com a análise do gráfico 11, discutido anteriormente, onde verificou-se que
os participantes, associaram o principal uso do Portal Acadêmico, para consulta de
notas, frequências e download de materiais. Logo, percebe-se que esta utilização é
totalmente diferente, da proposta de um verdadeiro AVA, que apresenta, maiores
possibilidades e recursos de interação do que somente estes citados.
para estudos. É assim que devemos mostrar aos nossos alunos, com
diversos instrumentos, como: celular, som, computador, data show,
além de ser uma forma acadêmica, se torna uma aula dinâmica.
Diante das respostas acima verifica-se que uma grande maioria se mostra
como apta para utilizar as TIC´s em suas aulas, como futuros docentes,
reconhecendo a importância de seus recursos, bem como, das exigências que se
fazem na sociedade atual. Todavia quando avalia-se o gráfico 13, quando foram
solicitados aos participantes desta pesquisa para assinalarem quais os tipos de
mídias que seus docentes formadores mais utilizaram em sala de aula, destacou-se:
power point, vídeos, word e AVA.
De tal modo, questiona-se: será que somente com esses tipos de recursos,
bem como acesso à internet que a grande maioria faz diariamente, utilizando-se
basicamente para pesquisas acadêmicas e acesso ao Facebook, esses discentes
realmente estariam preparados? Se ao analisarem as próprias práticas de seus
docentes formadores, não apresentaram algo tão diferente do que o já
tradicionalmente é utilizado em salas de aulas, principalmente no Ensino Superior?
Será que uma criança estará atenta simplesmente assistindo aula com um projetor
multimídia e uma Apresentação de slides? Ainda cabe questionar se estes discentes
dominam, por exemplo, algum recurso de produção de materiais (Prezi e power
Point, são exemplos disso) para criar uma aula atrativa? É algo que suscita dúvidas.
O tipo de formação que estes discentes estão tendo é uma formação inicial,
onde se destaca a figura do professor como especialista em uma ou várias áreas
disciplinares, sendo o domínio de conteúdos o objetivo fundamental da formação. Tal
estratégia acaba tornando o processo como mera transmissão de conhecimentos
científicos e culturais para dotar o futuro docente no domínio de alguns conceitos.
A partir dos resultados apresentados nas análises que foram realizadas fica
claro que, os participantes dessa pesquisa têm plena condição de utilizar novos
recursos midiáticos, que possam ser propostos pelos professores, visto que a
grande maioria dos participantes tem acesso a internet de maneira facilitada em
suas residências, acessando-a através de computadores/notebooks e smartphones.
Logo seria pertinente que dispusessem a eles, um portal com um maior nível
de interatividade, além de proposições mais práticas quanto ao uso de tecnologias
como futuros professores, fugindo do tradicional power point, word, mas buscando
por novos recursos que a própria internet possibilita.
4 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Ademais esta pesquisa também teve como fim analisar o Projeto Pedagógico
do Curso de Pedagogia de uma Instituição de Ensino Superior Privada, da cidade de
Natal/RN, de modo a avaliar qual o destaque dado a temática Tecnologia da
Informação e Comunicação (TIC´s) para a formação acadêmica de futuros
professores, bem como, está se dando essa formação.
Para isto, foi necessário realizar uma análise, através de uma amostragem,
com discentes do curso, do 5º ao 8º período, dos turnos matutino e noturno. Para os
resultados dessa amostragem, foi realizada a aplicação de um questionário
eletrônico, no formato de formulário, criado através dos recursos do Google Docs
(Documentos), onde o link para o seu preenchimento foi divulgado em sala de aula,
bem como, através de compartilhamentos entre mídias sociais, em grupos, tais
como Facebook e Whatsapp, além de e-mails das próprias turmas. Assim, a
participação dos discentes desta pesquisa ocorreu de forma voluntária, durante o
período de 17 a 24 de novembro de 2015.
Logo, foi notório avaliar que a forma como as TIC´s estão sendo trabalhadas
em sala de aula, na formação de futuros professores e ineficiente, pois demonstram
ainda o não domínio delas. Assim, se faz pertinente que a disciplina Tecnologia da
Informação é de fundamental importância para aquisição de novos conhecimentos a
respeito da temática e outros recursos, sendo recomendável o aumento da sua
carga horária para conteúdo dividindo-o em teóricos e práticos. Desta forma o curso
estará cumprindo um de seus papeis para uma verdadeira formação docente de
qualidade e não simplesmente a formação técnica, especialista quanto aos seus
saberes, esquecendo-o de como aplicá-lo.
78
REFERÊNCIAS
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2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n37/06.pdf>. Acesso em: 15
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LIBÂNEO, José Carlos; ALVES, Nilda (Orgs.). Temas de pedagogia: diálogos entre
didática e currículo. Capítulo 8, p. 189-205, São Paulo: Cortez, 2012.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing. Uma orientação aplicada. 3ª
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MARTINO, Luís M. Sá. Teorias das Mídias Digitais: linguagens, ambientes e redes.
Petropólis, RJ: Vozes, 2014.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas
tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
81
ANEXO 1
SUMÁRIO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO ANALISADO
1. IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................................... 4
1.1 Mantenedora ........................................................................................................................ 4
1.2 Entidade Mantida .................................................................................................................. 4
2. MANTIDA – FACULDADE “FMN” ...................................................................................... 5
2.1 Breve Histórico ..................................................................................................................... 5
2.2 Missão .................................................................................................................................. 11
2.3 Finalidades e Áreas de Atuação ........................................................................................... 12
2.4 Objetivos e Metas Institucionais ........................................................................................... 13
2.5 Diretrizes Pedagógicas ......................................................................................................... 15
2.6 Responsabilidade Social ...................................................................................................... 16
2.6.1 Programas institucionais de financiamento de estudos para alunos carentes .................. 19
2.6.2 Relações e parcerias com a comunidade e instituições .................................................... 19
2.6.3 Inclusão social e educação inclusiva ................................................................................. 21
3.INSERÇÃO REGIONAL .......................................................................................................... 24
3.1 O Estado do Rio Grande do Norte ....................................................................................... 24
3.2 A Capital – Natal ................................................................................................................... 27
3.2.1 População .......................................................................................................................... 29
3.2.2 Economia ........................................................................................................................... 30
3.2.3 Saúde ................................................................................................................................ 30
3.3 Contexto Educacional ........................................................................................................... 31
4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO ..................................................................................... 37
4.1 Identificação do curso ........................................................................................................... 37
4.2 Histórico e Justificativa de criação do curso ......................................................................... 37
4.3 Objetivos do curso ................................................................................................................ 49
4.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 49
4.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 50
4.4 Perfil do Egresso .................................................................................................................. 51
4.5 Campo de Atuação ............................................................................................................... 53
4.6 Formas de Acesso ................................................................................................................ 53
4.7 Organização Curricular ......................................................................................................... 54
5. ATIVIDADES ACADÊMICAS DO CURSO ............................................................................ 65
5.1 Atividades Complementares ................................................................................................ 65
5.2 Estágio Supervisionado ........................................................................................................ 67
5.3 Trabalho de Conclusão de Curso - TCC .............................................................................. 69
5.4 Monitoria ............................................................................................................................... 71
5.5 Extensão ............................................................................................................................... 72
84
ANEXO 2
ESTRUTURA CURRICULAR B DO CURSO DE PEDAGOGIA ANALISADO
APÊNDICE