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PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA INTENSIVA ADULTO E

NEONATAL

PROFESSOR: Msc. Manoel Samuel da Cruz Neto

DISCIPLINA: PROCESSO HISTÓRICO DA TERAPIA


INTENSIVA E LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM
A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 A humanidade tem visto diferentes formas do cuidar através de sua história, não existia a enfermagem
como profissão. O cuidar na antiguidade era praticado somente no círculo familiar;

 A história da enfermagem serve para elucidar o cenário vivido e proporcionar um meio de compreensão
acerca da sua evolução;
 O conhecimento da sua cultura da enfermagem, da política e história,
possibilitam que as antigas heranças e costumes possam ser
aperfeiçoados e assim, dar abertura a uma nova visão do cuidado;

 Tendo em vista que, no inicio da civilização, a doença era considerada


como castigo divino, sendo assim, os sacerdotes e as feiticeiras que
desempenhavam o papel de cuidador.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 A enfermagem originou-se de uma verdadeira diversidade


científica;

 É considerada uma ciência una e global que, com a evolução


dos tempos, foi se aperfeiçoando;

 Os achados históricos que contém informações sobre


tratamento de doenças datam do período antes de Cristo,
conhecido como período Pré-Cristão;

 Nesse período as doenças eram tidas como um castigo de


Deus ou resultavam do poder do demônio.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 No inicio da civilização, a doença era considerada como castigo
divino, sendo assim, os sacerdotes e as feiticeiras que
desempenhavam o papel de cuidador;

 As práticas de saúde são antigas, estudos evidenciam a sua origem


há mais de 4 mil a.C., em épocas em que a figura materna era
simbolizada como a cuidadora de toda a família;

 Era uma época onde o conhecimento científico era limitado, os


povos primitivos diante de doenças, recorriam a métodos
alternativos que, hoje em dia, sua falta de eficácia já é comprovada.
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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 Em razão dessas crenças os sacerdotes ou feiticeiras
acumulavam funções de médicos e enfermeiros, pois
eram responsáveis pelo tratamento dos doentes;

 O tratamento consistia em aplacar as divindades,


afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios;

 As medidas terapêuticas adotadas eram: massagens,


banho de água fria ou quente, purgativos,
substâncias provocadoras de náuseas;

 Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos


sobre plantas medicinais e passaram a ensinar
pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e
farmacêuticos.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Diversas civilizações pré-cristão ganharam destaque ao longo do tempo com o seu processo de saúde-
doença na época, a qual contribuíram para a evolução da enfermagem;

 Egito
 Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época;

 As receitas médicas deviam ser acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas;

 Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas


sobre a saúde de outras;

 Havia “ambulatórios” gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Índia

 Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos,
plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo.
Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações e corrigiam fraturas;

 Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus


tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais;

 Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos
científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes;

 O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano -
proibia a dissecção de cadáveres e o derramamento de sangue;

 As doenças eram consideradas castigo.


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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Assíria e Babilônia

 Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação
das mãos, indenização, etc.

 A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças.

 Os sacerdotes - médicos vendiam talismãs com orações usadas contra ataques dos demônios;

 Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros;

 Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio
Jordão;

 "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa".

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 China

 Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes;

 As doenças eram classificadas da seguinte maneira: benignas, médias e graves;

 Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava;

 Os templos eram rodeados de plantas medicinais;

 Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis;

 Tratamento: anemias, indicavam ferro e fígado; doenças da pele, aplicavam o arsênico;

 Anestesia: ópio.

 Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso;

 A cirurgia não evoluiu devido a proibição da dissecção de cadáveres.


Uso de ópio como anestesia

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Grécia

 As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia;

 Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina;

 Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também
tinham casas para tratamento dos doentes;

 A medicina era exercida pelos sacerdotes - médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas.
Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral;

 Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade.;

 O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Grécia

 O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono dos
doentes graves;

 A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram
causadas por maus 7 espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina;

 Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica;

 Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas;

 Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir“;

 Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, e calmantes, ervas medicinais e
medicamentos minerais.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Período pré-cristão
 Roma

 A medicina não teve prestígio em Roma;

 Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros;

 Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro;

 O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma
distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto;

 Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia.

 O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego;

 O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente através da reforma dos indivíduos
e da família. Os cristãos praticavam tal caridade, que movia os pagãos: "Vede como eles se amam". Desde o início do
cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja.
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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Idade Média
 Alguns dos seguidores do Cristianismo passaram a dedicar sua vida à prática da caridade, o que deu
origem a inúmeras congregações religiosas, onde mulheres e homens com vocação de cuidar de pobres
e doentes passam a buscar salvação;

 Durante todo período cristão e medieval, o cuidado ao ser doente toma uma conotação de atividade
caritativa, com vistas ao salvamento da alma do doente e de quem dele cuidava;

 Juntamente com outros elementos das ordens religiosas,


surgem as diaconisas, as quais eram ordenadas para o
serviço, o qual consistia em atender as necessidades de
sobrevivência das pessoas carentes e doentes;

 Houve o crescimento das ordens religiosas, tendo em vista a


importância da Igreja nos cuidados e na salvação das pessoas.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Idade Média
 As diaconisas foram visitadoras domiciliares, verdadeiras precursoras da enfermagem na saúde pública,
que surgia no primeiro século do cristianismo;

 As damas da lâmpada, como eram chamadas, teriam sido o primeiro grupo organizado para visitar
doentes e cuidar deles a fim de cumprir as obras corporais de misericórdia e acolher esses doentes e
pobres;

 Elas levavam os suprimentos para os pobres e doentes, iniciando um trabalho social, identificando suas
necessidades, distribuindo recursos e ajudando a empregá-lo;

 Davam banho nos doentes com febre, limpavam suas feridas,


faziam curativos, dava água e comida, oferecia remédios
naturais e melhorava as condições do ambiente domiciliar das
pessoas doentes e pobres.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Idade Média
 Outro marco importante na história do processo de cuidar, foram as Cruzadas, um movimento social, político,
econômico, filosófico e principalmente religioso;

 Eram expedições militares organizadas pelos cristãos, que teve início no final do século XI em defesa da Igreja, para
recuperar Jerusalém do poder dos muçulmanos e era dirigida pelo papa como chefe da cristandade;

 Que participava das expedições usava uma cruz vermelha nos ombros, no peito,
no estandarte ou na bandeira, o que deu o nome ao movimento “cruzada”, por
conta da cruz, que era o símbolo de Cristo, o que continua sendo até os dias
atuais;

 A igreja passa então, com a ajuda da população a construir hospitais, pois


devido às condições precárias, muitas pessoas adoeciam, e quem se instalava
nesses hospitais com o intuito de cuidar dos ferimentos e das doenças, eram os
monges militares;

 As pessoas atendidas pelos hospitais eram os expedicionários e os peregrinos,


devido à perseguição dos muçulmanos.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Idade Média
 A lepra era uma doença bastante temida nessa época e as pessoas acometidas dessa doença usavam
roupas a modo de serem identificadas e tocavam sinos para que as pessoas sadias pudessem se
afastar delas;

 A enfermagem nas cruzadas era feita de forma bastante simples, sem profissionalização, onde era tão
somente atender as necessidades fisiológicas dos doentes, ministrarem medicamentos, fazer curativos e
cuidar da higiene;

 As cruzadas deixaram o seu legado para enfermagem através de sua rígida hierarquia (fardamento,
posto, pontualidade) e disciplina existente na vida militar e a abertura do campo da enfermagem para o
sexo masculino.
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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Idade Moderna
 O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais;

 É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal


responsável por esta reordenação, que vamos encontrar os reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da
fase sombria em que esteve submersa até então;

 A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas condições de salubridade;

 Diz-se mesmo que foi a época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente, à
predominância de doenças infectocontagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar dos
doentes;

 Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem
esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior
conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Idade Moderna

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – Idade Moderna
 Na idade moderna, a enfermagem assume dois rumos, ou seja, em um deles permanece ligada à luz da
caridade cristã e da vocação religiosa e em outro, pouco a pouco vai evoluindo para a profissionalização,
embora ambas se mantenham ainda dentro de bases empíricas, que persistirão até a primeira metade do
século XIX;

 A partir da segunda metade do século XIX, com Florence Nightingale, a enfermagem se transforma
radicalmente, buscando racionalizar sua prática, através de um trabalho calcado em bases mais científicas,
que vão lhe dar a configuração profissional necessária;

 É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, com o convite feito a Florence Nightingale pelo Ministro
da Guerra da Inglaterra, para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 Com o tempo, estes cuidados de saúde evoluíram e, entre os séculos V e VIII, a Enfermagem
surgiu entre os religiosos, como um sacerdócio;

 No século XVI, a Enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional
institucionalizada e, no século XIX, como Enfermagem moderna na Inglaterra;

 A partir daí, foram definidos padrões para a profissão e


a ANA (American Nurses Association) definiu que o
objetivo principal do trabalho de Enfermagem é o de
cuidar dos problemas de saúde, educar para saúde, ter
habilidades em prever doenças e o cuidado do
paciente.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 Enfermagem é a arte de cuidar, é a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser


humano;
 A enfermagem atua na família ou em
comunidades, de modo integral ou holístico,
desenvolvendo de forma autônoma ou em
equipe;

 Desenvolve atividades em promoção à saúde,


proteção, prevenção, reabilitação e
recuperação da saúde.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 Arte: é um conjunto de conhecimentos práticos que


mostram como trabalhar para alcançar certos
resultados;

 Ciência: é um conjunto de conhecimentos


baseados em um grande número de fatos
cuidadosamente observados, dispostos e
classificados de modo a estabelecerem
determinados princípios e leis.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix”, que significa mãe, e do
verbo “nutrire”, que tem como significados criar e nutrir;

 Essas palavras, adaptadas ao inglês durante o século XIX, se


transformaram na palavra Nurse que significa Enfermeira;

 A palavra “mãe” está presente até na formação do nome da


profissão destes heróis da saúde, que muitas vezes nos
acompanham desde o nosso nascimento até a nossa morte,
como verdadeiros anjos guardiões.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

É neste cenário que a enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada para
trabalhar na Guerra d Criméia

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Quem é Florence Nightingale???

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Florence Nightingale

 Em 1820, no seio de uma família da alta sociedade britânica, nascia Florence Nightingale
(1820-1910), a mulher que, em plena Inglaterra Vitoriana, iria revolucionar a enfermagem, a
saúde e a organização dos cuidados de saúde, a nível mundial;

 Considerada a matriarca da Enfermagem moderna, Florence Nightingale contrariou o destino


de uma mulher da alta sociedade britânica, à qual a educação e a profissão estavam vedadas,
abrindo caminho para uma nova representação social da mulher e profissionalização da
enfermagem;

 Soube aliar à sua vasta e abrangente educação de base, a sabedoria prática e técnica e um
considerável conhecimento de outras realidades geográficas e sociais (Alemanha, França,
Grécia, Egito) que lhe permitiram as bases para a reorganização dos serviços de saúde.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Florence Nightingale

 Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses;

 Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e


perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército,
fazendo prevalecer suas ideias;

 Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do


grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de
1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas;

 Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se servir a Deus, trabalhando em


Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas;

 Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que


julga ainda insuficientes.
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 Florence Nightingale é chamada de “A dama do Lampião” que estabeleceu as bases da Enfermagem


Moderna;

 Era de uma família rica, sendo uma mulher que marcou sua época não só por rebelar-se contra o papel
convencional para as mulheres de seu status, mas por abdicar do “reino” de luxo para atender o chamado
de Deus e atender o povo.

 Florence Nightingale é considerada a fundadora da Enfermagem moderna em


todo o mundo;

 Obtendo projeção maior a partir de sua participação como voluntária na Guerra


da Criméia, em 1854, quando com 38 mulheres (irmãs anglicanas e católicas)
organizou um hospital de 4000 soldados internos, baixando a mortalidade local
de 40% para 2%.

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 Em 1854, rompeu a Guerra da Crimeia, originada no conflito entre russos e otomanos que,
posteriormente, envolveu outras grandes potências, como a França e a Inglaterra, prolongando-se até
1856;

 Humanitariamente falando, esta Guerra representou uma verdadeira hecatombe, demonstrando que a
organização hospitalar britânica não havia evoluído grandemente desde as Guerras Napoleónicas;

 Cerca de 250 mil pessoas morreram, para cada lado, em grande parte devido à alta incidência de
doenças infectocontagiosas, desorganização dos hospitais de campanha e deficientes condições
sanitárias no terreno que se traduziram em elevada mortalidade entre os soldados feridos ou doentes.

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 Na Guerra da Crimeia (1854-1856), numa cultura hostil, Florence revelou-se uma mulher com grande
capacidade de trabalho, determinação, gestão e liderança, captando o respeito da Rainha Vitória e, acima de
tudo, o afeto da população Britânica, sendo aclamada e consagrada como “the lady with the lamp” e “the Angel
of the Crimea”;

 De tal forma que a preocupação da população pelo bem-estar dos soldados levou o Secretário de Estado,
Sidney Herbert, a destacar para a Guerra um grupo de enfermeiras, nomeando Florence Nightingale para
Superintendente do grupo;

 Foi uma atitude sem precedentes, na medida em que nenhuma mulher havia antes sido nomeada para uma
posição oficial no Exército Britânico.

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 Em cenário de guerra, Florence rapidamente apreendeu a situação em Scutari, o principal hospital militar Britânico,
enfrentando, no entanto, uma série de dificuldades;

 Implementou duas medidas estratégicas iniciais, no seu processo de


reforma: submeteu as suas enfermeiras às ordens dos médicos, para
não os alienar do processo de reforma, e criou uma lavandaria no
hospital;

 No auge da sua fama, em 1855, um grupo de apoiantes reuniu-se em


Londres, com o objetivo de angariar fundos que permitissem a Florence
levar a cabo reformas dos hospitais civis e estabelecer um Instituto para
formação de Enfermeiras.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Florence Nightingale
 Florence recebeu um grande desafio, em deixar o espaço do hospital totalmente equipado e com
condições para receber os que necessitavam.

 Para tal, realizou as seguintes medidas:

 Instalou água quente em todos os andares;

 A cozinha foi equipada com elevadores para o transporte de comidas aos quartos;

 Instalou um sistema de campainha;

 Priorizou a higienização do das roupas de cama e do local como um todo;

 Priorizou a disciplina e preparação das suas enfermeiras.

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 Naquela época, Florence percebeu que os fatores externos ao individuo influenciam diretamente no
estado de saúde e no processo de cura;

 Destacando-se:

 Ventilação: provisão de ar fresco, sem corrente de ar. Florence dizia “conservar o ar que o paciente
respira tão puro quanto o ar exterior, sem deixa-lo sentir frio é o primeiro e ultimo princípio sobre o qual a
atenção da enfermeira deve fixar-se, sem o que todo o restante que possa fazer por ele não terá nenhum
valor...”.

 Iluminação: os doentes têm, depois do ar puro, a necessidade de iluminação. Florence afirmou que “e não
é apenas a claridade que desejam, mas a luz solar direta”.

 Limpeza: um quarto sujo é fonte certa de infecção, aos pacientes, e para quem executa a assistência,
pois “remove matérias nocivas ao sistema”. Além de proporcionar alívio e conforto, a enfermeira afirma
que “deve-se estar sempre limpo, ter o cuidado de lavar as mãos frequentemente durante o dia”.
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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Florence Nightingale
 Florence descreve dois tipos de Enfermagem:

 Enfermagem da saúde: requer algum ensino prático e tem por objetivo a prevenção de
doenças e pode ser praticada por todas as mulheres.

 Enfermagem da doença: arte e ciência que requer uma educação formal, organizada e
científica para cuidar dos que sofrem com a doença.

 Para Florence, o conhecimento da enfermagem envolve o que deve ser feito a fim de que o
organismo não tema doença;

 Naquela época, a enfermagem consistia em duas perspectivas de ação: Preventiva e Curativa.

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A profissionalização da Enfermagem

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 Antes da Guerra da Crimeia, a formação das enfermeiras era já um tema discutido no Reino Unido;

 Entre 1830 e 1840, a liberdade religiosa veio permitir o estabelecimento de Irmandades que se
destinavam à formação de mulheres moralmente competentes para cuidar dos pobres e dos doentes;

 A atividade das enfermeiras era, no entanto, envolvida por alguns problemas: trabalho esporádico,
desqualificado, socialmente desvalorizado e mal remunerado; ausência de especificidade de funções e de
autonomia técnica; condições de trabalho altamente penosas nos hospitais; dificuldades de recrutamento
de pessoal; ausência de estruturas de formação;

 Os estudantes de medicina eram quem prestava os cuidados que atualmente fazem parte das
competências dos enfermeiros;

 Em resposta a estes problemas, Nightingale criou um sistema baseado na formação, no treino, na


dedicação, na disciplina de ferro e na forte estratificação hierárquica, segundo um modelo misto,
conventual e militar.
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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 Em 1859, iniciou negociações para estabelecer uma escola de enfermagem no St Thomas’ Hospital, em
Londres;

 A classe médica teceu, imediatamente, forte oposição, pois considerava que as enfermeiras necessitavam
apenas de qualificações semelhantes às de empregadas domésticas;

 Em 1860, as negociações culminaram na fundação da Nightingale School for Nurses, anexa ao St.
Thomas’s Hospital, considerada a primeira escola profissional de enfermagem em todo o mundo;

 O seu modelo viria a espalhar-se, rapidamente, pelo resto da Grã-


Bretanha e Império Britânico;

 Neste período, a par da fama e glória, Florence recebeu uma outra


herança da Guerra da Crimeia: uma doença debilitou-a durante muito
tempo, impossibilitando-a de assumir a direcção da Escola de
Enfermagem.
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Nightingale School for Nurses

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 Nos primeiros anos, a Escola Nightingale distinguia-se por:

Ser independente, mas fisicamente ligada ao hospital Submeter as estagiárias à avaliação das Irmãs e matrona do
hospital

Atribuir total autoridade à matrona do hospital sobre Atribuir um pequeno salário às estagiárias, durante a formação
as enfermeiras estagiárias
Estabelecer um contrato com as estagiárias que as obrigava a,
depois da formação, aceitarem um lugar num hospital à
Disponibilizar “lar” para as estagiárias residirem
escolha do Nightingale’s Fund, sendo política desta Instituição
enviar grupos de enfermeiras formadas para outros hospitais,
Ter como “professores” das estagiárias os com o objectivo de divulgar o sistema de formação de Florence
funcionários do hospital (Irmãs e médicos) Nightingale.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 À medida que a Enfermagem se tornava uma profissão respeitável para as mulheres em todo o mundo, a
lamparina de Florence Nightingale tornou-se no emblema da profissão, simbolizando, por um lado, a
esperança transmitida aos feridos durante a Guerra da Crimeia e, por outro, a literária e aprendizagem na
profissão (ibidem);

 Em 1934, foi criada a Fundação Internacional Florence Nightingale, tendo, naturalmente, como símbolo a
lamparina.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 Florence considerava a enfermagem como uma oportunidade profissional, com um conteúdo específico
por investigar;

 A sua concepção da enfermagem incidia particularmente na prevenção e no doente, contrariando as


concepções de enfermagem da sua época, que valorizavam, acima de tudo, a doença e o curar;

 A sua teoria abrange três relações principais: ambiente com o doente, enfermeira com o ambiente e
enfermeira com o doente;

 Considera o ambiente como o fator principal que atua sobre o doente para produzir um estado de doença;

 A enfermeira deve, por isso, ser capaz de manipular o ambiente em favor do doente, para que este tenha
o mínimo dispêndio de energia possível.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

 Florence, em seu livro “Notes on Nursing”, de 1859, reflete a seguinte


questão:

“Os apontamentos seguintes não devem ser entendidos como norma segundo a qual
os enfermeiros podem aprender a exercer a sua função de prestar cuidados e muito
menos como um manual de ensino de enfermagem a enfermeiros. Pretendem, tão
simplesmente, dar pistas de reflexão para a mulher que tem a seu cargo a saúde de
outrem.” (Nightingale, 2005, p.17).

 Neste livro, Florence procurou evidenciar “o que é e o que não é”


enfermagem, evidenciando a importância e possibilidade de uma
preparação formal e sistemática para a aquisição de conhecimentos
sobre a saúde, de natureza distinta dos médicos, que permitiriam manter
o organismo em condições de não adoecer ou de recuperar de doenças.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
 Florence Nightingale faleceu a 13 de Agosto de 1910, em Londres, com noventa anos de idade;

 Florence, mitificada no seu tempo e elevada à condição de heroína, não é reconhecidamente a primeira enfermeira,
nem a fundadora da primeira escola de enfermagem, nem sequer a primeira enfermeira diplomada, mas deu à
enfermagem o estatuto socioprofissional que lhe faltava e uma nova representação social;

 A enfermagem passou a ser vista como um emprego respeitável para as mulheres


personalidade controversa em algumas matérias, Florence foi bastante determinada
na prossecução dos seus objetivos;

 Deixou uma extensa obra escrita, resultante da intensa atividade que desenvolveu
até ao final da sua vida.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - Florence Nightingale

 https://www.youtube.com/watch?v=L0m94DdJvwM

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL
 O primeiro registro de organização de enfermagem no
Brasil é datado ainda do período colonial, seguindo até o
século XIX;

 A prática surge como uma simples prestação de serviços


e cuidados aos doentes, realizado por um grupo formado
por escravos que trabalhavam nos domicílios;

 Desde o princípio da colonização, a abertura de Casas


de Misericórdia foi posta como prioridade, e a primeira foi
fundada na Vila de Santos, em 1543, seguida pelas do
Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus, estas últimas já
no século XVI.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL
 Padre José Anchieta, figura de destaque nesse processo, não se limitou ao ensino de ciências e
catequeses, atendendo aos necessitados como um enfermeiro;

 Em seus escritos, são encontradas informações de valor sobre o Brasil, seus habitantes primitivos,
clima e as doenças mais comuns;

 A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais descritas de forma


minuciosa;

 Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado


por pessoas treinadas por eles. Não há registro a respeito;

 Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos


exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de
Janeiro (Séc. XVIII).

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 Em 1738, Romão de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos;

 Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação
mundial, graças a atuação de José Bonifácio Andrada e Silva;

 A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822;

 Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A Escola de
Parteiras da Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira
formada no Brasil.

 No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre Higiene Infantil e Escolar,
demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e novas realizações. Esse progresso da medicina,
entretanto, não teve influência imediata sobre a Enfermagem;

 Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes de destacaram e, entre eles, merece
especial menção o de Anna Nery.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

https://www.youtube.com/watch?v=HmsOkJ21T-8

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL
 Antes do advento da "Enfermagem Moderna" no país, a Enfermagem brasileira estava nas mãos de
irmãs de caridade e de leigos (recrutados sobretudo entre ex-pacientes e serventes dos hospitais),
quase que exclusivamente à mercê do empirismo de ambos, forjado no embate das exigências
concretas das rotinas das Santas Casas de Misericórdia espalhadas pelo Brasil;

 A Enfermagem exercida desde a fundação das primeiras Santas Casas tinham um cunho
essencialmente prático; daí por que eram excessivamente simplificados os requisitos para o
exercício das funções de enfermeiro, não havendo exigência de qualquer nível de escolarização
para aqueles que as exerciam;

 Essa situação perdurou desde a colonização até o início do século XX, ou seja, uma Enfermagem
exercida em bases puramente empíricas.

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 A primeira iniciativa oficial com relação ao estabelecimento da Enfermagem profissional no Brasil foi
a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras do Hospital Nacional de Alienados,
no Rio de janeiro;

 Por meio Decreto nº 791/1890, a qual seguia mais o sistema francês que o Sistema Nightingale, já
então espalhado por todo o mundo de língua inglesa;

 A formação de pessoal de Enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e,
posteriormente, às atividades de saúde pública, principiou com a criação, pelo governo, da Escola
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de
Alienados do Ministério dos Negócios do Interior;

 Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto
Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo
Pinto, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.

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 Por meio do Decreto Federal 791 de 27 de setembro de 1890 e com a criação da primeira escola de
enfermagem, foram apresentados oito artigos, que dispunham sobre o ensino e a prática da
assistência de enfermagem no Brasil, que são:

- Art.1º: Instituiu no Hospício Nacional de Alienados uma Escola destinada a preparar profissionais de
enfermagem para atuar nos hospícios e hospitais civis e militares. Colocando assim, sob a
responsabilidade do Estado, a formação de mão-de-obra qualificada para a assistência de
enfermos de diferentes instituições.

- Art.2º: Dispõe sobre as disciplinas a serem administradas. O curso constará:

1º, de noções praticas de propedêutica clinica;


2º, de noções gerais de anatomia, psicológica, higiene hospitalar, curativos, pequena cirurgia,
cuidados especiais a certas categorias de enfermos e aplicações balneoterapias;
3º, de administração interna e escrituração do serviço sanitário e econômico das enfermarias.

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- Art.3º: Dispunha das metodologias pedagógicas a serem aplicadas. Com aulas teóricas três vezes por semana,
seguidas das visitas às enfermarias, dirigidos por internos e inspetoras, sob a fiscalização de médico e
superintendência do diretor geral.

- Art.4º: Determina as condições de matrículas. Sendo o candidato maior de 18 anos; saber ler e escrever;
conhecer aritmética elementar; e apresentar atestado de bons costumes.

- Art.5º: O decreto confere prêmios de 50$ (mil reis) aos alunos com melhor desempenho nos exames. –

- Art.6º: Dispunha da duração do curso, com o mínimo de dois anos para a realização, será conferido ao aluno
um diploma passado pelo Diretor-Geral da Assistência Legal dos Alienados.

- Art.7º: O diploma dará preferência para os empregos nos hospitais a que se refere o art. 5º, e o exercício
profissional, durante 25 anos, á aposentadoria na forma das leis vigentes.

- Art.8º: Enquanto permanecerem no estabelecimento, ficarão os alunos sujeitos às penas disciplinares impostas
nas instruções do serviço interno aos respectivos empregados.

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 O Estado Novo tornou a profissão de enfermeira uma importante meta nacional e, em consequência
da guerra, houve intensificação do preparo de enfermeiras profissionais e voluntárias;

 Com o Estado Novo e a guerra, acirraram-se também certos conflitos entre as enfermeiras
"profissionais" oficialmente reconhecidas pelo governo federal a partir da enfermagem "moderna"
ensinada na Escola Anna Nery – a Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas, primeira
entidade sindical das enfermeiras, fundada em 1926;

 Pelo menos quatro escolas de enfermagem já existiam no país, três no Rio de Janeiro e uma em
São Paulo, antes da criação da Escola Anna Nery, em 1923;

 A Escola Alfredo Pinto, no Rio de Janeiro (1890), nos moldes franceses; a Escola de Enfermeiras
do Hospital Samaritano de São Paulo (1901), nos moldes ingleses; a Escola da Cruz Vermelha no
Rio de Janeiro (1916), algumas literaturas apontam essa como a segunda Escola de Enfermagem
do Brasil; e a Escola do Exército (1921).

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Escola de Enfermeiras do Hospital Samaritano de São Paulo (1901)

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Escola da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro (1916)

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Escola de Enfermagem do Exército (1921)

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 Em 1933, foi fundada no Rio de Janeiro a Escola de Enfermagem “Carlos Chagas”. A Escola Anna
Nery foi incorporada em 1937 a Universidade do Brasil e em 1945 se estabelecendo como Ensino
Superior em Enfermagem, passando a ser reconhecida como “padrão Anna Nery” e tornando-se
autônoma logo após o término da 2ª Guerra Mundial.

 A Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo, teve sua


inauguração em 01 de março de 1939, vinda a se tornar
a primeira escola de nível superior de São Paulo;

 Em 1954 já existiam no Brasil doze faculdades de


enfermagem e onze cursos de auxiliar de enfermagem,
sendo os cursos auxiliares mantidos por instituições
religiosas.

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 O Conselho Federal de Educação – CFE fixou o Parecer 271/ 62, do dia 19 de outubro de 1962, que o currículo
de enfermagem mínimo deve constar a duração de três anos, com a inclusão das disciplinas de Fundamentos
de Enfermagem, Enfermagem Médica, Enfermagem Cirúrgica, Enfermagem Psiquiátrica, Enfermagem
Obstétrica e Ginecológica, Enfermagem Pediátrica, Ética e História da Enfermagem e Administração;

 Com a implantação da Reforma Universitária em 1968, o curso de enfermagem teve um grande impulso como
profissão, aumentando o número de vagas a serem oferecidas e com a implantação do curso de pós-graduação
lato-sensu;

 Em 1970, a ineficácia na formação de novas escolas de enfermagem de nível técnico, levou o atendimento de
enfermagem ao caos;

 em 1986, a Lei 7498/86 regulamentou o exercício de enfermagem, estabelecendo os cargos em quatro


categorias: 1º Enfermeiro, 2º Técnicos de Enfermagem, 3º Auxiliares de Enfermagem e em 4º Parteiras, com um
prazo de dez anos para que os atendentes de enfermagem regularizassem os seus exercícios profissionais
perante o Conselho Federal de Enfermagem.

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A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO BRASIL

 Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 4812 escolas


de enfermagem, com cerca de 2900 enfermeiros de nível
superior, 95100 técnicos de enfermagem e 71200
auxiliares de enfermagem;

 Apesar de tanto avanço em formação educacional da


enfermagem, não foi suficiente ainda para acabar com a
figura de que toda enfermeira é auxiliar do médico;

 A enfermeira, pela sua formação e sua prática, precisa


ser respeitada como profissional competente, associada
aos aspectos de conduta moral e social devendo se
impor numa postura crítica para ser sempre útil à
sociedade.

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OBRIGADO

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