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Billye Holquist 2 A ARQUuITETONICA DA ResPoNDIBILIDADE 5. As varias man o selfe 0 outro, ou o problema de como a aparéncia de mesmice emerge ferenca, apresentam-se com grande diversidacle no curso dos atura de uma busca ou de um projeto. {8 1924 esta agenda de t6picos tomou ros disponiveis do discurso filoséfico. E um trat: ida experiéncia cotidiana, uma espécie de axiologia pragmtica. A a como um ato no processo de do deato, quer ele seja um: ‘MIKHAIL BAKETIN AARQUITETONICA DA RESPONI " paradigmatica, isto Jo de textos literarios. A fim de estudar os meios Bakhtin concebe a outridade como o fundamento de toda a existéncia eo pelos quais as relacées entre o selfe o outro sio produzidas, examina os modos ‘como 05 autores literérios moldam sua relagio com as personagens ea rel de tais personagens entre sina fiegio de uma obra de arte unificada. ‘A ArquitetOnicae os englobantes ensaios da fase fin juma constante tro jf €¢ 0 que no é ainda, O registro ¢ 0 jor dessas transformac6es é a conscién ao inter- continuo entre as atividades: é ” (que Bakhtin devotou.a t6picos ma que seu autor nio t ido mudangas no curso dos anos ou que A ArquitetOnica poss regada como guia canOnico para mens ‘fo das interpretagoes confli transcorrer de ui Ostermos é completo, uma vez que s6 pode existir dialogicamente. Nao cam o tema p 2 porém existe (0 €o mais importante, jinguagem esto em paralelo com as dos lo romantico, como Wi ‘nicos na vida, uma existéncia que é concebi ‘mas ativamente, como um acontecimento. Eu calibro 0 tempo ¢ o lugar de ‘minha propria posigio, que ¢ seres humanos edo mundo nat tica nfo se constitui de prin executo no acontecimento que é minha vida. Meu selfé aqui semelhante execug ndoa partir do hy tempo tinicos. da inteireza, esta nostalgia q avisio germnica de uma Gemeinschaft grega em relacii ria subseqtiente cons- ara um mundo de consci eado, eu necessito da autoridade dos outrosa autor: O outro é, no sent lo, meu amigo, porque ‘causa de sua énfase na agio, movimento, FO termo inusual, drugost; para quanto acontecimento, pressupde selvesqu vidade do outro através de sua ica abstragio, como -nessem. yento entre os vocibulos que (drugo)), em que -aj representa o marcador p padrio aditado 3 raiz drug. Este sombreado sugere os valores positivos ono pensamento bakh jodermos atingir gi, uma completa identidade unitéria em si mesma, quer na expe ta de nés proprios ou nos rigores légicos do pensamento d Jamentado. deum texto, co constr _mento entre o self € 0 outto, ‘sempre reciproca interdeper ambos ‘questo central ni espécie de linguagem estudada por fildlogos, mas também nos discursos requeridos pi ngt te contraste do eu/outro espelha-se no mundo natural, o que explicao interesse de Bakhtin pela biologia. Os cient t eas dle vida usam um ci lings Bakhti ‘MIKHAIL RAKITTIN modo nao ter vida. Em outras palavs reagir a0 ambiente ou interagi se diz. que uma pes: mostra “sinais de vi sobreviver sem o neste nivel primitivo, a capacidade de endo considerada morta. O protozoar imento a ele proporcionado por seu am mesmo vida. O qu uma situagio especi igir do mesmo modo. A correlagio entre o dado bru ‘aca possibilidade de um selferiado, em uma resposta imprevist eestilizada, esta aqui em seu nivel mais Masem ong corpo éum vastow te diversa. O corpo humano é histologicamente prolifieas, cada as quais composta, élulas individuais, todas interagindo uma coma out jemente inter-r por seu turn queas encontradas pelos protozoSrios, porén repete entre os entes humanos, nao podei mesmo quando uma sit saber absolutamente con capacidade de ser tmnico, 0 torna os seres humanos, em termos de espéce, tinicos. A diferenca entre o modo como John Smith, digamos, reage diante de jo mesmo tio homogeneizadora quanto um pelotio de fu ue seja ao modo de David Jones responder ao mesmo conjun forma espectfica da respondibilidade daquela dada pessoa. N: ‘organismo vivo evitara respondibilidade, um define se alguém esté ou nao vivo éa capaci sua responsabilidad. Este modo de ver €a0 kantiana de que ha um fn como uma interdependén: jo sobre um ego transc yendéncia é da n, de modo que o pri n dos dois, autoria, porg lade selcante-outro € alcancat ‘entendido como uma resposta—produz- fa fim de moldar um significado a © que o selfé respondiv. vel éa autoria de st arquiteténica entre o focus vinico de atividade vital que o organi individual constitui e o ambiente natural e cultural em constante mi que o cerca. Tal é 0 significado do dito de Bakhtin segundo o qual o se/f jato de graca, uma dadiva di “estoria simplesmente assim”. A fab imero de conglomerados cle met mas. conglomerado m: visio, Devido a presumida cisio entre mente e mundo, um dos grandes jas da mente & como “ver” o mundo, como traduzir um mundo {6es niio podem em si mesmas ser conhecidas p ‘0 conjunto de 5 que representaré aquele mundo de um modo passivel de ser perceb ida que somente em segundo grau. Para coisas. civeis ou conceitualmente invisiveis pa constantemente mareadores que poclemos ver em nossas men ‘MIKHAIL RAKITTIN 10 corriqueciro, tao sim- tients emulate ‘o mesmo espaco a0 mesmo tempo, entioo men, lugar na existéncia é tinico, se nfo por outra razao ao menos porque enqua eu 0 ocupar ninguém mais poderd fazé-lo. Enquanto eu estou aqui, voce tem {que estar ali; eu posso estar com vocé neste momento, poréma situagio parec rrente a partir dos lugares tinicos que cu ¢ vocé ocupamos nela. N6s d estamos juntos e, no entanto, a parte. Podemos trocar entre 0 momento em que voce ocupa o lugar onde eu estava e eu ocup posigio onde vocé estava, tera decorrido algum tempo, ainda que seja m fragio de segundo, E como a situagio anterior nao pode ser repetida, n6s nu ‘vemos ou conhecemos as mesmas coisas, Voce molda a estrutura do cenério ¢ 0 nosso lugar nele a partir do lu ‘inico que vocé af ocupa, assim como eu o fagoa partir do meu. Apenas um self concebido nao como uma esséncia transcendental, mas meramente como Jocusde apercepeio, pode “ver” nossa configuracio. Visto nao ser transcendent 0 self € guiado em sta atividade arquitetdnica por restrigbes que o espaco| Algumas das restrigGes sio cont A primeira dessas restrig6es absolutas, que poderia denominar-se localizacio, & que aquilo que eu vejo é governado pelo lugar a pa cebido determina o significado daquilo que é observado, estava para a mente consciente o mesmo que Einstein estava procurando faze universo fisico quando ele, quase na mesma época, enfatizou o p determinante exercido pelo focusa partir do qual os fendmenos so ol dos. A primeira comuni sobre o tempo “% ia simultanea de dois eventos, o evento em quest conceito que ele, a n, passou o resto da vida tentando 1 neidade. Esta, como Einstein a define, nao surge nor AARQUITETONICADA RESPOND s Porque a luz viaja tio depressa ¢ as distAncias sio tio pequenas que inte demora €irrelevante, € quisermos marcar eventos na delonga sera significativa. Daf surge a questio fundamental, que ‘concebermos a contemporaneidade de fatos ocorridos na terra ¢, di ma lua, ou seja, como diferentes espagos podem ter o mesmo tempo, Jevou Einstein a inventar “experi izados” que envol fem elevadores, transatlanticos ¢ trens em movimento, os quais mostra- aver algo como um intervalo fixo de tempo independentemente do ‘ao qual se refere, Nao existe, pois, simultaneidade efet Em sua proj wagbes de Lorentz como u sistema de refe in encontrar-se na mecinica de transformagbes do selffoutro, es ma lei da localizacio. Vocé pode ver coisas das quais vox diferente em outra parede ou outras m Esta diferenca determina que, emb We para um e para outro, itridade nio é, pois, apenas uma priory metalisico, porquanto a nio- ia € um traco constitutivo da percepefo humana. Ha também um na visio de que ohomem é dotado, um ponto cego d lizagio. Mas, uma vez que 0 as & metade do caminho”, enqu: 16s temos apenas a met. logo, muitos centre os mod istoso do qui (0, a qual tema mesn ‘estrutural mas cuja natureza foi percebida, de Marx a no do qual ridade que cles apenas espe io de que ovisto ‘MIKHAIL RAKITTIN AARQUITETONICADA RESPOND! qualquer encontr particular dio a0 tempo ea espaco cores j | gar: a fatia distintiva excedente do [meu] ver", onde o excesso é definido em n todos os outros tém di exclusivamente por mim. pedra fundamental na construcio do seifconstitui algo de que toda gente tilha como condigio, mas que em pessoas especificas € Orresultado é um paradoxo que diz que todos nés pat Bakhtin enfatizaa plenitude mais do que a pouquidade da ‘embora as duas condicées sejam tio sim lutiveis. Ele 0 faz como fito de que seu termo para te dover”, nao seja erroneamente interpretado como solipsismo: exced. iéncia do fato de que eu, no meu aspecto mais fundamental de mim Eno fim de contas um termo relativo destituido de significado sem a vio sow ainda”®, Eu vivo num “fut rénciaa outros’ jimportancia dew Bakhtin examina, na lei da localizagio, as sas adic elfcom os jas peculiaridades do pronome eu entre outros el Hingua natural, como ainda d: ‘a Seamalgamarem com o sujcito, sno é como uma crescente percepcao de alguma cois: de alteridades, uma operagio que simul icular pela qual Bakhtin desenvolve o tempo ¢ o espago revela se para com a tradigio kantina das catego: fico desempenhado em seu pensamento pela dist Edado eo que an Pibtedicutiroc esquivo do self Estar consciente quer dizer em g estar consciente de algo. Bakhtin argumenta que estar consciente quer dize algo. E do mesmo modo que o problema de conhecer coisas é solucion: {quando se encontram termos que nos deixam ver o mundo, o problet conhecer o seifsc resolve quando aprendo a visualizar a mim mesmo, Pas Mr vids que tts posse Sears 0 self com que Bakhtin opera possui certo paralelismo com 0 “eu pe jquc 0 selftem de ser pensado como um projeto. iano, o ponto com o qual a experiéncia se relaciona para ter seu sig ialavra com que Bakhtin desig aadanie) 6 01 do, Este € 0 seifque Kant define como um “eu” que é“em si mesmo comp! biasica entre “dado” (dan) ‘mente vazio”. O paralelo sugere que o self, concebido como nada em si mes! da consciéncia como: ‘eoloca problemas radicais para a sua percepgio por aquela parte da relacao sell jermos temporais isso significa que eu res} Joutro constituica pelo self Como observa Bakhtin: "Nos estamos menos projetando o futuro. Meu selfse re tudo aptosa aprender [..] o todo de nossa personalidade”’. ‘Seja numa rigorosa tentativa fenomenologica de atingir um inti i € evidente aqui, espe ‘eimento cidético de mim mesmo, seja no mais banal devaneio, é preci seu direito de neyar toda det “examim mesmo q ‘Aagio deum autor que tenta vis ta por cuspi sna minha te sentido aeste uma hist6ria coerente de meu papel nele. O self €“a personage c prkasinir gsc ete me tenel principal que est num plano diferente de todasas outras personagens , pois ainda estou no processo de me tornar eu. imagin« Bakhtin move-se da nfo-coincidéncia entre mente e mundo pat coincidéncia entre 0 modo como eu 0 outro desenvolvemos categorias organizaro mundo, o quadro que eu disponho a partir de meu lugar énic ‘oe que 0 meu propr cexisténcia versuso quadro que vocé dispde a partir de seu lugar nico. Es joutros. Esse proceso de ver de ndo-coincidéncias é levada a se jo-coineidéncia existente e clo mundo através dos: ‘meu selfe todas as formas disponiveis para a expresso do self na para os outros mas também para mim mesmo, ise 0 meu ego mais profundo, meu eu-para-mim-mesmo, opde-seem ‘MIKHAIL RAKE mentos refrata o que é percebido de modo inteiramente diferente, tal como o eee olho dircito ¢ 0 esquerdo at jo. Em minhas tentativas de eat formar sentido a partir daquilo que se me depara, eu moldo omundo em valo- irotéenica de neologismos que so peculiar a0 primeiro period da esque siorefratados de uma out de outra lente pean Esse padro € outta maneira pela qual adualidade eu /outro reproduzo pdro erescentemente encontrado em outros nives da biologia que contro ELT sgerpamrcs rire re een percepgio. De hi muito se conhece a dualidade da visio bifocal, mas agora se Ms cc pecnphanie ica “entrar” ou ase", como no exército, mas que sugere também postupit’,“agir", e postupok, ago”. Uma sugestio ulterior de postuplenieé “entradalreecita”, como heemisfério esquerdo em outro exe tabilidade, que constitui o lembrete bakhtiniano de que as pesso aptidao para o reconhecimento preciso dos sons peculiares a fala hun ina existéncia através dos atos que somaram no curso de suas vidas ¢ ‘ouvido esquerdo, controlado pelo hemislério direito, é mais eficiente na como as entradas nas contas do razio, elas respondem. A c diferem dos re postupajuscee soznanie, uma “consciéncia atuante/entras i outro dos freqiientes jogos de palav realiza com este prefixo, O modo pelo qual as pessoas, ‘énomeado como priobieén, o que vem a sigi processa sinais audiveis em doi similares, como 0 que se produ quando i rapidamente o ar ao apagarmos uma vela ou ao pronunciarmos fem prevocilico wh em palavras como when, sio tratados de duas forma mente diferentes na percepe! wva. O hemisfério direito lida com 0 puramente funcional de sopra coma qualidade abstrata, semis ia do significado. Este modo dualista de concel conjunto na conse cia de um perceptor de proporcionar a aparéncia de unidade simulténea, tal como procedem outras dualidades comandadas pel trabalho dicotémico do cévebro bicameral. Bakhtin, que foi influenciado mim como uma “isso-dade” (é¢ast’) ou “o-q grande fisidlogo do cérebro A. A. Ukhtémski, sugere que uma constante med que se encontra em algum lugar entre a Vorhandenhite: gio entre o papel do selfe do outro éo mecanismo pelo qual conceituamos e, ger: Naliie isto &, en face, na lice) 60 que est em certo grau, controlamos, ao nivel da mente, dualidades que se apresem por uum ato da consciéncia na biologia ao nfvel do simples cérebro. étransformado naquilo que é conc O selfe 0 outro sio os dois pélos de todas as possibilidades perceptuais jeto” (zadanie) de atuarfentrat; Sua inseparabilidade eria uma injuncio difdica que imprime diregio ao obses sivo jogo bakhtiniano de palavras, especialmente com o prefixo russ0s0- Heoisas que cu preciso fazer” (dolzenstvovanie); o reino do zadannost? cando uma simultaneidade no aspecto atinente ao compartilhar, que € gr mnvfnio no qual tais obrigagdes so convertidas numa ‘modo equivalente 20 uso em inglés de co-[latim cum, emprego interac RIMES iraresveniincr, “coless qe cuders ear”, Yeas, zado}, como em co-autor: Mas A Arquiteténica in io do mundo dado em mundo que eu mesmo estab em que 0 idioma russo é forgado para atender as necessidads filo: Mrtre/omeu corpo c outros objetos A minha volta (ro autor. Eum texto extremamente denso; adversirios do jargio podem corpos) numa relagio temporal, ela que é de outro modo apenas esp que o escrito esté empastado. O fato se deve io € puramente fisica). O mundo simplesmente fisico é um “deserto comoa constante experimentacio com novas aplicagBes. O russo, como o gre " (cennostnaja pustota). A realizacio de projetos humanost io do inglés, caracteriza-se pelo vasto mtimero di do espaco em um jardim do tempo. O mundo como nalicnost’est £08 ou sufixos, & possivel gerar a partir dew ide vista de uma consciéncia percipiente, sempre ali, esta is verbais. A época em que redi ee bytie, um termo com asuge acabava de efetuar estudos filologicos de grego ¢ la também implic er” (onde ai la com Kant e diverge de Cohen, ao assumir que o mundo das coisas é terior mundo enquanto dannost’apresenta-se a mim como necessidade, repert6rio relativ Arquitetonica, Bak! 1), jivros para o chefe local do Partido, em ‘um banqueiro. Dannost’€ uze bytie, ‘los atos humanos, enformado sendo”; zaddanost’, o mundo; porvalores, € exte-bytic, Nocht-nicht-scin de Ernst Bloch). A consciéncia nunca & completamente c lente com o mundo; sua atividade fundamentalmente transforma o que j tempo é 0 “faturoabsoluto” (absolvence buduséee). Precisa estar sempre frente ‘de qualquer presente, uma vez que a responsal cde transformar o que é ‘dado torna qualquer presente um passado; 0 que esti mio ja esté ali. ‘O mundo em esséncia nao tem significado. As pessoas nada sio em essén- cia senio criadores ¢ consumidores de significado. O mundo € as pess interagem numa mutualidade de passiva necessidade de valores e numa ativa sua unidade é uma “intercontradicio” (vzajmoprotivorecie le os dois lados cancel um ao outro na rio (edinoe) ¢ tinic (edinstvennoe) evento da existéncia (sobytie bytifa) & impossivel ser neutro” ‘Mas longe de se tratar de uma condicio infeliz.e predeterminada, a neces dade de realizar valores: é destacar-se (isxodja sebja, “destacando-se”, ex-tasen) do para encontrar o mundo fora de mim mesmo em meu ato de prover o mu com categorias de tempo e espaco que brotam do ato de aval ‘Moldar 0 mundo por meio do significado dos valores q ma responsabilidad, uma ver iberdade de me abster de produzir valores que sio meus préprios. E possivel ser um ente humano cénscio ¢ viver uma vida neut valores, Mas eu posso simplesmente accitar os valores de n lugar particulares, que éum modo de tomara minha vida uma subfung (cennostny refleks sin cidade de impedir o significado constitui uma responsabilidade: e respondivel no sentido de que sou livre para atender ou ignorar o chamad mundo para uma resposta. Mas. incapacidade deste de significar € verdad necessidade i-ser € estar em necessidade [...] estar meramente 3 n (nalicie) ude expressiva do et ‘mundo nao éape idade dam raiz de mudrost’,“sabedoria”, relaciona-se coma palavra que desi ~ embora a mente também possa ser a de uma mulher mundo, penetrando-o ¢ ‘Ametifora sexual da maneira pel (0 mundo precisa ser penetrado de “fora finidade da irresolugio ny Bact, p. 119, 100 AARQUITETONICADA RESPONDIDILIDADE re as varias que Bakhtin emprega com o mesmo propésito. O mundo uma “crianga indefesa” (xruphy rebénok), que requer oam ‘éncia humana (as obras de Bakhtin fazem largo uso de metiforas do jo maternal). Em acréscimo, o mundo exige a & mente proporcionar, e esta analogia com a livre graca é uma ssbakht , 0 por meio de “palavras escoantes” (isxodjascie , que nio menos efetivamente expressam a moldagem de valores ( 0 termo que Bakhtin emprega, escolhido provavelmente por ser 0 10 do sentido de Ausdruck em alemio, é iz-obraz-enie, “valores ex- essa funcio transpos legger, uma resposta ao “cl speso ao aspecto respondent lidade é concebida como a acio de responder as necessidades do mun- lizada por meio da atividade do self que responde A sua prdpria le de um outro. A armadura dessa filosofia inteira 0 computo J6gico que ela proporciona das relagées entre o selfe tudo 0: fio ha atos isolados na consciéncia. Cada pensamento es mentos c, o que é mais importante, fomundo tem “ser” (byt), do termo bivocabular é"co-ser a énfase na simul ‘compartilhar caracteriza a obra inteira de Bakhtin. S ng simultaneidade pulsante, fluxo, de se precipitarem i entre osel'eo wor TAKITTIN AARQUITETONIGADA RESPONDIBILIDADE ara organizar o mundo, como as de sou capaz de prover aqueles tragos que sio negados ao prop distincio selffoutro & conquistar um senso da constant ais bisicas categorias que emprego para a moldagem do out tempo, espaco, ¢ osvalores: fica~ para moldar uma percepgio de meu self Esta diferenga basica serve p tes le perceber o espago, duas espécies diferentes c diferen« avaliagio que sio apropriados p: hiato entre um tempo, um espaco e u ‘mim eum tempo, um espaco ¢ uma avaliagio que Sio apropriados para ou (© modo como eu crio a mim mesmo é por meio de uma busca: eu saio le encontro ao outro para voltar ¢ " consciéncia de fsio completa (uma Authebung dialética), mesmo que fosse possivel, impo diferenca indispensivel ao didlogo. Quando eu tiver investigad ppre-the encontr: unto posso, encontrar-me-ei dentro de 8 posso obter somen seu horizonte, e aquilo que ele nao pode ver eu sereiincapaz de ver. Assit segundlo passo necessirio para mim é retornar ao meu proprio horizonte, ‘me é dado perceber 0 outro niio unicamente ma forma caquilo que ele mesmo vendo ao olhar para fora de si, nao apenasa partir de seus olhos, mas também ‘meus prép1 wer como objeto ° © exemplo dlassico é 0 modo como eu percebo 0 softimento de ou sés dos olhos dela que a aparéncia do mundo colorida em todos os aspectos pela sensacio de sofrimento. Quando o sofre: véas drvores que nos cercam, ele percebe drvores sofredoras, por assim quando vé outras pessoas, percebe-as també dor. O mundo é homogéneo no modo de ele perce! p te entre as forcas cen desse outro sofiedor, eu posso saber de tudo isso; através de seus olhos, fechar o mundo em sistema e as forcas cent ver o mundo como uma extensio de seu sofrimento. titude a fim de manter © mundo aberto a0 d ‘Mas quando retomo ao tempo eao espago de meu proprio lugar tii que atribuimos aos polos nesta cont existéncia, em adigio ao conhecimento que consegui do mundo do solred posso acrescentar ao catilogo de coisas que a outra pessoa vé as coisas 4 sta impedida de vera partir de sua situagao e que eu posso perceber som partir da minha, tais como 0 trejeito em sua face ou o rictus de seus mem desde o fim do séc in por inter \da, vejo tudo isto no contexto das mesmas drvores que ela p itianos de Marburgo, Cohen postulara a santidade com vistas den {phomem e Deus, o que, muito antes de Bi self/outto. AARQUITETONICA DA RESPO De 9, € 0 ego da pessoa consciente ou sio as forcas inconscientes e impessoais 1d? Este problema continua i " Na teologia, a questio sempre foi a da integracio ontolégica. Quem c Joato éresponsivel, lei de Deus ow vontade do homem? Este proble Imente sério nas versbes da Cristandade que enfocam o livre-arbitrio do fduo, como faz a Ortodoxia Russa. Estou sendo autor deste fato como um E visto que o self é igualado A consciéncia ¢ a consciéncia a conse outro, a mais lta prioridade é conferida a sociedade ou aos modos particulares pelos quais as pessoas escolhem as relagbes se outro na hist6ria. rearbftrio, ou estou apenas articulando um aspecto de um Emboraa distingio self/ outros preocupagio recorrente em mui- c articula a vontade de um plano mais alto, tos outros sistemas pré-romfinticos de pensamento, ¢ Bakhtin o tinico dentre as ico, as questées de autori figuras mais representativas a moldar o problema em termos deautoria. Ele nio feram das mais prementes. Por esse motivo, as discussde: se na dicotomia self] outro como tal, mas, antes, pelo rias tio acadé logo e da formacio da perso- suas personagens podem nnagem, que permitem aos p6los de consciéncia interagirem, conquanto {com especial tendo as diferencas fun: is um do outro. Em tiltima andlise, o pensam. No dmago de todas essas questées di-se: to de Bakhtin é uma filosofia da criagio, uma meditagio sobre os mistérios Pélo de pessoalidade individual e o pélo oposto da forca impess« inerentes 3 acdo de Deus fazendo pessoas € das pessoas fazendo selves, con Yilos so nomcados de manciras diferentes nesses discursos hetcrogéneos, fade de pessoas eriando outras pessoas na au todos os casos eles designam essencialmente o conflito entre um self” paradigma para pensar em todos os nfveis da ago de criar CO ato de autoria que é tratado em A Arquitetdnica constitu’ o tropo ma- lidade. Essas ntro dos autores com os her6is por eles rSonagem, que constituem as princi : , indicam o papel quea religiio exerceu no pensamento de Bakhti influenciou fortemente, Mas, como sempre em seu ca se diferencia pela én nas técnicas essencialmente autorais do ‘entrangados no mundo de seus textos vem a e modelar todas as demais categorias bakhtin autoria permite ao fildsofo russo focalizar as suas preocupagdes em bio |, teologia e politica. Um problema fundamental na. gia, por exemplo, cegracio neurologica ea identificagio do sist za de sistemas que conserva as varias forcas eletromecanicas mecit trabalho no corpo humano que operam juntas numa unidade. Qual é em tras palavras, a sede do controle, o autor das agbes e reagbes do corpo de c 2 A questao tinha forte ressondncia n: i to nesta rea é mais uma ilosofia da religio do que uma teologia que afé como um 2 priori oe n, o pensamento religioso no éuma disci flo de todas as outras espécies de preocs aquelas que tém a ver com a linguagem, particulas, contrasta com muitos outros russos que, durante esse pe- uma area de pesquisa popular ¢ bem-sucedida. se devotaram filosofia religiosa. Por exemplo, L. P.K: mlingiifstica, ha quest6es fundamentais que tém a ver com (1929) é impressionantemente similar & obra i geaaha por Saussure & arbitrariedade do signo soc juma deficiéncia em que Bakhtin nunca incorreu: a incapacidade de assungGes que remontam, no mfnimo, 20 pensamento de Santo Agostinho qua ir categorias teol6gicas em outros discursos. Karsavin permaneceu p deapacidade de as intengdes pessoais controlarem o significado. O probl figura menor na historia da teologia ortodos festava em saber onde localizar a sede do controle que i ia internacional por: linguagem. Quem é responsivel, se é que alguém 0 6, pelo peso ser qualquer declaragio dada? Quem € ou pode ser o autor de proferigbes: ‘em um meio tio impessoal quanto 0 modelo de lingua glifstica estrutural? Na psicologia, depois que Freud enfatizou o inconsci “questo passou a ser: Quem é o senhor da psique? Quem € oautor de algu te sentido, Bakhtin nao é um exético caso especial, um cristologista ino, mas parte de um movimento muito ma Em outras palavras, o que distingue Bakhtin nao sio as suas te | pessoalidacle de Cristo, porém o modo como ele seu rar outras éreas que nao a teok MIKHAIL BAKEETIN ‘ocupagio de Bakliin é entender 0s mistérios da autoria, no apenas de textos, los pela fala na vida cotidiana. Tal 6a forca ‘estd sendo autor de quem?) e entre a linguagem ea literatura, ‘Arelevancia da tcologia para Bakhtin transparece no paralelo entre o seu. pensamento e os temas recorrentes do cr mesmo em seculares, as indagacdes sobre a natureza da c aos pensadores que pr autoria divina do mundo. A preocs- ppaciio tradicional com respeito ao Logos tem muitos paralelos com as modernas tentativas de compreender a palavra, e muito poder conceitual a outorgar-Ihes. Como notou Kenneth Burke ‘envolver, na natureza da linguagem, algumas das quest6es centrais com as quais 0s pensadores religiosos sempre se debateram, tais como a natureza do signifi- ‘ado, do outro c do sujeito (a pessoa). Como Burke acrescentou, “O que ico apresentaré notvel parecenga com o que lé porque asineludiveis dualid: ) encontram-se, no amago da lin- guagem, na dualidade de signo/ i ‘Apalavra € uma coisa material na medida em que cla s6 existe mediante uma produgio fisica, como pelos 6rgiios da fala ou da tinta no papel. Mas a palavra ¢ ‘mais do que sua pura “fisicalidade”, ou a transcende, na medida em que po: significado. Essa dual estende-se ao seu emprego: o signo n €o que cle significa. O termo érvore jamais €uma érvore. Se ohomem é o ani lingtistico, esta fadado ao dualismo, dado o fato de a ordem dos signos nun ‘coincidir com a ordem das coisas a que denominam, O mundo é sempre outro de modo que aalteridade esta também porque eu nunca sou qualquer dos signos que me nomei ainda, os signos pronominais como ev. Quem nao é lingiista ignora em geta fato de que o mundo no corresponde ao sistema da linguagem. Mas todos deparamos com a realidade de que eu dealgum modo nao corresponde a it sc féssemos identidades unitarias,criamos fiegGes de mes 10, Ket he, The Rhetoric of Religion: Studies in Logology Berkeley Calforn 106 AARQUTTETONICADA RESFONDIBILIDADE “assim como a linguagem opera com ficgbes de correspondé: spartilhada entre consciéncia e self tro, dla sentido a formulagio de — Ao lidar com essas dual omias no centro da existé (1como se apresenta ia de quea nossa relagio com istorica eo respeito pela mate inagao religiosa russa. Como observou Esta preocupagio pela materialidadé das cois ia russa com a corporeidade de Cristo, o esvaziamento do espirito qua Palavra se ez came durantea vida de Jesus. De Sio Teodésio até Dostoiévski, ss. Acanonizagio dos dois ada a cabo nao port ios foram de fato assas ‘do trono paterno, Entretanto, quando advertidos do per Ti [6 Deus]... Por amor a ‘Ti sou morto 0 di ‘como um cordeiro para ser comido. Tu sabes ". Esta humildade, este acompa que sei ‘MIKA BAKITTIN AARQUITETONIGADA RESTON! DE Jorge Fedotov, essa classe peculiar de santos, que aturdia tanto 0 clero bizantino 0 dnica delineia diversos estadios desta ‘que acabava de converter 05 russos, Gristo € importante por rev primeira ver as bases de toda cor ave para o entendimento de todas.as coisas todos aspectos do mecanismo seif/ outro (0s seres lhumanos existem como seres conscientes. Deus é um modo pois “aquilo que quenética. Embora ‘eurso de toda a sua vida um forme explicou Fedétov, grau de per! considerava-o A pessoa], Deus 0 ‘que mantém a comunidade unida é concebido por Bakh pa linguagem. E do mesmo modo que ele s reender uma sociolo I dos signos”. O significado 10 € possivel sem ele. O ristico. Dois conceitos vi efeito sobre o pensamento de Bakhti €odeuma comunal da trindade transforma-se numa questao di radical (sobornast’y; o segundo é o de um profundo respeito pelas realidades cebemos o fund: materiais da expei de todos os dias. O acento na humanidade de Cri eyou os russos aval dade, a seu carater tinico, geral da humanidade, um estabele \delar da pri ‘compartilhacios como opostos os in . No pensamento de Bakl 0 €traduzido do discurso da teologia para os social. O filésofo interpreta oi tin expressa sua énfas ilidade ni Rs pels tami uso mpenia cm termos deamor ec ia da linguagem, porém celebrandoo a fim de comparti nento da consciéncia humana. Esta consciéncia éa consciéneia da Fe 12. George The Russian Religious Mind ( Harvard Universiy ‘The Russian Religious Min 108 p. 129. sexo e da defecacio, est ligado do modo mais imediato a dicotomia self] outro, EmAArquiteténica, ele cartografa a diferenga que oaparecimento de Cristo hist6ria operou nas percepgdes precisamente d com o outro”, © que: peed rics Ape opée-se A tradicio em qui também associada aos comentirios de Bernardo de dos Canticos, ¢ a Sao Francisco de Assis, Giotto e Dante, E a tradigao que “O corpo ha de erguer-se da morte nio por sua prépria causa, mas por daqueles que nos amam, que conheceram e amaram o semblante [a carne} foi nosso € nosso somente”, Aqui, no inicio mesmo de sua carreira, Ba plasmaa oposicio entr ‘como corpo. por Raspaitin n ial sobre Bakhtin, também se sentiam fascinados com o parad comio Merejk6vski que ocupa ga ao do self; € 0 he aniloga ao do outro. Este movimento é repetido cada vez que ido, pois leitor se torna.a carne do: pessoas, assim oat Eseika, p. 52 Russian Religious Renaissance 86, 285-908, 0 eo governo que um lavrado: nae out ta podem perceber diretamente c Jem curso durante 0 perfodo ex |. E dado aos leitores, ass historicas, as condigées soci 9. Mas, numa estética sistemt ‘de uma forma direta, e menos «do autor-pessoa. Os leitores s6 podem 8, antes, como um Te seja um processo por direito pr6p: e450 do relate feito pelo ps Isto 6, ve apenas o produto a criagio tal interno, psicologica porquanto o self é quem constitui o todo governante de todas as imagens Giais que nés manifestamos de nds mesmos. Embora o self seja exp separa do autor-pessoa para tornar-se o legislador secreto do texto a que energia trouxe A existéncia Emres tempo, ele no é uma das personagens, mesmo quand figura que age ou é nomeada como s 3 ferente do de uma pessoa qi to pessoas, fora do texto. Co acentua, aarte é outra: “arte nao é vida”. O autor-criador esté no te mas num plano diverso do das personagens que esto no texto. Nao s6 0. de Guerra e Paz no € Pierre Bezukhox, nem 0 de Notas do Subsoloé ap ra pessoa do narrador dessa obra, como até un 1em uma presenga cuja figura s texto de um autor-criador. Numa escal subsolo sio facilmente divisados, e wradores de Maclame Bovary @ Os Embaixadores, conquanto mais di obstante, percebidos em locugéese dispositivos que os caract 10 mais complexos e difusos do que o eitmotiv consti cepgao especifica, limitante, do narrador, a qual, em. que ele seja completado, visto Bakhtin trataa aparente contradigdo existente entre o fato de o au lade cognitiva, na medida em que todo do self nunca pode lagem sua, por ser da natureza do pensa seja sempre parcial, incompleta, Haverd sempre uma nio-correspo tre 0 self ativo que produz signos ¢os signos de si mesmo que ele ¢ dra. A distingio seiffoutro esté no coragio de toda cogni nome que Bakhtin atribui a légica que determina a mente, no sentido d ras.a certos aspectos cepcio, rel capacidade a outros aspectos: ‘AARQUITETONICA DA RESPONDIBILIDADE, tor pode estar no texto de desvendar ile atua na palavra falada, onde o self se acha sempre pres lamente esgotado. le Benveniste, os pronomes ais que constituem qualqui tivos se refere a alguma: ito longe da macieira num pomar e pode-s me de A Arvore do Homen. P témalgum tipo de refer menos metafdricos icom a imagem mental juma classe de referénci jeasos possam referit-se dizer, nés podemos vero si que o curefere nao pode ser sembreagem deitica [shifter], que indica’ presente do discurso contenedor do ‘eu’ ser invisivel ou nao este pronome tivos, relativamente & plenitude seman ele nio'esté ocupado por meu self 0 ra, eué uma palavra q ymeia ndo pode ser visto. 1o designar-se con fer quando diz que a consciéncia esta situada ra entre a rea ‘MIKHAIL AKITTIN particularidade vivente, uma unici puramente abstrata do A capacidade de ni Je que s6 existe para mim, ea real ne precede na existéncia e mais ser um self n ‘mecanismo que permite a uma pessoa entra entre o self ¢ tudo 0 que nio é self Este porto do “eu” nao se localiza apenas no centro, de nossa pr ‘mas também da m. A linguagem é, nao s6 do ponto di ‘mundo dos signos; 0 por 548 operagoes espaciais sao refer hora de Greenwich pela qual todas as distingGes de tempo sio acertadas. wisivel de todos os outros indices da linguagem. “Eu” distingue aqui de ld, agora de entdo. A diferenga entre todos esses marcad: manifesta-se como duas ordens diversas de proximidade. A série isto, planos"®, (O pronome da primeira pessoa nao s6 estrutura rafentiio)e de espaco (aq tal eu/tu. A consciéncia do se Oautor-criador esta portanto para o texto assim como o self est consciéncia. Isto quer dizer quea presenca residual do au aquele ponto, in absentia, a partir do qual a estrutura de todas as disti textuais de tempo/espaco sio calibradas in pri Cada personage \clusive o assim chamado autor onisciente, s6 est presente como 26. Idem, p. 225 M4 AARQUITETONIGA DA RESPONDIBILIDADE, inta mediante a série de eixos pron khov a soma das colocagdes que s no dimbito do texto, 0 "Veatinalam a tine | ocupado por Pierre, os leitores sal i 'S. Petersburgo 6 /i.A (coisa vale para todas as p ens. mos, o modo extralocal a0 texto modo como consciéncia ésempre sm ser “vistas” no texto, pois: ;mecanismo aqui é paralelo.ao que se apresei todo de alguém a pair d: itude 0 outro nao pi smo de um tal excedente estendido de oper seminticas no mundo do texto, convert Porém quanto mais bem-sucedido eu for nisso, «das limitag6es to horizonte do outro. Quando visto su mas também como objeto. mente estética. Por ‘MIKHAIL RAKIFTIN identidade do outro, completo, um Este como € para cla, quanto a agio de ton 4 O Circuto pe Lenincrapvo 1924-1929 lidade da distingio seiffoutro em toda a obra de Bakhtin pode obscurecer a otiginalidade de seu pensamento, uma vez que muitas de su: preocupagées nos sio familiares pelas colocagdes de outros pensadores abriram caminho a \. Durante esse breve inter sobre Freud, sobre os Form: wia, A Anguitetonicade Bakhtin ve vista, pode parecer que tar jeongruéncia com ddas mais semin: icacio até 1979. O texto, contudo, fora ese ‘em 1919, antecedendo de oito anos o aparecimento de O Ser'e 0 Tempo d logger e de mais de duas décadaso de O Sere o Nada de Sa

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