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Propriedades_ . - coligativas SSciIViat- Vile ois Um exmeribro da Al-Qaeda ajudou os servi- ‘g0s de seguranca a localizar os pacotes com ex plosivos, encontrados em avides, supostamente ‘enderecados a sinagogas dos Estados Unidos. (caso colocowo lémen mais uma vez nocen- trodas atencbes da midia internacional. Especia- listas em seguranca ¢ 05 Estados Unidos veem 0 pais como um foco cada vez mais ativo de amea- gas terroristas. Veja abaixo algumastazées que explicam por que o pais é visto como um terreno fértil para atividades extremistas Ld (© lémen é 0 mais pobre dos paises ara- bbes, comuma taxa de desemprego por volta de 40%, A populacao de 22 milhdes deve do- brar até 2035 e seus recursos de agua e pe- tréleo se mostram cada vez mais escassos Especialistas citados pelo jornal ieme- nita Yemen Times calculam que os reserva- térios de agua que abastecem a capital do ais, Sanaa, podem secar completamente nos proximos anos. A saida apontada seria a dessaliniza- ‘do da agua do mar, mas esse é um proces- so.caro, Pelo menos 90% das exportacdes € 75% da receita do governo vém do setor petrolt- fero, que esté em decadéncia no pais, Entenda por que a Al-Qaeda pode: estar se expandindo no lémen Dhabi. © Banco Mundial calcula que as reservas de petréleo do pais podem se esgotar até o final da década. 0 governo do lémen diz apostarna descoberta de novos pogos petroliferos no mar, mas oaumen- to da pirataria no Golfo de Aden pode prejudicar a exploragao de petréleo na costa, As tentativas do governo de estimular o tur rismo para diversificar a economia vém sendo prejudicadas por uma série de ataques de extre- mistas, incluindo a rede Al-Qaeda [.] Adapade de 88 asl 2p 2910 Dsponvelems webb couk/ potaguese/ntcas 010TH emer erten res Estacao de dessalinizagao de agua de Umm Al Nar,em Abu irados Arabes Unidos (2005). (ered © como é feita a dessalinizacao da agua do mar? Por que a égua do mar permanece liquida mesmo quando a temperatura ambiente esté abaixo de zero? £ possivel impedir que a Sgua congele nos radiadores de automéveis em lugares muito frios? Por que a igua em ebuligio para de ferver quando se joga sal ou agticar sobre ela? € possivel obter gua potivel da gua do mar? como? £ possivel eiminar 4gua de um alimento mantendo suas propriedades e nutrientes? € possivel conservar uma carne utiizando apenas sal? Por qua? onsnses «rset ce tne A resposta para todas essas perguntas pode ser encontrada no ‘estudo das propriedades coligativas. E 0 que sao propriedades coligativas? Todo liquido puro apresenta determinadas propriedades, como pressio de vapor, ponto de ebulicao, ponto de solidificacao e pressio ‘osmética (capacidade de atravessar uma membrana porosa). Porém, quando um soluto no volatil é dissolvido nesse liquido, essas proprie- dades se modificam. Propriedades coligativas sao as propriedades do solvente {que se modificam na presenca de um soluto nao volt As propriedades coligativas dependem apenas do nimero de par- ticulas de soluto® presentes na solucao, e no de sua natureza, As alte- rages nas propriedades coligativas da gua sao as mesmas se adicio- hnarmos 1 mol de NaCt/kg de gua, 1 mol de KBr/kg de égua ou Tmol de ‘AgNO,/kg de agua (considerando grau de dissociagio igual a 100% para todos os sais). As alteragBes das propriedades coligativas (efeitos cligativos) serio as mesmas seo niimero de particulas adicionadas em determinadlo volume de solvente for o mesmo. E quais sao os principais efeitos coligativos? + Diminuigéo da pressao de vapor do liquido na solucao em relagao & pressio de vapor do liquido puro. + Aumento do ponto de ebulicio do liquido na solugao em relagio a0 ponto de ebuligao do liquide puro, + Diminuigao do ponto de congelamento do liquido na solucao em relacao ao ponto de congelamento do liquido puro + Aumento da pressao osmitica do solvente em direcao a solucio mais concentrada Como o efeito coligativo depende do niimero de particulas de soluto distribuidas no solvente, é importante perceber que para uma mesma ‘quantidade de matéria de um soluto molecular e de um soluto iénico (ou capaz de formar ions), dissolvidos em determinado volume de solvente, 0 nimero de particulas final na solugao iénica sera sempre maior e, por- tanto, oefeito coligativo na solucao iénica sera sempre mais intenso. Acompanhe o seguinte exemplo: + Aglicose, C.H,O((s), um acticar simples, é uma substancia molecular muito solivel em agua, de massa molar igual a 180 g/mol Segundo a constante de Avogadro: 1 mol de particulas (étomos, ions ‘ou moléculas) equivale a aproximadamente 6,02 « 10° particulas. Se dissolvermos 180g de glicose na agua, obteremos uma solucéo aquosa de glicose com 1 mol ou 6,02 - 10% moléculas de glicose. or 6,02 - 10 moléculas 6,02 + 10 moléculas * No estudo das propriedades coligst vas sempre tabalhamas com solute volitels, ou se, que nie evaporam junte so soWvente como ocoreia, por exemple, como alcool etilice cissolido em igus — pois nesse caso nio valem ae relacSes que vamos estudar Hc oH A solubilidade da glcose (f6rmula acima) na Sgua pode ser explicada pelo estabelecimento de varias ligacaes de hidrogénio entre as moléculas de glicose ede égua em Virtude dos varios grupos — OH da molécula de glicose (aldo-hexose). Cepitulo® + Propriedases coigatves (ITD * sistema fechado & aquele em que nde hi troca de matéria com omelo ambiente + O dcido sulfurico, H,SO,(aq),cuja massa molar é 98 g/mol, reage com ’ Agua formando ions. Na temperatura de 18 °C, possui grau de ioni- zacdo a = 0,61 04 61%. Se dissolvermos 98 g de Acido sulfiirico na égua, obteremos uma solugio aquosa de Acido sulfirico com um nimero de particulas dis- solvidas bem maior do que 1 mol ou 6,02 - 10% particulas. Observe: a reagio de ionizacio do cido sulfirico na agua é 1H,S0,(0) + 2H,0(—> 2,0" faq) + 1507(aq) 16,02 “10 2+6,02-10" 1-602 10" Para a — 100%, temos que 1 6,02 - 10" moléculas de dcido geram 3+ 6,02 10 ions, Como a% = 61%, concluimos que de cada 100 molé- culas de acido sulfirico que entram em contato com a agua apenas 6lionizam, enquanto 39 permanecem na forma molecular. Total de particulas em solucio para cada 100 dissolvidas a 18 °C: 39 moléculas de H,S0,(t) que nao ionizam. 61H,S0,(0) + 2H,0() —+2-61H,0"(aq) + 1 6150%(aq) 39 H,50,(0) + 122 H,0" (aq) + 61S0}-(aq) = 222 particulas, Nas condigdes descritas, a cada 100 moléculas de H,SO,(t) que sio dissolvidas na dgua, formam-se 222 particulas em solucao. 100 moléculas dissolvidas 222 particulas 6,02 - 10 moléculas dissolvidas x 6,02: 10" + 222 x = 134-10 particulas 100 Por isso, mesmo que o soluto iénico (ou capaz de formar ions) no tenha grau de jonizacao igual a 100%, em comparacao a um soluto molecular na mesma quantidade de matéria, o soluto iénico provoca uum efeito coligativo mais intenso no solvente. Particulas deH,SO,_ 134-10" _ Particulas de CHO, 6,02-10 222 6B Tonoscopia Todo sisterna que contém um liquido esta sujeito a evaporacao - passagem das moléculas do estado liquido para o vapor. No caso da dgua a evaporacao ocorre quando uma molécula loca- lizada na superficie do sistema adquire energia suficiente para romper as ligagdes intermoleculares (ligacdes de hidrogénio) feitas com outras moléculas, escapando para fora do liquido. Em um sistema fechado’, a cada temperatura atinge-se um grau de saturacdo em que o niimero de moléculas no estado vapor € max- mo e nao se altera mais. Isso nao significa que as moléculas de agua da superficie do liquido parem de evaporar: significa simplesmente que, se uma molécula de égua passar de liquida para vapor, simultaneamen- ‘te outra molécula de agua passard de vapor para liquida. £ 0 que cha- mamos equilibrio dinamico. HO) = HO) Para um recipiente fechado, onde coexistem em equilibrio os esta- dos liquido e vapor de determinada substancia, podemos definir: ‘A pressio maxima de vapor da substancia € a maior press3o que seus vapores exercem em determinada temperatura A tabela ao lado traz os valores da pressio maxima de vapor de gua correspondentes a cada temperatura num intervalo de 0°C a 100°C, Quando a pressio maxima de vapor se iguala 4 pressao externa local, o liquido entra em ebulicao. € por isso que a égua sob pressio de 760 mmHg (pressao ao nivel do mar) entra em ebulicdo a 100°C. Se variarmos a pressio externa a que o liquido esta sujeito, have- r4 variacao de seu ponto de ebulicao. Por exemplo, sob pressao de 9,209 mmbg, a dgua entra em ebuli¢do a 10°C. Apressio atmosférica diminui conforme a altitude aumenta, ou seja, quanto maior a altitucle, menor a pressio atmosfeérica Fazendo-se o grafico da pressaio maxima de vapor de gua com os ‘dads fornecidos na tabela ao lado em funcao da temperatura, obtemos, uma curva caracteristica denominada hipérbole (I) Considerando-se diversos liquidos diferentes, o que tiver a maior pressio de vapor sera mais volatil e tera menor ponto de ebuligio que os demas, isto é, necessitard de menos energia para igualar sua pressio de vapor & pressao externa local Veja 0s exemplos no grafico (2) Pressio de vapor da agua x temperatura 1 2 1500! 1400: 1300. 1200: noo: 1000: 900: 800. / 700: 600. gua pura 500: 400: 300: 200: 100. Pressie/mmie Pressio/mmig L > 0.0" 20" 40" 60" 80 100° 120 o Temperatura/"¢ a-10"Cpressio 2,49 mmHg. Pressio/mmiig ° 4519 10 9.209 20 11335 30 niga 40 55328 50 $2510 50 149380 70 233700 50 385,00 80 525760 100 760,000 Fonte coermanerpticand if Pressio de vapor de virias substancias % temperatura > 734 “100 Temperatura/'C CURIOSIDADE Como funciona a panela de pressao? Como o ponto de ebuli¢ao das substancias depende da pressio atmosférica local, em lu- gares de grande altitude as substncias en- tram em ebuligdoa temperaturas mais baixas que no nivel do mar. Isso traz uma série de consequéncias, entre clas a dificuldade de co- zinhar alimentos, como ovo e arroz,e de pre- parar bebidas quentes, como café e cha, Uma das maneiras de se resolver parte esses problemas é usar panela de pressio, E por que os alimentos cozinham mais rapidamente em uma panela de pressao do gue em uma panela comum? Porque no interior da panela a pressao é maior que a do ambiente ¢, portanto, a tem- peratura de ebulicao é maior, Assim, os ali- ‘mentos cozinham mais depressa. A panela de pressio é um sistema consti- tuido de uma panela com tampa, Entre essa tampaeapanelahd uma borracha cuja funcio évedar totalmente o conjunto para queo espa- 0 permaneca hermeticamente fechado. Isso impede que o vapor de Agua que se forma quan- do aquecemos a panela escape para o exterior. Desse modo, a pressio interna da panela vai aumentando progressivamente até certolimi- te quando comeca a empurrar o pino, que ge- ralmente fica no centro da tampa da panela. Nesse momento, a pressao se estabiliza (para de aumentar porque qualquer vapor em exces- so ¢ liberado pelo pino), Geralmente as panelas de pressio ainda possuem uma valvula de se- guranca que sé abre em situagdes extremas {por exemplo, quando o pino central entope e a panela esta prestes a explodit Peery ie peti Panela de pressio Verifica-se na pratica que a temperatura interna da panela de pressio atinge valores de cerca de 120 °C, Para essa temperatura, calcula-se teoricamente que a pressao interna da panelaatinja valores entre'44atm e 2atm. Uma panela comum cozinha no maximo a cerca de 100 °C (no nivel do mar). Comoa tem peratura de cozimento na panela de pressio é maior, alguns alimentos, como o feijao, fi cam prontos mais rapidamente, Presséo maxima de vapor na solugao Na superficie livre de uma substancia pura, sé existem particulas dessa substncia e, portanto, a probabilidade de escape de particulas para a fase gasosa é a mesma em qualquer ponto da superficie. 34 em uma solucao de soluto nao volatil também existirao na super- ficie livre particulas do soluto, o que diminui a probabilidade de escape de particulas do solvente para a fase gasosa, diminuindo assim a presso de vapor do solvente. Por exemplo, se adicionarmos um soluto nao volatile miscivel & agua, formando uma solucio aquosa diluida, observaremos experimentalmen- te que a pressao maxima de vapor da agua na solusao sera menor que a pressdo maxima de vapor da agua pura. Isso ocorre porque as parti- culas de soluto “bloqueiam, atrapalham” o escape das moléculas de agua do sistema, diminuindo 0 ntimero de moléculas que evaporam num determinado intervalo de tempo e, portanto, diminuindo a pressio de vapor da gua no recipient solvente solugio Como as particulas de soluto 1ndo passam 3 fase vapor, elas diminuem a area de superficie {que as moléculas de solvente teriam para escapar. Esse € 0 objeto de estudo da tonoscopia, ou seja, o abaixamento da pressiio maxima de vapor de um solvente causado pela adigao de um soluto nao volatil Apressio de vapor do salvente na solucio é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Atabela a seguir mostra como o aumento progressive do ntimero de particulas de sacarose dissolvidas numa mesma quantidade de gua vai diminuindo progressivamente a pressao de vapor desse solvente. HO.vae | HO 10-102 vs97 | 7600 so-10 7593 | 7600 10-10" nee | 7600 20-10" is | 7600 50-10" 72 | 1600 80-10" m2 | 7600 No grafico ao lado temos duas curvas: uma da pres- so maxima de vapor de gua pura X t/"C, ea outra da presso maxima de vapor de agua na solucao de sacarose X t/"C. Podemos observar que os tracados dessas duas curvas seguem bem préximos um do outro. Isso vale para qualquer conjunto solvente puro + solvente na solucao. ‘As curvas do solvente puro e da solucio ideal so praticamente equidistantes (mantém uma distancia constante uma da outra). A distancia entre as curvas depende apenas do niimero de particulas do solute: quanto menor for 0 niimero de particulas do soluto, mais préximas as curvas se situarao, Pressio/mmig, 1000. plsolucio) 900. 2004 p, pj solvente puro) 100. 600. 500: 400. 300. 200. 100. © 10 20 30 40 $0 60 70 80 90 100 No ‘Temperatura/"¢ Grafico da variagdo de pressio de vapor, em funcio da ‘temperatura, da solvente puro (p,) ¢ de uma solugio desse solvent (p) 1. (FCMSCSP) A mesma temperatura, qual das solugoes iindicadas abaixo tem maior pressao de vapor? a) Solugo aquosa 0,01 mol/L de hidréxide de potassio. b) Solugio aquosa 0,01 mol/L de cloreto de cao. «) Solugae aquosa 0,1 mol/L de clorete de sédio. 4) Solucio aquosa 0} mol/t de sacarose. «) Solugio aquosa 0,2 mol/L de glicose. 2. {PUCMG) Tendo em vista o momento em que um I: {quido se encontra em equilibriocom seu vapor, lia aten- tamente as afirmativas abaixo, I. Aevaporac3o. a condensac3o ocorrem com amesma velocidade. Il, Nao ha transferéncia de moléculas entre o liquido e vapor II Apressio de vapordo sistema se mantém constante. IV. A concentracio do vapor depende do tempo. Xx as afirmativas acima, sdo incorretas: ajlelll, xbjlelv. ile tell e)illelv. 3. {UFMG] Um bale de vitro, que contém gua, éaque- ido até que essa entre em ebuligio. Quando isso ocorre, + desliga-se 0 aquecimento e a 4gua para de ferver, + fecha-se, imediatamente, o balio; e,em seguida, + malhase o balao com agua fri; ent3o, + a §gua, no interior do balio, volta a ferver por alguns segundos. Assim send, &corretoafitmar que, imediatamente apés 0 balio ter sido molnado, no interior dele, 2) a pressio de vapor de gua aumenta +) a pressio permanece constante, 6) a temperatura da Sgua aumenta, 2d) a temperatura de ebuligio da Agua diminul @ Ebulioscopia Considere os recipientes abertos (pressdo local de 1 atm), esquema- tizados abaixo, contendo agua pura em temperaturas diferentes: Temperatura, Temperatura, >T, Temperatura, >T, Como a pressio sobre todos os recipientes é a mesma, 1 atm, a pressio maxima de vapor de gua sé depende da temperatura. Assim: Quanto maior a temperatura, maior a agitacdo das moléculas e maior a pressao de vapor da substancia na fase liquida ‘A.uma mesma temperatura, a pressdo de vapor do solvente em uma soluigdo de soluto nao volatil ¢ sempre menor que a pressao de vapor do solvente puro, uma vez que a energia necesséria para que as _moléculas do solvente passem da fase liquida para a fase vapor é maior ‘numa solugao (as particulas de soluto diminuem a probabilidade de escape ou evaporacao das particulas de solvente), portanto: A temperatura em que se inicia a ebuligao do solvente ‘em uma solucao de soluto nio volatil é sempre maior que a ‘temperatura de ebulicao do solvente puro (sob mesma pressac). Esse é0 objeto de estudo da ebulioscopia. estuuda o aumento do ponto de ebulicao do solvente causado pela adicao de um soluto nao volatil Pressdo maxima de vapor e ebuli¢do Considere um determinado volume de agua submetida a uma pres- sao externa de 760 mmHg. + Para que a agua entre em ebulicdo, é necessario que sua pressio de vapor atinja 760 mmHg, ou seja, iguale-se a pressao externa, o que ocortera na temperatura de 100°C. + Adicionando-se & gua em ebulicio um soluto nao volatil, a solucéo resultante terd uma pressio de vapor menor do que 760 mmHg, ogo, menor do que a pressao externa e a ebulicio sera interrompida. + A agua da solugao s6 entraré em ebuligao novamente se receber energia suficiente para que sua pressao de vapor volte a se igualar 8 pressio externa, o que ocorreré numa temperatura superior a 100°C. A tabela a seguir mostra como 0 aumento do niimero de particulas de sacarose, C,H,,0,, dissolvidas em certa massa de agua, faz diminuir a pressio de vapor na solucdo, e aumentar 0 ponto de ebulicao, 10-107 7600 7599 100 10001 50-102 7600 7593 100 10003 10-10" 7600 7586 100 100.05 2.010" 7600 313 100 10030 50-10% 7600 7532 100 10026 80-10" 7600 7492 100 00.42 Conforme o solvente evapora, a con- centracao da solucao aumenta progressiva- Pfennig mente. Por isso, considera-se ponto de ebu- licdo da agua na solucao a temperatura em pulsolvente pure) (sohuio) que a ebuligao tem inicio. 0 grafico ao lado mostra a variacdo da pressio de vapor em funcao da temperatura do solvente puro e de uma solucao desse sol- vente, Note a variacao dos pontos de ebul Gao, Ae, entre as duas curvas Grifico da variacio de pressio de vapor, em funcao da temperatura, do solvente pure (p,) ‘ede uma solugio desse solvente (p) 4, (FatecSP) Sea dgua contida em um béquer esta ferven- doeotermémetroacusa a temperatura de 97°C, pode-se afirmar que a) a temperatura de ebulicdo independe da pressio am- biente, existe algum soluto dissolvido na dgua, o que abaixa a ‘temperatura de ebulicao, nessa temperatura, a pressao de vapor de égua éme- nor do que a pressao ambiente. 4) nessa temperatura, estao sendo rompidas ligacdes intermoleculares ¢ interatémicas Xe) nessa temperatura, a pressio de vapor de agua é igual 8 pressio ambiente. 5. (Uespi) Quando as manicures estio retirando os es- maltes das unhas das suas clientes, elas usam uma solu- ‘a0 removedora base de acetona, Quaridoentramos em tim hospital sentimos um cheiro caracterstico de éter Quando estamos abastecendoo carro com sleaol estamos tisando um combustvelaltenative. A ordem ctescente de pressio de vapor para essastrés substincias destaca- das no texto seré Dados: temperatura de ebulisio sob 1 atm (acetona 655°C, éter = 366°C alcool combustivel = 78,5°C) a) éter < alcool < acetona. b) éter = acetona «cool xq alcool < acetona < éter. 4) slcool < éter = acetona «) acetona < éter < dlcool 6. (UFPR) Considere dois procedimentos distintos no co- zimento de feijao. No procedimento A, foi usada uma panela de pressao contendo agua e feijio, e no procedi mento 8 foi usada ura panela de pressio contendo agua, feija0 e sal de cozinha, Com relagao a esses procedimen: tos, €correto afirmar Xa) O cozimento seré mais répido no procedimento 8, de- vido ac aumenta do ponto de ebuligao da solucao B ) O cozimento sera mais répido no procedimento A, de- Vido ao aumento do ponto de ebuligao da soluao B. ) O cozimento sera mais rapido no procedimento A, de- vido § sublimacio sofrida pelo sal de cozinha 4) O.cozimento ser mais rapido no procedimento 8, de- vido 8 sublimacio sofrida pelo sal de cozinha, €) Otempo de cozimento sera o mesmo nos procedimen: tosaes, 6 crioscopia Hes etlenogh Oetilenogkcol liguido usado Aguado sistema dos vefeulos presenca dessa evitar que a oveicul fica tempo numa ou que ela entre quando seu aquecimento' Em alguns paises a temperatura ambiente cai abaixo de zero em determinadas épocas do ano, Nesses casos é possivel evitar que a agua do radiador dos automéveis congele? Como impedir que os liquidos que fluem nos encanamentos de sistemas de refrigeracao se solidifi- quem? © que fazer para que os cremes hidratantes (a base de égua) nao congelem nos potes? As respostas podem ser encontradas no estudo da crioscopia, que est relacionado ao ponto de solidificacao (PS) das substancias. Para que uma substancia passe da fase liquida para a fase sélida, E necessdrio que suas moléculas liberem (percam) energia cinética e, portanto, que haja diminui¢ao da temperatura do sistema Dessa forma, concluimos ‘Quanto menor a temperatura, menor a agitacio das moléculas e menor a pressio de vapor da substancia, Experimentalmente, observa-se que a adi¢ao de um soluto nao volatil a um solvente da origem a uma solugao cuja solidificacéo tem inicio a uma temperatura mais baixa que a temperatura de solidificacao do solvente puro Esse é 0 objetivo do estudo da crioscopia Acrioscopia estuda o abaixamento do ponto de solidificacao do solvente causado pela adicdo de um soluto nao volatil © estudo da crioscopia relaciona-se ao equillbrio de fases liquida- -Sélida, que ocorre na respectiva pressao maxima de vapor do solvente, Presséo maxima de vapor e solidificagado Para que um liquido puro passe da fase liquida para a fase sdlida, isto 6, para que atinja o ponto de solidificacao, é necessério que as pressdes de vapor da fase liquida e da fase sélida se tornem iguais. No ponto de solidificagao: pressiomaximade __presso maxima de vapor na fase liquida ~ vapor na fase sida Considere um sistema contendo um liquido puro durante o ponto de solidificacao (x °C), Aadi¢ao de um soluto ao sistema, formando uma solugao ideal, baixa a pressao de vapor da fase liquida e interrompe a solidificacao, Para quea solugao volte a se solidificar, é necessario resfrié-la para baixara pressio de vapor da fase sélida, tomnando-a novamente igual 8 da fase liquida, o que ocorrerd a uma temperatura inferior a x °C. Quando uma solugao entra em solidificacdo, o solvente comeca a se solidificar primeiro, tornando a solugao cada vez mais concentrada (lembre-se, por exemplo, de que o gelo formado da agua do mar nao é salgado}, 0 que leva o ponto de solidificacao a diminuir gradualmente. Por esse motivo, considera-se o ponto de solidificacéo de uma solu- Gao como a temperatura em que a solidificacao teve inicio, Construindo-se um grafico da pressio de vapor de um solvente puro nas fases sélida e liquida (em fungao da temperatura) e de uma solucao ideal desse solvente, podemos observar 0 abaixamento que ocorre no ponto de solidificacao da solugao, t, em relacao ao do solvente,t,, P/mmig —“Falvente na solucio ideal ° vt we Grafico da pressio de vapor de um solvente puro, em funcio dda temperatura, e de uma solugio ideal desse solvente, £ costume, no inverno em paises frios, jogar sais, como cloreto de sédio, NaCI(6), ou cloreto de cilcio, CaCh(s, nas ruas e autoestradas para dificultar a formacio de uma camada de gelo, o que causaria a diminuicio do coeficiente de atrito e consequentemente um aumento no Fisco de acidentes, ‘A agua do mar contém vitios sais dissolvidos que abaixam seu ponto de solidificagao, Mesmo quando a temperatura ambiente se encontra abaixo de 0°C, a gua do mar permanece, em grande parte, na fase Tiguida, 7. (FGV-SP) Em paises onde os invernos sao rigorosos, co- loca-se sobre o leito das ruas consideradas priritarias a0 transito uma mistura de cloreto de sédio, NaCt, cloreto de cilcio,CaCt, areia para diminuiros riscos de derrapagens ddos veiculos durante os periods de nevadas. Cada um ddesses produtos tem uma funcio definida, que, associadas, so muito eficientes. Indique a afirmacao correta a) O cloreto de sédio abaixa o panto de congelamento da gua; o cloreto de calcio, quando se dissolve, absorve calor ea areia aumenta a aderéncia dos pneus ao so. b} O cloreto de sédio eleva o ponto de congelamento da gua; o cloreto de calcio, quando se dissolve, absorve calor a areia aumenta a aderéncia dos pneus 20 solo. XQ) Ocloreto de sédio abaixa o ponto de congelamento da gua; 0 cloreto de calcio, quando se dissolve, libera caloreaareia aumenta a aderéncia dos pneus a0 solo 4) Ocloreto de sédio abaixa o panto de congelamento da gua; 0 cloreto de calcio dissolve-se através de uma reacao endotérmica ea areia aumentaa aderéncia dos ppneus ao solo 4) 0 cloreto de sédio eleva o ponto de congelamento da gua: 0 cloreto de calcio dissolve-se através de uma reac3o endotérmica ea areia aumentaa aderéncia dos pews ao solo 8. (UGF-R)) Leia o texto: (0 Globo, 21 mar. 2002) Em cerca de 20 dias, 00 bilhGes de toneladas de gelo se desfizeram nna Antértida, formando milhares de icebergs. € um acon- tecimento sem precedentes ealarmante pela rapidez com ‘que ocorreu. Os cientistas nao conseguem encontrar outra ‘explicacio para ofendmeno que nio.o aquecimento global, ‘causado pelo efeito estufa, por sua ver resultado da emis so de gases como o didxida de carbono, Na dgua existem virios sas dissolvidos, dentreeles, 0 cloreto de sédio. Relacionando-se as temperaturas de ccongelamento e de fervura da gua pura com as de uma solugao 1 mol/L de cloreto de sédio, ela deverd sofrer a seguinte variacio: a) congelara 0°C. b) fetver a 100 °C ) congelar acima de 0°C. 4) ferver abaixo de 100°C. Xe) congelar abaixo de 0°C 9. (Unicamp-SP) Considere quatro garrafas tmicas cone tendo + Garrafa 20 g de gua lquida e 80 g de gelo + Garrafa 2 10 de solugio aquosa 0,5 mol - dn em sacarose 30 gde gel picado. + Gayrafa 3:50 g de gua liquda 50 g de gelo picado, + Garrafa 4:70 g de solucao aquosa 0.5 mol- da em NaC e30 gde gel picaco. 0 comteido de cada garrafa ests em equilibrio térmico, ou sea, a temperatura do sdldo ¢ igual 4 do liquide. a) Considere que as temperaturas TT, T, eT, correspon dem, respectivamente, is garafas 1, 2, 3 4. Ordene fessas temperaturas de maneira crescente, usando os simbolos adequados dentre os eguintes:>, = b) Justifique a escolha éa menor temperatura, 10. (Vunesp-sP) Comparando-se os pontos de congela- fo de trés solucdes aquosas diluidas de nitrato de po- tissio, KNO,,sulfato de magnésio, MgSO, e nitrato de crémio Ill, Cr(NO,),, de mesma concentraczo em mol/L, verifica-se que a) as trés solucdes tm o mesmo ponto de congelacio. ) 05 pontos de congelagio decrescem na seguinte or dem: KNO, < MgSO, = Cr(NO,), .@) a solucio de Cr(NO,), tem ponto de congelagio mais baixo que as solucées dos outros dois sais, 4) oponto de congelagio de cada solugio depende de seu volume. @) as trés solucées tém pontos de congelacio maiores ‘que o da Sgua Osmoscopia {As solucdes ideais t&m um comportamento que em muitos aspec- tos se assemelha ao dos gases ideais. Dentre essas semelhancas encontra-se a capacidade de difusao, Difusio & 0 movimento espontaneo das particulas de uma substancia de se espalharem uniformemente em meio a particulas de outra substancia ou, entao, de atravessarem uma parede porosa, Vamos observar, por meio de um experimento, como ocorre a di- fusao de substancias? EXPERIMENTO Difusao entre solvente puro e solucao Mat + 1LED 2 pedacos de 15 em de fio ri 20 em de cabinho de fio. Bateria de9 V Conector para bateria de 9V Placa de plistico de 10 em x 6 cm jarra de vidro 11saco plstico de celofane Hlistico ‘Agua destilada (encontradaem alguns pos- tos de gasolina) Solugao saturada de cloreto de sédio (sal de cozinha) necessario Como fazer Comece construindo o circuito paratestar ‘a passagem de corrente elétrica na solucao, terminal LED terminal O 0 oO} fstpa fixaroED, o 0 Furs para passros OO P pees postive e hegato da bate oO oO Placa de pléstico Na montagem da foto acima, 2 "placa" fol recortada de uma pasta escolar feita de plistico transparente semirrigido, Os furos foram feitos culdadosamente com a ajuda de uma tesoura, A placa de plastico servira de base para o circuito, Antes de comegar a montagem, re- tire 2 cmde isolamento de uma das extremi- Gades de cada fio rigido e 1 cm da outra extremidade. Perfure a placa de plastico em duas filei- ras de trés pontos consecutivos para passar 65 fios rigidos (paralelos um ao outro) de mo- do que as extremidades descascadasem2cm fiquem para baixo da placa (conforme mostra a foto). Dobre os fios e, se achar necessatio, passe cola para que fiquem fixos Faca mais trés furos perpendiculares aos primeiros para fixar o LED. Alargue o furo pa- Ta OLED, encaixando-o de modo que fique fixo na placa. Dobre seus terminais e passe-os pe- los furos para a parte de cima da placa, Des- casque as extremidades de um pedaco do cabinho para ligar 0 polo negativo do LED (o menor terminal) aum dos eletrodos. maior terminal do LED deve ser ligado ‘a0 polo positive da bateria Retire 0,5 cm dos fios do conector da bate- ria. Instale o conector na bateria (nao encoste 98 terminais do conector um no outro, pois causara um curto-circuito na bateria, dimi- nuindo sua vida itil. Coloque a solucio saturada de cloreto de sédio dentro do saco de celofane e amarre a ponta com um elastico. Certifique-se de que nao esteja ocorrendo nenhum vazamento Cologue agua destilada na jarra e 0 saco de celofane com a solugao dentro da jarra. Teste imediatamente a condutividade na jarra colocando a placa sobre o copo, de modo que 0s eletrodos de fios rigidos fiquem imer- sos, Para fechar o circuito, encoste o terminal ligado ao polo negativo da bateria ao outro eletrodo e verifique o que ocorre. Espere alguns minutos e teste novamente a condutividade na jarra Investigue 1. Qual o resultado do teste de condutividade elétrica feito imediatamente apés amonta- gem do sistema? Justifique. 2. Qual o resultado do teste de condutividade elétrica feito apés alguns minutos, depois de o sistema entrar em equilibrio dinamico? membrana permedvel moléculas det, B= CH,0,(aq) permesvel Hoe CHO, HHO. A=CHO09) 8 ~ CHO,laq) Salada recém-preparada, ‘Salada com temperos algum tempo apés 0 prepare. Difus&o entre solugées Misturando, sem agitacao, duas solucdes de concentracoes dife- rentes ou uma soluco com o solvente puro, haveré um movimento espontneo das particulas do soluto para se distribuirem uniforme- mente por todo o sistema, Assim, apés certo tempo, a concentracao de soluto ser a mesma em qualquer ponto da solucao final Separando duas solugdes de concentracdes diferentes (ou a solucéo € 0 solvente puro) por uma membrana permeavel—como um pano de algodio fino, por exemplo - também vamos observar essa difusao, + Considere, por exemplo, o sistema ao lado contendo inicialmente apenas agua na parte A (@ esquerda) e solucio aquosa de glicose, CiH,Oq na parte B (a direita). Nessa situa¢ao, hé um movimento espontaneo mais acentuado de moléculas de agua no sentido de A para B, e de moléculas de glicose no sentido de B para A, que sé sera estabilizado quando as concen- tragGes das solugies nas partes Ae B se igualarem, + Note que o movimento de moléculas através da membrana permed- vel nao cessa nunca, mas se mantém de modo que estabeleca econ- serve uma igualdade de concentracao de ambos os lados, Membranas semipermeaveis Existem ainda as denominadas membranas semipermeéveis, que posstiem agao seletiva quanto ao tipo de substancia que pode atraves- sé-las, ou seja, as membranas semipermedveis deixam-se atravessar por algumas substdncias, mas nao por outras. E0caso, por exemplo, da membrana celular (que reveste as células de animais e vegetais), das membranas de porcelana porosa tratadas com ferrocianeto ctiprico, Cu, [Fe(CN},] e do papel celofane usado em aparelhos de hemodislise. (O celofane é uma pelicula transparente obtida pela transformacao da celulose. © nome Cellophane é marca registrada nos Estados Unidos). Appassagem de solvente através de membranas semipermeaveis é denominada osmose. Apalavra osmose vem do grego osmo e significa ‘impulso’. A osmose ocorre no sentido: solvente— soluggo solugio menos concentrada — solucao mais concentrada Podemos observar esse fendmeno quando temperamos uma sala- da de folhas cruas (alface, escarola, agrio, etc) e ndo a consumimos imediatamente: as folhas “murcham’. E por que isso acontece? Porque a agua se difunde do meio menos concentrado (as células vegetais) para mais concentrado (solucio de vinagre e sal que constitui o tempero). (© fendmeno da osmose pode ser explicado pela maior pressio de vapor do solvente puro ou do solvente na solucao menos concentrada; em outras palavras, a capacidade que cada solvente apresenta de atra- vessar uma substdncia semipermedvel esta diretamente relacionada a sua pressio de vapor quanto maior a pressao de vapor do solvente, maior sera sua capacidade de atravessar uma membrana semipermeavel Esse 6 0 objeto de estudo da osmoscopia A osmoscopia estuda a passagem espontanea de solvente de uma soluco mais diluida para outra mais concentrada através de membranas semipermedveis. Se quisermos impedir que a osmose ocorra, teremos de exercer uma pressio sobre o sistema no sentido inverso ao da osmose e de intensi- dade minima igual 4 pressao que o solvente faz para atravessara mem- brana semipermeavel A pressao que é preciso exercer sobre um sistema para impedir que a osmose ocorra de maneira espontanea é denominada pressio osmé- tica. Quanto maior a concentracao de uma solucao, maior a sua pressio osmética £ importante, ainda, sabermos que as solucdes podem ser classifi- cadas quanto as suas pressdes osméticas da seguinte maneira: Sejam duas solugdes Ae B, de pressdes osméticas 1 respectivamen- te-m,€ 7m, A mesma temperatura. + Asolucio A ¢ hiperténica em relacio a solucio B sem, > 7. + Asolucao A € hipoténica em relacao a solucao B sem, <7. + Asolusao A é isoténica em relacao a solucao B sem =m Um sor0fisioldgico injetavel, por exemplo, deve ser necessariamente isoténico as células sanguineas para nao causar danos ao organismo. Osmose nos seres vivos ‘Aosmose & um dos fendmenos responsaveis pela ascensio da seiva nas plantas. A solucio existente no interior da raiz é mais concentrada do que na terra a seu redor. Desse modo, ocorre uma passagem de liqui- dos da terra para o interior da planta. Essa subida de liquidos (denomi- nado seiva bruta que consiste numa solucdo de gua e sais minerais) pela raiz da planta gera uma pressdo que empurra o liquido para cima pelos vasos lenhosos. Mas em arvores altas essa pressao nao é forte o bastante para levar a seiva bruta até o topo. Na realidade, o fator mais importante na ascensao da seiva bruta é a transpiracao das folhas. Para quea planta faca fotossintese, os estématos das folhas preci sam se abrir, o que leva a uma perda de agua por transpiracao. Com isso, as células das folhas ficam mais concentradas e, por osmose, ab- sorvem a seiva bruta dos vasos lenhosos préximos. Essa absorgao de liquidos — cujo componente em maior quantidade é a égua —cria uma tensdo constante na coluna liquida, que puxa a gua para cima. Como a Agua é uma substancia polar, as ligacdes de hidrogénio entre as mo- léculas mantém a coesao entre elas, fazendo com que a coluna liquida forme uma rede tridimensional continua que nao se rompe. O efeito osmético é muito utilizado ‘em culinéria no preparo de conservas ‘ecompatas. sama fruta sem casca Jdeterminado teor de ‘como o péssego {écolocada em contato solugio concentrada de (a calda), ocorre um espontineo de agua ‘entre os dois meios tentativa de igualar as, bes. Aégua -se do péssego paraa agiicay,e as moléculas ‘movimentamse da ‘o interior do péssego, a fruta mais firme e Aabsorcio de igua e sais minerals do solo pelas raizes repde a ‘quantidade perdida na transpiracio, Essa teoria é conhecida por teoria da transpiracio-tensio-coesio ou teoria ‘de Dixon, porter sido formulada pelo botinico irlandés Henry Dixon (1869-1953), Capitule 8 + Propriedades coligatives ‘uma agua com até 5g. Nactag)/kg de H,0(), ‘agua do mar contém, sete vezes essa q de Nact(aq)/kg de Como é feita a dessalinizagao da agua do mar? i gt Acredita-se que a agua dos oceanos possa ser a solucao, possibili- tada pela instalacao de processos de dessalinizacao, para a cemanda cada vez maior de égua doce. Muitos desses processos jé demonstraram sua funcionalidade em larga escala, entre eles a destilacao, o congela- mento € a osmose reversa. + Destilacéo O processo de destilacao consiste em aquecer a agua do mar até a ebulicao dentro de um balao de destilacao. Esse equipamento possui uma saida lateral que é acoplada a um condensador, por onde circula gua fria. O vapor de agua sai do balao e entra no condensador, onde é resfriado e passa novamente a fase liquida. A agua liquida é entdo recolhida em um erlenmeyer. Os sais ficam retidos no balao. Nesse processo, todo o calor necessario para fazer a agua muidar do estado liquido para o gasoso é transmitido a agua que circula no condensador (que atua como fluido refrigerante) ¢, portanto, é perdido, Nos sistemas industriais essas perdas de calor sao evitadas, obten- do-se a ebulicao da agua a baixas temperaturas (um tipo de destilacdo a vacuo) e utilizando-se o calor do vapor de agua fornecido aos conden- sadores para aquecer a égua que sera destilada a seguir. A maioria das modemnas usinas de dessalinizacao por destilacao utiliza um proceso denominado destilagae répida em fases miltiplas Nesse processo, a agua do mar entra na aparelhagem por cima e passa por tubos verticais, entre os quais circula vapor aquecido, ‘A agua do mar aquecida é enwviada em seguida para uma camara de baixa pressio, onde sofre vaporizacao, ainda que a temperatura esteja abaixo de 100°C. O vapor & condensado sobre um tubo espiralado (con- densador), que é esfriado pela agua do mar que esta entrando (e que, por sua vez, 6 aquecida para ser enviada as cimaras de baixa pressio, num processo ciclico). Desse modo, ha bom aproveitamento do calor. ‘A agua condensada, que ja perdeu parte dos sais que tinha inicial- mente, apds a primeira etapa, é encaminhada para outras cémaras para que o processo se repita. Nessas camaras, a pressao vai diminuin- do sucessivamente, de modo que a gua obtida na tiltima etapa é uma gua destilada (quimicamente pura) + Congelamento ‘Quando a égua do mar congela, os cristais formados sao constituldos de agua pura. A observacao desse fendmeno levou ao desenvolvimento do método de obtengio de égua doce por congelamento que consiste em retirar calor da égua do mar, o que também exige um consumo de energia, que, pode ser reduzido, desde que a fusao do gelo seja utiliza- da para retirar calor da nova porcao de dgua a ser congelada Dentre os processos conhecicios de purrficacao da gua por conge- lamento, 0 mais promissor ¢ o denominado proceso de refrigerante secundario, que consiste em obter o resfriamento da agua do mar fa- zendo um hidrocarboneto liquefeito e imiscivel em agua, como 0 bu- ‘tano, C.H,, passar pelo interior da agua salgada, O butano, em contato com a égua do mar, que se encontra a uma temperatura mais elevada que seu ponto de fusao, sofre evaporacao, ajudando a retiraro calor da gua, que se transforma em gelo. 0 gelo formado é entao lavado em uma unidade separadora para retirar o sal que se deposita na superfi- cie dos cristais, © refrigerante butano, vaporizado passa por uma camara de com- pressio e sofre aquecimento, sendo entao encaminhado 4 unidade que contém o gelo lavado, ao qual fornece calor. Com o calor, o gelo funde- -se, € 0 refrigerante liquefaz-se, podendo ser novamente utilizado, + Osmose reversa No processo de osmose, um liquido puro (ou o solvente de uma solugio menos concentrada) atravessa espontaneamente uma mem- brana semipermedvel em direcdo a uma solucao mais concentrada uma tentativa de igualar as concentragées das solucdes em ambos os lados da membrana. Assim, se separarmos em uma camara agua sal- gada e égua doce, por meio de uma membrana semipermedvel, a 4gua doce passara espontaneamente através da membrana com determi- nada pressio, na tentativa de diluir a gua salgada Para impedir que a Agua doce atravesse a membrana semipermedvel em direcao a agua salgada, é preciso exercer uma pressao no sentido inverso igual a pressio exercida pela agua doce. Essa pressao é denomi- nada pressio osmética, Mas se exercemos uma pressao sobre a agua salgada, superior & pressio osmética, ocorrerd o inverso, ou seja, a 05+ mose reversa: 0 solvente comeca a atravessar a membrana semiper- meavel no sentido da solucao mais concentrada para a mais diluida Assim, para realizar a osmose reversa, a igua é submetida a grandes. presses, 0 que em geral s6 se consegue com 0 auxilio de motores elétricos, o que encarece o custo do processo. A medida que se consiga obter altas pressées a um custo menor, a osmose reversa pode se tor- nar mais utiizada, Estudos procuram viabilizar o uso de ventos e marés para se obter a energia necesséria ao acionamento dos motores. 11, (USF-SP) Sabe-se que por osmose o solvente de uma solucdo mais diluida atravessa uma membrana semi- permeavel em direcao da soluc3o mais concentrada, € também, que um peixe de agua doce é hiperténico em relacio 8 4gua do rio e hipotdnico em relacao a Agua do mar. Se um peixe de agua doce for colocado na agua do marele a) morre porque entra agua do mar no seu corpo. xb) morre porque sai égua do seu corpo. 6) morre porque entra sal no seu corpo, 4) morte porque sai sal do seu corpo. «) sobrevive normalmente. 12, (Enem) Osmose é um processo espontineo que ocor- re em todos os organismos vivos e €essencial i manuten- 0 da vida, Uma solucao 0,15 mol/L de NaCt (cloreto de Sédio) possuii a mesma pressio osmética das solugies presentes nas células humanas. AimersSo de uma célula X humana em uma solugio 0,20 mol/L de NaCt tem, como consequéncia, a) adsorcao de ions Na” sobre a superficie da célula 6) difusao répida de ions Na” para o interior da célula 6) diminuigio da concentracao das solugies presentes na célula d) transfer€ncia de ions Na da célula para a solucao. Xe} transferéncia de moléculas de Agua do interior da cé lula para a solucio. 18. (UFG-Go) Ao preparar uma sopa, um cozinheiro colo- ou mais sal do que 0 necessirio, Para reduzir a quanti- dade de salnocaldo, ele acrescentou batatas descascadas. -Apés algum tempo, as batatas foram removidas ea sopa Voltoua ter um gosto agradivel.O fenémeno, que levou & reducao da quantidade de sal no caldo, fo: xa) aosmose. c)avariaciode pH. e)o aumento da b)adifusio. d) a adsorcio. pressio de vapor. exe loi fee eM ANAS Lo) 1 (Vunesp-SP) No gréfico a seguir as curvas II IIe IV cortespondem a variacao de pressao de vapor em func3o_ da temperatura de dois iquidos puros e das respectivas solugBes de mesma concentracao de um mesmo sal nesses dois liquidos. 0 ponte de ebulicao de um deles 6 90°C. 4 800. 80. 160. 740. nol fAL || 700 60 Pressio de vapor/mmHg 50 60 70 #0 90 100 TO Temperatura/'c Utilizando os ndmeros das curvas respectivas 1} Quais curvas correspandem aos liquids puros? Indique entre os dois qual é 0 quido mais volstil Justfique ) Quais curvas correspondem as solucSes? Justifique. 1.2 (Ener) Sob pressio normal (ao nivel do mar), a Agua entra em ebulicao a temperatura de 100°C. Tendo por base essa informacao, um garoto residente em uma cida- de litoranea fez a seguinte experiéncia Colocou uma caneca metalica contendo agua no foga- reiro do fogao de sua casa ‘Quando a agua comecou a ferver, encostou cuidadosa- mente a extremidade mais estreita de uma seringa de injecdo, desprovida de agulha, na superficie doliquido e, cerguendo o émbolo da seringa, aspirou certa quantidade de Sgua para seu interior, tapando-a em seguida Verificando apés alguns instantes que a égua da serin- ga havia parado de ferver, ele ergueu o émbolo da se- ringa, constatando, intrigado, que a 4gua voltou a ferver apés um pequeno destocamento do émbolo. Considerando 0 procedimento anterior, a égua volta a ferver porque esse deslocamento a) permite a entrada de calor do ambiente externo para 0 interior da seringa +) provoca, por atrito, um aquecimento da agua contida ra seringa ©) produz um aumento de volume que aumentao ponto de ebuligao da agua X d) proporciona uma queda de pressio no interior da se- Tinga que diminui o ponto de ebulicéo da égua €) possiilita uma diminuicao da densidade da gua que facilta sua ebulicao, 18.3 (Enem) Se por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressao logo que se inicia a saida de vapor pe~ la valvula, de forma simplesmente a manter a fervura, 0 ‘tempo de cozimento 2) sera maior porque a panela “esi. b) seré menor, pois diminui a perda de agua ) ser maior, pois a pressio diminui d) serd maior, pois a evaporacio diminui Xe) nao sera alterado, pois a temperatura nlo varia. 1.4 (UFPE) Por que a adicso de certos aditivos na gua dos radiadores de carros evita que ocorram o superaque Cimento dela e também o seu congelamento, quando comparada com a da gua pura? 3) Porquea agua mais oaditiveformam uma solugS0 que apresenta pontos de ebulicio ede fuse maiores que ‘os da agua pura, +) Porque a solucao formada (agua ~ aditivo) apresenta pressio de vapor maior que a agua pura, o que causa tum aumento no ponto de ebuligso e de fusio. 6) Porque o aditivo reage com a superficie metalica do radiador, que passa entao a absorver energia mais efi-

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