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O direito à liberdade de expressão da orientação sexual de cada um é um

direito humano básico inviolável, pelo que ninguém deve ser em momento algum
descriminado em função de quem escolhe como parceira ou parceiro para
partilhar a sua vida. Logo, é absolutamente inaceitável que no final da segunda
década do século XXI formas de descriminação como a homofobia, bifobia e
transfobia continuem a existir, oprimindo opções individuais nas quais ninguém
tem o direito de interferir.
Embora a legislação portuguesa não reconheça o crime de ódio enquanto
figura penal autónoma, reconhece a importância de alguns tipos de motivações
subjacentes à alguns tipos de crimes. Segundo dados do Relatório de
Descriminação de 2017 da ILGA Portugal, de um total de 188 situações
registadas no Observatório da Descriminação por vítimas, testemunhas ou
serviços de apoio, 45 correspondem à classificação de crimes e 39 a incidentes
motivados pelo ódio contra pessoas LGBTI, de acordo com a definição da
Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Segundo este mesmo
relatório, a idade média das vítimas ronda os 29 anos e a faixa etária entre os 15
e os 24 anos representa uma larga fatia de quem descrimina.
Não obstante Portugal ser considerado pela ILGA Europa um dos países
mais respeitadores dos direitos LGBT, estes indicadores apontam para a
necessidade de continuar e intensificar um trabalho de educação para a
tolerância e respeito pelo outro, em particular entre os mais jovens. A Juventude
Socialista sempre defendeu e defenderá o respeito pela liberdade individual e
tem no combate a qualquer tipo de descriminação um ponto central da sua luta.
Assim, a Concelhia de Castelo Branco da Juventude Socialista lança o
desafio à Direção da Federação Distrital para que sejam realizadas ações de
sensibilização para a obrigação de respeitar qualquer pessoa
independentemente da sua orientação sexual, promovendo o combate a esta
forma de descriminação. Estas incluiriam palestras e debates coordenadas por
psicólogos e ativistas, a serem dinamizadas junto das escolas do nosso distrito,
em particular no dia 17 de maio, Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia,
Bifobia e Transfobia.
Ser homossexual, bisexual ou transexua não é errado. Errado será odiar
alguém por ser quem é. Lutemos contra o ódio!
Subscritores:

João Patrício
Daniel de Almeida
Carlos Vasconcelos
Luís Mota
Marco Baptista
Nuno Carvalhinho
Daniel Silvestre
Ana Mateus
João Campos
Catarina Vitória
Henrique Candeias
Joana Sequeira

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