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VANTAGENS ECONÔMICAS DA LOGÍSTICA REVERSA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL
Robson Moro Aioffi1
Angélica Mariana Sousa Santos2
Jeandra Alves Rigo Schroeder3

RESUMO

A sustentabilidade tornou-se uma estratégia de diferenciação, valorização e


consequentemente, grande vantagem competitiva no mercado, nunca se falou tanto
em desenvolvimento sustentável, geração de renda, responsabilidade social, inclusão
social, reciclagem, entre outros temas fundamentais para a qualidade da vida humana,
o setor de construção civil tem passado por um grande crescimento em termos de
produção, sendo assim um grande consumidor de recursos naturais e gerador de
resíduos. Ações com o propósito de melhorar esta situação podem ocorrer de
diversas formas, destacando-se medidas para a redução da geração de resíduos,
reutilização ou reciclagem deles e, destinação adequada. O desperdício proveniente
da construção civil tem sido visto como grande causador dos custos em obras. Diante
de tamanho desperdício, é grande a quantidade de escombros formados pelas
construções, levando em consideração também a junção dos entulhos provenientes
de demolições e manutenções. Foi a partir daí que a ideia de reciclagem e
reaproveitamento surgiu, podendo trazer diversos benefícios para a própria
construção civil, esses insumos reciclados vieram para diminuir os custos das obras
e consequentemente o impacto ao meio ambiente. A preocupação com o meio
ambiente vem aumentando a importância da reutilização dos materiais, desta forma
dando importância à logística reversa, onde engloba todo o fluxo reverso de materiais
que não oferece mais utilidade.

Palavras-chave: Logística reversa. Construção Civil. Vantagens Econômicas.


Sustentabilidade.

1
Mestre em Administração de Empresas, professor das Faculdades Integradas de Aracruz.
robson.moro@fsjb.edu.br
2
Discente do curso de Engenharia Civil das Faculdades Integradas de Aracruz. angelicamarianass@hotmail.com
3
Discente do curso de Engenharia de Produção das Faculdades Integradas de Aracruz. jeandra.rigo@gmail.com
ABSTRACT

Sustainability has become a differentiation strategy, valuation and consequently, big


competitive advantage on the market, never talked about sustainable development,
income generation, social responsibility, social inclusion, recycling, among other topics
critical to the quality of human life, the civil construction sector has seen a great growth
in terms of production, and thus a big consumer of natural resources and waste
generator. Actions with the purpose of improving this situation can occur in several
ways, including measures for the reduction of waste generation, reuse or recycling and
proper disposal. The waste from construction has been seen as a major cause of the
costs in the works. On waste size, there is a great amount of rubble formed by the
buildings, taking into account also the junction of rubble from demolition and
maintenance. It was from there that the idea of recycling and reuse, and can bring
many benefits to the construction itself, these recycled raw materials came to lower
the cost of the works and, consequently, the impact on the environment. The concern
with the environment is increasing the importance of re-use of materials, thus giving
importance to reverse logistics, where encompasses all the reverse flow of materials
offers more utility.

Keywords: Reverse logistics. Construction. Economic Advantages. Sustainability.


1 INTRODUÇÃO

O intenso aumento da população, seguido do excessivo uso de recursos naturais


como matéria-prima de diversos processos tem colocado uma grande pressão no
ecossistema natural da Terra. O aumento das atividades em diversos ramos
associada ao consumo desenfreado de bens, faz com que o mundo se torne uma
máquina de geração de resíduos.

Desta forma, a sustentabilidade vem se destacando como uma estratégia de


diferenciação, valorização e consequentemente, grande vantagem competitiva no
mercado. Ela está diretamente ligada ao meio ambiente e a questões globais como,
alterações climáticas, segurança alimentar, escassez de água e gestão de resíduos,
mas também envolve questões relacionadas ao desenvolvimento pessoal, do ser
humano e de suas relações com o planeta.

“Nunca se falou tanto em desenvolvimento sustentável, geração de renda,


responsabilidade social, inclusão social, reciclagem, entre outros temas fundamentais
para a qualidade da vida humana” (AVIGO, 2013).

Um setor que tem grande impacto no meio ambiente, tanto pelo alto consumo de
recursos naturais quanto para a geração de resíduos sólidos, é o setor da construção
civil. “Como consequência da grande massa de materiais manejada pela construção
civil, agravada pelas elevadas perdas, o setor é um grande gerador de resíduos”
(VAHAN, 2011).

O excessivo desperdício gerado na construção civil tem sido visto como grande
causador do aumento dos custos em obras, sendo a escassez de mão de obra
especializada o principal motivo de geração desse desperdício. Há também uma
grande preocupação com relação a falta de tecnologia para algumas atividades e
ausência de coordenação nas obras. Em uma pesquisa realizada por Grohamann
(1998) “O índice de desperdício em obras de construção civil foi de 33%, demostrando
ser possível construir uma nova obra apenas com os materiais desperdiçados de
outras três.”

Para Tessaro, De Sá e Scremin (2012),

[...] os resíduos que são gerados por meio da construção civil são
proporcionais ao crescimento e ao progresso econômico da
sociedade. Os restos de materiais provenientes das construções
podem ter destinos diferentes e errados, como descartes em lugares
indevidos, terrenos vazios ou até mesmo em terrenos próprios.
Diante desse quadro, uma solução para amenizar a grande quantidade de resíduos
gerados de forma que gere lucro e conserve o meio ambiente, tem sido a aplicação
da Logística Reversa. “Empresas que adotam práticas como a Logística Reversa,
conquistam redução de custos e imagem diferenciada frente a seus concorrentes e
consumidores” (RODRIGUES, 2002).

[...] um sistema ecologicamente correto de produção, visa à


reintegração de seus resíduos na linha de produção, para que assim,
seu ciclo seja fechado. O setor da construção civil ao descartar seus
resíduos, deixa seu ciclo aberto causando graves impactos ambientais
(BARRA, PASCHOARELLI e RENÓFIO, 2006).
Apesar dos progressos oriundos dos investimentos feitos nos últimos anos, o setor da
Construção Civil ainda possui índices de desperdícios consideráveis.

[...] existem diversos setores da economia, incluindo a construção civil,


onde a Logística Reversa ainda enfrenta sérios desafios para ser
implantada em grande escala, independente da importância social,
ambiental e dos benefícios econômicos para os empresários e
empresas (SILVA, 2007).
Desta forma, este estudo busca responder a seguinte questão de pesquisa: Qual a
vantagem econômica de se executar a logística reversa em resíduos oriundos da
construção civil? Em síntese, o objetivo deste estudo é identificar qual a vantagem
econômica de se empregar a Logística Reversa em resíduos adventos da construção
civil. Não obstante ao objetivo geral, este estudo ainda busca revisar a literatura,
verificar o quantitativo de material descartado, e verificar as vantagens econômicas
ao empregar a logística reversa.

Este estudo se justifica em virtude do aumento da demanda consumidora por recursos


naturais pelo setor da construção civil. Devido a elevada competitividade entre
empresas no mercado, é perceptível o aumento da preocupação em relação a
questões ambientais.

Ademais, também justifica este estudo o fato que os resíduos gerados pela construção
civil atingem grandes proporções em relação ao volume existente dos resíduos sólidos
urbanos produzidos. Esses resíduos, quando mal gerenciado, atinge negativamente
a qualidade de vida urbana e sobrecarrega os serviços municipais de limpeza pública.
Este estudo está estruturado da seguinte forma: nos tópicos seguintes são descritos
os conceitos de logística reversa, sustentabilidade, construção civil e Política Nacional
de Resíduos Sólidos, seguido da metodologia, análise das vantagens econômicas ao
praticar a logística reversa, resultados e conclusões.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa é uma atividade voltada para o reuso de produtos e materiais


poupando assim, recursos naturais e econômicos. Ela consiste no gerenciamento de
fluxos através dos canais de distribuição reversos, nos quais uma parcela dos
produtos distribuídos com ciclo de vida útil ampliado, retorna ao ciclo produtivo.

[...] é um instrumento de desenvolvimento econômico e social,


caracterizada por um conjunto de ações destinado a facilitar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores, para que
sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos em seu próprio
ciclo ou em outros ciclos produtivos, visando a não geração de rejeitos
(Artigo VII, BRASIL, 2010).
“Na Construção Civil, a implementação desse sistema consiste em uma ferramenta
com o intuito de viabilizar as cadeias reversas, de forma a contribuir para a
sustentabilidade” (MARCONDES e CARDOSO, 2005).

“Desta forma, cada vez mais a reciclagem e a reutilização de materiais se fortalece


como um eficiente mecanismo para solucionar ou minimizar os problemas oriundos
do não gerenciamento dos resíduos gerados” (OLIVEIRA e MENDES, 2008).

[...] a reciclagem de papéis, metais, plásticos, mesmo os eletrônicos e


eletrodomésticos, já são produzidos pensando-se no seu retorno e
reutilização. Como há uma preocupação com o meio ambiente, houve
um aumento da importância de reutilizar os materiais e
consequentemente, a formação de um ciclo de vida do resíduo, que
começa no fornecedor, passa pelo consumidor e retorna ao
fornecedor. Esse gerenciamento no qual o caminho inverso dos
materiais acontece é chamado de logística reversa (LEITE, LAVEZ e
SOUZA, 2009).
A logística reversa engloba todo o fluxo reverso de materiais que não oferece mais
utilidade. O produto passa a ser tratado como dejeto, rejeito, sucata, lixo, ou resíduo
e não mais como produto, diferentemente do produto original que possui outras
características e finalidades diferentes.

De acordo com Leite (2009),

[...] por se tratar de uma atividade que agrega valor às operações, a


logística reversa está sendo cada vez mais aprimorada por empresas
a fim de ter um sistema eficiente e transformar um processo de retorno
de grande complexidade em uma vantagem competitiva para as
organizações.
Segundo Daher, Silva e Fonseca (2006),

A pressão da Legislação Ambiental é um dos principais motivos que


levam as empresas a praticar a Logística Reversa, obrigando elas a
realizarem o retorno dos seus produtos e a fazer a condução e
tratamento correto destes, garantindo vantagens econômicas do uso
de produtos que retornarem ao processo de produção e o aumento da
conscientização ambiental dos consumidores.
A logística reversa apresenta reflexos nas três dimensões da sustentabilidade:
econômica, social e ambiental. O âmbito social diz respeito aos ganhos obtidos pela
sociedade, a partir de atividades envolvidas na logística reversa. O ambiental se
relaciona com a minimização dos problemas ocasionados ao meio ambiente, a partir
da incorreta disposição e utilização do lixo. A econômica refere-se aos ganhos
financeiros obtidos, uma vez que uma empresa pode reduzir seus custos, reutilizando
materiais que seriam descartados pelos clientes finais.

“A geração de resíduos sólidos cresce exponencialmente, e a melhor solução na


destinação desses resíduos é aquela em que tanto os procedimentos ambientais
quanto o resultado financeiro sejam satisfatórios” (SOUZA e FONSECA, 2010;
SANTOS, 2012).

2.2 SUSTENTABILIDADE

“Sustentabilidade visa agregar aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais


da sociedade humana com o objetivo principal de preservá-los, para que os limites do
planeta e a capacidade das gerações futuras não seja afetada” (ARAÚJO, 2009).

[...] a sustentabilidade não é uma adversidade apenas entre adaptação


ecológica do desenvolvimento social, mas sim uma estratégia para
todo o mundo, onde se leva em consideração desde a economia até a
ecologia. Assim, é necessário impor limites ao crescimento
populacional e mostrar que todos são responsáveis pela degradação
ambiental da nação (JACOBI, 1999; JACOBI, 2003).
A quantidade de resíduos deixados pelo segmento da construção civil tornou-se um
dos centros das discussões relacionada a sustentabilidade.

As atividades da construção civil são reconhecidas como uma das


mais importantes para o desenvolvimento social e econômico, porém
tem grande influência na questão de impactos ambientais, seja pela
modificação que causa na paisagem ou também na geração de
resíduos, devido ao grande consumo de recursos naturais (YEMAL,
TEIXEIRA e NÄAS, 2011).
Segundo Csillag (2007),

[...] os resíduos da construção civil são em geral, provenientes de


reparos e demolições de obras, sobras de reformas, como por
exemplo: tijolos, blocos, argamassa, concreto em geral, solo, rocha,
telhas, cerâmicos, forro, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica,
madeira, gesso, pavimento asfáltico, habitualmente chamada de
entulhos de obras, metralha ou caliça.
Segundo Corrêa (2009) “A união de práticas de sustentabilidade em construções tem
uma crescente propensão no mercado. Para isso as empresas de construção civil
necessitam mudar a forma de produzir e gerir suas obras.” Os empreendimentos
precisam obedecer quatro requisitos básicos a fim de ser sustentável:

a) viabilidade econômica;

b) justiça social;

c) adequação ambiental;

d) aceitação cultural.

Para Tessaro, De Sá e Scremin (2012),

[...] embora seja de extrema importância à destinação correta dos


resíduos, é notória a implementação de ações para a redução direta
na fonte, ou seja, nos próprios locais de obra, que, junto às ações de
adequação a destinação desses resíduos, podem contribuir
significativamente para a redução dos impactos da atividade
construtiva e o aumento da produção.
Em relação a reduzir os índices de desperdício de materiais na construção civil, é de
extrema importância levar em consideração os aspectos econômicos, sociais e
ambientais.

[...] sob o ponto de vista ambiental, os benefícios são as reduções dos


consumos de recursos naturais e da geração de entulho
proporcionando uma valorização ambiental para redução dos
impactos negativos, tendo em vista que as áreas para deposição estão
cada vez mais escassas, principalmente nos centros urbanos. Sob o
aspecto econômico, a redução é primordial para sobrevivência das
empresas diante de um mercado cada vez mais competitivo e rigoroso
(PRADO, 2006).

2.3 CONSTRUÇÃO CIVIL

“A construção e expansão de cidades exigem qualificação e técnicas apropriadas e


cada vez mais vantajosas a fim de se obter projetos mais sustentáveis e competitivos”
(CORRÊA, 2009).

O mercado da construção civil desempenha um importante papel social, uma vez que
esse segmento empresarial atende as mais diversas classes socioeconômicas ao
construir unidades residenciais e comerciais. É um importante segmento que participa
ativamente da economia brasileira, pois sua cadeia produtiva agrega diversas
atividades simultânea, além de ser responsável por uma significativa parcela do
produto interno bruto de qualquer país, gerando altos índices de emprego. “Desta
forma a construção civil produz infraestrutura econômica, através de instalação de
portos, rodovias, ferrovias, energia e comunicação” (TEIXEIRA e DE CARVALHO,
2005).

Segundo Rosseto (1999) “O setor de construção civil, vem se desenvolvendo em um


mercado intenso, com a necessidade de adaptação rápida as circunstâncias
ambientais a fim de acompanhar as alterações no ambiente.”

Praticamente todas as atividades desenvolvidas na construção civil são geradoras de


resíduos, chamados de entulho ou resíduo de construção e demolição (RCD), ou,
ainda, resíduo da construção civil (RCC). Esses resíduos, tem ganhado grande
atenção nos últimos anos devido as dificuldades enfrentadas no seu gerenciamento.
A grande quantidade de resíduos produzidos e dispostos sem nenhum tipo de controle
no meio ambiente está cada vem atingindo volumes preocupantes. “No Brasil, estima-
se um montante de 68,5 milhões de resíduos de construção civil produzidos por ano”
(ÂNGULO, 2005).

Por mais antiga que a indústria de construção civil seja, ela ainda dispõe de práticas
e elementos arcaicos, como na produção de concreto, onde é utilizado, cimento, água
e agregados. “Além da utilização dessa matéria prima, a quantidade de resíduos
descartados pelas obras é crescente, e vai desde a retirada de matéria até sua
aplicação e demolição” (LEITE, 2001).

De acordo com Pinto e Gonzales (2005) “Os resíduos de construção civil no Brasil têm
diferentes origens, mas destaca-se pela grande quantidade de resíduos que são
gerados em reformas, ampliações e demolições.”

Esses entulhos, que são gerados pelos diferentes processos de construção possui
diversas formas de destinação, dentre as quais podemos citar:

 Locais clandestinos ao longo das margens de vias públicas e córregos;

 Aterros Sanitários;

 Terrenos de terceiros ou terrenos próprios.

 Terrenos baldios;

Segundo ÂNGULO (2005),

[...] os resíduos de construção e demolição, são compostos por


diversos materiais, tais como: diferentes tipos de plásticos, isolantes,
papel, materiais betuminosos, madeiras, metais, concretos,
argamassas, blocos, tijolos, telhas, solos e gessos, dos quais, os que
são de origem mineral representam, aproximadamente, 90% dos
RCDs.
[...] esses vários tipos de materiais que são descartados nas obras de
construção civil podem se tornar verdadeiras jazidas de matérias-
primas que, atualmente, na maioria dos casos, não são aproveitados
e causam sérios prejuízos e impactos à qualidade de vida dos
habitantes, além de criar uma imagem negativa tanto para as
empresas quanto para as administrações públicas (FRAGA, 2006).

2.4 POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS), em seu art. 30, XVI, define resíduos sólidos como:

[...] todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de


atividades humanas em sociedade, e cuja destinação final se procede,
se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos
cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções
técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível.
“De certa forma, os resíduos sólidos são denominados de diversas formas, origens
diferenciadas, naturezas, e diversas composições e possui responsabilidades
definidas por essa lei, regulamentada por meio do Decreto n. 7.404, de 2010” (JACOBI
e BESEN, 2011).

A PNRS destaca as diretrizes relacionadas com a gestão integrada e gerenciamento


dos resíduos sólidos e surge para tentar minimizar o problema dos resíduos, uma vez
que agora não apenas o governo, mas os produtores e até os consumidores são
responsáveis pela destinação e tratamento correto do seu material obsoleto, através
do processo de logística reversa.

[...] estabelece também uma responsabilidade compartilhada entre


governo, indústria, comércio e consumidor final no gerenciamento e
na gestão dos resíduos sólidos e inclui o correto descarte em aterros
de rejeitos, que são os resíduos sólidos restantes após esgotadas
todas as possibilidades de tratamento e recuperação dos resíduos
sólidos descartados e coletados através da logística reversa (FILHO,
MACHADO, VILANIS, PAIVA E MARQUES, 2015).
[...] a PNRS estabelece princípios de gestão sustentável e integrada
de resíduos e propõe também, a responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos e a logística reversa de retorno, assim como
a redução, prevenção, precaução, reutilização e reciclagem, metas de
redução de disposição final de resíduos em aterros sanitários. Cria
mecanismos de inserção de organizações de catadores nos sistemas
municipais de coleta seletiva e possibilita o fortalecimento das redes
de organizações de catadores e a criação de centrais de estocagem e
comercialização regional (Lei n° 12.305, 2010).
Segundo Leite (2011),

[...] a ascensão das diretrizes do Plano Nacional de Resíduos Sólidos


resultará na evolução da prática de logística reversa no Brasil. Além
das exigências legais a serem atendidas, a prática da logística reversa
nos fluxos de pós-venda ou pós-consumo agrega valor econômico à
empresa e melhora a imagem corporativa perante à sociedade. Logo,
aumentará a vantagem competitiva de mercado entre as empresas do
mesmo setor.

2.5 VANTAGENS ECONÔMICAS


“Os RCC no Brasil são compostos essencialmente por concreto e argamassa, rochas
naturais e material cerâmico apresentando, porém, grandes variações nas proporções
de cada um destes” (ÂNGULO, 2005).

[...] estudos realizados em alguns municípios apontam que os resíduos


da construção formal têm uma participação entre 15% e 30% na
massa dos resíduos da construção e demolição, e 75% provêm de
eventos informais, obras de construção, reformas e demolições,
realizadas, em geral, pelos próprios usuários dos imóveis
(SINDUSCON, 2005).
Segundo Lima (2009) “O volume de concreto descartado em obras de construção civil
é de aproximadamente 23% de tudo que é adquirido para a realização do projeto.”

[...] do ponto de vista financeiro, o uso da reciclagem pode trazer


benefícios para as empresas construtoras e também para as cidades,
em função dos ganhos ambientais associados. O que falta, talvez, seja
a comprovação de que fazer uso de agregados reciclados na
construção civil pode, de fato, trazer economias para o construtor e a
certeza de que o produto seja de qualidade (VIEIRA e MOLIN, 2004).
O entulho de construção reciclado pode substituir em grande parte os agregados
naturais empregados na produção de concreto, blocos e base de pavimentação. “O
consumo de agregados naturais varia entre um e 8 toneladas/habitante por ano. No
Brasil o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e
argamassas é de 220 milhões de toneladas” (PAIVA e RIBEIRO).

Paiva e Ribeiro, realizaram um estudo de caso afim de mensurar o custo da


reciclagem, levando em consideração todas as atividades envolvidas nesse processo,
desde a fase da compra dos equipamentos até o custo de manutenção e mão de obra.
Nesse estudo, para uma geração de entulho de 80.000 kg por dia, seria necessários
R$689,40. Ou seja, R$0,01 por Kg de entulho reciclado

Dados levantados por Fernandes (2016),

[...] mostrou que na cidade de Vitória, no Espírito Santo, do mês de


janeiro a maio de 2016, foram retirados uma quantia de 13.800
toneladas de resíduos de construções e que nos primeiros oito dias do
mês de junho, foram retirados, aproximadamente, 740 toneladas de
entulho. Esse serviço custou aos cofres do município R$ 1.200.000 e
o custo para transportar ficou entorno de R$ 595.000. No ano de 2015
foram gastos R$ 5.200.000 com esse tipo de serviço. Nesta mesma
pesquisa o autor entrevistou o diretor de uma usina de reciclagem
localizada na região. Através deste, ficou comprovado que o produto
reciclado é 40% mais barato se comparado aos produtos disponíveis
no mercado. A brita 0, por exemplo, é vendida a R$ 28,50 a tonelada,
a brita 1 sai a R$ 17 a tonelada, o pó de pedra R$ 16,70 a tonelada e
o solo brita a R$ 14,00 a tonelada, enquanto que no mercado os
valores da tonelada de material natural giram em torno de R$ 62,00,
R$ 60,00, R$ 60,26 e R$ 56,50 respectivamente.

3 METODOLOGIA

A metodologia para realizar a análise econômica deste trabalho foi feita através de
dados obtidos por duas empresas de construção civil localizadas na cidade de
Aracruz, no estado do Espírito Santo e é voltada totalmente à análise da quantidade
de concreto descartado, pois ao realizar a revisão da literatura disponível, ficou
comprovado que este é o material com maiores índices de desperdício na construção
civil. “Os índices de perdas cumprem um importante papel de indicadores de
desempenho dos processos produtivos e, como tal, podem ser empregados para
diferentes finalidades” (FORMOSO, CESARE, LANTELME e SOIBELMAN).

Ainda segundo (FORMOSO, CESARE, LANTELME e SOIBELMAN) “A incidência de


perda deve ser monitorada através de diversos indicadores, os quais podem ou não
ser relacionados aos desperdícios de materiais.” Entre os diversos indicadores de
perdas na construção civil, podem ser citados como exemplos os seguintes:

(a) percentual de material adquirido em relação à quantidade teoricamente


necessária;

(b) espessura média de revestimentos de argamassa;

(c) tempo de rotação de estoques;

(d) percentual de tempos improdutivos em relação ao tempo total

(e) horas-homem gastas em retrabalho em relação ao consumo total, etc.

Como as duas empresas forneceram dados diferentes, foram usados dois métodos
para o cálculo do desperdício. Denominaremos de empresa A, a construtora que
forneceu os dados de quantidade de concreto necessário e utilizado na obra para a
execução da infraestrutura, calculando o índice de perda como descrito no item a,
através da seguinte equação:
𝑄𝑀𝑅 –𝑄𝑀𝑇
Perda (%) = [ × 100]
𝑄𝑀𝑇

(SOUZA, PALIARI, AGOPYAN e ANDRADE, 2004)


Onde:

QMR = Quantidade de material realmente utilizada

QMT = Quantidade de material teoricamente necessária

Baseado na porcentagem de perda encontrada será feito o cálculo de desperdício do


material analisado.

A empresa B será a que forneceu o volume total de concreto utilizado para a


confecção de 430 tampas. O desperdício de material desta será calculado baseado
nos índices de perdas encontrados nas bibliografias.

4 RESULTUDADOS

Os dados de quantidades de concreto fornecidos pela empresa A, são referentes a


execução da infraestrutura da obra, ou seja, fundações, e consiste basicamente na
execução de sapatas corrida. A tabela 1 mostra a descrição dos serviços feitos e o
volume de concreto utilizado em cada sapata.

Logo, o índice de perda de concreto da obra A em porcentagem será de:


49,45 –47,08
Perda (%) = [ × 100]
47,08

Perda (%) = 5,03

Assim, para os 49,45m3 de concreto utilizados nessa fase da obra e o índice de perda
entorno de 5,03%, teríamos cerca de 2,49m3 de resíduos deste material.

Vale ressaltar que esses dados não podem ser generalizados e que se refere apenas
a uma fase da obra, não considerando assim, o uso de concreto na parte da
superestrutura. Logo, é evidente, que se for feita uma análise da obra como um todo,
o índice de perda, e consequentemente de geração de resíduos, seria bem maior, se
aproximando dos valores mencionados nas literaturas.

A empresa B forneceu um volume total de concreto de 75,5m 3, utilizados para


confecção de 430 tampas para cobrir uma área de 700m 2. Para uma porcentagem de
descarte de concreto de 23% mencionados anteriormente, teremos uma geração de
17,37m3 de resíduos de concreto.
Fornecimento e aplicação de concreto usinado com FCK= 30MPa

Descrição C (m) L (m) H (m) Quant. Quant. Quant.


Necessária Utilizada
(m3) (m3)

Sapata corrida (Academia Popular) 45,00 0,55 0,20 1,00 4,71 4,95

Sapata corrida (Academia Popular) 1,80 0,25 0,40 1,00 0,17 0,18

Sapata corrida (Academia Popular) 43,20 0,25 0,60 1,00 6,17 6,48

Sapata corrida (Playground) 35,40 0,55 0,20 1,00 3,70 3,89

Sapata corrida (Playground) 1,80 0,25 0,40 1,00 0,17 0,18

Sapata corrida (Playground) 33,60 0,25 0,60 1,00 4,8 5,04

Sapata corrida (Quadra de areia) 79,80 0,55 0,20 1,00 8,36 8,78

Sapata corrida (Quadra de areia) 3,60 0,25 0,50 2,00 0,86 0,90

Sapata corrida (Quadra de areia) 76,20 0,25 1,00 1,00 18,14 19,05

TOTAL 47,08 49,45

Tabela 1 – Características da obra A

5 CONCLUSÃO

A partir da literatura analisada, concluiu-se que o setor da construção civil tem grande
parcela de culpa no quesito socioambiental, porque além de consumir grandes
quantidades dos recursos naturais, também é um grande gerador de resíduos.
Resíduos estes que são gerados devido as grandes quantidades de perdas presentes
em praticamente todos os processos desse segmento e que gera grandes impactos
no meio-ambiente, além de custar quantias exuberantes aos cofres públicos.
Notou-se também que, a preocupação com questões ambientais tem ganhado cada
vez mais espaço, tanto no meio social quanto no empresarial, mas que as técnicas
empregadas ainda são arcaicas e desprovidas de inovações, e que empresas que
usam práticas sustentáveis vêm ganhando cada vez mais destaque no mercado,
fazendo com que a sustentabilidade se torne uma estratégia de diferenciação. Logo,
a logística reversa é um dos métodos usados por diversos segmentos para tornar seus
processos sustentáveis, pois é uma atividade voltada para o reuso de produtos e
materiais, poupando assim o uso de recursos naturais.

Sabendo-se então que a construção civil é um importante segmento que participa


ativamente da economia brasileira, pois sua cadeia produtiva agrega diversas
atividades e atende as mais diversas classes sociais, concluiu-se que a logística
reversa aplicada neste setor é de suma importância, pois ajudaria a otimizar
processos, minimizando perdas, gerando lucro e ainda atenderia os requisitos das
legislações ambientais.

Por meio do estudo de caso foi possível comprovar o que foi exposto na
fundamentação teórica, ao mensurar a perda de concreto na fase de execução da
infraestrutura da obra A, o índice de perda foi de 5,03% chegando a uma quantidade
de geração de resíduos de 2,49 m3 de concreto. A empresa B utilizou um total de
75,5m3 de concreto, gerando 17,37m3 de resíduos deste material.

Logo, se essas empresas adotassem a prática de logística reversa em seus


processos, poderia usar esses resíduos em outras fases da obra pagando em média
40% a menos, como mencionado anteriormente, em relação ao material extraído
naturalmente.

6 REFERÊNCIAS

ÂNGULO, S.C. Caracterização de agregados de resíduos de construção e demolição


reciclados e a influência de suas características no comportamento de concretos.
Tese de Doutorado. 2005, 236p. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
São Paulo, 2005.

ARAÚJO, Viviane Miranda. Práticas recomendadas para a gestão mais sustentável


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