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SEQÜÊNCIA GRÁFICA DE PROJETO

Para o cálculo de curvas de transição, pode-se estabelecer um roteiro de orientação, passo a


passo, estabelecendo uma sequencia de definição de seus elementos, como segue:

1. Traçam-se as duas tangentes, representando sua interseção, devendo ser calculado o


valor da deflexão através dos métodos indicados;

2. Verifica-se a compatibilidade entre a deflexão I, lcp e o raio adotado (Rp); através da


condição de transição: 𝑰 ≥ 𝟐𝑺𝑪.

2.1) Quando 𝑰 ≥ 𝟐𝑺𝑪 , os elementos Rp e lcp satisfazem à deflexão I, podendo continuar


com o projeto da curva.

2.2) Quando 𝑰 < 2𝑺𝑪 , os elementos Rp e lcp não satisfazem e poderemos adotar uma ou
mais soluções: Reduzir o lc ; Aumentar o Rp ; Aumentar o I (deve ser evitado)

3. Determinado o Raio e o lc, deve-se calcular os demais elementos com o objetivo de


conhecer o comprimento da tangente externa total (Ts);

4. Determinação do centro O da curva circular:

𝑰
A partir do PI, sobre as tangentes deflexionadas, marca-se o comprimento 𝑻 = 𝑹 𝒕𝒈 𝟐 e
pelos seus extremos, tiram-se perpendiculares encontrando o centro O procurado.

5. Determinação do centro O`:

Unindo-se o PI ao centro O, encontra-se a bissetriz do ângulo central e no prosseguimento


𝒑
desta, a partir de O, marca-se o comprimento 𝒕 = 𝑰 encontrando o centro O` procurado.
𝒄𝒐𝒔
𝟐

5. Determinação dos pontos TS e ST (início e fim da curva):

𝑰
Determina-se o valor da tangente externa 𝑻𝑺 = 𝒒 + (𝑹 + 𝒑)𝒕𝒈 𝟐, marca-se este
comprimento, a partir do PI, sobre as tangentes deflexionadas, e encontra-se nos seus extremos os
pontos TS e ST procurados.

7. Determinação dos pontos SC e CS através de suas coordenadas Xc e Yc:

A partir do TS e ST na direção do PI, sobre as tangentes deflexionadas, marca-se o


comprimento Yc e nos seus extremos tira-se normais de comprimento Xc, encontrando os pontos
SC e CS.

Com compasso centrado em O`, abertura igual ao raio de projeto, une-se os pontos SC e
CS através do arco circular. Com o auxílio da curva francesa ou elástica, buscamos uma curva que
mais suavemente concorde a tangente com a circular, passando pelos pontos demarcados, ou seja,
pontos TS ou ST, pontos a frente do PC ou PT deslocados e pontos osculadores SC e CS;

8. Complementação do desenho com cuidados de acabamento e nomenclatura adequados;


9. Em caso de curvas sucessivas, garantir para que não haja sobreposicionamento entre
elas, podendo haver coincidência do ponto final de uma curva e do ponto inicial da seguinte, o que
denominamos corriqueiramente de curvas coladas; é desejável, quando possível, a existência de
tangentes longas, maiores que 300 metros, entre curvas consecutivas, aceitando-se tangentes
menores até o limite inferior de 40 metros; tangentes menores que 40 metros devem ser suprimidas
e as curvas recalculadas para que resulte em curvas coladas.

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