Contos de Fada Vividos PDF

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| Hans Dieckmann Paso de unos an Paipeto SIP, oernna CONTOS DE FADA VIVIDOS Edigdes Paulinas exw oft exglo moos pated une Pes oii a ah Sitcls oral mele ogi s teres pla era ot Sloat ce ies fret os [Shr da ats, cus mate paren anda pc eee a eee rien dency pels Reons Ais teen arinnge Susteren {dom pote sabodorn pctunds murs maa tmodobarar deeds sue psa piel ver solve Sh asemns come sla Hanincin uses man a ada na das de inne ne. Oe ant do Imus 0 eevbera cusrdo comece! conttos caastterae no's heaven onsen doreneeteodoe Je mint inirce ne heats Slant pu paclontan quand ule ple alin, Erglornerente 00 conto eaaver Cowra ores na console Gow poser: eMac ee are soem ase Sep ‘Shim noe soos sore scoconer'a sees pat Sear ties too mason senvelemnes ‘Sian'prentado stenelo's ergo de quai “har? poco mus que vi svidobslre Soot, Be mpnnu cote an maloree precision 2224s ee tna Matos vase proporcionan Res sonheclameu ane dom Pi rown Sore isida orn ss ee the fede vera, co tan dosing, 01 o 7) ‘us DIECKMANN CONTOS DE FADA VIDS GONTES BE FADA VIVIDOS Hans Dieckmann SET vet, sein 80 INTRODUGAO A COLEGAO AMOR F PStOUE [Na busea de su alma © do sentide de sua vida © homem geveporiy novor caminos que evar pars sia inverioridade: o seu proprio espace interior torna-se tim tagar nova de experitneln Os tajantes dence cam disor a’atma, mas também 0 amor precisa da. alma As: sim, can lugar’ de buscar causas, eaplicasbes plcopats. ligicas as nosean feridas now nossse solrimemton pee clsamos, ‘ein primeiro lugar’ amar a nossa alma, asim somo cla’ g: Beste modo” que pederemos teconhecer que estas feridas c ester sofrimeritos nasceram de ta faita\de'amor. Por outro lado, rovelam-nos que a alma se frlenta para um centro pessoal © iranspessoal, Paras ‘oman tmidade e'a reallzagio de. nossa totalidada, Assen noses propria vida earrega em si tun sentido, © de tex {attrar'a'nocea unidade primeara Finalmente, nao o spiritual que aparece primetro, sas 0 paiguice. e depois 6 expineual B a pare do olhae 85 imo espiritual Interior que a alma tovka seu tent ‘© ue significa. que a pricSlogia pode de novo entender into para a teologin. ta perspective paicoldgica nova & fruto do esforso ara libertar a alma da dominasho da psicopatoloa’ fo expirito analitico e do paicologisine, para aac vole & plmesma, isu propria originaicade. Eig nasceu Ge te Flexden dirante a pritica psicoteripica, e eats comecan doa renovar' modalo ea finalidade da polcotcrpin Eluma nova visio do horsem na sun existence cote ‘do seu tempo, e dentro de se contento cultural abe 12 dimensoes diferentes de nossa existoncia pers poder ‘os reencontrar a noses alma, Els poder alimontar to s don aguetes que so senciveis 4 necessidade de colocar ‘iel'ina ent fodae ac atividades humanas ‘a Tnaiade da presente goleyao ¢ precisamente res fui? salma asl miosinn © “ver aparecer ta peroedo SELL EME Sopaces de entendereny novamente a ingus Sion isla"; coma €: G Jung’o desejeva. Preficio como ajudantes dos homens” fol pablicada pela. prt, foira vex em i966, 6 aun 3 edigdo! se eopetont Ma bas Sauele matctial © enciquacélo com novas descobertas, Agradeco a Hditora ‘Gerseenberg terme dado a possi inant "reestrucurse, modificar y asmentar aaucle Como sige nove, fol acrescentado © capitulo, 11 ‘passe Joanne Marin", de-ofigere ademas, Esse Ge" desenvchotmento. © amadurccimente: Infante serie elevantes na psicologia "profunda, Com esse’ Caputo HiPlatda Psicologia infantil gue no primeira capitulo do série de exemplos sobre contos de fadn prediletos, Reunt este canto, sind diverene publieansey de tls ate Vise de" Conjunto sobre esse tema de inhas invest pero o gut, na Aron pln fol cade por eer saat cee pt sae Seer armas ete Sood ‘analitica desvendar em que medida ss pessoas revive Seen wagceeie eases oe Gus Egeformacko, mar tambem para as pessoas xadian eee rT meiro plano nas discussdes em torno destcs conor, © See sara artes ie pemmoeruace autre n Me aes ie ear ipscs caer amremne ae pe ead ae ie ee ae Se ceca opment, ae de erueldade © agressio nos contos de fada, por serem Se a enon Sate oe Sas mre, cares Se artie ancaetg we: di oats tessa us le on SG Srp carat sagt arcs Ieitor que j4 conbece a primeira forma. Por isso & Jus: {iitends'o novo ttalo “Contos de fads vividos", ue pre tende ingicar quante de resiidade da alma e de impor: fincia pratica est contido neste produto da fata fhumand que chamamos “contor de Yada", que, multe ‘Noves, depreciames © livre & sancebido como Informagso para os legos interessados neste tema © como primelra e carta Intro Augie part _o' psicsloge atv. nm anslise,ausim comme pala o medica, Contam exporieso concreta sobre 4 forma Eero costeial de saute de fake oerece aie procar Soe snaliticos, de que mancirn esta" tendo. traindo, © Soins pode ser eimprewado no. process terapeutico cm Dol aespaciente aeja sting seu auto, Se modo Wt Externe meus agradecimentos especials 40 St. Mar- tin Oesch pelo trabaiho editovia, A minha espoes: pels freitar sugeston e ideies, 2 a minha wecretaria s. Ste Slgsid Wiegand) pelo srabalho adicional de datiogralia Berl, denembro, 1977, H, Dieckmann im Contos de fada e sonho — um fenémeno universal Existe famosa compilagio de contos de fada da In dia cuja primeira histéria, que indica a tematica da co- eco, comega assim: Todos os dias aparece na sala de audiéncias do rei um magico que Ihe entrega uma linda maca, Distrafdo, o rei a remete a seu ajudante de ordens que, por sta vez, manda jogé-la num quarto distante. Assim se faz durante um sno inteiro, até que um dia o macaco da rainha, que se tinha soltado, pula dentro da sala de audiéncias, pega a maga e a morde. Quando faz isso todos véem com grande admiracao que esta maga contém no seu interior uma pedra preciosa muito bela. ‘Aico rei, naturalmente, investiga as pressas o lugar onde estavam as outras macs. De fato, encontra-se debaixo da polpa apodrecida das frutas um monte de pedras preciosas de grande valor, cujo nimero corresponde exa- famente a0 dos dias do ano. ‘Assim acontece conosco quanto aos contos de fada. Apés a infancia jogamo-los fora como se nao tivessem valor. "E somente um conto de fada”, dizemos, e o dei- xamos apodrecer num quarto distante. Até, quem sabe, passarmos a viver uma situacdo — seja uma séria doenga da alma, seja uma crise na vida — em razio da qual, por necessidade, abrimos esse quarto. Também aqui — Assim se poderia dizer — algo esta apodrecendo, enquan- to durante muitos anos no nos preocupamos com seu contetdo. Quando Freud comegou a se ocupar com as fantasias inconssicotes, pés, coma primeira sentenga em stu livto de sonhos: “leetare se nequco superon ache Fonts movebo” (Uma ver que aso passa dobrar desea, fare! mover o inferno). Entre ns fantarias degeneracies esse Inferno encontramnos frequentemente eras, pre, Cosas de profunda sabedoria,simbslas ¢ motives, Rao 456 dos contos de Tada da essa’ propria iatanciny mes 8 da humnanidade Intra. ‘Como onto’ de: partida ao tenement “dae neuroses gntrade, acest em primelto lugar. a imerpretacto’ dos cones ae fess om mitos segundo pacologia te profundidade:# ce ‘mumente'sabido que “do os sonbos, © sua interpretact pelo medico, que constitscms {ator importante oe aoe Bh eect com ofertas sine Pron tha perecbido que contos de fada ¢ mits no s80 fare damanialmentedatistos dos sonhon,"s au talsse tie Hingusgem simbelicaIentica A cade amento. surge Iatenal mitologco now oni. denoston” heen S Somos bron a procurar tim melo, para entendtl Antes de tudo foram os trabaihos de CoG. Jung ¢ su escola que indicaramm o camino. Camo 0 soahe's fone: ‘meno universal, que se produs tanto ern cadion cord cra deere ani taba mitor ¢ conto fads fo ‘se epreggmentaente Soon, que cou etaanada dy Urolde determinados procensoz de'amadurccieente te Segre de prota instil ae comin para © gntendimento da linguagem universalmente viltda ox ipltolonveman. A pessou que sofre de neurose nae'6 fur amentalmente diferente. nem tem problemas’ complete ‘mente diversos dos ‘de todos nse; ein tem on meaner robles ne,» difeuldads, Ape "dng io sadio pelo fato. do nto conseguir vesolvelos sosition ‘por causa de certas realdades iaternes ¢ externas Extelivto fol escrito menos a partir do visse rigor samente ordenada e avaliadora da cleneta’ raciossir'¢ ‘ais da alegria © interesse pein fantasia bonita, colores e'de tmuitas facetar dos conor de lads, que sstse rove pre sendo'produsides, ha varios milenios pole macons 2 lente coletivo da humanidade. Sua forca eriadora pds: tea ¢ sabedoria profunda nunca mais me deinaran les: le que pela primeira ver estive en comtaa comm see plenitude, quando menino Sinda, na cava de inh ace 6 contos de tada ae reavivarsmn quando comecd'a oot tos a meus primeiro filho, « finaimente reencomtrel te. slog esses amados de minha Infancia no, Incomelenee te meus pacientes, quando fui ser peicanalints, Peete Micnte'os contos estavam esqucidos, hd tempo, ne cose igncla ‘dos pacientes, max Ig no inconsciene eats Nivos. Surgiram nos seus sonhos 6 disscram a essa pon sons, multas coisas esteanha equals numeshaviows preg slovaca dar dae inher pasado, ‘nuiones preciosidades' de run alin Multas wercs preven, lonaramthes conhecimentor que deram nova cor ¢ tte lidade's"uma vida que tina Head varia, entcrl"e te: vlads, Eu preferiia sentir menos 4 falta desta linguagem dos confor de fada e'dos mitos de nosso proprio ncoas isnte, do. que de qualquer teoria da cigncia, por wats ‘nclonal culnaligente ue fosce. Como inatrumatato Para g,ratamiento de mous pacientes. monealmente coches lame tein sido poderota subsidior sr aie vee ee, mene can emai profund dtn are et Spntto entre mdivo‘e'pacieste nio pois sr plata E coisa Union, indizivel e singular, Restence as beans, 2S gee tte dea perenes prose ato de que ume hiseia corte? no lager Prec eae tempo eaaton'e auc abranja a" probletan Uo peccate ‘ode construis una ponte thtse Ln pesos enn A linguagem simbélica dos contos de fada ce uma vex" — assim comesam gernimente para j és « malaria dos contor de fadare tite hee ‘nos le San 'ae"volia ‘tempo datante'¢teads neat nade o atial acontecem cotess extrwordinasios ars_o pensamento racional ea esiaiom nee ‘mals falantes. Eun Mm | Brisas, Fada magicos our ‘Assim como, quando. crtancas, estivemos. presos a estas hintorian, mesmo; pois aguilo que pensava jé ter perdido: hava Iuito tempo, como o'amor, a conflanga © 0 relacions Imento ‘numa, ele @ ‘reencontreu meses ‘ceminto, 20 Toll cotas lends estto chetay de significado misterioss, ‘Que Somente’oz inlelados contecem=, sasim dis Shere ‘ide ‘no final da natragao de tum cont de fada, Nos, Porém, no sabemor quate nada’ a respelto disso, ot “Tambtm na nessa vida, na nossa realidade, exlste ‘este “Era uma ver". Cada tim demos teve porfodo na ida no qual quase’dariaments acomieciam colsas 1. ase mllngrome, Reflitumos sabre tudo. 0 que Para ‘Adulto € natural eorriqueiro, mas que, » principio, fl Fee spread pol tan ero sm im de aquisigocs sto reelizadas na infsneia. H como fel Ntontecimento.milsgrose® Dificiiments ain de oe poder ainda reviver 0 sentimento que © invadis quam 20 dava ‘os primetros pacsos may ‘materia: ind se lembrari ‘como fol que conseguis andar, de bicilete cout madar pela primeira ver. Por toda parte onde ho, ‘mem alcanga algo de novo, nunca at gntao,conscgulde ou adquirido, acontece colaa igual 8 tramsigae: do herdl flo conto de fade, de mundo do diawdia: para felne Imagico, desconbecido, encantada, que deve. ser iseres dor onde trade bar um vai gis nor sleve aah hossos préprios temores © Incapacidades personificados, (ontra os quale tomon de har’ os animate solicitors ae ndas 0 a nossas capacidades possibiidades ainda ddesconhecidas, que mestas stuagacs podemos obter: Des ts mancira ye fealle, em outso Plano: aguile ic a0 conta de fads ¢ imagen ou fantasta Essas novas aquisigbes c criayies, que se realizam froglicntemente na Infancia — de tal tots que pode litiee'a'slana, de poles genial" mneacesam Por completo no decurso de una vida que ‘se descr folve.sadlamente. Contanto que a person nfo. se err fompega em rotina vatin'o Que, inflismente, € sida Geinasindo frequente — aconteccnos que, vivamnon de 15 quando em quentic um coats de fads, © que “o milagro- Sone em nossa vide como’ origitalldade ate entao Sesconbecida. Hay om cada existencia humana, grandes ‘stiniversals estagion do proceseo wital now quae isto tem Sus ocorrer. Toda peswoa exporimenta, apes time capa Se"acpendéncia materna, a primeira satonomia , desl Ipumento na fase’ da twitnoslay toda’ penton tambérs ex periments na puberdade o despertar da sextalidade © a Bicorsidads de relactonammentey com’ o-outro sexo. Cada lim tem a cxperiancla da problematica ‘da mela dade, ‘quando a vide deciina ¢-deveria ir mais em profundida sede que em superficie. cada wm vivencla a mort, Som o problema da teanaitaa para gutra musdo ow ot tra forma de exiatencia, do qual nada sabemes. uando chisentamon tals situagies novas ¢ multas wesos ana" flantestentamos, em pritelro Tugnr, formar wna tmar {gem das eventuals postibilidades "como podariam sor, Fomo doming Ing, guar or problemas a resolver © aMeie fe perigos a enfrenter, Nesta face as imagens calsiiva tet sf pvt aldara clans quando bam Sue toenaird o beman ‘shepea fusciven a simAgio. OF fens wom multas,camadas, no Tundo todo simbolo ver~ sdeiro e insondavel! « como qualquer portador de oer Udo de origem espontanea, que possibilite » spresentix {ho de conteddos, qual de tro. modo nag erin rel for varias facetan, 0 pricoldgico somente parte’ dos Possivels contends, ¢ em cada fase da vida wm simbolo ede ser preenchido por outro conteude concteto. ad Sonal! Ganhae deren forms novo e tals protuidado Sontido © alargamento da compreensto. Vejamos Togo, de. que mode xe pode entender iss ‘num determinade ‘conto de fada, Yomemos como exer: plo'o onto de fada do principe transformade em cobra bu narcido coma tal gue libertado pelo amor de une Jovem, Baw coato de fed existe em acevo sepace cut" ‘tal com muitas variagbes, enere outras nos comtor ale niles de Grimm', no conta seco? ou no albanés?, tan [o'como mo conto dan thas gregas*. Guero nazrilo Era uma ver um comerciante que tinha tts fuasben diaSo Se degen, parguntan ae FH uum saiote, a segunda queria enfeltes © cagula ‘pedius"somonce umar rosas ue, Medhla ocasito, Esa Jirtamente bem baraeat na flea. O-com lante’ fer seus negoclos e comprow os Present para buss filhge,"No camino de essa Enfrontout Eins tompestade do. grantzo que estragou o rama thete ‘do Torasy Finalmente. achou abrigo num ‘cas {elo abandonado. Ld encontrot & mess. alimentor Sue Someta por havla ta Foscica da al ‘mento aparcccu uma cobra que pretend, como pe [Enmento’ de suns rorss quefidas, que ele the trot Senses Filta cagula, Apavorede, 0 eamereiante pro roteu, ¢ em cana contod, chorando, sua inflic Ender'a‘fltha mals nova, cheis' de comprecnsto Sem protesto, fot ag encontro. da cobra, embers ‘Sins rmas\tnaie_yelhae encarnecessem “dela c= Cummulassem de invoctivas porque nao tivers dos. fon por joins © roupas, como cles. Todas az vores ‘fue moca, sentaviees| Som a cobras mesh ‘par seuilmentar, cota, se aconchegava tem seu colo © ine penguntava’ "Voce me sceita como. marido, ‘Guerkiut" Mas a mogs tespondia sempre: "Teno edo de voce". Um dia a moea achou um expelhe ‘no qual se refletia 9 mando inteito, e nele vit que ‘ou‘pal entava scamade © doente por causa dase orecd ‘dela. Pedi licenga. para visitar ©, Pal © a Babes the concede o:prazo’de 3t dan Caso sla Heasse um dia = mais) « cobra morreria, Por ine {erinadio"de‘tim nel gus gmoca pos aboot, 1 Imediatamente se curou, Quando ela Ihe contou si ida ao ado da cobra, o pai aconselhowa a respon fer posltivamente & pengunta da cobras que dese, Jevgtgmi como mando. Apesar do conslho opos: 10) dado pelos trmae, de se lberiar da cobra ule passando\o prazo coneedido parm fear na cara de Seta, moce volte ponttlmeni, A cara "Quer acoitarens comma tale, gua, a me responden que sim. At a cobra despojouse de sit pele. Diante dela ectava tan bela c Joven pings 0 palicio se enchew de gente, © princioe conten 4 Inoga que, como castige por fe seduside. ote Seta, fora transtormado emt cobra ats: encontrar ti ovem cate Co le: Naar bu ‘elas"'de inveja'e chelas de" soaldade, ® principe, ue aprenders a istinguir 9 bem eo mal, tran Formotas en dans gralhas. Teriam de manter esse Terma até se. depurarem de seus mals descjos © Drincipe © a! mova casarsrse'e transformaram © fato de que’ tons Sa personages, Ros o uatiait gh saparccem no conto, representam siluagses« sinivolos de Statimentos da alin, impulsos, atitases, nods de ox Perléncia e ambigtes, De certo monlo-o canta de fa & tim soafo, 0 qual, como cis Jung’ "¢ amuse teatro onde S/aonhador é cena, ator, ponto, diretor autor: publica ¢ Srtico"*'A‘diferenga emt relagso. sow sonhos hablials 4 nowsas noites ents no Tato de que os contos de Tada Somente conttm elementos coletvor © no tem nade a Jer com 1 abundincia de possow deselon penwonls do Encontramor nels, poreanta, somuate ns formas tipleas sniversalente vidas ou poccivels, de modos de expe: TE fustamente por essa raxto. que sempre se pode lirigir 8 interpretagao de unt conto de Tada seguno' a paicologla masculina ou a feminina, como tambérn adap- [fla 'tos' problemas day diversas’ faces day vida, Pica aberie eo Savini senmndo sus propria realideds,s ident ‘iheagae com a personagera principal, masculina ou fe fini, a qual chao experictonta e age da meoma fOr. fan gonna © Es no sono, Naturalmente existem conten Er ada — ito € quaee = ragea que eervers mals S“interpretagaa em determinase sentido, No conto da Cobra, narvado aqui filha cagula adultos se! empurrain pura frente. ser tonsiteraens De novo a crianga tem de'vencer seu! medo. ¢ com ee > ‘mpulao de ir embora e de se esconder sob a sais da ie Ela deve fazerse nota, ilove negoclar somo yendeder ‘yocar a moda culdadosamente guardada, pels chissete dlesojada.'Se a erfanca_ tiver feito tudo isso, enter ek tra Yer, ela venceu a bruxar chegou a fim’ deta a mse pode ear tesouo (to dm chaps’ para asa, Aqul, de nove, aguilo que no conto de fade se chamna brixa, & impulse instintiva profundo que se ce racterlza pela preferéncia por uit ninho confortéve, abundantc'’ quente, cima da tala pelo mando. © cones de fada nos mostra’ claramente @ suc se paste atrée da Tachada desses descjor de aconchege. Defoe modo com segulmos tums segtada rosposta & pergunta sobre 0 sie hlfieade psicoldgico do conto de Fada Para a criange’ Ela deve aprender a conviver com os elementos pro- fandamente instintiver e com os inipulcs de sta pro. pris naturesa, © deve tlismar sew Ego contra estas forces fue, multas vezes, so. auperiores cla. Os cantor de fa ihe oferacem, na forma de imagens timbdlicas, pos sibilidades tipicas e projetos para suit vitoriosa, desta ita. Consideremos, por este ponto de vista, um motivo como o da cremagao da bruxa no Forno, Dai a eromagso Slcanca outro sentido, mals profundo: como tsmibent stim chamada atrocidade a natuseza, que € lta menos horrivel do que aquilo que 0 hone suposte Imentg civillzado Taz.'O forno mero, por sua vee, 6 de novo 'simbolo do selo materno: do forno pia, nasce toctado 'e marronzinho, © casninho, desde, a” obteneso 4 ereal até-a fabricacao do pio, & 2 via da transfor magi de um produto da naturera ein alimento especlft Tempe, simivola de metamarfose, ois nele tina fore da hatte deve ser transmutada ei algo Comestivel para ghomam, A afirmsto. 40 onto, de fad dria aie © Indo negativo-demontaco da instinto maternal estacia ma: aro para uma translormagio, e deverin experimentila BBem tipico ¢ tambem gue no conte de fadsy no momento fem que a bruxe ¢ quoimada, desaparece & madraste, © duc indica ainda a cOnexto misterioea desse problem as Setclente ‘eng nconnlente. Quand suas, con Siente se empobrece e novas experiencia nie 380. GQuiridss, a vida fica estagnada € pases forme: Entio € fesmo necessario que surjam impaleos, tsis como oda fmadrasta, que empurrem as criangas para © reino. do Eiconsclente, ss Podemos ainda entender, nesse mesmo plano, 0 pis- saro branco.com seu canto lindo, Nor somhow 0s pas: stros esido freqlientemente ligados « pensamentos, fan- {sls, idélag intuitivas ou contexdos espirituals. Branco, com eleito, € a cor da credibilidade, da salvagao, da paz Edn alegria. Bsperarseia que fosse preto win anuncla dor de desgraga, que sedur € atral as criangas, levandoras Acasa da bruna, uma lddla negativa, escura ema Este, orem, ndo ¢ 0'caso. Com toda razso'o conto’ de fad do opiniao que ¢ boa ideia encontrar a bruxa da casa Ge paoddemel, centenderse com ela. Opinizo esta & ce podemos adcrir. ‘Aigo parecido encontrase nas pedrinhas © migalhas ee, Pe Seon Quan mn ow ape ns Tada se moditice, As neccssidades anteriorer e's fome de sempre ficam na mesma, Ha muitos adultos que sem: pre espaiham pedrinhas quando pensam ou fazenn aiguma Solsar'e nunca saem dovcostumeire, Algo, acontece, so mente quando. sto Jogadas as migalias Je pio, a subs tincia de tranaformagso, como ja vimos. Entao este sim bolo desaparece da consciencia para depots voltar na for mma de forno, no inconsctente Por mals tempo que pensemos ¢ meditemos sobre ‘contos de fads, por mals que deles nox ocupemos, tate ‘mais se abrem'e mostram matizes sutilezas escondidas Que ainda nao Hinhamos notado. Jofozinho © Maria [o Fam enjelindos © empurrados case. camino. Chora amargamente © nlo querem entrar, de jeito nenhum, nes- Se'mtindo lugubre e-estranho, do qual somente, fm, Ther pode chogar a salvagio, No" wasin er indie Tos caso de nosso destino? Neste contexte. me. lembro a representagio de Klaus Kammer em *Carta ulna ‘Academia®, de Kafka, La ¢ representada a humantzaghe {ue um macaco executa, em necessidade. ammarga S00 Sacto, voluntarisinvoluntariamente. A neceasidade, co mo tim dos grandes mestres da humanidade, também ‘tqui.no conto de fada leva o» hershs imvountériow para sia 'tarefa. Conhecemor através dos contos de Tada © 56 dle mitos esse motive to profundamente humano, do ho- mem normalmente medroso, 0 qual 36 0 destino coage a'vir a'ser herGl, e que preferiria correr do perigo, Pew Semos'na historia maravilhosa de Jonas, que se encontra a Bibi 4 algo a dizer ainda a respeito do desfecho do con- to de fads. La encontramos 0 fato admirsvel de que, 10 caminho de volta das eriancas & sia casa, toda & paisa. em tinha se mudaco de mancira evidente: Antes o/mmun- {do normal do lenhador paseava: sem frontelras, para. © fino magico, agora ha um largo rio separnndo oe dois Somente com a ajuda do pato as crlangas so capazes die voltar & sua ‘vida normal! Por imagens € expressa uma Sittago que traduz elaramente um progresso pricoldgieo fem relagao ao comeso do conto de fadn. A ausencia de Scparagao entre conselénela e inconscicneia encontramos predominantemente num ego imaturo e instavel. Tal por. Son ¢ ainda entregue a todas as palx6es, caprichos, im pulsos ou necessidades instintivas que surgem do incons lente, Pla vive em estado de participagio mistica (Levy Brithl) 9 com esses contesdos inconscientes. Seu Ego ¢ ntrogue 2°eles ¢ submerso_ por eles ot cal comple mente sob seu fascinio. Por outro lado, mum Bgo estavel ¢vsadio existe fronteira nitida entre’ as, duas,sferas, © Feo ¢ capas de decidir qual dos impulsos ow necessida dos due surgem pode ser aceito ou sntisfelto © quale nko ‘devern vir & tona. Somente quando 0 lado mats, magico, hogativo do Inconsciente -— a bruxa — vencido, € que se forma essa fronteira nitida. Um bicho como © Pato, Capar de viver nos dots ambiontes, ovat ea agua e 0 Simboto adequade. para ser 0 mediador entre os dois Imundos. Fle 0 meio de transporte conveniente pars fquilo que pode-e deve tansitar, e para aquilo que deve Ser rejeltade para fora da conacicneia Nao tenho dividas de que somente indiquel peque nna parte daguilo que esta contido em tal conto dé fade Cada obra de arte ¢ 0 conto de fada ¢ obra de arte — formada pela alma de todo um povo e, no fundo, ines gotdvel © tao imensa como o fondamento crlador da propria alma. Queria dar algumas sugestoes sobre quails Densamentor «imagens podense desenvolver a respelto image curso contém experiencias da patcologia de” profundi- Sade que'a cigncia hodierna desereve por meio de con: Ceitos tacisunis © abetratos, ‘S que hoje podem ‘cr as nossas experiéncias mais moderns, o conto de fada ja 0 sabia desde tempo= lon Binquos, Ele ‘somente fala em outra linguager, muito Eimples'e ao mesmo tempo muito diliell e profanda, & 4 Motivos de contos de fada em sonhos e fantasias Enquanto ne capitulo anterior © ponto de partida de nossus consideragies era um conte de Fada, e que ss sclacionamos seu destinse. com maneiras de exbe Tieneia da alma, queremos percorrer agora o caminho Contvirio. Dagui em diante ‘teremos como. material os Sonhos, fantastas, lembransas © idéine dos pacientes aus, Ucvide'a perturbacto pelguica, seguiram Latamento psi Soterapeutico, Extraidos desses produtos da fantasia se fio indicudos os paralelos com material de ‘contoz de fada. ‘a abundancia de mitol 1s ¢ material de contos de fata nas fantasiaa inconiclentes do homem — como S‘demonstram sspecialmente on trabalhos de Freud" 6 Rank "ja chamou a atencio da. psicandlise primo Gish Mas 86 gracas aos trabalhos de'C. G. Jung’e seus Slinos ¢ que fol dada apreciagio cspecial a extn camada Inltologiea do inconscionte, Segundo a concepeao de Tung Dor baixe das lembrangas pessoais ¢ conteados de 1dclas, Ro incomsciente, de esito mode existe uma camada do Rossibilidades de desenvolvimento da alma, possibilidar Ger tseas ‘comuns @ todos os homens, as quais nos S40 dadaa desde nossos primordios ess. preenchidas pelo ‘undo tle imagens aue corresponde & cultura. Jung cha ina essa camada de inconsciente coletivo. A linguagem do inconsciente coletive ado mundo de Imagens mito- Togicne originésias, e se cla for bem comprecndida, pode ° indicar ao homem modas de vivéncia e possibilidades de funcionamento da alma, que’ por si mesmas esto fora Ga"experiencia pessoal do homem. Jung escreve @ res pelio disso: “Podemos discernir um inconsciente pessoal que comprecnds todas as aquirigoes da existncia Besial quer dizer que for esquceido, reprimnldo, Percebida subliminarmente, pensado e sentido, Ao Eide desses ‘contender inconscientes.posroats exe tem outros contetides que provém, no de aquisi {bes pessonisy mae das postibilidader herdadas do Rincignaments, paigulco cm geral, isto e, da estrw ura cerebral herdada, Sao estas as conexdes tito- ISeicas, oo metivos. © imagens, que. sempre ecm tone liger podem nasoer sem tradigao historiea ott Iniprasio, A esses contendos chamo de inconsclente Enletiva, ‘Tanto quanto os eontetidos consclentes c= ho ocupados com atividade determinada, assim o fete tambem ‘ar conteudos inconacientes, confor: {Un atividade palguica consciente certos resultados a produtos, sim tambem surgem produtos dessa Stividade inconsclente, como, por excmplo, sonhor fantasias” Sempre ¢ feito apelo a esta camada expiritual de Imagens originarias quando uma sitwagso externa ow Interna nfo pode mais ser compreendida ou resolvida com os "melee de experiéncias wradicionais até enti Praticados'e aprendidos. Em principio, toda neurose Zonstital semethante problema interno e externo Insult Sel, # quanto mais grave e radical for'a neurose tanto nals numerosoe sia, freqllentemente, os motivos Ins. {ndos, bizarres, costaicos « mitologicos que surver do iMcomiciente. O que ¢ valido para a doenea da. mente, fue indica atolamento ‘em tal crise problematica, tam: Bathe valida para o sadiovcm sicuagoes crftions que sur fem normalmente em eads vida. Todo mundo eonhece 1 situagao em que, em necessidade séxia, interna ow xferay suygei os" pensamenton fantasies ala “i Verossitneis"- Temos sonhos pesados, perturbados, de Contenido excuro'e profumnda, fo cequisivor que no tntende nada deles. De tudo isso, Ar vezes, quando tado val bom, cristalisese uma solugie ou umns. ide lantes no tinhamos encontrado, Mosireac’ um fue ‘ate af era desconbecldo, ¢ de caja, possibilidades te entso nao sablamos nada, Como tide acontecets, nto Sshemos dircito. Em. geral 0 aceltamos, © com Tazo, Como didiva da natures Interna. Somente 9 peicoters Peiita acostumado a esses: processes, e gue” possul co Dheciniento correspondent de mitolopia, sabe que. nes Sex sonhos bizarros e fantasias est8o contidos Mmotivos Iitoldgicos, nos quais js existe 2 possibilidade de so Ineto."A lima, para falar por imagens, de certo modo Informouse com um veiho sablo, que esta dentro. de Fesolvide ‘esses eaos ou como poderia, solucionslon? Esse 'velho ‘dea a reaposts. Porém, dificuldade esta Scmpre nisso: sabor entender bem estas Yores da propria ‘atures "profunda ‘Interna, e querer comprocnd i Dupnante, desagradavel ‘ow.mesmo inguietante para 0 Consclente. (Veja “A cobra"). ‘Oueria dar mais um excmplo que mostra esse fun- ¢lonamento da alma, pelo qual fica claro que \um_pro- bblema’ deve Ser atacado, em primelro lugar, pelos “me todos convencionals". Somente quando. estes. se_mos {ram ineficientes ¢ que a cnergia da alma val para um plano mais profundo e tra dela mitologuemas & toma, Bites, contém ume poeeibiidade de solupae pars © 60° bphador. O exemplo vom de una mulher de telnta © sete fanos, que no comego de tratamento, psieaterapeutico Esstou com meu médico na hora do tratamento Tamon num quarto a0 lado do consultério. Seyura a moos pelas mfos, Fiquel mals ativa-e as apertava ‘eworamente, pordm, ao mesmo tempo ta Sen timentos de-cilpa, Entdo,ontroa, de repento, a= ‘poss do medico e disse “Hla aqul umm cheizo tore el, como se 0 apareiho de raios altravioleta est esse funcionada®, © albrity a janela. AY ett estavea Be ees wo comwoltéelo” uiesesas-orpivacn wor oct ‘ra tim Ima Neste mar a cabega do tedieo bolavay rans tocm de vidro, e elo dings quo co dcvia cour” reender" que difciimente seria dese esperar que Exvarmanjaore «im homom, pots ‘io era streente, fem bastante Jovem, © no Tala bastante estorgo. Entio ‘a eabeca se translormou tormowse plants fubaquitiea, que se enchia de ‘gua Eotavary Ta também se’ duns filhas mosas do’ mew medico, © ‘or tres andiyainos emt torn dota planta, Depois Degatnos a planta solenemente e com culdado em Rosas mior, ramola da Agua ca coloctmos a0 Sol para que se expandisse de nova. Tudo favo fol Scompanhado de sentimentor religiosos, como sa planta fosse algo de divine, Agora, primeiro deve ser dito algo a respeito da #- tuacto edo problema da sonhadors, Bla era muller Alivoreigda que néo tinha filhos. Duas ventativas de case Sfriocr e ferclts tantatlva. Bln exetela proteases ticorrindora gual era muita afelgouda © na qual tinh Fealments se aqullo tinha sido certo, e fol assaltada por temorce Gomideravels de solidi © tncertern: tenpelide por esses temores, considerava serlamente se deveria co Eitsc com ua beer de sen cireuo de arcade 6 00 Sbandonaria sua profisaio. Os temoree fasiam com que tla, merma no ambiente profissional ac sentaue insegara ‘O'sonho trata, em Seyundo plano, do problema da rlacio homemmuiher, igado 4 exisiéncia da Figura 2o Snalista. 0 sonko omega wabalhando com os "moles e convencionais": homem ¢ mulher, 0 médica © a. par lente, que se encortram em relagso rotunda da siti, 2 Principio a paciente reage simplesmente como relier ‘A fegincla cootumelra e normal de uma relagso hoten ‘inuther'€ que, apos © estabelecimento de harmonla sen ‘mental e da alma, a situagio tenda a ser erdtiea, Agu Isso evidsolemente aso acontece. Ela fem sentiments de‘culpa, e come exprossio deles s copora da, medica fntra no feclnto ¢ earacteriza a situagao” bem exatar Ineate come “cheiranda mal" e ‘artificial’ (x limpada 4. luz ultravioleta). © fuxa dos sentimentos e encrgia 4s alma, que procti seu esceamento pelos caminios ttsuals, nao o» encontra: Ele € interrompido, estancado, feflai'e'deve procurar outra via. a de inicio, 0 tomho eracteriza muito bem que aqul ose trata’ do ‘amt bho certo, uma vez ques cena é'traneferida pr ui ‘Quarto a0’ lado, ‘Agora surge novo comego, desta vex realizase no fens goletivas e situngho que o egoconhador da Pe Etentd vive agora transformase ean conto de fada, To Se descnrola num mundo subineraa, Do médico s6, cath presente a cabeca, que Ine diz evidentemente colsas di fas e desagradaveiss © por fim a enbegs so transforma, fm planta em torno da qual nadam minfas, Depois essa planta’¢,'numa espécle de alo de mascer, levada’ par fora da agua para dentro da hur do. ol. essa ver fratase do sol natural e lo de aparelhs mecinico Ge los ultravioleta (sol artificial, que © homem. pode Ir fear ou desiigar, Também as qualidades sontimentais 20 Todificaramm. © que aater cra ternura tornowse. reir ‘No principio a sonkadora estaya, como disse, per. ploxa diante deseas idelas confusas: Com ow conhecionn: {os referentes 2 alma humana coletvn & possivel acha lum Sentido Intelramente comproenstvel. A'eabess flan. te que aaivinhs encontrase cm muitos conto de {aay Seja cabeca animal, como po. "Partorinka dos gantoe", os temas Grimm, ou eabeca humana coino 0 coats sulamericano “A Lg”, ou no conto de fada esquims Sq Givelta salvadora)” Em todos estes contos de foda teutase de erinio que fala ¢-dispoe, evidentemente, de Sabedoria misteriosa da natoreza. A isso corresponde.o fato de que para muitos povor a cabecn © considerada, f'sede daama out do centro da vida c.contem, por isso, @ ser intelro e toda na sabedoria relativa a he Segundo Levy Bruhl, ox natives da Nowa Guine suspen fem ov ertnios do mortos, os adoram e chamam de SRorwars". Eles créem que’ messes eraniosmoram as alinas dow morios, e nentim dos natives, por acasiso de Uscisto importante, detsaria de expor.miniciosamente ‘Seis planoe'a esses crinios e do pedirihes seus conselho. Transferinds ox tontendos dessa idéins ao sonho, entgo a alina natural primitive que mora nessa raulhe eduz @ médica ao sfmbolo de-uma cabeca, que © edt paca’ com gualidader sdivinketorias de contos de Fada Pipitos: A casa cabeea cla apresenta, de certo modo, sess Plano de ‘casa, ¢ aauels the dae an ida "Sto Rbsurdss. pois que nunca poderdo dar bom revuleado. "fate. de sia mo ser mais Jovem corresponde & reali Gade:'mas por autre lado ¢ miviner bem atracatey A frase Stra ite e'stravor tera mats o sentido de gue Gposto, Bvidentemente a cabeca 30 aprecia.rmuito os ‘Sbscjos bastante compreensives dela ea desnconsclha 8 fantar atengio energia nesta ditesto. Naturalmente Etvante'a terapin 9 medico nao da conelhos, nas sau Seimta de produto espentineo do Inconsclente da. pa Srente, quer dizer, cometh que este inconsclente dl ‘conscléncin ‘Bepois que isto aconteceu, a paciente se junta ds “ramos da eabesae, 0 gue corresponderia & volta do eu para esta ale inferior da naturera. A Isto segues 2 Ransfgrmarte” At ninfos que aparece nos aio, cone fh diversa, conforme a stuagso ou atitade em que 2 Encontramos, como solicitae ou como. eres perigosos Gn natures Tratese de parte profunda da naturers fe ot ‘que aqui, na sua tendéncta de emergie © diigir-se hog lembra.primeiro, a lindo conta se fda, de Andersen, "A Pequona Serefa”® Andersen exprimiv, nes se conto, na figura da Biba cagula de usn fet do’ omar, tima dosia profunda de conscientizacso, inerente & natu. eza, © que serve de medianeira da alma, Esve conto de Fada ‘e as ninfas ‘Serto ainda discutidos ‘mals etal damente no capitulo seguinte, em relagae aw conto Dre ieto da infin. ‘Uma snsia similar de conscientizagio encontramos, foutrossim, no coneeido conta romantice) “Ondina’, de Ta Motee Fougua™ Ondina ¢ filha de_um ret do mar e também tem "ana ‘indomével “de possuie’ a alms Onding e dioada, a um casal de 'poscadores, que a” eriam: ‘Ovando: durante aim temporal, om exvalei pro: Sti abrige nm cabana dees, la" snfetica Som bua 'eraca, Um sacerdote quc, fugindo aa temper tad, por eoincidénetn tember chegn 8 cabana, ca ao par, Bla confessa a"seu marido que nto tem tina S'suplion, no mesino tempo, que nea Ihe Sisson patra agsessvs sa prouinndndes de favalquer commento de"#gua, porgue entsa ela seria Socondusiaa’"s esse’ cleménto pelos “habitaniet® ‘Ocavaleiro leva Ondina consigo para seu cat telo, mas naturaimente a bos descontianca cts o tortura, 6) part comulo’ da faahlnge apersce Sinda'uma bonita: mocinhs, Berthalda, aie espera ates Gd o cavalcre, Ondina se tora cad yer ante 1m peaceio” de arco, cla tira da agua sm Solar de'caral'ag inves da Corrente. de. Berthalda ‘gue Unk eaide 1s dentro. lew xinga de Bruna ¢ iBiticcira” Chorando copiosamente. Ohina se Joes Ao barca e-denaparece ha correnteza, Antes, pore, ‘vin bo’ companhoire que cle deverd.pertnaeoer | the sempre fel, senso 0s povos da agua poderiam téncla'e anor certs tempo prepare ut caramens com Berthalda’ Esta, no dha dan boas manda bus. ‘Ser data de. Bolean da fonte io eastcior a dual th tha “ido Tncrada ‘por Ondina, Quando) foi" levare {ada ‘a pedra que "arpava fone, a. exirito de Onidina Emerge: Bla se uirige ao cavaleiro, abrace The da tos clfo' morsel ‘Atl tausicko da lina nto std zada ao case Fracassam quando a fdelidade no ¢ observada, Tans © lade, perigeso, como’0 ldo auspicioso dese, ser fen. fino de nstarcan, nessa hietorin, cetio unidos murta Figora 8, Voltemos, portm, so sonho da paciente: evidente mente, pela roeaida’ da consclencia Para dentro deste ratio dy Incite hie mena Gavcabega,e 9 ato de nascer cm diregao io sol, Segundo fs declaragaio da propria pacionte, tata de acontece Inento religioso. Him consaquencia' dso parece tndicads Drocurar ama analogia neste inusitedey puriede planta, ba Svea religiose. Pouco conhocemon nobre-o mative as Grisnte, entretanto, especialmente: > budhene berm Sonhecigo. Hi mus historias sobre o naccimente de ‘Buda, de wn lotus Ne livre "Vida'e ensinamentos do grande Gur Pade ima Sambhava do Tibet” ¢ descrto o mnscimento de Buds, indo de deniro de uum lotese Bude Amuabha pensava consigo: “Quera nas ‘cer no lag Dhanakosha al sain sate de ae ‘Sermelia‘de ua lingua, e, ual a tam meteor, pe Detro mo melo de Tago, Onde orale mck aber ‘eceu uma pequena ili coberts de gratna cor de ure, no meio da qual surgiu uma flor de lotus No'mchmno instante Bide Ariba mando de sc peheirout no Centro di flor de lta 7 ‘uando © ministro Tribunadhara, & sua volta 420 pals Usian, aproximouse do rel pata saude lo ‘O'monarea iti ulm areotrs de cinco cores tabre 6 eg Danakosha, © cou estava com mavens © aol man Off Seyiintro foram até © tage ©; num srquinho, chogsram 20 higar onde cstava © arco, sini At viram uma flor de ote chofrose em tae Intcriorextava um corpo) com bravos entreacadon ‘ha mfo'direita uma pequens flor de Totus ¢ aha ho brago eequerdo tun Baste com trea pontas Urna grande woneragdo. por ensa crfanga Sto: ‘Porte de alopria, Perguntot 4 criancar “Quem aio ‘eus‘pats, de que pais voce vem e's gual caste pers tence? Qual o\alimonto que wmutre, €or ane Sotd gui?" RGnigea respondent “Mea pal" a habodos Niio pertengo a nenhuma casta oa Credo. Confusto ‘me ststenta, estou equi para doxrutr racer des fowto e preguiga * Tomade de alegre gel cha. Iu eanea de “Doje, nascido"no Tago" © cee ‘aqui figura religiosa, um Buda, cujas tarefas estio, nic tren lho, anna ea clin clan Shengla nto se ivige A constituigso de una famnlia Stistincia, mas & proctamagto de ume doutinac awe de ‘ provocae desenvolvimento gorl de humaniiade, Pode diosa’ e cheia de significagao no procesto, de curs de yneurose, mas cm multas dessas docngas, em segundo plano, existe tal problems, onde se cuida do sentido 20 fundamento a existénein humans em si ‘0 destino negou a essa mulher, como. a muitas ou as, Teallzacio de seus, ema! leptimon, descjor bio. Igpicos. Tambem nfo tinha mals seitide para ela, asisa the ig set Inconel: aa ne awe eae forcar a mudanga do caminha de sua vide nesen directo. Maz para Isso 9 Inconsciente mostralhe ules. Tu, Na'linguagem dessas imagens mitolovicas © fabuosas, fle mostra h conscléncia tim cémminhe que cige: de un Indo cacrticioe e rentincla; mas em contrapertida, pode: encontrar sta propria flicdade na atividade cultaral Clcriatvn, Heal como", pelo qual a perzonaiidade el $ionn ex epressntando um projet! de powbiiades ProFGomo 4 fol mencionado, & pacionte, através de oun profissto de artista, tinh a postibilidade de Tealizacoes Suiturals gniversaimente valloeas, No. funda ia ciava Sendo confirmada pelo seu Inconaciente na ia exist ia. Mas, por outeo lado, ele Taria concer, o mesmo fempo, um aspecto mals profundo de nu atlidate, 8 gual cla antes nao dara mutts stenceo, E gue a ppetentc avia entrado nessa profissio completamente inconscien te. No comoco considorara a sun proflssio. como mero Senha pao, o qual toda gente deve mesmo ter A cons: frctde’inpdpia exec © do seu prio or {endow 's imagem de seu sonho e a acsitou, esta podia iar A sin atividade novo sentido, mois proftindo, e nove Sontedda, © assim lbertar a paciente de suas proprine Sivas ica sempre uma pergunts aberta: se = peston em questio assim procede.'O mundo de Imagens ‘do Incon= Sicnte nos falar e podemor tentar entender essa Hinge bem e sopesar sous conteades, cuidadosamente, nas hos Sas consideraeden. Porem, nfo somos obrigados a Tascr {sol fia muita gente que vive so lado de ni tmesma, que atende pouco daquilo que mua propria naturesa Ine die, ‘ou ndo da ntengao a issol'O que em geral. acomtece ef o srr vm gn i merase ais rae camn er anata nes cemen fee See ee eee et eoeciee semester ieee plete fa Sg as cru ne pee meg tarineara ase me ete tle tenta se entender & a ta tao coneckla brava, cota Santos de faa, a0 lado do sigante maidoro, do magic, i Shen parece Viajel com minha irms a uma cidadozinha e va: sgveet com ela pelas runs: Mais tarde estara sovinho entrel numa Fuels medicvel, que ia da dieita pare f esquerda © subia um poues. Parel diante de uma Ioja de antigttdades e do magia: Enureh, A prope: Uta era um pouco obesa © nha véu sobre d eabelo ra'muito afracnte pavecla verdadetra “ladys Foro que ‘ra buna ea persuadi a me ennar a fos for desaparecer uma bola, Eu me esforcel mut to" para repetir a faganha” Com una corda, devia Pinar forte @ bola e dizer “Simealabim® ou, cole arecida. Percebl que faser magia era diffe” Ela ‘he cnsinot me sere de cols e quando Ja extave filtres: La femor mais taginn, 34” consegula ‘eer com perleigao 0 truque, tio berm ‘que a Bruna ‘Quase no podia mate mandar'a bola vol ‘uma corda em torno da bola, Quando estava pronto ‘ln moe disse que com tian pedago do mundo, que ea ‘mesmo nha eriado. Duvidel disso, mas” ‘ela vol tou aos seus afazeres ¢ eacreveu algo no seit Livro, ‘ase jovem sinha side criangn chin de vide © de fnimer Quando sinha sete onos acu Pal fol'aprsionads por razon poliicas © S6'vcliou slto'anos dapela f nan Kindig apse esse aconecuneses: apareewern wa, tote suetitins os Lneadians multe « ecgetsteieedis do mas fino, Ele tito podia mais sar sorinhor © devin sempre, noite, car em casa Quancio Ja era ais veIno preck nee a fl A a SS ee ogi ec Ae ae ce a SS Bea hed et ce sons Se dceeer oh pana 0 Como ia foi dito, © sonho desencadeon esse desen- elyimento, "A ‘magia, da" qual eimanava. ainda algo da una antiga, maldosa © possessiva, ensinaso’ agora. cfiar um pedago do mundo. Ea bola tsimbole, bent slate do universo. Na'época do sonho cle mesmo “nie ‘queria acreditar e aceltar essa constatacso, For isso, ne final do sonho diz que duvida. “A grands Mise Naturcza", simbolizada na briixa, que di sets dons © capacldade Aquele que se ‘esforga’e colabora com ela, nao se preo. ‘cupa com essa duvida © evidentemente escreve sel ea inho futuro, que ela conhece, no livro do destino. Em geral estamos acostumados, quanto i palavra bruxa, a (pensar numa figura maldona como. a-conhece. mos pelo conto de fada de “YoRorinho © Maria”. Com a mesma Treqiignela ha nos contos de fada o apareelmente da figura materns, magica © bondosa, que prntficn aque, te que se aproxima dela com 0 intuito te servir~ Quando coldcamos em confronto estes dois lados da grande mae nattreza, percebemos mals claramente. que a°cla corres pondem, de um lado, ‘8 MSeNeve; © de outro a bruxs de Jodozinho e Maria. ‘No conto ce fada da MicNeve, tama ‘vidva ticha duns filhas. Destas, uma, preguigose © Valdoss, era a filha verdadetra, e 2 outra, aplicada, era senteada, @ tratada como a gaia borralhelra: Esta devin entarse ao lado da fonte fiar ate que suas mios sam grassem. Quando, uma ver, seu fuso'cai na fonte, ela, de medo, pula atras dele para recuperilo, La embaixe shega a "um prado, onde ‘um forno pede’ que la tre © ao cozido de dentro dele, © onde tum pe de maga sole ita. para sacudir suse fratas maduras."A mora fas as dduas "coisas c.chepa Finalmente A casa da Mie Neve, lusha senhora idosa com dentes grandes, da qual iincial, mente tem medo. Porém, a velha a convide cordial, Monte a entrar, e a moga flea trabaihando para ela na mpeza da casa c arrumando as camas. Quando. a jo. vem stcode 9 colchao eas penas voam, cai neve nO mundo, Depois de ter trabalhado sssiduamente, durante certo tempo, ela pede para vollar so mundo superior, © 4 MacNeve a leva diane de grande portso, Quando este a se abre, cai uma chuva de ouro por cima da mosa, de fhodg que ela volta riea para casa ‘At inaturalimente, a-demi preguigosa quer tentar a resi Coen ela pula ha fone, mes pasts, sem atender {or tous petidor,"na frente do foro e da maciira, © Shega tambem Ai MaoNeve. Lk consegus, com difcul Side: Gabalhar 6 primelro dia, mas depois cal de novo fin pragulea, até que finaimente a MacNeve fica abor- ‘eolda©'a panda tmbora. Bla tare ¢levada 20 po! (io, mas desta yer cat uina chuva de’ piche, que cole fanio em sum cabega que no’ desgradou mais enquanto vive. Teese conto de fada temos de novo as duns esferas tum mundo do diswdia da consclencia, e 0 reino mateo 4d inconseionts que pode ser aleangado através de una fente'e & localiado por baixo da terra. Ado incon ent, independencia quanto m empo e espago, e'8 h Verote de cima bnino, ado muito bem representadas ho conto de fada pelo fato de que cai neve li cm cima Guando embalxo os colehder ato sacudidos. sm real GnE2 ha ima nto exete parte superior © Inferior: Quan > tuamos 0 term “profundo™ para. algo alma, ftansferimos tm noglo’ de nosso fmuindo espacial par Um compleno. nie espacial, Avfigura central do mundo tlaico a tees a imagem de ma, desea da Tat Sonho'do pectente ela tem ainda, mesmo para 8, mo tthe assidua, tins facets negativo-demontaca. de bru, oy cm des dence grandes Eo apes part ESdor negative mostrase tambsm A jovem preguivoss, porque’ s6 esforgos selosos, aplicagso © interesce. ver: [nddire podem dinamizar os Tadow valiosow do. Income ‘pte Unie que, forse, quer explora de ma Comsciente, para scur proprioprovelto, € condenada 00 Fracasoo e' termina com @ castigo de ter os eabelos re- cobertos de piche : : “S'formo, que’ as mogas encontram primeiro, pode ser tm doe simbolor de tranaformagio mais antigos n da humanidade. Aqui faremos ainda algumas considers Ber eae respeito, Tentemos transpor-nos paras {usco do homem primitive, pols assim poderemos va. Tiar que descoberta inerivel deve ter aldo a transfor. magio de um produto da natureza —o tigo —~ ent pio gostoso e comestivel. Nesta acto ha reallzagio = Dlvitial de rentneia. a0 impulse natural, a fome, ede Tormacso de outrs atitude, par parte doe noscos_ante- passados. primitives, para & qual deviamos dar a maior tengo. Quanto, por exemplo, nso deve ter eustado. 50 itomem primitive suportar © instinto mals forte e amen dor da Tome, durante tm inverno vigorero 6 longo, Sem comer o"tsigo. destinado & semendurs, ¢’de desen wolver para’ fora da situacdo da ‘conseiéncia de uma Satisfagio Imediata, para um planejamento de dimensso insior? Desse mode o forno, que eon sun forma e funeso ‘corresponde so simbole de tsa atio maternoy nlinentador S'provedor de amadurecimento, esta no comeco. do rein in "Grande Mae" Quem passa ao lado dele, Ignorando-o, iio pode esperar que Ihe suceda nada de bom, No cule ® Demeter, na Grecia, a espiga de trigo é@ “filha” da ‘lousa do irgo.® BE chamada de “x forte”, porque a forga do’Romem tem sun origem no pao. A naturesa mesina no pode Smpatizar com aqucle que nem quer St'dar ag esforgo para junta seus Frutos madures: se Desentados na macioira, e-em consegtuncta The sao fe Fecidos apenas os lados demontacos da natures. Tals Incetss sto encontradss nitidamente no conto. de fad Ia pormenorizadamente discutide, de Josorinho © Maria. Porcen, 8 respeito dele ainda sao necessariay algumas ob: Setvagbes suplementares. NNa verdade, 0 final desse conto, nos traz conceltos muito imorals, © al, que era fraco demais para resistir Sa tastonagton mildie do won copomy o fot tact la Mostar as erlangas no bosque, no somente fea impune belo seu modo de agir altamente condendvel, mas ainda erto modo ele ainda € gratiicado pela sua atitude co Vande; porque se nfo vente aeguide © conselho mal dose da eaposa, teria ficade tia pobre como antes ‘Os contos de Tada, porém, mio estto em consonancia ‘Som on problemas habicuais da conseléacla eultaral he fans, as sao vipos de sonhos da humanidade. TS0 ‘Pouce, como nostor ronkos, o conto de Tada se interessa Palas ‘normes tices costufneiras de. nossa conseiénc Ri, von Franz fala por isso de etica do inconsciente, propria naturez, na qual se considera uma conduts Fubra” quando teva fmm feliz, em contraposigao & ima condita “errada” que leva 8 desgraca, No fundo, toda ambigdidade de nosso problema do bem e do mal ‘eid colocada nesse conto de’ fada, No Fausto, Metisto feles exprime isso pela frie: "Uma parte daquela forge fque sempre suer o mal, mas. faz 9 bem”. No conto, Som efeito, 0 espirto mau da madrasia, pelo dus pal € possuido, que no fia causa a hiberiagso da famulia 4 notessidade extrema. Enquanto 0 aspecto bondoso da mie sacla a fome © recompensa 0 calorgo, a me maldoaa utilza precisa: nents ensas necessidades instintivas para atraie aera fe depois soguri la como. pristonelra. (odozinho). Do facemo modo re aproveita de sua capacidade de trabar tho ¢ produtividade (Maria) para atender &s_proprias necessidades instntivas egolstas, A vitoria sobre essa su Perloridade demoniaca © consopuida atraves de astcla, Forma de agit que o conto de fad, cvidentemente, esti ima multo = como, por exemplo, no conto de fada do ‘Caboclo eo dlabo" ou “0 alfaiate corajoso” —e que freaientomonte leva ao sacess0. Aparentemente Maria, palo sau aprisionamento dentro do complexo maternal ‘negative, como nov @ chamariamos prlcologieamente fa indo, aprendew alo porque « brixa. mesma. também tral ov crlaneae pela sstutia ao seu dominio. Ha nesse Iotivo algo da snbedoria do conto de fada a respelto {das forcas superioves da nafuresa, com as quals a forga de usm unico homem simplesments nig. pode svalear Por inv cle’ deve, na lula pela sun existncia, tambem flguma ver usar de armas torpes e perfidas. De certo 7” modo, o mal & vencido por si mesmo © quemado no proprio. forno. “Amide esses tpos de sonhos de bruxas maldosas € possessivas sso referidos, durante 0 tratamento peice: [Srapcutice, pelow paclenics, como lembrangas de, son {nfaneia. Assim me informou, por exemplo, ua senhora Ge vinte e quatro anos, que, quando tinha des ou onze finos, souhou que entrava num bosque ede repente as ‘Givores nto queriam mais solesla, La havia uma bruxa ‘gue a atraia e que ordenava as arvores que no a deixase ‘Som higir de jeito nenhu. Esse sono a limpressionow tang ue sit escreveu wine compesteto sobre elem Podese dizer, nturalments, que a crianca ficou tio impressionada ou mesino astustada por tm conto “de fda contado ou ido, come, por exemplo, Jodozinho & Maria, a tal ponto que elu reproduslu © que ouvia os Ie, slmplesmente nim sonho. Cantrario isso 6 0 fato {do que, umn tinico dia, estamos expostos a urea bus ‘Ginga’ de percepgies © impressdes Af eontinua aberta S porgunta de por que jstamente este sono Tora esco- Thilo enguante outro material que, quem tabe, na real dade fosse male assustador, ¢ relegado a plano secundse Ho, Quando nos esfosyamos em procure, freqdentemen: fe encontramoe uma relagio bem clara entre tal mote do conto de fada e problemdtica pessoal da criancs fem questo, Assion sucedeu neste case: ‘A'paciente ake perdido seu pal bem prematurse ‘mente por causa da guerra, nao nha lrmaos « eresceu "tom's mac, De oltave so décimo ano de via cla ft Cou muito docnte com tubereulose, e precisou ficar vk ‘os meses 0, hospital, de repouso ha cama. Mesino ‘spots que leve alia sas me © fe pessons amigas culds Vem meticulosamente para que sit se movimentarse © Imenos possive, Durante o tratamnento surgiram & cada tanto as experiénciar tragicas do. sua infancl, sendo luma delas @ recordagao de que estava num prado cal foe devia flear quictinha deitada‘ma_sombre, sobre tim cobertor, enguanto as outras ctiangas se movimen- 1% tavam_ om torno dels © potion brincar, Ents ele em tion desaperadamnonte, com aaca'©srtimanas, Stair Siguons at chinnee sig son stents pare ae tenes Exiscnde som ol pores so dara arto foramen Nesta situseio” de um ladon propria eng e 05 ‘utr indo sin eneuin ‘ce pariaimente idenlionda tea oe oe teabea oe renee aor SS'outras orlangon 6 sgurdiay pert dos Duron Seasie Surgiy oe nwo de inconectnte seroma ae jain ilo esque he mt tempo. Se" R Seta vee hte ura rath get Ze ‘ho com fe proprio destino © tambem com sua doeagn ‘epressto erave © perirbacier toa trabalho. Ape SESS Sb ee SE Sah eitge eot SS TEating Ne tea fcc ser ile sels seek eS? fil Sdemnedeve bts nae"se uv a Shinar thn conn ts cuatne Clg ¢ dnt tora Pina peta Setbelcimese dentate sins wa TEHL'GS ottoe force tnkamn contribu. ams e Stpresio Noa e som ecapactinde tenpordrt par tio comstritivo © para tovimentas” contingavn ‘cmpre aqusie meamo velka e protundo tear em mes tea Toeprng dane ab propa guren Corp Tipulalves So'inconmciente: Viste que cata consciencia Prtvaor do icontctnte 3 corpo Sn nara (40 lating Mater" mie)" do homer, ise age Conesso, com {iSéncintnmgem tpi mae aetna, sons e"rutocanter Tratase'agai do significado supra:pessoal agus insert ao, Como' a wie poled ania Stantive ane goer nghaturear ms rlange “Asim 6 ex Pies nando sips de serie ne saness Sue, com ae lads eomch, des seus proprion rene levar'rlncorpora Unen ake taalope Seg tasbatn {8 fncoosconet nia wee Gu Gua maturanto ‘© cone Seerlsnele ‘tte Tedhst ect esforpor'e conte Sone téncia do inconsclente, Este dliimo sempre volta,a amea- Ger obscurecer e anular de nove n comseioncin adguirida, STque, num Ego enfraquecido por wna doenga pelquica, {nfeliemente sconce com grande frequeneigs ‘Ate que ponto a Daclenteestava exposta & esse pe- ‘igo, mottranos um Sono do" comeso" do’ tatamento, Alem ‘dinoo ele exclarece ©. motive do homer exilade 0b "a forma de animal, que ja conhecemon do primelro Smite de fada dla cobra, A paclente. sono ‘Tinh of pés feridos ¢ assim mesmo dancava num recince: Alguem, que era tum tigre, me dlsce "Namos nos transforma em ferss, af nio percebe remos mais nada de nossa, docnga, Pordra, nao sta sonhadora se lembra primeiro de conto de fada “A Pequena’Serein”, de Andersen, que a fot seferida antes. No conta de Andersen, perience hr Caracteriticas a'sereia que seus pes, erescigos do ribo de peine, Ihe ‘Soom tanto ae andar c dangar como ne fossem atraves- Ssdos por espadas, O procesco de adguirir alma hi isto 6, amadurecimento -e conseitncia, ev Incnte ligado a sofsimento e dor. Nessa spoca a paciente ‘isos primeiras pastos, ainda penosos ¢ fracassedos, Ir aa da tuned de Inconsclenca da oun neuross ‘Ao lado" da’ depressto ela apresentava freqdentemente Spt isativane afetoan, depois das aie sont hora, levaram a aitaagber impousivel Que 80 pO: ‘lam ser harmonteadas eon o late, mumane “maperioe™ ‘te personalidade. No sono cla repele pela primelta vez SVstducto, que surge ‘na tua propria alma, de se lvrar lo sofriménto, entrepando-se 2 instintvidade © deteando Sgir sun inconsciencia animalesca, Na fera personificacte Svinstindvidede imeonsclenee de sus propria natures que amenca.‘destruly seu Ego. humano. Lembramones does GS gue al Instinutidade Sr tambo poco do om cobra ¢ que precisive de Nbertasto por parte da Imoga. La, a tranaformacio se devia A maldigao. porque Gi inh seid ia eta. eosa andra,” sho ‘motivo antiqussimo, do homem sucumbigo 8 sua nett ‘eea institiva aniinal © mostra a origem do moti. Para exprimir a estratificagio extraotdingria de um ‘completo, a sun comporicio por mela” dos clementor imals distintos, © 4 estranhera c distanciamento em Ingso coneciincin, @ consciente lanes me, fequcnls: ‘mente, das imagens da zoologia lantastica de mitor © Contos de fada, Nos nossos sonlos surgem entao’ este {ror similares, e 0 sonhador ter ‘de lutar contra eles Diaso quereme mostrar tim exemplo também, © sone Seguinte vem de ‘uma muilher de vinte ¢ oll anor, © Surgia logo no. comaco de tratamento.pslooterapeutico. Bro ass Estou andando junto com meu amigo em cla ae ea tain ares @ Sa Cstrada, mat la havia um ensame de abelbas,e por {seo andavamos sobre as tabuas. Quando sabimmos de novo a terra o enxame inka desaparecide, Ee io chepamor a uma casa grande que parecta tm ‘cancion A diveita havin nana torre que irae entre fando. para cima e que tins multas fanclas, mas do estava quetmado e desmoronado Nos a com tomamon, Ali'devia morar uma farmiia de pastores ‘tras da casa havla um jardim, Nelo. vimwos um Guile, que pos um ovo de galinha, e rimos dele. Eien fin core tc don, De open, ass sem Jeneas, mao pifo eitrou tambo, do yo havin ainda uma jovenzinha Tolra’e um lobo. G'grifo queria me matar. ¢'= mociaha 6 lobo me Sefam bone consethos: no devin comer nada, cass a deixar tudo para © pésraro. Bato fir de uma oo bala um prato para ele: Eacondi‘me na pratecira de cima do srmario a cozinha: acima Se minha ‘caboce hhavia mais uma. pratellra ls extava som pre a comida quc cle vinha buscar. Quando rotor fou pela terecira ver, del'lhe un pouco de met Eu, tinha uin gosto doce ‘aa boca eachava. rum ter comida" fresma colsa que cle. As, a ave woltod Minha cabsca. Ela me: puxou para form: Agora he: ‘ia se transformado em lobo ome disse! sto. € tum ‘urinal maraviliosa”. ate urigcl era cut Eat tinha membros compridos, em esillo recoch, com labestos. Elio matet lobo, estrangulando-o: Ele tinha virado Taina Fiqust sdmireda de como fot [cil Para ter certeza cologueto numa pancla com ‘gua fervente o af cle se tornou utes ver 0 erifo. ‘Guande por fim consegal introdusir o.grifo ne Pat nla, sabia que’ vila ainda uma tercelta pears. Thfelizmente nso eabe ngul discutir todos os porme: nnores desse sonho tao colorido rico em simbolou te ‘mos de nos limitar a0 problema centrals 0 conflito entre a'souhadora eo passaro grifo ‘Aacien ltmbrorae em relat esse woo, do conta de Grimm sobre 0" passaro grifo. que a impres. Sonou' muito quando crlanca. Nesse conto a filha, de lum rel eotd multo docnte. “loko babe", 0 eagula de ies Tilhos de wm camponés, conseaue curar’¢ filha do teh, ‘20 passo que seus irmior malt velhos e mas esperios Tainan. ‘Mas, para poser eassr ela, devia sinus exe: cular trés tarefas-que'o fet Ihe dew A fercelra consistia ‘em ir buscar uma pena da cada da péssnro tno. Jomo percorre. camino longo, durante qual The ate dadas Sind tres perguntas a serem fetar 0 grifo "que tudo fabs". Lafim clo chega a cavern deste. LA encontra lima velha, a mae do grifo, que o esconde do ‘passara, pols cle come qualqucr criti, Durante a nolte\cla tint {pena da cauda do grifo'e; quando exte acorday declars »

rolongadas pude damonstrar gue 70 pacientes (889%) me Eomunicaram um conto de fada preferido, Base miimero Sinesperadamente alto e ja chamel a atencio Sobre © Signifieado dessos complexos de undo. Quanto & tiple la. percebeurse_ que nos pacientes extrovertidos a. por. Sh lean dngeate op nea lensornrean ie Ste da Fada precileto era maior do que nos introvertidos. Nos forteinente extrovertides os objetos reals tem papel it Slaw interiores: Dat chega'se numa fraqucneis relevante Ge pacientes que nao se lembram de conto de fada pre- filet, eso quanto & extyoversio, Os mals ou menor Ie trovertides, pelo contrarie, precisam, aparentemente Ji 12 edo, de experiénelas no mundo interior para prepare ovrelacionamento com o-ambiente, una ver que pars eet ‘on objetos reals exteriores inapltanm mulvo meter Alcea digo vg ainda 0 fatorirraclonaldade. © signiatvo {os tdm fungBe principals iacionaiss como sondern ¢Intaled © quanto sem como favorito tem ou gos ue cept abertira para com a parte Trracignal do ‘undo © da propria psidue favorece 6 encontre de conte te fada_pretecido, Admiravelmente ita era, vambert a Siversidade dos contos de fads Pelos 70 pactentee Te. fam, ro total, tndlcados 49 ‘otitos de fade’ diferentes gue demonstra fator individual, muito farie, No co ‘nego de minhas pesqulsas esperava-encontfar_ mutes ‘eats ox contos populares tradicionals coma “Tosorinhe S Masta ""Chapousishos Vermelie ce into Renae Segundo demonstrou Wittgenstein,® 26 acontoce quand qrigtmameni do aaioese hay pelea hous de dlichiemente hndicado pelos pacientes — como por una Kembranga — um dos contormodela tradicfonetay cra {019 onto favorita verdadcivo somentc emerge da repre sie durante'o decorrer do procesto Terapeitico © che 8 Songctnci: Asim prove Tarhem, pela grande ae Hodade dos contos de'fada, 0 principio de individu ‘que std dentro de todos se, aa emo ja for referido fo capitulo 11 sto os contos populares, quanto ao tipo de fangoes relativamente Ines Decifiogs. A person. geraimente se identifies com oho. Y6i ow herotia do conto de fada, através da sus faneso Principal, scla pensamenio, seja"sentimentoy intuied ou fcnsagio, Be vee em quando surgem também identif agbes via fungoes secundstian, E diferente 0 auc se passa com os contes criados pela arie dos poetas! come fos citados exemplos de Andersen, © Haul. Estes sto pisteridos por tpologias determinadas, isto 6, por aque. {er cua tipologia cata plasmada na obra do peso, Asise "bem claro que, por exerplo, nos contos Ge Andersen ‘ 3 Introversio, sentimento ¢ intuicio ocupam o primeira Bano, Conseqlentemente seus conton a40 os preeridos as peseone nas quals, estas fungdes ss0 as principals Andersen repele mais 0 pensamento, como na “Rainha de Neve", como também o sentimento, em “Elisa Pole- gir", © aisim esses Contos atrucm menos o8 tipos Os ‘Guals predominam © pensamento © © sentimento. 6 A crueldade nos contos de fada Na maioria dos, contos de fada existe o fendmeno muito complexe da *crueldade". J4 no mais antigo com {0 de fada conhecido em nossa esfera cultural, "OS ir tmgos", da 19" dinastia do Antigo Esito, isto ¢, ceroa de 1200 a.C. (papize D'Orbiney no muse britanica),”* apa recem como motives: assassinio, auto-eastracso, mata. fase esquartejamento. Ouando te reve sob tate aspocte Sr contos de Grimm, para eriangas em familina, pores. bese que fervitham literaimente com aios mais abomi- nivels, lervels © Tepugnantes, que s6-utn ‘carebro, fa mano ‘sfdico poderia imaginar. Em “Chapeusinho. Ver~ metho", por exempla, pessoas, sio devoradas por ani mais sclvagens, em “Rapunzel” uma crianga, deve ser Foubada, no "Joao fel” um homem € apedrejado, no SGata borvelhelra” os othos io arrancates eos" pee smputados parcialmente, em "Mae Neve"-a mosa é co" Berta de breu, em "fotozinho e Marin’ © “Irmsezinho ¢ Trinfainha” pessoas si qucimadas e devoradar por. an mals selvagens, Ainda tate cruclimente se trata cm “Pas. aro de Fltsches” (Fleschers Vogel), onde mocinhas 280 ortadas em pedagos, em "Dona Trude", no qual um nent S'qucimado vivo eo conto *Machandélboom” atings © rau maximo de terror e crueldade, quando una cranes © decaplteda, esquartejada, comida eno fim, consimiga polo prupsio pai, que nao desconfls de nada. ns Com base num catélogo tio macabre, nio & de ad mar que sempre houve estoryos para banir 9 sonto de Feds do quarto’ dae eriansan of ao menos, quand foxes postvel, purilicalo da erdeldade parm oferectio as eran {is cm verego mais amenn.‘O-que t de estranher & gue {ais eatorgos nunca foram corondos de éxito Semive Fracassaram, pelo fato’ de ue ae propria eviangar Alo ‘stavaen mul intereadas nereas Torimas, purfcadas, e'Sisiocamente liam 9 texto arcaico © cruel dando con Sepuiam npoderarse dels esse conterto queria teatar wna hitéria bastante Impressionante ¢ gut levs 2 pensar, contado por 3 Bile fim seu trabalho Sasontecinanton dos contos de fada ¢ Fenomenos de amadurocimento™ Ila Sclata o case de tina menina de dois anon'e meio, asus primelra fase de telmosia, que, quando cla e "mite Taziam cormpras, recabeu de presente ma llustracho de: Chapeuzinho Ver. Tretho eo lobo. Na imagem era aioe gus © lobo, Yor {do coma teuca en cascada vows" eopereva’ Chas ‘Peusinho Vermeiho. A menina, que conecia’s' conto de Fada semente até'0 encontro do"labe, com Chapeutinhs Vermetiono bos, agors queria saber porque 9 lobo stava na cama, Ela Out atentamente 0 Conbecido di Togo entre o lobo e Chapeurinho Vermelho. 0 didlogo preciso set repoido mas doses vere, pelo mines: Nes Foites soguintes a erianga dormia ‘mato inquiets © acor. lava com, pavor do lobo mats Néo howe melhor meio para altdale do que procararem a figsrs,cortarem o ie Ee fora dela oo queimarcrm Assim a Grtanga feat wale esta durante noite, porem durante o is ela pergure fava muitas vosos, interessada” pelo. animal. Ca vee fra necessaro dizer que lobe ina sinha sido quetmadoy Sie" avin mais lobo enh, s\n ser Cam loose fia Russia, Umas semanas apos evies fatos opal dame. fina queria lovéda & tum passelo até 0 bosque. vino, ‘inte preocupadn, din tne enquaito & vortls para say “Agora voc! val com papal ao bosque’ para ver 0s Coe Iintos engracadinhos Radhant, nina sats Mos nna escade da casn encontrarsm tim visinhe idoso que 116 erguntou & menina aonde ela fa. Para surpresa de to- Sowa tenina respondeu, bem dectatdy fem heise “ko Bosque, pars ver 0 lobo da ‘ssl Biz, com to, chama 0 tengo para o fto de gue lobo poderoso © femivel, c isso. por iniciativa propria, Fareed auc el Ginpoe de Forgas qa a satnlacy a sar este monstro devorador de cfiangas e oporse a cle E interesante que essa erianga espontancamente pro. SHEA Sensing auc epee tn forme Se {alizeda, nos ritos de inteiacdo. das cultaray primfcves Aparentemente, nesses rita partese. do’ prbsipio {gus o amadurecimento 50 advem por melo fo softimet 46, dor-e tormento, Umm grav de saturidade ulterior co pode ser alcangado apés dissolurao do. gra anterios Durante as solenidades introdutorias 8 puberdade, nas eqltras primitives, ainda se provecam “Ge fato™ I lando, e dispoem de um catdlogo para nos ierivel, ae trucidades. Nas formas mais lias Govens solenidedes 35 Ineiggo que, como & sabido, podem irate os processes expirftuais mais evades, eles'26 a0 spresentant sob for. ‘ma simbolica. Suas Imagens’ mostram, poem, metre: 'epte, o| mesmo carater que conhecernae pelos conten de fads ou ritos primitivos. Como exemple’ queria ree Hr a desericdo da iniciacao dos Kamas de M. Eliade “As visdes de Zésimo" Interpretadae_ por Jung. nas usis se trata de inieiagao matica, Eliade inforina qoe gm Malekula « primeira fase da iniciagdo: de tn cura chro ve procede desta maneira ‘Um Bwili em LotNarong recebe a visita do fi tho de'sus irma. Este le falas "Guerin que, woes me desse alguma coisa”. © Bwill pergunits “Voce ‘Sumpris’ as condigoes?” "Cumpr, sin, Ele alnds diz: "Voct' nao. dormiss coum mulher?” "Nol 0 [Bwill responder “Bem” At slo dis ao seu cobrinbs "Venha ci Deitese em cima desta folhat” 0 rapar dleltowse. O Bwili fez uma faca de Bambu, coon 0 bbrago do rapaz e o colocou em cima de duas folhas, a7 Ele ry de st nba ete espandn com Ut {B56 com cima tas folhas ao lado, de primaire. Ele sertaae ambos riram, Depots ainda cortow Wk Toll! future da cona ¢ detoun ao lado dos bragos. Belin cine, O sobrinho respondeu tindo. Al am: Beto eutra perna ea pos_ao lado. da primeira Voltow’e ri come tambln o Taper, Por fm cor. Sheds tnioém, O Built colocou a cabega de nove SEPSEL Ware Tex. o'mesmo com os bragos © Per ast que Haha amputado Das visies de Zdstmo queria 36 rlatar wm texto, a ‘me parece importante em conexso com nOss0 Fragmento ¢ cste See rae eo eee aes don Dmatih er coe ate re sore ge rot rah pea Se a em an ac ies Ce Barccermemete, te gee Sein Baek ena tele ok Bt ips ett te Opie Pee ShaloeS profundamente,c da qual sea etagho'é parte. He nega eg oe proceso divine se manifesta na dimensie, Numan, © $5 Somes pena, tormenta, morte © roulfiensso” cnn See us ‘Quando aqui acentuo um s6 aspecto, Isto é, 0 da trans: formagto ® amadurecimento do reino interno. da alma, e-procuro compreender as Imagens correspondentes sob fete agpecto, extn bem consctonte do caraterfragmen ‘Em outro lugar * demonstret que um dos significa: dos puleologicas do conto de fada, para a crianga, est histo ela deve aprender tutar com os dador instintivos Drofundos e os impulsos de saa propria matureza © deve Efirmar seu Ego’ conten esens foreas, nnuitns vescs sr perlores, Os contos de fads oferecem a criangay sob fore Ima de imagens simbelicas, possibildades Uipicas e Proje. tos para que ela possa sair sitorioan nesse combate Apa Hovo e sem ser lesndo, mas ainda enganar forgas demo haces superlores que se apresentamn como dragoes, Bru as, monstros, labos, gigantea ou andes taldosos, “© smibem a ja referida experiencia de tormenta, morte © Mrunsformscto. Crueldade, pols, aparece no +0 como pe fa para of msidosos, ou para o deacuidados e ingenos, ‘mas tambo como 6 motivo de padecimento do. proprio fendi Se equiparamos © conto de fada a/um drama dentro dla alma entao todas as pessoas, agdes, animals, hipares 'simboiow que inele aparccem representam movimento= Gnvalggn: knpulocs, alfades, cummtivas de viver ¢ asyirae ‘08. © heroh, ito &, 8 figura de identificacto escolhida pela erlanga ouvinte “~ que tem a hiberdade dese iden Eiear com a personagem principal maselina. ou femi- hiina'"—"oeupa ‘eatao 0 lugar do eomplexo do Ego, A re presentagio de uma experiencia de tormenios e até mor. I. no decorrer de amadurecimento, acontece tambeon 20 hero? ou & heroina do conto” de fada, we nio so, come em "Jdorinho © Maria”, & maldosa adversdria. De qual Sauer modo esses dois percorrem igualmente um cam! tho do sofvimento. antes da fibertacao. 0. mesmo se eh: contra cm “frmiozinho’¢ Inmizinia” onde 0 irmio transformado ea irmi ¢ sufocada no bankelro: ave de" Chapeusinko ‘Vermelho ¢ devorada eo menino em 9 “Machandelboom” despedagado © ingerido.. Entretanto em nenhum lugar falta, no final, a ressurrelgso.seguit ose 'n morte: em Hingoagem siiabolicn Isto significa felis obtencao do seguinte degrau mals alto de amadare: ‘Naturalmente, apesar da demonstracao de anslogia, nos fitos de inlelacto e na serie de simbolos gnosticos Ot alguimnicon, permanece certa dose de expectlagso 0 fe procumirers, ror detrds das imagens do conto'de f= a,"simbolos de ratifieacso do amadurecimento ¢ desen- ‘oivimento, quando nso nos for possivel encontrar pars Isso provad vorrespondentes na deserigdo de casos. De seserEnai, para ty que a saga aes, sibalos {Que estio presenter na. conto de Tada, tambem pare ‘Gem nos sonhos © nar fantasias que acompanharn a es Tateristicas de amadurecimento da alma, e que 20}a. pos sivel estabelecer uma relagta clara entre eates © aqueles, ‘Queria relatar agora acontecimento semelhante, den- to de-uma sandlise Tratase de paciente de vinte © qu fo ‘anos que procurou (ratamente por caus de [ore heurose, com situagoss de angustia, alos compulsivon mesmo tma sintomatics de extomsgo © vesicula. Algom ‘isso havia tendencias suicidaa com tentativas,manifer {a5 de dar cabo a vida e dependencia de medicamentos Na contésima quarta hora de tratamento paciente teve 0 sonho sogulate: Exava com minha amiga num local. Era noite Vieraim varias pessoas que queriaan fala ‘cow os ‘éspedes do hotel. Abri porta para cles, af minha chtrar emo disseram que minha colegs, que agora ra minha irma, estava' morta, Urs carro Saha pas Sndo por cima dela. Chore, Em outro quarto extava ‘new pat, que tinha a mesma aparencis de uo atu ‘amigo meu. Ele me disse! ¢ estupides. AL tne ef ontre! num predio enorme com multos aposenton Disse as pessoas prosentes que deviam deixar sir ‘met marido divertiada, que estava preso Ia, © Que ddeviam aprisionarme no lugar dele. Em cima, no oid, havia um homem © qual disse que, se ea des Xasse amputarem minkas mios, no porto, poeta igo encontro de mes espono ul unt Rome fe decepou as mos coin uma Tac. Chorale Fal Ievada para cla so encontha dele! Depois que a paciente tinha contade exse sono sur ilu inieialmente de mode poueo claro, na sua memoria, 4 lembrangn de algum comto de faday mo qual as mags ie ins jovem sio decepadas. Justamente esve conta de {ada foi o seu preferida na inflncia, Constatamios enti gue se tratava do conto de Grimm “A toca sem mato’ Queria aprofundarme aqui no ato de cruekdace da amputagio das mios, que aparece, tanto, no'sonho da Facienie como. no. conto de Fada,’ tentat" entender 0 ‘Seu sentido profundo e'o significado dete pure a vivencia 2 o desenvolvimento dessa paciente, Em primeiro lipar < necesirio expor, de forms sbreviada, w contctdo des. Um pobre moleiro, que nada mais possui além de seu molnho e stra deste, una unica macieee, ‘certs ver fol 2 floresta ela eacontrow urn velho ‘Aue prometeu riguezas a0 coltado, se este the desss stquilo que se cncontrava atras de weu moino, Vise {o'que ‘0 molsire supanha sratarse. da mncietra, sceltou & proposta, © chegando em casa aclu Sas € poroer cheion de riquezas, Quaoido, porta, aus Imtlher ficou sabendo do trata, exclammou desespera: dts que devia ter sido 0 diabo, pois'o velho nile oo referia & macilrs, mas & filh, que extave noses momento atrés do molnho, varrendo o terres ‘Guando o tempo tina passado ¢ maligno velo buscar a moge, cia se lavou 8, com giz fetum ci illo em torno de si, de modo que 0 diabo nto pe. la aproximerse dela. Enfurecido, este exlghs lo Ioleiro que nao deixasse a filha aproximarse mais 4a gua, Quando, no dia seguinter © alabo voltou, ma sr cra gn ae tema, « ae si See er eee fee eer satagcotran ata eaten ac Sei aah Set nate Seioena thr cea eae us ‘com ‘um saverdate, fol esperar. no local paca ver So eo dee Bi eek moe Senate raat ee Biber Sane aaa Drone ms ere eae een estan acne er ao REE Gt ae ects Bete eae Sen et Soporte amet eee Serta mae ameter ty real oe 4 2e algum tempo ela chegou a um grande bosque ScWwagem onde rezotl a Dass. © anjo'do Senor Ihe fapareccu, ovamente c a levau a tmna cases Nes {casa ela ficou durante sete anos evn compantin ddo anjo, e pela graca de Deus, « por causa ae sea feligisidade, creseoramihe de novo ‘as mos det cepadas, |Apos a guerra, quando o rei voltou para casa e pereuntou por aun nither © thoy af fica saben falsificadan. Eta ele Partha, disendo: “Vou regulate onde. 9 ee for ‘Azul, sem comer nem beber, ste achat minh ate. Fida‘espoca e ftho'” Ele vagueow durante sete tos, Procurou por todo’ lado « por fim ‘chegou a wrt Eran’ Bosgue 6'16 ehconiraa" a csinh onde se Fam Telizes c comtenten ca Neste conto de fada a heroina vive © sofre uma sé. vie de crucidades. Primelro, pelo. trato impensado. do Dak ‘cla'e ameagada pela ontrega total ao Principio do ‘nai, ‘personifieado ha figura do disso © com Isto per. dleria por completo. sua alma humana, Ela pode. aida ‘fusiarne esse perigo, mas a eusta do sadrificio das Inllos ue © proprio pal, obeeeado pelo. maligno, deve ilecepar petsoalmente, No eu casaimento © maligna. se intromete de novo, dastréi a relagso matrimonlat, eo Sskassinio ameaga a ela ea acu filho. Por fim la deve aceitar um exillo prefongado na selidao do bovgue, tans tate desterro, evidentemente, tove carter curatieo io Sesirutive, inn 2:PORt de Retida dense conto de fada ¢ extrema ligaeao,pnterna da filha, problematica que tmnca 0 pro ‘esso de desenvolvimenta, Seyundo'o who comme pa {iarcal a filha ¢ praticamente propriedade partieulse to ‘vite pole promt So elas male {gomo aconteveu, embora a comtragosto, até ao. diab ‘Se ‘ranspusermos esta situacao para 0’ pstcologico, tn. lerpretando 0 plano subjetivo, entao tratarseria’ de’ umn 1 go ainda dependente e sem personalidade propria, que Gr Sab 6 “mini do nconicientecoletiva, Beste noe do, o pai, representante de uma crientagao de concite- la que aié chido existia e corresponde ts normas colett Yamente transmjtidas, mostra, evidentemente, Inadapta (ho ertapida e mate ‘que 0 far cair vita da som. bra isto ¢, de todas as qualidades inferiores negativas e'maldonas. Sua cobiga de poder © libido (aqul simboll- Endo pelo ouro) entregue A rombra ss possibilidades fu ftiras do Ego como tarmbém su desenvolvimento. sada. E interessante que em outras variagaes desse conto de fada'— Russias "A mogasem mos" "; Tapio: °A moss Sem maos": Franca’ “A moca sem mos"; e resis do Dandbio: “A mulher nobre sem maos" —\a nhogs Sporseguida, so pelo dlabo, mas por uma figura’ mal ‘losa feminina: madrasta, sopia, a propria mise ciumenta ‘wa canada. Como frequentemente acontece emt sauas ‘mitos (lembree da ave do disbo, que aparese mutes Yeres) 0 diabo est em relagso estreita com o grande fe. Tminino, que adguire carter destrutive © maldoso s0b represiio do patriarcado, (© mecanismo de defesa pelo qual © Ego afinal es: capa naga a soma, @ lo. bem consid da ‘eutonés compulsive cerimonial de puritienrso ou de Timpera. A'limpeza migicn, Junto com a feltura, deur Cireulo branco em toro de si, impedem 0. disbo de apoderarse da mova. Assim mesmo ele consegue Torcar samputagso das mos, 0. que corresponde, simbolics mente (como tambem H. V. Bait assim entende™), pera passageira da capacidade de apir e de ser eticiente Crequivale, no plano difcrenciade do, manual © captath orb paralisagao da atividade. da. alma. Surge depois lume regressio ao dagrau mais baixo, into 6, fase oral fem que e mundo 6 pode ser experimentado por melo fda. boca, ou ser mantide através da’ alimentagio por ‘outras. pessoas, Erich Neumann. estudou. pormentrt Yadamente 0 lado gnoseologico deste extagio'e as por Sibilidades ‘prospectivas conlidas nele.** Em segundo Plano, 0 mal ea crucldade servirara aqui tambem 124 para provocar um bem, & medida que este acontecimento Kevou'a relaxamento da ligagio eatreita entre pale the, Assim pode ser iniclado © caminho de maturerie ede: Senvolvimento. A relagso palin, que apesar de tedo'o bemesiar material fears’ extéril'e haciva ¢ renumnciads em favor de um caminho descoohecide proprio do. des. ino, Dessa mancira, o acontecimento implicvo no conto de fad exprime, evidentemente, em farina simbollea, luma velha sabedoria: o eaminho para a independéncla 6 0 desenvolvimento proprios passm multas vores. straves So sacrilicio deloroso, advindo de uma necestidade. Cor Inhecemos tsis situacoes por meio de certas circunstancias dde-desligamento tardlio das imagens dos pais. Allse, pode: ‘mos pensar também na forma, anuitay veves toe, do esligamento da “casa paterna”’ dos filhotes de aniesas, om, por exemplo, a expulsio para fora do ninho des Fiihotes de passarinhos, ou a cerimonia de desligaimento dda'mie ‘ursa de sua cria. B realmente iimpressionante ‘como a mie ursa,Tinginds situagio de periag, forga ses fithote'a subir numa devore © depois, sem “aviso", ela simplermente val embors. comm evar dois dias e ‘duns noites antes que 0 coltado do" ursinho, dominado pela fome e fadiga, desea da arvore “gritandé” de modo, Dara encontrar seu prdprio camino 10 mundo perigose, Seo moinho ¢ a macielra representam 0 espaso consciente, ‘onde 0° Ego se moveu ate agora, entio’o jarelim real, que cla encontra © procura ae luar, corres, onde ao inconsciente Aqui um ajo vem em’ set 8 Killo, e ainda -o mesmo ‘anjo que mals tarde aparece tha solidio do bosque. Nele podemos ver, como Alenby = emonstrou, uma imagem tanscendental, aquela auc é ‘capaz de formar tima ponte entre os dois grandes opos- fom © conseqientemente Telaciona consciente © ineooe Nese ponto a moga encontra a figura do Animus, isto é, uma forma de atividade independents e hilo. Pa terns," que se traduz em enertla, capacidade de acho © Ge formar opinizo propria: Nao az torna necessario apres fundamenio maior de todas as figuras e simbolos, “que ps Ifo interessam aos paralelos incluidos neste cazo. Desse Imodo'posso Ticar somente com esses trechos do conto de fad. Como em muitos contos de fada 0 primeira et contro entre 0 Ego e 6 Animus ‘nfo se mantem sath fatoriamente. ‘A simples unio dos namorados nao € ce par de festiculr a cormpleta spridto de apie do Egor e S mopa deve utilzarse da protese em ver de suas pis Pilas mies Evidentemente constiturse a siuiacio! de IMentidade cntre 0 Ego eo Animus, na ual o Ego tem dese limitar a entrar em contato com. o mundo medism te as proteses fornecidas pelo Anions. Rima Tang" co rats create evento Ra ung deft cs Animus acontece que ngs pensamos, dizemos cu tare: thos alguma coisa conveneidor de que sormias nos mes tos que atuamor enquato na realidade & 0 Animas qc fala através de nos) sem ertarmos”‘comcientes disco, Multas veses ¢ mesmo muito dificil reconpecer: que ut ppensamento ou opiniso tao ditados pelo’ Animas © que io representam nossa. propria conviceior pols. 0. An Imus dispoe de autoridade extremamente torte ¢ de gran de orga de sugestionsmenta. Ele adguire sun suteridade pelo tato de pertencer ao eapirito universal, ea sya for fa de sugestio pela passividade propria da’ penseiento feminine e pela falta de critien correspondente™ Buldenterente, no nosp conto de fade exaelooose situagio semelhante, na qual as proteses sem vida podem Constitur expreseie simbolice do lado. gnoseologico da oneepeio do mundo e, por isso, eorrespondem 8 tale fonceltos gerais e opinies, aceltos sem critics. Dessa forma a harmonia sparente ¢ de nove rapldamotite des: truida pelo conflito que. separa o rei da moea. Podemos Supor com Fasto que também agi como emt today as Gucrran, © diabo tga unt dedo me Joga, 1A roca de’ carta ono depo do ssient da crlanga, corresponde-« uma adulteragso da Telacso entre Se Ego co inconsciente (Animus); Os conteides dst Tazias, que entao surgem do inconsciente para a cont. Cléncia toraamse, pelo. aspecto de sombra que ov acorm ppanha, nogativos, maldoces = demoniacos © amengat de 26 y novo desert @ Ego. Porém tudo melhores wm pouco, Porque agora @ mal compensada’ por Rare eee ondora no pelo cumprigents de crimeeia Ie see caso ae leva h amputacaa, Bia da wombs ee lac, ae, como vimon, bem no unde sateen head, femipinornegative constiutse spor wins Haney eae, 20 wrndoas,capae de reptir 8 anlgalacse sane aren ee sono detuned eancnclie da Bao: Torben ened See iment 6 maldoso\e'o cruel forces urna seine nee ite sitineao aie agora sina ineaarerc e e icvam "toga" vo" canine Se feeeeeal vena ht tse slo na besa ave tn a ios amp Se oot contre ea combace Pap at ot sey tee inte apatindad de ntanecan oh haere ua franseendente do anjo € meramente permitid, ole Beak, la 0 estabelecimento da itgacto comm as enmacias once Alas do inconaciente aprisionado na nawitern ¢ oe te, em scx imobillzadas’ para cura necesnicin Stee iepots ahs pode ex Conatitida telocao aefiiiamen bilidacies ‘psiquicar fataras, simbollzadas ne Soa “sxe retiro na solidio do bosque ¢ um recurso me dioval para obter penitenein com motives Teligseoe, Em Tetiospecto histrico, emonta fates Coase de mcarst: gue penile solve influcias aa ie is 0 intuito de tal procedimente € produit # sifeay intoverato malor postal remenet odes a hee S85 com objetivos externas. Atraves disso. formes Vivéncia correspondente do mundo Interior gear made le {RE guvir vores, tor visGes'e ate mesmo’ at fomese de 1m Voltemos, porém, 20 nosso exemplo de paralelo de sont nga enn & pace anne scones om crus! que & heroin do tonto de fda, Tame ‘sowea tulle Jovem eaistin @ trea sitgaede juice! de mito prokunda. Pails, uno 9 recuse sine thom por perie a makes ort mie voll a dome fas desde a primetm Infancia favorita do pal, ave tine felnclonsnscato meite inte com als, cy por ‘xempo, mule voce facia vingens 20 com ss ins pre ‘Geet Bon orrespenstrcia come natn fap paternay © pacionte mais tarde easouse com um hornom Que perso: fiflcava para laa figure paternaplen. Hleera vine oor main velo colegs de profiesto do pat, atraven do ‘ual cla‘o tna confcido,"O casamento da Jovem pa: Gents era bem infclin Ja irde ane ants do ino “a fratamento houvera # aeparagto, Noventanto ela ficom Interormente matte linda no monrdo, Dorante = andl sole apresectava no comogo at caracteriatleas def ura ‘paternn negative cemoniace, com tragos mapioos Scfinidos de pat diaboico, que s soguta pos Sous sonhios i mancies amedrontadora, para anguilla. Bxatamon: {como no conto de faa, 6 pai de certo modo, venders Site? J Sasebomorn, pols an welidade Fors cnviada Seis comp conn Ineurnbhoci, 6 dese forme qua vane © Sighectio Gome no come ds fads, 6 pal oe pertarbon S"fioow horvorizado. so verificar que esse bomen: im Stsscoonée Guetie apodarares'Gx stn tile do tpanae di Sorste ance, pols tes ficaram nolvon contra a mus von ide Essa mesma situasio surge de novo no sonho. Na primeira cena temos um pal_que, de mancira.leviana, ameagadora (aqul vem a0 primeira plano © conflite pro. ‘endo’ entr os rms, proporcionado pela ada exces va do pal b favorita) ea considera como disparate. Na {swundn cena surge entto © homem diabelco ate 0 qual f paciente quer chegar. e assim cla se encontra nas fungto do conto de fads suas mice sto decepadas, ‘Mais um paralelo com a sltuagse inicial do conto de fada encontravse ha sintomatologis da paciente, Ao lado 4& outras ‘cians sla sorta de comnpiliao de limpera, ca ‘duarto cla’ precisava de ‘arise horas, porque tisha de iivur as mios constantemente. J taberion que sob esse sintomn So eseondem —="como tamibem no ease trade qu! — impulsos instintivos, pensamentos ¢ fantasies, dite pola consciencla sho vonsiderados maldosos, €° dot duals a paciente se: purificava pelo cerimonial: Tambem Sr dlnbo bani pela mpera, edo meemo odo al moga “paga” @ sua limpeza, conseguida através de re pressao, com a perda de sua atividade propria, De fats Spaclente era praticamonte ineapaz para agit, Passavel '3 Malor parte-do ‘lla na cama ow ecupada tora ceninr bias. de limpera, deavaae cuts e alimentar: pelo companhelto’da epoca, que ae Identificava como lado thom’do pal, la era realmente “urna Jovem sem mos” ‘Mp ludo dessa perda da atividade de agio no sentido de construir tina vida produtiva existiam rnaturalments, bbaseados no estancamento de bide, grandes: explowbes de sgressto, ligadas com manias e fenomenos de abs done. Considoremos agora n pretenss aolugio do. sonho Sab 6 aspecto prospectivo, emt comparacio com 0 conto de ‘fada.” ‘Na fantasia do’ conto eta proposto ‘carninho semelhante:sacrificio das sitos, o que indica a feninein As atividades ate nyora infantis © nfo autodoterminadas simultdinea 6 libertacto do pat, Fitalmente, 0 fato de ela ter sido encarcerada, em ver do diabo, cormssponde i ve fda de eremita da hevoina do conto de fata Acredito ser bbem ‘compreensivel'o desejo de uma pessoa, que perc fo -governo de seu mundo instintivo, Se ser” aprisfonada fata poder encontrarae a sl mesma endo ter als crises Se explosdo, Essa pessoa tem mode profunda de exporse § perigos © expor'a outros tambemn, Nao € preciso ver hidso ntecessidade masoquistica de punigso. A relagio entre o destino da paciente 9 dindmica ‘do conto de fad estrcitase ainda'com © fat0 de que a 129 paciente, igual & heroin da histéria tem, no sew casa Imento, uma filha. A situagao entre-cla © a Sika mostra tambéin sérias perturbagoes, que podemos entender da seit Torms come 0 simbstino do conto deserve ‘Aha, apos a separagio dos pats, fol incialmente com Fiada'&' mae, que por causa de saa pestusbasoes graves gm incaar d eldar ‘del a deitave, mnie 409, tempo, com seu, exmarido. Ela projetava em soa Uiiha os problemas serios de chime inoonsclente, de sua propria id avila na dispute pela predilcto’ da pa Essim como tambem fortes sentimentos. de inveje pers Soma mae. ‘No. comeyo do tratamento. surpirem fre Sientemente sonhos medos a respeito da menina, nos SGuats esta fora mores, exquartejada oul roubada, Agu se Percebe claramente como as apressbice hotnicidas graves Fesultantes da relacao estrelta pasfilha, ameacain agora ‘as relagdes asta Alla com su propria crianga, Odie bo," que no conto. tem = fungso' da’ sombra da, gogo pita, mesmo depois da separagso externa desies © ‘p68 0 casamanto dela com outro hemem, sinda ameags ino sentido de perigo mortal que poste aniquila 9 erie (¢2 6.2 filha (a pacionte). A Seeo'pertenceln tampsin as ja referidas fantasias c impulsos de suicidio, couto tai bem as ldelas pavorosar de ser assassinada, Ate nessa fminclas val © parsiclo intimo entre o conta de faa shtuacdo interna da paciente © conto poe ser subdividido em tres fases, A pr imeira trata don acontoctmenton entre pat Hike achbn sem amps das ir ela saa dean. ‘segunda contem 9 infelo de felacionamento.com © ho: them castmento © apacimento da rianga Ele scuba com expulsto. do castelo real e 0 nove comeyo da. perepr facto de procurm: Finalments_ terceirn ¢ tints con treende a five do aconteini ts cmd com a ep feracao das maos e a reunise 4 figura do. Animas, fe endo main on fos dos paraleloe, de tan Todo entre Twapao Interna eo destino esterio da miniaa paciente, © Ae outro lado on acomecimenton do cont de fads pode se ver, na secitacho e no proceder da andiise, um para 130 lelo com a tercsira fase da narrative. Aqui sucede camo que o conto exprime eit forma simlieg eo re Bresso 8 solidi, ou sela, um introversto proposals Sonscionts e mediante lion interagho ear '0 propis Inundo Interior 0 que finalmente eeu a reac nee ‘da possibilidade de agir, antes tao perturbadas Em sequlds qucria relatar wm Ponto, que nos pode fornecer erta visio de como s peigue davpacieate oe megou a Sstimilar esse conto de fads, que take rece. Sido, c em relago n esse aconteciments queria, Satan, dizer algo’ a respeito da’ problematicaugdamental te cruel € de sta assimilagdo. Ape 0 sonho fa relerde Se Paclente, ett tinha lido para’ela nquele conto de fads {ns tanto tempo erauecidoy © con nowsa convetsa chase 4g stencio sobre a posnbilidade de’ que cove conte doria ter corto significado. para cla. paciente ae Pie sla hors mosirava-se terequiets e explasiva ovaleenentes tensa, pela primeira ves, pode. calmammenie dettade oe breve’ di, Gecuiar deseontraidamente ¢ depots veltar'a su casa para refletie: Lamente sor Impossigeh desereece 88 fortes entimentos de evidencia que surgiran ne pee emte m relagio'a sia conversa Na halle cpatnce ‘Mostraramme minha filha por uma freste, Els cestava dentro de nm ovo de galinha, que ext devia Sequrar com Cuidado, Bseutei 8 var dels fraqutsha vindo de’ dentro do’ ovo. Ai fiquel disiraida. 8 £9 auebrou ea salu e assum eu taanhs os Fate fot © primaire sonho, aps cento e cinco horas de andlise; no Gual a erianea nso tinka sido. ameagadly morta ou feta mbora. Ele introdus uma face na gual ' paciente gradualmente comegms a encontrar relocien ‘mento com sua filha ea eceita ia interna © externamen fe. A. filha the foi entregue, no sono, e atraves, desta

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